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manual_toxicologia_clinica-covisa-2017

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Manual de Toxicologia Clínica Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudasCoordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISASecretaria Municipal da Saúde de São Paulo
2017 ©Secretaria Municipal da Saúde – Prefeitura de São Paulo
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, 
desde que citada a fonte e que não seja para a venda ou qualquer fim comercial.
São Paulo (Cidade). Secretaria Municipal da Saúde. Coordenadoria de Vigilância em 
Saúde. Divisão de Vigilância Epidemiológica. Núcleo de Prevenção e Controle das 
Intoxicações.
 Manual de Toxicologia Clínica: Orientações para assistência e vigilância das 
intoxicações agudas / [Organizadores] Edna Maria Miello Hernandez, Roberto Moacyr 
Ribeiro Rodrigues, Themis Mizerkowski Torres. São Paulo: Secretaria Municipal da 
Saúde, 2017. 465 p.
1.Toxicologia. 2. Intoxicação 3. Vigilância epidemiológica I. Título II. Hernandez, Edna 
Maria Miello III. Rodrigues, Roberto Moacyr Ribeiro IV. Torres, Themis Mizerkowski
Ficha catalográfica 
 CDU 615.9
Coordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISA
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
Manual de Toxicologia Clínica Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudasCoordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISASecretaria Municipal da Saúde de São Paulo
PREFEITURA DE SÃO PAULO
João Doria Júnior
Prefeito
Secretaria Municipal da Saúde
Wilson Modesto Pollara
Secretário
Coordenadoria de Vigilância em Saúde
Cristina Emiko Maruyama Shimabukuro
Coordenadora
Divisão de Vigilância Epidemiológica
Rosa Maria Dias Nakazaki
Diretora
Núcleo de Prevenção e Controle das Intoxicações
Edna Maria Miello Hernandez
Coordenadora
MANUAL DE TOXICOLOGIA CLÍNICA
Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas
1ª edição
São Paulo-SP
2017
Coordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISA
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
Autores
Alexandre Dias Zucoloto
Carolina Dizioli Rodrigues de Oliveira
Edna Maria Miello Hernandez 
Eryberto Steves Tabosa do Egito
Giselle Marques de Rezende Dias Leite
Ivanita Aurora Prado
Ivo Barbosa De Faria Marcondes
Leticia Nunes de Souza
Ligia Veras Gimenez Fruchtengarten
Marcia Boccatto De Oliveira
Marcia Veras Gimenez Tristão
Paulo Tenório de Cerqueira Neto
Roberto Moacyr Ribeiro Rodrigues
Sergio Emmanuele Graff
Themis Mizerkowski Torres
Valéria Chaves
Revisão
Miriam Carvalho de Moraes Lavado
Selma Anequini Costa
Revisão técnica
Alexandre Dias Zucoloto
Carolina Dizioli Rodrigues de Oliveira
Edna Maria Miello Hernandez
Ligia Veras Gimenez Fruchtengarten
Roberto Moacyr Ribeiro Rodrigues
Themis Mizerkowski Torres
Organizadores
Edna Maria Miello Hernandez
Roberto Moacyr Ribeiro Rodrigues
Themis Mizerkowski Torres
Diagramação
Mariana Teodoro de Barros
Núcleo Técnico de Comunicação em Vig. em Saúde - NTCOM
Núcleo de Prevenção e Controle das Intoxicações
Núcleo de Prevenção e Controle das Intoxicações
Núcleo de Prevenção e Controle das Intoxicações
Núcleo Técnico de Comunicação em Vig. em Saúde - NTCOM
Manual de Toxicologia Clínica Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas
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Ao aceitar o convite para escrever este prefácio, várias 
cenas foram desenhando-se à minha frente, capturadas de 
um tempo especial de atividade profissional. Pareceram-
me pouco os mais de trinta anos de atuação na área clínica 
da Toxicologia, atendendo aos chamados telefônicos, 
percorrendo corredores de hospitais, lutando contra os 
tempos alheios – dos doentes graves no setor de emergência 
ou na unidade de terapia intensiva (UTI) e dos profissionais 
orientados à distância.
