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APOSTILA GRAVIDEZ

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Prévia do material em texto

GIZELE DE ASSIS MONTEIRO
Professora autora/conteudista
É vedada, terminantemente, a cópia do material didático sob qualquer 
forma, o seu fornecimento para fotocópia ou gravação, para alunos 
ou terceiros, bem como o seu fornecimento para divulgação em 
locais públicos, telessalas ou qualquer outra forma de divulgação 
pública, sob pena de responsabilização civil e criminal.
SUMÁRIO
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1 . Alterações fisiológicas durante a gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. Sistema endócrino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6
1.1.1. Sistema endócrino - alterações metabólicas mediadas hormonalmente durante 
o exercício na gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2. Sistema cardiovascular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
1.3. Sistema respiratório. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
1.4. Sistema musculoesquelético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
1.5. Músculo reto abdominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
2 . Ganho de peso na gestação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.1. Exercício físico na gestação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16
2.1.1. Contraindicações relativas à realização do exercício durante a gestação 17
2.1.2. Sinais de advertência para se interromper o exercício . . . . . . . . . . . 17
2.2. Riscos do exercício intenso durante a gravidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
2.3. Temperatura corporal materna no exercício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18
2.3.1. Alguns cuidados a serem observados para o controle . . . . . . . . . . . 19
3 . Respostas fetais ao exercício materno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.1. Benefícios do exercício para mãe e feto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.1.1. Novas evidências de benefício sobre a saúde do bebê . . . . . . . . . . . 24
3.1.2. Prescrição de exercícios durante a gravidez: recomendações do Colégio 
Americano de Ginecologia e Obstetrícia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
3.1.3. Recomendações de Guedes (2003) para as cargas utilizadas em exercícios 
de fortalecimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4 . Indicação de exercícios para gestantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.1. Ficha das 25 a 26 semanas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
4.2. Ficha das 15 a 17 semanas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5 . Gestante atleta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
5.1. Perigos durante a gravidez em atletas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Conclusão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Glossário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Pág. 4 de 45
INTRODUÇÃO
A gestação é um período que muda toda a vida da mulher. Uma gravidez não saudável pode 
colocar em risco a saúde da mãe, do bebê e até mesmo comprometer a continuidade da gravidez. 
Seja no ambiente da saúde ou no desportivo, a equipe que trabalhará com a gestante deverá 
entender o contexto para auxiliar a mulher a passar por esse período e para que ela depois retome 
sua vida habitual.
Segundo o Portal Brasil (2011), cuidar bem das gestantes deve ser prioridade no Brasil, cujo 
potencial de desenvolvimento é um fato, podendo um dia até se tornar referência para o mundo.
Conheça alguns dos principais direitos da mulher grávida:
• É direito da gestante ter parte dos custos decorrentes da gestação, da concepção ao parto, 
custeadas pelo futuro pai segundo a Lei 11.804/08;
• Prioridade no atendimento médico tanto em instituições públicas como privadas;
• Assentos preferenciais em todos os tipos de transporte público.
• Licença-maternidade de 120 dias (a partir do 8º mês de gestação), sem prejuízo do emprego 
e do salário.
A mulher grávida merece todos os cuidados porque toda criança tem o direito de nascer e 
se desenvolver em ambiente seguro. E isso só é possível se ela tiver uma gestação saudável e o 
atendimento adequado no parto (Portal Brasil, 2011).
No lado da saúde, o exercício físico se encaixa em hábitos saudáveis de vida que podem 
contribuir para o bem-estar da mãe, prevenindo doenças e desconfortos que podem comumente 
acompanhar a gestante, como é o caso da dor lombar. Para a área desportiva, assegura à atleta 
que ela consiga desempenhar sua função dentro da sua modalidade, atendendo às necessidades 
da equipe mas sem colocar em risco a saúde da atleta e de seu bebê. Essa será uma tarefa mais 
árdua e que exige um controle e assistência constante do médico desportivo, do preparador e da 
equipe que a assessora.
A resposta ao exercício físico já é diferenciado entre homens e mulheres, e isso muda novamente 
quando a mulher está gestante. Segundo o posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de 
Medicina do Esporte:
Os benefícios da atividade física têm sido comprovados em ambos os sexos. Na 
mulher esta abordagem adquire algumas características próprias que incluem 
desde as diferenças do perfil hormonal, passando pela incidência de determinadas 
Pág. 5 de 45
patologias, até as respostas e adaptações ao exercício. Na redução da pressão 
arterial, por exemplo, encontram-se trabalhos que mostram que a mulher, através do 
exercício, apresenta uma resposta de redução dos níveis tensionais mais eficiente 
que o homem (LEITÃO et al, 2000).
A equipe técnica da atleta ou o profissional que atenderá a gestante devem entender que a 
gravidez é um momento de transformações metabólicas para a criação de um ambiente ideal para o 
desenvolvimento fetal. Todo o sistema orgânico da mulher, não se esquecendo também do aspecto 
emocional, estarão modificados. É muito importante que qualquer gestante entenda isso, e mais 
ainda a atleta, que deverá desacelerar o seu empenho e ação na equipe. Dessa forma, é importante 
entender que a mulher precisa de um atendimento com toda a segurança e eficiência, feito por um 
profissional especializado.
Hoje, dentro de uma visão de saúde da gestante, trabalha-se no mercado o conceito do “personal 
gestante”. Existem cursos de formação específica para os profissionais (educadores físicos, 
fisioterapeutas, médicos, nutricionistas etc.) que desejam trabalhar com a prescrição de exercícios 
desse grupo.
Conhecer primeiramente todas as alterações que ocorrem no organismo da mulher durante o 
período gestacional é importante para que oexercício seja orientado de forma adequada.
A atividade física na gestação só é recomendada se não houver qualquer anormalidade, mediante 
avaliação médica especializada. As contra-indicações para a pratica de exercício segundo a sociedade 
brasileira de medicina do esporte são:
...sangramento uterino de qualquer causa, a placentação baixa, o trabalho de parto 
pré-termo, o retardo de crescimento intra-uterino, os sinais de insuficiência placentária, 
a rotura prematura de membranas e a incompetência istmocervical. Durante uma 
gestação normal, quem já praticava exercícios pode continuar a fazê-lo, adequando 
a prescrição à gestação (LEITÃO et al, 2000).
Muitas vezes ouvimos a velha frase: “gravidez não é doença!”. 
No entanto, é um momento em que o corpo da mulher passa por 
transformações profundas, caracterizando seu estado como 
grupo especial, demonstrando que as prescrições devem respeitar 
ao máximo a individualidade da mulher e de cada gestação. 
O que serve para uma talvez não sirva para a outra. Dentro 
desse contexto, abordaremos que muitas vezes atividades são 
recomendadas sem levar em consideração uma série de fatores.
Figura 1 - Estágios da gravidez
Fonte: shutterstock.com 
/ Galushko Sergey
Pág. 6 de 45
1. ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DURANTE A GESTAÇÃO
1.1. Sistema endócrino
- Resumo das principais alterações no sistema endócrino - hormônios gestacionais:
• Aumento de estrógenos e progesterona
• Secreção da gonadotrofina coriônica
• Secreção de somatomamotropina coriônica (lactogênio-placentário) – propriedades semelhantes 
ao hormônio crescimento
• Secreção da relaxina
A gonadotrofina coriônica humana (HCG) é o primeiro hormônio-chave da gravidez, secretada 
pelas células do sinciciotrofoblasto. Pode ser detectada na urina e no plasma da mãe dentro de nove 
dias após a concepção. Esse hormônio tem a função de preservar a função do corpo lúteo, além 
de sua duração habitual de catorze dias, e também estimula a secreção ovariana de progesterona 
e dos estrogênios.
A progesterona é o hormônio mais diretamente envolvido com o estabelecimento e a manutenção do 
feto no útero. Tem como funções principais manter o revestimento decidual do útero, disponibilizando 
nutrientes para o feto e inibindo as contrações uterinas para impedir a expulsão prematura do feto. 
A placenta começa a sintetizar progesterona com cerca de seis semanas de gestação e, com doze 
semanas, produz quantidade suficiente desse hormônio, a ponto de poder substituir o corpo lúteo, 
além de reajustar o centro lipolítico e alterar o centro de apetite-saciedade, entre outras funções.
Os estrogênios estimulam o crescimento contínuo do miométrio uterino, preparam o útero 
para o trabalho de parto, estimulam o crescimento adicional do sistema ductal da mama, que dará 
origem aos alvéolos, aumentam os depósitos de gordura, acarretam relaxamento e amolecimento 
dos ligamentos pélvicos da mãe e preparam os receptores primários para a relaxina, permitindo 
melhor acomodação do útero em expansão.
