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Fisiologia do Sistema Digestório · Motilidade: importante para propelir o alimento ao longo do tubo digestivo (sempre da boca ao ânus); importante para misturar o alimento com as secreções. · Glândulas exócrinas anexas: · Bile: emulsificador de gordura · Fígado · Pâncreas · Peritônio parietal: forra o interior da cavidade dos órgãos · Peritônio visceral: envolve os órgãos · Entre o peritônio visceral e parietal esta a cavidade peritoneal: · Ascite: acumulo de liquido na cavidade peritoneal · Pneumoperitônio: acumulo de ar na cavidade peritoneal · Hemoperitônio: acumulo de sangue na cavidade peritoneal; Ex: mulheres com endometriose · Parácrina: um hormônio, produzido por uma célula, que age sobre células vizinhas a ela · Primeira camada (camada mais interna dos órgãos do TGI, ou seja, esta em contato com o lumen) = mucosa · Presença de microvilosidades para aumentar a superfície de contato · A mucosa é divida em 3 camadas: · Epitélio · Lamina própria: de tecido conjuntivo, com vasos sanguíneos e linfáticos · Muscular da mucosa musculo liso · Submucosa: presença de vasos sanguíneos e algumas glândulas submucosas · Camada muscular: essa musculatura da a motilidade ao TGI. · Musculo circular (mais interna) · Musculo longitudinal (mais externa) · O TGI é regulado, principalmente, pelo SNA com seus componentes simpático e parassimpático e é ligado intimamente ligado ao SNE (sistema nervoso entérico) · Sistema nervoso entérico: grupos de neurônios organizados em plexos na parede do TGI. Sofre regulação do SNA mas tem autonomia nervosa mantendo-se em funcionamento através dos plexos nervosos. · 2 plexos (neurônios) que estão na parede do TGI. · Plexo submucoso (abaixo da submucosa) controla a secreção das glândulas, fluxo sanguíneo. · Plexo mioentérico (entre 2 músculos) controla a motilidade/ contração da musculatura lisa. · Os neurônios que fazem parte dos plexos recebem informações tanto das fibras simpáticas e parassimpáticas que provocam motilidade e secreção. Os plexos têm comunicações entre si e, além do controle simpático e parassimpático, recebem informações de neurônios sensoriais que acabam ajudando a controlar a ação dos plexos. · Nervo vago (TGI superior) e nervo pélvico (TGI inferior): inervação parassimpática as fibras que chegam na parede do TGI são pré-ganglionares, sendo que os neurônios pós-ganglionares do parassimpático vão estar nos próprios plexos mioentéricos e submucosos. · A ação principal do SNP é estimular a motilidade e secreção · SNS: fibras pré-ganglionares fazem sinapse em gânglios externos do TGI, então as fibras pós-ganglionares chegam ate os plexos do TGI para fazer a sinapse. · A ação principal do SNS é inibir a musculatura lisa externa, porem estimula esfíncteres. · Controle da motilidade: ondas lentas são uma característica exclusiva do TGI. · Automatismo: ritmo elétrico básico · Células de Cajal (células musculares lisas encontradas no TGI): geram as ondas lentas (ou ritmo elétrico básico) que mantem a célula em repouso (potencial de repouso dessas células oscilam, diferente de neurônios) e passam as ondas para o musculo liso que vai despolarizar. Uma vez que for atingido o limiar de excitabilidade, ou seja a despolarização, há a abertura de canais de cálcio voltagem dependentes e ocorre a contração. Para repolarizar, saída de cálcio e fechamento dos canais. · As células de Cajal disparam as ondas e espalham para outras células através de junções comunicantes. Também chamadas de células marcapasso do TGI. · As ondas lentas mantem o tônus do TGI. · Pode acontecer da despolarização da onda lenta conseguir atingir o pico do limiar, disparando o potencial de ação, causando uma contração efetiva daquele musculo liso. · Fatores que aumentam a despolarização: acetilcolina (sistema nervoso parassimpático e se liga ao receptor M3), distenção pelo alimento (canais de K+ fecham então a célula fica mais positiva; canais de cálcio de abrem o que causa a despolarização), gastrina (secretadas pelas células G), motilina (hormônio produzido pelo duodeno) causam contração · Fatores que diminuem a despolarização (causam a hiperpolarização porque sai K+ e a célula fica mais negativa) : noradrenalina (sistema nervoso simpático e se liga ao receptor B1), adrenalina, secretina (secretadas pelas células S do duodeno e diminuem a motilidade; produzidas quando o pH esta acido), GIP, CCK, VIP e NO (oxido nítrico) causam relaxamento · Regulação miogênica: SOC tipo de canal de potássio; fechamento dos canais de potássio faz com que a célula fique mais positiva. · Regulação nervosa: · Uma das divisões do sistema nervoso autônomo é o sistema nervoso entérico (ou intrínseco)localizada na parede do TGI: capazes de regular sozinhos a função/ motilidade no TGI mas sofre obrigatoriamente influencia do simpático e parassimpático. · Sistema nervoso simpático (ou extrínseco): quem chega do SNS para o SNE é a fibra pós-ganglionar depois da sinapse no gânglio. · Sistema nervoso parassimpático (estimulatório): para que o SNP haja, ele precisa passar para o SNE porque o neurônio pós-ganglionar é um neurônio intramural do SNE. · 2 tipos de