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Psicologia do Desenvolvimento 1 - Infância

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1 – O que é adolescência? Quando começa e termina a adolescência? Quais são as 
oportunidades e os riscos acarretados por ela? 
Adolescência é a transição no desenvolvimento entre a infância e a vida adulta que impõe 
grandes mudanças físicas, cognitivas e psicossociais. É uma construção social. 
A adolescência aproximadamente como o período que compreende as idades entre 11 e 
19 ou 20 anos. 
A adolescência oferece oportunidades para o crescimento não só em termos de dimensões 
físicas, mas também em competência cognitiva e social, autonomia, autoestima e 
intimidade. 
Os adolescentes enfrentam hoje riscos ao seu bem-estar físico e mental, que incluem altas 
taxas de mortalidade por acidentes, homicídio e suicídio (Eaton et al., 2008). Estes 
comportamentos de risco podem refletir imaturidade do cérebro adolescente. 
O começo da adolescência é cheio de oportunidades para os crescimentos físico, cognitivo 
e psicológico e de riscos para o desenvolvimento saudável. Padrões de comportamento 
de risco, como o consumo de álcool, o abuso de drogas, atividades sexuais, depressão e o 
uso de armas de fogo tendem a aumentar ao longo da adolescência, mas a maioria dos 
jovens não experimenta problemas mais sérios. 
 
2- Sobre o desenvolvimento físico na adolescência, descreva a puberdade e como ela 
interfere no psicológico do adolescente. 
A puberdade envolve alterações físicas dramáticas. Essas mudanças fazem parte de um 
longo e complexo processo de maturação que começa antes do nascimento, e suas 
implicações psicológicas podem continuar até a vida adulta. 
Ela resulta da produção de vários hormônios e dura cerca de quatro anos, normalmente 
começa mais cedo nas meninas e termina quando a pessoa é capaz de reproduzir, mas o 
momento da ocorrência desses eventos varia consideravelmente. 
A puberdade é marcada por dois estágios: (1) a ativação das glândulas adrenais e (2) o 
amadurecimento dos órgãos sexuais alguns anos mais tarde. 
Algumas pesquisas atribuem intensa emotividade e instabilidade de humor no começo da 
adolescência a esses desenvolvimentos hormonais. De fato, emoções negativas como 
angústia e hostilidade, bem como sintomas de depressão em meninas, tendem a aumentar 
à medida que a puberdade avança. 
As mudanças que anunciam a puberdade começam agora normalmente aos 8 anos nas 
meninas e aos 
9 anos nos meninos, mas existe uma ampla variação etária para várias mudanças. 
Há o a formação dos caracteres sexuais primários (órgãos diretamente relacionados à 
reprodução, que aumentam de tamanho e amadurecem durante a adolescência.), e 
secundários (sinais fisiológicos de amadurecimento sexual (como o desenvolvimento dos 
seios e o crescimento de pelos corporais) que não envolvem os órgãos sexuais. 
Os primeiros sinais externos de puberdade normalmente são tecido mamário e pelos 
púbicos nas meninas e aumento dos testículos nos meninos. 
Durante a puberdade, tanto os meninos quanto as meninas passam por um estirão de 
crescimento adolescente que é um aumento rápido na altura, peso, musculatura e ossatura. 
Neste período a gordura acumula-se duas vezes mais rápido nas meninas que nos 
meninos, podendo parte do corpo ficar desproporcionais. Essas alterações físicas notáveis 
têm consequências psicológicas, porque a maioria dos adolescentes está mais preocupada 
com a aparência do que com qualquer outro aspecto de si próprio, e alguns não gostam 
do que veem no espelho e essas atitudes podem levar a problemas de alimentação. 
Os principais sinais de maturidade sexual são a produção de esperma (para os meninos) 
e a menstruação (para as meninas). 
Uma combinação de influências genéticas, físicas, emocionais e contextuais, incluindo 
nível socioeconômico, toxinas ambientais, dieta, exercício, gordura e peso corporal pré-
puberais, e doença 
ou estresse crônico, podem afetar as diferenças individuais na época da menarca. 
 
