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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA ANNA CRISTINA VIER ANNA LUIZA JENSEN BRUNA MAYER MARINHO JENNIFER FLORIANO ANÁLISE GRANULOMÉTRICA - PARTE 1 Relatório de laboratório IV Blumenau 2015 ANNA CRISTINA VIER ANNA LUIZA JENSEN BRUNA MAYER MARINHO JENNIFER FLORIANO ANÁLISE GRANULOMÉTRICA - PARTE 1: RELATÓRIO LABORATÓRIO IV Relatório da disciplina de Laboratório de Engenharia Química IV no Curso de Engenharia Química do Centro de Ciências Tecnológicas da Universidade Regional de Blumenau. Prof.ª. Marcel Jefferson Gonçalves. BLUMENAU 2015 javascript:getUser(13592); RESUMO Para poder caracterizar um material, seja qual ele for, se faz necessário o conhecimento de suas propriedades físicas e estas podem se dividir em duas classes: as que estão aliadas a natureza da partícula e a segunda se trata a características do conjunto. Esta segunda classe está diretamente relacionada com a distribuição granulométrica das partículas. Operação na qual é comumente utilizada em materiais heterogêneos, com o intuito de obter uma separação de frações uniformes pelo método de peneiramento, que nada mais é do que peneiras subsequentes de malhas cada vez menor. Esta operação é aplicada em partículas entre 7cm e 40 𝜇𝑚. Como a grande maioria das partículas são de forma irregular, fez-se necessário utilizar esta técnica de análise de tamanho que se baseiam pelas séries de peneiras do British Standard (BS). LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Esquema elutriador laboratorial. .............................................................................. 10 Figura 2 - Série de peneira de Tyler. ........................................................................................ 12 Figura 3 - Esquema elutriador laboratorial. .............................................................................. 13 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Dados obtidos experimentalmente e suas frações ponderal e acumulada. .............. 15 Tabela 2 - Dados obtidos experimentalmente para o cálculo da vazão .................................... 18 Tabela 3 - Valores experimentais e calculados relativos a diferentes tubulações. ................... 18 Tabela 4 - Número de Reynolds e diâmetro da partícula para esfericidades de 0,5 e 0,9. ....... 19 Tabela 5 - Dados relacionados ao diâmetro médio da partícula. .............................................. 22 Tabela 6 - Dados relacionados ao cálculo do diâmetro médio superficial da partícula .......... 24 Tabela 7 - Valores obtidos para 𝛟=0,5. ................................................................................... 26 Tabela 8 - Valores obtidos para 𝛟=0,9. ................................................................................... 26 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Fração ponderal versus diâmetro médio da partícula. ............................................ 16 Gráfico 2 - Fração acumulada (%) versus diâmetro médio da partícula (m). .......................... 16 LISTA DE EQUAÇÕES Equação 1 ................................................................................................................................. 17 Equação 2 ................................................................................................................................. 17 Equação 3 ................................................................................................................................. 17 Equação 4 ................................................................................................................................. 18 Equação 5 ................................................................................................................................. 18 Equação 6 ................................................................................................................................. 18 Equação 7 ................................................................................................................................. 19 Equação 8 ................................................................................................................................. 