A somatotropina coriônica humana ou lactogênio placentário é um hormônio secretado pela 
placenta que atua no desenvolvimento das mamas e promove o crescimento fetal. No entanto, 
estudos mais recentes têm indicado que suas mais importantes ações estão sobre o metabolismo 
da glicose e das gorduras da mãe, e não sobre o feto. Esse hormônio diminui a utilização de glicose 
pela mãe e, portanto, torna-a mais disponível e em maior quantidade para o feto. Ao mesmo tempo, 
promove uma mobilização aumentada de ácidos graxos dos tecidos adiposos da mãe, de modo que 
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essa gordura pode ser usada para a sua própria energia, em lugar da glicose. Com isso, aumenta 
as reservas maternas de gordura.
Visto que a glicose é o principal substrato usado pelo feto para energia, essa função é de 
extrema importância. Dessa forma, parece atualmente que a somatomamotropina coriônica 
humana é de fundamental importância para assegurar uma nutrição adequada para o feto. 
A prolactina é um hormônio essencial para a expressão dos efeitos mamotrópicos do estrogênio e 
da progesterona e estimula o aparelho lactogênico. É produzida em maior quantidade durante na 
gravidez, mas também no pós-parto, devido a pressões psicológicas e físicas ou a medicações. 
De acordo com sua função essencial na lactação, sua secreção aumenta uniformemente durante 
a gravidez, atingindo vinte vezes os níveis plasmáticos habituais. A quantidade cresce em até 
cinco vezes no primeiro trimestre e vai dobrando nos trimestres seguintes. A maior concentração 
de prolactina é detectada no líquido amniótico, sendo de dez a cem vezes mais elevada do que a 
concentração sérica materna ou fetal. Suas funções são induzir e manter a lactação, promovendo 
a secreção de leite pelas glândulas mamárias.
Durante o parto há uma queda da prolactina e logo após o parto há um aumento imediato. 
Esses níveis de prolactina podem manter-se elevados enquanto houver sucção da criança. Quando 
o mamilo é estimulado, a prolactina é libertada e inicia-se a produção de leite.
Figura 2 - A prolactina
Dopamina
Glândula 
pituitária
Prolactina
Fonte: <http://guiasaudedamulher.com/wp-content/uploads/2015/12/prolactina.jpg>.
A ocitocina, outro hormônio envolvido no processo, é liberada por surtos durante a amamentação. 
Provoca a descida do leite através dos ductos até ao mamilo (o reflexo da descida ou ejeção). 
Pág. 8 de 45
Quando o bebê mama, ao tocar com a boca no mamilo e na aréola, envia mensagens nervosas para 
a glândula pituitária, que liberta a ocitocina na corrente sanguínea. Isso provoca a contração das 
células mioepiteliais dos alvéolos e a ejeção do leite, que vai provocar um aumento do diâmetro dos 
ductos lactóforos e o movimento do leite para o mamilo. Entre as ejeções de leite, o diâmetro dos 
ductos retorna ao seu valor pré-ejeção, sugerindo que a acúmulo de leite não se faz nos grandes 
ductos (canais), mas nos pequenos canalículos.
A relaxina é secretada pelo corpo lúteo e suprime as contrações do miométrio. Juntamente com 
o estrógeno e a progesterona, é a principal responsável pelo aumento generalizado na mobilidade 
das articulações e, consequentemente, pela hiperextensão das estruturas, promovendo alterações 
no tecido conjuntivo de músculos e ligamentos e aumentando a amplitude de movimento nas 
articulações, o que prepara a pelve para o parto. Esse aumento de amplitude pode facilitar a 
ocorrência de torções do tornozelo nas gestantes. As articulações da região pélvica (sacroilíaca, 
sacrococcígea e pubiana) também ficam com a mobilidade aumentada durante a gestação, e muitas 
vezes a mãe sente esse alargamento.
1.1.1. Sistema endócrino - alterações metabólicas mediadas 
hormonalmente durante o exercício na gestação
Entre as maiores preocupações com as alterações hormonais que ocorrem na gravidez está a 
mudança nos níveis de glicose.
Há uma grande sensibilidade dos níveis de glicose em relação ao tipo, duração e intensidade do 
exercício. Enquanto o exercício leve e moderado parece manter os níveis de glicose em níveis mais 
estáveis, associa-se o exercício intenso ou extenuante à hipoglicemia. A resposta hipoglicêmica é 
característica do terceiro trimestre da gestação e o feto pode sofrer efeitos adversos.
O exercício físico tem um impacto no sistema hormonal induzindo respostas de 
estresse agudo, na qual as catecolaminas, prolactina, cortisol, endorfinas e glucagon 
aumentam, enquanto a insulina e as gonadotrofinas ficam reduzidas. O tipo, a 
intensidade, duração e frequência do exercício são variáveis importantes, porque 
influenciam diretamente na magnitude e duração da ruptura do fluxo sanguíneo 
regional, equilíbrio térmico e meio hormonal. (ALLEGRETTI, 2008, p. 25).
Dessa forma, a intensidade e o volume do exercício são variáveis de extrema importância 
para a integridade materno-fetal. O controle delas deve ser uma preocupação do profissional que 
prescreverá para a gestante.Pág. 9 de 45
1.2. Sistema cardiovascular
- Resumo das alterações no sistema cardiovascular:
• Aumento do débito cardíaco – em torno de 40%
• Aumento do volume sanguíneo – entre 40 e 50%
• Aumento do volume sistólico – em torno de 30%
• Aumento do retorno venoso e da capacidade aórtica
• Aumento da frequência cardíaca – entre 15 e 20 batimentos por minuto
• Aumento das células vermelhas – em torno de 20%
• Diminuição da resistência vascular periférica – com tendência a diminuir a PA sistólica e 
diastólica.
Na gravidez, o aumento da volemia induz a adaptações morfológicas do coração e de grandes 
vasos. Há hipertrofia do miocárdio e a contratilidade aumenta. O coração passa a ser mais 
horizontalizado com o crescimento do útero e a progressiva elevação do diafragma.
Figura 3 - Sistema vascular
Grávida
Não grávida
Fonte: https://www.glowm.com/resources/glowm/cd/pages/v2/ch013/framesets/005f.html
Na gravidez há aumento de aproximadamente 40% no débito cardíaco e o pico do valor é atingido 
entre a 20ª e 24ª semana. Este aumento poderá atingir 1,5L/min acima dos valores não-gravídicos. 
O débito é aumentado durante o exercício submáximo nos dois primeiros trimestres.
Pág. 10 de 45
Saiba mais
O débito cardíaco torna-se muito sensível à alteração postural. Devido a essa sensibilidade, vários 
exercícios deverão ser modificados ao longo da gestação.
Em relação à posição supina, tal sensibilidade aumenta ao longo da gravidez, visto que o útero 
comprime a veia cava inferior, diminuindo o retorno venoso. Essa informação é de extrema 
importância para a prescrição de exercícios, pois muitos exercícios são realizados nessa postura.
No início da gravidez, a maior parte do aumento do débito cardíaco deve-se ao crescimento do 
volume sistólico (25-30%, atingindo um valor máximo entre as 12 e 24ª semanas).
A pressão arterial sistêmica diminui ligeiramente durante a gravidez, desde as primeiras semanas. 
É pequena a variação da pressão arterial sistólica, porém a diastólica tem diminuição de 5 a 10 
mmHg entre a 12ª e a 26ª semana.
Ao longo do terceiro trimestre, os valores de débito cardíaco são mais baixos e a possibilidade 
de hipotensão aumenta.
O volume sanguíneo é aumentado de 40 a 50% durante o exercício, reduzindo o fluxo 
sanguíneo para o útero (o sangue é desviado para os músculos ativos), podendo levar 
à hipóxia fetal. Tal redução está diretamente relacionada à intensidade e duração do 
exercício (ALLEGRETTI, 2008, p. 25-26).
No entanto, ocorre um mecanismo secundário compensatório à hemoconcentração e ao aumento 
da extração de oxigênio pelo endométrio.
[...] os estudos das respostas da fisiologia do exercício durante a gestação têm 
demonstrado que gestantes saudáveis podem acomodar demandas as fisiológicas do 
exercício materno com o crescimento fetal através dos mecanismos compensatórios 
que aumentam a extração de oxigênio e a redistribuição do fluxo sanguíneo, que, por 
sua vez, serve para manter a oxigenação fetal relativamente constante.
[...]
A mulher grávida pode se beneficiar de um programa de atividade física de intensidade 
leve a moderada, ou seja, de 15-50% do VO2 máx. ou de 40-65% da FC máxima.Outros 
restringem esse limiar de estímulo de treinamento para 50% do VO2 máx (PASSOS; 
VASCONCELOS, 2008, s/p).