3 – Que tipo de desenvolvimento cerebral ocorre durante a adolescência? E como 
ele afeta o comportamento? 
Mudanças dramáticas nas estruturas cerebrais envolvidas nas emoções, no julgamento, 
organização do comportamento e autocontrole ocorrem entre a puberdade e o início da 
vida adulta. 
O cérebro do adolescente ainda não está plenamente maduro. Ele passa por uma segunda 
fase de superprodução de matéria cinzenta, sobretudo nos lobos frontais, seguida de 
supressão do excesso de células nervosas. A mielinização contínua dos lobos frontais 
facilita a maturação do processamento cognitivo. 
A propensão para comportamento de risco parece resultar da interação de duas redes 
cerebrais: (1) uma rede socioemocional que é sensível a estímulos sociais e emocionais, 
tal como a influência dos pares, e (2) uma rede de controle cognitivo que regula as 
respostas a estímulos. A rede socioemocional torna-se mais ativa na puberdade, enquanto 
a rede de controle cognitivo amadurece mais gradualmente até o início da idade adulta. 
Jovens no começo da adolescência (de 11 a 13 anos) processam informação emocional 
com a amígdala, uma pequena estrutura em forma de amêndoa localizada no lobo 
temporal e que está fortemente envolvida nas reações emocionais e instintivas. 
Adolescentes mais velhos (de 14 a 17 anos) apresentavam padrões mais adultos, usando 
os lobos frontais, responsáveis por planejamento, raciocínio, julgamento, modulação 
emocional e controle dos impulsos e que, portanto, permitem julgamentos mais precisos 
e razoáveis. 
Os sistemas corticais frontais ainda não desenvolvidos associados à motivação, 
impulsividade e adicção podem explicar por que os adolescentes buscam excitações e 
novidades e por que muitos deles têm dificuldade para se concentrar em metas de longo 
prazo. 
 