19 Equação 9 ................................................................................................................................. 22 Equação 10 ............................................................................................................................... 23 Equação 11 ............................................................................................................................... 23 Equação 12 ............................................................................................................................... 23 Equação 13 ............................................................................................................................... 23 Equação 14 ............................................................................................................................... 24 Equação 15 ............................................................................................................................... 24 Equação 16 ............................................................................................................................... 24 Equação 17 ............................................................................................................................... 24 Equação 18 ............................................................................................................................... 24 Equação 19 ............................................................................................................................... 25 Equação 20 ............................................................................................................................... 25 Equação 21 ............................................................................................................................... 25 Equação 22 ............................................................................................................................... 25 Equação 23 ............................................................................................................................... 25 SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA MF Módulo de finura Di a média aritmética da abertura das malhas Xi é a fração ponderal da massa de areia retida na peneira m metro g grama mm milímetro DS diâmetro médio superficial da partícula L litro s segundo Q vazão D diâmetro do tubo Re Número de Reynolds 𝛒S massa específica do sólido 𝛒 massa específica do fluido 𝛍 viscosidade cinemática do fluido g aceleração da gravidade Vt velocidade terminal da partícula Dp diâmetro da partícula DV diâmetro médio volumétrico SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 10 2 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 12 2.1 EQUIPAMENTO ............................................................................................................... 12 2.2 MATERIAL ....................................................................................................................... 13 2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................................. 14 2.3.1 Parte 1................... ........................................................................................................... 14 2.3.2 Parte2.. ............................................................................................................................ 14 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 15 3.1 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA..................................................................................... 15 3.2 ELUTRIAÇÃO ................................................................................................................... 17 4 CONCLUSÕES E SUGESTÕES ....................................................................................... 20 5 ANEXOS .............................................................................................................................. 22 5.1 ANEXO A - MEMORIAL DE CÁLCULO ....................................................................... 