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O ABCD para uma boa investigação diagnóstica! Parte I Volume IV Abril/2020 BOLETIM TÉCNICO Abordagem do paciente felino com doença renal crônica ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 1ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 1 24/03/2020 11:0624/03/2020 11:06 A Identifi cando gatos com risco para Doença Renal Crônica! A Doença Renal Crônica é a nefropatia mais comum nos felinos, e embora possa acometer gatos de qualquer idade, a frequência é maior em animais idosos1. Embora gatos de quaisquer raças possam desenvolver DRC, o conhecimento de algumas predisposições raciais pode auxiliar na lista de diagnósticos diferenciais, principalmente em animais jovens. Gatos da raça persa, exóticos e raças correlatas (ex. British shorthair) são predispostos à doença renal policística (Autosomal Dominant Renal Policistic Disease: AD-PKD)3. Gatos das raças abissínios, orientais e siameses podem sofrer de amiloidose renal congênita. Os Abissínios podem ainda sofrer com glomerulonefrite e displasia renal congênita3. Resenha DOENÇA RENAL CRÔNICA EM FELINOS da população total de gatos2 1 - 3% dos gatos acima de 15 anos2 35 - 50% Predisposição racial Causas possíveis de DRC em felinos1 Doenças de caráter genético/hereditário ou congênitas (Ex. Doença renal policística, displasia renal) Pielonefrite Hipercalcemia idiopática e calcifi cação renal Doenças imunomediadas Neoplasias (Ex. linfoma, carcinoma) Amiloidose Iatrogênica (Ex. AINES, fármacos nefrotóxicos) Recomendações de check-up de saúde anual para gatos saudáveis ≥ 7 anos, segundo diretrizes ISFM, AAFP e AHAA1. Monitorar peso e score corporal Mensuração pressão arterial sistêmica Exames de sangue: hemograma completo, bioquímicos T4 total e urinálise (com mensuração RPCU) Obs: Alterações como perda de peso, desidratação, PU/PD e hipertensão arterial sem causas evidentes ou ainda, baixa densi- dade urinária, demandam uma investigação mais detalhada. Para gatos seniors (≥11 anos) ou geriátricos (≥15 anos), pode-se optar por avaliações semestrais. A DRC é uma doença insidiosa e a maior parte dos tutores não percebem que algo de errado está acontecendo com seu gato até que a doença esteja muito avançada. Na histórica clínica, a única queixa poderá ser poliúria e polidipsia (PU/PD), quando notada pelo tutor. Com a progressão da doença, o apetite seletivo e até mesmo a perda de peso já são sinais de alerta. Já animais em crise urêmica, cuja doença esteja em estágio mais avançado, poderão apresentar-se com histórico de vômito, anorexia, letargia, halitose e até ulceras orais1. ISFM: International Society of Feline Medicine AAFP: American Association of Feline Practitioners AHAA: American Animal Hospital Association Anamnese congênita ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 2ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 2 24/03/2020 11:0624/03/2020 11:06 B Criar o hábito de mensurar o score corporal e a condição muscular do paciente são fatores que auxiliam não somente o acompanhamento do paciente, mas também a identifi cação de mudanças sensíveis que podem criar alertas para investigação mais detalhada. Veja alguns parâmetros sugeridos pela World Small Animal Veterinary Association – WSAVA Global Nutrition Guidelines para mensuração de tais parâmetros5. Exame físico Exame físico do paciente: pontos de atenção Classifi cação da Condição Corporal ou Score Corporal segundo o WSAVA Global Nutrition Comitee5. Abaixo do peso ideal Acima do peso ideal Classifi cação da Massa Muscular ou Score Corporal segundo o WSAVA Global Nutrition Comitee5. Outros parâmetros que devem ser avaliados cautelosamente no paciente com DRC1: Hidratação do paciente Inspeção da cavidade oral Inspeção ocular (fundoscopia é desejável) Palpação abdominal – atenção à identifi cação dos rins e de seus tamanhos Temperatura corpórea Auscutação cardiopulmonar e outros parâmetros clínicos gerais -proportioned. Score 11 33 5 77 99 PESO IDEAL Massa Muscular Normal Perda