4- Sobre a saúde física e mental na adolescência, cite alguns problemas de saúde 
comuns e como eles podem ser prevenidos. 
A maioria dos adolescentes de 11 a 15 anos em países industrializados ocidentais se 
consideram saudáveis, segundo um levantamento conduzido pela Organização Mundial 
de Saúde. Muitos problemas de saúde podem ser evitados e a causa está associada ao 
estilo de vida ou a pobreza. 
Há alguns problemas de saúde específicos como: forma física, necessidades de sono, 
transtornos da alimentação, abuso de drogas, depressão e causas de morte na 
adolescência. 
Muitos adolescentes não fazem atividade física regularmente e apresentam uma queda 
acentuada nas atividades quando entram na puberdade. Porém, os benefícios do exercício 
regular incluem maior força e resistência, ossos e músculos mais saudáveis, controle do 
peso, e ansiedade e estresse reduzidos, bem como um aumento na autoestima, nas notas 
escolares e no bem-estar geral e ainda diminui a probabilidade de um adolescente se 
envolver em comportamentos de risco. 
Um estilo de vida sedentário pode resultar em maior risco de obesidade e de diabetes tipo 
II, problemas cada vez maiores entre os adolescentes e pode levar à maior probalidade de 
doença cardíaca e câncer na idade adulta. 
O hábito de dormir e acordar tarde pode contribuir para a insônia, um problema que 
frequentemente começa no final da infância ou na adolescência. A privação do sono pode 
diminuir a motivação e causar irritabilidade, e a concentração e o desempenho escolar 
podem ser afetados. 
Alguns especialistas em sono reconhecem que mudanças biológicas estão por trás dos 
distúrbios do sono dos adolescentes. O momento da secreção do hormônio melatonina é 
um indicador de quando o cérebro está pronto para dormir. Após a puberdade, essa 
secreção ocorre durante a noite. 
Muitos adolescentes não dormem o suficiente porque o horário da escola não está 
sincronizado com os ritmos naturais do seu corpo. 
A boa nutrição é importante para sustentar o crescimento rápido da adolescência e para 
estabelecer hábitos alimentares saudáveis que vão persistir até a idade adulta. A nutrição 
deficiente é frequente em populações de baixa renda ou isoladas, mas tambémpode 
resultar da preocupação com a imagem corporal e com o controle de peso. 
Adolescentes acima do peso tendem a ter a saúde mais debilitada que seus pares e estão 
mais propensos a ter dificuldade para frequentar a escola, executar tarefas domésticas, 
praticar atividades que exijam esforço físico ou se dedicar aos cuidados pessoais. Eles 
têm um risco maior de hipertensão e diabetes, e tendem a se tornar adultos obesos, sujeitos 
a uma variedade de problemas de ordem física, social e psicológica. 
A preocupação com a imagem corporal, principalmente entre as meninas, pode resultar 
em esforço obsessivo para controlar o peso e levar a transtornos da alimentação. 
Há três transtornos da alimentação comuns na adolescência são a obesidade/excesso de 
peso, a anorexia nervosa e a bulimia nervosa, ambas envolvendo padrões anormais de 
ingestão de alimentos. Todos eles podem ter sérios efeitos de longo prazo. Esses 
transtornos crônicos ocorrem principalmente em meninas adolescentes e mulheres jovens. 
As pessoas com anorexia têm uma imagem corporal distorcida e, embora geralmente 
estejam gravemente abaixo do peso, acreditam que estão gordas. As pessoas com bulimia 
geralmente não estão acima do peso, mas são obcecadas com seu peso e forma. Há alguma 
sobreposição entre anorexia e bulimia; algumas pessoas com anorexia passam por 
episódios bulímicos e algumas pessoas com bulimia perdem grandes quantidades de peso. 
Um tratamento amplamente utilizado é um tipo de terapia familiar no qual os pais 
assumem o controle dos padrões alimentares de seu filho. Para ambos as situações de 
transtorno alimentar a terapia cognitivo-comportamental, é tida como tratamento 
recomendado. Psicoterapia individual, de grupo ou familiar pode ajudar pacientes de 
anorexia e bulimia, geralmente após a terapia comportamental inicial ter colocado os 
sintomas sob controle. O prognóstico para o tratamento da bulimia tende a ser melhor do 
que para a anorexia. 
O abuso de substâncias químicas é o uso prejudicial de álcool ou outras drogas. O abuso 
pode levar à dependência química, ou adicção, que pode ser fisiológica, psicológica ou 
ambas, e que provavelmente continuará até a idade adulta. 
O uso de substâncias químicas pelos adolescentes diminuiu nos últimos anos; no entanto, 
o abuso de drogas frequentemente começa quando as crianças passam para o ensino 
médio. O progresso contínuo na eliminação do abuso de drogas é lento porque novas 
drogas são constantemente introduzidas ou drogas antigas são redescobertas por uma 
nova geração, e os jovens não necessariamente generalizam as consequências adversas 
de drogas antigas para drogas mais novas. 
Maconha, álcool e tabaco são as drogas mais populares entre os adolescentes. Todas 
envolvem sérios riscos. O uso não médico de medicamentos prescritos ou vendidos sem 
receita é um problema também crescente na sociedade. Discussões ponderadas com os 
pais podem contrabalançar influências prejudiciais e desencorajar ou limitar o uso de 
álcool. 
A prevalência de depressão aumenta na adolescência, principalmente entre as meninas e 
está relacionado as alterações biológicas na puberdade. A depressão em pessoas jovens 
não se manifesta necessariamente como tristeza, mas como irritabilidade, tédio ou 
incapacidade para experimentar prazer. Uma das razões por que a depressão precisa ser 
levada a sério é o perigo de suicídio. 
Além do gênero feminino, os fatores de risco para a depressão incluem ansiedade, medo 
do contato social, eventos estressantes, doenças crônicas como diabetes ou epilepsia, 
conflito entre pais e filhos, abuso ou negligência, uso de álcool ou drogas, atividade sexual 
e ter um dos pais com histórico de depressão. Uso de álcool e drogas e atividade sexual 
tendem mais a resultar em depressão em meninas do que em meninos. Problemas de 
imagem corporal e transtornos da alimentação podem agravar os sintomas depressivos. 
Uma opção de tratamento para adolescentes com sintomas depressivos é a psicoterapia. 
Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), são os únicos medicamentos 
antidepressivos atualmente aprovados para adolescentes. 
A frequência de mortes violentas nessa fase da vida reflete uma cultura violenta bem 
como a inexperiência e a imaturidade dos adolescentes, que frequentemente os levam a 
correr riscos e assumir comportamentos descuidados. As causas principais de morte entre 
adolescentes incluem acidentes de veículo motor, uso de arma de fogo e suicídio. Os 
fatores de proteção que reduzem o risco do suicídio incluem a ligação com a família e a 
escola, o bem-estar emocional e o bom desempenho nos estudos 
 
