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1 Professor Miller Brandão Revisão de Enfermagem IMPARH/2018 Portaria nº 3.214/78 Aprova as Normas Regulamentadoras São normas que regulamentam e oferecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à saúde e segurança no trabalho no Brasil. 2 Portaria nº 3.214/78 6.1 - Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Equipamento de proteção individual - EPI NR- 6 6.7 - Responsabilidades dos trabalhadores. (Alterado pela Portaria SIT nº 194, de 07 de dezembro de 2010) 6.7.1 - Cabe ao empregado quanto ao EPI: Continua... a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; Continuação... b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 3 1. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) De acordo com a Norma Regulamentadora 6 (NR-6), considera-se equipamento de proteção individual - EPI todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Assim sendo, é correto afirmar que: a) os EPIs básicos utilizados no atendimento extra-hospitalar incluem máscara cirúrgica, roupa e calçado adequados, luvas de procedimento, óculos e extintor. b) a caixa de descarte de perfurocortantes faz parte da lista de EPI no atendimento extra-hospitalar. 1. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) na ausência de secreções corpóreas visíveis, o profissional não tem a obrigação de usar luvas de procedimento. d) é responsabilidade do profissional de saúde cumprir determinações relativas ao correto uso de equipamentos de proteção individual, visando à proteção de sua saúde prioritariamente. 4 Portaria nº 1.600, de 7 de Julho de 2011 Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS. Portaria nº 1.010, de 21 de Maio de 2012 Redefine as diretrizes para a implantação do SAMU 192 e sua Central de Regulação das Urgências, componente da RAU. Política Nacional de Atenção às Urgências Componentes da Rede de Atenção às Urgências Acolhimento P ro m o çã o e p re ve n çã o Fonte: SAS/MS, 2011. Qualificação profissional Informação Regulação FN S/ SU S Sa m u 1 92 Sa la d e es ta b ili za çã o U PA 2 4H A te n çã o e m h o sp it a l A te n çã o d o m ic ili ar Atenção Básica 5 Componente assistencial móvel da RAU; Objetivo - chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras) que possa levar a sofrimento, à sequelas ou mesmo à morte, mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e acionado por uma Central de Regulação das Urgências; SAMU 192: Portaria nº 1.010/2012 SAMU 192 e sua Central de Regulação das Urgências Estrutura física constituída por profissionais (médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio-operadores) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que demandam orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classificação e priorização das necessidades de assistência em urgência, além de ordenar o fluxo efetivo das referências e contrarreferências dentro de uma Rede de Atenção; Central de Regulação das Urgências: Portaria nº 1.010/2012 SAMU 192 e sua Central de Regulação das Urgências 6 2. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) De acordo com o Manual Instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde e com a Portaria nº 1.600, de 7 de julho de 2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Urgências no Sistema Único de Saúde, assinale a afirmativa correta. a) O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e suas centrais de regulação médica das urgências não são componentes constituintes das Redes de Atenção às Urgências. 2. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) b) O componente SAMU e suas centrais de regulação médica das urgências têm como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátricas, psiquiátricas, entre outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário garantir atendimento e/ou transporte adequado para o serviço de saúde mais próximo, independente de hierarquia ou integração ao SUS. 7 2. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) A Central de Regulação das Urgências é uma estrutura física constituída por profissionais (médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio- operadores) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que demandam orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classificação e priorização das necessidades de assistência em urgência, além de ordenar o fluxo efetivo das referências e contrarreferências dentro de uma rede de atenção. d) As centrais de regulação do SAMU 192 não necessitam ser regionalizadas, a fim de ampliar o acesso às populações dos municípios em todo o território nacional. Art. 13 - Suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), aprovado pela Resolução do COFEN nº 564/2017. É Direito: 8 3. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) De acordo com o novo código de ética profissional de enfermagem, aprovado pela Resolução COFEN nº 564/2017, o enfermeiro pode: a) suspender as atividades individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas em situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem. b) recusar-se a executar prescrição médica na qual não conste a assinatura e o número de registro do profissional prescritor, sobretudo em situação de urgência e emergência. 3. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) recusar-se a cumprir prescrição a distância, principalmente em casos de urgência e emergência e regulação, conforme resolução vigente. d) negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe, por serem situações que sempre oferecerão risco à integridade física do profissional. 9 Sequência do Suporte Básico de Vida Chest compressions* (compressões torácicas); Airway (via aérea) - abertura; Breathing (respiração) - ventilações; Defibrillation (desfibrilação); C A B D *Na letra C, também se deve checar a responsividade, respiração e pulso simultaneamente e chamar por ajuda. Se possível, com a contribuição de outras pessoas, para perder o menor tempo possível. 4. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) A avaliação primária do indivíduo em situação de urgência/emergência deve ser rápida e eficiente, com sequência lógica e organizada. É precedida pela verificação da responsividade associada às iniciais A, B, C. Assim sendo, é correto afirmar que: a) o mnemônico ABC nada mais é que um lembrete para que o profissional siga uma sequência na verificação de pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, respectivamente. b) a sequência ABC corresponde à avaliação de alergias, boa condição desaúde e condição cardíaca. 10 4. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) a manobra de inclinação da cabeça e elevação do mento é realizada durante a verificação da circulação. d) a letra A corresponde ao termo em inglês “airway”, ou vias respiratórias; a letra B corresponde ao termo “breathing” ou respiração, e a letra C corresponde a “circulation” ou circulação. 5. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Sobre a assistência de enfermagem em acidentes que há múltiplas vítimas, assinale a assertiva correta. a) Nos eventos que envolvem múltiplas vítimas, há a necessidade de ações que organizem e agilizem o atendimento, tais como a avaliação da cena, a delimitação das zonas quente, morna e fria, o conhecimento prévio dos critérios para a classificação das vítimas, a organização do posto médico avançado (PMA) e o transporte para os hospitais. b) Durante a triagem, que consiste na classificação das pessoas vitimadas pelo evento, baseando-se na gravidade do estado de saúde, é possível usar o método START, conhecido e utilizado internacionalmente apenas por profissionais de saúde, que se baseia no estado neurológico e saturação de oxigênio. 11 5. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) Uma vítima classificada na triagem inicialmente com uma cor não pode ser reclassificada em um curto intervalo de tempo, mesmo que seu estado tenha se agravado. d) Os princípios básicos no atendimento em eventos que envolvem múltiplas vítimas são triagem e tratamento. Resumo dos Componentes de uma RCP de Alta Qualidade *A relação entre compressões e ventilações é da seguinte forma: 30:2 para adultos e adolescentes com 1 ou 2 socorristas; para crianças e bebês com 1 socorrista é 30:2; e com 2 ou mais socorristas é 15:2. Segurança do local Verificar responsividade Profundidade - entre 5 até 6 cm em adultos Frequência de 100 a 120/min Compressões torácicas / ventilações Iniciar 30:2 e/ou 15:2* Desfibrilação (DEA) Reinicie imediatamente a RCP, após o choque Acionar o Serviço Médico de Emergência (SME) Avaliar respiração e checar o pulso simultaneamente 12 OS SOCORRISTAS DEVEM OS SOCORRISTAS NÃO DEVEM Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min; Comprimir a uma frequência inferior a 100/min ou superior a 120/min; Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5cm); Comprimir a uma profundidade inferior a 2 polegadas (5 cm) ou superior a 2,4 polegadas (6 cm); Permitir o retorno total do tórax após cada compressão; Apoiar-se sobre o tórax entre as compressões; Minimizar as interrupções nas compressões; Interromper as compressões por mais de 10 segundos; Ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões. Cada respiração administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax). Aplicar ventilação excessiva (ou seja, uma quantidade excessiva de respiração ou respirações com força excessiva). Tabela: O que fazer e o que não fazer no SBV para obter uma RCP de alta qualidade para adultos 6. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) “Para restauração das funções cardíacas e respiratórias, é realizada a reanimação cardiopulmonar (RCP), definida como um conjunto de ações aplicadas ao indivíduo em parada cardiorrespiratória (PCR) para manter artificialmente a circulação de sangue no encéfalo e em outros órgãos vitais, até o retorno da circulação espontânea (RCE)” (TOBASE; TOMAZINI, 2017). Assim, é correto afirmar que: a) essas manobras são baseadas na cadeia de sobrevivência da American Heart Association (AHA), apesar de não sistematizarem o atendimento. b) durante a RCP, a fase de compressão torácica externa (CTE) corresponde à diástole cardíaca, e o intervalo entre as compressões corresponde à sístole cardíaca. 13 6. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) o início precoce e eficiente da RCP é imprescindível para manter as pressões de perfusão coronariana e cerebral adequadas. d) as interrupções na RCP para a verificação do ritmo, pulso, a obtenção de acesso venoso, a ventilação e outros procedimentos não ocasionam prejuízo circulatório nem influenciam na sobrevivência da vítima. D ir et ri ze s d e R C P e A C E 20 15 M u d an ça s P o te n ci ai s d e P ro va Cadeia de sobrevivência Frequência das compressões torácicas Profundidade das compressões torácicas Via aérea avançada* Administração de naloxona** PCRIH e PCREH; 100 a 120 por/min; 2 pol. (5 cm) a 2,4 pol. (6 cm) no adulto; 1 ventilação a cada 6 s, ou seja, 10 p/min; suspeita de emergências a opióides; 14 *Quando o paciente estiver com as vias aéreas avançadas, as compressões e ventilações são assíncronas, isto é, não há necessidade de interromper as ventilações enquanto estiver fazendo as compressões. **Exemplos de opióides: morfina, tramadol e heroína D ir et ri ze s d e R C P e A C E 20 15 M u d an ça s P o te n ci ai s d e P ro va Vasopressina Circulação Extracorpórea (ECPR) Controle Direcionados de Temperatura (CTD) Dispositivos mecânicos para compressões torácicas Redução da ETCO2 removida do algoritmo; casos de PCR conhecida- ambientes específicos; comatosos com RCE* (32 °C a 36 °C) – pelo menos 24h; não em rotina, mas em situações específicas; após 20 min. de RCP, reduz o sucesso da ressuscitação. *RCE: Retorno da circulação espontânea. 