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Improbidade administrativa e meras irregularidades

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1 
 
CENTRO UNIVERTÁRIO ESTÁCIO SÃO LUÍS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
ALYSON CARVALHO DAS NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E MERAS IRREGULARIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS – MA 
2020 
 
 
2 
 
CENTRO UNIVERTÁRIO ESTÁCIO SÃO LUÍS 
CURSO DE DIREITO 
 
 
ALYSON CARVALHO DAS NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E MERAS IRREGULARIDADES 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro Universitário Estácio São Luís 
como requisito à obtenção do título de 
Bacharel em Direito 
 
Orientador: Profº. Me. Benevenuto Silva dos 
Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO LUÍS – MA 
2020 
 
 
3 
 
ALYSON CARVALHO DAS NEVES 
 
 
 
 
 
 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E MERAS IRREGULARIDADES 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Centro Universitário Estácio São Luís 
como requisito à obtenção do título de 
Bacharel em Direito 
 
Aprovado em: _____/_____/_____ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
________________________________________________ 
Profº. Me. Benevenuto Silva dos Santos (Orientador) 
Centro Universitário Estácio São Luís 
 
 
_______________________________________________ 
1º Examinador(a) 
 
 
_______________________________________________ 
2º Examinador(a) 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
À minha família, pela força que deram para 
minha vida acadêmica, em especial, minha 
esposa e filhos. 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço primeiramente a Deus pela vida e por ter chegado até aqui. 
Também a minha família pela força que tive neles para prosseguir minha vida 
acadêmica, especialmente minha esposa que cuidou da família e da nossa casa para que eu 
pudesse estudar todas as noites. 
Ao meu orientador, Benevenuto Silva dos Santos pelas dicas e orientações 
necessárias. 
Aos colegas de turma que fiz durante este tempo. 
A todos os professores que passaram pela minha estadia acadêmica e fizeram parte 
de minha formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A palavra é o instrumento irresistível 
da conquista da liberdade.” 
 
Rui Barbosa 
 
 
7 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA E MERAS IRREGULARIDADES 
 
ALYSON CARVALHO DAS NEVES 
 
RESUMO 
 
Abordamos nesse Trabalho de Conclusão de Curso, com o desígnio de explanar de maneira 
objetiva sobre a Improbidade Administrativa, seus principais princípios norteadores, formas 
de sanções, bem como afastar a improbidade de agentes que tentam acertar, mas que, por 
imperícia cometem algum erro. Entretanto afastado da improbidade e não passando apenas de 
Meras Irregularidades, o estudo tem a finalidade de distinguir as ações de improbidade das de 
meras irregularidades utilizando para isto diversos autores e obras, bem como julgados de 
instancias distintas e a própria jurisprudência como mecanismo norteador e basilar, e, ainda, 
retratando que é necessário o controle, mas, que não podemos ultrapassar no julgamento de 
modo a atingir que age com total intenção de acerto e sem tentar tirar proveito algum da coisa 
pública. O estudo fora feito compartilhando a fase histórica, apontamentos doutrinários e 
diversos julgados de distintas instancias. 
Palavras Chaves: Improbidade Administrativa; Princípios; Administração Pública; 
Irregularidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Graduando em Direito pelo Centro Universitário Estácio São Luís 
ADMINISTRATIVE IMPROBITY AND MERE IRREGULARITIES 
 
ALYSON CARVALHO DAS NEVES 
 
ABSTRACT 
 
 
We approach this Course Conclusion Work, with the aim of explaining objectively about 
Administrative Improbity, its main guiding principles, forms of sanctions, as well as removing 
the improbity of agents who try to get it right, but who, due to malpractice, make a mistake. 
However, removed from improbity and not merely mere irregularities, the study aims to 
distinguish actions of improbity from those of mere irregularities, using different authors and 
works, as well as judged from different instances and the jurisprudence itself as a guiding and 
basic mechanism, and still, portraying that control is necessary, but that we cannot go beyond 
the judgment in order to achieve that it acts with total intention of correctness and without 
trying to take advantage of any public thing. The study had been done sharing the historical 
phase, doctrinal notes and diverse judgments from different instances. 
Key words: Administrative Improbity; Principles; Public administration; Irregularity. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Graduating in Law from the University Center Estácio São Luís 
 
 
9 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO ..............................................................................................................10 
1. O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO ......................................................................11 
2. DO DIREITO ADMINISTRATIVO .........................................................................12 
2.1. Teoria do Mandato ...................................................................................................12 
2.2. Teoria da Representação .........................................................................................13 
2.3. Teoria do Órgão .......................................................................................................13 
3. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .................................................13 
3.1. Princípio do Interesse Público sobre o Privado ou da Finalidade Pública .........14 
3.2. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público ............................................14 
3.3. Princípio da Legalidade ..........................................................................................15 
3.4. Princípio da Impessoalidade .................................................................................. 16 
3.5. Princípio da Moralidade .........................................................................................17 
3.6. Princípio da Publicidade .........................................................................................18 
3.7. Princípio da Eficiência ............................................................................................19 
4. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ...................................................................20 
4.1. Sujeito Ativo ............................................................................................................21 
4.2. Sujeito Passivo .........................................................................................................22 
4.3. Tipologias da Improbidade ....................................................................................23 
4.3.1. Enriquecimento Ilícito ...........................................................................................23 
4.3.2. Prejuízo ao Erário Público .....................................................................................23 
4.3.3. Concessão a Aplicação Indevida de Benefício Financeiro e Tributário ................24 
4.3.4. Atentam Contra os Princípios da Administração Pública .....................................24 
4.4. Penalidades ..............................................................................................................24 
5. MERAS IRREGULARIDADES ..............................................................................25 
CONSIDERAÇÕES FINAAIS .....................................................................................27 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................28 
 
 
 
 
 