5 – Como o pensamento e o uso da linguagem na adolescência diferem da infância? 
Os adolescentes que alcançam o estágio operatório-formal de Piaget podem utilizar o 
raciocínio hipotético-dedutivo. Elas podem pensar em termos de possibilidades, lidar com 
problemas de modo flexível e testar hipóteses. 
Aparentemente, o raciocínio formal é uma capacidade aprendida que não é igualmente 
necessária ou igualmente valorizada em todas as culturas. O raciocínio hipotético-
dedutivo pode ser ensinado e aprendido. 
Como a estimulação ambiental desempenha um papel importante para se atingir esse 
estágio, nem todas as pessoas tornam-se capazes de operações formais; e aquelas que são 
capazes nem sempre as utilizam. 
O estágio operatório-formal, proposto por Piaget, não leva em conta desenvolvimentos 
como o acúmulo de conhecimento e a especialização, ganhos no processamento de 
informação e o crescimento da metacognição, a consciência e a monitoração dos próprios 
processos e estratégias mentais. Piaget também deu pouca atenção às diferenças 
individuais, às variações entre tarefas e ao papel da situação. O progresso no 
processamento cognitivo varia muito entre os adolescentes. 
Pesquisas têm constatado mudanças estruturais e funcionais no processamento de 
informação na adolescência. Mudanças estruturais incluem aumento do conhecimento 
declarativo, procedural e conceitual e expansão da capacidade da memória de trabalho. 
Mudanças funcionais dizem respeito ao progresso no raciocínio dedutivo. No entanto, a 
imaturidade emocional pode levar os adolescentes mais velhos a tomar decisões piores 
que as de adolescentes mais novos. 
O uso da linguagem pelas crianças reflete seu nível de desenvolvimento cognitivo. Com 
o advento do pensamento abstrato, os adolescentes podem definir e discutir abstrações. 
Eles tornam-se mais conscientes das palavras como símbolos que podem ter múltiplos 
significados; e têm prazer em usar ironias, trocadilhos e metáforas. 
Os adolescentes também se tornam mais habilidosos em assumir uma perspectiva social, 
a capacidade de adaptar sua conversa ao nível de conhecimento e ao ponto de vista da 
outra pessoa. Essa capacidade é essencial para a persuasão e mesmo para conversação 
educada. A construção por parte do adolescente de um dialeto próprio: o puberlês, “o 
dialeto social da puberdade”. O vocabulário adolescente é caracterizado por rápida 
mudança. Embora alguns de seus termos tenham entrado para o discurso normal, os 
adolescentes continuam inventando novas palavras e significados o tempo todo. 
A gíria adolescente é parte do processo de desenvolvimento de uma identidade separada 
independente dos pais e do mundo adulto. Ao criar essas expressões, os jovens usam sua 
recém descoberta capacidade de brincar com as palavras “para definir os valores, gostos 
e preferências únicos de sua geração” 
 
