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Lei de Reforma do Código de Organização Judiciária do RS

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LEI Nº 5.256, DE 2 DE AGÔSTO DE 1966.
(publicada no DOE nº 32, de 20 de agosto de 1966)
Dispõe sôbre a reforma do Código de 
Organização Judiciária do Estado do Rio 
Grande do Sul.
ALFREDO HOFMEISTER, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Rio 
Grande do Sul.
Faço saber, que a Assembléia Legislativa decretou e eu, no uso das atribuições que me 
confere o art. 64 da Constituição do Estado, promulgo a seguinte Lei:
LIVRO I
ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
Introdução
Art. 1º - Êste Código regula a instituição dos Tribunais, Juízes, Ministério Público, 
Assistência Judiciária e Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul, com exceção da Justiça 
Militar Estadual; e estabelece a competência dos órgãos jurisdicionais, as atribuições dos órgãos 
auxiliares e dos servidores judiciais.
Art. 2º - A Justiça do Estado é instituída para assegurar a defesa social, tutelar e 
restaurar as relações jurídicas, na órbita da sua competência.
Art. 3º - Na guarda e aplicação da Constituição e das leis, o Poder Judiciário só 
intervirá em espécie e por provocação da parte, salvo quando a lei expressamente determinar 
procedimento de ofício.
Art. 4º - Os tribunais e juízes mencionados neste Código têm competência exclusiva 
para conhecer de tôdas as espécies jurídicas, ressalvados os casos previstos na Constituição e nas 
leis.
Art. 5º - Para a execução de suas decisões, poderão os tribunais e juízes requisitar o 
auxílio da fôrça pública ou outros meios de ação conducentes àquele fim.
Parágrafo único - As autoridades a quem fôr dirigida a requisição, competirá prestar 
auxílio reclamado, sem que lhe assista a faculdade de apreciar os fundamentos e a justiça da 
sentença ou dos atos de cuja execução se trate.
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Gabinete de Consultoria Legislativa
CAPÍTULO II
Da Divisão Judiciária
Art. 6º - O território do Estado, para os efeitos da administração da Justiça, divide-se 
em circunscrições, comarcas, municípios e distritos.
§ 1º - Cada comarca será constituída de um ou mais municípios e terá a denominação da 
respectiva sede.
§ 2º - Em cada comarca haverá um livro para registro de sua instalação, de posse, 
assunção e afastamento definitivo de juízes, bem como de outras circunstâncias relativas ao 
histórico da vida judiciária, devendo ser enviada cópia de cada ata ao Tribunal de Justiça e ao 
Departamento Estadual de Estatística.
§ 3º - Sempre que fôr criado nôvo município, a expensas de áreas de comarcas distintas, 
o Tribunal de Justiça encaminhará proposta à Assembléia Legislativa, indicando a que comarca 
passará aquêle a pertencer. Enquanto não promulgada a respectiva lei, o nôvo município, com 
suas diversas áreas, continuará integrado para os efeitos da organização judiciária, nas comarcas 
de onde foi desmembrado.
§ 4º - As comarcas, para efeitos de substituição, serão agrupadas em circunscrições, 
numeradas ordinalmente e jurisdicionadas, a da Capital por juiz de direito de 4ª entrância, e as 
demais, por juiz de direito de 2ª entrância.
Art. 7º - A criação de novas comarcas dependerá da existência dos seguintes requisitos:
a) serviço forense não inferior aos de outras comarcas de 1ª entrância;
b) condições materiais indispensáveis ao funcionamento dos serviços da Justiça.
Art. 8º - As comarcas são classificadas em quatro entrâncias, de acôrdo com o 
movimento forense, densidade demográfica, rendas públicas, meios de transportes, situação 
geográfica e outros fatores sócio-econômicos de relevância.
Art. 9º - A divisão e organização judiciária estabelecidas neste Código, só poderão ser 
alteradas, nos cinco anos subseqüentes à sua promulgação, mediante proposta motivada do 
Tribunal de Justiça (Art. 118 da Constituição do Estado).
TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS JUDICIÁRIOS
CAPÍTULO I
Da Organização
Art. 10 - São órgãos do Poder Judiciário do Estado:
I - o Tribunal de Justiça;
II - o Conselho Superior da Magistratura;
III - Corregedoria Geral da Justiça;
IV - o Tribunal do Júri;
V - o Tribunal de Imprensa;
VI - o Tribunal de Economia Popular;
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VII - os juízes de direito;
VIII - os juízes municipais vitalícios;
IX - os pretores;
X - os juízes de paz.
CAPÍTULO II
Da Composição e Competência
SEÇÃO I
Do Tribunal de Justiça
Art. 11 - O Tribunal de Justiça com sede na Capital e jurisdição em todo o território do 
Estado, é constituído de vinte e quatro desembargadores, escolhidos dentre juízes de direito, 
advogados e membros do Ministério Público, promovidos ou nomeados pelo Governador.
§ 1º - Na composição do Tribunal de Justiça, um quinto dos lugares caberá a advogados 
e a membros do Ministério Público.
§ 2º - O número de desembargadores só poderá ser alterado, mediante proposta 
motivada do Tribunal de Justiça.
Art. 12 - O Tribunal de Justiça é dividido em duas seções, uma cível e outra criminal, 
constituída a primeira de quatro e a segunda de três câmaras.
§ 1º - As câmaras cíveis constituirão, duas a duas, Grupos Cíveis, os dois grupos 
integrarão as Câmaras Cíveis Reunidas.
§ 2º - As Câmaras Criminais Reunidas serão constituídas pelas três câmaras criminais.
§ 3º - As câmaras compõem-se, cada uma, de três desembargadores, inclusive o 
respectivo presidente, salvo o caso do art. 16.
Art. 13 - O Tribunal de Justiça funcionará, ordinariamente ou extraordinariamente, em 
câmaras separadas ou reunidas, em grupos ou em Tribunal Pleno.
Art. 14 - O Tribunal de Justiça funcionará em sessão plena, com a presença mínima de 
dezessete membros; as Câmaras Cíveis Reunidas com nove e as Criminais Reunidas com sete; os 
grupos e as câmaras separadas com a totalidade de seus membros.
Art. 15 - Só pelo voto da maioria absoluta de seus membros, poderá o Tribunal declarar 
a inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder público.
Parágrafo único - No julgamento a que se refere êste artigo, o Tribunal deverá 
funcionar com vinte de seus membros, substituídos, na forma dêste Código, os que faltarem ou 
estiverem impedidos.
Art. 16 - Nos casos de vaga, licença ou férias de desembargador, até quarenta e cinco 
dias, a substituição será exercida, facultativamente, por outro desembargador.
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Parágrafo único - A substituição no Tribunal Pleno nos grupos, nas câmaras reunidas e 
separadas far-se-á de acôrdo com o Regimento Interno, observadas as prescrições dêste Código.
Art. 17 - Em caso de acúmulo de serviço, o Tribunal Pleno poderá autorizar, por 
período determinado, suscetível de prorrogação, regime de exceção em uma ou mais câmaras, 
que passarão a ter quatro membros.
§ 1º - Nesse regime, a constituição de câmara será completada por desembargador de 
outra câmara ou juiz substituto de desembargador e, não sendo isto possível ou conveniente, a 
juízo do Tribunal, por juiz de direito especialmente convocado.
§ 2º - Os processos acumulados serão distribuídos ou redistribuídos, na forma regulada 
pelo Regimento Interno do Tribunal.
Art. 18 - O Tribunal de Justiça suspenderá as sessões ordinárias durante as férias.
§ 1º - Neste período, o Tribunal funcionará, extraordinariamente, em duas câmaras, uma 
criminal e outra cível, constituídas, cada uma, de quatro membros, mas só votando três, e 
presididas, indistintamente, pelo Presidente do Tribunal, pelo Corregedor Geral da Justiça ou por 
outro desembargador.
§ 2º - Os presidentes dessas câmaras somente concorrerão na distribuição dos processos 
de "habeas-corpus", mandados de segurança e seus recursos; no julgamento dos demais feitos, 
atuarão sempre como vogais.
§ 3º - Essas câmaras, sem prejuízo do que estabelecer o Regimento Interno, apreciarão, 
além dos processos que lhes forem distribuídos durante as férias:
I - a Câmara Criminal:
os de réus presos, os da iminência de prescrição e os quehouverem retornado de 
diligência;
II - a Câmara Cível:
os que, de tramitação obrigatória nas férias (art. 256), lhe forem redistribuídos.
§ 4º - Terminadas as férias coletivas, as câmaras especiais continuarão funcionando sob 
a presidência do Vice-Presidente, até que se julguem todos os processos a que estiverem 
vinculados os seus juízes pela distribuição, tudo conforme o Regimento Interno.
§ 5º - Os desembargadores que servirem durante as férias coletivas gozarão férias 
individuais.
Art. 19 - Terão exercício no Tribunal de Justiça, seis juízes de direito de quarta 
entrância, competindo-lhe substituir os membros efetivos do Tribunal por tempo superior a 
quarenta e cinco dias, e, nos período inferiores, quando outro desembargador não anuir na 
substituição.
§ 1º - O Tribunal Pleno escolherá, na forma do Regimento Interno e por escrutínio 
secreto, os juízes de que trata êste artigo.
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§ 2º - A sua eleição importará, se anuir na passagem para o cargo de substituto de 
desembargador e, quando dispensado das funções, a pedido ou de ofício, por motivo justo, a 
critério do Tribunal de Justiça, terá preferência para o provimento de vaga ocorrida em quarta 
entrância; enquanto não aproveitado ou não estiver em pleno exercício, ficará à disposição da 
Corregedoria Geral da Justiça.
§ 3º - O Regimento Interno regulará a forma de substituição.
Art. 20 - No Tribunal Pleno, nas câmaras reunidas, nos grupos e câmaras separadas, a 
substituição do relator e do revisor far-se-á na forma estabelecida no Regimento Interno.
Art. 21 - Nas licenças e afastamentos dos desembargadores e dos seus substitutos, o 
Tribunal Pleno convocará os juízes de direito da Capital para substituí-los.
