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A taxa de encruamento O encruamento, também conhecido como trabalho á frio, é um fenômeno modificativo da estrutura cristalina dos metais e ligas pouco ferrosas, em que a deformação plástica é realizada abaixo da temperatura de recristalização, isso causará o aumento de discordâncias na estrutura cristalina e consequentemente o aumento de resistência do metal. Em outras palavras, o encruamento é o aumento do limite elástico do material, resistência a tração, por deformação plástica. Figura 1 - Processo de laminação à frio Figura 2 - Percentual de trabalho à frio O encruamento de um metal pode ser definido pelo aumento da rigidez por deformação plástica. Ocorre basicamente porque os metais se deformam plasticamente por movimentação de discordâncias, as quais interagem diretamente (entre si ou com outras imperfeições) ou indiretamente, com o campo de tensões internas de várias imperfeições e obstáculos. Essas interações levam a uma redução na mobilidade das discordâncias, e à necessidade de uma tensão maior para provocar maior deformação plástica. O encruamento é também chamado de "trabalho à frio" porque ocorre em temperaturas abaixo da temperatura de recristalização. Portanto, aumentando-se a temperatura, os efeitos do aumento da resistência do metal adquiridos pelo processo de trabalho a frio podem ser diminuídos até o retorno às suas propriedades originais. 100% 0 0 A AA TF d A macla é um tipo de defeito cristalino que pode ocorrer durante a deformação plástica. A maclação ocorre em um plano cristalográfico determinado segundo uma direção cristalográfica específica. Tal conjunto plano/direção depende do tipo de estrutura cristalina. Deformação por maclação é um mecanismo importante na deformação plástica de metais HC e CCC, principalmente a baixas temperaturas e em altas velocidades de deformação. Figura 3 - contorno de maclas Figura 4 - Deformação dos materiais (Jin e Lee, 2009) realizaram um estudo em que mediram a mudança na taxa de endurecimento por deformação com deformação por tração, e analisou pela equação de Crussard, em aço TWIP Fe – 18Mn – 0,6C – 1,5Al. A evolução microestrutural, incluindo maclas de deformação, também foi observada usando um sistema de difração por retro dispersão eletrônica (EBSD) e um microscópio eletrônico de transmissão (TEM). A figura 5, mostra a composição química e os parâmetros termodinâmicos que usaram neste trabalho: Figura 5 - Composição química e parâmetros termodinâmicos. Os testes de tração foram realizados a uma taxa de deformação constante de 1 x 10-4s- ¹, à temperatura ambiente. A figura 6 é um mapa de cores de contorno da amostra recozida, que foi obtida por digitalização EBSD no plano de direção transversal (TD). O espécime recozido possui uma fase monofásica austenita com um tamanho médio de grão de 5,4 m. Alguns grãos têm maclas de recozimento, cujo comprimento médio em um grão é 4,5 m, e a área da unidade mais longa de recozimento é de 20,5 cm. Os limites dos grãos de austenita e das maclas em anel são diferenciados por um ângulo desorientação e rede de locais de coincidência (CSL). Os limites de grão de alto ângulo e os limites de grão de baixo ângulo foram distinguidos com base no ângulo de amisorientação de 15 ◦ e exibidos em amarelo escuro e azul, respectivamente em Figura 1. Os limites maclas de recozimento, mostrados em vermelho e verde, foram detectados usando os limites 3 e 9 da CSL, respectivamente. Figura 6 - Mapa de sensibilização do aço TWIP recozido Fe - 18Mn - 0,6C - 1.5Al A figura 7 mostra um gráfico sobre a taxa de endurecimento por deformação no aço Fe- 22Mn-0,6 TWIP, a região de deformação plástica é dividida em cisco estágios. Após uma redução drástica no intervalo de deformação de 0-0,02 (estágio A), a taxa de endurecimento da tensão aumenta para atingir o nível constante em 0,1 (estágio B), devido as deformações primárias de maclas com direções de crescimento semelhante em um grão de austenita. Diminui ligeiramente (Estágio C) porque a taxa nucleação da deformação torna-se lenta e exibe o segundo valor constante até 0,3 (estágio D) por causa da deformação secundária, maclas com diferentes direções de crescimento. E finalmente à 0,3, a taxa de endurecimento diminui rapidamente até a falha da amostra (estágio E), devido ao rearranjo do deslocamento e à desaceleração da atividade de nucleação. Figura 7 - Taxa de endurecimento por deformação no aço Fe-22Mn-0,6 TWIP Para o aço TWIP utilizado neste estudo, apenas quatro estágios (A, C, D e E) apareça no gráfico da taxa de endurecimento da mancha vs. deformação verdadeira (Figura 2 a). Os estágios A e E são muito semelhantes aos do aço TW-Fe-22Mn-0.6C. No entanto, os estágios de B e C não são obviamente distintos entre si no atual aço TWIP (Figura 2 a). Além disso, a taxa de endurecimento da tensão no estágio D aumenta ligeiramente, diferentemente do aço TW-Fe- 22Mn-0.6C. Portanto, para examinar o comportamento de endurecimento por deformação de cada estágio, especialmente os estágios B e C, mais detalhadamente, a verdadeira curva tensão- deformação foi analisada usando as várias fórmulas de ajuste empírico e as análises matemáticas. Entre as análises, a análise C-J modificada revela a distinção mais clara dos estágios de endurecimento por deformação. Tendo em vista que os autores deste trabalho realizaram os testes de tração à temperatura ambiente, o efeito de encruamento esteve presente, aumentando as discordâncias e aumentando a resistência do material. Isso fica evidente no estágio A da figura 2, onde o material tem alta resistência. Outro fator, causador da mudança da curva de encruamento, é a formação de maclas de deformação. Ela ocorre durante a solidificação, deformação plástica, recristalização ou crescimento de grão. No caso desde estudo, ouve deformação plástica, o que contribuiu para a formação de maclas. A maclação ocorre em um plano cristalográfico determinado segundo uma direção cristalográfica específica. Tal conjunto plano/direção depende do tipo de estrutura cristalina. A fração volumétrica da região geminada foi aumentada com a tensão de tração devido ao aumento no número de maclas de deformação e não ao crescimento lateral de cada macla de deformação.
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