Recordei-me de crianças em súbita apneia, que 
choravam logo após serem admitidas à UTI (intoxicação por 
nafazolina), de jovens vencendo estados de coma e negando 
a participação em festas perigosas (drogas ilícitas), além de 
idosos confusos solicitando seus remédios habituais antes 
mesmo da alta hospitalar (interação medicamentosa). Senti-
me novamente constrangida ao lembrar-me de pacientes e 
familiares em difíceis retornos ao hospital para o necessário 
seguimento clínico-toxicológico, psicológico, psiquiátrico ou 
social (intoxicações por praguicidas, tentativas de suicídio, 
maus tratos), quando só era possível recebê-los em salas 
desconfortáveis, improvisadas no Centro de Controle de 
Intoxicações de São Paulo (CCI).
Revivi momentos agradáveis em que me atrevia a 
ensinar quando precisava aprender, com alunos e profissionais 
que tinham a oportunidade de visitar o CCI ou quando recebia 
convites para ministrar aulas em universidades. Lá estavam 
graduandos de diversas áreas, médicos-residentes ou já 
especialistas e até mestres ou doutores esperando por 
”um especialista em intoxicações”. Muito foi construído em 
diálogos abertos nessas ocasiões, assim como em outros 
mais discretos, que ocorriam à beira dos leitos dos doentes, 
sem formalidades porque para isso não havia tempo.
Coordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISA
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
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Lembrei-me com tristeza das inúmeras crises políticas e 
econômicas, das substituições repentinas e desnecessárias de gestores 
em vários níveis. Esses transtornos afetavam profundamente o nosso 
trabalho, mas não nos impedia de continuar. Mantínhamos com esforço 
uma equipe mínima para não se fecharem as portas de um centro tão 
importante na assistência à saúde da população.
Ao dizer tudo isso, percebo que faço um paralelo da minha biografia 
com a história dos profissionais do CCI e chega o momento de falar sobre 
o Manual de Toxicologia – orientações para assistência e vigilância das 
intoxicações agudas. Em desenho gráfico singelamente atraente, os 
temas principais tratados de forma concisa fluem diante dos meus olhos 
e encantam-me. Ativo, então, a crítica com armas discretas e o que posso 
antever é que este trabalho simples e necessário será um sucesso.
Um manual sobre intoxicações agudas é um sonho de consumo 
de todo estudante ou profissional que se inicia no campo da Toxicologia 
Clínica. No entanto, pequena ou grande, toda obra de sucesso pode 
transformar-se em letra apagada pelo tempo, uso ou desuso. Para que 
isso não ocorra com esta pérola, é preciso mais do que o contentamento 
durante o lançamento ou a aquisição da obra.
Todo trabalho didático de apoio precisa de suporte continuado e 
esse recurso deve ser disponibilizado a todos os que tiverem conhecimento 
deste material e dele desejarem servir-se. Por outro lado, as pessoas 
que tiverem a oportunidade de ler o texto precisam debruçar-se sobre 
ele, desejar mais conteúdo, utilizar as referências citadas e confrontar as 
informações com o próprio conhecimento e a experiência prática.
Não é bom ignorar que este pequeno livro foi escrito com objetivos 
definidos por uma equipe que cultiva uma história real, dinâmica, 
competente, por isso, tem muito mais a oferecer além do que aqui 
está posto. Essa equipe sabe que é necessário posicionar-se diante 
de diagnósticos difíceis ou condutas terapêuticas controversas e do 
seu compromisso de atualizar os conhecimentos. E continua atenta, 
disponível, solícita tanto nos atendimentos telefônicos quanto ao lado 
dos doentes no hospital e, certamente, manterá abertas as portas do CCI.
Creio que muitos sabem dos limitados recursos de um manual 
técnico, mas poucos têm a noção do quão difícil é para o especialista 
reduzir seu conhecimento para caber dentro desse limite. A equipe 
técnica participante e os organizadores deste trabalho conhecem bem 
essa dificuldade, mas não devem se desculpar por isso, pois fizeram um 
Manual de Toxicologia Clínica Orientações para assistência e vigilância das intoxicações agudas
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trabalho de qualidade no espaço-tempo que tiveram, cumprindo o seu 
propósito.
Revisões e novas edições serão necessárias. Para isso, esperamos 
que a equipe cresça em número, qualidade e diversidade e que as 
contribuições sejam espontâneas, mas vinculadas ao objetivomaior – 
servir a quem necessita. Assim, a Toxicologia Clínica continuará sendo 
apaixonante, desafiadora, porém, mais agradável será o aprendizado.