Parágrafo único - Os juízes substitutos e os convocados assumirão a jurisdição plena 
dos desembargadores, salvo nos casos de suspeição e impedimento ocasional dêste e em virtude 
de restrições constantes do Regimento Interno, relativas à atividades de direção e de 
administração.
Art. 22 - Para a constituição do Tribunal por exigência de "quorum" serão convocados 
pelo Presidente:
I - os desembargadores licenciados ou afastados, aos quais é dado eximir-se de 
comparecer;
II - os juízes substitutos de desembargador, por ordem de antigüidade na entrância;
III - os juízes de direito da comarca de Pôrto Alegre, na ordem da tabela organizada 
pelo Tribunal em uma das últimas sessões do ano anterior;
IV - os juízes de direito das comarcas mais próximas, na ordem estabelecida nas 
mesmas condições do inciso III, dêste artigo.
SEÇÃO II
Do Tribunal Pleno
Art. 23 - Ao Tribunal Pleno compete:
I - declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato do poder público;
II - processar e julgar originariamente:
a) o Governador, nos crimes comuns e nos de responsabilidade;
b) os secretários de Estado, os juízes de instância inferior, os agentes do Ministério 
Público, o Chefe de Polícia do Estado e os Ministros do Tribunal de Contas;
c) os "habeas-corpus" quando o coator ou paciente fôr membro do Poder Legislativo, 
funcionário ou autoridade cujos atos estejam diretamente submetidos à jurisdição do Tribunal de 
Justiça; quando se tratar de crime sujeito a essa mesma jurisdição em uma única instância; e 
quando houver perigo de se consumar a violência, antes que outro juiz possa conhecer do 
pedido;
d) os mandados de segurança impetrados contra atos do Governador do Estado, da Mesa 
da Assembléia Legislativa e os desta, do próprio Tribunal de Justiça, de seu Presidente do 
Conselho Superior da Magistratura, do Corregedor Geral dos grupos das câmaras e de seus 
presidentes;
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e) os conflitos de jurisdição entre câmaras do Tribunal ou entre autoridades judiciárias e 
administrativas, quando nêles forem interessados o Governador, secretários de Estado, 
magistrados ou Procurador Geral;
f) as habilitações incidentes, nas causas sujeitas a seu conhecimento;
g) as ações rescisórias de seus acórdãos, bem como a execução de suas decisões;
h) a restauração de autos extraviados ou destruídos, em feitos de sua competência;
i) os pedidos de revisão e reabilitação, quanto às condenações que houver proferido;
III - julgar:
a) os crimes contra a honra em que forem querelantes as pessoas enumeradas nas letras 
a e b, do inciso II, bem como avocar o processo de outros indiciados, quando oposta e admitida a 
exceção da verdade;
b) a suspeição não reconhecida de desembargadores e do Procurador Geral do Estado, 
ou contra êles argüida, salvo se fôr de natureza íntima;
c) o recurso previsto em lei para os despachos nos processos criminais da competência 
privativa do Tribunal;
d) os embargos de declaração, os de nulidade ou infringentes de seus julgados, e os 
opostos na execução de seus acórdãos;
e) os recursos das decisões do relator, que indeferir, liminarmente o pedido de revisão 
criminal de condenações que houver proferido;
f) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal, proferidos em autos ou papéis 
judiciários, salvo quando seu conhecimento couber a outro órgão;
g) os recursos das decisões do Conselho Superior da Magistratura, quando 
expressamente previstos;
h) os recursos interpostos das decisões das comissões examinadoras sôbre concurso para 
juiz de direito ou pretor;
IV - conhecer:
a) dos incidentes de falsidade de documentos ou insanidade mental do acusado, nos 
processos de sua competência;
b) do pedido de revogação das medidas de segurança que tiver aplicado;
V - sortear, dentre seus membros, o relator, e, dentre os procuradores da Justiça o órgão 
do Ministério Público que deva funcionar nos processos por crimes comuns ou de 
responsabilidade do Governador, dos secretários de Estado e do Chefe de Polícia;
VI - decretar medidas assecuratórias e de segurança, nos feitos de sua competência 
originária, cabendo ao relator processá-las e agir de ofício nos casos previstos em lei;
VII - elaborar o Regimento Interno do Tribunal de Justiça, e resolver as dúvidas que se 
suscitarem na sua aplicação;
VIII - escolher os juízes substitutos de desembargador de que trata o art. 19;
IX - impor penas disciplinares, na forma da lei, ou representar aos Conselhos Superior 
do Ministério Público e da Ordem dos Advogados;
X - encaminhar à Assembléia Legislativa a proposta de que trata o art. 6º, § 3º;
XI - apreciar em segrêdo de justiça os motivos de suspeição de natureza íntima 
declarada na hipótese do art. 35, inciso IV;
XII - exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas em lei e no Regimento 
Interno.
SEÇÃO III
Das Câmaras Reunidas
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Art. 24 - Às Câmaras Cíveis Reunidas compete:
I - processar e julgar:
a) os mandados de segurança contra atos dos Secretários de Estado, do Procurador 
Geral do Estado e do Conselho Superior do Ministério Público;
b) os recursos de revista;
c) os embargos infringentes e de nulidade opostos às suas e as decisões dos grupos 
cíveis;
d) as ações rescisórias de seus acórdãos;
e) a restauração de autos extraviados ou destruídos, em feitos de sua competência;
f) a execução de sentenças proferidas nas ações rescisórias de sua competência;
II - julgar:
a) os embargos de declaração;
b) o agravo do despacho denegatório de revista ou de embargo, de nulidade ou 
infringentes de sua competência;
c) os recursos das decisões do Presidente das Câmaras Reunidas em matéria cível, salvo 
quando seu conhecimento couber a outro tribunal, ao Tribunal Pleno, aos grupos cíveis ou às 
câmaras separadas;
d) os agravos das decisões do relator nos casos previstos em lei ou no Regimento 
Interno;
e) as suspeições nos casos pendentes de suas decisões;
III - assentar prejulgados.
Art. 25 - Às Câmaras Criminais Reunidas compete:
I - processar e julgar:
a) os pedidos de revisão criminal;
b) os recursos dasdecisões do Presidente do Tribunal de Justiça, em matéria criminal, 
salvo quando seu conhecimento couber a outro tribunal, ao Tribunal Pleno, ou às câmaras 
separadas;
c) os pedidos de desaforamento;
II - conhecer e julgar os conflitos de jurisdição, em matéria criminal, entre os juízes de 
primeira instância, ou entre êstes e autoridades administrativas, ressalvado o disposto no art. 23, 
inciso II, letra a);
III - julgar:
a) os embargos de declaração opostos aos seus acórdãos;
b) os recursos de decisão do relator, que indeferir liminarmente o pedido de revisão 
criminal;
c) os embargos de nulidade e infringentes dos julgamentos das câmaras criminais 
separadas;
d) a suspeição não reconhecida, dos procuradores da Justiça, com exercício junto às 
câmaras criminais separadas;
IV - aplicar medidas de segurança, nas decisões que proferirem em virtude de revisão;
V - conceder, de ofício, ordem de "habeas-corpus" nos efeitos submetidos a sua 
deliberação, quando verificarem que alguém sofre ou está na iminência de sofrer coação ilegal 
em liberdade de ir e vir;
VI - impor penas disciplinares na forma da lei ou representar aos Conselhos Superior da 
Magistratura, Superior do Ministério Público e da Ordem dos Advogados;
VII - exercer outras atribuições conferidas em lei ou no Regimento Interno.
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SEÇÃO IV
Dos Grupos Cíveis
Art. 26 - Aos Grupos Cíveis compete:
I - processar e julgar:
a) as ações rescisórias dos seus acórdãos e dos das câmaras separadas;
b) os embargos de nulidade e dos infringentes dos julgados das câmaras cíveis 
separadas;
c) a restauração de autos extraviados ou destruídos, em feitos da sua competência;
d) a execução das sentenças proferidas nas ações rescisórias da sua competência;
II - julgar:
a) os embargos de declaração;
b) o agravo do despacho denegatório de embargos de nulidade ou infringentes em feitos 
de sua competência e da competência das câmaras cíveis separadas;
c) as suspeições nos casos pendentes de suas decisões;
d) os recursos das decisões em matéria cível, salvo quando seu conhecimento couber a 
outro tribunal, ao Tribunal Pleno, às Câmaras Cíveis Reunidas ou às câmaras separadas.
e) os agravos das decisões do relator nos casos previstos em lei ou no Regimento 
Interno.
Parágrafo único - Os embargos de nulidades e os infringentes e as rescisórias serão, 
nas hipóteses das letras a e b, distribuídas ao grupo de que faça parte a câmara prolatora do 
acórdão não podendo servir senão como vogais os juízes que o subscreverem.
SEÇÃO V
Das Câmaras Separadas
Art. 27 - Às Câmaras Cíveis separadas compete:
I - processar e julgar:
a) os mandatos de segurança contra atos dos procuradores da Justiça, do Chefe de 
Polícia e dos juízes de inferior instância;
b) as habilitações incidentes nas causas sujeitas ao seu julgamento;
c) a restauração de autos extraviados ou destruídos em feitos de sua competência;
d) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal de Justiça, em matéria cível, salvo 
quando seu conhecimento couber a outro tribunal, ao Tribunal Pleno, aos grupos ou às câmaras 
reunidas;
e) os conflitos de jurisdição em matéria cível, entre juízes de primeira instância ou entre 
êstes e autoridades administrativas, nos casos que não forem da competência do Tribunal Pleno; 
f) as ações rescisórias das decisões dos juízes de primeira instância e as respectivas 
execuções;
g) os "habeas-corpus" quando a prisão fôr civil;
II - julgar:
a) os recursos das decisões dos juízes de instância inferior, em matéria cível;
b) os embargos de declaração apostos a seus acórdãos;
c) as suspeições de juízes, por êstes não reconhecidas;
III - impor penas disciplinares na forma da lei ou representar aos Conselhos Superior da 
Magistratura, Superior do Ministério Público e da Ordem de Advogados;
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IV - exercer outras atribuições que lhes sejam conferidas em lei ou no Regimento 
Interno.