22 10 1 INTRODUÇÃO A análise granulométrica de partículas sólidas compreende a determinação do tamanho das mesmas, bem como da frequência com que ocorrem em uma determinada classe ou faixa de tamanho. Neste experimento foi aplicado dois métodos de separação de sólidos, primeiramente a operação aplicada foi de peneiramento e a segunda elutriação. A elutriação é um processo utilizado para separar partículas finas, de tamanho inferior ao que pode ser separado por peneiras, em vários tamanhos graduados (PERRY, 1966). Este segundo, consiste em tubulações de diâmetros diferenciados, onde tem-se uma vazão maior em diâmetros menores e vazão menor em diâmetros maiores. O equipamento em que foi realizada esta prática apresenta 4 tubulações diferentes, como mostra a figura 1: Figura 1 - Esquema elutriador laboratorial. Fonte: Das autoras. De acordo com Gomide (1980) a separação por meio da elutriação busca comunicar a suspensão em movimento ascendente em um tubo vertical, com velocidade superior a velocidade terminal de decantação das partículas finas. As partículas maiores irão sedimentar com velocidade maior que a do fluido ascendente, assim, serão coletadas no fundo do tubo, já as partículas menores serão arrastadas pelo fluido. 11 O sistema de peneiras consiste em realizar a separação de sólidos de forma decrescente da abertura das malhas. Ao final de todas as peneiras há uma panela onde realiza a coleta das partículas que são as mais finas, ou seja, passou por todas as peneiras. 12 2 MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 EQUIPAMENTO Figura 2 - Série de peneira de Tyler. Fonte: Das autoras. 13 Figura 3 - Esquema elutriador laboratorial. Fonte: Das autoras. 2.2 MATERIAL Para este experimento foram utilizados os seguintes materiais: Agitador por vibração com temporizador Elutriador Bomba Tanque Conjunto de peneiras Tyler (9, 14, 20, 28, 32) Balde Cronometro 5 béquers Areia Balança analítica Funil Colher 14 2.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2.3.1 Parte 1 A primeira parte do experimento consiste em separar areia utilizando um conjunto de peneiras Tyler (9, 14, 20, 28, 32). O procedimento consiste em montar a série de peneiras em um agitador por vibração, como é possível visualizar na Figura 1, onde foram colocador aproximadamente 250 ml de areia na primeira peneira então foi ligado o agitador na frequência número 7, por um tempo de 15 minutos, para que fosse possível realizar a separação por diferentes diâmetros de partículas. Após o tempo de 15 minutos, a massa de areia que estava em cada peneira foi pesada em uma balança analítica. 2.3.2 Parte 2 Para a segunda parte do experimento foram utilizados os 250 ml de areia que foram separados nas peneiras, para que pudesse ser efetuado uma nova separação, agora em um equipamento chamado de elutriador, conforme a Figura 2. Onde inicialmente foi necessário ligar o equipamento para retirar as bolhas dos tubos. Após isto foi necessário então adicionar a areia, utilizando um funil e uma colher, para que fosse adicionado a areia bem lentamente para que a mesma não obstruísse o tubo, sendo que então foi necessário aguardar 15 minutos para estabilizar. Para a retirada do material foram abertas as válvulas que estão na base de cada tubo do elutriador, porém para que material separado não fosse arrastado para o primeiro tubo, foram abertos as válvulas de maneira aleatória, no qual apenas era esgotado um pouco de cada tubo, até que todos os tubos ficassem completamente vazios. A areia separada em cada tubo, foi colocada em um béquer para então ser colocado para secar para depois ser pesado novamente. 