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AS ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE MENTAL

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PAGE 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
luane drielle silva de oliveira 
Saúde Mental: As atribuições do serviço social no CAPS 
IRACEMA/RR
2017
luane drielle silva de oliveira 
Saúde Mental: As atribuições do serviço social no CAPS 
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Pitágoras Unopar, para a disciplina Trabalho de Conclusão de Curso.
Prof. Maria Angela Santini. 
IRACEMA/RR
2017
agradecimentos 
 Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade de viver.
 Agradeço aos meus pais por sempre me mostrarem a humildade nessa estrada que é a vida, as grandes dificuldades e por me aconselharem de que sem o conhecimento não somos nada.
 Agradeço pelo que fizeram por mim durante o processo de formação.
Agradeço a minha Avó Maria de Jesus pelo amor que tens por mim, por ter cuidado de mim muito tempo, pelas orações, pelos conselhos, pelo apoio e principalmente pela confiança que sempre depositou em mim. 
Agradeço ao meu querido avô José Lucas que no início dos meus estudos me deu grande apoio nos momentos difíceis. 
Agradeço a minha tia, Rosa Maria e ao Tio Rosivaldo pelo carinho, pelo apoio e por não medirem esforços para me ajudar nessa caminhada. 
Agradeço as minhas Tias, Elizabeth Aguiar e Maria Das dores Aguiar pelo apoio, pelo companheirismo, pelas orações e pelas palavras de ânimo e incentivo. 
Agradeço a minha Tia Lene que desde o início abriu a porta da sua casa para me acolher. Sou grata por cada gesto de carinho, a honra e o compromisso que teve comigo durante as minhas idas para a faculdade. 
Agradeço a minha querida tia Inês que por muitas vezes estendeu suas mãos e me abençoava com o financeiro. Sou muito grata pelo apoio e pelo carinho. 
Agradeço aos meus tios Carlos e Ivanilde pelas caronas nas madrugadas e pelo carinho.
Agradeço a minha querida prima, Kimberly Pedrosa que no início dessa trajetória foi meu suporte no deslocamento de casa para a faculdade e parceira nos momentos ruins. 
Agradeço especialmente as minhas excelentíssimas supervisoras de campo Leidivânia Freitas e Aline Borges, que me receberam de braços abertos no período de estágio ao passar suas experiências e profissionalismo. Sou grata por cada esclarecimento diante das dúvidas e momentos de angústias que passei. Elas se tornaram minha inspiração como profissional. 
Agradeço a minha querida Professora Luzarda Mota por sempre ser paciente, sempre dando suporte para resolver e auxiliar os acadêmicos nos momentos difíceis. 
A minha prima Rosinha, pelas suas orações, pelo companheirismo durante essa trajetória, me dando força nos momentos de alegria e tristeza. Sempre acreditou no meu potencial. 
A minha irmã Mariângela por me ensinar a pegar ônibus nessa trajetória. Altos micos (kkk)
As minhas amigas, parceiras de Curso, Marciane Samiais e Sueli Pego, que sempre estiveram ao meu lado tantos nos momentos bons quanto nos momentos ruins. Nas rotinas estressantes, nas brigas ao desenvolver os trabalhos em grupo e nos inesquecíveis momentos de alegria que vivemos. 
A minha amiga Camila Cavalcante (nerd do grupo) que no início do curso esteve presente em minha vida, seu jeito de ser sempre me motivava a ser uma aluna melhor além do incentivo e apoio nos estudos. 
Agradeço a minha querida amiga Cleia Ferreira que foi uma das pessoas que se disponibilizou a me ajudar nos momentos de angústias e desesperos em relação a perca de material, bem como não mediu esforços para colaborar com a produção do meu Trabalho de Conclusão de Curso, mas para honra e glória de Deus tudo deu certo. 
 LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas e Técnicas 
UNOPAR – Universidade Pitágoras Unopar 
CAPS - Centro de Atenção Psicossocial 
SUS – Sistema Único de Saúde 
A nobreza de nosso ato profissional está em acolher aquela pessoa por inteiro, em conhecer a sua história, em saber como chegou a esta situação e como é possível construir com elas formas de superação deste quadro. Se reduzirmos a nossa prática a uma resposta urgente a uma questão premente, retirarmos dela toda sua grandeza, pois deixam os de considerar, neste sujeito, a sua dignidade humana. 
 (Maria Lúcia Martinelli) 
OLIVEIRA, Luane Drielle Silva de Oliveira. Saúde Mental: As atribuições do serviço social no CAPS. 2017. 40 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação em Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Pitágoras Unopar, Boa Vista, 2017.
RESUMo
Este trabalho de conclusão de curso aborda a Política de Saúde Mental como um dos campos de atuação do assistente social, uma vez que o serviço social é uma profissão na área da saúde de acordo a Resolução do CFESS Nº. 383/1999. A problematização se dá por meio das competências e atribuições do assistente social, bem como sua contribuição em relação ao desenvolvimento do seu trabalho na equipe multiprofissional onde o profissional seja capaz de desenvolver a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade no ambiente de trabalho. Nesse sentido, com a Reforma Psiquiátrica, os CAPS tornam-se equipamentos importantíssimos no processo de tratamento e reabilitação de pessoas com transtornos mentais e afins. Sendo assim, o principal objetivo dessa temática é analisar o trabalho desenvolvido pelo assistente social no Centro de Atenção Psicossocial- CAPS. O presente trabalho utiliza referências delineadas da pesquisa bibliográfica para fundamentar o estudo onde seja capaz de enriquecer o conhecimento acerca do processo de formação acadêmica e profissional uma vez que o serviço social é uma profissão que trabalha com as diversas expressões da questão social e torna-se responsável pela viabilização na garantia dos direitos dos cidadãos. 
Palavras-chave: Saúde Mental. Reforma Psiquiátrica. Serviço social. Atuação profissional. Direitos. 
OLIVEIRA, Luane Drielle Silva de Oliveira. Saúde Mental: As atribuições do serviço social no CAPS. 2017. 40 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação em Serviço Social – Centro de Ciências Empresariais e Sociais Aplicadas, Universidade Pitágoras Unopar, Boa Vista, 2017.
ABSTRAT
This work of conclusion of course approaches the Mental Health Policy as one of the fields of action of the social worker, since the social service is a profession in the health area according to the Resolution of the CFESS Nº. 383/1999. The problematization occurs through the skills and attributions of the social worker, as well as their contribution in relation to the development of their work in the multiprofessional team where the professional is able to develop interdisciplinarity and transdisciplinary in the work environment. In this sense, with the Psychiatric Reform the CAPS become very important equipment in the process of treatment and rehabilitation of people with mental disorders. Thus, the main objective of this theme is to analyze the work developed by the social worker in the Center for Psychosocial Attention - CAPS. The present work uses references outlined in the bibliographical research to support the study where it is able to enrich the knowledge about the process of academic and professional formation since the social service is a profession that works with the various expressions of the social question and becomes responsible for ensuring the rights of citizens.
Keywords: Mental Health. Psychiatric Reform. Social service. Professional performance. Rights.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................13
OBJETIVO GERAL..............................................................................................13
OBJETIVOS ESPECIFICOS................................................................................13
JUSTIFICATIVA...................................................................................................13
METODOLOGIA...................................................................................................132. CONTEXTUALIZANDO A SAÚDE MENTAL NO BRASIL.........................15
2.1 Saúde mental no Brasil..............................................................................15
2.2 Movimento Social na Reforma Psiquiátrica................................................18
2.3 Política de Saúde Mental............................................................................22
2.4 Implantação dos CAPS.............................................................................. 29
3. PROCESSO DE TRABALHO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL..............................................................................................................31
3.1.1 Contextualização: Serviço Social e Questão Social ...............................31
3.1.2 A atuação e intervenção profissional do Assistente Social no CAPS......35
3.1.3 Desafios atuais do Assistente Social.......................................................38
4 CONCLUSÃO ......................................................................................................41
5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................43
1 INTRODUÇÃO
Este Trabalho de Conclusão de Curso é uma exigência da Universidade Pitágoras Unopar para a obtenção do Título de Bacharel em Serviço social. E traz a discussão sobre a atuação do serviço social na saúde mental, especificamente no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) além de compreender e basear-se nas competências e atribuições do assistente social nesse campo, além de problematizar que o abandono, a violência e a discriminação com os pacientes com transtornos mentais são excessivas. O preconceito ainda os mistificam ditos como “perigosos” “anormais” isso torna-os distantes da sociedade e cada vez mais excluídos socialmente.