Art. 28 - Às câmaras criminais separadas compete:
I - processar e julgar:
a) os pedidos de "habeas-corpus", sempre que os atos de violência ou coação ilegal 
forem atribuídos a juízes de primeira instância, podendo a ordem ser expedida, de ofício, no 
curso dos feitos submetidos à sua decisão;
b) a suspeição de juízes, por êstes não reconhecidas;
c) os recursos das decisões do Presidente do Tribunal de Justiça, em matéria criminal, 
salvo quando seu conhecimento couber a outro tribunal, ao Tribunal Pleno ou às câmaras 
reunidas;
d) os conflitos de jurisdição em matéria criminal entre juízes de primeira instância ou 
entre êstes e autoridades administrativas, nos casos que não forem de competência do Tribunal 
Pleno;
e) os mandatos de segurança contra atos de juízes criminais;
II - julgar:
a) os recursos das decisões do Tribunal do Júri, do Tribunal de Imprensa, do Tribunal de 
Economia Popular, e dos juízes de primeira instância em matéria criminal, salvo exceção 
expressa;
b) os embargos de declaração apostos a seus acórdãos;
III - ordenar:
a) o exame para verificação de cessação de periculosidade, antes de expirado o prazo 
mínimo de duração da medida de segurança;
b) o confisco dos instrumentos e produtos do crime;
IV - impor penas disciplinares na forma da lei ou representar aos conselhos Superior da 
Magistratura, Superior do Ministério Público e da Ordem dos Advogados;
V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas em lei ou no Regimento Interno.
SEÇÃO V
Da Presidência e da Vice-Presidência do Tribunal de Justiça
e da Presidência das Câmaras
Art. 29 - A presidência do Tribunal de Justiça é exercida por um desembargador, eleito 
pelo tempo e na forma prescrita no Regimento Interno.
Art. 30 - A presidência do Tribunal Pleno compete ao Presidente do Tribunal de 
Justiça, que será substituído na forma do Regimento Interno.
Art. 31 - A presidência das Câmaras Cíveis Reunidas e dos Grupos Cíveis será exercida 
pelo Vice-Presidente; a das Câmaras Criminais Reunidas e das câmaras separadas, pelo mais 
antigo de seus membros, que conservará as mesmas atribuições conferidas nos demais casos.
§ 1º - O presidente das Câmaras Cíveis Reunidas e dos Grupos Cíveis não será relator 
nem revisor a não ser nos casos do parágrafo seguinte, mas terá voto nos julgamentos.
§ 2º - O presidente das Câmara Cíveis Reunidas será o relator dos conflitos de 
jurisdição mencionados no art. 23, II, letra e, dêste Código.
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Art. 32 - Ao Presidente do Tribunal de Justiça compete:
I - dirigir-lhe os trabalhos, observando e fazendo cumprir o Regimento Interno;
II - votar nos julgamentos administrativos do Tribunal Pleno e nas questões de 
inconstitucionalidade, tendo voto apenas de desempate nos demais processos;
III - relatar:
a) os processos de remoção compulsória dos juízes de primeira instância;
b) os pedidos ou recursos de "habeas-corpus", que lhe forem distribuídos em período de 
férias;
IV - tomar parte no julgamento das causas em cujos autos, antes de empossar-se no 
cargo de presidente, houver pôsto seu visto, como revisor ou como relator, lançado o relatório;
V - decidir da admissibilidade ou não do recurso extraordinário;
VI - julgar a renúncia e a deserção dos recursos interpostos para o Tribunal, quando não 
preparados oportunamente;
VII - julgar o recurso da decisão que incluir o jurado na lista geral, ou dela o excluir;
VIII - homologar desistências requeridas antes da distribuição do feito às câmaras e 
após sua entrada na Secretaria;
IX - conceder licença para casamento, nos têrmos da lei civil;
X - prover sôbre a execução das decisões do Tribunal, nos casos de sua competência 
originária;
XI - providenciar para o cumprimento e execução das sentenças de tribunais 
estrangeiros;
XII - encaminhar ao juiz competente, para cumprimento, as cartas rogatórias, remetidas 
pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal, mandandocompletar qualquer diligência ou sanar 
nulidade, antes de devolvê-las;
XIII - prestar informações nos pedidos de "habeas-corpus" ao Supremo Tribunal 
Federal;
XIV - expedir ordens de pagamento e seqüestro, em execução de sentença judiciária 
proferida contra a Fazenda Estadual ou Municipal;
XV - convocar os juízes de direito, em todos os casos previstos neste Código, 
ressalvadas as competências privativas;
XVI - aplicar a multa prevista para a parte vencida que não preparar a baixa dos autos;
XVII - cumprir as atribuições administrativas constantes dos Livros II e IV dêste 
Código;
XVIII - conhecer das reclamações referentes às custas e salários, quanto aos servidores 
do Tribunal e, nos casos submetidos à sua decisão relativos a quaisquer servidores de justiça;
XIX - impor a pena de suspensão, prevista no art. 642 do Código de Processo Penal, 
com recurso para o Conselho Superior da Magistratura;
XX - interpretar o Regimento Interno, com recurso para o Tribunal Pleno;
XXI - presidir o Conselho Superior da Magistratura;
XXII - representar o Tribunal de Justiça em suas relações externas;
XXIII - fazer publicar as decisões do Tribunal;
XXIV - expedir atos administrativos, inclusive quanto aos magistrados inativados;
XXV - presidir o Tribunal Pleno e o Conselho Superior da Magistratura;
XXVI - dar posse aos juízes de direito;
XXVII - organizar anualmente a lista de antigüidade dos magistrados, por ordem 
decrescente, na entrância e na carreira;
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XXVIII - propor ao Tribunal, dentro de dez dias contados da verificação da vaga, a 
abertura de concurso para juiz de direito;
XXIX - designar e dispensar os estagiários de defesa;
XXX - indicar para promoção por antigüidade na primeira entrância, o juiz mais antigo;
XXXI - nomear o diretor geral do Tribunal;
XXXII - atestar a efetividade dos desembargadores;
XXXIII - conceder aumento de ajuda de custo aos juízes nomeados promovidos ou 
removidos compulsoriamente;
XXXIV - organizar a escala de férias anuais dos magistrados e pretores, ouvido o 
Corregedor Geral da Justiça;
XXXV - conceder licença para tratamento de saúde, por motivo de doença em pessoa da 
família e para tratar de interêsses particulares;
XXXVI - conceder licença-prêmio ou autorizar a contagem em dôbro do tempo de 
serviço;
XXXVII - requisitar, em objeto de serviço, passagens, leitos, e transporte aéreo ou 
marítimo, para si e para os membros do Poder Judiciário e pessoal da Secretaria do Tribunal;
XXXVIII - promover, a requerimento ou de ofício, o processo para verificação da 
incapacidade dos juízes;
XXXIX - interpretar o Regimento Interno do Tribunal de Justiça e sugerir sua reforma;
XL - justificar faltas dos magistrados e pretores;
XLI - conceder prorrogação de prazo para os juízes de direito assumirem seus cargos, 
em caso de nomeação ou promoção;
XLII - elaborar anualmente a proposta orçamentária do Poder Judiciário e das leis 
financeiras especiais;
XLIII - designar o juiz de que tratam os art. 40 e §§ 2º dos arts. 53 e 69;
XLIV - nomear e dar posse aos servidores da Secretaria do Tribunal;
XLV - fiscalizar e disciplinar os serviços da Secretaria e organizar as escalas de férias e 
substituição do pessoal;
XLVI - propor ao Tribunal Pleno a organização das varas especializadas;
XLVII - encaminhar proposta sôbre a criação e extinção de cargos e funções do Poder 
Judiciário, bem como a fixação e alteração dos respectivos estipêndios;
XLVIII - abrir e presidir concursos para provimento de vagas na Secretaria do Tribunal 
de Justiça;
XLIX - dar parecer sôbre o estágio probatório dos servidores da Secretaria do Tribunal;
L - conceder licenças aos servidores da Justiça e aos funcionários da Secretaria;
LI - impor multas;
LII - providenciar para a execução das decisões definitivas sôbre demissão de 
servidores;
LIII - propor ao Tribunal Pleno a organização ou reforma e o provimento dos cargos da 
Secretaria, cartórios e demais serviços do Tribunal;
LIV - exercer outras atribuições decorrentes de disposições legais, regulamentares ou 
regimentais;
Art. 33 - Ao Vice-Presidente compete:
I - presidir as Câmaras Cíveis Reunidas e os grupos cíveis;
II - presidir as câmaras especiais depois de terminadas as férias do Tribunal;
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III - relatar os conflitos de jurisdição entre os grupos ou entre as câmaras ou grupos e 
câmaras, ou entre autoridades judiciárias e administrativas, quando forem da competência do 
Tribunal Pleno;
IV - decidir da admissibilidade do recurso de revista;
V - fiscalizar o andamento dos processos na Secretaria e tomar as providências 
convenientes para a sua tramitação;
VI - relatar os processos de suspeição de desembargadores;
VII - colaborar com o Presidente na representação do Tribunal e na Administração da 
Secretaria;
VIII - substituir o Presidente nas faltas e impedimentos e suceder-lhe no caso de vaga;
Parágrafo único - Na presidência das Câmaras Cíveis Reunidas e dos grupos cíveis, 
não será relator nem revisor, a não ser nos casos do inciso III dêste artigo, mas terá voto nos 
julgamentos.
SEÇÃO VII
Do Conselho Superior da Magistratura
Art. 34 - O Conselho Superior da Magistratura, órgão da disciplina do Poder Judiciário, 
compõe-se do Presidente do Tribunal de Justiça, seu presidente nato, do Corregedor Geral e de 
três desembargadores, eleitos com os respectivos suplentes, em escrutínio secreto pelo Tribunal 
Pleno.
Parágrafo único - O mandato dos membros do Conselho é obrigatório e será regulado 
pelo Regimento Interno.