15 3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 3.1 ANÁLISE GRANULOMÉTRICA A análise granulométrica foi nada mais do que colocar para agitar por vibração uma amostra de areia sobre um conjunto de peneiras de 32, 28, 20, 14 e 9 Tyler. Este tipo de método visa separar as partículas pelos seus diâmetros, e quanto menor é a medida em Tyler, maior é a perfuração, dessa forma, maior são as partículas que ficam retidas nessa peneira. Após a amostra ser agitada por um tempo de 15min, as frações que ficaram retidas em cada peneira foram pesadas, dessa forma puderam-se obter as frações ponderal e acumulada referente à amostra analisada. A fração ponderal nada mais é que uma relação entre a massa retida na peneira pela massa total da amostra, e na fração acumulada as frações ponderais anteriores são adicionadas à próxima, de forma a sempre mostrar o total até aquele ponto. A Tabela 1 apresenta os dados referentes ao experimento. Tabela 1 - Dados obtidos experimentalmente e suas frações ponderal e acumulada. Número da peneira Diâmetro médio da partícula (m) Massa retida (g) Fração Ponderal Fração Acumulada (%) 9 0,002 52,1 0,1313 13,13 14 0,001545 54,49 0,1373 26,86 20 0,001015 66,46 0,1675 43,61 28 0,00072 108,78 0,2741 71,02 32 0,000545 58,88 0,1484 85,85 Fundo 0,00049 56,14 0,1415 100,00 Fonte: Das autoras. Plotando-se a fração ponderal versus o diâmetro médio da partícula pode-se ter uma ideia da característica dessa areia. No Gráfico 1 podemos ver que há uma maior quantidade de partículas com um diâmetro médio de 0,72mm (0,00072m), e logo em seguida com um diâmetro de 1,015mm (0,001015m). Dessa forma, podemos esperar que essa areia seja classificada como média na análise do Módulo de Finura (MF), que será explicado mais a frente. 16 Gráfico 1 - Fração ponderal versus diâmetro médio da partícula. Fonte: Das autoras. A fração acumulada versus o diâmetro médio da partícula também foi plotado. Como se pode ver no Gráfico 2 todas as partículas analisadas possuem um diâmetro de no mínimo 0,49m (0,00049mm), como esperado pois esta foi a finura mínima analisada nas peneiras da série Tyler. Conforme foi sendo imposto um tamanho mínimo para o diâmetro das partículas, menor é a quantidade de partículas que se encontra até aquela faixa. Gráfico 2 - Fração acumulada (%) versus diâmetro médio da partícula (m). Fonte: Das autoras. 0,0000 0,0500 0,1000 0,1500 0,2000 0,2500 0,3000 0,002 0,001545 0,001015 0,00072 0,000545 0,00049 Fr aç ão P o n d e ra l Diâmetro médio da partícula (m) 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 0 0,0005 0,001 0,0015 0,002 0,0025 Fr aç ão A cu m u la d a (% ) Diâmetro médio da partícula (m) 17 Como introduzido anteriormente, a classificação da areia é realizada pelo Módulo de Finura (MF). Para areias finas MF é menor que 2,4, se o MF esta entre 2,4 e 3,9 essa areia é caracterizada como média e as areias grossas possuem um MF superior que 3,9. O MF pode ser calculado utilizando-se a seguinte equação: 𝑀𝐹 = ∑ 𝐹𝑟𝑎çã𝑜 𝐴𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 % (𝑠𝑒𝑚 𝑜 𝑓𝑢𝑛𝑑𝑜) 100 Equação 1 Dessa forma, obtivemos um MF paraa nossa amostra igual a 2,405. Assim, como esperado, esta areia foi classificada como sendo média pelo Módulo de Finura. O cálculo de como este valor foi obtido pode ser visto no Memorial de Cálculos (Anexo A). Também foram analisadas o Diâmetro Médio Superficial da Partícula e o Diâmetro Médio Volumétrico, que são calculados utilizando-se as equações abaixo. 𝐷𝑆 = √ ∑ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 𝑛 𝑖 ∑ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 3 𝑛 𝑖 Equação 2 𝐷𝑉 = √ 1 ∑ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 3 𝑛 𝑖 3 Equação 3 Dessa forma, obteve-se um diâmetro médio superficial de 0,641mm (0,000641m) e um diâmetro médio volumétrico de para a areia utilizada. 3.2 ELUTRIAÇÃO Nesta segunda parte do experimento a amostra de areia que foi analisada pelo método da granulometria foi agora analisada pelo método da elutriação. A elutriação é um método de separação de sólidos onde um fluído de corrente ascendente e com vazão constante, no caso água, percorre dentro de tubos com diferentes diâmetros (ou seja, diferentes velocidades de escoamento dentro do tubo) com o objetivo de separar as partículas maiores e mais pesadas das menores e mais leves. Os primeiros tubos possuem um diâmetro menor, dessa forma a velocidade do fluído escoando no seu interior é maior, assim, partículas maiores são retidas neles, já as partículas menores são retidas nos tubos com um diâmetro maior, pois a velocidade de escoamento no seu interior é menor. 