 Sabe-se que o serviço social passou por diversas transformações ao longo da história e, no que se refere a saúde, luta e persistência foram necessárias para um novo olhar em relação a assistência em saúde para a população.
 A Reforma Psiquiátrica foi um marco legal na trajetória da saúde mental no Brasil, pois a mesma tem a proposta de substituir os manicômios pelos Centros de Atenção Psicossocial visando ofertar aos usuários um serviço diferenciado por meio do trabalho em rede. Esse processo de reforma está sendo construído, e ainda hoje, há campos de concentrações onde pessoas com doença mental estão em situação de isolamento sem nenhuma assistência de qualidade, comprometendo o bem-estar da sua saúde sendo constantemente violados os seus direitos. 
Além disso, é interessante compreender a saúde mental como um campo onde a atuação do assistente social pode contribuir no que diz respeito a viabilização de direitos dos pacientes com transtornos mentais. Sabe-se que a saúde mental ‘ainda’ é voltada para a área psicologia e da psiquiatria, porém, a partir do momento em que o usuário passa a ser integrante do serviço não se pode psicologizar o caso, mas vê o contexto do usuário como um todo (cultural, socioeconômico e social), e uma das intervenções do assistente social está no contexto social do indivíduo.
Uma vez que é definido o objeto de intervenção do serviço social que é a questão social. O serviço social trabalha nas mais diversas expressões da questão social. É no seu cotidiano de trabalho que os assistentes sociais executam suas intervenções profissionais afim de atender as demandas existentes. Uma delas é conhecer a realidade social do indivíduo como um todo (fora e dentro da instituição de tratamento) e compreender de forma crítica o processo de tratamento dessas pessoas com transtornos mentais, da qual tem sido um desafio para os profissionais na área de atuação. 
A intenção do estudo é contribuir teoricamente através de uma pesquisa bibliográfica, onde cabe necessariamente enquanto acadêmicos, profissionais e sociedade pensar e buscar respostas as demandas do CAPS. Além disso, ampliar o conhecimento acerca do envolvimento dos profissionais na equipe multidisciplinar em busca de respostas ao se depararem com as demandas existentes. 
O objetivo geral do estudo pretende analisar o trabalho desenvolvido pelo assistente social no CAPS frente a Saúde Mental. Assim, propor reflexões mais aprofundadas acerca desse estudo. 
Os objetivos específicos deste trabalho baseiam-se na contextualização da trajetória do serviço social no campo da saúde mental. Na identificação das demandas sociais onde devido seu crescimento ao longo do tempo, as desigualdades sociais aumentavam diante da crise econômica. Assim, ao investigar as atribuições do assistente social no CAPS permite obter respostas através dos parâmetros da profissão a definição de suas atribuições pertinentes ao campo de trabalho na saúde mental. 
2. Contextualizando a Saúde Mental no Brasil
2.1 Saúde Mental no Brasil 
Após a chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil em 1808 começa-se a ter uma atenção específica as pessoas com doença mental. Anos mais tarde, em 1852 foi fundado o primeiro manicômio por Pedro II no rio de Janeiro, conhecido popularmente como o “Palácio do Loucos”. Os primeiros pacientes que estavam nas enfermarias da Santas Casas de Misericórdia tiveram que ser transferidos para o Hospício Pedro II devido a superlotação.
 A principal característica do hospício era hospedar todas aquelas pessoas que simbolizavam ameaça à lei e à ordem social, conforme afirma Barros (1994b, p. 29). É perceptível a influência da Família Real Portuguesa sobre todas essas questões, principalmente em relação as atividades assistenciais exercidas nas Santa Casa de Misericórdias construídas pela Coroa Portuguesa. 
A Lei de Assistência aos alienados é criada em 1903, onde foi aprovado o DECRETO Nº 1.132 que Reorganiza a Assistência ao Alienado. 
A Santa Casa da Misericórdia era uma notável e complexa confraria de caridade regida por compromissos de atribuições entre seus membros construídas pela Coroa Portuguesa no Brasil, como em todas as vilas e cidades de Portugal e das regiões ultramarinas por ela colonizadas. Concentrava todas as obras de assistência, abrangendo o atendimento nos hospitais, a assistência aos presos pobres, a coleta de doações de esmolas, a concessão de dotes às órfãs pobres, a criação de crianças abandonadas, os serviços funerários e além de ser igualmente, executora de testamentos. (TOMACELI). 
Nesse período a insanidade das pessoas em virtude de suas atitudes e comportamentos já eram considerados um doente mental. Na sociedade, a permanência e o acolhimento das pessoas consideradas “loucas” dependia muito do comportamento de cada indivíduo (ROSA apud MARTINS, 2008, p.87) 
Os loucos, antes da fundação do hospício, se tranquilos, eram acolhidos pela sociedade e assim podiam circular livremente; porém, se agitados e agressivos, eram reclusos nas cadeias públicas. Além do critério comportamental, a classe social também definia a abordagem do louco, pois os ricos eram tratados domiciliarmente ou enviados para tratamento na Europa. 
 A palavra "manicômio" tem sua origem no grego: "mania" que significa loucura e "komêin" que quer dizer curar. Assim, entende-se que o manicômio tenha como função tratar das pessoas que apresentam transtornos mentais (MARTINS). Esse termo surge a partir do século XIX onde já inicia a especificidade ao hospital psiquiátrico e a função de promover atendimento médico e especializado as pessoas com transtornos mentais.
A história da loucura surge em meio a um contexto social em que alguns indivíduos viviam a mercê na sociedade. Nesse período, a forma como eram tratados pela sociedade e pelas autoridades eram como sujeitos que tinham quer ser mantido em casas de correção, sujeitos a realizarem trabalhos como forma de “tratamento” (Focault,1926-1984). É importante entendermos a origem desse processo e sua historicidade:
O conceito de loucura é uma construção histórica, antes do século XIX não havia o conceito de doença mental nem uma divisão entre razão e loucura. O trajeto histórico do Renascimento até a atualidadetem o sentido da progressiva separação e exclusão da loucura do seio das experiências sociais (FERNANDES e MOURA, 2009 apud MOURA).
Na história da Loucura existem situações que necessitam ser abordadas, dentre elas, cita-se aqui um marco na história, como a questão dos leprosos onde a lepra era uma doença que predominava no contexto social na Idade média ocidental. As pessoas não poderiam ser consideradas alguém que pudessem viver em contato com a sociedade tendo este tipo de enfermidade. A identificação desses leprosos ocorria através de denúncias feitas por qualquer pessoa que notasse esse tipo de doença na pele dos vizinhos, parentes, cônjuge, qualquer que seja o indivíduo, posteriormente eles convocavam autoridades seculares ou religiosas para tomarem conta da situação. 
Embora a lepra desapareça do mundo ocidental no fim da Idade Média, sendo sucedida pela loucura, é só depois de mais ou menos dois séculos que esse novo tormento provoca reações de segregação, exclusão, purificação. A loucura só será disciplinada em meados do século XVII, quando o grande confinamento a subtrai à liberdade imaginária que lhe permitia fervilhar ainda sob os céus do Renascimento e a condena ao silêncio. (Focault,1926-1984). 
Ao iniciar a segregação dos leprosos, o classicismo inventa a internação, confinam-se os loucos como também os mendigos, libertinos, pobres, desocupados, ociosos, homossexuais e os leprosos rejeitados pela sociedade diagnosticados seres incapazes de estar presentes em um convívio social. Para Fernandes e Moura (2009) a segregação não é apenas fisicamente, permeia o corpo social numa espécie de barreira invisível que impede a quebra de velhos paradigmas. 
A loucura, porém, não está somente ligada as assombrações e aos mistérios do mundo, mas ao próprio homem, às suas fraquezas, às suas ilusões e a seus sonhos, representando um sútil relacionamento que o homem mantém consigo mesmo. Aqui, portanto, a loucura não diz respeito à verdade do mundo, mas ao homem e à verdade que ele distingue de si mesmo. (FOCAULT, 1997 apud SOUZA, 2011, p;12). 
Ainda assim, a loucura era entendida como experiência trágica, recebia uma explicação mística, ou seja, os loucos eram considerados aqueles que possuíam um poder divino. Até meados do século XIX não havia nenhuma forma se quer de assistência especifica para os loucos. Enquanto que, no Brasil colonial essa assistência era exercida de forma precária, sendo na maior parte dos cuidados prestados pelos curandeiros.