Refaço, agora virtualmente, o caminho entre o Hospital Municipal 
Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, no Jabaquara e a sede da Coordenadoria de 
Vigilância em Saúde (COVISA), na região central da cidade, tantas vezes 
trilhado por profissionais idealistas em busca de apoio. Desejávamos a 
criação de um programa de vigilância e controle de intoxicações para o 
município de São Paulo e, confesso, deixamos de insistir na ideia original, 
gestada no CCI, somente depois de conseguirmos a parte essencial. Hoje, 
é gratificante ver como a equipe cresceu em competência e qualidade. 
Isso chama-se progresso.
Finalmente, de muito longe, resta-me gritar bem alto: PARABÉNS! 
Trabalhem, estudem, discutam, escrevam e aceitem sugestões! Depois, 
multipliquem e compartilhem seus conhecimentos, pois quem retém 
informações preciosas distancia-se dos grandes cérebros, correndo risco 
de isolamento. Isso não queremos e os que precisam de nós não merecem. 
Com carinho e sincero agradecimento,
Darciléa Alves do Amaral
Maastricht, 30 de agosto de 2017.
Coordenadoria de Vigilância em Saúde - COVISA
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
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INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5
1. Atendimento inicial das intoxicações agudas ..................................... 9
Avaliação inicial ..................................................................................... 9
Diagnóstico da intoxicação .................................................................10
História da exposição ..........................................................................10
Exame físico ........................................................................................11
Exames complementares ....................................................................13
Tratamento ...........................................................................................13
Descontaminação ................................................................................13
Antídotos ..............................................................................................16
2. O diagnóstico laboratorial toxicológico na suspeita de intoxicação 
aguda .......................................................................................................21
3. Antídotos e medicamentos auxiliares no tratamento das 
intoxicações .............................................................................................27
4. Intoxicação por drogas de abuso .......................................................47
Classificação ........................................................................................48
4.1 - Drogas depressoras do SNC .......................................................50
Etanol ........................................................................................................................50
GHB - Gama-Hidroxibutirato ...........................................................................61
Heroína .....................................................................................................................67
Inalantes e solventes ...........................................................................................73
4.2 - Drogas estimulantes do SNC ......................................................81
Anfetaminas ...........................................................................................................81
Cocaína ......................................................................................................................87
4.3 - Drogas perturbadoras do SNC ....................................................97
Canabinóides ..........................................................................................................97
Cetamina ...............................................................................................................103
Fenciclidina ...........................................................................................................108
LSD ..........................................................................................................................113
MDMA (Ecstasy) .................................................................................................118
Nitritos ...................................................................................................................124
Novas drogas sintéticas ..................................................................................128
Canabinoides sintéticos ...................................................................................128
Catinonas ..............................................................................................................135
DOB .........................................................................................................................141
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5. Intoxicação por medicamentos ........................................................147
Ácido valproico ........................................................................................................147
Anti-inflamatório não esteroides (AINEs) .....................................................152
Antagonistas de canais de cálcio .....................................................................160
Anticolinérgicos .......................................................................................................166
Antidepressivos ISRS ............................................................................................171
Antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos ......................................................176
Antieméticos (metoclopramida, bromoprida e domperidona) ..............181
Antipsicóticos ..........................................................................................................186
Benzodiazepínicos .................................................................................................195
Betabloqueadores .................................................................................................200
Carbamazepina .......................................................................................................206
Digoxina .....................................................................................................................210
Fenobarbital .............................................................................................................215
Imidazolinas (de uso nasal e oftálmico) .........................................................221
Lítio ..............................................................................................................................226
Opiáceos e opioides ..............................................................................................231
Paracetamol .............................................................................................................236
Sais de ferro .............................................................................................................244
Hipoglicemiantes....................................................................................................250
Biguanidas ................................................................................................................250