15 Sequência do Suporte Básico de Vida Chest compressions* (compressões torácicas); Airway (via aérea) - abertura; Breathing (respiração) - ventilações; Defibrillation (desfibrilação); C A B D *Na letra C, também se deve checar a responsividade, respiração e pulso simultaneamente e chamar por ajuda. Se possível, com a contribuição de outras pessoas, para perder o menor tempo possível. 7. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Durante a RCP, é fundamental que a equipe multiprofissional esteja integrada e que a comunicação ocorra de forma clara e objetiva, fundamentando-se no conhecimento técnico-científico e na habilidade técnica, a fim de manter o controle emocional e o foco no atendimento eficiente. Desse modo, pode-se afirmar que: a) os materiais e equipamentos disponíveis, em bom funcionamento e associados à estrutura física adequada não influenciam no sucesso da intervenção. b) segundo as diretrizes AHA/2015, a assistência da situação de PCR mantém a sequência circulação (C), a abertura de via respiratória (A), a respiração (B) e a desfibrilação (D), esta última é indicada apenas no caso de ritmos chocáveis. 16 7. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) o primeiro passo da avaliação inicial é colocar o paciente em uma superfície rígida e solicitar o desfibrilador. d) no adulto, a relação entre compressão e ventilação é 30:2, com profundidade das compressões de no mínimo 5 centímetros e ritmo das compressões de 100 a 120 por minuto. PCR – Ritmos Cardíacos Traçado da Fibrilação Ventricular 17 Taquicardia Ventricular Taquicardia sinusal, na ausência de pulso é AESP* Assistolia *Obs.: A AESP é quando o paciente apresenta qualquer traçado eletrocardiográfico, a exemplo de uma taquicardia sinusal, mas a vítima não apresenta pulso. Geralmente ocorre com traçados de arritmias graves. 18 8. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) No suporte avançado de vida (SAV) em PCR de pacientes adulto e pediátrico, existem passos que devem ser rigorosamente seguidos para garantir uma assistência eficaz. Assim sendo, assinale o item verdadeiro. a) Os ritmos chocáveis são fibrilação ventricular (FV) e taquicardia ventricular (TV) com pulso, e os ritmos não chocáveis são assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP). b) Na RCP, a epinefrina 1mg IV ou IO está indicada para uso a cada intervalo de 3 a 5 minutos. 8. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) O antiarrítmico de primeira escolha é a lidocaína e deve ser administrado de 1 a 1,5 mg/kg em bólus, podendo ser repetido a cada intervalo de 5 a 10 minutos, em doses de 0,5 a 0,75 mg/kg. d) A tentativa deobter via respiratória avançada deve ser priorizada, pois a ventilação com o dispositivo bolsa-válvula-máscara não permite que esse procedimento seja postergado. 19 Hemorragia exsanguinante (sangramentos externos graves); Manter as vias aéreas (airway) pérvias e estabilização da coluna cervical; Boa respiração (breathing) e ventilação; Circulação (circulation), verificação do pulso e controle de hemorragias (não externas graves); Avaliação da disfunção neurológica (disability) pela Escala de Coma de Glasgow (ECG), AVDI* e pela pupila; Exposição (exposure) e ambiente, prevenção da hipotermia. X A B C D E Avaliação Primária e Atendimento do Doente - X-ABCDE * AVDI: A significa alerta, V para respostas ao estímulo verbal, D para respostas ao estímulo de dor e I para inconsciência. Fonte: PHTLS, 9ª ed., 2018. 9. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Nacional e internacionalmente, o trauma corresponde à terceira causa de morte, precedido apenas por doenças cardiovasculares e neoplasias. Sabe-se que é correto considerar que: a) a avaliação das lesões decorrentes dos vários tipos de trauma, seja do tipo aberto, seja do tipo fechado, envolve o conhecimento e a interpretação das forças relacionadas à cinemática e biomecânica do trauma. b) a avaliação das condições de segurança do local, do profissional, dos pacientes e dos demais envolvidos é posterior ao início do atendimento. 20 9. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) a avaliação primária do trauma deve priorizar o exame físico-cefalopodal e a realização da entrevista. d) na avaliação secundária do trauma, ocorre a estabilização manual da cabeça do paciente, mantida alinhada com a posição neutra. 10. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Um enfermeiro do serviço de atendimento extra-hospitalar está diante de um paciente com importante hemorragia externa decorrente de perfuração por arma branca (PAF). Um cuidado considerado prioritário neste caso é: a) administração de analgésicos. b) administração de volume com solução fisiológica. c) administração de antieméticos. d) administração de psicotrópicos. 21 Define-se TCE como quaisquer lesões decorrentes de um trauma externo na região da cabeça que possa gerar alterações anatômicas do crânio, comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos. Traumatismo Cranioencefálico (TCE) sério problema de saúde pública; elevado ônus individual, familiar e social; atinge predominantemente indivíduos do sexo masculino em idade produtiva; frequentemente associado a múltiplos traumas; pode acarretar sequelas irreversíveis e incapacitantes. Seguem abaixo algumas consequências desse problema: Classificação Clínica do TCE pela Escala de Coma de Glasgow GRAVE Escore de ECG ≤ 8 MODERADO Escore de ECG 9 - 12 LEVE Escore de ECG 13 - 15 22 Mecanismos de Lesão - Resultante do trauma direto no encéfalo associado a estruturas vasculares. - Ocorre no momento da agressão inicial como laceração, lesões por cisalhamento, esmagamento, contusões e hemorragias. Lesões Primárias - Efeito de massa, herniação e elevação da pressão intracraniana, hipóxia, edema, isquemia, hipotensão e fluxo sanguíneo cerebral inadequado. Lesões Secundárias 11. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) De acordo com Tobase et al (2017), “O trauma cranioencefálico (TCE) é uma agressão que ocorre em curto espaço de tempo, às vezes segundos, mas que provoca consequências que podem estender-se por longos períodos ou mesmo por toda a vida, na pessoa acometida, em função do déficit – transitório ou permanente – das atividades físicas, cognitivas, emocionais, sociais ou profissionais e cujos efeitos reverberam também nos familiares e na sociedade”. Assim sendo, cabe ao enfermeiro considerar que: a) na avaliação neurológica com base na escala de coma de Glasgow, o escore obtido entre 5 e 8 caracteriza quadro leve. b) a presença de sangue na cavidade oral, nasal, auricular ou abdominal remete à suspeita de fratura da base do crânio. 23 11. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) a cinemática e a biomecânica do trauma não influenciam na gravidade do TCE, portanto não necessitam ser consideradas. d) em crianças, a cabeça e o pescoço são as áreas mais atingidas por trauma, pois as quedas são frequentes nos primeiros anos de vida, em que há desproporção da cabeça com o corpo. 12. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) No atendimento pré- hospitalar do paciente com TCE, as ações prioritárias/primárias de assistência incluem: a) prevenir hipotermia, efetuar curativo oclusivo e proceder a punção venosa ou intraóssea. b) avaliar a segurança de cena, assegurar a estabilização da cabeça, a colocação do colar cervical e a imobilização da coluna. c) monitorizar sinais vitais, controlar possível crise convulsiva, iniciar oxigenoterapia e aplicar a escala de coma de Glasgow. d) verificar glicemia, aspirar vias aéreas, iniciar terapêutica farmacológica e monitorar a temperatura corporal. 24 13. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) O trauma vertebromedular (TVM), também conhecido como trauma raquimedular (TRM), acontece quando a coluna vertebral é lesionada por um agente externo, geralmente ocasionando fratura ou luxação e acometendo as estruturas óssea, ligamentar, medular, discal, vascular ou radicular. Assim sendo, classifique as assertivas de verdadeiras ou falsas. ( ) A estabilidade ou a instabilidade da lesão dependem dos mecanismos de rotação, compressão, flexão e possíveis combinações entre eles, elementos da cinemática e biomecânica do trauma. ( ) A lesão medular pode ser classificada utilizando a escala ASIA, que identifica alterações sensitivas e motoras e o tipo de lesão, com alterações que variam desde a ausência de resposta até a condição de normalidade, a partir da aplicação de estímulos nos diferentes dermátomos e miótomos. 13. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) ( ) A correta imobilização da coluna é indispensável e deve ser rigorosamente respeitada, desde a estabilização manual da cabeça até o alinhamento com o tronco, mas, no caso de manifestação de dor ou resistência, deve-se respeitar a posição em que a cabeça foi encontrada. ( ) A lesão medular decorrente de um TVM acomete a capacidade de locomoção, sensibilidade, a contenção esfincteriana nas eliminações e influencia, de modo permanente, a independência da pessoa para as atividades da vida diária. A sequência correspondente, de cima para baixo, é: a) V, F, F, V. b) F, V, F, F. c) V, V, V, V. d) V, V, V, F. 25 Es ca la d e C o m a d e G la sl o w 1 ausente 2 abertura ocular à pressão** sons extensão 3 abertura ocular ao chamado palavras flexão anormal 4 abertura ocular espontânea confuso, desorientado flexão normal 5 orientado localiza estímulos à pressão** 6 obedece a comandos Resposta Ocular* (1 - 4 pontos) Resposta Verbal* (1 - 5 pontos) Resposta Motora* (1 - 6 pontos) Limitação da ECG - quando o paciente está sedado e intubado. ECG-P Reatividade Pupilar (- 2; - 1; 0 pontos) NOVIDADE *NT – não testável; **Pressão por (10’’). Escala de Coma de Glasgow ABERTURA OCULAR espontânea 4 som 3 pressionar 2 ausente 1 não testável NT RESPOSTA VERBAL orientada 5 confusa 4 palavras 3 sons 2 ausente 1 Não testável NT 26 RESPOSTA MOTORA obedece comandos 6 localizando 5 flexão normal 4 flexão anormal 3 extensão 2 ausente 1 não testável NT REATIVIDADE PUPILAR nenhuma -2 apenas uma reage ao estímulo -1 reação bilateral ao estímulo 0 Classificação (ATLS, 2018): pontuação de 13 - 15: lesão leve; pontuação de 9 - 12: lesão moderada; pontuação de 3 - 8: lesão grave. 14. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) A escala de coma de Glasgow faz parte do exame neurológico e tem como base três parâmetros. Sobre esses parâmetros, analise as frases a seguir, assinalando o item correto. a) Os parâmetros avaliados são resposta motora, abertura ocular e saturação de oxigênio. b) A pontuação desta escala variade 0 a 15 pontos. c) É considerada alteração neurológica grave uma ECG de 3 a 8 pontos. d) Na avaliação da abertura ocular, as opções de resposta são espontâneas ao estímulo verbal e ao estímulo físico (levantamento manual da pálpebra). 27 15. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) No trauma abdominal, há consequências que levam a diagnósticos de enfermagem relacionados ao prejuízo do funcionamento cardíaco, à dor intensa e ao risco de infecção provocado pelo rompimento de órgãos internos. Assinale o item que contém diagnósticos de enfermagem diretamente relacionados à função cardiocirculatória. a) Dor aguda e integridade de pele prejudicada. b) Débito cardíaco diminuído e perfusão tissular periférica ineficaz. c) Risco de infecção e padrão respiratório ineficaz. d) Ansiedade e risco de quedas. QUEIMADURAS → feridas traumáticas A maioria é causada por agentes térmicos; químicos; elétricos; radioativos. Curso Completo para Concursos e Residências Queimaduras 28 Esses agentes são capazes de produzir calor excessivo; que danifica os tecidos corporais e acarreta a morte celular; causando a destruição parcial ou total da pele e de seus anexos; acometendo inclusive as camadas mais profundas, como tecido subcutâneo, músculos, tendões e ossos. Gravidade das Queimaduras A gravidade da queimadura depende de diversos fatores, dentre eles: extensão; profundidade; presença de trauma; presença de comorbidade; lesão inalatória; faixa etária; órgão atingido (nobres); queimadura circular; queimadura elétrica e química; 29 16. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Acerca da epidemiologia das queimaduras, pode-se afirmar verdadeiramente: I. As causas mais comuns de queimadura são de origem térmica, elétrica, química e por radiação. II. Em crianças, as causas das queimaduras variam de acordo com a faixa etária; lactentes e infantes são mais propensos à queimadura por frio. Já crianças maiores são mais propensas a queimaduras com líquidos quentes. III. O ambiente em que os acidentes com queimadura ocorrem com maior frequência é o trabalho. IV. Em idosos, a condição de pele adelgaçada, a diminuição da camada subcutânea e da resistência imunológica e a cicatrização lenta provocam o agravamento e a demora na recuperação do quadro do paciente. 16. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) São verdadeiros os itens: a) I e IV. b) II e III. c) I e II. d) II e IV. 30 (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) O texto a seguir refere-se às questões 17, 18 e 19. L.L.A., 23 anos, foi admitido com queimadura por etanol, decorrente de explosão em ambiente aberto, com 60% da superfície corporal queimada, lesões de 2º grau profundo e 3º grau em face, pescoço, tórax, abdome, dorso, membros superiores, membros inferiores e genitália com lesão inalatória. Realizou-se a reposição volêmica imediata, a intubação orotraqueal precoce associada à ventilação mecânica, os desbridamentos cirúrgicos, os curativos diários, a analgesia eficaz e suporte nutricional com altas taxas calóricas e proteicas, além do agressivo tratamento da sepse. Recebeu alta hospitalar somente após 4 meses e 9 dias, deambulando, com função renal preservada, sem área queimada exposta e com sequela funcional motora. Segundo Piccolo et al. (2008) apud Geovanini (2014), a gravidade das queimaduras pode ser da seguinte forma: Pequeno queimado (leve) ocorre lesão de primeiro grau em qualquer extensão; as lesões de segundo grau atingem menos de 10% da superfície corporal do adulto e 5% da criança. 31 Médio queimado (médio) ocorrem queimaduras de segundo grau, que acometem 5 a 10% da superfície corporal da criança e de 10 a 20% do adulto; de terceiro grau com até 10% em adultos, sem comprometer face, mão, períneo e pé; além de qualquer queimadura que envolva mão, pé, face, pescoço ou axila. CURSO COMPLETO DE ENFERMAGEM PARA CONCURSOS Grande queimado (grave) ocorrem queimaduras de segundo grau, sendo mais de 15% em crianças e 20% em adultos; Ressaltamos que essa classificação não é descrita nas literaturas mais conhecidas e protocolos. Precisamos ter cuidado em questões que possam explorar a classificação da gravidade das queimaduras. de terceiro grau com mais de 5% em crianças e mais de 10% em adultos; queimadura no períneo em qualquer idade; queimadura por eletricidade e de terceiro grau também em mão, pé, face, pescoço e/ou axila. 32 17. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) De acordo com a classificação do Ministério da Saúde, esse paciente vai ser classificado como: a) pequeno queimado: paciente com queimaduras de 1º e 2º graus, acima de 10% da área corporal atingida. b) médio queimado: paciente com queimaduras de 1º e 2º graus, com SCQ entre 10 e 25% ou queimaduras de 3º grau, com até 10% da SCQ, ou queimadura de mão e/ou pé. c) grande queimado, paciente com queimaduras de 1º e 2º graus, com SCQ > 26%, ou queimaduras de 3º grau > 10% da SCQ, ou queimadura de períneo. d) médio e grande queimado, pois apresenta características mistas. Abordagem Pré-hospitalar O método de atendimento ao trauma ABCDE é aplicado ao doente vítima de queimaduras (GEOVANINI, 2014; PHTLS, 2016): A: manter as vias aéreas desobstruídas. Em casos de incêndios, retirar a vítima para evitar a inalação de monóxido de carbono. Pode haver estreitamento da traqueia pelo edema da mucosa e também dificuldade de intubação. 33 B: são avaliadas as necessidades de intubação e nebulização pela verificação da frequência e da profundidade respiratórias e ausculta. É prudente administrar oxigênio a 100% em todos os pacientes com queimaduras acima de 20% da superfície corporal queimada. Queimaduras circunferenciais da parede torácica podem enrijecer e se contrair. Nesse caso, é necessária a realização de escarotomia imediata; C: deverão ser estabelecidos dois acessos venosos calibrosos para reposição volêmica com Ringer Lactato. A instalação de cateter vesical de demora para avaliar a diurese também é necessária; D: deve-se avaliar quanto à presença de déficits neurológicos, pois podem estar relacionados ao efeito de toxinas inaladas; E: exposição total da vítima, com a retirada de todas as roupas e joias. Por outro lado, vítimas de queimadura estão em risco de hipotermia. Logo, deve-se preservar a sua temperatura com o uso de mantas térmicas. 34 Atenção! Atenção! Segundo o MS, a punção venosa pode ser realizada na área queimada se não conseguir outro local de acesso (BRASIL, 2012). 18. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Antes de chegar ao serviço hospitalar, o paciente foi corretamente atendido pelo SAMU, cujas condutas imediatas envolveram: a) avaliar a arritmia cardíaca e promover o aquecimento. b) irrigar a área afetada com água ou SF 0,9% e observar alterações na voz, rouquidão, tosse, assegurando oxigenoterapia. c) remover roupa aderida à pele e adornos em queimaduras de extremidades. d) imobilizar a região cervical e iniciar terapia farmacológica. 