Para (MOACYR, 2006) 
As instituições para a internação de doentes de lepra começaram a surgir já no século 4, e daí por diante foram brotando por toda a Europa cristã: no século 7 na França, no século 8 na Alemanha, no século 9 na Irlanda, no século 10 na Inglaterra, no século 11 na Espanha, no século 12 na Escócia e nos Países Baixos. Na idade média começa a ser incorporada na sociedade que as pessoas com transtornos mentais eram consideradas possuídas pelo demônio. 
O início da assistência à loucura no Brasil inicia-se no contexto em que as ações eram de cunho caritativo e filantrópico, uma área em que era adjunta à privilégios político, econômico e social. Segundo QUIRONGA apud TOMACELI (2008) “a presença e atuação das Instituições de Caridade ofereciam oportunidade de afirmação social, prestígio e privilégio das elites e aos indivíduos que delas participam”. 
 Segundo TOMACELI (2008) as atividades assistenciais:
Concentrava todas as obras de assistência, abrangendo o atendimento nos hospitais, a assistência aos presos pobres, a coleta de doações de esmolas, a concessão de dotes e órfãs pobres, a criação de crianças abandonadas, os serviços funerários e além de ser igualmente, executora de testamentos. 
GONÇALVES, 2001 apud SOUZA, 2011, p.13) relata que: 
O enfoque da loucura como doença e da psiquiatria como especialidade médica é recentemente na história da humanidade, aproximadamente 200 anos. A partir do século XVIII é que, o homem inventou uma nova maneira de se perceber e vivenciar a condição humana. A partir dessa nova forma de vivenciar a condição humana, estabeleceu “o diferente”, aquele que não segue o padrão de comportamento que a sociedade define. O doente mental, o excluído do convívio dos iguais, dos ditos normais, foi então afastado dos donos da razão, dos produtivos e dos que não ameaçaram a sociedade. 
 Segundo o autor, a loucura, com o passar dos anos foi sendo vista pelo homem de forma diferente. Antes o doente mental era excluído do convívio social ou dos “iguais”, o doente mental não necessitava viver sobre as condições estabelecidas ou o padrão discernido pela sociedade. Na contemporaneidade a loucura é tida como uma nomenclatura usada para caracterizar o estado mental das pessoas. 
De acordo (MENDES e VILHENA, 2012) “como Vemos muitos pacientes sendo internados para que a família se livre do problema ou porque o estado ressarce os gastos que as clínicas virão a ter; então, a instituição opta pela via mais cômoda: a da internação”. 
 2.2 Movimentos Social na Reforma Psiquiátrica 
O termo “movimentos sociais” acaba sendo utilizado de forma equivocada em diferentes momentos e realidades, uma vez que o seu entendimento é complexo e refere-se a situações que afetam a humanidade perante posturas ideológicas, ou de ação, ou de política, conforme (SANTINI, 2015). 
Entendo que os movimentos sociais existem por terem em sua origem elemento constitutivo que consequentemente são denominados pelos conflitos desde a Idade média, quando os trabalhadores denunciavam suas condições precárias de vida e de trabalho. Logo, esses conflitos são gerados pela incapacidade do estado de atender as reivindicações dos grupos sociais. 
De acordo com Hobsbawm (2000), só se define movimento social o acontecimento que acontecesse em manifestações de grupos contra uma determinada situação. Diferentemente de grupos que se manifestassem em defesa de uma situação. Nesse sentido, os movimentos sociais têm sua definição como a participação popular que remete a problemática das classes sociais oriundas da sociedade capitalista. 
A partir da década de 70, os movimentos sociais intensificaram-se após ter passado por um período muito intenso e dificultoso no que se refere ao regime autoritário de 1964 o chamado pós-golpe militar. Conforme (SANTINI, 2015), “no Brasil, os movimentos sociais originam-se da resistência ao regime autoritário dos anos 1970, e sua construção coletiva se fez na forma de teia ou rede, articulando-se com outras organizações, tais como sindicatos e partidos políticos”.
Com a Constituição Federal de 1988 foram incorporadas inúmeras demandas de classe trabalhadora e dos movimentos sociais, resultantes das mobilizações populares, nas décadas de 1970 e 80 (SANTINI, 2015) períodos em que foram considerados cruciais para os cidadãos brasileiros, pois os movimentos sociais tornaram-se espaço de reivindicações que contribuíram muito para a conquista de direitos em diversos seguimentos, como no campo da Assistência, Previdência e Saúde, formando assim o tripé da seguridade social. 
Em relação a participação da população na luta por melhores condições de vida através de respostas do estado por meios das políticas públicas PERUZZO (1998) relata que: 
A participação tem a faculdade de ser passiva, controlada ou de poder, sendo que na participação passiva e controlada, o poder é autoritário, com referência e postura de plateia e de conformismo; atribuindo cargos para que estes governem. Quem participa possui uma limitação que pode ser visualizada quando as instâncias detentoras do poder se sentem ameaçadas. 
Segundo o autor, normalmente as mobilizações, manifestações e demais instâncias que tem poder sobre os mesmos exerce de certa forma passiva, porém, os movimentos e o estado acabam entrando em atrito por conta desse poder centralizador e autoritário. 
O Movimento Anticominal nasce a partir do encontro Nacional dos trabalhadores de Saúde Mental em Bauru -1978 com o lema: “por uma sociedade sem manicômios”. O Movimento tinha o objetivo de lutarcontra a violação dos direitos humanos dos usuários com transtornos mentais.
 Partindo desse pressuposto, após esse ‘Movimento’ surge a Reforma Psiquiátrica brasileira onde a mesma pretende modificar um novo olhar quanto ao sistema clinico de saúde referente a doença mental. Sua finalidade abrange gradualmente a eliminação de internações em hospitais psiquiátricos. Traz a condição de substituir a internações pela atenção psicossocial, visando a inclusão da pessoa que sofre de transtornos mentais de estar inserido ao convívio familiar e comunitário.
Sobretudo, é necessário compreender que a participação popular não está livre de passividade e manipulação, muitas vezes há controvérsias, porém, nesse caso, as decisões necessitam ser tomadas em conjunto, pois as pessoas são referenciadas como sujeitos e sua participação com poder torna-se democrática, ativa e autônoma.
Para SANTINI (2015) a história nos faz compreender que os movimentos sociais e a participação popular sempre estiveram presentes nas sociedades em todos os tempos e sempre houve homens dominando homens, pela conquista de direitos e contra a opressão e outros pela manutenção do mando e do poder, um jogo de interesses constante. 
Dessa forma, entende-se que ao longo da história, existiram muitos movimentos sociais em vários períodos e seguimentos diferentes. Nesse caminho, a intenção nesse tópico não é esgotar o assunto, mas sim fazer um resgate no que diz respeito os fatores que intensificaram o campo da saúde mental no Brasil inclusive dar ênfase ao processo histórico da Reforma Psiquiátrica no Brasil. 
Nesse momento, além de falar sobre o movimento antimanicomial e demais abordagens sobre o contexto da saúde mental. É interessante falar-se da participação de Nise Silveira na trajetória da Saúde Mental no Brasil. A mesma foi uma renomada médica psiquiátrica brasileira contrária às formas de tratamento mais agressivas de sua época, tais como o confinamento em hospitais psiquiátricos, eletrochoque, insulinaterapia, lobotomia e suas internações. 
Após passar 18 meses presa, retomou ao serviço público e iniciou o seu trabalho no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, retomando sua luta contra as mais diversas técnicas psiquiátricas consideradas agressivas e torturantes aos pacientes na época. 
Apesar de Nise discordar de alguns modos adotados nas enfermarias, conseguiu ser transferida e passou a exercer a função de terapeuta ocupacional no Hospital Dom Pedro II, hoje, chama-se Instituto Municipal Nice da Silveira em sua homenagem. Criou Ateliês de pinturas e Modelagem, com o objetivo de possibilitar aos pacientes/doentes reatar e fortalecer seus vínculos com a realidade, através da expressão simbológica e da criatividade, assim a psiquiatra no Brasil passou a ser uma revolucionária, sendo assim uma pioneira na pesquisa das relações emocionais entre pacientes (co-terapeutas). 
Na década de 1950-1960 o Governo passa a contratar os hospitais psiquiátricos particulares para atender as demandas/público, porém, o estado começou a pagar muito pouco pelas diárias dos serviços prestados e, consequentemente interferindo nas condições de hospedagem de cada um. A verdade, é que os números de internações eram maiores que os números de leitos, ocorrendo uma superlotação. Devido isso, as denúncias de precarização eram constantes. 