1.3. Sistema respiratório
- Resumo das alterações no sistema respiratório:
• Aumento no diâmetro transverso do tórax
Pág. 11 de 45
• Diminuição da capacidade pulmonar total – em torno de 4 a 5%
• Elevação do músculo diafragma
• Aumento da ventilação pulmonar por minuto – em torno de 50%
• Aumento do volume corrente – em torno de 35 a 50%
• Aumento da sensibilidade respiratória ao CO2
• Diminuição do volume residual, da capacidade residual funcional e o volume de reserva 
expiratória – aproximadamente 20%.
• Aumento do espaço morto devido ao relaxamento da musculatura das vias aéreas
• Aumento progressivo do consumo de oxigênio – entre 15 e 20%
A fisiologia respiratória da mulher tem mudanças importantes na gravidez, com aumentos no 
consumo de oxigênio (20%) e na taxa de metabolismo extra (15%)
De acordo com Neppelenbroeket al. (2005, p. 38), “Esta demanda extra é alcançada devido a 
acréscimo de 40 a 50% na ventilação pulmonar por minuto, de 7,5 para 10,5 L/min, resultado mais 
do aumento do volume corrente do que de alterações na frequência respiratória”.
Há um aumento da sensibilidade respiratória ao CO2 que leva a uma hiperventilação. Espera-se 
que a grávida tenha uma respiração compatível com o padrão de alcalose, parcialmente compensada 
por acidose metabólica moderada.
O estado de hiperventilação fisiológico na gestação persiste e aumenta com o exercício, 
influenciando seu desempenho no exercício. Durante o exercício aeróbico, o equilíbrio ácido-básico 
materno não é comprometido, já que a hiperventilação gestacional é um mecanismo adaptativo 
para manter a pressão arterial de CO2 (PCO2) e o bicarbonato arterial durante o exercício aeróbico.
Sobre a relação entre PCO2 materno e PO2 fetal durante a hiperventilação em exercício, “[...] 
verificou-se que o PCO2 materno está diminuído em relação a PO2 fetal. Essa inversão de gradiente 
é para manter o feto oxigenado em todo momento do exercício” (OLIVEIRA et al., 2011, p. 2).
O deslocamento do diafragma, à medida que o crescimento uterino acontece ao longo dos 
trimestres, muda o tórax e o uso da musculatura respiratória, exigindo mais da musculatura costal 
alta. A grade torácica é deslocada superior e lateralmente. Os músculos da parede abdominal 
apresentam um tônus diminuído e menor atividade, pelo que o padrão respiratório se torna mais 
diafragmático.
Pág. 12 de 45
Passos e Vasconcelos (2008, s/p) afirmam que a captação de O2
[...] é discretamente maior em repouso e durante o exercício submáximo, o consumo 
de O2 no exercício é acentuadamente aumentado. Com a evolução da gravidez, 
pode haver uma intolerância crescente ao exercício, provocada pela incapacidade 
de transferir gases (O2 e CO2) entre a atmosfera e as células. Juntamente com um 
aumento significante na hemoglobina e debito cardíaco há uma demanda excessiva 
que leva à diminuição na diferença de oxigênio arteriovenoso. Conforme há o aumento 
de peso durante a gravidez, o exercício produzirá um débito de oxigênio maior, 
resultando numa recuperação mais demorada.
1.4. Sistema musculoesquelético
- Resumo das alterações no sistema respiratório
• Com 12 semanas,o útero (órgão pélvico) 
torna-se um órgão abdominal
• Aumento da lordose lombar
• Aumento da base (apoio entre pés)
• Rotação da pelve sobre o fêmur
• Andar gingado
• Posicionamento anteriorizado da 
cabeça para compensar o alinhamento 
do ombro.
• Alongamento do músculo reto 
abdominal
• Ombros: projetam-se para frente 
juntamente com uma abdução 
escapular e rotação interna dos 
membros superiores
• Peso do corpo transfere-se para os 
calcanhares.
Figura 4 - O corpo da mulher no final da gravidez
Período final 
da gravidez
As mamas e útero aumentam 
e adicionam peso para frente 
do corpo.
Músculos abdominais 
alongam com o 
crescimentodo bebê.
Nervos podem ser 
pressionados com 
o crescimento do bebê 
ou posição do quadril.
Ligamentos e articulações 
pélvicas ficam com mais 
extensibilidade.
Fonte: adaptado de <http://www.eitapiula.com.br/
curiosidades/gestacao-acompanhe-os-nove-meses-
de-um-bebe-na-barriga-de-sua-mae/>.
À medida que o volume uterino aumenta, o centro de gravidade é deslocado para os membros 
inferiores. O ganho de peso durante o período gestacional, o aumento do volume de sangue e o 
crescimento ventral do feto também estão associados a mudanças do centro de gravidade, o qual 
não cai mais entre os pés. Com isso, a mulher precisa se inclinar para trás para ter equilíbrio, o que 
Pág. 13 de 45
se transfere para os calcanhares e a grávida tenta compensar alterando sua postura da seguinte 
forma: flexão anterior do pescoço e anteriorização da cintura escapular (o que provoca umarotação interna dos membros superiores que pode ser aumentada com o crescimento das mamas 
e posicionamento para o cuidado do bebê após o parto).
Todos os ligamentos, em particular os pélvicos, tornam-se mais lassos na gestação, alteração 
que ocorre graças à ação do hormônio relaxina. Com as articulações sacro-ilíacas, sacrococcígeas 
e sínfise púbica menos rígidas, são possíveis os movimentos de báscula durante o parto.
1.5. Músculo reto abdominal
Com a evolução da gravidez, o reto abdominal precisa ser alongado para o constante aumento 
do tamanho do bebê. Ele se alonga até 115% e alarga-se, gerando um afastamento da linha alba, 
principalmente durante o 3º trimestre. Com essas alterações, a força completa do músculo para 
flexão está prejudicada, permanecendo até 24 semanas pós-parto.
Pág. 14 de 45
2. GANHO DE PESO NA GESTAÇÃO
A prevalência de mulheres obesas tem crescido rapidamente, tanto em países desenvolvidos 
quanto em desenvolvimento, inclusive durante a gestação. Por isso, o ganho de peso excessivo e 
sua subsequente retenção após o parto têm sido considerados fatores de risco para a obesidade.
No Brasil, entre as mulheres, dados do VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e 
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) fornecidos pelo IBGE 
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram presença de excesso de 
peso (IMC > 25 kg/m2) em 24,9%, 36% e 45,7% nas faixas etárias de 18-24, 25-34 e 
35-44 anos, respectivamente (MELO, 2011, p. 1).
Esses dados são importantes, pois, se a mulher já está acima do peso antes de engravidar, as 
mudanças gestacionais colocarão a mulher em um risco maior para o desenvolvimento de doenças 
que comprometem a gestação, como a hipertensão e diabetes.
O ganho de peso na gestação é um dos principais fatores determinantes da retenção de peso 
em mulheres no pós-parto.
Tabela 1 - Tabela de IMC saudável na gravidez
GANHO DE PESO SAUDÁVEL NA GRAVIDEZ
IMC ANTES DA GRAVIDEZ: GANHO DE PESO INDICADO:
< 18,5 12,5 A 18,0 kg
18,5 - 24,9 11,5 a 16,0 kg
25 - 29,9 7,0 a 11,5 kg
> 30 5,0 a 9,0 kg
Fonte: <http://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/ganho-de-peso-na-gravidez.jpg>.
O ganho de peso durante a gestação pode ser dividido em duas fases metabólicas:
a) Primeira fase - dois terços iniciais da gestação
Ocorre o crescimento fetal mínimo, hiperfagia (aumento do apetite) e a conservação de 
nutrientes exógenos quando a mãe se alimenta. O resultado é o aumento do peso corporal materno, 
especificamente pelo acúmulo de gordura que ocorre logo no início da gravidez e sustenta a 
acelerada atividade lipolítica no tecido adiposo. Sem esse aumento de energia ingerida, há queda 
de gordura corporal materna.
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O acúmulo de gordura corporal é uma notável característica da gestação em mulheres e animais.
b) Segunda fase - no terço final da gestação
Ocorre um intenso anabolismo fetal, sustentado pela transferência de nutrientes a partir da 
circulação materna.
Tabela 2 - Valores aproximados para a distribuição de peso entre com-
ponentes gestacionais e ganhos de peso na gravidez
Feto 3,200 a 3,600 kg
Placenta 0,450 a 0,900 kg
Líquido amniótico 0,900 kg
Útero 0,900 kg 
Mamas 0,450 kg
Volume Sanguíneo 1,360 kg
Massa Muscular e Líquidos: 1,800 a 3,200 kg
Gordura Corporal 2,300 kg
Total, no mínimo: 11,360 Kg
Fonte: EBC, 2013
O ganho de peso ideal na gestação é baseado nas recomendações do Institute of Medicine 
(GILMORE; REDMAN, 2015) e leva em consideração o IMC pré-gestacional da paciente, conforme 
tabela a seguir.