Leve de Massa Muscular Perda Moderada de Massa Muscular Perda Severa de Massa Muscular ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 3ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 3 24/03/2020 11:0624/03/2020 11:06 CExames complementaresno paciente com DRC • Metabólitos que funcionam como marcadores da função renal7. • Ainda considerados padrão ouro para avaliar a função renal, embora sofram infl uências extrarrenais7 (Figura 1). • São marcadores tardios: o aumento sérico ocorre quando grande parte da função renal (75%) já foi perdida1,3,7. UREIA E CREATININA • SDMA ou Dimetil arginina simétrica também é um marcador da função renal8. • Alguns estudos demonstram antecipação de até 17 meses em relação ao da creatinina8. • É um exame útil na triagem de pacientes não azotêmicos, especialmente naqueles com perda muscular já que o exame não parece ser afetado por este fator1. SDMA AZOTEMIA: ↑ sérico da ureia e creatinina UREMIA: ↑ sérico da ureia e creatinina + sinais clínicos associados FIGURA 1: AZOTEMIA PRÉ-RENAL, RENAL E PÓS-RENAL 7 Importante descartar causas pré-renais e pós-renais antes de diagnosticar o paciente como doente renal crônico. Consequência de injúrias renais: disfunção renal (seja aguda ou crônica. Azotemia Renal Consequência de hipoperfusão renal: desidratação, choque, insufi ciência cardíaca congestiva. Azotemia Pré-Renal Consequência de processos obstrutivos ou ruptura vesical: ex. trauma, obstrução ureteral/uretral. Azotemia Pós-Renal ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 4ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 4 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 • Densidade urinária (DU): pacientes com DRC tendem a baixa [ ] urinária, no entanto, reforça-se que uma DU normal não descarta a possibilidade de DRC, especialmente em felinos1. • Proteinúria: impacto negativo na progressão da DRC e na sobrevida do paciente1,10. • A proteinúria renal pode ocorrer por danos glomerulares quando há um ↑ da fi ltração glomerular de proteínas plasmáticas e/ou por danos tubulointersticiais com ↓ da reabsorção de proteínas plasmáticas fi ltradas10. • O exame considerado padrão ouro para avaliação da proteinúria: Relação Proteína/Creatina Urinária (RPCU)10,11. • Febre • Exercícios extremos/convulsões • Exposição ao calor/frio extremos A origem não é o sistema urinário. Ex.: Hemoglobinúria, Mioglobinúria, Proteína Bence-Jones. A origem está no trato urinário inferior. Ex.: Cistites infl amatórias ou infecciosas, Hemorragias, Neoplasias vesicais. URINÁLISE E PROTEINÚRIA DENSIDADE URINÁRIA NOS FELINOS: 1.035 - 1.060 (IDEAL > 1040) Importante descartar causas extrarrenais antes de diagnosticar o paciente como proteinúrico10. FIGURA 2: POSSÍVEIS ORIGENS DA PROTEINÚRIA10 Proteinúria fi siológica ou Proteinúria patológica NÃO RENAL PRÉ-RENAL PÓS-RENAL RENAL HEMOGRAMA E ELETRÓLITOS ALTERAÇÃO LABORATORIAL MANIFESTAÇÃO CLÍNICA OBSERVAÇÕES Anemia fraqueza, letargia, mucosas pálidas, taquipneia ↓da vida útil dos eritrócitos (uremia, ↑Ca²+) e defi ciência na produção de Eritropoetina Hipocalemia fraqueza muscular, inapetência, constipação ↑excreção urinária de K, ingestão insufi ciente, vômito e translocação celular Hiperfosfatemia vômito, letargia ↓na excreção de P pelos rins; O ↑P tem impacto negativo na sobrevida do paciente com DRC Ponto de atenção: O hiperparatireoidismo secundário renal pode acometer grande parte dos gatos com DRC e pode estar presente mesmo quando os níveis séricos de cálcio e fósforo estejam dentro dos valores de referência. Assim, não só a mensuração do Cálcio ionizado e do fósforo são importantes, mas também do paratormônio (PTH)3. Não são esperadas alteração de hemograma e de eletrólitos em pacientes em estágios 1 e 2, e, portanto, todo esforço deve ser feito para um diagnóstico precoce. No entanto, em pacientes avançados,anemia e alterações eletrolíticas são mais comuns e acabam contribuindo para um pior prognóstico1. ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 5ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 5 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 • Até 65% dos gatos com DRC podem sofrer de hipertensão arterial sistêmica (HAS)1,3. • É importante lembrar que os gatos podem sofrer com HAS situacional (estresse)1,3. • Utilizar local tranquilo e fazer entre 5 e 7 mensurações é adequado3. • A HAS tem impactos clínicos importantes na vida do paciente, principalmente porque pode levar a lesões em órgãos-alvo, tais como olhos, coração e cérebro 1,3. PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Dica: O exame de fundoscopia ocular é uma boa ferramenta para detectar indícios de alteração decorrente da HAS, especialmente naqueles pacientes cujo parâmetro é incerto em decorrência do estresse da consulta (HAS situacional)1. Pelo exame de US é possível12: • Detectar a presença de cistos renais. • Detectar a presença de cálculo renal e/ou ureteral. • Suspeitar de obstruções ureterais. • Visualizar alterações que sugerem neoplasias (massa, deformidades). ULTRASSOM ABDOMINAL PONTOS DE ATENÇÃO: Embora o US consiga detectar alterações estruturais dos rins e sirva como uma ótima ferramenta para investigações, não há evidências de que haja correlação entre o tamanho dos rins e distinção corticomedular com o estágio da DRC15. Pacientes com DRC comumente se apresentam com rins pequenos, irregulares e com pobre diferenciação cortico-medular 1, 15. A presença de urólitos em trato urinário muitas vezes será visualizada/confirmada apenas pelo exame radiológico 1,12. Portanto, esta é uma importante ferramenta durante a investigação diagnóstica da DRC, especialmente para auxiliar a identificar cálculos ureterais, o que pode alterar o curso do tratamento 1. RAIO-X ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 6ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 6 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 Pontos de atenção: • Quando o animal está em decúbito lateral, sempre utilizar o membro que está para cima. • Seleção do manguito: deve ter 40% da circunferência do local da mensuração (membro ou cauda). - Manguito pequeno ou muito apertado - mensuração falsamente elevada. - Manguito muito grande ou muito solto - mensuração falsamente baixa. Foto 2 e 3: Existe a opção ainda de mensuração da pressão arterial por aparelhos oscilométricos. Alguns desses aparelhos podem sofrer maior interferência de movimentos e até mesmo de peso do animal avaliado, sendo preferível o uso daqueles de alta defi nição1. Foto 1: Dois tipos de Doppler vascular para mensuração da pressão arterial em pacientes veterinários. Para mensuração com o Doppler vascular, será necessário um esfi gmomanômetro adequado e manguitos de vários tamanhos. FIGURA 3: LOCAIS POSSÍVEIS PARA MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM GATOS COM O MÉTODO DE DOPPLER Membro posterior (artéria metatársica dorsal) Cauda (artéria coccígea média) Membro anterior (artéria medial) ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 7ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 7 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 DTenho um paciente com DRC: E agora? Pacientes com sinais clínicos precisam ser estabilizados ANTES de qualquer outra ação. Na ausência de sinais clínicos ou após estabilizar o paciente, é importante estadiá-lo segundo os critérios da IRIS. Há sinais clínicos ? Estadiamento da IRIS baseado na concentração sérica de creatinina10. Figura traduzida e adaptada de Sparkes, A.H. et al. Journal of Feline Medicine and Surgery (2016) 18, 219–239. Considerar o estadiamento em pacientes estabilizados e preferencialmente com o exame de sangue em jejum1. Classificação da hipertensão em cães e gatos com base no risco de Lesão em Órgão-Alvo (LOA) Traduzido e adaptado de Acierno, M.J. et al. ACVIM Consensus Statement: Guidelines for the identification, evaluation, and management of systemic hypertension in dogs and cats. J Vet Intern Med. 2018;1–2016. ESTÁGIO 1 ESTÁGIO 2 ESTÁGIO 3 ESTÁGIO 4 Creatinina sérica < 1,6 mg/dl Creatinina sérica 