reflexos: curto e longo · Curto: SNE (curto porque esta na parede do órgão) · Longo: aferencias chegando no SNC e volta para os músculos. · Café: aumenta a motilidade inibe a adenosina, o que inibe a inibição · Encefalina: morfina inibe a liberação de acetilcolina, diminuindo a motilidade e causando constipação. · Regulação hormonal do TGI: · Gastrocólico e gastroileal: uma coisa que esta acontecendo no estomago, ou seja, comida, faz com estimule a motilidade no colo ou no íleo. · Síndrome de zollinger-ellison: tumores no pâncreas que secretam gastrina (super altos); o gastrinoma causa diarreia, esteatorreia e hipocalemia. · Hormônios e esvaziamento gástrico- bomba pilórica: gastrina estimula a abertura do piloro e a colecistoquinina e a secretina relaxam o estomago e fecham o piloro. · Incretinas: regulam a concentração plasmática de glicose · Movimentos do TGI: propulsão do alimento sentido oro-anal; respeitando o tempo necessário para a ação das enzimas digestivas; respeitando o tempo necessário para a absorção de agua, eletrólitos e nutrientes digeridos. · Movimentos propulsivos ou peristalse: área distendida; liberação de acetilcolina para a contração e a área distal é relaxada pelo oxido nítrico. · Também há os movimentos não propulsivos ou de mistura: no estomago é não propulsivo porque as contrações são responsáveis pela mistura da comida. · Mastigação: mistura de alimentos, redução de tamanho e mistura com as enzimas; movimento da mandíbula tem um reflexo que é controlado pelo SNC que estimula todos os músculos da mastigação. · Deglutição: 3 fases oral (voluntário), faríngea (reflexas) e esofágica (involuntário) · Oral: consiste na ação da língua que empurra o alimento em direção a faringe, onde tem receptores que chegam no bulbo, no centro da deglutição, que coordenam a parte involuntária do processo da deglutição. · Faringe: quando chega o alimento, ocorre a abertura do esfíncter esofágico superior, permitindo com que o alimento passe da faringe ao esôfago. Onda peristáltica primaria começa na faringe e vai para o esôfago. · Esôfago: propelir o bolo alimentar da faringe para o estômago. Esfíncter esofágico inferior relaxa para que o alimento chegue no estomago. Esse processo chama contração peristáltica primaria do esôfago e não depende da gravidade, depende da peristalsia. · Acalasia: deficiência no esvaziamento do esôfago; peristalse insuficiente. Causas: doença de chagas, neuropatia diabética, ingestão de soda caustica. · Doença do refluxo gastroesofágico: esfíncter esofagiano inferior que não se fecha totalmente. · Motilidade gástrica: · Estômago: · Relaxamento receptivo: relaxamento da cardiaque relaxa para que o bolo alimentar entre no estomago. · Esvaziamento gástrico: bomba pilórica · Região oral do estomago: recebe o bolo alimentar, musculatura lisa mais fina · Região caudal: cumpre as grandes funções do estômago misturar e digerir o alimento; musculatura lisa mais grossa. · Ondas de contração do estômago: contrações que misturam o alimento com o suco gástrico e quebram a comida em pedaços menores. São ondas que se intensificam da região oral ate o esfíncter pilórico. Provoca o esvaziamento do estômago lenta e gradativa, além de provocar a contração do piloro, de forma que só ira passar uma pequena porção de alimento do estomago para o duodeno. · Retropulsão: aumenta o contato do alimento com o suco gástrico e possibilitar que só seja esvaziado o alimento do estomago para passar através do piloro. · Movimentos de mistura: as contrações de mistura são fracas e ocorrem com o piloro fechado. Misturam o bolo alimentar com o suco gástrico acido para formar o quimo. · Propulsão peristáltica: iniciam-se na região de marcapasso; propiciam mistura do alimento · Bomba pilórica · Esvaziamento gástrico: contrações antrais fortes com abertura do piloro; acetilcolina e gastrina promovem a abertura do piloro. · Inibição do esvaziamento gástrico: São sinais duodenais que fecham o piloro impedindo a continuidade do esvaziamento gástrico. Fatores que promovem o fechamento do piloro: distensão duodenal, quimo acido, secretina e GIP. · Síndrome de dumping: perda do relaxamento receptivo do estomago e perda do controle pilórico acelerando o esvaziamento gástrico. · Do estomago, o alimento chega ao duodeno e passa a se chamar quimo e cai no intestino delgado. · Movimentos do intestino delgado: maior parte da digestão e absorção dos alimentos · Contrações peristálticas: contração de um segmento com o consequente relaxamento de um segmento posterior (chamado de segmento receptor). Esse movimento é feito para que o bolo alimentar passe adiante para o intestino grosso. · Esfíncter íleo-cecal: impede o refluxo do alimento do intestino grosso para o delgado. · Movimentos do intestino grosso: tem contrações de peristalse e mistura. Saculações no intestino são chamados de haustra. Grande reabsorção de agua e eletrólitos ao longo do intestino grosso, não tem absorção de nutrientes nem enzimas. · Dieta pobre em fibras causa constipação e formação de fecaloma. · Megacólon congênito: ausência congênita do sistema nervoso intrínseco do cólon.
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