 
10 
 
INTRODUÇÃO 
Muito se tem discutido, recentemente, sobre desvios decondutas, corrupção, 
desvio de dinheiro público entre outros desmandos na administração pública. Nesse sentido, 
para tentar regular e amenizar os estragos na esfera pública tanto por parte de funcionários e 
particulares a Lei de Improbidade Administrativa, tema do nosso conteúdo abordado no 
presente estudo, vem regular as ações dolosas com intuito de lesar a Administração Pública e 
obter proveitos e vantagens para si ou para outrem. 
Entretanto, não é apropriado se punir a pessoa que age de forma correta e sem o 
dolo de causar qualquer dano a administração pública, que agiu apenas com imperícia, mas 
com boa fé e na intenção de acertar, logo, não merece ser punida. 
Nessa senda, iremos vislumbrar quais as ações que devem ser apresentadas e 
punidas por Improbidade Administrativa e as de Meras Irregularidades que não perpassam a 
imperícia e que o agente age com total vontade de acertar. 
É importante o referido estudo pois todos os Estados e municípios estão propícios 
a serem acometidos por pessoas que agem com dolo de lesar a Administração Pública, sem 
falar na União, a qual temos visto nos últimos anos um alto grau de corrupção, desvio de 
dinheiro público e envolvimento de políticos nessas ações maléficas. 
Ao fazermos o estudo partimos de uma análise histórica, de como o poder era 
concentrado na mão de única pessoa e que precisou ser distribuído, resultando, assim, na 
criação da Administração Púbica, e ao avançar na leitura, verá diversos julgados, tanto por 
Tribunais quanto pelo Superior Tribunal de Justiça e, ainda, do Supremo Tribunal Federal, 
acerca da distinção entre a improbidade administrativa das de meras irregularidades, bem 
como, a interpretação de doutrinadores sobre o assunto e o entendimento predominante do 
conteúdo em nossa jurisprudência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. O ESTADO E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
O estado é a organização social criada para acabar com o caos que existia antes 
dele. A função do Estado era manter a paz entre os cidadãos. Inicia-se quando o ser humano 
tem o desejo de ter algo que assim mensura ser importante para sua vida e sobrevivência, e, 
caso outra pessoa tenho o mesmo desejo de tê-lo ou possuir, esse mesmo algo que ele tenha, 
nascerá o conflito. 
Nessa senda, não existindo alguém para fazer a regulamentação desses interesses 
e conflitos, sempre saia vencedor desse embate o mais forte e esperto. Logo, sempre poderia 
ter alguém que me colocasse em risco por não poder proteger de uma determinada situação, e 
o que era mais fraco, sempre teria o prejuízo. 
Dessa forma o Estado nasce com a principal função de criar a paz entre todos, e 
assim, transferimos ao Estado nossa vontade de ter e a capacidade de nos defendermos, à ele, 
e então, poder intermediar essa relação a fim de vivermos em harmonia e civilidade, acabando, 
assim, com o conflito de todos contra todos. Para (HOBBES, 1651), o estado tem poderes 
ilimitados para organizar a sociedade da forma que achar melhor e necessário. 
Com a criação do Estado e sendo-lhe transferidos os poderes para que possa 
organizar a vida coletiva em sociedade e que assim os conflitos sejam sanados, o Estado 
centraliza o poder. Assim sendo, saímos de um estado de caos e conflito para um estado de 
organização e surgindo a figura do líder que organizará a tudo, justamente, é a ideia de 
Contrato Social que dizia existir em (ROUSSEAU, 1762). 
Esse líder tinha o poder sobre tudo de maneira absoluta, fazendo as leis, dividindo 
terras, organizando a economia e o exército, concentrando todo o poder em suas mãos. 
Destarte, com todo esse poder, o líder fica deslumbrado com esse poder todo. 
Todos tinham na figura dele, o desejo de ter os seus problemas resolvidos, e nessas 
circunstâncias, com tanto poder em mãos e podendo fazer de tudo, este líder, que tinha a 
missão de resolver problemas começa a exercer seu poder de forma autoritária e juntamente 
com todo esse autoritarismo vem a arbitrariedade. 
Tão logo, com toda essa tirania e arbítrio exercido por esse líder, as pessoas 
sentiram a necessidade de tirar todo esse poder desse líder e dividi-lo entre eles. De tal modo, 
para retirar todo esse poder do líder, começaram a se indagar quem ficaria no lugar dele para 
acabar com essa tirania. Foi então, que houve a ideia de se criar a Lei, algo que seria acima de 
tudo, e todos teriam que submeter-se, inclusive, o líder. A partir da ideia de criar essas leis 
para que todos pudessem obedecê-las, nasce a lei maior de todas, As Constituições. Estas 
regeriam os países. 
 
 
12 
 
Daí, aferiu-se que, o que Lei poderia controlar o poder exacerbado. Em seguida, 
decidiram dividi-lo para que quem criasse as leis não as executassem ou julgassem, e quem 
executasse não as criassem e quem as julga não criassem. 
A partir da criação da lei que seria algo acima de tudo e que todos deveriam 
obedecer e assim, retirando o poder supremo exercido pelo líder, dividiram este poder em 
partes entre as pessoas, passando a existir, então, os poderes: Executivo, Legislativo e 
Judiciário. Esses poderes são o que compõem o Estado, fazendo com que tenhamos um Estado 
democrático. 
A partir daí, surge a Administração Pública para organizar o estado, onde podemos 
constatar o que seria o Estado e sua divisão no art. 1º da CF (BRASIL, 1988), onde 
concebemos sua organização em União, Estados, Municípios e o Distrito Federal. 
Cada um destes entes tem atribuições específicas e podem exercer sua 
administração de maneira direta ou indireta, criando ou extinguindo órgãos que são ocupados 
por agentes públicos de maneira geral. 
 
2. DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
Como vimos no capítulo anterior, o poder era exercido completamente por uma 
única pessoa que, criava, julgava e executava as leis. Para diminuir o poder supremo deste, 
decidiram dividir os poderes de forma a esta pessoa não se tonar desproporcional e arbitrária 
perante as outras, e assim, tendo este, que, se submeter, também, às leis de igual forma. 
Com esse entendimento, as constituições passaram a ser a lei suprema em diversos 
países, organizando-os e dividindo-os em poderes distintos. Dessa forma a Administração 
Pública originou-se e com sua criação, houve, também, a necessidade de criação do direito 
administrativo para reger os agentes que seriam responsáveis para o funcionamento desta 
Administração. 
Estes agentes, são pessoas físicas que por meio de suas ações manifestam à 
vontade e agem em nome das pessoas jurídicas que elas estão vinculadas. Essas manifestações 
de vontade das pessoas jurídicas por intermédio dos agentes, geraram algumas teorias: Teoria 
do Mandato, Teria da Representação e Teoria do Órgão. 
 
