Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 - O Princípio da Prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. 2 - De acordo com o regime orçamentário de reconhecimento da despesa, pertence ao exercício financeiro: I ¿ as receitas nele arrecadadas; II ¿ as despesas nele legalmente empenhadas¿. 3 - Empresas públicas dependentes, assim entendidas como sendo aquelas que recebem recursos a conta do orçamento fiscal, devem obrigatoriamente utilizar a contabilidade pública. 4 - Os ativos imobilizados estão sujeitos à depreciação durante a sua vida útil. A manutenção adequada desses ativos não interfere na sua depreciação. A apuração da depreciação deve ser feita mensalmente, a partir do momento em que o item do ativo se tornar disponível para uso, ou seja, quando está no local e em condição de funcionamento na forma pretendida pela administração. Em função de suas características, alguns itens do ativo não deverão ser depreciados. Como exemplos de bens que não se encontram sujeitos à depreciação têm-se os terrenos e os bens de natureza cultural. 5 - As variações patrimoniais, segundo o efeito causado no patrimônio líquido, classificam-se em quantitativas e qualitativas. a. Quantitativas - aquelas decorrentes de transações que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido e têm as seguintes denominações: · Variações Patrimoniais Ativas, aumentativas (VPA): aumentam o patrimônio líquido; · Variações Patrimoniais Passivas, diminutivas (VPD): diminuem o patrimônio líquido. a. Qualitativas - aquelas decorrentes de transações que alteram a composição dos elementos patrimoniais sem afetar o patrimônio líquido. As variações qualitativas decorrem de fatos permutativos nos quais há troca de elementos patrimoniais. No caso de recebimento de doações, ocorre uma variação patrimonial aumentativa porque ocorre uma entrada no ativo sem nenhuma contrapartida. 6 - Muitos leigos na Administração Pública confundem a classificação de juros e multas sobre um determinado tributo como uma receita tributária. Porém, nesta análise, deve ser compreendido que apenas o valor principal do tributo é classificado como uma receita tributária. O valor acessório (multas e juros) é classificado no grupo outras receitas correntes. 7 - Receitas correntes Receitas de capital Receita tributária Operações de crédito Receita de contribuição Alienação de bens Receita patrimonial Amortização de empréstimos Receita agropecuária Transferências de capital Receita industrial Outras receitas de capital Receitas de serviços Transferências correntes Outras receitas correntes 8 - Dívida flutuante é aquela contraída para pagamento em curto prazo (um ano). Ps restos a pagar, por sua natureza de curto prazo, são classificados como dívida flutuante. 9 - Receitas correntes provenientes de contribuições são aquelas instituídas apenas pela União, sendo contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico ou de interesse de categorias econômicas ou profissionais. 10 - Quanto à afetação patrimonial, a receita orçamentária pode ou não provocar variação na situação patrimonial líquida, sendo classificada como efetiva ou não efetiva, respectivamente. · Receita Orçamentária Efetiva ¿ aquela que, no momento do seu reconhecimento, aumenta o ativo e a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo aumentativo. · Receita Orçamentária Não-Efetiva ¿ aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do seu reconhecimento, constituindo fato contábil permutativo. As despesas orçamentárias segundo a sua natureza são classificadas entre Despesas Correntes e Despesas de Capital. Os restos a pagar constituem compromissos financeiros exigíveis que compõem a dívida flutuante e podem ser caracterizados como as despesas empenhadas, mas não pagas até o dia 31 de dezembro de cada exercício financeiro. Explicação: Quanto à afetação patrimonial, a despesa orçamentária pode ou não provocar variação na situação patrimonial líquida, sendo classificada como efetiva ou não efetiva, respectivamente. · Despesa Orçamentária Efetiva ¿ aquela que, no momento do seu reconhecimento, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato contábil modificativo diminutivo (é, por exemplo, o caso do pagamento de juros, diárias e proventos de aponsetadorias · Despesa Orçamentária Não-Efetiva ¿ aquela que não altera a situação líquida patrimonial no momento do seu reconhecimento, constituindo fato contábil permutativo. De acordo com o Manual Técnico de Orçamento, os grupos natureza de despesa classificados na categoria econômica capital são: 1. Investimentos - Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente. 2. Inversões Financeiras - Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo. 3. Amortização da Dívida - Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária. 4. 