Art. 35 - Ao Conselho Superior da Magistratura compete:
I - exercer a suprema inspeção e manter a disciplina na magistratura e, em geral, nos 
serviços de justiça;
II - julgar os recursos interpostos dos despachos dos juízes que indeferirem pedidos de 
certidões;
III - remeter ao Procurador Geral do Estado inquéritos ou documentos, quando houver 
indícios de responsabilidade criminal;
IV - apreciar, em segrêdo de justiça os motivos de suspeição de natureza íntima 
declarada pelos desembargadores e juízes nos processos criminais ou cíveis determinando a 
remessa do processo ao Tribunal Pleno, se julgar improcedente os motivos declarados pelos 
desembargadores;
V - reexaminar, em grau de recurso as decisões dos juízes de direito, relativas a medidas 
aplicáveis a menores abandonados, transviados ou acusados de infração penal nos têrmos da 
legislação especial;
VI - julgar "habeas-corpus" requeridos a favor de menores de dezoito anos;
VII - proceder, de ofício, a requerimento dos interessados ou do Procurador Geral, sem 
prejuízo do andamento do feito, a correição parcial em autos, para emenda de erros ou abusos 
que importem na inversão tumultuária dos atos e fórmulas ou prazos legais, quando, para o caso, 
não haja recurso;
VIII - cumprir as atribuições constantes nos Livros II e IV dêste Código;
IX - julgar os recursos das decisões de seu Presidente;
X - elaborar o Regimento de Correições;
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XI - elaborar o seu Regimento Interno;
XII - exercer ampla inspeção e manter a disciplina na Magistratura e nos serviços da 
justiça, como órgão administrativo de segunda instância;
XIII - propor a remoção compulsória dos juízes;
XIV - organizar o prontuário dos juízes e servidores da justiça com a consignação dos 
elementos que interessam à sua vida funcional;
XV - remeter em caráter secreto ao Tribunal Pleno, sempre que houver vaga a ser 
preenchida pelo critério de merecimento, uma relação classificada de juízes em condições de 
integrar a lista tríplice;
XVI - enviar ao Tribunal Pleno as fichas individuais dos juízes de direito da última 
entrância, quando se tratar de promoção ao cargo de desembargador, pelo critério de antigüidade;
XVII - aprovar o quadro de substituições dos juízes de direito, organizado pelo 
Presidente;
XVIII - apreciar os relatóriosremetidos pelos juízes;
XIX - opinar nos pedidos de recondução de pretores;
XX - cassar licença para tratamento de interêsses particulares;
XXI - conceder licença para freqüência de cursos ou seminários de aperfeiçoamento 
jurídico;
XXII - determinar sindicância e a instauração de processo administrativo;
XXIII - impor penas disciplinares;
XXIV - deliberar sôbre a demissão de juiz temporário, com recurso voluntário para o 
Tribunal de Justiça;
XXV - conhecer dos recursos de penas disciplinares impostas originariamente pelo 
Corregedor Geral;
XXVI - designar o juiz de que trata o art. 37;
XXVII - opinar sôbre o pedido de remoção e permuta de servidor da justiça;
XXVIII - agir de ofício para a punição dos juízes que não aplicarem penas disciplinares 
aos servidores faltosos;
XXIX - decidir sôbre a remoção de juízes da mesma comarca;
XXX - julgar recursos das decisões administrativas do Presidente do Tribunal referentes 
ao pessoal da Secretaria ou aos serviços da mesma;
XXXI - propor ao Presidente providências administrativas para a Secretaria;
XXXII - julgar as inscrições aos concursos para cargos da Secretaria;
XXXIII - julgar os recursos interpostos das decisões das comissões de concursos para 
cargos da Secretaria;
XXXIV - decidir sôbre a confirmação dos funcionários da Secretaria sujeitos a estágio 
probatório;
XXXV - resolver sôbre propostas do Presidente para reorganização ou reforma da 
Secretaria e provimento de cargos;
XXXVI - declarar qualquer comarca ou vara em regimento de exceção;
XXXVII - conhecer dos recursos interpostos pelos servidores, das decisões originárias 
do Corregedor Geral ou, quando fôr o caso, dos juízes de primeira instância;
XXXVIII - mandar executar o prontuário dos servidores da justiça, com a ficha 
funcional de cada um;
XXXIX - elaborar o programa e questões dos concursos e provas de habilitação, para 
provimento de cargos e funções nos serviços da Justiça;
XL - arbitrar o valor da garantia real ou fideijussória ou seguro de fidelidade, que 
devam apresentar os depositários públicos e seus fiéis;
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XLI - organizar, anualmente, a relação das comarcas e escrivanias distritais 
consideradas de difícil provimento;
XLII - determinar sindicâncias e instauração de processo administrativo na primeira 
instância;
XLIII - julgar recursos de candidatos concursados para serviços da Justiça;
XLIV - decidir sôbre pedido de remoção, permuta, transferência ou readaptação;
XLV - dar parecer sôbre a readmissão, a reversão e aproveitamento do servidor;
XLVI - julgar da conveniência de tornar estável o servidor em estágio probatório;
XLVII - providenciar na demissão do servidor com penas acumuladas na ficha 
funcional;
XLVIII - admitir a opção declarada por servidor, no caso de desmembramento de 
serviço de que seja titular;
XLIX - exercer quaisquer outras atribuições que lhes sejam conferidas em lei, 
regimento ou regulamento;
Parágrafo único - Junto ao Conselho Superior da Magistratura oficiará um procurador 
da Justiça, para as decisões previstas no inciso VI.
Art. 36 - O Conselho reúne-se, ordinária ou extraordinariamente, na forma de seu 
Regimento, com a presença mínima de quatro membros.
Parágrafo único - Havendo empate, o Presidente terá o voto de qualidade.
Art. 37 - Em casos especiais, poderá o Conselho declarar qualquer comarca ou vara em 
regime de exceção, prorrogando prazos pelo tempo que entender conveniente e designando, se 
necessário, um ou mais juízes para exercerem, cumulativamente com o titular, a jurisdição da 
comarca ou vara.
§ 1º - Os feitos acumulados serão redistribuídos, como se a comarca ou vara tivesse 
mais de um titular, ou de conformidade com o que determinar o Conselho.
§ 2º - Quando conveniente, poderá o Conselho também designar pretor para exercer a 
jurisdição da comarca ou vara, cumulativamente com o titular, competindo-lhe as atribuições 
especificadas nos artigos 66 e 67.
SEÇÃO VIII
Da Corregedoria Geral da Justiça
Art. 38 - A Corregedoria Geral da Justiça, órgão de fiscalização, disciplina e orientação 
administrativa, será exercida em todo Estado, por um desembargador, com a denominação de 
Corregedor Geral que será auxiliado por seis juízes corregedores.
Parágrafo único - O Corregedor Geral, eleito na forma e pelo tempo prescritos no 
Regimento Interno, ficará afastado de suas funções ordinárias, salvo como vogal, perante o 
Tribunal Pleno e no caso previsto no art. 18 § 1º.
Art. 39 - Juntamente com o Corregedor Geral será eleito o seu substituto, sem prejuízo 
das respectivas funções ordinárias, sendo o mandato de ambos obrigatório.
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Art. 40 - Os juízes corregedores serão designados pelo Presidente do Tribunal, 
mediante indicação do Corregedor Geral, dentre os juízes de direito da Capital, e, uma vez aceita 
a designação, será declarada a vacância da vara respectiva.
Parágrafo único - O retôrno do magistrado às funções judicantes dependerá da 
existência de vaga no quadro de juízes de direito da Capital, titulares ou substitutos.
Art. 41 - Ao Corregedor Geral compete:
I - elaborar o Regimento Interno da Corregedoria;
II - conhecer das representações e reclamações relativas ao serviço judiciário 
determinando ou promovendo as diligências que se fizerem necessárias ou encaminhando-as ao 
Procurador Geral do Estado se referentes a membros do Ministério Público;
III - baixa provimento estabelecendo a classificação dos feitos, para fins de distribuição;
IV - decidir os recursos dos provimentos baixados por diretor de fôro sôbre o 
desdobramento da classificação dos feitos, para fins de distribuição;
V - emitir parecer no prazo de três dias, sôbre os pedidos de remoção, férias e licenças 
dos juízes de direito e pretores;
VI - organizar, quando não estabelecidos em lei ou regulamento, os modelos dos livros 
obrigatórios e facultativos dos serviços da Justiça;
VII - baixar, com a aprovação prévia do Conselho Superior da Magistratura, provimento 
sôbre atribuições dos servidores da Justiça quando não definidas em lei ou regulamento;
VIII - examinar em correição, livros, autos e papéis findos, determinando providências, 
inclusive de remessa ao Arquivo Público, depois de nêles apor seu visto;
IX - autorizar o uso de livro de fôlhas sôltas;
X - julgar os recursos das decisões dos juízes de execuções criminais sôbre serviço 
externo de presos;
XI - expedir provimento sôbre a distribuição dos processos entre os juízes municipais 
vitalícios, na Capital;
XII - cumprir as atribuições constantes do Livro I dêste Código;
XIII - superintender e orientar as correições a cargo dos juízes corregedores e dos de 
direito;
XIV - baixar provimentos relativos aos livros necessários no expediente forense e aos 
serviços judiciários em geral;
XV - dar instrução aos juízes, respondendo às consultas sôbre matéria administrativa;
XVI - exercer vigilância sôbre o funcionamento da Justiça, quanto à omissão de deveres 
e à pratica de abusos, e especialmente no que se refere à permanência dos juízes em suas 
respectivas sedes;
XVII - apresentar ao Conselho Superior da Magistratura, até 15 de março de cada ano, 
relatório das correições realizadas no ano anterior, e uma cópia dos provimentos baixados;
XVIII - indicar juízes de direito para funcionar na Corregedoria, de acôrdo com o art. 