2.1. Teoria do Mandato 
Nesta teoria se caracterizava que o Estado por meio de uma procuração conferia 
poderes a seus agentes para que pudessem agir em nome dele. A principal crítica a este 
 
 
13 
 
instituto foi a de que o Estado não poderia confiar procuração pois não tinha vontade própria, 
logo, não poderia conceder delegação a ninguém. 
Ensina (MELLO, 2012) que entre agente público e o Estado haveria um contrato 
de representação, onde o Estado conferia poderes a este agente para agir em seu nome. 
 
2.2. Teoria da Representação 
Esta teoria não prosperaria porque considerava-se o Estado como uma pessoa 
incapaz e então conferia sua tutela ao agente público para que o representasse. Porém, o 
conflito foi gerado porque se o Estado era considerado incapaz, como poderia ser válida a 
tutela que ele transferiria a alguém. 
Tanto a Teoria do Mandato quanto a Teoria da Representação também tiveram o 
fato questionado sobre a responsabilização do Estado quanto aos agentes que teriam desígnio 
de representa-lo, quando ultrapassassem os limites dos poderes conferidos a eles. 
Nesse sentindo, (MELLO, 2012) disciplina, [...] o Estado é como um incapaz, não podendo 
defender pessoalmente seus próprios interesses. Assim,o agente público atuaria exercendo 
uma espécie de curatela dos interesses governamentais[...] 
 
2.3. Teoria do Órgão 
O Estado que tem em sua estrutura órgãos que o integram, teriam suas vontades 
manifestadas por estes órgãos. Logo, os agentes e os órgãos fariam parte da Pessoa Jurídica 
que é o Estado. 
Esta teoria é usada hoje tanto pela doutrina quanto pelas jurisprudências. 
Sendo assim, os atos dos agentes seriam atos do órgão que consequentemente seriam a força 
de vontade do Estado. Dessa forma a força de vontade do órgão é atribuída ao Estado, assim, 
passando este aspecto à imputação volitiva, que nada mais é que atribuir a vontade do órgão 
a pessoa jurídica que ele pertence. Nesse mesmo raciocínio (ALEXANDRE; DEUS, 2015) 
falam o seguinte: [...] o órgão é apenas parte do corpo do ente político ou da entidade 
administrativa, todas as manifestações de vontade dos órgãos são consideradas como 
manifestações de vontade da própria pessoa jurídica da qual fazem parte[...] 
 
3. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
O misto de leis, das mais variadas, leis, jurisprudências, doutrinas e princípios, 
entre outros formam o nosso ordenamento jurídico, o qual todos tem como base nossa 
 
 
14 
 
Constituição Federal de 1988, que é o pilar para o nascimento constitucional de qualquer 
norma ou lei. 
Alguns princípios são explícitos e estão positivados em lei, seja em nossa Carta 
Magna ou em leis infraconstitucionais e outros são implícitos pois decorrem de lógica e 
interpretação do sistema de outros princípios ou de outras leis, logo, não precisam ser 
necessariamente positivados. 
Nesse sentido, detalharei alguns princípios que norteiam a Administração Pública 
para que esta seja tratada sob a égide da coletividade, interesse público e com total 
transparência e retidão e não em detrimento de um ou outro e para que os agentes não venham 
se apropriar indevidamente da coisa pública. 
 
3.1. Princípio do Interesse Público sobre o Privado ou Princípio da Finalidade Pública 
Este princípio é extremante importante, sendo talvez, a base dos princípios do 
Direito Administrativo. Seu Próprio nome é explicativo demonstrando que o interesse público 
é superior aos interesses privados. 
Além disso, podemos embasar esse princípio com o art. 1º, Parágrafo Único da 
CF/88: (BRASIL, 1988) “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” 
Em uma leitura atenta do artigo podemos ver que todo poder provém do povo, 
logo, a atuação do Estado tem que ser de acordo com o texto constitucional, para o povo e 
com o interesse do povo e sua coletividade. 
Nessa senda, quem age de encontro ao princípio constitucional do interesse 
público sobre o privado, está infringindo princípio positivado e indo contramão ao que ensina 
nossa Constituição. 
 
3.2. Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público 
É de conhecimento de todos que para podermos dispor de algo precisamos ser 
proprietários deste, dessa forma não posso vender, doar ou negociar de qualquer forma algo 
que não seja meu. 
Seguindo este raciocínio vemos que a Administração Pública não é titular do 
interesse público, mas sim, o povo, assim sendo, não pode dispor sem que haja benefícios à 
coletividade. A Administração Pública age e é tão somente a gestora desse interesse público 
e coletivo. 
 
 
15 
 
Significa dizer que o povo ou toda a coletividade, não pode, jamais, negociar ou 
renunciar este interesse. 
Para que o Estado haja em interesse do povo e para desenvolver diversas 
atividades e serviços à população, usa de atividades-meios e atividades-fim. 
Essas atividades que o Estado é incumbido de exercer para o bem e interesse 
público nada mais é que a função administrativa. Nesse sentido nasce na esfera doutrinária 
dois subprincípios voltados ao interesse público que é o Interesse Público Primário e o 
Interesse Público Secundário. 
 O Interesse Público Primário é voltado ao as necessidades e precisões do povo 
como a segurança, saúde, educação dentre outros, que são justamente as atividades-fim. Já o 
Interesse Público Secundário é voltado para a própria manutenção do Estado, estando 
focalizado em gerar suas receitas para poder fazer funcionar a administração pública e do 
interesse público, que é, a atividade-meio. 
Podemos esclarecer a diferença entre o interesse público primário e secundário 
com as palavras do ilustre Celso Antonio Bandeira de Mello: 
...independentemente do fato de ser, por definição, encarregado dos interesses 
públicos, o Estado pode ter tanto quanto as demais pessoas, interesses que lhe são 
particulares, individuais, e que, tal como os interesses delas, concebidas em suas 
meras individualidades, se encarnam no Estado enquanto pessoa. Estes últimos não 
são interesses públicos, mas interesses individuais do Estado, similares, pois (sob o 
prisma extrajurídico), aos interesses de qualquer outro sujeito... 
Destarte, aferimos das palavras do altivo autor, que quando ele se refere ao 
interesse público secundário do Estado não podemos confundir com os interesses públicos 
propriamente ditos. 
 