Tabela 3 - IMC pré-gestacional
Estado nutricional 
antes da gestação
IMC
(kg/m2)
Ganho de peso na 
gestação (kg)
Ganho de peso por semana 
no 2° e 3° trimestres (kg)
Baixo peso <18,5 12-18 0,5
Peso adequado 18,5-24,9 11-16 0,4
Sobrepeso 25,0-29,9 7-11,5 0,3
Obesidade ≥30,0 5-9 0,2
Fonte: GILMORE; REDMAN, 2015.
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Tem sido comum a associação entre o ganho de peso na gestação e o surgimento de hipertensão 
e diabetes nesse período.
A incidência de diabetes mellitus gestacional (DMG) em gestantes obesas é três 
vezes maior que na população geral. No período gestacional as mulheres, mesmo 
com peso adequado, apresentam fisiologicamente aumento da resistência à insulina. 
Nas grávidas obesas essa característica fisiológica ocorre de forma exacerbada, 
favorecendo o desenvolvimento de DMG. A prevalência de diabetes mellitus tipo 
2 (DM2) pré-gestacional também é maior nessa população. Assim, recomenda-se 
o rastreamento de diabetes nas gestantes obesas já no primeiro trimestre através 
glicemia de jejum, com o objetivo de detectar pacientes previamente diabéticas 
não diagnosticadas. Mulheres obesas com antecedente de DMG têm um risco duas 
vezes maior de desenvolver DM2 no futuro, quando comparadas às magras com o 
mesmo antecedente.
O peso materno é um fator de risco independente para pré-eclampsia, assim evidências 
comprovam que o risco de pré-eclampsia dobra a cada aumento de 5 a 7 kg/m2 no 
IMC pré-gestacional (MELO, 2011, p. 5).
O Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (American Congress of Obstetricians and 
Gynecologists, ACOG) reconhece que a prática regular de exercício durante a gestação parece atuar 
no controle do ganho de peso durante a gestação e no pós-parto.
2.1. Exercício físico na gestação
Segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte:
Os objetivos da prática de atividade física em gestantes são a manutenção da aptidão 
física e da saúde, a diminuição de sintomas gravídicos, o melhor controle ponderal, 
a diminuição da tensão no parto, e uma recuperação no pósparto imediato mais 
rápida. Outros benefícios da atividade física na gestante são o auxílio no retorno 
venoso prevenindo o aparecimento de varizes de membros inferiores e a melhora 
nas condições de irrigação da placenta (LEITÃO et al, 2000).
O Colégio Americano recomenda que o 
profissional que trabalhará com exercícios na 
gravidez tenha o conhecimento das contraindicações 
e saiba reconhecer os sinais para que se interrompa 
o exercício, assim como os riscos especiais 
associados.
Figura 5 - Exercícios na gravidez
Fonte: shutterstock.com / wavebreakmedia
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2.1.1. Contraindicações relativas à realização do exercício durante a gestação
• Obesidade mórbida
• Baixo peso extremo (IMC < 12)
• Sedentarismo
• História de três ou mais abortos espontâneos
• Trabalho de parto prematuro
• Limitação ortopédica
• Bronquite crônica
• Hipertensão não controlada
• Anemia severa
• Hipertiroidismo não controlado
• Diabetes tipo 1 não controlada
• Arritmia cardíaca
• Fumante inveterada
• Crescimento intrauterino retardado
2.1.2. Sinais de advertência para se interromper o exercício
• Contrações uterinas
• Hemorragia vaginal
• Vazamento de líquido amniótico
• Vertigens, fraqueza muscular
• Dispneia anterior ao esforço
• Dor peitoral
• Dor na perna ou inchaço
• Diminuição dos movimentos fetais
2.2. Riscos do exercício intenso durante a gravidez
Outro ponto importante para o profissional que atenderá a gestante é o conhecimento dos riscos 
que o exercício intenso pode apresentar para a gestante e para o feto.
Os riscos maternos são:
a) Complicações cardiovasculares
b) Hipoglicemia
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c) Ameaça de aborto e trabalho de parto prematuro
d) Lesões musculoesqueléticas
Como observam Passos e Vasconcelos (2008, s/p),
Os efeitos fisiológicos do exercício físico no corpo materno afetam todos os principais 
sistemas do organismo, sendo que as maiores implicações se dão no sistema 
respiratório, cardíaco e endócrino e influenciam indiretamente respostas fisiológicas 
no feto e na placenta.
A mudança biomecânica que o corpo da mulher sofre no decorrer do período gestacional também 
coloca todo o sistema musculoesquelético em risco. Efeitos da maior amplitude, mudanças nas 
informações proprioceptivas, maior peso corporal e mudanças na coluna podem levar a mulher 
a riscos, com exercícios de impacto queexigem deslocamento corporal acentuado ou, ainda, um 
nível de força que coloque todo o sistema em estresse.
Já os riscos para o feto são:
a) Sofrimento fetal
b) Crescimento intrauterino retardado
c) Má formação fetal
d) Lesões fetais
Entre as alterações preocupantes induzidas pelo exercício físico temos: a redistribuição do débito 
cardíaco, a elevação na temperatura central, a alteração no meio hormonal, o tipo, a intensidade e 
a duração dos exercícios e o momento do exercício em relação à evolução da gravidez.
De acordo com Passos e Vasconcelos (2008, s/p, grifos nossos),
A principal resposta hemodinâmica do exercício é a redistribuição do débito cardíaco e 
do fluxo sanguíneo aos músculos em atividades, com redução aos órgãos esplênicos 
e potencialmente ao útero e ao feto, comprometendo o seu bem-estar e crescimento 
adequado.
O aumento no débito cardíaco durante a gravidez significa que o aumento do fluxo 
sanguíneo ao músculo em exercício pode ocorrer sem diminuição do fluxo ao feto.
2.3. Temperatura corporal materna no exercício
A hipertermia materna é uma das preocupações que cercam a realização do exercício durante 
a gravidez. Isso ocorre pelo fato da temperatura corporal materna regular a temperatura do feto. 
Com a realização do exercício físico materno, a temperatura corporal aumenta e esse efeito pode 
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representar um risco ao feto. Estudos em animais apontaram que a hipertermia no início da gravidez 
pode levar a efeitos teratogênicos, principalmente defeitos do tubo neural (PASSOS; VASCONCELOS, 
2008).
No entanto, existem vários mecanismos de compensação para isso não ocorrer (PASSOS; 
VASCONCELOS, 2008, s/p):
• O equilíbrio ácido-básico materno “[...] não é comprometido pois a hiperventilação gestacional 
é um mecanismo adaptativo para manter a pressão arterial de CO2 (PCO2) e o bicarbonato 
arterial durante o exercício aeróbico”.
• a magnitude da elevação na temperatura central está relacionada à intensidade do exercício.
• o exercício regular aumenta o volume sanguíneo e diminui o limiar da temperatura interna, 
tanto para a vasodilatação cutânea quanto para a transpiração. “Todos esses mecanismos 
melhoram a capacidade de dissipação de calor em resposta ao estresse térmico”. A ação do 
estrógeno
[...] intensifica tanto a capacidade de estocar calor quanto a capacidade de dissipação 
do mesmo pela redução tanto da temperatura interna de repouso quanto dos limiares 
para vasodilatação e transpiração.
Se o exercício materno for prolongado e de intensidade extenuante, pode causar aumento na 
temperatura interna do corpo, o que é suficiente para produzir efeitos teratogênicos no feto. É maior 
a possibilidade da hipertermia fetal em exercícios aeróbicos prolongados realizados em condições 
de estresse e calor.
2.3.1. Alguns cuidados a serem observados para o controle
• Em piscinas aquecidas, certificar-se de que a temperatura da água não ultrapasse os 30°C.
• A temperatura corporal após o exercício não deve passar de 38°C.
• Escolher locais arejados, à sombra, com ventilador ou ar-condicionado.
• Vestir roupas folgadas e apropriadas para a prática de exercícios.
• Não realizar exercícios contínuos de mesma intensidade com altos volumes sem pausa.
• Controlar a intensidade do exercício.
• Evitar exercícios em ambientes externos ou quentes em horários muito quentes ou quando o 
tempo estiver muito úmido.
• Hidratação constante e contínua – beber água ou outros líquidos antes, durante e depois dos 
exercícios. A desidratação eleva a temperatura corporal.
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Essas orientações devem ser seguidas mesmo no pós-parto, especialmente no período de 
amamentação.
Figura 6 - A atividade física na gravidez deve ser moderada
Fonte: shutterstock.com / morozv
Não realizar exercício se a gestante estiver com FEBRE .
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3. RESPOSTAS FETAIS AO EXERCÍCIO MATERNO
Diversos parâmetros são aplicados na avaliação da resposta fetal, como o comportamento da 
frequência cardíaca fetal de acordo com o esforço físico materno. Observa-se os seguintes fatores 
influenciando as variações da FC fetal: idade gestacional, tipo do exercício, intensidade do exercício 
e duração do exercício.