5. Despesas de Exercícios Anteriores são despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo consignava crédito próprio, com saldo suficiente para atendê-las, que não se tenham processado na época própria, bem como os restos a pagar com prescrição interrompida e os compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício correspondente, conforme estabelecido no art. 37 da Lei nº 4.320/1964. A entrada dos dados no SIAFI é efetuada através dos seguintes documentos: Sigla Título Descrição DF Documento de Arrecadação de Receita Federal (DARF Eletrônico) Permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas pelos Órgãos e Entidades, por meio de transferências de recursos intraSIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional. GP Guia de Recolhimento da Previdência Social (GRPS Eletrônica) Permite registrar o recolhimento das contribuições para a Seguridade Social por meio de transferências de recursos intraSIAFI entre a UG recolhedora e a Conta Única do Tesouro Nacional. GR Guia de Recebimento Destina-se à arrecadação de receitas próprias, ao recolhimento de devolução de despesas ou ao acolhimento de depósitos de diversas origens. NC Nota de Movimentação de Crédito Registro dos eventos vinculados à transferência de créditos, tais como: destaque, provisão, anulação de provisão e anulação de destaque. ND Nota de Dotação Registro de desdobramento, por plano interno e/ou fonte, quando detalhada, dos créditos previstos na Lei Orçamentária Anual, bem como a inclusão dos créditos nela não considerados. NE Nota de Empenho Registro de eventos vinculados ao comprometimento da despesa, na base do empenho. NL Nota de Lançamento por Evento Permite registrar eventos contábeis não vinculados a documentos específicos. NS Nota de Lançamento de Sistema Permite registrar eventos contábeis de forma automática. OB Ordem Bancária Permite registrar o pagamento de compromissos, bem como a transferência de recursos entre UG, liberação de recursos para fins de adiantamento,suprimento de fundos, cota, repasse, sub‑repasse e afins. PE Pré-empenho Permite registrar créditos orçamentários pré‑compromissados, para atender aos objetivos específicos, nos casos em que a despesa a ser realizada, por suas características, cumpre etapas com intervalos de tempo desde a decisão administrativa até a efetivação da emissão da NE. Eventos são instrumentos utilizados pelas unidades gestoras no preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no SIAFI para transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis automáticos. Os eventos são catalogados na Tabela de Eventos do SIAFI, que é parte integrante do Plano de Contas da Administração Pública Federal (PCASP). ATRIBUTOS CONCEITUAIS DA CONTA CONTÁBIL Código Estrutura numérica que identifica cada uma das contas que compõem o plano de contas. Título / Nome Designação que identifica o objeto de uma conta. Função Descrição da natureza dos atos e fatos registráveis na conta. Natureza do Saldo Identifica se a conta tem saldo devedor, credor ou ambos: i. Conta Devedora: possui saldo predominante devedor; ii. Conta Credora: possui saldo predominante credor; iii. Conta Mista / Híbrida: possui saldo devedor ou credor. Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.” A Tabela de Eventos é o instrumento utilizado pelas unidades gestoras no preenchimento das telas e/ou documentos de entrada no SIAFI para transformar os atos e fatos administrativos rotineiros em registros contábeis automáticos. A Tabela de Eventos e parte integrante do plano de contas da administração pública federal. A Coordenação-Geral de Contabilidade da STN é o órgão responsável pela administração da Tabela de Eventos. PCASP 1 ¿ Ativo 1.1 - Ativo Circulante 1.2 - Ativo Não Circulante 2 ¿ Passivo e Patrimônio Líquido 2.1 - Passivo Circulante 2.2 - Passivo Não Circulante 2.3 - Patrimônio Líquido 3 ¿ Variação