3.3. Princípio da Legalidade 
Este princípio, que deriva do princípio da Supremacia do Interesse Público, pois 
fundamenta-se na ideia que o Estado, seus órgãos e instituições e, também, seus agentes, bem 
como os agentes particulares devem obediência no que prever a lei. 
Deste modo, o que verificamos é que o particular pode fazer exatamente tudo que 
a lei não proíbe, enquanto o Estado só poderá fazer o que a lei permitir. Dessa forma ensina 
(MEIRELLES, 2016, p. 93): 
A lei para o particular significa “pode fazer assim”; para o administrador público 
significa "deve fazer assim", caso o servidor público desvie a sua finalidade 
cometerá ato ilícito, e irá se expor à responsabilização administrativa, civil e 
criminal, conforme cada caso. 
 
 
16 
 
Portanto, os agentes quando agirem em nome do Estado só podem fazer 
exatamente o que está previsto e expresso na lei, e, fazemos a dedução que todo o restante, 
em princípio, é errado e ilícito. 
É pertinente ressaltar que a legalidade se divide em duas: PÚBLICA e PRIVADA. 
 
Princípio da Legalidade Pública – Esta somente pode agir com previsão 
expressa em lei, conforme o art. 37, caput, da Constituição Federal (BRASIL, 1988). Portanto, 
a administração direita, indireta e todos aqueles que se relacionam com Administração 
Pública, devem obediência aos princípios constitucionais sendo eles positivados ou não. 
Podemos aferir, então, que a legalidade pública possui natureza restritiva, pois a 
Administração Pública só pode realizar o que está previsto em lei. 
 
Princípio da Legalidade Privada ou Ampla – Nesta situação podemos absorver 
que o particular é livre para agir e realizar seus anseios e vontades, exceto, as proibições em 
lei, como dispõe o art. 5º, II, da Constituição Federal, in verbis “art. 5º, II. ninguém será 
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.” (BRASIL, CF/88, 
atualizada até emenda 105/2019). 
Dessa forma e analisando o texto constitucional, na legalidade privada todos 
podem fazer e deixar de fazer o que achar necessário, salvo com expressa disposição em lei. 
Destaco, ainda, que em nosso ordenamento jurídico há algumas exceções em 
casos excepcionais para o princípio da legalidade, que são: Medidas Provisórias, estado sítio 
e estado de defesa. Porém, mesmo tratando-se de casos excepcionais do princípio da 
legalidade, estes atos, ainda assim, têm dispositivos legais para suas tramitações e usos. 
 
3.4. Princípio da Impessoalidade 
Este princípio tem o dever de proteger a imparcialidade no interesse público e 
coletivo, para que, deste modo, venha impedir privilégios, bem como discriminação 
dispensadas a particulares no exercício da administração pública. 
Tem a finalidade, também, de imputar as ações dos agentes públicosàs pessoas 
jurídicas que eles entejam vinculados e não a sua pessoa física. 
Destarte, Celso Antonio Bandeira de Mello descreve, (MELLO, 2012): 
A Administração tem de tratar a todos os administrados sem discriminações, 
benéficas ou detrimentosas. Nem favoritismo, nem perseguições são toleráveis. 
Simpatias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem interferir 
na atuação administrativa. 
 
 
17 
 
 Portanto, podemos avaliar deste princípio que a todos a os agentes públicos é 
vedada a promoção pessoal, como leciona (MAZZA, Guia Completo de Direito 
Administrativo p. 5-6), “as propagandas de Governo não poderão ter nomes, símbolos ou 
imagens que caracterizam promoção pessoal de autoridade ou agente público.” 
Destacamos aqui, exemplificamente, que os governantes e detentores de cargos 
públicos eletivos não podem imputar as ações às suas pessoas, mas sim, das pessoas jurídicas 
a que eles são vinculados. 
Deste modo, os agentes públicos tem que ter o cuidado e a moralidade de não se 
promover às custas do Estado, pois este, como sabemos, é público e de todos e deve todas as 
ações serem dirigidas a coletividade, logo, não se confunde a promoção do Estado com as das 
pessoas físicas que agem em seu nome. 
 
3.5. Princípio da Moralidade 
Este princípio, talvez seja o mais importante para nossa lição e o que a lei de 
improbidade tende a punir. Por conseguinte, ato ímprobo é aquele dotado de má-fé e 
desprovido de honestidade. Dessarte, aquele que fere o fundamento sem sombra de dúvidas, 
deve responder por sua ação. 
Cabe ressaltar que o termo moral é muito extenso e de distintas interpretações, 
podendo, ainda, algo ser imoral para mim e não para você. Em tempos distintos, algo legal 
poderia ser tratado como imoral. No âmbito privado, por exemplo, as pessoas não podem se 
utilizar de expertises e artimanhas para se dar bem em cima de outrem com menos capacidade 
cognitiva, por exemplo. 
Para (ALEXANDRE; DEUS 2015), eles descrevem o que seria a moralidade no 
direito administrativo: 
[...] a moral administrativa é aquela que determina a observância a princípios éticos 
extraídos da disciplina interna da administração. Nesse ponto devemos deixar claro 
que não existe um conceito legal ou constitucional de moralidade administrativa. Na 
verdade, trata-se de um conceito jurídico indeterminado, a ser formatado pelo 
entendimento da doutrina e jurisprudência. Com efeito, o princípio da moralidade 
diz respeito à noção de obediência aos valores morais, aos bons costumes, às regras 
da boa administração, aos princípios da justiça e da equidade, à ideia comum de 
honestidade, à ética, à boa-fé e à lealdade. 
Com uma leitura atenta no que ensinam os autores, podemos aferir que os 
princípios éticos que a doutrina e conceitos jurisprudenciais adotaram, não são princípios 
positivados que definam a moralidade, mas sim, que foram extraídos do próprio direito que 
pudessem definir moralidade no âmbito da administração pública. Esses princípios devem ser 
obedecidos por todos, tanto os agentes que agem em nome do Estado, quanto os particulares 
que forem se relacionar com a Administração Pública. 
 