40;
XIX - realizar pessoalmente ou por delegação, de ofício ou a requerimento, correições e 
inspeções;
XX - definir, em provimento, as atribuições, obrigações e disciplina a que estão sujeitos 
os estagiários de defesa;
XXI - autorizar os juízes a requisitar automóvel ou passagem em aeronave;
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XXII - requisitar, para si e para os servidores que acompanharem em objeto de serviço, 
passagem e frete nas emprêsas de transporte;
XXIII - emitir parecer sôbre os relatórios dos juízese submetê-los à apreciação do 
Conselho Superior da Magistratura, que mandará consignar nas fichas individuais as suas 
impressões;
XXIV - convocar os juízes municipais vitalícios ou estáveis, para servir na comarca de 
Pôrto Alegre;
XXV - inspecionar ou mandar inspecionar, anualmente, metade, pelo menos, das 
comarcas do Estado;
XXVI - impor penas disciplinares;
XXVII - expedir normas sôbre o aperfeiçoamento e orientação dos juízes recém 
nomeados, de acôrdo com o art. 318;
XXVIII - aplicar penas disciplinares e, quando fôr o caso, conhecer dos recursos das 
que forem impostas pelos juízes;
XXIX - determinar a realização de sindicância ou de processo administrativo, na forma 
desta lei;
XXX - comunicar ao Conselho Superior da Magistratura as penas que impuser ao 
servidor;
XXXI - julgar o resultado da sindicância e de processo administrativo, determinando as 
medidas necessárias ao cumprimento da decisão;
XXXII - remeter ao juiz diretor do fôro os processos administrativos, definitivamente 
julgados, quando houver prova de infração penal, cometida por serventuário, que possa implicar 
demissão;
XXXIII - proceder à correição na comarca de Pôrto Alegre;
XXXIV - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
Parágrafo único - Nenhum livro ou processo findo será recolhido ao Arquivo Público, 
antes de examinada em correição.
Art. 42 - Das decisões originárias do Corregedor Geral, salvo disposições em contrário, 
cabe recurso para o Conselho Superior da Magistratura, no prazo de dez dias.
SEÇÃO IX
Do Tribunal do Júri
Art. 43 - A organização, funcionamento e competência do Tribunal do Júri são 
regulados pela legislação federal.
Art. 44 - O Tribunal do Júri, em reuniões ordinárias, instalar-se-á:
I - na comarca de Pôrto Alegre, dentro dos dez primeiros dias úteis de março a 
dezembro;
II - na sede das demais comarcas, dentro dos dez primeiros dias úteis de março, junho, 
setembro e dezembro;
III - nos municípios que não sejam sede de comarca, na segunda quinzena dos meses de 
abril, julho, outubro e dezembro.
§ 1º - Quando, por motivo de fôrça maior, não fôr convocado o júri na época 
determinada, a reunião efetuar-se-á no mês seguinte.
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§ 2º - No caso do parágrafo anterior, o juiz mandará notificar as partes e tornará público 
por edital, a não realização da reunião, na época prevista.
§ 3º - O sorteio dos jurados far-se-á, pelo menos, quinze dias antes da data designada 
para a instalação dos trabalhos do júri.
Art. 45 - Em circunstâncias excepcionais, o júri reunir-se-á extraordinariamente, 
mediante convocação do juiz de direito, ou determinação do Conselho Superior da Magistratura, 
provada pelo interessado.
SEÇÃO X
Do Tribunal de Imprensa
Art. 46 - O Tribunal de Imprensa tem organização, funcionamento e competência 
estatuídos em lei federal, reunindo-se sempre que houver processo a julgar.
SEÇÃO XI
Do Tribunal de Economia Popular
Art. 47 - O Tribunal de Economia Popular tem organização, funcionamento e 
competência estatuídos em lei federal, reunindo-se sempre que houver processo a julgar.
SEÇÃO XII
Dos Juízes de Direito
Art. 48 - Em cada circunscrição haverá, pelo menos, um juiz de direito de 
circunscrição, e em cada comarca, no mínimo, um juiz de direito.
Art. 49 - Aos juízes de direito, ressalvada a competência originária do Tribunal de 
Justiça e a atribuída aos juízes municipais e pretores onde tiverem exercício, compete:
I - jurisdição do júri, e no exercício dela:
a) organizar o alistamento dos jurados, e proceder, anualmente, à sua revisão;
b) preparar os processos da competência do júri, inclusive pronunciar, impronunciar ou 
absolver sumariamente;
c) presidir os tribunais do júri, de Imprensa e de Economia Popular, exercendo as 
atribuições estabelecidas na respectiva legislação;
d) admitir ou não os recursos interpostos de suas decisões e das do Tribunal do Júri, 
dando-lhes o seguimento legal;
e) decidir, de ofício, ou por provocação, os casos de extinção da punibilidade, nos 
processos da competência do júri;
f) remeter ao órgão da Fazenda Pública do Estado, certidão das atas das sessões do júri, 
para inscrição e cobrança de multa imposta a jurados faltosos após decididas as justificações e 
reclamações apresentadas;
II - a jurisdição criminal em geral e, especialmente:
a) a execução das sentenças dos tribunais do Júri, de Imprensa, de Economia Popular e 
das que proferir, salvo a hipótese prevista no art. 60, XI, a;
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b) resolver sôbre os pedidos de concessão de serviço externo a condenados e cassar-lhes 
o benefício;
c) remeter mensalmente à Vara das Execuções Criminais, na Capital do Estado, fichas 
individuais dos apenados, sempre que possível com fotografia, após trânsito em julgado de 
sentenças criminais;
d) proceder ou mandar proceder a exame de corpo de delito, sem prejuízo das 
atribuições da autoridade policial;
III - processar e julgar:
a) a justificação de casamento nuncupativo; as impugnações à habilitação e celebração 
do casamento; o suprimento de licença para sua realização, bem como o pedido de autorização 
para o casamento, na hipótese do art. 214 do Código Civil;
b) as causas de nulidade e anulação de casamento, desquite, e as demais relativas ao 
estado civil;
c) as ações de investigações de paternidade;
d) as causas de interdição e quaisquer outras relativas ao estado e capacidade das 
pessoas;
e) as ações concernentes ao regime de bens do casamento, ao dote, aos bens parafernais 
e às doações antenupciais;
f) as causas de alimentos e as relativas à posse e guarda de filhos menores, quer entre 
pais, quer entre êste e terceiros, e as de suspensão, ou perda do pátrio poder, nos casos previstos 
em lei;
g) a nomeação de curadores, administradores provisórios e tutores, nos casos previstos 
nas letras d e f dêste inciso; exigir-lhes garantias legais; conceder-lhes autorização quando 
necessário; tomar-lhes contas, removê-los ou destituí-los; suprir consentimento;
h) as causas de extinção do pátrio poder, nos casos previstos em lei;
i) o suprimento de outorga de cônjuges e a licença para alienação ou oneração de bens;
j) as questões relativas à instituição e a extinção do bem de família;
l) todos os atos de jurisdição voluntária e necessários à proteção da pessoa dos 
incapazes ou a administração de seus bens;
m) os processos acessórios referentes às ações principais especificadas neste inciso, e 
todos os feitos que delas derivarem ou forem dependentes;
IV - processar e julgar:
a) os inventários e arrolamentos; as arrecadações de herança jacente, de resíduos, de 
bens de ausentes e vagos; a declaração de ausência; a posse em nome do nascituro; a abertura, a 
homologação e registro de testamentos ou codicilos; as contas dos inventariantes e 
testamenteiros; a extinção de usufruto e de fideicomisso, instituídos por disposição 
testamentária;
b) as ações de petição de herança, as de partilha e de sua nulidade; as de sonegados, de 
doação inoficiosa, de colação, e quaisquer outras oriundas de sucessão ou referentes a 
cumprimento de disposições de última vontade;
c) os processos acessórios relativos às ações principais especificadas neste inciso, e 
todos os efeitos que delas derivarem ou forem dependentes;
V - processar e julgar:
a) os feitos resultantes de acidentes de trabalho;
b) os feitos atribuídos pela legislação do trabalho às juntas de conciliação e julgamento, 
nas comarcas em que não existirem ou não tiverem jurisdição;
VI - processar e julgar os pedidos de restauração, suprimento, retificação, anulação e 
cancelamento de registros públicos, contenciosos ou não; as especificações de bens em hipotecas 
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legais e judiciais de qualquerespécie; os processos acessórios relativos às ações constantes dêste 
inciso e todos os efeitos que delas derivarem ou forem dependentes;
VII - resolver, por despacho ou por medida de caráter administrativo, as dúvidas 
cuscitadas pelos servidores da Justiça nas matérias referentes às suas atribuições, e tudo quanto 
disser respeito aos servidores dos registros públicos, inclusive do Registro Torrens;
VIII - ordenar as inscrições e averbações que não possam ser feitas de ofício, e conhecer 
das causas sôbre fundações;
IX - exercer as atribuições constantes da legislação especial de proteção e assistência 
aos menores, assegurando-lhes a proteção de seus direitos individuais e, especialmente:
1º) processar e julgar:
a) os menores de dezoito anos, pela prática de fatos considerados infrações penais, 
aplicando as medidas adequadas;
b) de ofício ou a requerimento, o abandono de menores de dezoito anos, ordenando as 
medidas concernentes à sua guarda, internamento, tratamento, vigilância, educação e colocação;
c) vetado;
d) vetado;
e) vetado;
f) em conformidade aos artigos 59 e 60 do Código de Menores, as ações referentes à 
violação de qualquer dispositivo legal ou regulamentar de proteção e assistência a menores;
g) os pedidos de "habeas-corpus", em favor de menores de dezoito anos;
h) os feitos acessórios dos processos acima indicados;
2º) inquirir os menores sob sua jurisdição, examinar-lhes o estado físico, mental e 
moral, bem como a situação social, moral e econômica dos pais, tutores e responsáveis por sua 
guarda, para o que se utilizará dos serviços de técnicos e peritos;
3º) vetado;
4º) vetado;
5º) vetado;
6º) conceder permissão de trabalho, na forma e nos casos estabelecidos na legislação 
especial;
7º) fiscalizar o trabalho dos menores de dezoito anos, tomando ou impondo as medidas 
de proteção e assistência;
8º) estabelecer normas para a classificação de espetáculos para menores e literatura 
infanto-juvenil, bem como regular a respectiva execução;
9º) fiscalizar a freqüência de menores aos teatros, cinemas, estúdios, auditórios e 
quaisquer outros locais de diversão e espetáculos fazendo cumprir as leis e regulamentos de 
proteção e assistência;
10) determinar o registro de nascimento dos expostos e dos menores abandonados;
11) declarar cessada a periculosidade de menores internados em virtude de processo 
especial, desligá-los dos estabelecimentos em que se encontrem, submetê-los à vigilância ou à 
orientação psico-pedagógica, bem como negar ou revogar tais benefícios;
12) submeter a regime de orientação psico-pedagógica os menores de dezoito anos que, 
em virtude de processo regular, forem considerados em perigo de transvio, bem como quando o 
internamento fôr contra-indicado ou inexeqüível;
13) determinar aos órgãos assistenciais do Estado a colocação familiar e o internamento 
de menores sob sua jurisdição, nos têrmos da legislação especial, fixando o respectivo regime 
médico-pedagógico;
14) inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos de preservação e reforma, mantidos ou 
subvencionados pelo Estado, e quaisquer outros em que se achem menores, tomando as 
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providências que lhe parecerem necessárias, inclusive o fechamento ou interdição dos 
estabelecimentos;
15) nomear e empossar comissários de menores voluntários e gratuítos, onde não 
houver comissários efetivos;
16) praticar quaisquer atos de jurisdição voluntária e exercer as demais atribuições 
conferidas por lei ou regulamento especial, expedindo provimentos ou tomando quaisquer 
providências de caráter geral, para proteção e assistência a menores, embora não abandonados;
X - processar e julgar:
a) as falências e concordatas;
b) os feitos de natureza civil e comercial, não especificados nos incisos anteriores;
XI - requisitar, quando necessário, autos e livros findos, recolhidos ao Arquivo Público;
XII - desempenhar nas comarcas que não forem sede de subseção da Ordem dos 
Advogados, as funções atribuídas ao presidente da subseção;
XIII - exercer, salvo em Pôrto Alegre, as atribuições definidas na legislação federal, 
atinentes ao registro da firmas e razões comerciais, e ao de comércio de estrangeiros;
XIV - cumprir as cartas precatórias da Justiça Militar, nas comarcas onde esta não tenha 
órgão próprio, bem como cartas rogatórias em geral;
XV - propor motivadamente ao Presidente do Tribunal a dispensa dos estagiários de 
defesa e representar ao Procurador Geral contra os estagiários do Ministério Público;
XVI - aplicar as penas de que tratam os §§ 1º e 2º, do art. 252;
XVII - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas em lei ou regulamento.