Patrimonial Diminutiva 3.1 - Pessoal e Encargos 3.2 - Benefícios Previdenciários e Assistenciais 3.3 - Uso De Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 3.4 - Variações Patrimoniais Diminutivas Financeiras 3.5 - Transferências Concedidas 3.6 - Desvalorização e Perda De Ativos 3.7 - Tributárias 3.9 - Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 4 ¿ Variação Patrimonial Aumentativa 4.1 - Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 4.2 - Contribuições 4.3 - Exploração e venda de bens, serviços e direitos 4.4 - Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 4.5 - Transferências Recebidas 4.6 - Valorização e Ganhos Com Ativos 4.9 - Outras Variações Patrimoniais Aumentativas 5 ¿ Controles da Aprovação do Planejamento e Orçamento 5.1 - Planejamento Aprovado 5.2 - Orçamento Aprovado 5.3 - Inscrição de Restos a Pagar 6 ¿ Controles da Execução do Planejamento e Orçamento 6.1 - Execução do Planejamento 6.2 - Execução do Orçamento 6.3 - Execução de Restos a Pagar 7 ¿ Controles Devedores 7.1 - Atos Potenciais 7.2 - Administração Financeira 7.3 - Dívida Ativa 7.4 - Riscos Fiscais 7.8 - Custos 7.9 - Outros Controles 8 ¿ Controles Credores 8.1 - Execução dos Atos Potenciais 8.2 - Execução da Administração Financeira 8.3 - Execução da Dívida Ativa 8.4 - Execução dos Riscos Fiscais 8.8 - Apuração de Custos 8.9 - Outros Controles ESTRUTURA DO PCASP O plano de contas aplicado ao setor público (PCASP) é a estrutura básica para a escrituração contábil, formada por um rol de contas contábeis, que permite o registro contábil dos atos e fatos contábeis de maneira padronizada e sistematizada, possibilitando a elaboração de relatórios e demonstrações contábeis no setor público. Pessoal, olha só como estão estruturados os níveis de desdobramentos das contas de acordo com o PCASP: Balanço Orçamentário deve demonstrar as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. O Balanço Orçamentário é elaborado com a utilização das seguintes classes e grupos do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP): • Classe 5 (Orçamento Aprovado), Grupo 2 (Previsão da Receita e Fixação da Despesa); • Classe 6 (Execução do Orçamento), Grupo 2 (Realização da Receita e Execução da Despesa). Tanto o superávit financeiro utilizado quanto a reabertura de créditos adicionais especiais e extraordinários estão detalhados no campo Saldo de Exercícios Anteriores, do Balanço Orçamentário. Não devemos confundir resultado financeiro do exercício com o superávit ou déficit financeiro do exercício apurado no Balanço Patrimonial. Nem sempre um resultado financeiro positivo é um indicador de equilíbrio financeiro, pois pode decorrer da elevação do endividamento público. Também uma variação negativa não significa, necessariamente, mau desempenho, pois pode decorrer de uma redução no endividamento. Portanto, a análise deve ser feita conjuntamente com o Balanço Patrimonial. O Balanço Financeiro é elaborado com a utilização das seguintes classes do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP): • Classes 1 (Ativo) e 2 (Passivo) para os Recebimentos e Pagamentos Extraorçamentários de Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados, Saldo em Espécie do Exercício Anterior e Saldo em Espécie para o Exercício Seguinte. • Classe 3 (Variações Patrimoniais Diminutivas) para as Transferências Financeiras Concedidas. • Classe 4 (Variações Patrimoniais Aumentativas) para as Transferências Financeiras Recebidas. • Classe 5 (Orçamento Aprovado) para a Inscrição de Restos a Pagar. • Classe 6 (Execução do Orçamento) para a Receita Orçamentária, Despesa Orçamentária e Pagamento de Restos a Pagar. Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) O resultado patrimonial do período é apurado pelo confronto entre as variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas. A DVP permite a análise das alterações dos elementos patrimoniais e do desempenho da administração pública e tem função semelhante à Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) do Setor Privado. No Setor Privado, a DRE apura o resultado em termos de lucro ou prejuízo líquido. Já no Setor Público, o resultado patrimonial não é um indicador de desempenho, mas um medidor do quanto o serviço público ofertado promoveu alterações quantitativas dos elementos patrimoniais. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO (DCASP) ANEXO DA LEI Nº 4.320/64 Balanço Orçamentário BO 12 Balanço Financeiro BF 13 Balanço Patrimonial BP 14 Demonstração das Variações Patrimoniais DVP 15 Demonstração dos Fluxos de Caixa DFC 18 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido DMPL 19 O Balanço Financeiro demonstra: As receitas e a despesas orçamentárias, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária, conjugados com os saldos em espécies provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte. Balanço patrimonial é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública através de contas patrimoniais, bem como os atos potenciais, que são registrados em contas de compensação (natureza de informação de controle)”. A DMPL complementa esse anexo de metas e é uma demonstração obrigatória para as empresas estatais dependentes, desde que constituídas sob a forma de sociedades anônimas, e facultativa para os demais órgãos e entidades dos entes da federação. O balanço patrimonial é composto por: · Quadro principal; · Quadro dos ativos e passivos financeiros e permanentes; · Quadro das contas de compensação (controle); · Quadro do superávit/déficit financeiro. A demonstração dos fluxos de caixa é composta por: · Quadro principal; · Quadro de receitas derivadas e originárias; · Quadro de transferências recebidas e concedidas; · Quadro de desembolsos de pessoal e demais despesas por função; · Quadro de juros e encargos da dívida. A demonstração das mutações do patrimônio líquido complementa o anexo de metas fiscais, integrantedo projeto de lei de diretrizes orçamentárias. No quadro principal do Balanço Patrimonial os elementos patrimoniais são segregados em "circulante" e "não circulante", com base nos seus respectivos atributos de exigibilidade (para o passivo) e conversibilidade em dinheiro (para os ativos). 1 - Quociente do equilíbrio orçamentário Sinaliza se há equilíbrio entre a previsão inicial da receita e a fixação da despesa, itens constantes na Lei Orçamentária Anual (LOA). Valor do quociente Indica que = 1 Há equilíbrio entre a previsão inicial da receita e a dotação inicial da despesa, constantes da LOA. >1 Há superávit na LOA inicialmente aprovada. < 1 Há déficit na LOA inicialmente aprovada. 2 - Quociente de execução da receita Sinaliza a existência de excesso ou falta de arrecadação para a cobertura de despesas. Valor do quociente Indica que = 1 A receita prevista foi totalmente arreacadada. >1 Houve excesso de arrecadação. < 1 Falta arrecadar parte da receita prevista. 3 - Quociente de desempenho da arrecadação Sinaliza a existência de excesso ou falta de arrecadação (é utilizado para administração dos indicadores fiscais). Valor do quociente Indica que = 1 A receita inicialmente prevista foi totalmente arrecadada. >1 Houve excesso de arrecadação da receita em relação àquela inicialmente prevista. < 1 Falta arrecadar parte da receita inicialmente prevista. 6 - Quociente de execução da despesa Sinaliza se houve ineficiência no processo de planejamento-execução ou se houve economia de despesa orçamentária. Valor do quociente Indica que = 1 O total das dotações orçamentárias autorizadas foi utilizado (empenhado). >1 Isso não pode ocorrer pq significaria que foi utilizada dotação orçament. sem autorização na LOA. < 1 Somente parte da dotação atualizada foi utilizada, o que caracteriza que houve economia orçamentária. 7 - Quociente do resultado orçamentário Sinaliza a existência de superávit ou déficit orçamentário. Valor do quociente Indica que = 1 A despesa realizada foi totalmente coberta pela receita arrecadada. >1 Houve superávit. < 1 Houve déficit. Quocientes do balanço financeiro 1 - Quociente financeiro real da execução orçamentária Demonstra quanto a receita orçamentária realizada representa em relação à despesa orçamentária paga. Valor do quociente Indica que = 1 As despesas pagas foram totalmente suportadas pelas receitas arrecadadas. >1 As despesas pagas foram totalmente suportadas pelas receitas arrecadadas. Sobraram recursos, demonstrando um superávit na execução orçamentária-financeira. < 1 As receitas arrecadadas não foram suficientes para cobrir as despesas pagas. Faltaram recursos, evidenciando um déficit na execução orçamentária-financeira. 