6- Quais são as influências que afetam o sucesso escolar dos adolescentes, seu 
planejamento e preparação educacional e vocacional? 
No ensino fundamental, fatores como o estilo de parentalidade dos pais, o nível 
socioeconômico e a qualidade do ambiente doméstico influenciam o desempenho escolar 
na adolescência. Outros fatores incluem gênero, etnia, influência dos pares, qualidade do 
ensino e a confiança dosestudantes em si mesmos. 
Nos Estados Unidos, as práticas educativas são baseadas na suposição de que os 
estudantes são, ou podem ser motivados a aprender. Os educadores enfatizam o valor da 
motivação intrínseca – o desejo dos estudantes de aprender pelo valor da aprendizagem. 
Embora a maioria dos norte-americanos conclua o ensino médio, a taxa de evasão escolar 
é mais alta entre os estudantes pobres, hispânicos e afro-americanos. Entretanto, esta 
diferença racial/étnica está diminuindo. A participação ativa nos estudos é um fator 
importante para manter os adolescentes na escola. 
O melhor desempenho escolar de muitos jovens de várias origens étnicas reflete a forte 
ênfase da família e dos amigos no sucesso escolar. A qualidade da educação influencia 
fortemente o desempenho do estudante. 
Um fator importante que diferenciava os que completaram o ensino médio era a 
participação ativa: a “atenção, interesse, investimento e esforço que os estudantes 
dedicavam ao trabalho da escola. 
As crenças na autoeficácia ajudam a moldar as opções ocupacionais que os estudantes 
consideram e o modo como eles se preparam para carreiras futuras. 
Jovens que concluem o ensino médio e que não vão imediatamente para a faculdade 
podem beneficiar-se do treinamento vocacional. 
O emprego de meio turno parece ter efeitos positivos (ajudando-os a desenvolver 
habilidades do mundo real e uma ética de trabalho) ou prejudicial (distraindo-os das metas 
educacionais e ocupacionais de longo prazo) sobre o desenvolvimento educacional, social 
e ocupacional. Os efeitos de longo prazo tendem a ser melhores quando as horas de 
trabalho são limitadas. 
O planejamento vocacional é um dos aspectos da busca pela identidade por parte do 
adolescente. 
 
7- Descreva como os adolescentes formam sua identidade. 
A identidade, segundo Erikson, forma-se quando os jovens resolvem três questões 
importantes: a escolha de uma ocupação, a adoção de valores sob os quais viver e o 
desenvolvimento de uma identidade sexual satisfatória. 
De acordo com Erikson, a moratória psicossocial, um período de adiamento que a 
adolescência proporciona, permite que os jovens busquem compromissos aos quais 
possam ser fiéis. A fidelidade é uma extensão da confiança. 
Erik Erikson descreveu o conflito psicossocial da adolescência como identidade versus 
pesquisas sugerirem que a autoestima das garotas tende a diminuir na adolescência, 
pesquisas posteriores não dão sustentação a essa constatação. 
Estados de identidade é o termo usado por Marcia para os estágios de desenvolvimento 
do ego que dependem da presença ou da ausência de crise (período de tomada de decisão 
consciente relativa à formação de identidade) e compromisso (investimento pessoal em 
uma ocupação ou em um sistema de crenças/ideologias). 
Para muitos jovens de grupos minoritários, a raça ou a etnia é fundamental na formação 
da identidade. 
As interações com os membros de outros grupos étnicos podem estimular a curiosidade 
dos jovens sobre sua própria identidade étnica. Os adolescentes que passaram por 
socialização cultural tendem a ter identidade étnica mais forte e mais positiva do que 
aqueles que não a experimentaram. 
 
8- Sobre a sexualidade do adolescente, o que leva alguns deles a se envolver em um 
comportamento sexual de risco? 
Alguns adolescentes tornam-se sexualmente ativos precocemente. A entrada precoce na 
puberdade, o mau desempenho escolar, a falta de objetivos acadêmicos e de carreira, um 
histórico de violência sexual ou negligência dos pais e padrões culturais e familiares de 
experiência sexual precoce podem ter influência. 
A atividade sexual adolescente envolve riscos de gravidez e de infecções sexualmente 
transmissíveis. Os adolescentes que correm maior risco são aqueles que iniciam cedo a 
atividade sexual, têm múltiplos parceiros, não usam contraceptivos e são mal informados 
sobre sexo. 
O uso regular de preservativos é a melhor segurança para adolescentes sexualmente 
ativos. 
Programas de educação sexual abrangentes retardam a iniciação sexual e estimulam o uso 
de contraceptivos. Programas que somente promovem a abstinência não têm sido tão 
eficazes. 
As ISTs têm maior probabilidade de se desenvolver sem serem detectadas nas meninas. 
As taxas de gravidez e de parto adolescentes nos Estados Unidos decresceram, mas as 
taxas de parto aumentaram novamente em 2006. 
A maternidade na adolescência frequentemente tem desfechos negativos. As mães 
adolescentes e suas famílias tendem a ter problemas de saúde e a enfrentar dificuldades 
financeiras, e as crianças muitas vezes se ressentem da parentalidade ineficaz. 
Muitos adolescentes obtêm grande parte de sua “educação sexual” dos meios de 
comunicação, os quais apresentam uma visão distorcida da atividade sexual, associando-
a a diversão, excitação, competição, perigo ou violência, raramente mostrando os riscos 
das relações sexuais desprotegidas. 
De acordo com Piaget, a percepção dos jovens de risco pessoal baixo é um exemplo do 
egocentrismo adolescente. Piaget chamava isso de fábula pessoal. Os adolescentes 
frequentemente parecem comportar-se como se acreditassem que coisas ruins não 
acontecerão a eles porque sua “história pessoal” é diferente e única. 
 