Parágrafo único - Nas comarcas onde houver mais de uma vara, qualquer juiz criminal 
tem competência para conhecer de pedidos de "habeas-corpus" fora das horas de expediente, 
fazendo-se oportunamente a compensação na distribuição.
Art. 50 - Aos juízes de direito, no exercício da direção do fôro, compete, 
privativamente:
I - desempenhar as atribuições constantes dos incisos I, VI, VII e VIII do artigo anterior;
II - designar, na falta de auxiliar de justiça, o servidor que, sob compromisso do próprio 
cargo, deva substituir o titular de outro serviço da Justiça, nos casos de falta, licença, 
impedimento, férias ou vaga;
III - propor ao Tribunal de Justiça a criação, supressão, anexação, desdobramento ou 
desanexação de serviços de justiça na comarca;
IV - organizar a escala de substituição dos juízes de paz, dos oficiais de justiça, e ainda 
dos escrivães que, fora do expediente normal, devam funcionar nos pedidos de "habeas-corpus";
V - abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros dos cartórios, permitindo-se, com 
exceção do livro de fôlhas sôltas, o uso de chancela salvo nas dez primeiras e nas dez últimas 
fôlhas devendo o serventuário apresentar para êsse fim os livros novos, logo que estivessem 
escritos dois têrços dos em andamento; nas comarcas providas de mais de uma vara, esta 
atribuição competirá a todos os juízes, mediante distribuição;
VI - visar os livros e os autos findos, que devam ser recolhidos ao Arquivo Público;
VII - proceder anualmente, a correição nos cartórios;
VIII - requisitar aos órgãos policiais licenças para porte de arma, destinados aos 
servidores da Justiça;
IX - tomar quaisquer providências de ordem administrativa, relacionadas com a 
fiscalização, disciplina e regularidade dos serviços forenses;
X - propor ao Presidente do Tribunal a dispensa de estagiários de defesa;
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XI - cumprir as diligências solicitadas pelas comissões parlamentares de inquérito;
XII - designar, como defensor dativo, sempre que possível, o estagiário de defesa e 
atribuir-lhe outros encargos compatíveis com sua função;
XIII - atender ao expediente forense, e, no despacho dêle:
a) mandar distribuir-lhes petições iniciais, inquéritos, denúncias, autos, precatórias, 
rogatórias e quaisquer outros papéis que lhe forem encaminhados e dar-lhes o destino que a lei 
indicar;
b) rubricar os balanços comerciais, na forma da lei de falências;
c) conceder alvará de fôlha corrida à vista de certidões negativas passadas pelo 
distribuidor e pelo escrivão das execuções criminais, ao pé do requerimento do interessado;
d) praticar os atos a que se referem as leis e regulamentos sôbre serviços de estatística;
e) cumprir as atribuições constantes dos Livros II e IV dêste Código;
XIV - processar e julgar os pedidos de assistência judiciária, formulados antes de 
proposta a ação;
XV - designar serventuário para conferir e consertar translados de autos para fins de 
recurso quando a comarca dispuser de um só escrivão;
XVI - dar posse, deferindo o compromisso, aos pretores, juízes de paz e suplentes, 
estagiários de defesa e servidores da Justiça da comarca,fazendo lavrar ata no livro de que trata 
o § 2º do art. 6º;
XVII - atestar, para efeito de percepção de vencimentos, a efetividade própria e dos 
juízes de direito da circunscrição e das demais varas, dos juízes municipais, dos pretores e dos 
servidores da Justiça da comarca;
XVIII - decidir sôbre pedido de benefício de justiça gratuita quando requerido por 
advogado a serviço da Assistência Judiciária do Estado;
XIX - indicar juízes de paz e suplentes;
XX - conceder férias aos servidores da Justiça, justificar-lhes as faltas, decidir quanto 
aos pedidos de licença até trinta dias por ano, e informar as de maior período;
XXI - expedir provimentos administrativos para a comarca;
XXII - requisitar do Estado o fornecimento de material de expediente, móveis e 
utensílios necessários ao serviço judiciário;
XXIII - determinar o inventário dos objetivos destinados aos serviços da Justiça na 
comarca, fazendo descarregar os imprestáveis e irrecuperáveis com a necessária comunicação ao 
órgão incumbido do tombamento dos bens do Estado;
XXIV - promover a aposentadoria compulsória dos pretores e juízes de paz;
XXV - atender ao expediente administrativo;
XXVI - requisitar franquia postal, telegráfica, radiográfica e fonográfica, nos casos 
previstos em lei e, por conta da Fazenda Estadual, passagens e fretes nas emprêsas de transporte, 
para servidores da Justiça, em objeto de serviço;
XXVII - apresentar, anualmente, no primeiro trimestre, ao Conselho Superior da 
Magistratura, relatório do movimento forense e da vida funcional dos servidores da Justiça na 
comarca, instruindo-o com mapas fornecidos pelos cartórios;
XXVIII - dar posse aos servidores classificados na comarca;
XXIX - abrir concursos, presidindo-os quando não fôr designado juiz corregedor;
XXX - nomear servidores "ad-hoc", nos casos expressos em lei;
XXXI - provocar a declaração da vacância nos cargos de Justiça;
XXXII - opinar sôbre o estágio probatório dos servidores sob sua direção;
XXXIII - dar parecer sôbre pedido de licença para tratar de interêsses particulares e 
concedê-la até trinta dias;
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XXXIV - cassar a licença que haja concedido;
XXXV - impor multas;
XXXVI - verificar e rubricar, mensalmente, o balanço do livro de movimento de 
mandatos;
XXXVII - aplicar penas disciplinares;
XXXVIII - comunicar ao Conselho Superior da Magistratura, quando impuser punição 
a servidor;
XXXIX - determinar sindicâncias, nos casos de sua competência;
XL - exercer fiscalização permanente em todos os serviços de Justiça, sôbre a atividade 
dos servidores e seus deveres funcionais, cumprindo-lhe evitar que:
a) residam fora do lugar designado para a sede de seu ofício, nos termos do art. 747;
b) se ausentem, nos casos permitidos em lei, sem prévia transmissão do exercício do 
cargo ao substituto legal;
c) se afastem do serviço durante as horas do expediente;
d) descurem a guarda, conservação e boa ordem, que devem manter com relação aos 
autos, livros e papéis a seu cargo, onde não deverão existir borrões, rasuras, emendas e 
entrelinhas não ressalvados;
e) deixem de tratar com urbanidade as partes, ou de atendê-las com presteza, e a 
qualquer hora, em caso de urgência;
f) recusem aos interessados, quando o solicitarem, informações sôbre o estado e 
andamento dos feitos, salvo nos casos em que não lhes possam fornecer certidões, 
independentemente de despacho;
g) violem o sigilo a que estiverem sujeitas decisões ou providências;
h) omitam a cota de custas ou emolumentos à margem dos atos que praticarem, nos 
próprios livros ou processos e nos papéis que expedirem;
i) cobrem emolumentos excessivos, ou deixem de dar recibos às partes, ainda que estas 
não o exijam, para o que devem manter um talão de recibo, com cópia a carbono e fôlhas 
numeradas, nome da pessoa que efetuou o pagamento e discriminação de parcelas;
j) excedam os prazos para a realização de ato ou diligência;
l) deixem de recolher ao Arquivo Público os livros e autos findos que tenham sido 
visados para tal fim;
m) neguem informações estatísticas que lhe forem solicitadas pelos órgãos competentes, 
e não remetam, nos prazos regulamentares, os mapas do movimento de seus cartórios;
n) deixem de lançar em carga, no protocolo, os autos entregues a juiz, promotor ou 
advogado;
o) freqüentem lugares onde sua presença possa diminuir a confiança pública na Justiça;
p) pratiquem, no exercício das funções ou fora delas, ações ou omissões que 
comprometam a dignidade do cargo;
q) negligenciem, por qualquer forma no cumprimento dos deveres do cargo;
XLI - aplicar as penas de que trata o art. 756, I a V;
XLII - proceder semestralmente a inspeção sumária nos cartórios, verificando se estão 
em uso regular todos os livros obrigatórios;
XLIII - efetuar de ofício ou por determinação do Corregedor Geral, a correição dos 
serviços da comarca remetendo àquele relatório, juntamente com os provimentos deixados, 
depois de lavrar no livro de que trata o art. 6º, § 2º a súmula de suas observações;
XLIV - realizar correição parcial nos serviços de Justiça sempre que tenha 
conhecimento de irregularidades ou transgressões da disciplina judicial praticadas pelos 
respectivos servidores;
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XLV - propor ao Conselho Superior da Magistratura a criação de oficial de justiça;
XLVI - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas em lei ou regulamento.
