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25/09/2013 1 O desenvolvimento urbano acelerado observado no país nas últimas décadas, tem gerado como consequência vários problemas a serem equacionados pelos técnicos e comunidades. Drenagem urbana ocupa papel relevante no rol de dificuldades enfrentadas pelas cidades, uma vez que a experiência tem demonstrado que não basta a boa vontade dos técnicos em buscar soluções urbanísticas, a questão de ocupação das várzeas dos rios é muito mais complexa RIO ���� CICLO HIDROLÓGICO RIO ���� CANAL DE ESCOAMENTO Os sedimentos carregadas pelo rio por meio de SOLUÇÃO; SUSPENSÃO E SALTAÇÃO O Rio como Ecossistema Curso superior Curso médio Curso inferior Geomorfologia fluvial 25/09/2013 2 Curso superior: padrão retilíneo Solapamento de margem e destruição de moradias na calha do Ribeirão Garcia - Curso médio: padrão anastomosado 25/09/2013 3 Linha de velocidade máxima Margem convexa Margem Concova Deposição Erosão Corte natural de meandros Rio São Lourenço (MT) em mapa baseado em imagem aérea de 1967 Rio São Lourenço (MT) em imagem de satélite LANDSAT de 1988 25/09/2013 4 Luis Alves: mudança no curso hídrico após enxorradas de novembro de 2008. 25/09/2013 5 — Algumas situações causaram atraso, sendo que a mais grave foi a influência da maré, já que rio subia e não dava condições de trabalho na base. Prevíamos trabalhar na cota 0,80 metro e tivemos de elevar para 1,5 metro para que os caminhões pudessem trafegar sem influência do nível do rio. Além disso, a chuva e o ritmo de trabalho da empresa causaram morosidade. OBRA DA MARGEM ESQUERDA NO CENTRO DE BLUMENAU ATRASARÁ OITO MESES PREVISÃO INICIAL DE TÉRMINO ERA 20 DE SETEMBRO, MAS FICARÁ APENAS PARA 2014 FONTE: Jornal de Santa Catarina (04/06/2013) Por vazão entende-se o volume de água que passa numa determinada seção do rio por unidade de tempo, a qual é determinada pelas variáveis de profundidade, largura e velocidade do fluxo, e é expressa comumente no sistema internacional (SI) de medidas em m³/s Perfil longitudinal Itajaí mirim O perfil longitudinal do canal de drenagem é compreendido pela relação das variáveis comprimento e altimetria, consideradas valores base na determinação do gradiente. O gradiente dos canais expressa a relação entre a diferença das altitudes máxima e mínima do segmento fluvial e sua respectiva extensão. O índice fornece a declividade dos canais de drenagem, podendo ser expressa em graus ou porcentagem. No canal, de uma margem a outra e da superfície para o leito, o fluxo não flui de forma homogênea � variação na seção vertical e transversal ao rio � morfologia do rio (geometria do canal), em que o atrito da água nas margens e no leito causa um efeito de retardamento da velocidade, assim como o efeito de atrito da lâmina de água superficial com a atmosfera. 25/09/2013 6 Há vários fatores que interferem no perfil de equilíbrio de um rio: volume e carga da corrente, tamanho e peso dos sedimentos, declividade, litologia do leito, regime das chuvas, entre outros. Para um melhor resultado do cálculo de vazão e do estabelecimento das distâncias entre os perfis verticais, recomenda-se o levantamento batimétrico do perfil transversal. Este processo permitirá um melhor conhecimento da morfologia de fundo para a determinação da localização de cada perfil vertical e de sua respectiva profundidade O escoamento em rios ou em canais abertos é um processo complexo ���� velocidade, vazão e nível da água. Além da interferência das dimensões longitudinal e vertical. A velocidade da corrente de um fluxo fluvial é, normalmente, maior na parte central de um rio do que em suas margens. Em função dessa variação da velocidade da corrente em diferentes pontos da seção transversal, devem-se obter medidas em diversos pontos tanto na superfície da seção transversal como em diversos níveis em cada seção vertical 25/09/2013 7 Há vários fatores que interferem no perfil de equilíbrio de um rio: volume e carga da corrente, tamanho e peso dos sedimentos, declividade, litologia do leito, regime das chuvas, entre