1,6-2,8 mg/dl Creatinina sérica 2,9-5,0 mg/dl Creatinina sérica > 5,0 mg/dl Não azotêmico Azotemia leve Azotemia moderada Azotemia severa Alterações renais podem estar presentes: injúria conhecida, palpação anormal, inabilidade [ ] urinária, etc. Obs: Sinais clínicos geralmente ausentes. Quando presentes são brandos (Ex. PU/PD). Obs: Sinais clínicos geralmente presentes, tanto sinais renais como extrarrenais. Obs: Sinais clínicos sistêmicos presentes e maior risco de crises urêmicas. Sub-estadiamento da IRIS baseado na proteinúria pelo exame de Relação Proteína-Creatinina Urinária (RPCU)10. Figura traduzida e adaptada de Sparkes, A.H. et al. Journal of Feline Medicine and Surgery (2016) 18, 219–239. Descartar causas de proteinúria extrarrenais11. NÃO PROTEINÚRICO PROTEINÚRICO LIMÍTROFE PROTEINÚRICO Relação proteína-creatinina urinária < 0,2 Relação proteína-creatinina urinária 0,2 – 0,4 Relação proteína-creatinina urinária > 0,4 NORMOTENSO (mínimo risco de LOA) Pressão sistólica < 140 mm Hg PRÉ-HIPERTENSO (baixo risco de LOA) Pressão sistólica 140 - 159 mm Hg HIPERTENSO (risco moderado de LOA) Pressão sistólica 160 - 179 mm Hg HIPERTENSO SEVERO (alto risco de LOA) Pressão sistólica ≥ 180 mm Hg O que deve ser avaliado nesses pacientes? Peso, score corporal e muscular Apetite e consumo calórico, ingestão hídrica Hemograma, bioquímica sérica, T4 total, urinálise + RPCU e pressão arterial Como monitorar um paciente: A monitoração do paciente se baseia em diversos fatores e, portanto, cada paciente demanda um plano individualizado2. O quadro ao lado mostra uma boa diretriz sugerida pela especialista em felinos, Dr. Susan Little e que é útil para pacientes que estão estabilizados e em acompanhamento. Obs: Monitorar outros exames e parâmetros de acordo com a necessidade. Paciente IRIS 1: Cada 6 – 12 meses Paciente IRIS 2: Cada 3 – 6 meses Paciente IRIS 3: Cada 2 – 4 meses Paciente IRIS 4: O quanto for necessário ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 8ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 8 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 1. Sparkes, A.H. et al. ISFM Consensus Guidelines on the Diagnosis and Management of Feline Chronic Kidney Disease. Journal of Feline Medicine and Surgery (2016) 18, 219–239. 2. Little, S. Chronic Kidney Disease in Cats .In: http://drsusanlittle.net 3. Brown, C.A. Chronic Kidney Disease in Aged Cats: Clinical Features, Morphology, and Proposed Pathogeneses. Veterinary Pathology, 2016, Vol. 53(2) 309-326. 4. Reynolds, B.S.; Lefebvre, H.P. FELINE CKD: Pathophysiology and risk factors — what do we know? Journal of Feline Medicine and Surgery (2013) 15(S1), 3–14. 5. Roura,X. Risk factors in dogs and cats for development of chronic kidney disease (2016). In: www.iris-kidney.com/ 6. Freeman, L. et al. WSAVA Nutritional Assessment Guidelines - World Small Animal Veterinary Association . In: https://www.wsava.org/Guidelines/Global-Nutrition-Guidelines 7. McLeland, S.M et al. A Comparison of Biochemical and Histopathologic Staging in Cats With Chronic Kidney Disease. Veterinary Pathology 2015, Vol. 52(3) 524-534 8. DiBartola, S.P. Urinary System. Clinical approach and laboratory evaluation of renal disease. In: Ettinger, SJ.; Feldman, E.C. Textbook of Veterinary Internal Medicine, Missouri, Elselvier, 7th edition, 2010. 9. Hall JA, Yerramilli M, Obare E, et al. Comparison of serum concentrations of symmetric dimethylarginine and creatinine as kidney function biomarkers in cats with chronic kidney disease. J Vet Intern Med 2014; 28:1676–1683. 10. International Renal Interest Society. Guidelines: IRIS Staging of CKD. In: www.iris-kidney.com 11. Syme, H.M. et al. Survival of Cats with Naturally Occurring Chronic Renal Failure Is Related to Severity of Proteinuria. J Vet Intern Med2006;20:528–535. 12. Grauer, G.F. Measurement and interpretation of proteinuria and albuminuria. In: www.iris-kidney.com 13. Barber PJ, Elliott J. Feline chronic renal failure: calcium homeostasis in 80 cases diagnosed between 1992 and 1995. J Small Anim Pract. 