Outro autor pensador crítica na história da saúde mental no Brasil é Franco Basaglia, nascido em 1924 em Veneza, Itália e faleceu em 1980. Foi um dos percussores que influenciou o Brasil em relação a existência dos hospitais psiquiátricos. Seu pensamento e seus saberes literários possibilitaram vários questionamentos a respeito do tipo de atendimento as pessoas com transtornos mentais apesar de ainda ser pouco explorado, foi um marco na história da Reforma Psiquiátrica Brasileira. 
Nesse sentindo, segundo GOULART (2004;2007) “O Movimento de Luta Antimanicomial da Itália iniciou-se na década de 1960, porém foi denominado como Psiquiátrica Democrática somente em 1973”. 
Diferente do Pensamento de Basaglia, o modelo do atendimento psiquiátrico tinha que ser baseado no asilamento, manicômios, isolamento social e tratado muitas vezes distantes da sociedade no chamado grandes “campos de concentração”. 
De acordo com KNOPP (2012) “O paciente perdia o contato com a família e com o contexto social onde vivia, minimizando qualquer possibilidade de recuperação e estabilização, além de muitas vezes o atendimento hospitalar contrariar regras básicas de humanização”. 
 É interessante compreender que através das mobilizações e dos movimentos sociais foram importantes para a implantação de um modelo de atenção específica aos doentes mentais, pois isso foi possível por meio dessas lutas, até chegar as regulamentações das leis e portarias que regem esse assunto. Sendo que segundo BASAGLIA apud KNOPP, 2012, p.17), “não se trata de renovar ou aperfeiçoar o asilo, mas negar o mandato social do psiquiatra, recusando toda e qualquer terapêutica que vive atenuar as reações do excluído em relação ao que ao exclui”.
2.3 Política social e Política de Saúde mental 
 É a partir do contexto capitalista que a política social nasce, construída no século XIX através das Mobilizações das classes operárias advindas das Revoluções Industriais, então a política é entendida como forma de intervenção do Estado estando inserido nas relações sociais relacionadas a divisão sócio técnica do trabalho, ou melhor, o governo deve criar mediação como forma de estratégia para fortalecer os seus interesses de cunho conflitivo. De acordo com ROSSI e FORTES (2009) “no contexto do capitalismo a política social baseava-se na manutenção da “ordem social”, tendo como função reintegrar os indivíduos (desviados sociais) à sociedade”. 
No período da Primeira República, especialmente no final do século XIX e início do século XX a agricultura era a economia predominante no Brasil baseada na produção do café. Dentro desse contexto político e econômico, não tinha uma política sanitária no país onde pudesse atender as necessidades da população. A população estava à mercê de muitas doenças, ocorrendo assim as epidemias nas cidades e nos grandes centros urbanos, além disso, esses fatores traziam consequências para vários setores internacionais. De acordo com OLIVEIRA (2015)
As políticas sociais surgiram como forma de amenizar as condições de vidas dos cidadãos, surge como forma de enfrentamento às mazelas dos direitos humanos, existentes nos governos autoritários. E a partir daí que parte a preocupação de inseri-la na constituição federal de 1998. (OLIVEIRA, 2015, p.6). 
A política social é uma ação do governo voltada de forma direta para o meio social, tem sua origem no capitalismo na luta pelos direitos da classe trabalhadora, reivindicação de direitos em determinados âmbitos ou seguimentos e proteção social. Nasce com o intuito de manter tanto as condições de vida dos trabalhadores como também das famílias quando não tivessem condições para as mantê-las.
De acordo com BRAVO (2001, p.21), a Política de saúde no Brasil apresenta-se a partir de três momentos significativos: 
Assistencialista - que envolve o período que antecede a 1930, onde o Estado não reconhece a questão social, enquanto objeto de sua intervenção política. • Providencialista - que desenvolve no período pós-30, onde o Estado passa a assumir a questão social, enquanto elemento de intervenção estatal. A Política de Saúde, nesse momento, abrange fundamentalmente os trabalhadores inseridos no mercado formal de trabalho, ou seja, aquele de carteira assinada. • Universalista – fruto do processo de redemocratização da sociedade brasileira e legitimada na Constituição de 1988, mas que não foi implementada efetivamente, tendo impasses e regressão na década de 1990. 
 Segundo o autor refere-se que a política de saúde ainda é um processo gradativo, onde em determinados períodos o Estado precisava tomar um posicionamento diante das demandas postas. Contudo, ainda assim, é um processo que ainda está sendo construídogradativamente apesar de que o objetivo sempre é ter respostas do estado através no que diz respeito ao investimento nas políticas públicas para melhorar as condições de saúde da população. 
O estado dava-se sua intervenção através do investimento nas “políticas sociais” que consistia na implantação da Assistência social, de prestações de serviços sociais como: internação, adoção, consultas médicas, reabilitação e atendimento psicossocial, bem como as medidas jurídicas, tais como: a proteção do consumidor e as normatividades dos procedimentos educacionais, que por sua vez eram entendidas como política social. 
Podemos dizer que as políticas sociais são classificadas e definidas de acordo com suas especificidades de imediato. Essas políticas acabam sendo de mera importância para a sociedade, através delas são implantados projetos de leis que asseguram os direitos da população. Todavia, são por meio delas que há interesses capitalistas para atender e transformar os direitos dos trabalhadores em capital privado com fins lucrativos. 
Para melhor visualizar as políticas sociais, é preciso perceber a relação entre o estado e o processo de acumulação de capital, além de considerar os movimentos sociais e políticos concretos que trazem em seu bojo a necessidade de olhar, cuidar da saúde, da vida do trabalhador e como esta se reproduz imediatamente e em longo prazo, conforme SHIRLEI (2009, p.2). 
 Segundo (KNOPP, 2012, p. 20) considera-se a seguinte definição de Política de Saúde mental “pode-se, assim, definir a saúde mental como um estado de equilíbrio entre o indivíduo e o meio social onde está inserido. Este estado garante às pessoas a sua capacidade laboral, social e intelectual para que possa desfrutar de uma boa qualidade de vida”. 
Diante de algumas transformações temos a psicologia social que existe desde o século XX, pois ela acompanhou de perto alguns conflitos entre eles a luta do capitalismo versus trabalho, a partir daí a psicologia social nos trás uma nova visão sobre ver as relações sociais, pois ela tem um foco em analisar as pessoas e como se relacionam entre si, ou seja, o convívio social. 
No que diz respeito a área da saúde, realiza-se uma análise da especificidade do serviço social em relação a saúde mental levando em consideração a característica subjetiva dessa política. Quando é citado aqui, que na atuação do assistente social no CAPS não pode cair num conceito psicologizante, isso quer dizer que o tratamento do paciente não deve se concentrar somente na medicalização, mas entender que a psicologia social se une ao Serviço Social como forma de intervenção diretamente nas relações do ser humano e seu meio, do outro, e assim com intuito de transformar a sociedade. Pois tem um foco de inserir o indivíduo a uma interação social, busca pensar sobre cada influência que cada ser humano exerce em cada grupo: amigos, colegas, familiares ou até mesmo um desconhecido, busca a reciprocidade social que nasce a partir desses encontros sociais. 
A Declaração dos Direitos Humanos de 1948 é considerada um avanço na conquista de direitos a partir da última Constituição Federal do Brasil através das mobilizações e organizações sociais. Sendo assim, antigamente as intervenções de saúde eram feitas por meio das campanhas sanitaristas: 
As intervenções na área da saúde para enfrentar essas questões concentravam-se nos modelos das campanhas sanitaristas, com o objetivo de combater as endemias que afligem a população, em especial aos trabalhadores urbanos. Uma grande referência para esta intervenção foi o Dr. Oswaldo Cruz. PEREIRA Apud (BRAVO, 2008). 
De acordo com MARIA E CRISTINA (2009) “desenvolvem-se no Brasil várias experiências inovadoras em saúde mental, combatendo o estigma que historicamente cercou este segmento bem como consolidam-se alterações no plano assistencial e legislativo”. 
A partir de 1989, o Deputado Paulo Delgado traz a discussão no Parlamento a questão do Projeto de Lei nº 3.657 que “dispõe sobre a extinção progressiva dos manicômios e sua substituição por outros recursos assistenciais e regulamenta a internação psiquiátrica compulsória” (BRASIL, 2001). Além disso, posteriormente, uma nova emenda constitucional é colocada em pauta no Senado, onde a mesma “dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental”. 