18 A vazão foi determinada de modo que as partículas ficassem suspensas nos tubos, sem que as mesmas saíssem do sistema. Dessa forma, após uma análise visual, a vazão foi calculada; a mesma foi feita em duplicata. Tabela 2 - Dados obtidos experimentalmente para o cálculo da vazão Volume (L) Tempo (s) Amostra 1 1 7,38 Amostra 2 1 7,68 Fonte: Das autoras. A vazão foi então calculada utilizando-se a seguinte equação: 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 Equação 4 Resultando em uma vazão média de 0,0001329 m 3 /s. Conhecendo-se a vazão, a velocidade do fluido escoando ascendentemente nos tubos pôde ser calculada através da equação: 𝑣 = 𝑣𝑎𝑧ã𝑜 á𝑟𝑒𝑎 = 𝑄 𝜋× 𝐷2 4 Equação 5 Então, o grupo adimensional CA/Re pôde ser calculado. A equação utilizada é apresentada abaixo. ( 𝐶𝐴 𝑅𝑒⁄ ) = 4 3 × (𝜌𝑆−𝜌)×𝝁×𝒈 𝜌2×𝑉𝑡3 Equação 6 Tabela 3 - Valores experimentais e calculados relativos a diferentes tubulações. Tubo Diâmetro (m) Velocidade(m/s) Massa de areia (g) Fração Ponderal CA/Re 1 0,0257 0,2561 20,98 0,065271 0,000467 2 0,03405 0,1459 143,19 0,445478 0,002527 3 0,04495 0,0837 123,35 0,383754 0,013374 4 0,0636 0,0418 33,91 0,105497 0,107310 Fonte: Das autoras. Em seguida o número de Reynolds, Re, e o diâmetro da partícula, Dp, foram calculados através das equações apresentadas abaixo. Para o calculo de Re é necessário conhecer-se a esfericidade da partícula, 𝛟, mas como a mesma é desconhecida, foram assumidos dois valores, 0,5 e 0,9. 19 𝑅𝑒 = [( 24 𝐾1×𝐶𝐴 𝑅𝑒⁄ ) 1,2 2⁄ + ( 𝐾2 (𝐶𝐴 𝑅𝑒⁄ ) ) 1,2 ] 1 1,2⁄ Equação 7 Onde 𝐾1 = 0,843 × log ( 𝜙 0,065⁄ ) e 𝐾2 = 5,31 − 4,88𝝓 𝑅𝑒 = 𝐷𝑝×𝑉𝑡×𝜌 𝜇 então 𝐷𝑝 = 𝑅𝑒×𝜇 𝑉𝑡×𝜌 Equação 8 A Tabela 4 apresenta os resultados calculados para ambas as esfericidades mencionadas. Tabela 4 - Número de Reynolds e diâmetro da partícula para esfericidades de 0,5 e 0,9. 𝛟=0,5 𝛟=0,9 Tubo Re Dp Re Dp 1 6259,1740 0,024440 2089,6509 0,008159 2 1194,6533 0,008188 426,1255 0,002921 3 244,5852 0,002921 100,1440 0,001196 4 39,4242 0,000943 21,3734 0,000511 Fonte: Das autoras. Com os dados referentes à fração ponderal na Tabela 3 e os diâmetros das partículas para diferentes esfericidades na Tabela 4, utilizando-se a Equação 1, pôde-se calcular o diâmetro médio superficial da partícula. Para uma partícula de esfericidade igual a 0,5, Ds=0,001454m (1,454mm), já para uma esfericidade de 0,9, Ds=0,000816m (0,816mm). O diâmetro médio volumétrico foi calculado através da Equação 2 e obteve-se DV=0,001916m (1,916mm) para 𝛟=0,5 e DV=0,000989m (0,989mm) Comparando os valores referentes ao diâmetro médio superficial da partícula e diâmetro médio volumétrico calculados pelos métodos da granulometria e da esfericidade, pode-se notar que quando 𝛟=0,9 os valores ficam mais próximos, dessa forma acredita-se que as partículas analisadas são próximas de serem esféricas. 20 4 CONCLUSÕES E SUGESTÕES A separação de partículas é um processo muito importante na área da Engenharia Química, principalmente no estudo da fragmentação, peneiramento, separações mecânicas entre outros. A maneira de separação a ser escolhida está ligada a vários fatores, podendo utilizar o Elutriador ou Agitador por vibração. O Elutriador utiliza a diferença de velocidade terminal das partículas para realizar a separação. O tamanho da partícula é inversamente proporcional a sua velocidade terminal, ou seja, quanto maior a partícula, menor a velocidade terminal dela. As partículas ficam retidas em tubos e separadas de acordo com sua velocidade terminal ou tamanho. O Agitador por Vibração faz o uso de peneiras arredondadas que se encaixam uma em cima da outra e devem ser colocadas na ordem da maior para a menor abertura. As partículas podem ser separadas em vários tamanhos, isso só depende da quantidade de peneiras que irão ser utilizadas no processo. Com a realização de dois métodos de separação de um mesmo particulado, podem-se comparar os resultados obtidos e verificar sua viabilidade. No Elutriador verificou-se quatro estágios de separação de partículas, sendo a maior concentração de partículas no segundo estágio. Já na separação utilizando cinco peneiras, a maior concentração de partículas está na peneira número 4. No Elutriador as partículas maiores ficavam retidas em baixo na tubulação, dificultando