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PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE Consiste em uma privação do direito de ir e vir, com a finalidade de readaptar o condenado ao convívio social e prevenir novas infrações penais. MODALIDADES ART. 33 CP: RECLUSÃO: Prevista para infrações mais graves, deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. Exemplo: Homicídio DETENÇÃO: Prevista para infrações de menor gravidade, deve ser cumprida em regime semiaberto ou aberto. Exemplo: Ameaça Para as contravenções penais, fica estabelecida a prisão simples, conforme art. 6 da LCP. O cumprimento da pena só é admitido nos regimes semiaberto e aberto. PROGRESSÃO DE PENA ART. 33 §2 CP: As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: a) O condenado a pena superior a 8 anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda 8, poderá, desde o principio, cumpri-la em regime semiaberto; c) O condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a quatro anos, poderá, desde o inicio, cumpri-la em regime aberto. OBS: A determinação do regime inicial de cumprimento de pena far- se-á com observância dos critérios previstos no art. 59 do CP. REGIMES: REGIME FECHADO: É a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média. • O condenado será submetido, no inicio do cumprimento da pena, a exame criminológico de classificação para individualização da execução; • O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e isolamento noturno; • O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a sua pena; • O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras públicas. REGIME SEMIABERTO: É a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. • O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar.; • O trabalho externo é admissível, bem como, a frequência em cursos supletivos profissionalizantes. REGIME ABERTO: A execução da pena é em casa de albergado ou estabelecimento adequado Baseia-se na autodisciplina e bom senso da responsabilidade do condenado • Deverá ficar fora do estabelecimento e sem vigilância , trabalhar, frequentar cursos ou atividade autorizada, permanecendo recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. REGIME ESPECIAL ART. 37CP: As mulheres cumprem pena em estabeleciment o próprio. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS DIVIDEM-SE EM: • Prestação Pecuniária • Perda de bens ou valores • Prestação de serviços a comunidade ou entidade pública • Interdição temporária de direitos • Limitação do fim de semana São penas alternativas que tem por finalidade evitar a colocação do condenado na prisão, substituindo-a por certas restrições ou obrigações. CARACTERISTICAS: AUTONOMIA: Não pode ser cumulada com pena privativa de liberdade, não é acessória; SUBSTITUTIVIDADE: Não podem ser aplicadas diretamente pelo juiz, inicialmente, aplica-se a pena privativa de liberdade e, em seguida, poderá substitui- la por pena restritiva de direitos, desde que preenchidos os requisitos legais (art. 54 CP); PRECARIEDADE: Podem ser reconvertidas em privativa de liberdade no juízo das execuções caso o sentenciado cometa algumas das transgressões previstas em lei. REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO E APLICAÇÃO DA PENA RESTRITIVA DE DIREITOS (ART. 44 CP) a) Que o crime seja culposo, se doloso, a pena estabelecida em sentença não poderá ser superior a 4 anos; b) Nos crimes dolosos, que não tenha havido emprego de violência ou grave ameaça; c) Que o réu não seja reincidente em crime doloso; d) Que a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem como, os motivos e as circunstâncias do crime, indiquem que a substituição é suficiente. OS REQUISITOS PODEM SER: OBJETIVOS: Aqueles que se referem à modalidade do crime (culposos ou dolosos, cometidos sem violência ou grave ameaça e ao montante da pena (até 4 anos). SUBJETIVOS: Se referem à primariedade, conduta social, personalidade e etc. REGRAS PARA SUBSTITUIÇÃO: a) Se a pena fixada na sentença for igual ou inferior a um ano, a pena poderá ser substituída por uma multa ou por uma restritiva de direitos. Não poderá entretanto, ser aplicada a pena de prestação de serviços a comunidade se a pena for inferior a 6 meses. b) Se a condenação for a pena superior a 1 ano (e não superior a 4 nos delitos dolosos), poderá ser substituída por uma pena de multa e uma restritiva de direitos ou por duas restritivas de direitos. CONVERSÃO EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE: • Quando ocorrer o descumprimento injustificado da medida imposta; • Se o sentenciado cometer falta grave; • Se sobrevier condenação a pena privativa de liberdade por outro crime e o juiz verificar que isso torna impossível o cumprimento da pena restritiva anteriormente imposta. OBSERVAÇÃO: Decretada a reconversão em pena privativa de liberdade, será descontado o tempo de pena restritiva já cumprido, devendo o condenado cumprir ao menos 30 dias de pena privativa (Caso o tempo remanescente seja inferior). PENAS PECUNIÁRIAS A prestação pecuniária, prevista nos arts. 43, I e 45, §1º, ambos do Código Penal, trata-se de uma pena pecuniária alternativa, consistente no pagamento à vítima, a seus descendentes ou à entidade pública ou privada com destinação social de importância fixada pelo juiz, não inferior a um nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. A finalidade dessa sanção é reparar dano causado pela infração penal. Consiste no pagamento ao fundo penitenciário de quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Os limites mínimo e máximo, respectivamente estabelecidos no Código Penal, é de dez e de trezentos e sessenta dias-multa, o valor será fixado entre 1/30 do salário mínimo até 5 salários mínimos cada, de acordo com a capacidade econômica do condenado. A prestação pecuniária, constitui em pena substitutiva, carece de anterior aplicação de pena corporal. Se for impossível satisfazer a pretensão reparatória da vítima, por exemplo, porque esta faleceu, deve estabelecer a prestação pecuniária em favor dos dependentes, que se habilitaram na fase de execução. Mas, se forem inexistentes os dependentes, ou o delito não possuir vítima identificável, pode o juiz optar em estabelecer a pena em favor de instituições sociais. ESPÉCIES DE MULTAS ORIGINÁRIA: Prevista no próprio tipo penal. Art. 57 do CP . SUBSTUTIVA: Substitui a pena privativa de liberdade não superior a um ano, nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça. Art. 59 do CP. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DA MULTA: A partir da data do fato em diante, para que ela não decresça no seu montante. Art. 49 §1 CP.
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