35 Primeiro grau (espessura superficial) – eritema solar afeta somente a epiderme, sem formar bolhas*; apresenta vermelhidão, dor, edema e descama em 4 a 6 dias. Classificação das queimaduras *De acordo com Hinkle e Cheever (2016), a queimadura de 1º grau (superficial) pode apresentar possíveis bolhas. Segundo grau (espessura parcial-superficial e profunda) afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou flictenas; superficial: a base da bolha é rósea, úmida e dolorosa; profunda: a base da bolha é branca, seca, indolor e menos dolorosa (profunda); a restauração das lesões ocorre entre 7 e 21 dias. Classificação das queimaduras 36 Terceiro grau (espessura total) afeta a epiderme, a derme e estruturas profundas; é indolor; presença de placa esbranquiçada ou enegrecida; textura coreácea; não reepiteliza e necessita de enxertia de pele (indicada também para o segundo grau profundo). Fonte: BRASIL,2012. Classificação das queimaduras De acordo com a profundidade da destruição tecidual, as queimaduraspodem ser classificadas em primeiro, segundo, terceiro e quarto grau, conforme veremos na tabela seguir (GEOVANINI, 2014; PHTLS, 2017): Grau* Envolvimento cutâneo Sintomas Sinais 1º Epiderme (superficial) Dor Hiperemia e pequeno edema 2º Epiderme e porções variadas da derme (espessura parcial) Muita dor Áreas desnudas, úmidas e flictena (bolhas) *Apesar de o PHTLS (2016) não referir mais os graus de queimaduras, enfatizando o envolvimento cutâneo, didaticamente colocamos na tabela acima. Continua. 37 Grau* Envolvimento cutâneo Sintomas Sinais 3º Epiderme, derme e hipoderme (espessura total) Dor relacionada às terminações nervosas circunjacentes Ferimentos espessos, secos, esbranquiçado, com aparência semelhante a couro 4º Epiderme, derme, tecido subcutâneo, tendões, fáscias, músculos, ossos ou até os órgãos internos Indolor Semelhante e/ou mais grave que o 3º *Apesar de o PHTLS (2016) não referir mais os graus de queimaduras, enfatizando o envolvimento cutâneo, didaticamente colocamos na tabela acima. Continuação. PELE NORMAL QUEIMADURA DE 1º GRAU QUEIMADURA DE 2º GRAU QUEIMADURA DE 3º GRAU 38 19. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Preencha as definições a seguir de acordo com a classificação: (1) queimadura de 1º grau; (2) queimadura de 2º grau; (3) queimadura de 3º grau. ( ) Acomete a epiderme e tem como principais características a dor e a hiperemia. ( ) Ocorre a formação de bolhas ou flictenas. ( ) Pode ser classificada de superficial ou profunda, diferenciando-se pela modificação da sensibilidade à dor. 19. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) ( ) Atinge todas as camadas da pele e tem como principal característica a não reepitelização. A sequência correspondente, de cima para baixo, é: a) 1, 2, 2, 3. b) 2, 3, 1, 3. c) 3, 1, 1, 2. d) 2, 1, 3, 2. 39 Manobra de desobstrução de vias aéreas. Manobra de Heimlich Desobstrução de vias aéreas em crianças e bebês FIGURA - Manobras para desobstrução de vias aéreas em crianças e bebês. 40 A manobra de Heimilich para desobstrução de vias aéreas superiores em bebê grave responsivo consiste em 5 golpes entre as escapulas do paciente com a região hipotenar da mão, seguidos de 5 compressões torácicas, até que o objeto seja expelido ou o bebê fique irresponsivo. Se isso ocorrer, deve ser iniciada a RCP e cessar os golpes no dorso. 20. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Uma das emergências graves no ambiente extra-hospitalar é a obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE) e ocorre com frequência durante a alimentação ou em brincadeiras de criança. Tal obstrução pode levar à PCR. Assim sendo, é correto afirmar que: a) O profissional deve aguardar o paciente apresentar espontaneamente quadro de melhora por no mínimo 10 minutos e só então pode agir realizando manobra de desobstrução por meio de compressão abdominal, no adulto ou na criança. b) Tal obstrução pode ser classificada de leve/parcial ou grave/total, diferenciando-se pela perfusão periférica. 41 20. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) Em lactentes, os sinais de obstrução são dificuldade respiratória ou ruídos, a diminuição da expansão torácica e normalidade na coloração da pele. d) Alguns diagnósticos de enfermagem relacionados à situação de insuficiência respiratória diante de uma obstrução de vias aéreas incluem a troca de gases prejudicada e o padrão respiratório ineficaz. 21. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Segundo o Ministério da Saúde (2002), a crise epiléptica é o evento mais frequente entre os distúrbios neurológicos, com cerca de 0,5 a 1% da população mundial. Alguns fatores podem desencadear uma crise epiléptica: febre, TCE, meningite, encefalite, alteração do SNC no pré-natal, perinatal ou pós-parto, hipóxia neonatal, alteração metabólica ou hidroeletrolítica, medicamentos, álcool, drogas ilícitas, fatores genéticos e idiopáticos, além da epilepsia. O profissional em atendimento pré-hospitalar da crise epiléptica deve levar em consideração que: a) Em gestantes, exige-se muita atenção em razão do risco de queda, lesões e traumas, além de eclampsia nas emergências hipertensivas, com diminuição de oxigenação, inclusive para o feto, e alto risco para ambos. 42 21. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) b) A manutenção das vias respiratórias pérvias é uma preocupação secundária, pois não influencia nas lesões subsequentes. c) Após a cessação da crise, devem-se oferecer alimentos e líquidos ao paciente, visto que a fadiga leva à necessidade de reposição de nutrientes. d) Durante a crise, deve-se deixar o paciente em decúbito dorsal, com a cabeça alinhada ao tronco. Escala de AVE Pré-Hospitalar de Cincinnati TESTE ACHADOS anormal – um lado não se mexe da mesma forma que o outro. normal – ambos os lados da face se movem Desvio de rima/ queda facial → mostrar os dentes ou sorrir Es ca la d e A V C P ré -H o sp it al ar d e C in ci n n at i anormal – um braço não se mexe ou cai, em comparação ao outro. normal – ambos os braços se mexem ou ficam imóveis Queda do braço: fecha os olhos → ambos os braços estendidos (10s) anormal – mistura as palavras, usa palavras erradas ou não é capaz de falar. normal – usa corretamente as palavras sem alteração/fala pastosa Fala anormal: “o rato roeu a roupa do Rei de Roma” 43 DESVIO DE RIMA / QUEDA FACIAL QUEDA DO BRAÇO 22. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas do acidente vascular cerebral (AVC) maximiza a recuperação do doente e minimiza sequelas e mortalidade. Com o intuito de agilizar o diagnóstico, algumas escalas podem ser utilizadas: National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) e Cincinnati, por exemplo. Costuma-se usar a escala de Cincinnati, por sua baixa complexidade, a qual avalia os seguintes aspectos: a) coloração facial, contração dos braços e disfagia. b) rigidez facial, debilidade dos braços e fala anormal. c) contração facial, fraqueza de membros e dislalia. d) queda facial, debilidade dos braços e fala anormal. 44 23. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) O enfermeiro, diante do atendimento pré-hospitalar de AVC, deve considerar como algumas ações iniciais: a) avaliar a segurança do paciente, oferecer água e alimento, prevenir hipotermia. b) investigar e anotar o horário de início do evento, aplicar a escala de Cincinnati e a de Glasgow. c) avaliar responsividade, motricidade, sensibilidade, aplicar a escala NIHSS e o método START. d) solicitar transporte ao serviço de saúde, controlar temperatura corporal. Síndromes Hipertensivas da Gestação • HAS registrada ANTES da gestação, no período que precede a 20ª SEMANA de GRAVIDEZ ou além de 12 semanas depois do parto; • HAS detectada DEPOIS DA 20ª SEMANA, SEM PROTEINÚRIA,→ definida como “transitória” (quando ocorre normalização depois do parto) ou “crônica” (quando persistir a hipertensão); Hipertensão gestacional HAS crônica • aparecimento de HAS e PROTEINÚRIA (> 300 mg/24h) depois da 20ª SEMANA de gestação em mulheres previamente normotensas. Pré-eclâmpsia Fonte: BRASIL, 2012. 45 • elevação aguda da PA → se agregam proteinúria, trombocitopenia ou anormalidades da função hepática, em gestantes portadoras de HAS crônica com idade gestacional superior a 20 semanas; • pré-eclâmpsia complicada por CONVULSÕES que não podem ser atribuídas a outras causas. Eclâmpsia Pré-eclâmpsia superposta à HAS crônica Síndromes Hipertensivas da Gestação Fonte: BRASIL, 2012. 24. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) As síndromes hipertensivas da gravidez ocorrem quando a pressão arterial (PA) atinge valores iguais ou superiores a 140 x 90 mmHg. Incluem a pré-eclâmpsia, eclampsia e a síndrome HELLP. Considerando que o enfermeiro deve compreender cada uma dessas condições clínicas emergenciais, associe, corretamente, as duas colunas abaixo. (1) Pré-eclâmpsia. (2) Eclâmpsia. (3) Síndrome HELLP. (4)Hipertensão arterial crônica. 46 24. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) ( ) Condição em que a PA se mantém elevada antes da gravidez, ou antes de 20 semanas de gestação, ou diagnosticada, pela primeira vez, durante a gravidez e não se resolve até 12 semanas após o parto. ( ) Quando a gestante apresenta proteinúria >300mg/24h antes da 20ª semana de gestação ou há elevação abrupta da proteinúria, está instalado este quadro. ( ) Situação de agravamento caracterizada por hemólise, elevação de enzimas hepáticas e diminuição de plaquetas. 24. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) ( ) Principal causa de morte materna e perinatal, manifestando-se inicialmente por cefaleia intensa, náuseas, vômitos, dor epigástrica, visão turva e agitação psicomotora, podendo evoluir para convulsões. A sequência correta, de cima para baixo, é: a) 1, 2, 3, 4. b) 4, 3, 2, 1. c) 4, 1, 3, 2. d) 3, 4, 2, 1. 47 Abortamento precoce (até a 13ª semana) tardio (entre a 13ª e a 22ª ) Interrupção da gestação até a 22ª semana gestacional ou quando o concepto for < de 500g. espontâneo; provocado; ameaça de abortamento/aborto evitável; inevitável; retido; infectado. Abortamento Aborto infectado Abortamento Caracteriza-se por quadro infeccioso materno, com presença de ovo íntegro ou não e quadro hemorrágico variável. Associa-se, habitualmente, à manipulação uterina. Pode apresentar secreção fétida endovaginal, dor pélvica intensa à palpação, calor local e febre, além de comprometimento variável do estado geral. Grau 1: é o mais frequente; a infecção está limitada ao conteúdo da cavidade uterina; Pode ser dividido em : Continua... 48 Grau 2: a infecção já se expande à pelve (pelviperitonite); Continuação Grau 3: peritonite generalizada e infecção sistêmica com grave comprometimento do estado geral, coagulação intravascular generalizada, insuficiência renal, falência de múltiplos órgãos e choque séptico. Fonte: BRASIL, 2012. 25. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) O abortamento é a expulsão ou extração do concepto antes da viabilidade fetal, ou seja, o produto conceptual com peso < 500g e idade gestacional < 22 semanas. A respeito das diversas classificações dos tipos de abortamento, assinale a alternativa correta. a) No abortamento retido, parte dos produtos da concepção fica retida e parte é eliminada, com restos placentários aderidos ao útero, e o colo uterino encontra-se aberto. b) O aborto completo é a perda do concepto, mas não dos anexos, sendo possível visualizá-los em ultrassonografia. 49 25. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) No abortamento infectado, ocorre aborto acompanhado de infecção, podendo evoluir para choque séptico, pois o colo permanece dilatado, favorecendo a invasão bacteriana. d) No abortamento incompleto, há perda sanguínea, e o orifício cervical interno encontra-se fechado. 26. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) No atendimento pré- hospitalar de emergências obstétricas, as situações mais frequentes estão relacionadas com quadros de sangramento e trabalho de parto. No trabalho de parto, deve-se considerar a avaliação da idade gestacional e as características da dinâmica uterina. A respeito disso, é correto afirmar que: a) em casos de contrações fortes e frequentes (duas ou mais a cada 10 minutos), com sensação de puxos espontâneos e pressão no períneo, deve-se realizar o parto, conduzindo-o de maneira natural, sem intervenções desnecessárias que podem prejudicá-lo. b) em casos de contrações regulares com duração de mais de 30 segundos, com intervalo de 3 a 5 minutos, deve-se estimular a saída do bebê com manobras abdominais, pois não há tempo de chegar ao serviço de saúde. 