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CONTROLE MOTOR E NEURO

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CONTROLE MOTOR E NEURO
Alguns movimentos são geneticamente predeterminados e aparecem durante o desenvolvimento motor normal (movimentos reflexos = grande parte do início das nossas vidas
Outros são aprendidos por meio de interação e exploração do ambiente (habilidades motoras = práticas e experiência são importantes para o aprendizado motor);
Tanto movimentos reflexos e as habilidades motoras são controlados pelo SNC = organiza informações sensoriais e comanda o movimento coordenado;
Hierarquia do SNC:
Córtex associativo: plano ou estratégia para o movimento;
Núcleos da base, cerebelo e córtex: elaboram o plano reunindo os movimentos e posturas;
Medula espinhal: propiciam informações sobre ambiente e desempenho (sensoriais/aferentes) e traduzem o plano em ações musculares específicas (eferentes/motoras); os movimentos também são modificados pelo reflexo de estiramento;
O movimento emerge das interações entre o indivíduo, tarefa e o meio ambiente
ORGANIZAÇÃO SENSORIAL VS. SISTEMAS INTEGRADOS:
• Capacidade de ignorar informações não importantes. Fazer atividades de maneira coordenada:
Exemplo: pegar o copo e beber agua enquanto conversa sem dispersar.  organização no espaço.
• O movimento é a mudança de posição ou postura que envolve gasto energético, controle e produção de força
• A tarefa sempre será de acordo com o que precisa ser feito.
• A intervenção deve ser de acordo com os três sistemas de integração (organismo, tarefa e ambiente)
Tarefa: mobilidade, estabilidade, manipulação.
Indivíduo: integração, percepção, ação.
Ambiente: regulador e não regulador.
• Controle Motor é sempre NEURAL.
 
Receptores proprioceptores: OTG (inibitório p/ o motoneuronio α) E FUSO MUSCULAR 
PERCEPÇÃO 
VISUAL
AUDITIVO
TATO
OLFATO
PALADAR
VESTIBULAR
PROPRIOCEPÇÃO
TERMOCEPÇÃO
NOCICEPÇÃO (DOR)
COGNIÇÃO/INTEGRAÇÃO
SNC
MEDULA
TRONCO ENCEFÁLICO
ENCÉFALO (CORTEX)
AÇÃO
MOTONEURONIO ALFA
MOTONEURONIO DELTA
SN AUTONOMO
MÚSCULO
Terminações nervosas livres:
dor e temperatura
Corpúsculos de Vater-Pacini, Meissner e Merkel:
Tato – pressão
Receptores de Krause (frio) e de Ruffini (calor)
Sistema Sensorial Perceptual
Trabalham Integrados
Para sensação dolorosa: dois tipos
1. Fibras do tipo C : finas, amielínicas, diâmetro 0,5 a 1,0 μm, velocidade 0,2 a 2 m/s, transmitem a dor lenta; 
2. Fibras do tipo A delta: grossas, mielinizadas, diâmetro de 1 a 4 μm, velocidade 5 a 15 m/s, transmitem a dor rápida.
9 modalidades de sensação
A modalidade mais importante é a que informa o corpo a quantidade de tensão;
O músculo deve tensionar o ventre (puxa a carga)
O músculo deve superar a carga
Para gerar a qtidade de força é necessário saber a qtidade de tensão;
A força sempre será proporcional a carga.
O que determina a quantidade de força?
Propriocepção. Os dois receptores no músculo e tendão determinam a quantidade de força e pressão.
Fuso muscular – a tensão do músculo determina o nível de força que será gerado.
OTG – tensão do tendão indica se a carga está alta. O OTG fará ação inibitória, inibindo assim, a contração muscular.
O fuso e OTG encaminham infos. Ao cerebelo para que na próxima vez haja movimento adequado.
O fuso perceberá a mudança de movimento do músculo
A qtidade de carga será observada a partir do afastamento de origem e inserção
No interior do fuso só há capacidade p/ receber as fibras proprioceptivas, não há capacidade de contração. Sendo assim, qualquer abalo no músculo é perceptível.
SISTEMA SOMATOSSENSORIAL:
Tato, propriocepção, dor e temperatura.