1998;39:108–16. 14. Van den Broek, H. Hypercalcemia in chronic kidney disease (2018). In: www.iris-kidney.com 15. Kyles, A.E. et al. Clinical, clinicopathologic, radiographic, and ultrasonographic abnormalities in cats with ureteral calculi: 163 cases (1984–2002). JAVMA, Vol 226, No. 6, March 15, 2005. 16. Acierno,M.J. et al. ACVIM consensus statement: Guidelines for the identification, evaluation, and management of systemic hypertension in dogs and cats. J Vet Intern Med. 2018;1–20. 17. Stubbs, C. Feline blood pressure measurement: You can do it! (Proceedings). In: www.dvm360.com. 2010-04-01 Referências Bibliográficas ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 9ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 9 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 M.V. Msc. Karin Denise Botteon • Technical Coordinator Specialist – Boehringer Ingelheim Animal Health Brazil • Graduada pela Universidade Estadual de Londrina • Residência em Clínica Médica de Pequenos Animais pela UNESP – Campus Botucatu • Mestrado pela Universidade de São Paulo – Depto de Cirurgia e Anestesiologia – Enfoque em medicina transfusional e banco de sangue • Membro da “Association of Veterinary Hematology and Transfusion Medicine e da “International Society of Feline Medicine” Autora ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 10ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 10 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 2a Quantidade por administração SID Semintra mg/ml Peso Corporal (kg) 0,25ml 0,5ml 0,75ml 1ml 1,25ml 1,5ml 1,75ml 2ml 1 2 3 4 5 6 7 8 Duração do frasco: número de dias Peso Corporal (kg) 120 60 40 30 24 20 17 15 1 2 3 4 5 6 7 8 • Entre as doenças dos felinos domésticos, a Doença Renal Crônica é uma das mais comuns, acometendo entre 34 e 50% dos gatos de meia-idade a idosos.1.2 O tempo de vida do gato está relacionado à proteinúria causada pela DRC. Quanto maior a proteinúria, menor a expectativa de vida do animal.3 Portanto, a redução da proteinúria é um ponto-chave no manejo de gatos com DRC. Apresentação Posologia Administrar 1mL de Semintra para cada 4kg de peso, 1 vez ao dia.4 Semintra: a solução oral para a DRC O Semintra é um bloqueador do receptor de angiotensina licenciado pelo MAPA*, para uso na medicina veterinária, e desenvolvido especialmente para gatos. Seu princípio ativo é a telmisartana, uma nova classe medicamentosa, cuja ação é específi ca no receptor AT1 (responsável pelos efeitos deletérios da angiotensina II nos rins). • Licenciado para redução da proteinúria associada à DRC • Nova molécula • Solução oral e palatável 0,25ml 0,5ml 0,75ml 1ml 1,25ml 1,5ml 1,75ml 2ml 1 2 3 4 5 6 7 8 Peso Corporal (Kg) Quantidade por administração Semintra mg/ml2a Quantidade por administração SID Semintra mg/ml Peso Corporal (kg) 0,25ml 0,5ml 0,75ml 1ml 1,25ml 1,5ml 1,75ml 2ml 1 2 3 4 5 6 7 8 Duração do frasco: número de dias Peso Corporal (kg) 120 60 40 30 24 20 17 15 1 2 3 4 5 6 7 8 Frasco com 30ml. Referências bibliográfi cas: 1. Boyd, LM. Langston, C. Thompson, K. et al. (2008) Survival in cats with naturally occuring chronic kidney disease (2000-2002). J Vet Intern Med; 22:1111–1117. 2. Lund, EM. Armstrong, PJ. Kirk, CA. (1999) Health status and population characteristics of dogs and cats examined at private veterinary practices in the United States. J Am Vet Med Assoc 214:1336-1341. 3. Syme, HM. Markwell, PI. Pfei� er, D. et al. (2006) Survival of cats with naturally occurring chronic renal failure is related to severity of proteinuria. J Vet Intern Med; 20: 528-535. 4. Semintra Summary of Product Characteristics. ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 11ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 11 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07 SAC 0800 888 7387 ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 12ms_0005_20_boletim_tecnico_semintra_A4_v4_final.indd 12 24/03/2020 11:0724/03/2020 11:07
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