O Deputado Paulo Delgado foi o responsável por fomentar a discussão sobre a situação das pessoas com transtornos mentais. Apesar desse projeto de lei ter sido substituto de um projeto original, Paulo Delgado se preocupou com a questão da extinção dos manicômios para que as pessoas com transtornos tivessem um tratamento humanizado e seus direitos fossem garantidos por lei. No entanto, o debate foi rebatido e passou 12 anos tramitando no Congresso Nacional o Projeto de Lei, é aprovado no país. 
Segundo (DELGADO) em 06 de abril de 2001 a Lei 10.216 “regula as internações psiquiátricas e promove mudanças no modelo assistencial aos pacientes portadores de sofrimento mental, destacando-se o processo de desospitalização, a ser implementado através da criação de serviços ambulatoriais, como os hospitais-dia ou hospitais-noite, os lares protegidos e os centros de atenção psicossocial’.
A reforma sanitária foi um processo na qual se pretendia produzir mudanças na sociedade brasileira. As discussões sobre a Reforma Sanitária foram realizadas no nosso país, na cidade de Brasília nos dias 17 a 21 de março de 1986. Tendo a participação de 4 mil delegados na qual foram os responsáveis para defender a elaboração das propostas acerca das necessidades da população. Devido o pós-guerra as mobilizações foram prejudicadas, sendo assim, em 1970/80 que os espaços de discussão se fortaleceram. Os movimentos universitários, sindicais e movimentos populares urbanos, começaram a ser potencializados. 
A partir disso, esta conferência passou a ser um marco na política de Saúde. Vale ressaltar que, não é a partir da Constituição Federal de 1988 que essa conferência veio ter espaço, mas sim com a regulamentação da lei nº 378 de 1 de janeiro de 1937, no seu artigo 90 fala da obrigatoriedade das Conferências de Saúde. Contudo, a partir da Constituição Federal a saúde passa a ser um direito social e o seu acesso torna-se universal. 
O direito universal a saúde é considerada uma conquista pautada nos movimentos sociais antes mesmo da promulgação da Constituição. Com a consolidação da Constituição Federal de 1988 os direitos sociais passam a ser constituídos como marco legal. Dentre esses direitos temos a saúde como um direito de todos e dever do estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988).
A saúde como um todo vem acompanhada de lutas e desafios, na qual, a atuação profissional busca resoluções para alcançar bons resultados. Contudo, a articulação ou a multidisciplinaridade entre os profissionais necessita ser participativa acerca das demandas existentes nas quais caracterizam as expressões da questão social. É interessante dizer que, o profissional de saúde não trabalha sozinho, mas sim, com a articulação entre todos os profissionais, com o compromisso de criar estratégias e buscar resoluções para atender as demandas postas no ambiente de trabalho. 
Nesse sentido, além da importância de se pensar no processo de trabalho do profissional na equipe multidisciplinar, tinha-se uma visão mais ampla em relação as demandas postas pela sociedade, bem como a busca por respostas no que diz respeito ao envolvimento de outros profissionais focados na área biológica onde a perspectiva de trabalho depende de um conjunto de elementos e estratégias que requer o trabalho interdisciplinar e multidisciplinar. Para (MIOTO, 2008, p.279)
A interdisciplinaridade é compreendida com um processo de desenvolvimento de uma postura profissional queviabilize um olhar ampliado das especificidades que se conjugam no âmbito das profissões, através de uma equipe multidisciplinar, visando integrar saberes e práticas voltados à construção de novas possibilidades de pensar e agir em saúde. 
O sistema único de saúde (SUS) foi criado pela Constituição Brasileira em 1988, é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, o SUS abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral e gratuito a toda população. 
Com a Consolidação da Constituição Federal o SUS é instituído pelas Leis ° 8.080/90 que dispõe “[...] sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação a saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes”. E a Lei n° 8.142/90c que [...] “dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre a transferência de recursos financeiros intergovernamentais, bem como a instituição dos Conselhos e conferências de Saúde. 
Com a consolidação dessas legislações que propuseram enfrentar os problemas e dificuldades na prestação de serviços de saúde para a população por meio o atendimento público a todos os cidadãos. O SUS é a superação em relação a ampliação do conceito de saúde. Tem a finalidade de tornar operacional garantir do direito social e constitucional a saúde. (Paim e Teixeira, 2007, p. 1820). 
Como afirma Paim e Teixeira o Sistema Único de Saúde como as demais resoluções e Portarias regulamentadas reconhece que a saúde deveria ser inclusa como a parte fundamental no saneamento básico. 
Esse sistema alicerça-se nos princípios de acesso universal, público e gratuito às ações e serviços de saúde; integralidade das ações, cuidando do indivíduo como um todo e não como um amontoado de partes; eqüidade, como o dever de atender igualmente o direito de cada um, respeitando suas diferenças; descentralização dos recursos de saúde, garantindo cuidado de boa qualidade o mais próximo dos usuários que dele necessitam; controle social exercido pelos Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde com representação dos usuários, trabalhadores, prestadores, organizações da sociedade civil e instituições formadoras. (BRASIL, p, 13. 2004)
Nesse sentido, Paim e Teixeira relata: 
O projeto SUS é uma política de construção da democracia que visa ampliação da esfera pública, a inclusão social e à redução das desigualdades. Todas as propostas devem ter como principal objetivo a melhoria das condições de saúde da população brasileira, a garantia dos direitos do cidadão no respeito aos pacientes e a humanização da prestação de serviços. (2007, p. 1820). 
No artigo 7º da Constituição Federal de 1998 apresenta alguns princípios e Diretrizes que norteiam o Sistema Único de Saúde (SUS). Tais como: 
Equidade: esse princípio implica em tratar diferentes pessoas diferentes para terem direitos iguais. 
Universalidade: indica que todos os brasileiros possuem acesso aos serviços de saúde. 
Integralidade: este princípio trata do trabalho em rede, onde se trabalha as possíveis soluções para a promoção da saúde, evitando o agravo e risco de doenças, e ainda assim, as práticas utilizadas no enfrentamento das problemáticas relacionado a essa área. Precisa haver disposição de estabelecimentos e unidades para a prestação de serviços, bem como ações que de vigilância ambiental, sanitárias e epidemiológicas, a fim de trabalhar o controle de riscos e danos, a recuperação das pessoas doentes, identificação precocemente a doença, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação do usuário. 
Descentralização: essa diretriz diz respeito a estrutura e organização entre os três entes governamentais: federal, união, estado e município. A intenção dessa articulação entre entes governamentais é cooperar entre si e operativizar o preceito constitucional do artigo 196 da Constituição Federal de 1988. 
Participação Social: este princípio diz respeito a garantia da participação da população no processo de discussão e formulação das políticas de saúde, bem como o acompanhamento e execução. Segundo PEREIRA (2013, p.115) “a partir da década de 1980, a participação comunitária cede espaço à participação cidadã, onde o eixo central é substituído, deixa de ser a comunidade e passa a ser a sociedade com a diversidade de situações e interesses”. 
Nesse sentindo, para a operacionalização destes princípios é necessária responsabilidade do governo, a fim de exercer os investimentos nas políticas públicas, identificas as demandas existentes que necessitam de atenção para que haja melhoria nas condições de vida e de saúde de todos os grupos na sociedade.
2.4 A IMPLANTAÇÃO DO CAPS
A principal influência para implantação dos CAPS como forma de substituir os manicômios foi através de Reforma Psiquiátrica brasileira, influenciada pelo Italiano Basaglia. Essa Reforma foi criada em favor das questões sociais que envolviam indivíduos de saúde mental e para que fosse equacionado com as atribuições dos assistentes sociais. 
Segundo Rosa e Melo (2009, p.13), “vale lembrar que nem a questão social nem o social são exclusividades do assistente social. Uma vasta gama de objetos de intervenção dos assistentes sociais se situa na interface com outras profissões”. Nesse sentido, aos poucos foram amadurecendo a ideia de que o centro de atenção psicossocial é capaz de promover a reabilitação na vida das pessoas com transtornos mentais. 
Os CAPS são instituições destinadas a acolher os pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar, apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Sua característica principal é buscar integrá-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida quotidiana de usuários e familiares. (Ministério da Saúde, 2004). 
O Centro de Atenção Psicossocial foi criado com a estratégia de evitar as internações psiquiátricas bem como forma de substituir o modelo hospitalocêntrico de atenção a pessoas com transtornos mentais. Atendem serviços de saúde municipal, abertos e comunitários que tendem a ser complemento ao hospital psiquiátrico. 
O serviço oferecido pelo CAPS tem a finalidade de prestar atendimento em regime de atenção diária, para que o mesmo evite internações em hospitais psiquiátricos. Os CAPS devem promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais, isso é possível através das ações intersetoriais, uma de sua função é organizar a rede de Atenção Psicossocial. 