Art. 51 - A competência fiscalizadora do regime disciplinar e educativa dos menores, 
atribuídas aos juízes de direito, não exclui as atribuições de órgãos estaduais definidas em 
legislação especial, para sistematizar, ordenar e orientar os respectivos serviços assistenciais.
Art. 52 - As ações em que o Estado, o Município de Pôrto Alegre e as entidades 
autárquicas ou paraestatais a êstes pertinentes forem interessados como autores, réus, assistentes, 
litisconsortes ou opoentes, e as causas fundadas em tratado ou contrato da União com govêrno 
estrangeiro, assim como as em que forem partes país estrangeiro e pessoas domiciliadas no 
Estado, serão processadas e julgadas privativamente, na comarca da Capital.
§ 1º - Não se compreendem na jurisdição privativa de que trata êste artigo:
I - a matéria prevista no art. 49, V;
II - as falências, concordatas e inventários, e os executivos fiscais, quando o devedor 
tiver domicílio ou residência no interior do Estado;
III - as ações relativas a imóveis, embora nelas intervenham o Estado ou o Município de 
Pôrto Alegre, salvo quando pela regra geral de competência devam correr na comarca da Capital;
IV - as causas propostas pelas autarquias federais cujo fôro será o do domicílio do réu.
§ 2º - os feitos ajuizados em outras comarcas passarão à competência do fôro da Capital 
desde que o Estado, o Município de Pôrto Alegre e as entidades autárquicas ou paraestatais a 
êstes pertinentes, nêles intervenham como assistente litisconsorte ou opoente, ressalvadas as 
exceções do parágrafo anterior.
Art. 53 - Nos casos de vaga, licença ou férias de juiz de direito, a substituição será 
exercida por juiz de direito de circunscrição, e, na falta, dêste, sucessivamente, por outros três 
juízes de direito, segundo escala organizada pelo Corregedor Geral da Justiça e aprovada pelo 
Conselho Superior da Magistratura.
§ 1º - Nos casos de impedimento ou suspeição, a substituição far-se-á pelos juízes de 
direito da escala;
§ 2º - Quando se verificar faltas ou impedimento de todos os substitutos acima 
referidos, será dado substituto especial pelo Presidente do Tribunal de Justiça;
§ 3º - Nenhum juiz poderá exercer, ao mesmo tempo, mais de uma substituição plena, 
salvo a de circunscrição ou em caso de absoluta necessidade, a critério do Presidente do Tribunal 
de Justiça;
§ 4º - O juiz de direito, quando em substituição, conservará a jurisdiçãoda comarca ou 
vara que houver assumido, embora durante esta desapareçam os impedimentos dos que com 
relação a êle tenham prioridade, salvo se em contrário deliberar o Conselho Superior da 
Magistratura, atendendo a interêsses do serviço forense.
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Art. 54 - O juiz de direito da circunscrição permanecerá na comarca em que estiver 
substituindo, a menos que esteja jurisdicionando mais de uma, caso em que dividirá o tempo 
entre elas.
Parágrafo único - Sempre que não esteja com a substituição plena em uma comarca ou 
vara, ou participando de regime de exceção, exercerá na sua sede as atribuições que lhe forem 
conferidas pela Corregedoria.
Art. 55 - O juiz de direito integrante da escala de que trata o art. 53 deverá transportar-
se, ao menos uma vez por quinzena, para a comarca que estiver sob sua jurisdição plena, 
comunicando ao Corregedor Geral o número de dias que na mesma houver permanecido e 
remetendo-lhe, ao fim da substituição, um relatório dos trabalhos realizados, no qual 
mencionará, obrigatoriamente, os feitos cíveis a que ficou vinculado, fixando, quanto possível, o 
prazo para sua ultimação.
Art. 56 - Nas comarcas providas de duas varas, entre elas serão distribuídos todos os 
feitos, cabendo, privativamente:
I - ao juiz da 1ª vara:
a) a direção do fôro, com as atribuições do art. 50;
b) as atribuições do inciso VI do art. 49;
c) as execuções criminais, com as atribuições das letras a, b, c, e d do inciso II do art. 
49, e a letra b do inciso XI, do art. 60;
II - ao juiz da 2ª vara:
a) a jurisdição do júri, com as atribuições do art. 49, inciso I;
b) as atribuições do inciso IX, do art. 49.
Art. 57 - Nas comarcas providas de três varas, observado o disposto no artigo anterior, 
cabe, privativamente:
I - ao juiz de 1ª vara a direção do fôro, com as atribuições do art. 51, e as atribuições do 
art. 49, inciso VI;
II - ao juiz da 2ª vara a jurisdição do júri, com as atribuições do art. 49, inciso I, e as 
execuções criminais, com as atribuições das letras a, b, c e d, do inciso II do artigo 49 e da letra 
b do inciso XI do artigo 60;
III - ao juiz de 3ª vara as atribuições do art. 49, inciso IX.
Art. 58 - Quando a comarca fôr prevista de quatro varas, duas se denominarão de 1ª e 2ª 
criminais e as outras de 1ª e 2ª cíveis, com as atribuições seguintes, além da distribuição 
respectiva da restante matéria criminal e cível;
I - ao juiz da 1ª vara criminal, as atribuições constantes do art. 56, inciso I;
II - ao juiz da 2ª vara criminal, as atribuições do art. 56, inciso II.
Art. 59 - Nas varas providas de mais de um juiz, competirão ao 1º juiz as atribuições 
administrativas não privativas do diretor do fôro.
Art. 60 - Na comarca de Pôrto Alegre, haverá cinqüenta e quatro juízes de direito assim 
distribuídos:
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I - um, na vara da Direção do Fôro, com as atribuições dos incisos VI, VII e VIII do art. 
49 e II e XLVI inclusive, do art. 50, a de cumprir cartas rogatórias e precatórias para inquirições 
de pessoas enumeradas no art. 221 do Código de Processo Penal;
II - doze, nas seis varas cíveis, denominadas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª, sendo dois em cada 
vara, com a designação de 1º e 2º juiz, todos com as atribuições do art. 49, inciso X, letra b;
III - um, na vara de Falências e Concordatas, com as atribuições do art. 49, X, a, e ainda 
processar e julgar as ações de liquidação e dissolução de sociedades comerciais;
IV - três, nas varas de Família e Sucessões, denominadas 1ª, 2ª, 3ª, com as atribuições 
constantes no art. 49, incisos III e IV, salvo o processo e julgamento de inventários e partilhas 
entre maiores e capazes, se não houver testamento;
V - um, na vara de Acidentes do Trabalho, a quem competirá, privativamente, os feitos 
desta natureza, na forma prevista neste Código;
VI - quatro, nas varas dos Feitos da Fazenda, denominadas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª, com as 
atribuições especificadas nos artigos 49, inciso XV e art. 52;
VII - três na vara de Menores, com as atribuições do art. 49, inciso IX, designados 1º, 
2º, 3º, observado o seguinte:
1º) as atribuições constantes do art. 49, inciso IX, itens 7º, 8º, 9º, 14º e 15º serão 
privativas do 1º juiz da vara de Menores;
2º) as demais atribuições serão distribuídas entre os três juízes, na proporção de um 
feito para o 1º juiz e dois feitos para cada um dos outros dois;
3º) ao 1º Juiz da vara de Menores competirá privativamente:
a) vetado;
b) executar as sentenças proferidas por juízes de direito do interior do Estado, referentes 
a menores de dezoito anos, quando o respectivo internamento ocorrer em estabelecimento 
situado na Capital;
d) vetado;
e) abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros destinados ao uso da vara de Menores, 
permitido o uso de chancela, salvo nas dez primeiras e nas dez últimas fôlhas; a chancela não 
poderá ser utilizada nos livros de fôlhas sôltas;
f) requisitar licença para porte de armas para os servidores do Quadro Único e expedir 
carteiras de identidade funcional;
g) vetado;
h) reorganizar e reformar, sempre que lhe parecer necessário, os serviços da vara de 
Menores, mediante provimento, o qual será submetido ao Conselho Superior da Magistratura;
i) vetado;
j) requisitar adiantamentos de verbas e encaminhar as respectivas prestações de contas;
k) inspecionar, ao menos trimestralmente, todos os serviços da vara de Menores e fazer, 
anualmente, uma correição sumária das inspeções e correições, enviará relatórios ao Conselho 
Superior da Magistratura;
l) exercer as demais atribuições administrativas conferidas por lei ou regulamento.