Passos e Vasconcelos (2008, s/p) afirmam que
A resposta dos batimentos cardíacos fetais ao exercício materno é um aumento 
aproximado de 10-30 batimentos por minuto (bpm). Estas alterações são consistentes 
e independentes do período gestacional e até mesmo da intensidade do exercício 
realizado pela gestante. No entanto, estudos recentemente demonstraram que 
mesmo exercícios progressivos que elevaram a FC materna a 170bpm não induziram 
a estresse fetal durante gravidez saudável.
Com intensidades leves e moderadas a frequência cardíaca do feto retorna aos níveis 
basais em aproximadamente 5 minutos, porém em exercícios de alta intensidade ou 
extenuante a frequência cardíaca fetal permanece elevada durante aproximadamente 
30 minutos.
Outras pesquisas mostram que o feto pode apresentar também bradicardia durante ou após 
o exercício materno que. Mesmo sendo esta uma situação rara, pode significar sofrimento fetal.
O feto em seu ambiente intrauterino depende da eficiência das trocas placentárias para fornecer 
um contínuo e crescente suprimento de oxigênio e nutrientes para o seu desenvolvimento e 
metabolismo. Uma redução prolongada nesses suprimentos pode causar prejuízos para o feto, 
produzindo sofrimento fetal agudo (hipoxemia e/ou hipóxia) ou crônico (nutrição diminuída, baixo 
peso ou crescimento intrauterino retardado).
Alguns estudos já demonstram efeitos benéficos do exercício sobre o feto. Argumenta-se que 
as crianças nascidas de mães ativas apresentam maior facilidade de passagem pela pélvis, além 
de possuírem melhor capacidade de suportar o estresse do parto. Além desta influência, observa-
se melhora na vascularização e no volume placentário, o que permite um melhor suprimento de 
nutrientes para o feto, assim como sua melhor oxigenação.
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Saiba mais
O que é sofrimento fetal?
Sofrimento fetal (ou hipóxia neonatal) é a diminuição ou ausência do oxigênio que deve ser recebido 
pelo feto através da placenta. Pode ocorrer antes ou durante o parto e indica que o feto não está 
bem. No primeiro caso é um sofrimento crônico; no segundo, agudo. Quando o sofrimento fetal é 
logo identificado e solucionado a recuperação do feto costuma ser rápida e não deixar sequelas, mas 
se é prolongado pode levar a lesões irreversíveis, principalmente no sistema nervoso, como lesões 
cerebrais de baixa severidade ou lesões encefálicas extensas.
Quais são as causas do sofrimento fetal?
A hipóxia neonatal pode ser aguda ou crônica. Os casos crônicos em geral devem-se a alguma 
patologia materna que ocasiona redução na concentração do oxigênio que transita entre mãe e 
feto como, por exemplo, uma anemia significativa, um problema respiratório ou cardíaco, baixa 
irrigação placentária ou diabetes gestacional. Mesmo que estes problemas não levem a alterações 
evidentes da oxigenação do feto ao longo da gestação, podem ocasioná-los no momento do parto, 
quando há uma redução da irrigação placentária provocada pelas contrações uterinas. Podem 
ocorrer problemas agudos no momento do parto que podem resultar em problemas mais severos 
na oxigenação do feto, como acontece em casos de placenta prévia e descolamento prematuro da 
placenta. Outros problemas que causam a diminuição da oxigenação fetal são: mau posicionamento 
do feto; desproporção entre as dimensões da pelve da mãe e as dimensões do feto; gemiparidade; 
ruptura uterina; anomalias do cordão umbilical.
Quais são os principais sinais e sintomas do sofrimento fetal?
Um dos sinais de sofrimento fetal é a expulsão intrauterina de mecônio (fezes do feto que 
normalmente só são evacuadas após o nascimento). Outros sinais são a diminuição de motilidade do 
bebê, alterações das respostas fetais aos estímulos, alterações no perfil biofísico da circulação do 
feto,alterações na frequência cardíaca dele.
(Fonte: <http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/513044/sofrimento+fetal+ou+hipoxia+neonatal+como+e.htm>)
3.1. Benefícios do exercício para mãe e feto
Se por um lado o exercício mal orientado ou em quantidade inadequada apresenta riscos 
para a gestante, quando bem orientado pode produzir vários benefícios. “Há um consenso geral 
na literatura científica de que a manutenção de exercícios de intensidade leve-moderada durante 
uma gravidez não-complicada proporciona inúmeros benefícios para a saúde da mulher.” (LIMA; 
OLIVEIRA, 2005, p. 188).
Os benefícios da prática de atividades físicas são diversos e atingem diferentes áreas do 
organismo materno.
Alguns dos benefícios que os exercícios podem proporcionar à gestante são:
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• Auxilia e promove um melhor controle do ganho de peso corporal
• Menor incremento da adiposidade
• Diminui o risco de pré-eclampsia - previne e auxilia no controle de hipertensão gestacional
• Previne e auxilia no controle de diabetes gestacional, diminuindo o risco
• Melhora da postura e da força muscular para manter uma postura mais adequada
• Previne e diminui a dor lombar
• Mantém ou melhora a aptidão física
• Melhor autoimagem, menos ansiedade e estresse e auxilia na prevenção e no tratamento da 
depressão pós-parto
• Facilita a recuperação no pós-parto
Durante a gravidez há diminuição do nível de aptidão física devido à diminuição da atividade 
diária que a mulher faz. No entanto, no sentido contrário a essa realidade, os estudos têm observado 
que mulheres que participam de programa de exercícios durante a gravidez relatam melhora dessa 
aptidão mesmo que sedentárias anteriormente. Portanto, a resposta é a manutenção ou a melhora 
da aptidão física.
Um programa de exercícios adequado e saudável segundo o que os estudos epidemiológicos 
têm relatado diminui os riscos de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. Os programas ainda têm 
demonstrado a melhora da saúde psicológica, melhor autoimagem, diminuição da ansiedade, bem-
estar e bom humor.
A atuação da prevenção e alívio da dor lombar é outro benefício muito importante associado 
ao exercício. A hidroginástica realizada apenas uma vez por semana já foi associada à redução 
da intensidade da dor lombar em gestantes entre a 19-35ª semanas de gestação. Exercícios de 
alongamento e orientações ergonômicas também têm sido positivos nessa diminuição.
Figura 7 - Exercício na gravidez melhora a autoestima
Fonte: shutterstock.com / kosmos111
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3.1.1. Novas evidências de benefício sobre a saúde do bebê
Uma nova linha de estudo mostra que o exercício durante e após a gravidez pode ser a primeira 
forma de intervenção positiva na saúde do coração do bebê.
Após um resultado benéfico do exercício sobre a mãe, mostrou-se que as gestantes praticantes de 
exercícios em uma frequência semanal mínima de três vezes por semana, com duração de 30 minutos, 
tinham fetos com menor frequência cardíaca durante as últimas semanas de desenvolvimento, 
um sinal da saúde do coração. Esse novo estudo mostra então que não apenas o coração da mãe 
melhora, mas o coração do bebê também.
Os resultados sugerem que exercícios durante a gravidez é a primeira coisa que uma 
mãe pode fazer para melhorar a saúde cardiovascular de seu bebê após o nascimento.
[...]
O exercício regular durante a gravidez diminuiu a frequência cardíaca do feto e esse 
efeito persistiu por um mês após o nascimento. A frequência cardíaca baixa indicou 
que o coração do bebê estava em boa saúde, da mesma forma que um adulto que 
acabou de treinar (EXERCÍCIO FÍSICO, 2011, s/p).
O estudo com 61 gestantes avaliou a função cardíaca da mãe e do bebê durante e após a 
gravidez. Os exercícios envolvidos foram diferentes, variando na quantidade e tipo de exercício 
realizado, incluindo caminhadas, corridas, ioga e musculação.
Curiosidade
Bebês de mães que se exercitaram apresentaram maior variabilidade de frequência cardíaca, medida 
que indica que o coração é melhor controlado pelo sistema nervoso.
Ainda não se sabe como o exercício materno beneficia o coração do feto, mas pode ser um fator 
hormonal ou de crescimento produzido pela mãe durante o exercício que atravessa a placenta e 
estimula o desenvolvimento do bebê.
Outro benefício observado em estudo foi sobre o peso do recém-nascido, apresentado em 
artigo da Folha de São Paulo “Exercício aeróbico reduz peso de bebê no nascimento”, de abril de 
2010. Esse resultado observado tem a sua importância, mostrando que as mulheres que praticam 
exercícios aeróbicos ao longo da gravidez podem gerar um bebê com peso mais adequado, reduzindo 
a tendência à obesidade. A obesidade é uma preocupação não só na saúde materna, mas também 
na saúde futura da criança.