De acordo com a Portaria GM nº 366/2002 classifica as modalidades dos CAPS tais como: GOMES (2013) 
- CAPS I – Atende entre 20 mil a 50 mil habitantes. Seu foco é: usuários adultos com transtornos mentais graves e persistentes, transtornos decorrentes do uso de álcool e outras drogas. - CAPS II – Atende mais de 50 mil habitantes. Seus públicos alvos são adultos com transtornos mentais persistentes. - CAPS III – Atende 200 mil habitantes (maior porte). Os serviços ofertados: Acolhimento noturno, se necessárias internações curtas (equipe mínima de 16 profissionais). - CAPSi – Serviço Especializado em atender crianças e adolescentes com transtornos mentais e se operacionaliza em municípios com a população acima de 200 mil habitantes. – CAPSad – Focam o atendimento que utilizam o álcool de maneira prejudicial e outras drogas, em cidades com mais de 200 mil habitantes ou aquelas que estejam nas fronteiras, ou ainda as que façam rota de tráfico de drogas e possuem relevantes cenários epistemológicos que precisem deste tipo de serviço para responder de forma eficaz a demanda da saúde mental (equipe mínima de 13 profissionais). 
A mudança do modelo de atenção em saúde mental tem como principal objetivo a ampliação e a qualificação do cuidado ás pessoas com transtornos mentais nos serviços, com base no território. No novo modelo, a atenção hospitalar deixa de ser o centro, como era antes, tornando-se complementar. Trata-se de mudança fundamental na concepção e na forma de como se deve dar ocuidado: o mais próximo da rede familiar, social e cultural do paciente, para que seja possível a reapropriação de sua história de vida e de seu processo de saúde/adoecimento. (BRASIL, Cab-27,2010). 
Com esse processo de mudança no modelo da atenção em saúde mental, é perceptível as várias mudanças no contexto de cuidados em saúde do paciente, esses pacientes que muitas vezes vivem em situação de abandono pela família, excluídos da sociedade, tornaram-se sujeitos de direitos bem como de sua família e de certa forma mais próximo da sociedade. Segundo BRASÍLIA, saúde mental, 2013) “toda pessoa tema uma “vida futura” em que deposita seus sonhos, expectativas e crenças quando ao futuro que influenciam muito a vida presente. Muitas vezes, um grande sofrimento pode causar temor em perder essa sua vida futura em virtude de algum problema de saúde”. 
Se antes o hospital psiquiátrico era o centro da prática psiquiátrica, hoje se adota um atendimento baseado na atenção comunitária, se por muito tempo a loucura era objeto exclusivo do psiquiatra, ela hoje se abre a diversos campos do saber. Nesse aspecto, após a reforma psiquiátrica os CAPS começaram a existir como um “ lugar de referência e cuidado, promotor da vida, que tem a missão de garantir o exercício da cidadania e a inclusão social de usuários e de familiares. (BRASIL, 2015). 
3. PROCESSO DE TRABALHO E ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL 
3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO: SERVIÇO SOCIAL E A QUESTÃO SOCIAL 
Uma vez que é definido o objeto de intervenção do serviço social que é a questão social. O Serviço Social trabalha nas mais diversas expressões da questão social. É no seu cotidiano de trabalho que os assistentes sociais executam suas intervenções profissionais a fim de atender as demandas existentes. A profissão passa a existir no Brasil numa época específica em que a sociedade tem um referencial histórico dos adventos do sistema capitalista e da Revolução Industrial. Nesse momento surge um pacto entre a burguesia, o estado e a Igreja com um propósito de coibir as manifestações das classes trabalhadoras, surgindo um contexto histórico dos assistentes sociais como agentes que executavam práticas da assistência social, passando a formular e executar as políticas sociais dos devidos setores.
O Serviço Social surge também com o enfrentamento da Igreja e do Estado tendo como fator primordial a questão social. Passa a ter uma característica de eventos feitos por caridades influenciadas pela doutrina da igreja católica. Por isso o Serviço Social era vinculado através de seu perfil filantrópico, a prática da assistência ao pobre e a partir de interesses originados pela burguesia. 
Mary Richmond, pioneira do serviço social teve uma importância fundamental no Serviço Social Americano que mudou o perfil profissional dos assistentes naquele período. Logo no início, a influência Europeia fazia com que as atividades do Serviço Social seriam semelhantes a assistência médica e jurídicas, porém a profissão de assistente social se confundia com ações “ paramédicas” e o auxílio de informações jurídicas. 
Na (América Latina, o Serviço Social tem início com a fundação das primeiras escolas (Chile e Montevidéu) – Uruguai) em 1925, fundada pelo Médico Dr. Alejandro Del Río. E em 1930, surgem às primeiras escolas de SS no Brasil, um período em que a sociedade passa por bastantes transformações decorrentes da urbanização e industrialização que originou aglomerações de pessoas nos centros urbanos, que buscavam emprego e melhores condições de vida.
A partir da década de 1930 que começam a ser implantadas as políticas sociais no Brasil. Com isso, há mudança no papel do Estado, responsável pelas ações sociais direcionadas a uma nova ordem na sociedade entre a classe trabalhadora e assalariada. 
[...], no Brasil, a origem da profissão está indissoluvelmente ligada a ação da Igreja e a sua estratégia de adequação as mudanças econômicas e políticas que alteravam a face do país naquele período (CASTRO, 2010, p.109). 
O Movimento de Reconceituação tem a tentativa de superar o serviço social tradicional, vivenciado na década de 1940/1950, que tinha forte ligação neotomista, de cunho positivista e funcionalista, porque no contexto mudancista e progressista já não respondia as tais demandas advindas dos governos de João Goulart e Juscelino Kubitschek.
O Serviço Social tradicional é aquele de casos, grupos e comunidades, que o assistente social intervia na sociedade antes de ser reconceituado, com teorias conservadoras, e ainda presas a doutrina da igreja, principalmente da católica, além disso, baseava-se em teorias positivistas. 
O Serviço Social Tradicional latino – americano entrou em crise quando iniciou o processo de erosão na década de 1960. Esse processo tinha uma perceptível visibilidade que havia necessidade de mudanças, alterando o perfil dos assistentes sociais, buscando aproximá-los com seu público. Necessitava de uma crítica maior com os pressupostos e fundamentos teóricos, ainda assim notando em posturas mais conservadoras mesmo por um longo período ainda utilizado pelo serviço social. As perspectivas eram distintas em relação ao Brasil, cada país de cone Sul (Argentina, Chile e Uruguai) tinha uma perspectiva crítica. 
A partir de 1960 o serviço social tem uma caraterística Conservadora e Mudancista. Na ditadura militar começam a aparecer os problemas sociais causados pela limitação a falta de direitos aos cidadãos. Nesse momento o Serviço social sofre mudança como profissão. O Brasil passa a ter uma realidade diferente, o Estado tem uma característica literalmente autoritária e centralizadora. E, além disso, o SS não detinha sua legitimação. 
O Movimento de Reconceituação do Serviço Social passa a ter um contexto mais diferenciado no Brasil do que dos outros países, porque ainda existe três momentos de grande importância. Primeiro Uma perspectiva Modernizadora que aconteceu em meados de 1965 a 1970, a Reatualizarão do Conservadorismo 1975 e a Intenção de Ruptura em 1979. 
 A tendência conservadora é apegada ao tradicional que tem a intenção de modernizar os aspectos teóricos- instrumentais, uma vez que pretendia romper com o serviço social tradicional da década de 30 e 40. Então, ela se gesta no S.S a partir de 1960, desejando que o assistente social participasse mais das esferas públicas, dos processos de planejamento chamadas políticas sociais. O que muda é somente os aspectos metodológicos. 
A tendência mudancista tem a intenção de romper com o tradicionalismo, ter um serviço social pensado a partir do contato com as bases, ou seja, com os agricultores, com as pessoas que trabalhavam no campo, com as pessoas que lutavam pela reforma agrária e etc.; essa tendência desejava ter se aliar ao povo, apesar de não ser um movimento linear. 
Busca-se uma análise crítica sobre a questão social com o objetivo de entender como o assistente social enfrenta as expressões da questão social sob o exercício profissional. Mas o que é questão social? A questão social se origina da concepção enraizada na contradição capital x trabalho, em outras palavras, é uma categoria que tem sua especificidade definida no âmbito do modo capitalista de produção. Mas o que são essas expressões sociais? São caracterizadas como: o desemprego, a violência, a pobreza, a falta de saúde etc.; 
Destacando o capitalismo, a Revolução Industrial e a Igreja católica, foram os principais instrumentos que deram visibilidade para o aumento da questão social no mundo. Compreendendo que a migração dos espaços rurais para o urbano, e as mudanças no mundo trabalho na época, configurava-se nas organizações dos trabalhadores em lutas que reivindicavam por melhores condições de trabalho e de vida. 