DOR: processo neural – sensorial. Quando há dor é necessário analgesia para posterior manutenção da ADM.
Neurônio de dor: nociceptivo
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O processo de fazer a contração dos flexores, deve inibir os extensores (inibição recíproca). É um processo fisiológico 
É chamado de arco reflexo quando se testa esses reflexos.
Reflexo Miotático
O martelo atinge o tendão do músculo quadríceps e causa estiramento passivo tanto das FE e das FI (fusos musculares).
As fibras aferentes Ia levam as informações para o sistema da coluna dorsal mas através de colaterais excitam os motoneurônios α homônimos.
Resultado: contração reflexa (extensão da perna) Neste caso, o fuso detectou o aumento de comprimento muscular e estimulou diretamente os neurônios motores extensores.
A AÇÃO DA GRAVIDADE estira constantemente os fusos; mesmo o músculo estando em repouso. Este estiramento causa uma contração reflexa chamada de TONUS MUSCULAR de repouso.
Percussão do tendão muscular distal;
Estiramento rápido do músculo quadríceps; disparo das fibras aferentes Ia e II do fuso muscular;
Potencial de ação nas fibras aferentes até o corno posterior da medula espinhal;
Estimulação direta do motoneurônio alfa do músculo quadríceps no corno anterior da medula;
Estimulação direta do interneurônio inibitório;
Interneurônio inibe motoneurônio alfa dos músculos isquiotibiais (antagonistas);
Motoneurônio alfa do musculo quadríceps dispara um potencial de ação para as fibras musculares extrasfusais; 
Ocorre contração do músculo estirado (quadriceps - agonista) e inibição (relaxamento) dos músculos isquiotibiais (antagonistas).
REFLEXO MIOTÁTICO: estimulação do fuso muscular causando contração reflexa do músculo.
FUNÇÕES: Garantir o tônus muscular
Controle sobre o comprimento muscular
Proteção contra estiramento passivo
Excepcionalmente monossinaptico
ARCO REFLEXO - QUADRÍCEPS
A ação da gravidade faz com que o músculo fique pré-contraído a todo momento (tônus).
Sinápse excitatória: entrada de sódio – neurotransmissor: acetilcolina.
Sinápse inibitória: bloqueia a entrada de sódio – neurotransmissor: gaba.
O cérebro trabalha em sinergia para realizar o movimento, juntando os músculos necessários para que o movimento ocorra da maneira correta.
SISTEMA VESTIBULAR:
FUNÇÕES
Sentido especial responsável pela manutenção do equilíbrio: coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos bem como postura corporal.
Alterações patológicas: estado de discinesia (doença do movimento) cursando com náuseas e vertigens.
ESTRUTURAS
Labirinto vestibular - forma três canais semicirculares dispostos em ângulos de 90° entre si. Os canais semicirculares são sensíveis à rotação da cabeça, flexão e inclinação.
Órgãos Otolíticos - Sáculo e Utrículo: detectam força da gravidade e inclinações da cabeça (baixar e levantar, mais perto ou longe do chão). Posição da cabeça em relação à superfície de apoio. Estes órgãos otolíticos transmitem energia mecânica às células ciliadas.
NISTAGMO VESTIBULAR
Movimento repetitivo dos olhos evocado pelo sistema vestibular.
Função: manter a imagem nítida sobre a retina quando a cabeça se move.
PE: cabeça gira para a E, os olhos
giram em sentido oposto com a mesma
aceleração.
Os sistemas proprioceptivos, vestibulares e visuais: são responsáveis pela percepção do movimento do corpo no espaço
Primeiro nível de integração (cognição):
MEDULA ESPINHAL (percebe o ambiente e faz resposta motora). A medula integra informações de do tato, propriocepção, dor e temperatura. Tudo que chega na medula, subirá ao cérebro.
Tratos ascendentes:
Sistema da coluna dorsal-lemnisco medial: informação consciente de propriocepção e tátil.
Sistema antero-lateral: dor localizada e difusa, temperatura e tato não discriminativo.
Sistema espino-cerebelar: propriocepção inconsciente
Tronco encefálico: local de integração.
Planejamento motor: é o que você quer realizar de movimento comparado a sua memória daquele movimento.