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O estudo avaliou um programa semanal de no máximo cinco vezes na semana e intensidade 
moderada – aproximadamente 65% da sua capacidade aeróbica (VO2máx). O programa foi realizado 
em casa com bicicleta ergométrica em 40 minutos diários da 20ª semana até o parto (36 a 40 
semanas), conforme a capacidade e conforto da gestante.
No total, 84 gestantes participaram do estudo entre controle e grupo exercitado. O exercício 
mostrou ser benéfico na gravidez, podendo não só auxiliar na saúde futura das mães, mas também 
de seus bebês que “nasceram menos gordos”, isto é, o grupo de mulheres que ser exercitou gerou 
crianças um pouco mais leves do que as de mães que não se exercitaram. Os bebês não foram 
menores em comprimento e não há evidência de que estivessem mal nutridos. Os resultados 
apontaram que aquelas que pedalaram tiveram filhos 143 gramas mais leves, em média, do que 
as demais.
3.1.2. Prescrição de exercícios durante a gravidez: recomendações do Colégio Americano de 
Ginecologia e Obstetrícia
A prescrição do exercício durante a gravidez deve basear-se nas alterações fisiológicas que 
ocorrem neste período.
Existem autoridades e pesquisadores que norteiam através de recomendações essa prescrição. 
A principal diretriz reconhecida e aceita é do Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia (ACOG, 
1985 e 2003), que é um dos órgãos que estabelece diretrizes para a prescrição de exercícios durante 
a gravidez.
Seguem as principais recomendações gerais para a prática segura de exercícios por gestantes:
• Manter o exercício em frequência cardíaca até 140 bpm;
• atividades extenuantes não devem ser mantidas por mais de 15 minutos;
• frequência semanal de pelo menos 3 vezes por semana;
• não realizar exercícios na posição supina após o 4º mês, pois o peso do feto comprime a 
aorta e a veia cava inferior contra a coluna lombar na posição deitada, levando à diminuição 
do débito cardíaco (pode causar vertigens e até inconsciência);
• evitar a manobra de Valsalva;
• a temperatura materna não pode exceder 38,5°C – deve-se evitar ambientes quentes e úmidos;
• utilizar a percepção subjetiva do esforço – a percepção do esforço permanece estável durante 
a gravidez;
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• utilizar a escala de 12 a 14 é o adequado para a maior parte das mulheres;
• observar os cuidados com nutrição, hidratação, temperatura e umidade ambiental.
Que exercícios a gestante pode fazer?
Uma dúvida muito comum que acompanha gestantes e profissionais da área é: que exercícios 
são permitidos durante a gestação?
Figura 8 - Exercícios recomendados para gestantes
Fonte: shutterstock.com / Macrovector
Há algum tempo, os profissionais têm generalizado o termo exercícios sem se preocupar com 
a modalidade ou tipo de exercício realizado.
Existem diferentes tipos de exercícios e modalidades que podem ser mais indicados conforme 
vários fatores: nível de aptidão física da mulher, histórico anterior de realização do exercício, maior 
ou menor risco, necessidades da gestante etc. Esses fatores devem ser levados em consideração 
devido a sua característica em intensidade, impacto, nível e tipo de força, alongamento, entre outros.Muito precisa ainda ser desmistificado quanto a esse tema, pois falta o entendimento da aplicação 
das várias modalidades para que elas sejam indicadas conforme a gestante (paciente-cliente) que 
estivermos tratando.
Vamos aos detalhes e alguns pontos sobre as várias modalidades existentes, seus possíveis 
benefícios e riscos na gravidez:
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Hidroginástica/atividades em água
A hidroginástica é uma modalidade de 
ginástica que combina vários tipos de movimento 
realizados em água. Estão em sua composição 
exercícios aeróbicos, exercícios de fortalecimento, 
alongamento e relaxamento.
Ainda é a atividade mais indicada pelos médicos, 
e é sem dúvidas uma atividade que traz vários 
benefícios para a gestante, principalmente no último 
trimestre. Ao final da gravidez, muitas gestantes 
sofrem com o edema (inchaço), principalmente nas pernas, e a atividade em água é muito positiva 
para esse alívio. Ainda podemos atribuir na sua lista de benefícios a diminuição de dor lombar, efeito 
positivo para as que estão apresentando esse problema.
A preferência dos médicos por essa modalidade é pela diminuição do impacto e sobrecarga 
que oferece nas articulações e músculos, porém, apesar desse benefício, há de se tomar alguns 
cuidados, pois uma aula orientada por um profissional que não conhece as mudanças gestacionais 
pode oferecer exercícios e duração tão intensos quanto em outras modalidades. Deixamos alguns 
cuidados para serem observados:
• Vários locais oferecem aulas que não são específicas para gestantes, sendo que pode haver 
uma mistura de pessoas, e o objetivo e foco pode ser perdido, ultrapassando a intensidade 
para a gestante.
• Para academias que oferecem um grupo de gestantes, o profissional deverá saber fazer as 
correções das várias grávidas em períodos gestacionais diferentes (trimestres).
• Nível de condicionamento físico e necessidades diferentes entre cada gestante.
• Deve haver cuidado e atenção redobrada com gestantes SEDENTÁRIAS.
Hoje existe no mercado variações de modalidades dentro da água, como no caso da corrida 
adaptada para a água, além, claro, da própria natação.
Caminhada
Realizada em esteira ou solo, essa modalidade não costuma ter contraindicação por autoridades 
internacionais e médicos. Isso se dá pelo fato da modalidade não ter impacto, ser de fácil realização 
Figura 9 - Atividades na água para gestantes
Fonte: shutterstock.com / Federico Marsicano
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e de intensidade leve. No entanto, também devem ser observados alguns cuidados, como o controle 
da intensidade e tempo em exercício ao final da gravidez, pois não é por apresentar um baixo nível 
de impacto que essa modalidade não sobrecarrega articulações e músculos da coluna e quadril, 
principalmente se realizada por longo tempo.
Figura 10 - Caminhada não tem contraindicação
Fonte: shutterstock.com / AmandaKremser
Corrida
A corrida é uma atividade de intensidade fisiológica e ação biomecânica elevada. Exige um 
grande nível de aptidão de quem irá praticá-la.
Muitas mulheres hoje são adeptas à corrida e não querem deixar a prática durante a gravidez.
Aconteceu
Nesse vídeo, conheça a história de uma grávida que não parou com os exercícios físicos, em especial 
a corrida, e quais os benefícios que a atividade física ocasionou em sua gravidez.
“Corrida X gravidez - ESPN Brasil”: <http://www.youtube.com/watch?v=k5m-cAo-cCs>.
Fica então a questão: como adaptar a corrida na gravidez e quais devem ser seus cuidados?
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• Para gestantes que já corriam antes de engravidar, 
indicamos sempre o acompanhamento por um 
profissional e que, com o progresso da gravidez, 
as distâncias e a intensidade sejam controladas e 
reduzidas.
• Reduzir a distância de forma que também não seja 
um exercício prolongado.
• Respeitar a recuperação ente uma sessão e outra 
(alternar dias, dando repouso).
• Observar se a gestante não apresenta sinais de 
incontinência urinária. O impacto pode agravar 
situações de incontinência.
Figura 11 - Corrida na gravidez
Fonte: shutterstock.com / Golubovy
Bicicleta
A bicicleta ergométrica é uma atividade de intensidade 
fisiológica leve a moderada. Pode ser iniciada na gestação, 
pois não exige um nível elevado de aptidão física.
A bicicleta estacionária é preferida por não ter risco de queda.
Um cuidado a se observar é o estresse lombar que essa atividade pode provocar.
Ginástica para gestantes
É sempre bom realizar uma atividade em grupo para 
descontrair e motivar. A elaboração da aula conta com 
a escolha de exercícios aeróbicos (aeróbica de baixo 
impacto), exercícios de fortalecimento direcionados 
para diferentes grupamentos musculares e também 
exercícios de alongamento. Mesmo as gestantes 
sedentárias podem iniciar.
Utiliza-se materiais como bola suíça, halteres com baixo peso (1-2kg), banda elástica etc.
Figura 12 - Ginástica em grupo para gestantes
Fonte: shutterstock.com/ Syda Productions
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Curiosidade
Veja métodos e formas de se realizar exercícios para gestantes nesse vídeo: 
<http://www.youtube.com/watch?v=LAa4OjTSsCk>.
Musculação/exercícios de fortalecimento
Uma das atividades mais utilizadas hoje nas academias e por profissionais que trabalham com 
treinamento personalizado é a musculação, porém não são todos os médicos que a liberam.