50 26. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) em casos de trabalho de parto com distocia, o enfermeiro detém conhecimento, habilidade e autorização legal para prestar assistência e realizar o parto. d) na avaliação do trabalho de parto, o enfermeiro deve apenas verificar se há perda do tampão mucoso. As urgências e emergências psiquiátricas podem ser definidas como quaisquer alterações agudas de origem psiquiátrica em que ocorram mudanças do estado mental de um individuo, as quais implicam em risco atual e significativo de morte ou injúria grave, para o paciente ou para terceiros, necessitando de intervenção terapêutica imediata. Urgências e Emergências Psiquiátricas Fonte: VEDANA, 2016 51 As emergências psiquiátricas são momentos críticos marcados pela fragilidade e instabilidade do cliente. Urgências e Emergências Psiquiátricas É relevante que o profissional de saúde se apresente, esclareça os objetivos do atendimento, transmita confiança, segurança e consistência em suas ações e não emita julgamentos pessoais. Fonte: VEDANA, 2016 O atendimento a situações de urgência e emergência psiquiátricas deve atender aos objetivos que são prioritários: Urgências e Emergências Psiquiátricas Estabilização do quadro (controle de sintoma alvo); Reconhecimento de patologias e alterações orgânicas (que podem ter ocasionado as alterações mentais); Estabelecimento de hipóteses diagnósticas; Encaminhamento para continuidade do cuidado. 52 27. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Acerca das emergências psiquiátricas, avalie as assertivas. ( ) O termo “emergências psiquiátricas” aplica-se a condições nas quais o transtorno mental agudo ou subagudo causa alteração no comportamento do indivíduo e cuja gravidade coloca em risco a integridade física e moral da pessoa ou de terceiros, necessitando de intervenção imediata. ( ) No atendimento pré-hospitalar, a primeira conduta a ser realizada é a comunicação terapêutica, com abordagem de contato físico, demonstrando apoio e segurança. 27. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) ( ) No atendimento às emergências psiquiátricas ou no enfrentamento da crise, o enfermeiro necessita perceber o indivíduo em sua singularidade e estabelecer processo terapêutico que favoreça o diálogo, em detrimento de ações restritivas, medicamentosas e manicomiais. ( ) Algumas condições de emergências psiquiátricas incluem quadro confusional, quadro depressivo com tentativa e ideação suicida, quadro de transtornos psicóticos e crises epilépticas. O item que preenche corretamente as assertivas, na sequência de cima para baixo, é: a) V, F, V, V. b) F, V, F, V. c) F, F, F, F. d) V, F, V, F. 53 28. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) O texto a seguir corresponde às questões 28 e 29. Segundo a Rede Nacional de Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Renaciat) e o Sistema Nacional de Informações Tóxicofarmacológicas (Sinitox), “epidemiológica-mente, as causas de intoxicação e envenenamento mais prevalentes são os medicamentos, domissanitários, escorpiões, produtos químicos industriais, outros animais peçonhentos/venenosos, agrotóxicos de uso agrícola, substâncias de uso abusivo, serpentes, animais não peçonhentos, aranhas, raticidas, agrotóxicos de uso doméstico, produtos veterinários, plantas, cosméticos, alimentos, metais e outros”. 28. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Acerca das síndromes decorrentes de intoxicação e envenenamento, assinale o item correto. a) Nas síndromes colinérgicas, cujas causas envolvem uso excessivo de atropina, escopolamina, amitriptilina, cogumelos e outros, verificam-se como manifestações clínicas a agitação, o rubor facial, a midríase, a confusão mental, arritmias e outros. b) Nas síndromes extrapiramidais, verificam-se como sintomas movimentos involuntários tremores, sialorreia, e as causas incluem o uso abusivo de clorpromazina, bromoprida ou metoclopramida via IV, por exemplo. 54 28. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) Nas síndromes adrenérgicas causadas pelo carbamato ou “chumbinho”, as manifestações clínicas são sialorreia, vômitos, convulsão, entre outras. d) O tratamento das síndromes narcóticas (morfina, meperidina, codeína ou heroína) é a administração de benzodiazepínico. 29. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018)A conduta no atendimento pré-hospitalar, em casos de intoxicação, envenenamento ou acidentes com animais, deve ser considerado correto: a) a apreensão e a morte do animal peçonhento envolvido no acidente. b) a observação do animal doméstico por 5 dias e a confirmação da vacinação antirrábica. c) a lavagem do local atingido por uma água-viva, utilizando água do mar ou solução com vinagre. d) o estímulo ao vômito diante da ingestão de produtos tóxicos. 55 30. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) Uma criança de sete anos estava brincando no quintal de casa à noite quando, ao mexer em algumas telhas, foi picada por uma aranha-marrom, ou Loxosceles. A mãe rapidamente ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Com relação à conduta diante de um acidente com animais peçonhentos, assinale a alternativa correta. a) A recomendação geral é lavar o local da picada com água e sabão, não colocar outras substâncias e garrotear o local. b) Captura-se o animal prioritariamente e, só então, procura-se atendimento. 30. (Prefeitura de Fortaleza-CE/IJF/IMPARH/2018) c) Sintomas como dor intensa, edema, hematoma, paresia, náuseas e vômitos descartam a suspeita de que se trate de animal peçonhento. d) Um soro específico poderá ser aplicado, considerando a gravidade de cada caso, pois, no Brasil, não existe soro polivalente ou universal. 56 Rumo à aprovação!
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