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Gestão Financeira de Pequenas e Médias Empresas GESTÃO FINANCEIRA DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS MÓDULO I APRESENTAÇÃO A SECTI - Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional através do Programa QualificarES vem oferecer diversos cursos de formação, trazendo novas alternativas e formando o cidadão que procura aperfeiçoar seu conhecimento melhorando suas oportunidades na vida. O curso Gestão Financeira de Pequenas e Médias Empresas torna-se importante ao capacitar o aluno sobre assuntos relacionados a finanças empresariais para empresas de pequeno e médio porte, permitindo o desenvolvimento do espírito empreendedor para uma gestão efetiva dos recursos financeiros tanto pessoais quanto da empresa. Por isso, ler o material, compartilhar experiências no chat, interagir com o tutor online no chat, trazer exemplos, fazer os exercícios, é de fundamental importância para o desenvolvimento do seu aprendizado. O objetivo do curso Gestão Financeira de Pequenas e Médias é que ao término destas quatro semanas, você seja capaz de compreender o planejamento da Gestão Financeira de Pequenas e Médias Empresas utilizando a gestão financeira como uma ferramenta de competitividade e empregando seus conhecimentos administrativos, organizacionais e financeiros para organizar os lucros de empresas de todos os segmentos, estudando o mercado e elaborando estratégias de gerenciamento adequadas às situações vivenciadas. Para isso, o curso está dividido da seguinte forma: Primeiro você irá compreender quais são os Fundamentos da Administração Financeira, a partir daí, você estudará os conceitos da Administração do Capital de Giro, do Fluxo de Caixa e os Custos inerentes para tomada de decisões. INTRODUÇÃO Para iniciarmos o curso, é fundamental entendermos os Fundamentos da Administração Financeira de empresas, pois é a ciência responsável por cuidar dos recursos financeiros de uma empresa, podendo ser aplicada também no Mercado Financeiro na relação de pessoas físicas com o mercado. No caso dos empreendimentos, esta modalidade de administração é a responsável direta pela gestão da captação, utilização, investimento e rendimento dos recursos financeiros. A administração financeira corresponde aos esforços despendidos objetivando a formulação de um esquema que seja adequado à maximização dos retornos dos proprietários da empresa, ao mesmo tempo em que possa propiciar a manutenção de um certo grau de liquidez. Na verdade a função financeira dentro de uma empresa está diretamente relacionada com a decisão de se fazer um investimento e a decisão de se fazer um financiamento, sem esquecer que estas duas funções principais estão interligadas. 1. FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1 Introdução A parte financeira da empresa é uma das mais importantes. Vital para sua sobrevivência. A gestão financeira é uma das tradicionais áreas funcionais da gestão, encontrada em qualquer empresa onde cabem as análises, decisões e atuações relacionadas com os meios financeiros necessários à atividade da empresa. É um conjunto de ações e procedimentos administrativos, envolvendo o planejamento, análise e controle das atividades financeiras da empresa, visando maximizar os resultados econômicos - financeiros decorrentes de suas atividades operacionais. Para uma empresa obter resultados satisfatórios, há necessidade de tomadas de decisões diariamente. A existência de controles, em especial os financeiros, é essencial para que essas atitudes sejam as mais corretas possíveis. Dentre os controles financeiros podemos citar os seguintes: • Controle de contas a pagar; • Controle de contas a receber; • Controle de caixa; • Controle de bancos; • Fluxo de caixa; • Conciliação bancária; • Controle de tesouraria; Controle de Contas a Pagar As contas a pagar são obrigações assumidas pela empresa, que devem ser saldadas dentro do vencimento. É comum nas empresas, que a mercadoria necessária para as operações sejam adquiridas a prazo, sendo indispensável à devida quitação dos compromissos assumidos dentro dos prazos estabelecidos para evitar transtornos nas próximas compras. Para organizar todas as contas assumidas de modo que não fique nenhuma no esquecimento, causando transtornos, deve-se elaborar controles que informem os totais a pagar, obedecendo ao seu vencimento, podendo, assim, quando enfrentar dificuldade financeira, estabelecer prioridades e tentar negociar com os outros credores. Controle de Contas a Receber Geralmente, as empresas trabalham com vendas a prazo. Com isso se tornam competitivas e realizam mais vendas. Atualmente a forma de pagamento a prazo é a mais requisitada pelos clientes. Mas para que essas vendas a prazo ocorram com segurança, devem ser estudadas maneiras de analisar a concessão de crédito aos clientes, para que o número de inadimplência não se torne muito elevado, tornando-se um fator que acarrete para a empresa dificuldades financeiras. Controle de Caixa Para financiar a continuidade das operações, a empresa necessita de recursos, sendo que o caixa é o item que está disponível para a empresa no exato momento, não necessitando de espera para que se torne disponível. O controle do caixa é importante, pois: • Ajuda a fornecer informações para apuração dos custos/despesas, vendas e estoque; • Contribui para controlar e analisar despesas; • Controla o movimento de entrada e saída de dinheiro da empresa. Controle de Banco Assim como o caixa, quando a empresa possui saldos em contas de bancos, poderá utilizar os recursos encontrados nessas contas para pagamentos. Para controlar a circulação dos recursos nas contas em banco, a empresa necessitará do extrato fornecido pelo banco, para conferir com sua movimentação e verificar se os débitos e os créditos realizados pelo banco são os corretos e que o saldo final confere. Fluxo de Caixa É um instrumento de controle que tem por objetivo auxiliar o empresário