Exercícios de fortalecimento têm sido recomendados por autoridades internacionais, colégios 
e pesquisadores para promover a manutenção da postura, prevenir dor lombar, diástase do reto 
abdominal e para fortalecimento do assoalho pélvico. A força muscular dos membros superiores é 
também importante para carregar o bebê no pós-parto, que aumenta cada vez mais o seu peso, além 
de poder auxiliar na prevenção de algias no pós-parto que podem aparecer com esses movimentos 
repetitivos de cuidados com o bebê, somados ainda à sensibilidade das mudanças hormonais da 
gravidez.
“A musculação, se for bem orientada”, utilizando “cargas leves” e “com número de repetições 
adequada”, é uma atividade importante e interessante, uma vez que fortalece musculaturas 
responsáveis pelo controle da postura, membros inferiores e superiores. Há sempre a necessidade, 
independentemente do exercício, de realizar ajustes conforme a individualidade da gestante e 
mudanças no corpo e postura. Desde que liberada pelo médico, a musculação pode ser realizada 
pela gestante que era sedentária e pela que era ativa, sendo os programas adaptados para cada 
gestante.
Estudos que analisam os efeitos dos exercícios de fortalecimento realizados com musculação 
observaram que os exercícios aplicados em intensidade moderada têm resultados considerados 
saudáveis para gestantes, sem alterações na pressão arterial. A frequência cardíaca fetal aumentou 
quando se envolveu mais grupamentos musculares e cargas mais altas (90% de 10RM). A postura 
em posição supino promoveu bradicardia fetal moderada, mas sem efeitos deletérios.
3.1.3. Recomendações de Guedes (2003) para as cargas 
utilizadas em exercícios de fortalecimento
• Exercícios aplicados em 2 a 3 séries com 12 a 15 repetições. Gestantes sedentárias devem 
realizar número menor de séries e repetições.
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• Cargas de intensidade leve a moderada.
• Pausa entre séries e exercícios: 1 a 2 minutos ou mais, se necessário (devem propiciar a 
recuperação completa). Os intervalos mais prolongados facilitam a recuperação entre as séries.
• Evitar a isometria e manobra de Valsalva.
Pilates
O pilates vem com força total e a cada dia ganha novos 
adeptos. Hoje muitos médicos indicam o pilates até mesmo 
sem conhecer muito da modalidade.
Segundo as linhas mais tradicionais, Joseph Pilates não 
indicava a prática para gestantes que não a realizavam antes 
da gravidez, sendo sua aplicação exclusiva para gestantes 
bem treinadas e que já conheciam o método.
Apesar de ser uma atividade importante para o fortalecimento muscular (tirando desconfortos 
pelas mudanças posturais) e doassoalho pélvico (importante para o parto normal), por seus exercícios 
exigirem muito dessas musculaturas, com grande ênfase em abdominais, é uma atividade intensa 
para quem não a conhece.
Alguns exercícios podem ser adaptados e realizados por gestantes. Muitos movimentos da 
técnica devem ser adaptados para as alterações fisiológicas e biomecânicas do período gestacional.
Treinamento funcional
O treinamento funcional é uma nova modalidade que vem ganhando força e espaço no mercado. 
Pelo menos por alguns anos essa modalidade estará na lista das academias e prioridade dos 
profissionais.
No treinamento funcional existe uma variação muito grande de exercícios e equipamentos 
(materiais) que podem ser utilizados: bola suíça, banda elástica, plataforma de equilíbrio (como 
o Bosu), discos e pranchas de equilíbrio. Cada material tem uma utilidade. Para utilizar com a 
gestante, o profissional deverá conhecer muito bem cada exercício e material para adaptá-lo para a 
gestante. Não são todos os exercícios que ela poderá fazer. As grandes instabilidades e exercícios 
arriscados devem ser tirados do quadro de exercícios selecionados. Na gravidez a orientação deve 
Figura 13 - Pilates na gravidez
Fonte: shutterstock.com / Nico Traut
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ser sempre a segurança da gestante não só pela superfície instável, mas também pelo grau de 
dificuldade ou ação do exercício. É importante que o profissional conheça bastante das alterações 
gestacionais e do treinamento funcional para aplicá-lo. Essa modalidade entra na categoria de 
exercícios de fortalecimento.
Exercícios de alongamento
São muito importantes para qualquer gestante! Proporcionam o relaxamento e o equilíbrio para 
grupamentos musculares sobrecarregados pelas mudanças posturais.
Não se comenta muito a respeito da prescrição dos exercícios de alongamento na gravidez. Muitos 
autores enfatizam que são parte importante de um programa preventivo de dores, principalmente 
a lombar e pélvica. São recomendados para o alívio das dores e tensões nas costas, portanto a 
aplicação de forma coerente é bem-vinda.
Seguem algumas recomendações citadas na literatura na aplicação dos exercícios:
• Devem ser lentos e suaves, evitando-se ir até o ponto máximo de resistência pelo aumento 
da tensão muscular;
• devem ser realizados na posição sentada em cadeira ou solo, sempre priorizando a estabilidade 
articular, sendo que alguns exercícios devem ser modificados para evitar o risco de lesões;
• exercícios bruscos, com a articulação sem apoio ou em flexões/extensões profundas, ou ainda 
exercícios que geram tensão na articulação sacroilíaca e quadril não devem ser realizados.
• evitar exercícios que aumentam a sobrecarga nas costas e a chance de quedas, como os que 
necessitam do apoio sobre uma perna só ou grande capacidade de equilíbrio. Aqui damos 
um destaque para alguns exercícios utilizados no ioga, que exigem muito do equilíbrio e do 
controle postural da gestante.
Orientações gerais para exercícios de alongamento e 
fortalecimento:
• Exercícios em decúbito dorsal não devem ser realizados 
na gravidez após o 4º mês.
• Permanecer muito tempo em pé ou fazendo 
exercícios prolongados nessa posição pode acarretar 
desfalecimento devido às modificações no sistema 
cardiovascular.
Figura 14 - Alongamento na gravidez
Fonte: shutterstock.com / g-stockstudio
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• Levantar rapidamente de uma posição de exercícios realizados no solo também pode levar a 
tonturas ou desfalecimento.
Saiba mais
Neste vídeo gravado para o programa “Em forma com Solange Frazão”, a autora Gizele Monteiro 
fala sobre os exercícios certos para se fazer durante a gravidez: <https://www.youtube.com/watch?v=q-
yl6nFOiEA>
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4. INDICAÇÃO DE EXERCÍCIOS PARA GESTANTES
Neste tópico, conheceremos alguns exemplos de prescrição de atividade física para gestante, 
sempre levando em consideração o tipo físico, a idade e se a gestante já realizava atividades físicas 
anteriormente.
4.1. Ficha das 25 a 26 semanas
• Cliente: 25 anos, primeira gravidez, 25 semanas, gestante ativa (realizava caminhadas em 
esteira e aulas de localizada)
• FCmax: 195 bpm
• Cálculos de % de FCmax para controle de segurança: 60% - 117 bpm; 65% - 127 bpm; 70% - 137 
bpm
• Duração da sessão: 60 minutos
• Carga submáxima: nunca executar as últimas repetições como sendo a máxima.
Quadro 1 - Exemplo de sessão de exercícios para gestante (25 a 26 semanas)
SEG QUA SEX
Aeróbico - 20 min
Meio - caminhada (esteira)
Método contínuo constante
FC - 120-140 bpm
Resistência de força - 40 
minutos
Meio - ginástica localizada
Material - banda elástica para 
membros superiores e caneleira 
para membros inferiores.
Método - localizado por 
articulação
Carga - 3 séries x 8 a 12 
repetições (submáxima)*
* Se necessário, dar pausa entre 
um grupamento muscular e 
outro.
Aeróbico - idem segunda-feira
Resistência de força - 20 min
Meio - musculação
Método - localizado por 
articulação
Grupamentos musculares - 
quadril e membros inferiores
Carga - 2 séries x 12 repetições 
(submáxima); pausa 
(recuperação completa)
Resistência de força - 20 min
Meio - musculação
Método - localizado por 
articulação
Grupamento musculares - 
quadril e membros inferiores, 
tronco e membros superiores* 
anexo 2
Carga - 2 séries x 12 repetições 
(submáxima) exceto costas (3 
séries); pausa (recuperação 
completa)
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SEG QUA SEX
Flexibilidade - 20 min
Meio - exercício de 
alongamento
Método - passivo estático
Intensidade AM - leve – 
moderada
Carga - 2 exercícios para cada 
músculo; 2 séries x 20-30 
segundos.
Músculos - peitoral, trapézio 
(tronco e cervical), deltoide, 
quadríceps, isquiotibiais, 
adutores, glúteos, 
paravertebrais (método ativo 
estático e passivo estático) e 
quadrado lombar, panturrilha.
Relaxamento - massagem com 
bolinha de tênis e trabalho 
conjunto com exercícios de 
alongamento.
Flexibilidade - 20 min
Meio - exercício de 
alongamento
Método - passivo estático
Intensidade AM - leve – 
moderada
Carga - 2 exercícios para cada 
músculo; 1 série x 30 segundos.
