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DEPARTAMENTO DE DIREITO ESTÁCIO DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA DOCENTE: PROF. MARGARIDA MARIA KNOBBE ATIVIDADE AVALIATIVA: CASOS CONCRETOS AULAS 01 a 08. ALUNO: PAULINO EMÍDIO CABRAL JÚNIOR MAT: 201902687655 3º PERÍODO NOITE Aplicação Prática Teórica Aula 01 A Política pode ser entendida como tudo aquilo que diz respeito à relação entre os cidadãos (como membros de um corpo social) com seus governantes, quando essa (relação) tem por fundamento um tema do interesse do corpo social (os negócios públicos). Vê-se, então, que Política é algo que se faz em conjunto, ou seja, um indivíduo sozinho em uma ilha não poderá estar envolvido em uma atividade Política, pois ele não teria com quem interagir e a Política pressupõe esta interação. ( Livro do Proprietário: Ciência política / Marcelo Machado Lima; Guilherme Sandoval Góes. Rio de Janeiro: SESES, 2015, pag.12) 1. Diante do texto acima e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula 1, responda: a) A Política pertence ao domínio do conhecimento prático (aquele que o homem constrói a partir de sua existência concreta, e não a partir de elaborações exclusivamente teóricas)? Justifique sua resposta. Resposta: Sim. Tendo em vista que, a partir de sua existência concreta, o homem toma como critérios a Justiça, o bom governo e outras condições afim de que se atinga o bem estar social. b)A Política para Aristóteles não visa apenas possibilitar um modo de vida qualquer (em uma perspectiva mais genérica), ou a troca econômica, ou a segurança, mas sim promover a vida em uma perspectiva específica, ou seja, a denominada “vida boa”. O que seria para Aristóteles uma vida boa? Justifique sua resposta. Resposta: “Ser feliz e ser útil à comunidade”. Os objetivos que justificam a existência de uma vida são esses, o que seria, para Aristóteles, uma vida harmoniosa. Sendo que as instituições da vida social são os meios para este fim. c) O que significa “exercício da autonomia coletiva” Justifique sua resposta. Resposta: A capacidade do corpo social de se expressar em prol de um determinado interesse coletivo. Aplicação Prática Teórica Aula 02 a) Para Hobbes o estado de natureza é de paz? Justifique sua resposta. Não. O Estado de Natureza (situação hipotética de convivência humana anterior ao Estado, aonde o homem estaria fora de qualquer organização política) acarreta um estado de guerra perpétuo, que Hobbes define como a “guerra de todos contra todos”, em que a violência parece ser incontornável. b) Para Hobbes o pacto seria de submissão ou de cooperação entre os indivíduos e o governante? Justifique sua resposta. Submissão, porque é resultado da renúncia de direitos ilimitados do indivíduo em favor do governante. c) Qual a finalidade do Estado em Hobbes? Justifique sua resposta. Representar os cidadãos, pois o Estado personifica quem livrimente renunciou os direitos e deveres em favor do Soberano; Assegurar a ordem, ou seja, garantir a segurança de todos, monopolizando o uso da força estatal; Ser a única fonte da lei, porque a soberania, sendo absoluta, dita o que é justo e o que é injusto. Aplicação Prática Teórica Aula 03 a) Para Locke o individuo tem direito à vida, à propriedade e à liberdade no estado de natureza? Justifique sua resposta. Sim. Para Locke, a família e a propriedade caracterizam a existência efetiva do estado natural, sendo assim, sua teoria não afasta a existência de vínculos sociais espontaneamente contraídos pelos homens em busca do bem-estar comum. b) A pergunta que surge e se faz relevante neste momento, então, é a seguinte: por que seria necessário passar do estado de natureza para um estado civil, se o primeiro (diferentemente da construção pensada em Hobbes) já teria por pressuposto os direitos à liberdade, à vida e à propriedade? Justifique sua resposta. Seria necessário passar do estado de natureza para um estado civil, pois a fraqueza humana levaria a comportamentos contra natura e a lei não-escrita (lei natural) está sujeita a contestação. Sendo assim, os homens decidiram cindir a sua comunidade em sociedades civis particulares, a fim de salvaguardar os seus direitos naturais (à felicidade, à liberdade, à igualdade, à