a passagem de partículas menores. Quando se retirou o acumulado nos quatro tubos, pode-se observar certa quantidade de partículas menores que deveriam estar retidas nos dois últimos tubos aglomeradas junto com as maiores. Essas partículas são consideradas perda no sistema e por isso, a quantidade separada no Elutriador foi menor em relação às Peneiras Vibratórias. A comparação dos diâmetros também mostra que não é possível comparar diretamente os dois métodos porque as Peneiras separam por tamanho e o Elutriador está diretamente ligado com a densidade ou velocidade terminal da partícula. De acordo com os resultados, o método do Elutriador apresenta diâmetros de partícula maiores. Apesar disso, considera-se que os dois sistemas são eficientes na operação de separação de particulado, sendo necessário verificar o custo benefício e o objetivo na implantação desses métodos em uma empresa. Sugestões: 21 O equipamento do Elutriador está desgastado e com vazamentos. Sugere-se manutenção, limpeza e troca de algumas válvulas ou tubos que estejam vazando para evitar problemas futuros. As peneiras oferecidas no experimento não tinham total encaixe e na hora que vibravam, elas se mexiam e às vezes saiam do lugar. Sugere-se a utilização de peneiras com encaixe perfeito. No Elutriador foi possível observar as partículas se separando bem como o perfil de velocidade delas, sendo no meio a velocidade máxima e praticamente zero rente a parede. 22 5 ANEXOS 5.1 ANEXO A - MEMORIAL DE CÁLCULO Análise granulométrica: Conhecendo-se a abertura da malha(m) que é informada nas próprias peneiras, pôde-se estabelecer um intervalo de diâmetro de partículas que ficam retidas emcada uma das peneiras. Para a peneira de número 9 a abertura da malha é de 0,002m dessa forma sabe-se que partículas com um diâmetro maior ou igual a 0,002 ficariam aqui retidas. Dessa forma, o diâmetro médio estimado foi de 0,002. Para uma peneira de número 14 cuja abertura é de 0,00119m espera-se que partículas menores que 0,002m e até 0,00119m fiquem aqui retidas, dessa forma, o diâmetro médio das partículas pode ser estimado. 𝐷14 = (0,0019+0,00119) 2 = 0,001545 Equação 9 O mesmo foi assumido para as peneiras de números 20, 28 e 32. Para o fundo sabe-se que o diâmetro da peneira anterior era de 0,0005m, dessa forma apenas partículas mais finas poderiam passar e ficar retidas. Assim, assumiu-se que o diâmetro médio do particulado retido no fundo era de 0,00049m. Os valores obtidos podem ser analisados na Tabela 2. Tabela 5 - Dados relacionados ao diâmetro médio da partícula. Fontes: Das autoras. Número da peneira Abertura da malha (m) Intervalo de Diâmetro (m) Diâmetro médio da partícula 9 0,002 >0,002 0,002 14 0,00119 0,0019 - 0,00119 0,001545 20 0,00085 0,00118 - 0,00085 0,001015 28 0,0006 0,00084 - 0,0006 0,00072 32 0,0005 0,00059 - 0,0005 0,000545 Fundo - <0,0005 0,00049 23 Conhecendo-se a massa total da amostra, 396,85g e as massas retidas em cada peneira, pôde-se calcular a fração ponderal e a fração acumulada, e posteriormente o módulo de finura da amostra de areia. Para a primeira peneira, 9, a fração ponderal foi calculada da seguinte forma: 𝐹𝑟𝑎çã𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑙9 = 52,1𝑔 396,85𝑔 = 0,1313 Equação 10 Para as outras peneiras a fração ponderal foi calculada da mesma forma, e seus valores estão dispostos na Tabela 1 (Ver Resultados e Discussões). A fração acumulada para a peneira de número 9 é de 0,1313 pois não existe nada anterior à ela. O valor foi apenas convertido para porcentagem, assim 0,1313 × 100 = 13,13%. Para a segunda peneira, de número 14 a fração acumulada é de 13,73 + 13,13 = 26,86%. E assim por diante. E finalmente, com as frações acumuladas calculadas, MF pôde ser obtido: 𝑀𝐹 = 13,13+26,86+43,61+71,02+85,85 100 = 2,405 Equação 11 Para calcular o diâmetro médio superficial da partícula, primeiramente foram calculadas 𝑋𝑖 𝐷𝑖⁄ e 𝑋𝑖 𝐷𝑖 3⁄ para cada peneira. Assim, para a peneira de número 9, temos que: 𝑋𝑖 𝐷𝑖 = 0,1313 0,002 = 65,6419 Equação 12 𝑋𝑖 𝐷𝑖 3 = 0,1313 0,0023 = 16.410.482,6 Equação 13 O mesmo foi calculado para as outras peneiras, e o total foi obtido. Todos os valores calculados podem ser observados na Tabela 3. 