 
18 
 
Podemos verificar os atos que ofendam a moralidade nos agentes públicos quando 
usam de nepotismo, facilitam algo dentro da administração para obter vantagem, quando 
tentam se promover pessoalmente com meios de publicidade do governo. E os particulares 
quando tentam fraudar um concurso por meio de colas ou mesmo quando montam esquemas 
para se beneficiarem em licitações. (ALEXANDRE, DEUS, 2015). 
É cediço, que se deve ter muito cuidado ao verificar se determinado ato pode ser 
recriminado como ato de improbidade, pois as vezes, podem os agentes comete-los sem 
intenção de causar danos ou prejuízo ao erário e nem mesmo com intenção de tirar vantagem. 
Isso não quer dizer que condutas ruins e imorais não existam, mas apenas que é algo que deve 
ser tratado com extrema cautela para não punir pessoas que agiram sem dolo e com a intenção 
de acertar. 
 
3.6. Princípio da Publicidade 
 A administração pública deve ter mais ampla transparência possível em seus atos, 
ressalvados suas exceções. 
Nossa Constituição Federal assegura em seu art. 1º, Parágrafo Único (BRASIL, 
1988), que todo poder emana do povo, logo, nada mais sensato e democrático que o principal 
dono do poder, seja assegurado, como está sendo e será aproveitado todo o recurso público. 
Nesse sentido, cabe a qualquer cidadão, que são fiscalizadores natos do dinheiro 
e da coisa pública, vigiar e denunciar qualquer ato que desabone a moral e transcorra fora da 
seara da lei aos órgãos competentes. 
Portanto, todos os cidadãos, assim como os órgãos competentes têm direito de 
fiscalizar a administração pública, seja para alcançar informações de seu interesse pessoal ou 
coletivo, bem como fazer o controle para que haja punição aos que transgredem a lei. 
Contudo, as exceções que mencionamos, cabe quando coloca em risco o Estado e 
toda sua sociedade. Para (ALEXANDRE, DEUS, 2015), os vencimentos dos servidores 
públicos não podem se configurar como violação da intimidade, pois este, advém de sua 
atuação pública, assim como sumulado pelo STF. 
[...] contudo, o fato de o STF haver decidido que a divulgação dos vencimentos 
brutos mensais dos servidores, como medida de transparência, não viola a 
intimidade ou a vida privada do servidor, uma vez que tal medida se refere à atuação 
dele enquanto agente estatal. Por conseguinte, a Corte entendeu que a exigência 
legal da publicação de tais dados é constitucional, deixando registrado que, para 
amenizar os possíveis riscos à segurança física do servidor, não é possível divulgar 
o seu endereço residencial e os números do seu CPF e da sua carteira de identidade 
(STF, Plenário, SS 3.902, j. 09.06.2011). 
 
 
19 
 
Nessa senda, podemos verificar que o princípio da publicidade não é absoluto 
assim como os demais princípios, tendo que ser analisado caso a caso. (ALEXANDRE, 
DEUS, 2015), 
A fim de disciplinar essa publicidade em todos os entes públicos e todas as esferas, 
Federal, Estadual, Municipal e no Distrito Federal, foi criada a Lei 12.527/11 (BRASIL, 
1988), a chamada Lei da Transparência ou Lei de Acesso à Informação. 
Ademais, nessa publicidade que o Estado tem obrigação legal de fazer, não poderá 
ter publicização que caracterize promoção pessoal, pois assim, estará sendo violado o 
princípio da moralidade e impessoalidade, restando sanções a quem infringir 
 
3.7. Princípio da Eficiência 
Este princípio só surgiu e teve envergadura de princípio constitucional com a 
Emenda Constitucional nº 19/1998, e foi inserido no art. 37 da Constituição (BRASIL, 1988). 
A administração pública além de ser exercida com moralidade e impessoalidade, 
tem que ser prestada e oferecida com qualidade, prontidão e que satisfaça a coletividade. 
A administração Pública deve preocupar-se não apenas com sua estrutura, mas 
também com seus resultados. Como nestes resultados para administração pública não significa 
lucro, ela tem a preocupação de oferecer seus serviços com a melhor satisfação possível paro 
o povo, para a coletividade. 
Com esse novo princípio e tendo que oferecer o melhor para o povo e gastando o 
mínimo quando se pode, os entes e órgãos públicos começam a criar mecanismos para aferir 
estes resultados. Temos a prestação de contas, por exemplo. Cito como exemplo pessoal, 
minha cidade onde mantenho residência, São José de Ribamar-MA, onde os últimos 3 
prefeitos fazem reuniões mensais com o secretariado, diretores de órgãos, coordenadores de 
programas que compõem a administração para avaliação de resultado e assim traçarem metas 
e consertar atividades que não estão surtindo efeito. 
Apesar de ter que apresentar resultados firmes e satisfatórios, o princípio da 
eficiência não pode extrapolar outros princípios, passar por cima da lei e da honestidade para 
cumprirestas metas. 
A sociedade não espera apenas que administração pública tenha agentes probos, 
mas que estes ajam em nome do Estado com qualidade, eficiência, gastando pouco e em tempo 
razoável, prestando, assim, serviços em menos tempo e gastando pouco como diz 
(ALEXANDRE, DEUS, 2015). 
 
 
 