Com a substituição da máquina pelo homem, o capitalismo ocasionou um alto índice de desemprego que acabou resultando não só a exploração pela mão de obra, mas como os baixos salários, longas jornadas de trabalhos e etc., mas o que mais indignavam os trabalhadores era a exploração da mão de obra das criançase das mulheres, esse fato fez com que os trabalhadores fossem a luta para reivindicarem melhores condições de trabalho. Eles estavam dispostos a lutar contra a burguesia. 
Insatisfeitos com os movimentos sociais, a Igreja católica pretendia resolver o problema através do documento chamado Rerum Novarum, porém alegava-se que o problema não era fácil de ser resolvido, mantendo oculto, e impondo a população que se acomodasse com as suas condições humanas. Mesmo ao tentar resolver os problemas, a igreja pretendia resolver a desigualdade, porém acreditava-se que a pobreza era propósito divino. 
A concepção de questão social mais difundida no Serviço Social é a de CARVALHO e IAMAMOTO, (1983, p.77)
A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão.
A questão social hoje, se tem como muito complexa e adquire dimensões amplas e profundas. Focaliza um conjunto de problemas políticos, econômico, causados pelo modo de produção capitalista. São situações de muitas incertezas, crise e dilemas de toda ordem e natureza. Assim como há imensos progressos, existe também misérias e violências que acontece em todos os lugares. 
A questão social no mundo globalizado passa a ter novos significados, outras dimensões, hoje, por exemplo, no aumento do desemprego em todo o mundo, nos crescentes processos migratórios envolvendo diferentes países e na assunção, cada vez maior, se encontram péssimas condições no mundo do trabalho, sem garantia de proteção social.
3.2 A ATUAÇÃO E INTERVENÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CAPS 
Antes de prosseguir para falar mais sobre o serviço social no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS. Cabe aqui, esclarecer que a atuação do assistente social não pode cair num conceito psicologizante, ou seja, concentrar o atendimento ao paciente somente na medicalização, mas sim na questão da Atenção do Assistente Social na reconstrução e no fortalecimento dos vínculos com a família, compreender até que ponto esta família pode contribuir no processo de recuperação do usuário, além de saber se o usuário possui benefício ou não.
Entre a relação de serviço social e psicologia social podemos dizer que elas se unem em conhecimentos teóricos e técnicos, que ambas as áreas visam apenas um objetivo: identificar, analisar, explorar e criar mecanismos eficazes para interferir nos fatos que apresentam problemas, dificuldades etc.; em sua história pessoal, familiar e social. 
PEREIRA e GUIMARÃES (2015) pensar o Serviço Social enquanto trabalho implica compreender a profissão essencialmente vinculada a interesses das classes contraditórias que fundamentam a sociedade capitalista. Assim, ela se afirma como um tipo de especialização do trabalho coletivo, ao ser expresso de necessidades sociais derivados da prática histórica das classes sociais no enfrentamento da questão 
Hoje no espaço sócio ocupacional da saúde mental o serviço social atua em diversas expressões da questão social. Ao se deparar com a realidade dos usuários/pacientes que tem sofrimento psíquico é necessário levar em consideração as condições sociais desses indivíduos. Ainda é muito comum haver discriminação e preconceito contra essa demanda, bem como a exclusão social na qual está sendo centrada na assistência psiquiátrica brasileira. 
Maciel apud Bader (2002) relata: 
A exclusão social é um processo sócio histórico, que se configura pela repercussão em todas as esferas da vida social, mas sobressai como necessidade do eu, como sentimentos significados e ações subjetivas. Destaca ainda que existem diferentes dimensões da exclusão, como a dimensão objetiva da desigualdade social, a dimensão ética da injustiça e a dimensão subjetiva do sofrimento. 
Desde os primórdios da história da saúde mental a exclusão do doente/louco mental sempre esteve presente nesse contexto, porém, ainda hoje, isso intensifica-se de modo que há rotulação desses “doentes mentais” ao tratamento medicalizante, principalmente, retirando-o do convívio familiar, vínculo social e comunitário e da sociedade. 
Nesse sentido, podemos destacar o que diz Szazz (1978) no caso da Loucura analisa que o processo de exclusão foi efetivado pela hospitalização em asilos, pelo surgimento da psiquiatria e dos psiquiatras, as quais passaram a ser tutores dos considerados insanos e incapazes de convívio social. É importante ressaltar que isso ocorreu num clima de necessidade de produção exigido pelo sistema capitalista que enfatiza a normalidade e a produtividade. O que se propõe aqui é, que a exclusão social se tornou sempre um dos empecilhos para o contato do doente mental com o convívio social, tendo sempre que se afasta por não está apto ao processo de socialização e inserção da sociedade. 
Para melhor entendermos o contexto da origem da exclusão social é importante compreender pelo menos dois diferentes momentos da história do doente mental. Por exemplo, na Grécia antiga, a “loucura” era vista como algo positivo, pois o louco era considerado um escolhido divino. Já na Idade Média, o doente mental era considerado um problema para a sociedade. Sendo assim, nesses dois momentos o doente mental/louco é afastado do convívio social, onde no primeiro momento a intenção é separar o “sagrado” dos outros e no segundo momento para afastar o “estranho” dos “normais”. 
Vale ressaltar, que se formos analisar nosso olhar para o doente mental, vamos considerá-lo um ser que é sempre visto como um “ser normal” e encarado bem como um “ser diferente” incapaz de obedecer às regras ditas/impostas normalmente conforme o padrão que a sociedade aceita. Acredita-se que um dos desafios para qualquer profissional, especialmente o assistente social é na defesa do reconhecimento do “doente mental” como um ser “igual”, respeitando suas diferenças, pois os mesmos é que os tornam diferentes. 
As atribuições e competências dos profissionais de Serviço Social realizada em qualquer área (saúde, educação, política social...) sempre serão orientadas e norteadas por direitos e deveres que constam no Código de Ética profissional e na Lei de Regulamentação da profissão, pois devem ser observados e respeitados tanto pelos profissionais quanto pelas instituições empregadas. 
No entanto, no que se refere aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) as principais atribuições do serviço social são: encaminhamento de providências, prestação de serviços, orientação social aos usuários e seus familiares em relação aos serviços e seus direitos sociais que garantam a melhoria dos aspectos psicossociais deste, planejamento, execução e avaliação de pesquisas que possam contribuir com a análise da realidade social e subsidiar ações de intervenção junto aos usuários dos serviços, realização de estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais a que tenham direito, prestação de informações e pareceres sociais sobre a matéria do serviço social, realização de ações que possibilitem a identificação de novas atividades de trabalho, lazer e relações interpessoais, a fim de desenvolver a autonomia e melhorar as relações sociais e familiares, buscar manter a família esclarecida sobre os aspectos biopsicossociais que perpassam a dependência química para estabelecer novas relações interfamiliares que tragam mudanças na vida em sociedade, no trabalho e previna recaídas. (GOMES, 2013). 
É importante observar outro ponto da Lei que regula a profissão: que o profissional precisa apropriar-se desse instrumento para que se possa entender e defender as determinações demandadas no espaço sócio organizacional, para o qual presta serviço, dos próprios usuários ou mesmo da realidade social. O Código de ética, especialmente, ele é usado pelos profissionais com o objetivode preservar o exercício profissional e defender o direito dos assistentes sociais ao trabalho.
As competências e atribuições dos assistentes sociais, nessa direção, nos leva a compreender o contexto histórico, para a realização da intervenção profissional. Para isso, é necessária a leitura crítica e capacidade de identificação das condições de vida dos usuários, é preciso o Estado ter visibilidade desse âmbito, reconhecimento e fortalecimento dos espaços em relação à luta dos trabalhadores por seus direitos e dentre outros aparatos que distinguem a “intervenção” do profissional. 
É necessário que o profissional de serviço social tenha capacidade de desenvolver ações que visa à busca da verdadeira realidade social e compreender o espaço em que se vive, é preciso conhecer essa realidade, é preciso que haja avaliação e monitoramento para esse campo. São grandes os desafios do profissional enquanto execução, a falácia que a teoria é uma coisa, a prática é outra. 