3 - Quociente do resultado da execução Evidencia a soma dos recebimentos em relação à soma dos pagamentos ocorridos no exercício. Valor do quociente Indica que = 1 Houve equilíbrio financeiro. >1 Houve superávit financeiro. < 1 Houve déficit financeiro. 1 - Quociente de liquidez imediata Evidencia a capacidade financeira de a entidade honrar imediatamente seus compromissos de curto prazo utilizando somente os recursos disponíveis em caixa e/ou bancos. Valor do quociente Indica que = 1 As disponibilidades cobrem o passivo circulante - e não sobram recursos. >1 As disponibilidades cobrem o passivo circulante - e sobram recursos. < 1 As disponibilidades não são suficientes para cobrir o passivo circulante. 2 - Quociente de liquidez corrente Sinaliza quanto de recursos a curto prazo a entidade poderá dispor para pagar suas obrigações de curto prazo. Valor do quociente Indica que = 1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto prazo são suficientes para pagar as obrigações que vencem em curto prazo, mas não sobram recursos. >1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto prazo são suficientes para pagar as obrigações que vencem em curto prazo - e sobram recursos. < 1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto prazo não são suficientes para pagar as obrigações que vencem em curto prazo. 3 - Quociente de liquidez geral Também conhecido como quociente de solvência geral, mede a capacidade de a entidade honrar todas as suas obrigações utilizando recursos realizáveis a curto e longo prazos. Valor do quociente Indica que = 1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto e a longo prazos são suficientes para pagar todas as obrigações que vencem a curto e a longo prazos, mas não sobram recursos. >1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto e a longo prazos são suficientes para pagar todas as obrigações que vencem a curto e a longo prazos - e sobram recursos. < 1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto e a longo prazos não são suficientes para pagar todas as obrigações que vencem a curto e a longo prazos. 4 - Quociente de liquidez seca Demonstra quanto a entidade poderá dispor de recursos circulantes, sem considerar os ativos não monetários (estoques, almoxarifados e despesas antecipadas), para honrar as obrigações de curto prazo. Valor do quociente Indica que = 1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto prazo, descontados dos ativos não monetários, são suficientes para pagar as obrigações de curto prazo, mas não sobram recursos. >1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto prazo, descontados dos ativos não monetários, são suficientes para pagar as obrigações de curto prazo - e sobram recursos. < 1 Os recursos disponíveis e os realizáveis a curto prazo, descontados dos ativos não monetários, não são suficientes para pagar as obrigações de curto prazo. 5 - Quociente de solvência Uma entidade é solvente quando está em condições de fazer frente às suas obrigações e ainda apresenta uma situação patrimonial que garanta sua sobrevivência no futuro. (BRASIL, 2012, p. 38) Valor do quociente Indica que = 1 Os recursos totais (bens e direitos) são suficientes para pagar todas as obrigações, mas não sobram recursos. >1 Os recursos totais (bens e direitos) são suficientes para pagar todas as obrigações - e sobram recursos (riqueza própria). < 1 Os recursos totais (bens e direitos) não são suficientes para pagar todas as obrigações (passivo descoberto). 6 - Quociente de endividamento geral Demonstra o nível de endividamento da entidade. Valor do quociente Indica que = 1 100% do ativo está completamente comprometido com o pagamento das obrigações. >1 As obrigações ultrapassam o valor do ativo (passivo descoberto). < 1 Menos que 100% do ativo está comprometido com o pagamento das obrigações. 1 - Quociente dos ganhos e perdas de ativos Evidencia se houve aumento ou redução do patrimônio líquido. Valor do quociente Indica que = 1 Houve equilíbrio das valorizações e dos ganhos com ativos em relação às desvalorizações e às perdas com ativos. >1 As variações patrimoniais aumentativas, com a valorização e os ganhos com ativos, são maiores do que a somatória das variações patrimoniais diminutivas com a desvalorização e as perdas de ativos. (KOHAMA, 2015, p. 176) < 1 As variações patrimoniais aumentativas, com a valorização e os ganhos com ativos, são menores do que a somatória das variações patrimoniais diminutivas com a desvalorização e as perdas de ativos. (Ibid.) 1 - O quociente de utilização do excesso de arrecadação consiste no resultado da divisão do excesso de arrecadação pelos créditos adicionais abertos, o que permite verificar a parcela do excesso de arrecadação utilizada para abertura de créditos adicionais, e não a parcela do superávit financeiro. 