20 
 
4. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Nos dias atuais, temos visto esse termo mais vezes que gostaríamos de ver em 
jornais impressos e falados, blogs, revistas, rádios e em diversos outros meios de 
comunicação. Políticos das mais diferentes safras, idades, partidos envolvidos em corrupção 
passiva, desvio de verbas públicas, favorecimentos para se dar bem, entre outros. 
A moralidade e a legalidade estão sendo a todo instante pisoteadas e jogadas no 
lixo. Nossos governantes tem feito muito mais por eles próprios que o povo, o qual foram 
eleitos ou nomeados para atenderem com presteza e honestidade. 
Entretanto, temos que fazer distinção entre o ato de improbidade e atos que fogem 
a moralidade. Para (CARVALHO, 2017) descreve: 
[...] a noção de improbidade não se confunde com a de imoralidade, sendo esta uma 
espécie daquela. O agente ímprobo sempre se qualificará como violador do princípio 
da moralidade, contudo, nem todo ato de improbidade tipificado em lei corresponde 
a violação ao princípio da moralidade. 
Portanto, temos que ter noção que a honestidade, a boa fé e agir de forma digna 
são características essenciais para se ter agentes probos. 
Dessa forma, sabendo que nem todas as pessoas agem com decoro, honestidade e 
boa-fé, características necessárias para uma boa administração, é que, se tem mecanismos para 
a contenção dessas más ações e sanções previstas em nossa CF, em seu art. 37, §4º (BRASIL, 
1988), que cita algumas sanções, vejamos: “Os atos de improbidade administrativa importarão 
a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o 
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal 
cabível.” 
Destarte, mesmo nossa Carta Magna regulando algumas sanções, a Lei nº 
8.429/92 (BRASIL, 1988), que é a Lei de Improbidade Administrativa, é que regulará as ações 
que serão tidas como improbidade e suas sanções em sintonia com Lei máxima, com um rol 
bem mais extenso. 
Vejamos o que José dos Santos Carvalho Filho trata sobre o assunto 
(CARVALHO FILHO, 2012). 
 [...] ação de Improbidade Administrativa é aquela em que se pretende o 
reconhecimento judicial de condutas de improbidade na Administração, perpetradas 
por administradores públicos e terceiros, e a consequente aplicação das sanções 
legais, com o escopo de preservar o princípio da moralidade administrativa. 
Deste modo, a Lei de Improbidade Administrativa veio para moralizar a 
Administração Pública, colocando limites nas ações dos agentes que a compõem e limitando, 
principalmente, aqueles que agem de modo a atingir a administração negativamente. A Lei 
 
 
21 
 
tem como base 5 vertentes que são para atingir seu objetivo que são: Sujeito Ativo, Sujeito 
Passivo, Tipos de Improbidade, Sanções e Procedimentos. 
Cabe mencionar que a não se deve aplicar a Lei de Improbidade para Meras 
condutas de irregularidades, pois estas devem ser tratadas e punidas na esfera administrativa, 
por meio de procedimento disciplinar. 
Ressalta-se que não será configurado o ato de improbidade apenas se houver 
algum dano ao erário, pois este, poderá se configurar por violação dos princípios que regulam 
a Administração Pública, como ensina a Lei de 8.429/92 em seu Art. 11 (BRASIL, 1988). 
Os atos de Improbidade podem ser os que: Importam o Enriquecimento Ilícito, 
Causam Prejuízo ao Erário, Concessão ou Aplicação Indevida de Benefício Financeiro 
ou Tributário e Atentam Contra os Princípios da Administração Pública. 
Antes de tratarmos sobre cada um destes atos que implicam em improbidade, é 
pertinente que discorramos sobre os sujeitos que que serão os protagonistas desses atos. 
Assim, vejamos. 
 
4.1. Sujeito Ativo 
 A Lei de Improbidade, logo em seu art.1º e Parágrafo Único (BRASIL, 1988), 
destaca são os sujeitos ativos e quem responderá por atos de improbidade, in verbis: 
 Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou 
não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de 
empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou 
custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do 
patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta Lei. 
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta Lei os atos de 
improbidade praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, 
benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas 
para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 
cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a 
sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. 
 
 Logo podemos perceber que todos os agentes públicos estão na seara de sujeito 
ativo, que praticarem atos ímprobos contra a administração pública em todos os sentidos e até 
mesmo entidades que aferem dinheiro público tanto para sua criação ou manutenção. 
No Art. 2º podemos verificar que os agentes públicos são pessoas físicas que 
possui cargo público, emprego público, mandato, função pública por meio de nomeação, 
eleição, designação, contratação ou qualquer outra forma ou vínculo, ainda que, a função seja 
transitória e não remunerada. 
 
 
22 
 
Contudo, o STF, tem interpretado que como a Lei de Crimes de Reponsabilidade 
tem sanções cíveis, que a lei é responsável em punir agentes políticos, não seria pertinente 
usar a lei de improbidade também, pois seria duas punições, bis in idem. 
Porém, o STJ tem firmado entendimento que os agentes políticos podem sim, 
responder tanto pela Lei de Improbidade quanto pela de Responsabilidade, salvo o Presidente 
da República e Ministros de Estado quando praticarem atos associados com o presidente, 
responderão por crime de Responsabilidade. 
Vale ressaltar, que o particular também poderá ser sujeito ativo e responder por 
improbidade administrativa, desde que, acompanhado por um agente público induzindo-o, 
concorrendo ou se beneficiando. Logo, o particular sozinho não é sujeito ativo. 
Nessa senda, os agentes públicos são sujeitos ativos próprios e os particulares são 
sujeitos ativos impróprios. Essa classificação de impróprios para os particulares é uma 
classificação doutrinária. 
Para tanto, vemos no julgado do STJ que para o agente ser punido na forma da Lei 
de Improbidade, é necessário que seja demonstrado o dolo ou menos o dolo genérico em sua 
ação. Assim vejamos: 
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. SECRETÁRIO MUNICIPAL. 
FRACIONAMENTO IRREGULAR DO OBJETO LICITATÓRIO. ELEMENTO SUBJETIVO. 
DOLO GENÉRICO. COMPROVADO. REVISÃO DAS PENALIDADES. IMPOSSIBILIDADE. 
SÚMULA 7/STJ. 
1. A Primeira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, nos autos do REsp 
951.389/SC, firmou jurisprudência no sentido de que, para a configuração do ato 
de improbidade que atenta contra os princípio da Administração Pública, faz-se 
necessária a análise do elemento volitivo, consubstanciado pelo dolo, ao menos 
genérico, de agir no intuito de infringir os princípios regentes da Administração 
Pública[...] 
 
4.2. Sujeito Passivo 
 Aqui, é toda a Administração Pública, Direta e Indireta. Cediço que empresas 
incorporadas ao patrimônio público também podem figurar como sujeito passivo, bem como 
entidades privadas que possua dinheiro. Nos casos das entidades privadas, às que possuem 
capital público em mais de 50% (cinquenta por cento), são consideradas de patrimônio 
público. Já as que possuem menosde 50% (cinquenta por cento) de dinheiro público, as 
sanções patrimoniais estarão limitadas repercussão do prejuízo ao erário público, conforme 
ensina o Parágrafo Único do Art.1º da LIA (BRASIL, 1988). Para (MAZZA, 2012) o sujeito 
passivo” [...] é a entidade que sofre as consequências do ato de improbidade 
administrativa”[...] 
 