outros. Seção transversal com indicação das verticais e representação da velocidade da corrente medida Para um melhor resultado do cálculo de vazão e do estabelecimento das distâncias entre os perfis verticais, recomenda-se o levantamento batimétrico do perfil transversal. Este processo permitirá um melhor conhecimento da morfologia de fundo para a determinação da localização de cada perfil vertical e de sua respectiva profundidade - Dragagens de Leitos; - Instalação de Dutos Submersos; - Estudos Hidrológicos (detecção de erosão submersa, análise de fluxo de água em determinado tempo, medição de profundidade e mapeamento de leito); - Furo Direcional. Suporte para execução de implantação. 25/09/2013 8 Molinete de hélice O molinete é um equipamento destinado a medir a velocidade da água em qualquer profundidade do curso d’água. Hidrotopo 25/09/2013 9 Q = vazão (m³/s) A = área da seção do rio (m²) (w.h) V = velocidade do fluxo de água (m/s) h = profundidade média na seção transversal do canal (m) w = largura do canal Q = (w . h) . V ou Q = A . V Durante um ensaio em um rio, um flutuador foi solto por um técnico para um segundo técnico, que estava posicionado a uma distancia 8m a jusante no rio. O flutuador levou 1,2 minutos para percorrer a distancia. Sabendo que a área da seção do rio é igual a 15m², determine a vazão do rio. Q = A . V (t/d) EXERCÍCIO 1m³=1000litros 1h=3600s 1min=60s As vazões são obtidas com base na precipitação da bacia e nas condições de umidade do solo e perdas iniciais reais 25/09/2013 10 O QUE SE ESTIMA? • A vazão máxima ou de pico: utilizada nos projetos de obras hidráulicas tais como: – Bueiros; – Galerias pluviais; – Sarjetas de rodovias; – Vertedores de barragens. • A distribuição do escoamento (hidrograma): permite determinar o volume do escoamento superficial, que é de interesse para a engenharia para resolver os problemas de armazenamento da água para diversos fins: – Abastecimento; – Irrigação; – geração de energia; – projeto de bacias de detenção – bacia de detenção para atenuação de enchente A vazão máxima pode ser estimada com base: a) no ajuste de uma distribuição estatística; b) na regionalização de vazões; c) na precipitação. VAZÃO MÁXIMA � Condições da bacia hidrográfica não se modificaram � Os principais fatores são as condições iniciais de perdas do solo, de escoamento dos rios e reservatórios, além da distribuição temporal e espacial da precipitação. Deve-se definir o risco de um projeto de acordo com os objetivos do projeto e, dentro destas condições de risco, explorar as situações mais desfavoráveis A definição das situações mais desfavoráveis, após a escolha de um risco, envolve as condições iniciais de solo, perdas por retenção e infiltração, distribuição temporal e espacial da precipitação Analisando o hidrograma abaixo indique a localização da vazão mínima, média e máxima, considerando os 12 meses de um ano. Para isso, utiliza a escala de descarga em metros cúbicos por segundo. O risco é a probabilidade que um valor seja ultrapassado. Este risco é obtido pelo ajuste de uma distribuição de probabilidade aos valores anuais da variável em estudo (nível ou vazão). A probabilidade (P) é o risco da vazão ou nível ser ultrapassado num ano qualquer. O tempo de retorno deste valor é Tr = 1/P. O risco que uma vazão, com uma probabilidade associada, ocorra nos próximos anos é obtido pela expressão PR = 1 - ( 1 - 1/Tr)N 25/09/2013 11 Uma ensacadeira precisa ser utilizada por 4 anos. Estime qual a probalilidade de risco em tempo de retorno de 39 anos. EXERCÍCIO PR = 1 - ( 1 - 1/Tr)N PR = 1 - ( 1 - 1/39)4 PR = 9,7% ANO NÍVEL 1852 16,30 1888 17,10 1911 16,90 1983 15,34 1984 15,50 Qual o problema se um projeto levasse em consideração essa série para um projeto? ANO NÍVEL 1912 12,5 1982 12,6 2011 12,68 Ano Nível (m) 1981 17,2 1921 11,2 1930 11,9 1993 14,2 199912,2 2012 12,8 2008 12,8 1886 12,5 1909 13,8 1960 12,7 1987 12,2 1940 13,2 2011 12,6 1928 14,4 Qual o tempo de retorno considerando a série abaixo com o nível acima de 12,5m. As comportas da uma barragem serão utilizadas por 42 anos, para tanto estime qual a probalilidade de risco em tempo de retorno de X anos (R = [1 - ( 1 - 1/Tr)N ] * 100 � Tr = 1/P) Tr= 1/P (P= 11 eventos/126anos, ou seja, 2012-1886. 