a tomar decisões sobre a situação financeira da empresa. Consiste em um relatório gerencial que informa toda a movimentação de dinheiro (entradas e saídas), sempre considerando um período determinado, que pode ser uma semana, um mês etc. (SEBRAE) Conciliação Bancária Consiste na prática de conferir todos os lançamentos realizados nas contas correntes da empresa. Quanto mais automatizado esse processo se tornar, melhor. Controle de Tesouraria O propósito da Tesouraria é acompanhar os recebimentos e pagamentos diários disponibilizando informações gerenciais de tesouraria, para prover em caixa ou nos bancos recursos suficientes para os compromissos diários. As sobras são aplicadas em operações de curto prazo e as faltas são supridas com recursos captados no mercado, junto às instituições financeiras. A composição de um sistema de tesouraria abrange controles de informações financeiras oriundas de todos os departamentos da empresa. A interface entre os diversos setores das empresas convergem em informações financeiras na Tesouraria. As vendas gerarão contas a receber, as compras gerarão contas a pagar e estas invariavelmente transitam por contas bancárias, nas quais se faz os devidos controles de débitos avisados, estornos, cheques emitidos, compensados, devolvidos, apresentados e os respectivos saldos. 2. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA A função financeira e a função contábil têm sido consideradas por alguns empresários como sendo a mesma coisa. Entretanto são distintas, embora a Administração Financeira tenhacomo principal insumo os dados fornecidos pela Contabilidade. Ao contador, cabe desenvolver e fornecer dados que possibilitem avaliar o desempenho da empresa em suas situações econômicas, financeiras e patrimoniais, com base nos quais o Administrador traçará seu plano de: análise e planejamento financeiro; estimativas de entradas e saídas de caixa; levantamento, emprego e distribuição de fundos e seu controle financeiro, detalhados em suas funções. 3. FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA As principais funções da Administração Financeira, na perspectiva de Gitman (1978) são: • análise e planejamento das necessidades financeiras; • determinação da estrutura de ativo da empresa; • determinação da estrutura financeira da empresa. 4. RESPONSABILIDADES DO ADMINISTRADOR FINANCEIRO • estimar os recursos que serão necessários para executar os planos operacionais da empresa; • determinar o montante de tais recursos que poderá ser obtido na própria empresa ou de fontes externas; • identificar os melhores meios e fontes para a obtenção de recursos adicionais, quando se fizerem necessários; • estabelecer o melhor método para aplicação de todos os recursos para executar os planos operacionais. 5. AÇÕES QUE DEVEM SER EVITADAS, PELOS GESTORES, PARA GARANTIR A SAÚDE FINANCEIRA DA EMPRESA: • confundir gastos pessoais com gastos da empresa. O patrimônio da empresa não pode ser misturado ao patrimônio dos donos; • elaborar plano de negócio incompatível com a realidade do mercado; • investir e fixar metas sem uma avaliação precisa das necessidades operacionais – investimento não planejado; • ausência de controle dos custos, bem como de outros controles internos ligados à capacidade de gerenciamento de uma empresa: compras, vendas, estoques, finanças, contabilidade, recursos humanos, etc.; • estabelecer prazos de venda sem levar em conta o capital de giro; • acumular dívidas e utilizar recursos emprestados a uma alta taxa de juros para suportar os gastos da empresa; • fazer vendas a prazo sem adotar uma análise de crédito criteriosa (comprovante de renda ou residência, referências, consultas de crédito, etc.); • inexperiência dos sócios no ramo de atividade escolhido para o empreendimento; • remuneração dos sócios incompatível com a situação financeira da empresa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSAF, Alexandre Neto. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico- financeiro. São Paulo. Editora Atlas, 2010. __________ Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico- financeiro. Livro de Exercício. São Paulo. Editora Atlas, 2010. BRASIL, Haroldo Guimarães. Avaliação Moderna de Investimento. Rio de Janeiro, Qualitymark Editora Ltda. BRIGHAM, Eugene F., GAPENSKI, Louis C., EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira. São Paulo. Editora Atlas, 2001. BRUNI, Adriano Leal. A Administração de Custos, Preços e Lucros. 4 ed. São Paulo. Atlas, 2010. GITMAN, Lawewnce J. Princípios de Administração Financeira. São Paulo. Editora Harper & Row do Brasil Ltda., 1978. GROPPELLI, A.A. & NIKBAKHT. Administração Financeira. São Paulo. Editora Saraiva, 2002. IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. São Paulo. Editora Atlas, 2010. KUHNEN, Osmar Leonardo. Matemática Financeira Empresarial. São Paulo. Editora Atlas, 2006. PAXSON, Dean e WOOD, Douglas. Dicionário Enciclopédico de Finanças. São Paulo. Editora Atlas, 2001. PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira: objetiva e aplicada. São Paulo. Editora Saraiva, 2006. SEBRAE – Manual Como Elaborar Controles Financeiros. Belo Horizonte: SEBRAE/MG, 2005 SEBRAE – Guia do Empreendedor – Fluxo de Caixa http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/1D3580AD490CD14283256F6A004 9 D684/$File/NT000A228E.pdf SEIFFERT, Peter Quadros. Empreendendo Novos Negócios em Corporações. São Paulo. Editora Atlas, 2005. TPD/IOB. Treinamento Programado a Distância. São Paulo. IOB. UNIRG – Apostila de Administração Financeira http://www.professores.unirg.edu.br/charles/admfin/Apostila1.pdf CONTROLES DE GESTÃO FINANCEIRA UTILIZADOS NAS EMPRESAS DE MAFRA – SC RELACIONANDO-OS COM SEU CICLO DE VIDA http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/anais/2CCF/20080819160809.pdf O USO DO FLUXO DE CAIXA COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS http://www.tede.ufsc.br/teses/PEPS3873.pdf
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