O profissional precisa ter sua concepção em relação à busca, ao desafio de qualificação, para que assim possa introduzir uma atuação investigativa adequada. Assim como também a busca pelas respostas das demandas enquanto perspectiva de totalidade, assim tendo subsídios para a compreensão de uma estrutura social, das quais envolve a dinâmica e complexidade, que cabem aos usuários a recorrem a prestação de serviços. 
3.3 DESAFIOS ATUAIS DO ASSISTENTE SOCIAL 
Todo esse processo em curso exige a formação de profissionais dotados de
Capacidade de reflexão crítica e com competência técnica para se envolverem numa prática de cuidado que se constitua num exercício de transformação para todos os envolvidos: pacientes, profissionais e as redes sociais em volta deles. Só isso permite manter a esperança de construção de uma nova atitude epistemológica e ética frente ao fenômeno da loucura (BEZERRA JR., 2007 apud PATRIOTA, 2011). 
E, na construção desse novo perfil profissional, as universidades assumem papel fundamental. O grande desafio posto às unidades formadoras não é outro senão formar profissionais mais humanistas, capazes de atuar numa perspectiva integral e interdisciplinar, em consonância com os princípios defendidos pela Reforma Psiquiátrica, pela Reforma Sanitária e impressos no SUS (PATRIOTA, 2011). 
 A dimensão política da produção de conhecimento no interior do Serviço Social é onde se criaram e desenvolveram as modalidades práticas da profissão e onde se apresentam os processos reflexivos do fazer profissional. A dimensão político-organizativa da profissão, são os fóruns de deliberação e as entidades representativas, são eles o CEFESS e CRESS, a ABEPSS, e as outras associações político-profissionais, o movimento estudantil representado pelo conjunto dos CA’s e pela DA’s e pela ENESSO. É aqui que são tecidos os traços gerais do projeto ético político, quando são reafirmados compromissos e princípios.
A dimensão jurídico-política da profissão é o suporte político-jurídico estreitamente profissional, exemplos são o Código de Ética profissional e a Lei de Regulamentação da Profissão a lei 8.662/93 e as novas Diretrizes Curriculares do MEC. Já o suporte jurídico-político é mais abrangente, pois envolve o conjunto das leis advindas do capitulo da Ordem Social da Constituição Federal de 1998.
Para (GOMES, 2013) acredita-se que para cumprir desafios e possibilidades enquanto a prática do serviço social: Intervenção pautada nos aspectos do projeto ético-político e profissional; garantir um bom atendimento diante dos recursos mínimos disponibilizados para a intervenção e estabelecer um diálogo reflexivo com os usuários, para um bom entendimento de mundo e da sua situação. 
O grande desafio em se consolidar o Projeto Ético Político Profissional é a expansão do Neoliberalismo, que acaba limitando e diminuindo o acesso aos direitos sociais já conquistados, levando assim a grande classe trabalhadora a um considerável aumento da precariedade e pobreza, tornando suas condições de vida e trabalho mais difíceis e o Estado tirando sua responsabilidade sobre o investimento nas políticas sociais. Atualmente esse é o grande desafio frente aos assistentes sociais. 
As competências e atribuições dos assistentes sociais, nessa direção, nos leva a compreender o contexto histórico, para a realização da intervenção profissional. Para isso, é necessária a leitura crítica e capacidade de identificação das condições de vida dos usuários, é preciso o Estado ter visibilidade desse âmbito, reconhecimento e fortalecimento dos espaços em relação à luta dos trabalhadores por seus direitos e dentre outros aparatos que distinguem a “intervenção” do profissional. 
No relacionamento com os usuários, as violações ao DH e aos princípios da ética profissional são objeto do trabalho profissional [...] seu enfretamento profissional requer conhecimento teórico, uma preparação técnica e um investimento político junto aos usuários, no sentido de difusão de uma cultura de valorização dos direitos humanos e de resgate da cidadania. (CFESS, 2015, p. 88).
O profissional precisa ter sua concepção em relação à busca, ao desafio de qualificação, para que assim possa introduzir uma atuação investigativa adequada. Assim como também a busca pelas respostas das demandas enquanto perspectiva de totalidade, assim tendo subsídios para a compreensão de uma estrutura social, das quais envolve a dinâmica e complexidade, que cabem aos usuários a recorrem a prestação de serviços. A estrutura básica do projeto ético-político se dá por meio: 
● Reconhecimento da liberdade como valor central;
● Compromisso com a autonomia, e emancipação e a plena expansão dos indivíduos sociais;
●. Vincula-se a um projeto societário que propõe a construção de uma nova ordem sócia.
 A dimensão política do projeto ético político se posiciona a favor da equidade e da justiça social, na perspectiva da universalização; ampliação e consolidação da cidadania. No olhar profissional o projeto ético político implica num compromisso com a competência, a qual a base é o aprimoramento profissional. Com os usuários o projeto prioriza uma relação sistemática com os usuários dos serviços oferecidos, se comprometendo com a qualidade dos serviços prestados a população, a publicização dos recursos institucionais e, sobretudo, abrir as decisões institucionais à participação dos usuários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este estudo reflete acerca do papel dos assistentes sociais no campo da saúde mental em decorrência da materialização da Reforma Psiquiátrica Brasileira rompeu-se com esse paradigma abrangendo dimensão da vida social de compreensão integral da saúde dos indivíduos. 
O usuário com transtorno mental ainda hoje, apesar da mudança no modelo de Atenção Psicossocial a esse público, há um grande desafio enquanto profissional no que diz respeito à garantia e efetivação dos seus Direitos. Ao longo dessa jornada percebe-se que as prestações de serviços clínicos eram de cunho assistencialista ao usuário, posteriormente houve a regulamentação de uma legislação específica para a saúde mental. Houve muitas mobilizações e lutas para a construção da Política de Saúde Mental. É possível compreender e apontar a problemática do presente Trabalho no que diz respeito a integração do assistente social na equipe multidisciplinar no CAPS e de que forma o AS contribui no processo de recuperação desses usuários. A partir da prestação de atendimento clinico em regime de atenção diária aos usuários, o processo de tratamento e reabilitação do paciente tem sido significante em relação ao tipo de tratamento prestado antes da Reforma Psiquiátrica.
Nesse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) contextualizaram-se a trajetória da Reforma Psiquiátrica Brasileira, bem como a substituição do modelo hospitalocêntrico pelo Centro de Atenção Psicossocial que decorreu com a estratégia de prestar atendimento clinico em regime de atenção diária aos usuários, evitando internações em hospitais psiquiátricos. 
A principal ênfase no modelo atual de atenção psicossocialé o tratamento do doente mental/louco e, em relação à família, é incorporada no processo terapêutico, principalmente quando se trata da reabilitação psicossocial do usuário. Antes da materialização da Reforma Psiquiátrica as pessoas “portadoras” de doença mental não eram vistas pela sociedade como “seres incapazes de se socializarem”. Esses doentes mentais residiam em grandes campos de concentrações afastados da sociedade, vivendo em total isolamento, sem assistência e retirados do convívio familiar. 
É perceptível, a forma desumana que esses “doentes mentais” sofriam, todavia, com a institucionalização da Lei 10.216 o modelo assistencial passa a ter um atendimento direcionado, humanizado e em regime de atenção diária ofertado pelos Centros de Atenção Psicossocial- CAPS. 
A família é também um leque responsável para estar inserida no processo de recuperação do usuário. A família é quem está diariamente no convívio diário, bem como responsável por promover o contato entre os doentes e os serviços de saúde, como também capaz de elaborar e construir valores e expectativas relacionadas ao cotidiano e no futuro familiar principalmente do familiar com sofrimento psíquico.
Todavia, quando se pensa no tratamento do doente mental/louco requer entendimento que a reabilitação psicossocial não se limita em apenas ao uso de medicamentos, mas compreende e visa também procedimentos que visam à reintegração familiar, social e profissional, principalmente a melhoria na qualidade de vida do doente e do familiar. 
É necessário que o profissional de serviço social tenha sua intervenção pautada nos aspectos do projeto ético-político profissional, garantindo um bom atendimento diante dos mínimos recursos disponibilizados para a intervenção, bem como estabelecer um diálogo reflexivo com os usuários, para um melhor atendimento de mundo e da sua situação, capacidade de desenvolver ações que visa à busca da verdadeira realidade social e compreender o espaço em que se vive, é preciso conhecer essa realidade, e que haja avaliação e monitoramento para esse campo. São grandes os desafios do profissional enquanto execução, a falácia que a teoria é uma coisa, a prática é outra.
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