11/126=0,087)) Tr= 1/0,087 Tr= 11,49 anos R = [1 - ( 1 - 1/Tr)N ] * 100 R= [1- (1-1/11,49)42]*100 Período de Retorno • Inverso da probabilidade excedente o inverso do período de retorno (1/T) é a probabilidade de um evento ser igualado ou superado em um ano qualquer • Probabilidade de ocorrência é o intervalo médio de ocorrência (em anos) entre eventos que igualam ou superam uma dada magnitude Tipo de Obra Tipo de Ocupação da Área T (anos) Microdrenagem Residencial 2 Comercial 5 Áreas com edifícios de serviços ao público 5 Aeroportos 2-5 Áreas comerciais e artérias de tráfego 5-10 Macrodrenagem Áreas residenciais e comerciais 50-100 Áreas de importância específica 500 �O hidrograma de projeto ou hidrograma tipo � Determinado com base em dados históricos de vazão ou com base na precipitação, com um risco escolhido; Hidrograma • O hidrograma é o gráfico que relaciona a vazão ao tempo e é o resultado da interação de todos os componentes do ciclo hidrológico. Heterogeneidade da bacia HidrogramaHidrograma Vazão Q (m³/s) Tempo t (meses) 25/09/2013 12 • Relação com a precipitação – Representação gráfica que estabelece a relação entre a vazão e o tempo Vazão Q (m³/s) Tempo t (meses) Precipitação h (mm) Hidrograma PRECIPITAÇÃO GERAÇÃO DO ESCOAMENTO INFILTRAÇÃO Escoa Superficialmente sobre as encostas Atinge a Rede de Drenagem Evaporaçã o, Captada nas depressõe s Armazenamento no solo Escoamento Sub- Superficial Escoamento Subterâneo Evaporação, Transpiração ESCOA NOS RIOS, ATÉ O EXUTÓRIO Atinge a Rede de Drenagem • Relação com a precipitação – Representação gráfica que estabelece a relação entre a vazão e o tempo Vazão Q (m³/s) Tempo t (meses) Precipitação h (mm) Recarga do lençol freático Direto para o rio Vem do escoamento superficial Vem do escoamento subterrâneo t0 tA tB tC Hidrograma Escoamento subterrâneo Formação do Hidrograma 1 – Início do escoamento superficial 2 – Ascensão do hidrograma 3 – Pico do hidrograma 4 – Recessão do hidrograma 5 – Fim do escoamento superficial 6 – Recessão do escoamento subterrâneo 1 2 5 3 4 6 recessão pico Escoamento subterrâneo Formação do Hidrograma Características do hidrograma • Tempo de concentração: é o tempo que a água superficial leva para escoar do ponto mais distante até a seção principal; • Tempo de pico : é o tempo entre o centro de gravidade da precipitação e o pico do hidrograma; • Tempo médio de deslocamento da vazão: é o tempo entre o centro de gravidade do hietograma e o do hidrograma. • Período de recessão: quando termina o escoamento superficial tr tm tp tc 25/09/2013 13 Hidrograma A forma do hidrograma depende: • Relevo • Cobertura da bacia • Modificações artificiais no rio • Distribuição, duração e intensidade da precipitação • Solo tempo Q P tempo Infiltração Escoamento Método SCS: Perdas iniciais + Infiltração diminuindo Método SCS Hidrograma 1 Hidrograma 2 25/09/2013 14 Hidrograma 3 Hidrograma 4 Hidrograma 5 Hidrograma 6 Hidrograma 7 Hidrograma 8 25/09/2013 15 Hidrograma 9 Hidrograma 10 Hidrograma 11 Hidrograma 12 Hidrograma 13 Hidrograma 14 25/09/2013 16 Hidrograma 15 Hidrograma 16 Escoamento subterrâneo Formação do Hidrograma 1 – Início do escoamento superficial 2 – Ascensão do hidrograma 3 – Pico do hidrograma 4 – Recessão do hidrograma 5 – Fim do escoamento superficial 6 – Recessão do escoamento subterrâneo 1 2 5 3 4 6 recessão pico Escoamento subterrâneo Formação do Hidrograma Inundações � Drenagem urbana: escoamento em áreas urbanizadas, geralmente pequenas bacias (a urbanização amplia as vazões devido à canalização e à impermeabilização); � Inundação ribeirinha: processos naturais resultado do aumento da vazão dos rios durante os períodos secos e chuvosos (as inundações podem ser ampliadas ou terem maiores efeitos em função da ação do homem). 25/09/2013 17 Fatores Agravantes das Inundações
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