VIII - seis, nas varas criminais, denominadas 1ª, 2ª, 3ª, 4ª, 5ª e 6ª com competência 
criminal em geral, exceto as atribuições privativas estabelecidas neste Código;
IX - dois, na vara de Acidente de Trânsito, designados 1º e 2º juiz, com competência 
criminal privativa;
X - um, na vara do Júri, com as atribuições do inciso I, do art. 49;
XI - um, na vara das Execuções Criminais, competindo-lhe:
a) exercer as atribuições previstas no art. 49, inciso II letra b, dêste Código, e no Livro 
IV do Código de Processo Penal, com relação aos sentenciados da Capital e aos do interior 
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recolhidos a estabelecimentos nesta localizados e na Penitenciária Agrícola, ressalvada a 
competência do Presidente do Tribunal de Justiça;
b) manter a inspeção permanente dos mencionados estabelecimentos para observar e 
fiscalizar o cumprimento das penas privativas de liberdade e das medidas de segurança;
c) organizar o fichário de todos os sentenciados do Estado e mantê-lo atualizado;
d) realizar pelo menos uma vez por mês, audiências em cada um dos estabelecimentos 
penitenciários sujeitos à sua jurisdição, nêles dispondo de gabinete apropriado e tendo a seu 
serviço condução própria.
XI - seis juízes substitutos de desembargador;
XII - seis juízes corregedores, de que trata o art. 38;
XIII - sete juízes de direito da circunscrição de Pôrto Alegre.
§ 1º - Os feitos da competência das varas a que se referem os incisos II, IV, VI e VII 
serão distribuídos respectivamente entre seus titulares.
§ 2º - Os inventários e partilhas entre os maiores e capazes serão processados nas varas 
cíveis, salvo quando houver testamento.
§ 3º - Os processos da competência dos juízes municipais serão distribuídos entre os 
próprios titulares;
§ 4º - As precatórias oriundas de feitos da competência das varas cíveis, dos Feitos da 
Fazenda, Família e Sucessões, Acidentes do Trabalho e Direção do Fôro serão distribuídas entre 
os respectivos titulares.
Art. 61 - Transitada em julgado a sentença condenatória, providenciarão os juízes na 
remessa imediata dos autos ao juízo das Execuções, passando à sua disposição os respectivos 
sentenciados, feitas as necessárias comunicações; igual providência tomarão os juízes do interior 
no que concerne aos sentenciados referidos naletra a, inciso XI do artigo 60, ficando traslado em 
cartório.
Art. 62 - No caso de acumulação de pedidos da competência de juízes de diferentes 
varas, prevalecerá sôbre a das cíveis a competência das varas privativas e, na concorrência destas 
a preferência será regulada na seguinte ordem: Feitos da Fazenda e Família e Sucessões; na 
concorrência entre as varas de Família e Sucessões e Menores, prevalecerá a competência desta 
última.
SEÇÃO XIII
Dos Juízes Municipais Vitalícios
Art. 63 - Aos juízes municipais vitalícios compete:
I - na comarca de Pôrto Alegre:
a) o cumprimento de cartas precatórias criminais, nos processos de sua competência;
b) o processo e julgamento das contravenções penais e dos crimes passíveis de pena de 
reclusão ou de detenção, até um ano, com ou sem multa;
II - nas comarcas do interior do Estado, as atribuições que êste Código confere aos 
pretores;
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III - nos processos de sua competência, exercer a disciplina dos serviços judiciais, na 
forma da lei.
Art. 64 - Os juízes municipais vitalícios terão suplentes, conforme estabelece o Livro II, 
dêste Código, e, na Capital, no caso de falta ou impedimento dêstes, o primeiro juiz municipal 
substituirá o segundo, e vice-versa.
§ 1º - Enquanto não fôr dado substituto ao suplente, êste se conservará no exercício das 
funções.
§ 2º - Extinguindo-se o cargo de juiz municipal vitalício, cessam simultâneamente as 
funções do respectivo suplente.
Art. 65 - Os juízes municipais vitalícios em disponibilidade poderão ser convocados 
pelo Corregedor Geral que lhes atribuirá funções compatíveis com o seu cargo, inclusive como 
auxiliares das varas, no preparo dos feitos, segundo a conveniência do serviço, na comarca de 
Pôrto Alegre, ou nas do interior do Estado.
SEÇÃO XIV
Dos Pretores
Art. 66 - Aos pretores incumbe:
I - processar e julgar:
a) as ações cíveis e comerciais de valor não excedentes a três vêzes o salário mínimo 
mensal, vigorante na Capital, ressalvadas as da competência privativa dos juízes de direito;
b) as contravenções e os crimes a que seja imposta pena de detenção até um ano, com 
ou sem multa;
c) os arrolamentos de qualquer valor e os inventários no valor até cinco vêzes o salário 
mínimo mensal vigorante na Capital;
d) os feitos acessórios e as habilitações incidentes, em causas de sua competência;
e) as justificações e dispensas de proclamas para casamento, em caso de urgência;
f) as suspeições declaradas por promotor de justiça, perito ou intérprete, ou contra êstes 
argüidas e não reconhecidas nas causas cujo julgamento lhe competir;
II - processar os inventários de montemór superior a vinte vêzes o salário mínimo 
vigorante na Capital;
III - executar as sentenças criminais que proferirem, salvo onde houver juízo privativo;
IV - nomear testamenteiros e inventariante e, nos casos do inciso I, letra c, dêste artigo, 
destituí-los ou removê-los;
V - arrecadar bens de herança jacente, de ausentes e vagos; nomear curador e 
providenciar sôbre a sua administração;
VI - conhecer dos pedidos de justiça gratuita nos feitos de sua competência, nomeando 
livremente assistente, quando não houver indicação;
VII - presidir o ato de casamento civil;
VIII - abrir e processar testamento e codicilos;
IX - arbitrar e conceder fiança, nos processos de sua competência;
X - nomear promotores de justiça e servidores "ad-hoc" e deferir-lhes compromisso;
XI - cumprir precatórias nos feitos de sua competência;
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XII - aceitar a interposição de recursos na ausência eventual do juiz de direito, para 
ulterior conhecimento dêste.
Art. 67 - Aos pretores, com exercício nos municípios que não sejam sede de comarca, 
competirá além de atribuições especificadas no art. 66, mais as seguintes:
I - preparar os processos criminais de competência do júri, até a pronúncia exclusiva, e 
os de julgamento pelos juízes de direito, salvo aquêles cuja instrução criminal, por lei, fôr 
privativo dêstes;
II - exercer, na qualidade de auxiliar do juiz de direito, excluída a expedição de 
provimento e decisões que possam aguardar o pronunciamento do magistrado, as funções 
especificadas no art. 49, inciso IX e suas alíneas, exceto as letras a e c;
III - retirar, provisoriamente, menores da companhia dos pais ou tutores, até que o juiz 
de direito resolva sôbre suspensão, perda do pátrio poder, ou remoção do tutor;
IV - ordenar a distribuição dos feitos da competência dos juízes de direito;
V - cumprir precatórias;
VI - abrir, numerar, rubricar e encerrar os livros dos cartórios, conforme o previsto no 
inciso V, do art. 50;
VII - exercer, nos casos de comprovada urgência, nos municípios em que não houver 
juiz de direito, as atribuições administrativas reservadas ao diretor do fôro comunicando-lhe as 
providências adotadas;
VIII - exercer a disciplina dos serviços judiciais, nos processos de sua competência, na 
forma da lei.
Parágrafo único - Instalada a comarca, o pretor continuará em exercício com as 
atribuições do art. 66, podendo ser o cargo extinto, a juízo do Tribunal, ao findar o período de 
investidura.
Art. 68 - Os pretores terão dois suplentes, denominados 1º e 2º.
Parágrafo único - Os suplentes, quando não forem bacharéis em direito, terão as 
atribuições limitadas a:
I - no crime:
a) preparar os processos criminais de rito sumário, até os debates, exclusive;
b) preparar os processos criminais ordinários, exceto os da competência do júri;
c) nomear promotores de justiça e servidores "ad-hoc" e dereir-lhes compromisso;
d) arbitrar e conceder fianças;
II - no cível, processar:
a) todos os feitos de competência do substituído, até o despacho saneador exclusive, 
sendo-lhe vedado proferir decisão nas justificações liminares em ações pocessórias;
b) todos os feitos de jurisdição graciosa atribuídos ao pretor, e presidir a solenidade do 
casamento;
c) o preparo dos arrolamentos e inventários da competência do substituído.
Art. 69 - Nos casos de falta ou impedimento dos pretores e seus suplentes, as 
atribuições respectivas serão exercidas pelo juiz de direito, a quem couber a jurisdição da 
comarca.
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§ 1º - No caso do artigo anterior, as atribuições excluídas da competência do suplente 
serão exercidas pelo juiz de direito.
§ 2º - Onde houver mais de uma vaga, o Presidente do Tribunal de Justiça designará o 
juiz para o exercício do encargo.
§ 3º - VETADO.
SEÇÃO XV
Dos Juízes de Paz
Art. 70 - Nos distritos dos Municípios haverá um juiz de paz a quem competirá presidir 
a solenidade do casamento.
§ 1º - O juiz de paz terá dois suplentes, denominados 1º e 2º.
§ 2º - Em cada zona de registro civil de Pôrto Alegre haverá um juiz e respectivos 
suplentes.
§ 3º - Aos juízes de paz dos distritos rurais competirá também:
I - conciliar as partes que espontâneamente, recorrerem ao seu juízo, vedada a cobrança 
de quaisquer custas ou emolumentos por esta intervenção;
II - arrecadar provisoriamente e acautelar os bens vagos e de ausentes e as heranças 
jacentes, dando imediato conhecimento dêsses atos ao juiz de direito ou na falta dêste ao pretor 
da comarca;
III - retirar, em caráter provisório menores da companhia dos pais ou tutores e depositá-
los em poder de pessoas idôneas até que o juiz competente, a quem imediatamente comunicarão 
o fato, resolver sôbre a suspensão ou perda do pátrio poder ou remoção da tutela;
IV - nomear e compromissar promotores "ad-hoc" para oficiar nas habilitações de 
casamento.
Art. 71 - Serão também desempenhados pelo juiz de paz da sede da comarca, nos casos 
urgentes quando não estiver presente o órgão do Ministério Público, as atribuições constantes do 
inciso IV do artigo anterior.
TÍTULO III
Dos Órgãos do Ministério Público
CAPÍTULO I
Da Organização
Art. 72 - O Ministério Público, diretamente subordinado ao Governador do Estado, 
órgão da lei de sua

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