Músculos - peitoral, trapézio 
(tronco e cervical), deltoide, 
quadríceps, isquiotibiais, 
adutores, glúteos, 
paravertebrais (método passivo 
estático) e quadrado lombar, 
panturrilha.
Material utilizado: bola suíça, 
banda elástica, espaguete.
Flexibilidade - 20 min
Meio - exercício de 
alongamento
Método - passivo estático
Intensidade AM - leve – 
moderada
Carga - 2 exercícios para cada 
músculo; 2 séries x 20-30 
segundos.
Músculos - peitoral, trapézio 
(tronco e cervical), deltoide, 
quadríceps, isquiotibiais, 
adutores, glúteos, 
paravertebrais (método ativo 
estático e passivo estático) e 
quadrado lombar, panturrilha.
Relaxamento - massagem com 
bolinha de tênis e trabalho 
conjunto com exercícios de 
alongamento.
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4.2. Ficha das 15 a 17 semanas
• Cliente: 30 anos, segunda gravidez, 15 semanas, gestante sedentária
• FCmax: 190 bpm
• Cálculos de % de FCmax para controle de segurança: 60% - 114 bpm; 65% - 124 bpm; 70% - 133 bpm
• Duração da sessão: 45 minutos
Quadro 2 - Exemplo de sessão de exercícios para gestante (15 a 17 semanas)
SEG QUA SEX
Aeróbico - 15 min
Meio - bicicleta horizontal
Método contínuo constante
FC - 114 a 120 bpm
Aeróbico - 20 min
Meio - caminhada (esteira)
Método contínuo constante
FC - 114 a 120 bpm
Aeróbico - 15 min
Meio - bicicleta horizontal
Método contínuo constante
FC - 114 a 120 bpm
Resistência de força - 20 min
Meio - ginástica localizada
Material - banda elástica, halter
Método - alternado por 
segmento
Grupamento musculares: 
quadril e membros inferiores
Carga - 1 série x 8-10 
repetições (submáxima); pausa 
(recuperação completa)
Resistência de força - 20 min
Meio - ginástica localizada
Método - alternado por 
segmentos
Grupamentos musculares: 
quadril, membros inferiores e 
superiores
Carga - 1 série x 8-10 
repetições (submáxima); 
pausa (recuperação completa)Pág. 37 de 45
SEG QUA SEX
Volta à calma - Alongamento - 
10 min
Meio - exercício de 
alongamento
Método - passivo estático
Intensidade AM - leve – 
moderada
Carga -1 exercícios para cada 
músculo; 1 série x 15-20 
segundos.
Músculos - peitoral, trapézio 
(tronco e cervical), deltoide, 
quadríceps, isquiotibiais, 
adutores, glúteos, 
paravertebrais (método ativo 
estático e passivo estático) e 
quadrado lombar, panturrilha.
Alongamento - 25 min
Meio - exercício de alongamento
Método - passivo estático
Intensidade AM - leve – moderada
Carga - 2 exercícios para cada 
músculo; 2 séries x 20 segundos.
Músculos - peitoral, trapézio 
(tronco e cervical), deltoide, 
quadríceps, isquiotibiais, adutores, 
glúteos, paravertebrais (método 
ativo estático e passivo estático) e 
quadrado lombar, panturrilha.
Relaxamento - massagem com 
bolinha de tênis e trabalho 
conjunto com exercícios de 
alongamento. Enfatizar pontos de 
tensão.
Volta à calma - Alongamento 
- 10 min
Meio - exercício de 
alongamento
Método - passivo estático
Intensidade AM - leve – 
moderada
Carga -1 exercício para cada 
músculo; 1 série x 15-20 
segundos.
Músculos - peitoral, trapézio 
(tronco e cervical), deltoide, 
quadríceps, isquiotibiais, 
adutores, glúteos, 
paravertebrais (método ativo 
estático e passivo estático) e 
quadrado lombar, panturrilha.
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5. GESTANTE ATLETA
5.1. Perigos durante a gravidez em atletas
O desporto é uma realidade de muitas mulheres hoje. Pouco se fala da gestante atleta, mas 
existem riscos que essa mulher é submetida pela “profissão”, pela equipe e pelo patrocínio.
Os perigos durante a gravidez em mulheres atletas são:
• Excesso de horas de treino
• Carga excessiva associada ou não ao levantamento de pesos, saltos e impactos no chão, 
podendo levar a um parto prematuro
• Volume de distância
Um estudo acompanhou o treinamento de uma maratonista de 33 anos durante uma gravidez 
gemelar. A atleta tinha um volume de treino anterior à gestação de 155 km/sem. Durante a gestação, 
o volume diminuiu para 107±19 km/sem, com intensidade de frequência cardíaca de 130-140 bpm. 
Houve um ganho de peso de 7,6 kg, com os bebês pesando 2,2 e 2,3 kg (DAVIES et al., 1999).
Figura 15 - Na gravidez, o corpo não responde da mesma forma
Fonte: shutterstock.com/Kzenon
O exercício físico durante a gravidez traz muitos benefícios, mas, no caso das atletas, igual a 
todas as outras mulheres, é preciso diminuir o ritmo para não prejudicar a saúde do bebê.
A orientação e adaptação dos treinos realizados é uma das atitudes a se tomar para garantir o 
melhor desenvolvimento do bebê e conforto para a mãe durante a gestação. Para a gestante atleta, 
toda equipe deve estar preparada para ter um acompanhamento detalhado, assim como sempre 
haver uma supervisão obstétrica minuciosa.
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O ganho de peso, a frouxidão de articulações e ligamentos e a mudança no centro de gravidade 
promovem limitações no desempenho desportivo. As mudanças de direção, arrancadas e freadas 
no movimento desportivo ficam prejudicadas por todas essas alterações. Essa ineficiência nos 
movimentos desportivos diminui a habilidade na competição e aumenta o risco de lesões.
Deve ser dada atenção à termorregulação e à hidratação devido à intensidade dos exercícios 
nos treinamentos ou na competição.
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CONCLUSÃO
O estudo e o entendimento a respeito das alterações do corpo da mulher na época da gestação 
são constantes. O corpo e o organismo da mulher se transformam.
Com a atividade física não é diferente. Cuidados devem ser tomados e a atividade deverá ser 
moderada, mas, de uma forma geral, a atividade física regular e orientada poderá produzir efeitos 
benéficos para a saúde da gestante e do feto, auxiliando até no momento do parto.
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GLOSSÁRIO
Algias: “[...] dor num órgão ou região sem alterações anatômicas visíveis que justifiquem a dor” 
(fonte: <https://pt.wiktionary.org/wiki/algia>).
Exógeno: que provém do exterior, que se produz no exterior (do organismo, do sistema), ou que é 
devido a causas externas. Biologicamente falando: que se origina, desenvolve ou reproduz a partir 
da membrana celular que reveste um órgão ou organismo (diz-se de outro órgão, estrutura etc.). 
(fonte: <https://www.priberam.pt/dlpo/exógeno>).
Manobra de Valsalva: “A manobra de Valsalva, amplamente difundida, é realizada ao se exalar 
(emitir ou lançar fora de si) forçadamente o ar contra os lábios fechados e nariz tapado, forçando o 
ar em direção ao ouvido médio se a tuba auditiva estiver aberta. Esta manobra aumenta a pressão 
intratorácica, diminui o retorno venoso ao coração e aumenta a pressão arterial, além de evidenciar 
sopros e hérnias abdominais.” (fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Manobra_de_Valsalva>).
Proprioceptivo: por sentido proprioceptivo entende-se “[...] a capacidade de perceber-se, recebendo 
e levando informações ao cérebro, contribuindo para a ação. Esta informação nos é dada pelos 
tendões e músculos, fazendo que tomemos consciência de nossa posição” (fonte: <http://www.
dicionarioinformal.com.br/significado/sentido%20proprioceptivo/4999/>).
Revestimento decidual: por decídua entende-se a “[...] a parte da mucosa uterina onde a placenta 
está implantada”, hipertrofiada durante a gestação.Após o parto, ela é expulsa” (fonte: <https://
pt.wikipedia.org/wiki/Dec%C3%ADdua_(animal)>).
Sérica: “Nível sérico (em inglês: Serum level) é um termo usado por profissionais de saúde para 
se referir à quantidade de uma determinada substância no sangue.” (fonte: <https://pt.wikipedia.org/
wiki/N%C3%ADvel_s%C3%A9rico>).
Sinciciotrofoblasto: “[...] camada de células embrionárias sinciciais originada dos trofoblastos, que 
têm como função abrir caminho na parede do endométrio para a implantação do blastocisto durante 
a primeira semana de gestação” (fonte: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinciciotrofoblasto>).
Sistema orgânico: é um grupo de órgãos que juntos executam determinada tarefa. (fonte: <https://
pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_(biologia)>).
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