Tálamo
Funções:
Integração Sensorial
Integração Motora
TÁLAMO:
Recebe informações sensoriais do corpo e as passa para o córtex cerebral (lobo parietal).
O córtex cerebral envia informações motoras para o tálamo que posteriormente são distribuídas pelo corpo.
Participa, juntamente com o tronco encefálico, do sistema reticular, que é encarregado de “filtrar” mensagens que se dirigem às partes conscientes do cérebro.
Fascículo grácil e cuneiforme: leva os axônios com informações ao cérebro.
Dor cruzará na medula a informação irá através do trato-espino-talâmico
Motoneuronio alfa sai da medula p/ omusculo
Núcleos da base são corpos de neurônio 
Área suplementar recebe esses núcleos da base
Cerebelo participa no aprendizado e coordenação do movimento
Para se ter a automatização do movimento, é necessário ter um bom sistema proprioceptivo
Via córtex-espinhal dará informação de movimento voluntário
CEREBELO
Funções cerebelares no movimento
Manutenção do equilíbrio e da postura
Controle do tônus muscular
Planejamento dos movimentos voluntários 
Aprendizagem motora
CIRCUITO CEREBELAR
Fibras aferentes (trepadeiras e musgosas)
Células granulosas
Neurônios associativos locais
Fibras aferentes (Células de Purkinje)
Neurônio do núcleo profundo (eferência cerebelar)
NÚCLEOS DA BASE
CÓRTEX SOMATO-SENSORIAL
Área de Projeção
Cortical e Área de
Percepção
Córtex Motor Primário  Projeção (iniciação do movimento voluntário)
Área Pré- Motora
Área Motora
suplementar
Associação (planejamento do movimento voluntário)
Área pré-motora: regula a força motora e
tem função preparatória para a realização
dos movimentos delicados
Conexões eferentes: FOR, Córtex motor primário
Conexões aferentes: Cerebelo, Várias áreas associativas
ÁREA MOTORA SUPLEMENTAR é ativada durante a idealização do movimento.
Conexões
- Corpo estriado (via tálamo)
- Córtex motor primário
• Participa na programação das seqüências motoras e coordena os movimentos bilaterais.
Primeiro nível de integração (cognição):
MEDULA ESPINHAL
Tratos descendentes:
Sistema lateral
Sistema ventro-medial
Geração de Força
Quando o músculo se contrai, a força deve ser graduada para que as necessidades da tarefa sejam atendidas.
Tamanho muscular;
Unidades motoras (fibras tipo II > tipo I);
“O SARCÔMERO É A UNIDADE CONTRÁTIL BÁSICA DO MÚSCULO”.
Recrutamento: Mais unidades motoras recrutadas para gerar mais força.
SISTEMA NERVOSO E CONTROLE DA ATIVIDADE MUSCULAR
UNIDADE MOTORA = UNIDADE BÁSICA NEUROMUSCULAR
250 milhões de fibras musculares para 420 mil nervos motores.
OLHO = 1 motoneurônio enerva 10 fibras musculares
QUADRÍCEPS = 1 motoneurônio enerva 150 fibras musculares
Geração de Força
• Frequência de disparo das UMs: Alteração
dos níveis de força através do aumento na
estimulação de uma unidade motora.
SOMAÇÃO: Série de estímulos em rápida sequência, antes do relaxamento completo do primeiro estímulo. Aumento da força! 
TETANIA: Contínua estimulação em frequências maiores – Força ou Tensão de pico da UM.
Sincronização: Mais unidades
motoras recrutadas e aumento na
frequência de disparo para gerar
mais força.
Adaptações neuromusculares ao treinamento
PRINCÍPIOS:
• Sobrecarga
– Um músculo deve ser estressado com uma carga suficiente para induzir respostas adaptativas.
– Atingido através da manipulação da intensidade do treinamento, duração, frequência e recuperação.
• Especificidade
– Adaptações são específicas à natureza da sobrecarga colocada no músculo.
– Aplica-se ao tipo de exercício, ação muscular, contração, velocidade, ângulo de movimento, etc.
• Progressão
– As variáveis devem ser continuamente ajustadas para a manutenção da carga.

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