 
 
9 – Aponte os aspectos referentes ao relacionamento familiar, como eles se 
relacionam com os pais, com os irmãos e com os amigos. 
Os adolescentes mais seguros têm relações fortes e sustentáveis com pais que 
permanecem em sintonia com a maneira pela qual os jovens veem a si mesmos, que 
permitem e encorajam seus esforços para adquirir independência e constituem um porto 
seguro nos momentos de tensão emocional. 
Os anos da adolescência têm sido chamados de época de rebeldia adolescente, envolvendo 
tumulto emocional, conflito com a família, alienação da sociedade adulta, comportamento 
impulsivo e rejeição dos valores adultos. 
Embora os relacionamentos entre os adolescentes e seus pais nem sempre sejam fáceis, a 
rebeldia adolescente em ampla escala é incomum. Para a maioria dos jovens, a 
adolescência é uma transição razoavelmente tranquila. Para a minoria que parece ser mais 
profundamente problemática, pode-se prever uma vida adulta difícil. 
Os adolescentes passam uma quantidade de tempo cada vez maior com seus pares, mas o 
relacionamento com os pais continua a ser influente. 
O conflito com os pais tende a ser maior durante o início da adolescência. O estilo de 
parentalidade democrático está associado a resultados mais positivos. 
A individuação é uma luta do adolescente por autonomia e diferenciação, ou identidade 
pessoal. Um aspecto importante da individuação é a criação de fronteiras de controle entre 
ele e os pais, e este processo pode acarretar conflito familiar. 
Os efeitos da estrutura familiar e do trabalho materno sobre o desenvolvimento dos 
adolescentes podem depender de fatores como recursos econômicos, qualidade do 
ambiente doméstico e de quanto os pais monitoram de perto o paradeiro dos filhos. 
O relacionamento com os irmãos tende a tornar-se mais distante durante a adolescência, 
e o equilíbrio de forças entre os irmãos mais velhos e os mais jovens fica mais simétrico. 
A influência do grupo de pares é mais forte no início da adolescência. A estrutura do 
grupo de amigos torna-se mais elaborada, envolvendo panelinhas e turmas, bem como 
amizades. 
As amizades, especialmente entre as meninas, ficam mais íntimas, estáveis e solidárias 
na adolescência. 
Os relacionamentos amorosos satisfazem a uma série de necessidades e se desenvolvem 
com a idade e a experiência. 
 
10- Quais as causas fundamentais do comportamento antissocial e da delinquência 
juvenil, e que pode ser feito para reduzir esses riscos na adolescência? 
Uma interação entre fatores de risco ambientais e genéticos ou biológicos pode ser a base 
de muitos comportamentos antissociais. 
A delinquência crônica geralmente origina-se decomportamentos antissociais de início 
precoce. Ela está associada com a interação de múltiplos fatores de risco, incluindo 
educação familiar ineficaz, fracasso escolar, influência dos pares e da vizinhança, e nível 
socioeconômico baixo. 
Os pesquisadores identificaram dois tipos de comportamento antissocial: um tipo de 
início precoce, começando aos 11 anos de idade, que tende a levar à delinquência juvenil 
crônica na adolescência; e um tipo mais leve, de início tardio, começando após a 
puberdade, que tende a aparecer temporariamente em resposta às mudanças da 
adolescência: o descompasso entre maturidade biológica e social, desejo aumentado de 
autonomia e supervisão adulta diminuída. 
Programas que atacam os fatores de risco desde os primeiros anos de vida têm obtido 
êxito. Esses programas operam no mesossistema de Bronfenbrenner afetando as 
interações entre a casa e a escola ou creche. Os programas bem-sucedidos encorajam as 
habilidades de parentalidade por meio de melhor monitoração, manejo comportamental e 
apoio social da comunidade.

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