 
 
23 
 
4.3. Tipologia da Improbidade 
É possível verificarmos os tipos de improbidade nos artigos de 9º a 11 na LIA. 
Onde o art. 9º trata do enriquecimento ilícito, art. 10 trata do Prejuízo ao Erário e art. 
10-A trata da Concessão ao Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário 
e art. 11 trata dos Atos que Atentam Contra os Princípios da Administração Pública. 
Cabe ressaltar que o art. 10-A foi acrescentado em 2016 por meio da Lei 
Complementar 157, de 29/12/2016 (BRASIL, 1988). 
 
4.3.1. Enriquecimento Ilícito 
O art. 9º detalha que enriquecimento ilícito é quando o agente público em 
razão de sua função afere vantagem da administração direta e indireta, bem como as 
entidades privadas com participação de dinheiro público para si ou para outrem. 
Nessa senda, vejamos o julgado do Superior Tribunal de justiça no Recurso 
Especial 20100056467-1. 
ADMINISTRATIVO E SERVIDOR PÚBLICO. LEI Nº 8.429/92. AÇÃO CIVIL 
DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CONSELHEIRO TUTELAR. 
UTILIZAÇÃO IRREGULAR DE VEÍCULO E DE MOTORISTA OFICIAIS 
PARA FINS PARTICULARES. DOLO E ENRIQUECIMENTO ILÍCITO 
EVIDENCIADOS. REDIMENSIONAMENTO DAS SANÇÕES APLICADAS. 
PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. 
1. Segundo o arcabouço fático delineado no acórdão, sobre o qual não há 
controvérsia, restou demonstrado o dolo do réu, no mínimo genérico, decorrente da 
reiterada utilização irregular de veículo e de motorista do Conselho Tutelar para o 
atendimento de interesses particulares, daí resultando inescapável enriquecimento 
ilícito[...] 
Percebemos nesse julgado que a ação repetida de um agente público em utilizar 
um veículo público configurou o enriquecimento ilícito e, restando, assim, demonstrado o ato 
de improbidade. 
 
4.3.2. Prejuízo ao Erário Público 
Já o art. 10 preceitua que será caracterizado ato de improbidade o que causar 
lesão ao erário tanto por ação quanto por omissão e desses causem perda de patrimônio, 
desvio, apropriação, desperdício ou dilapidação de bens e coisas de todas as formas 
dos entes públicos. 
 
 
 
 
 
24 
 
4.3.3. Concessão a Aplicação Indevida de Benefício Financeiro ou Tributário 
Está disciplinado no art. 10-A da LIA, que descreve que a ação ou omissão 
que venha conceder, aplicar ou manter algum benefício financeiro ou tributário que 
está disposto na Lei Complementar 116/2003 no art. 8º-A, § 1º (BRASIL, 1988), 
caracterizará o ato de improbidade deste estudo. 
 
4.3.4. Atentam Contra os Princípios da Administração Pública 
O art. 11 ensina que para incorrer neste ato de improbidade tem que agir ou 
deixar de agir em respeito aos princípios da Administração Pública ou mesmo deixar 
de respeitar a honestidade, imparcialidade, legalidade e ser leal as instituições públicas. 
Portanto, vemos as formas de agir ou deixar de agir para a configuração da 
improbidade administrativa e lembrando que para a configuração destas tem que ter 
como sujeito ativo os agentes públicos ou os particulares em conluio com algum 
agente. 
 
4.4. Penalidades 
Dessa forma, nosso estudo passará a abordar as sanções para os atos de 
improbidade. Cabe mencionar que as penalidades para os atos de improbidade são 
cabíveis nas 3 instâncias judiciais, e que tais sanções tem natureza civil, sem prejuízo 
de responsabilidades administrativas e penais, como ensina (CARVALHO, 2017). 
Portanto, ao praticar os atos de improbidade os agentes estarão sujeitos aos 
processos administrativos, assim também procedimentos na seara penal. 
Assim define o art. 12 e seus incisos que quem incorrer nos atos de 
improbidade estará sujeito a perda de bens se configurado o enriquecimento ilícito, 
ressarcimento do dano causado ao erário, perda da função e suspensão dos direitos 
políticos por 5 a 8 anos mais multa. 
Assim o STJ tem julgado pacificamente seu entendimento, como veremos 
no Recurso Especial 1.664.834 – MS: 
ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AÇÃO 
CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. REJEIÇÃO DA 
INICIAL. ART. 17, § 8º, DA LEI 8.429/92. SUFICIÊNCIA PROBATÓRIA PARA 
O FIM DE AFERIR A INEXISTÊNCIA DE ATO ÍMPROBO OU A 
IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. REVISÃO. SÚMULA 7/STJ. PRECEDENTES. 
 
 
25 
 
1. Recurso especial em que se discute a existência de indícios da prática de atos de 
improbidade administrativa para o recebimento da inicial da ação civil pública. 2. É 
pacífico o entendimento no Superior Tribunal de Justiça segundo o qual é possível 
a rejeição da petição inicial da ação de improbidade quando o magistrado está 
convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da 
inadequação da via eleita, consoante estabelece o art. 17, § 8º da Lei n. 8.429/92[...] 
Portanto, para que seja enquadrado nos atos de improbidade o agente precisa ter 
indícios que agiu com dolo e causou danos ao erário. 
 
5. MERAS IRREGUARIDADES 
É bastante comum confundir meras irregularidades com atos de improbidade, no 
entanto, os tribunais tem sido bastante pacíficos em suas decisões que a justiça deve punir 
aqueles que agem de forma dolosa, aqueles desprovidos de honestidade, caráter e boa-fé. 
Nessa senda, temos que verificar o caso concreto para podermos distinguir uma da outra para 
não se punir aquele que agiu apenas com imperícia, mas que não tem a intenção de tirar 
proveito para si ou outrem e causar danos ao erário público. 
Nesse sentido, “o STJ vem sustentando que a LIA não deve ser aplicada para punir 
meras irregularidades administrativas, erros toleráveis ou transgressões disciplinares.” 
(MAZZA, 2015, p. 657). 
Vejamos em outras palavras: 
É importante mencionarmos que a lei de improbidade administrativa não deve ser 
aplicada para meras irregularidades ou transgressões disciplinares - pois essas serão 
punidas devidamente na instância administrativa, mediante a instauração de 
processo disciplinar, - mas, sim, visa resguardar os princípios da administração 
pública. (CARVALHO, 2015, p. 952). 
 