2 – O quociente de liquidez corrente consiste na divisão do ativo circulante pelo passivo circulante, o que permite verificar quanto de recursos a curto prazo a entidade poderá dispor para pagar suas obrigações de curto prazo. 3 – Uma entidade é solvente quando estiver em condições de fazerfrente às suas obrigações e ainda apresentar uma situação patrimonial que garanta sua sobrevivência no futuro e quando seu valor for maior do que 1, indicando que os recursos totais (bens e direitos) são suficientes para pagar todas as obrigações - e sobram recursos (riqueza própria). (BRASIL, 2012, p. 38) 4 – O quociente do equilíbrio orçamentário consiste na divisão da previsão inicial da receita pela dotação inicial da despesa, o que sinaliza se há equilíbrio entre a previsão inicial da receita e a fixação da despesa, constantes na Lei Orçamentária Anual (LOA). Quando for menor do que 1, isso indica que haverá déficit na LOA inicialmente aprovada - e não superávit. 5 – O quociente de execução da despesa consiste na divisão da despesa executada pela dotação atualizada, o que permite verificar se houve ineficiência no processo de planejamento-execução ou se houve economia de despesa orçamentária. A LRF é um mecanismo que incrementa o controle das contas públicas, impondo maior rigor ao governo para que ele não contraia despesas em nível superior às receitas tampouco empréstimos ou dívidas que possam causar um desequilíbrio das contas públicas. Receita corrente líquida (RCL) Na Lei de Responsabilidade Fiscal, a RCL é utilizada como referencial dos limites das despesas com pessoal. Além da sua aplicação no âmbito da LRF, a receita corrente líquida é utilizada pelo Senado Federal para estabelecer limites de endividamento, contratação de operações de crédito e pagamento do serviço da dívida. a) Resultado primário Diferença entre receitas e despesas do governo, sendo excluídas do cálculo as receitas e despesas financeiras (principalmente juros) O principal objetivo do cálculo do resultado primário é avaliar duas capacidades: a de sustentação da política fiscal frente ao volume da dívida consolidada e a de pagamento pelo setor público no longo prazo. b) Resultado nominal Diferença entre os totais das receitas e despesas do governo (incluindo as financeiras e não financeiras). Limites a) Regra de ouro Pretende evitar que os recursos de operações de crédito sejam utilizados para financiar despesas correntes. Está prevista tanto na CF/88 (art. 167, inciso III) quanto na LRF/00 (art. 12, § 2º): A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar (art. 169, CF/88). Adotando-se o regime de competência, essa despesa total será apurada somando-se aquela realizada no mês de referência às dos onze imediatamente anteriores. A LRF atribui competência aos Tribunais de Contas para verificar os cálculos dos limites da despesa total com pessoal de cada poder e órgão. A resolução do Senado Federal nº 40/2001 dispõe sobre os limites globais para o montante de duas dívidas públicas: a consolidada e a mobiliária dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. f) Restos a pagar O artigo 42 da LRF estabelece que: É vedado ao titular de poder ou órgão referido no art. 20, nos últimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito. Parágrafo único. Na determinação da disponibilidade de caixa, serão considerados os encargos e as despesas compromissadas a pagar até o final do exercício. Despesas com pessoal e encargos sociais representam o item de despesa obrigatória de caráter continuado mais relevante no setor público brasileiro. De longa duração, eles englobam gastos com o pagamento de ativos, inativos e pensionistas. O cronograma de execução mensal de desembolso criado pela LC nº 101/00, em seu art. 8º, tem o objetivo principal de: Planejar o fluxo de caixa das instituições públicas Segundo a LC nº 101/00, a distribuição da despesa, em relação ao recebimento das receitas, ocorrerá mediante a distribuição: Das Cotas financeiras
Compartilhar