24 Tabela 6 - Dados relacionados ao cálculo do diâmetro médio superficial da partícula Número da peneira Diâmetro médio da partícula Fração Ponderal 𝑋𝑖 𝐷𝑖 ⁄ 𝑋𝑖 𝐷𝑖 3⁄ 9 0,002 0,1313 65,6419 16.410.482,6 14 0,001545 0,1373 88,8714 37.231.023,2 20 0,001015 0,1675 164,9939 160.153.276 28 0,00072 0,2741 380,7064 734.387.338 32 0,000545 0,1484 272,2356 916.541.027 Fundo 0,00049 0,1415 288,7021 1.202.424.408 Total - 1 1261,1513 3.067.147.555 Fonte: Das partículas. E finalmente, o diâmetro médio superficial da partícula pôde ser calculado: 𝐷𝑆 = √ ∑ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 𝑛 𝑖 ∑ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 3 𝑛 𝑖 = √ 1.261,1513 𝑚−1 3.067.147.555𝑚−3 = 0,0006412𝑚 = 0,6412𝑚𝑚 Equação 14 𝐷𝑉 = √ 1 ∑ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 3 𝑛 𝑖 3 = √ 1 3.067.147.555𝑚−3 3 = 0,000688𝑚 = 0,688𝑚𝑚 Equação 15 Elutriação: Primeiramente o valor a vazão para ambas as análises foram calculadas, dessa forma: 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 = 1 𝐿 7,38 𝑠 = 0,1355 𝐿 𝑠 × 1 𝑚3 1000 𝐿 = 0,0001355 𝑚 3 𝑠⁄ Equação 16 Da mesma forma, para o segundo conjunto de dados, a vazão obtida foi de 0,0001302 m 3 /s. E uma média dos mesmos foi obtida. 𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 0,0001355+0,0001302 2 = 0,0001329 𝑚 3 𝑠⁄ Equação 17 Para o calculo da velocidade ascendente do fluido nos tubos de diferentes diâmetros, tem-se que para o primeiro tudo, com um diâmetro de 0,0257: 𝑣 = 𝑄 𝜋× 𝐷2 4 = 0,0001329𝑚 3 𝑠⁄ 𝜋× (0,0257 𝑚 )2 4 = 0,2561 𝑚 𝑠⁄ Equação 18 25 A velocidade para os outros tubos foi calculada analogamente. E com a velocidade conhecida o grupo adimensional (CA/Re) pode ser calculado, assim como anteriormente, aqui só será apresentado o cálculo referente ao primeiro tubo, mas para os demais o cálculo é similar. A massa específica da areia foi fornecida por Operaction e assumida como sendo 1600kg/m 3 . O fluido utilizado foi a água, sendo assim 𝛍=0,001Ns/m2 e 𝛒=1000kg/m3. ( 𝐶𝐴 𝑅𝑒⁄ ) = 4 3 × (𝜌𝑆−𝜌)×𝝁×𝒈 𝜌2×𝑉𝑡3 = 4 3 × (1600−1000) 𝑘𝑔 𝑚3 ⁄ ×0,001𝑁𝑠 𝑚2⁄ ×9,81𝑚 𝑠2⁄ (1000 𝑘𝑔 𝑚3 ⁄ ) 2 ×(0,2561𝑚 𝑠⁄ ) 3 = 0,000467 Equação 19 Lembrando que N=kgm/s 2 . Para calcular o Número de Reynolds, tem-se primeiro que calcular as constantes K1 e K2. Dessa forma, valores para esfericidade foram assumidos. Os seguintes cálculos serão apenas demonstrados para uma esfericidade de 0,5. 𝐾1 = 0,843 × log ( 𝜙 0,065⁄ ) = 0,843 × log ( 0,5 0,065⁄ ) = 0,7469 Equação 20 𝐾2 = 5,31 − 4,88𝝓 = 5,31 − 4,88 × 0,5 = 2,87 Equação 21 Para 𝛟=0,9, K1=0,9621 e K2=0,918. Assim, Re pode ser calculado para o Tubo 1, e de forma análoga para os outros tubos. 𝑅𝑒 = [( 24 𝐾1×𝐶𝐴 𝑅𝑒⁄ ) 1,2 2⁄ + ( 𝐾2 (𝐶𝐴 𝑅𝑒⁄ ) ) 1,2 ] 1 1,2⁄ = [( 24 0,7469×0,000467 ) 1,2 2⁄ + ( 𝐾2 0,000467 ) 1,2 ] 1 1,2⁄ = 6259,1740 Equação 22 E finalmente Dp para o primeiro tubo pode ser calculado: 𝐷𝑝 = 𝑅𝑒×𝜇 𝑉𝑡×𝜌 = 6259,1740×0,001𝑁𝑠 𝑚2⁄ 0,2561𝑚 𝑠⁄ ×1000 𝑘𝑔 𝑚3 ⁄ = 0,024440m Equação 23 Os valores obtidos para os outros tubos e ambas as esfericidades podem ser analisados na Tabela 4. 26 E por fim, o diâmetro médio superficial da partícula e o diâmetro médio volumétrico puderam ser calculados com os dados contidos nas Tabela 7 e Tabela 8. O método de calculo aqui é análogo ao apresentado nesta mesma seção mas para os cálculos relativos ao método da granulometria. Tabela 7 - Valores obtidos para 𝛟=0,5. Tubo Diâmetro médio da partícula Fração Ponderal ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 ⁄ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 3⁄ 1 0,024440 0,1313 2,670689 4471,2793 2 0,008188 0,1373 54,404857 811447,54 3 0,002921 0,1675 131,35625 15390286 4 0,000943 0,2741 111,90549 125913231 Total - 1 300,33728 142119437 Fonte: Das autoras. Tabela 8 - Valores obtidos para 𝛟=0,9. Tubo Diâmetro médio da partícula Fração Ponderal ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 ⁄ ∆𝑋𝑖 𝐷𝑖 3⁄ 1 0,008159 0,065271 7,9995691 120.160,475 2 0,002921 0,445478 152,52536 17.880.251,7 3 0,001196 0,383754 320,81602 224.213.953 4 0,000511 0,105497 206,41446 790.201.045 Total - 1 687,75541 1.032.415.411 Fonte: Das autoras.
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