Destarte, veremos no julgado do STF quanto a este tema: 
ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. AGRAVO 
INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. AUSÊNCIA DE NEXO DE 
CAUSALIDADE ENTRE A CONDUTA E O ATO ILÍCITO. MERA 
IRREGULARIDADE. ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA NÃO 
CARACTERIZADO. 
[...]não restou comprovada prática de ato de improbidade administrativa, porquanto 
inexistente nexo de causalidade direto entre a conduta perpetrada pelo recorrente 
(solicitação de patrocínio) e a contratação direta da empresa. 3. A existência de 
meras irregularidades administrativas não enseja a aplicação das sanções previstas 
na Lei nº 8.429/1992[...] 
Portanto, não podemos analisar apenas o fato em si, mas a conduta como um todo 
e assim analisar se houve ao menos dolo genérico como a ensina o Egrégio STJ em seu 
acórdão. 
Para reforçar o entendimento vejamos o que entendeu o STJ em seu acórdão sobre 
este dolo genérico: 
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA. IRREGULARIDADE EM PROCEDIMENTO 
LICITATÓRIO. ATO QUE ATENTA CONTRA OS PRINCÍPIOS DA 
 
 
26 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ELEMENTO SUBJETIVO. DOLO GENÉRICO 
COMPROVADO. 
[...]nota-se que efetivamente houve dolo, ao menos genérico, no sentido de frustrar 
procedimento licitatório, valendo destacar fundamento e constatação do Juízo 
singular a respeito da controvérsia: "(...) A Primeira Seção do Superior Tribunal de 
Justiça, nos autos do REsp 951.389/SC, firmou jurisprudência no sentido de que, 
para a configuração do ato de improbidade que atenta contra os princípio da 
Administração Pública (Art. 11 da LIA), faz-se necessária a análisedo elemento 
volitivo, consubstanciado pelo dolo, ao menos genérico, de agir no intuito de 
infringir os princípios regentes da Administração Pública[...] 
Continuando o raciocínio, a punição deve ser feita com a análise de cada caso 
concreto, pois em algumas situações não merecem punições, haja vista que erros comuns e 
sem dolo, praticados de boa-fé podem atingir quaisquer pessoas, inclusive as honestas. 
Restando, assim, aplicar o princípio da insignificância a essas pessoas, pois sua conduta não 
passou apenas de um mero erro ou irregularidade tolerável para a sociedade média a qual 
vivemos. 
É nesse sentido que Egrégio Superior Tribunal de Justiça não tem aplicado as 
penalidades que a Lei de Improbidade Administrativa nesses casos. 
Não se pode afastar, também a punição por danos culposos como o art. 10 da LIA 
ensina. Entretanto, para aplicar a lei de improbidade nessa situação, a culpa deve ultrapassar 
a mera irregularidade. 
Deste modo, não podemos falar em punição ao agente que mesmo dotado de 
honestidade e de boa-fé sofra consequências por um erro culposo, sendo que este praticou 
todos os atos na intenção de acertar. 
Portanto, para que sejam tomadas as providências necessárias o controle deve ser 
feito por todos que tenham condições. O controle pode ser feito na esfera judicial, legislativa, 
bem como pela própria administração Pública. 
Para agir de forma a não ter que usar a lei de improbidade, pode ser feito por 
processo disciplinar, que visa punir administrativamente, porém com menor alcance que a 
LIA. 
Destarte, a Administração para zelar sua moralidade deve agir sempre que 
necessário assim como seus agentes, relatando erros e atos que vão de encontro as normas 
padrões aos órgãos controladores e a sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A pesquisa em questão teve o intuito de diferenciar, distinguir as ações que são 
tipificadas como improbidade administrativa e as de meras irregularidades. 
Seguimos com uma análise histórica, apresentamos os princípios que norteiam a 
administração pública. 
Mostramos, também, que os agentes devem zelar a administração pública, bem 
como ter como base o princípio da legalidade e interesse público em suas ações. 
Percebemos que não podemos fazer apreciações precipitadas, haja vista que 
ninguém deve ser unido pela Lei de Improbidade se agiu de moda a acertar sem dolo de causar 
prejuízo ao erário público nem tentou tirar proveito para si ou outrem. 
Vimos as espécies de improbidade e que vai de uma maior para a menor, mas cada 
uma com sua responsabilização necessária à administração pública. 
Em meio a uma sequência de atos ímprobos que vemos diuturnamente nos jornais, 
revistas e outros meios de comunicação, percebemos que a LIA precisa ser aplicada de forma 
correta e examinada em cada caso concreto para não termos atitudes arbitrárias e não 
sobrecarregarmos o judiciário com atitudes já julgadas por ele e absolvições. 
Destarte, o material tem informações relevantes e importantes a estudantes de 
direito, bem como quem faz concurso e extremamente importante para a área do direito 
administrativo. 
No mais, percebi com o referido estudo que temos agentes públicos, 
especialmente, os políticos, que temos que elaborarmos leis que preconizem pessoas com o 
mínimo de estudo e saber das leis para que quando cheguem ao poder não percamos mais 
recursos públicos que já fora perdido. 
Nessa senda, friso novamente que lei de improbidade veio para punir os agentes 
ímprobos e não os inábeis e que agem de boa-fé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de, Direito Administrativo Esquematizado, São 
Paulo, Método, 2015 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Senado, 1988. 
 
_______. Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 05 de outubro de 
1988, atualizada até emenda 105/2019. Brasília, Supremo Tribunal Federal, Subsecretaria 
de documentação, 2019. Artigo 37, caput. Disponível em: 
https://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf. Acesso: 26 mar. 2020. 
 
_______. Lei nº 8.429 de 02 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes 
públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou 
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Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 03 jun.1992. Seção 1. 
 
________. Lei nº 8.429 de 02 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos 
agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego 
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