propriedade). O que se almeja é obter maior garantia e respeito aos direitos naturais, aperfeiçoando o sistema de sanção aos que os violassem. Aplicação Prática Teórica Aula 04 Com mais de 26 milhões de pessoas, os curdos formam a maior nação do mundo sem Estado. Essa nação está distribuída nos territórios da Armênia, Azerbaijão, Irã, Iraque, Síria e Turquia. Nesse sentido, esse grupo étnico reivindica a criação de um país próprio, denominado Curdistão. Pergunta-se: Podemos afirmar que os curdos formam um Estado, mesmo sem ter um território? Justifique sua resposta. Conforme o pensamento majoritário, os elementos essenciais do Estado são povo, território e soberania. No caso dos Curdos, que possuem um vínculo cultural e forte sentimento de pertença e afinidade entre sí, é possível afirmar que constituem uma nação, não um Estado. Aplicação Prática Teórica Aula 05 1. Qual a diferença entre o conceito de Povo e nação? Justifique sua resposta. Povo é o elemento humano que constitui o Estado tendo um vínculo político-jurídico de nacionalidade com este, sendo o povo, detentor do poder de participar da política. Já a nação, não necessariamente encontra-se situada nos limites territoriais do Estado. As características da nação são o forte sentimento de pertença entre os membros, que compartilham de uma cultura e podem ter idioma, religião e outros traços culturais em comum, mas não é necessários que todos esses elementos estejam presentes para que se caracterize uma nação. 2. Os imigrantes da América Central que seguem rumo aos EUA, caso consigam adentrar em território americano, serão considerados, população ou povo americana? Justifique sua resposta. População, pois serão numericamente considerados e estarão dentro do território estadunidense. Para ser considerado povo é necessário que se tenha o vínculo político- jurídico com o Estado. Aplicação Prática Teórica Aula 06 1. Diante do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal? Não! O Art. 4º refere-se a soberania Estado Brasileiro. Com relação aos estados, é possível afirmar que cada Unidade Federativa possui autonomia, sendo a soberania uma característica do Estado Brasileiro. Aplicação Prática Teórica Aula 07 O premier da Alemanha propõe que a Comunidade Europeia se transforme em uma federação, enquanto que o premier da França contrapropõe que ela se transforme em uma confederação. Ambos querem estabelecer um vínculo jurídico entre aqueles Estados europeus, mais forte do que o Tratado de Maastrich. Do ponto de vista da natureza dos vínculos jurídicos propostos, o que os diferenciaria? Do ponto de vista da natureza dos vínculos jurídicos de uma Federação e de uma Confederação, é importante saber que na primeira vínculo jurídico que une seus membros é a Constituição; os estados-membros são autônomos (mas não soberanos); o pacto federativo é indissolúvel e não há direito de secessão, ou seja, federação é uma forma de unidade que tem como base um Estado soberano com unidades federativas autônomas indissolúveis ligadas através de um vínculo jurídico Constitucional. Na confederação existe uma união por tratado internacional aondeos Estados são soberanos e o pacto confederal é dissolúvel, logo há direito de secessão. CASO CONCRETO AULA 08 A disputa se acirra e o representante da família real, figura carismática e bastante conhecida entre a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a forma de governo republicana, passa a defender que a Constituição preveja uma forma monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis anos, além de responder politicamente pelos seus atos. Pergunta-se: a) A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria política atualmente estudada? Não faz sentido, tendo em vista que a Escolha de um monarca não se dá por eleição, mas sim por hereditariedade; não há mandato fixo, mas vitalício; O governo do Estado, nas monarquias atuais não ficam a cargo do Rei, mas sim de um chefe de Governo. b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica? Em tese sim, pois a forma de governo republicana não é considerada clausula pétrea, mas sim princípio constitucional sensível, nos termos do art. 34, VII, a da CF/88.
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