Insulina .......................................................................................................................255
Outros antidiabéticos ...........................................................................................260
Sulfonilureias ...........................................................................................................267
6. Intoxicação por álcoois tóxicos ........................................................273
Metanol ......................................................................................................................273Etilenoglicol ..............................................................................................................280
7. Intoxicação por metais .....................................................................287
Chumbo......................................................................................................................287
Mercúrio ....................................................................................................................298
8. Intoxicação por gases tóxicos ..........................................................305
8.1 - Asfixiantes químicos .................................................................305
Cianeto ...................................................................................................................305
Monóxido de carbono .......................................................................................312
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8.2 - Asfixiantes simples ...................................................................317
Dióxido de carbono ............................................................................................317
Gás de cozinha ....................................................................................................321
9. Intoxicação por saneantes domésticos ...........................................325
Cáusticos alcalinos e ácidos ...............................................................................325
Desinfetantes e antissépticos ...........................................................................332
Naftaleno e Paradiclorobenzeno ......................................................................335
Solventes, Ceras e Polidores ..............................................................................340
10. Intoxicação por praguicidas ...........................................................343
10.1 - Inibidores da colinesterase: carbamatos e 
organofosforados ..............................................................................345
10.2 - Inseticidas Organoclorados ...................................................353
10.3 - Inseticidas Piretróides............................................................357
10.4 - Herbicida glifosato .................................................................361
10.5 - Herbicida paraquat .................................................................366
11. Intoxicação por rodenticidas ..........................................................371
Chumbinho ...............................................................................................................373
Rodenticidas antagonistas da vitamina K.....................................................375
12. Intoxicação por produtos veterinários ..........................................381
Avermectinas e milbemicinas ............................................................................384
Fenilpirazois (Fipronil) ...........................................................................................389
Formamidinas (Amitraz) ......................................................................................394
13. Intoxicação por plantas ..................................................................399
Plantas que contêm alcalóides beladonados ..............................................400
Plantas que contêm cristais de oxalato de cálcio ......................................407
Plantas que contêm ésteres diterpênicos ....................................................414
Plantas que contêm glicosídeos cardioativos .............................................419
Plantas que contém glicosídeos cianogênicos ...........................................426
Plantas que contêm graianotoxinas ...............................................................433
Plantas que contém saponinas ........................................................................438
Plantas que contêm toxalbuminas ..................................................................444
Planta de origem desconhecida .......................................................................451
Anexo I - Portaria GM/MS Nº 204 de 17 de fevereiro de 2016 ..........453
Anexo II - Ficha de Investigação de Suspeita de Intoxicação (FIIE) – 
SINAN.....................................................................................................464
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A intoxicação é um problema de Saúde Pública de 
importância global. Segundo a Organização Mundial de 
Saúde (OMS) em 2012, foi estimado que 193.460 pessoas 
morreram em todo mundo devido a intoxicações não 
intencionais. Em torno de 1.000.000 pessoas morrem a 
cada ano devido ao suicídio, sendo significante o número 
relacionado às substâncias químicas e os pesticidas foram 
responsáveis por 370.000 destas mortes. Nos Estados 
Unidos, em 2014, foram registrados, pelos Centros de 
Controle de Intoxicação, 2.165.142 atendimentos de casos 
de exposição humana.
No Brasil, embora a dimensão ainda não seja 
conhecida em sua plenitude, foram registrados no Sistema 
de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 
2010 a 2014, 376.506 casos suspeitos de intoxicação. Deste 
total, o estado de São Paulo representou 24,5% (n=92.020). 
O município de São Paulo, nesse mesmo período, registrou 
21.407 casos, representando 23% do total notificado no 
estado de São Paulo e 5,7% do total do Brasil, conferindo ao 
município de São Paulo o título de maior notificador do país.
A notificação das Intoxicações Exógenas se tornou 
obrigatória a partir de 2011, com a publicação da Portaria GM/
MS nº 104 de 25 de janeiro de 2011, que incluiu a intoxicação 
exógena (IE) na lista de agravos de notificação compulsória, 
posteriormente a Portaria GM/MS nº 1271, de 06 de junho 
de 2014, manteve a IE na lista de doenças e agravos de 
notificação compulsória e definiu sua periodicidade de 
notificação como semanal. A mesma portaria definiu também 
que a tentativa de suicídio, contida no agravo da violência, 
é de notificação compulsória imediata e deve ser realizada 
pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço 
assistencial que prestar o primeiro atendimento ao paciente, 
em até 24 (vinte e quatro) horas desse atendimento, pelo 
meio mais rápido disponível. Portaria mais recente, a GM/MS 
nº 204, de 17 de fevereiro de 2016 (anexo I) veio substituir a 
última, sem modificações em relação às IE. 
6 voltar ao menu
Apesar da importância do agravo na demanda diária dos serviços 
de saúde da atenção primária, secundária e terciária, o tema é ainda 
negligenciado na graduação dos profissionais de saúde, diretamente 
envolvidos em seu atendimento, em especial, na graduação médica. A 
atualização médica nos temas de toxicologia é imprescindível para a 
atuação prática, principalmente, no setor de atendimento de emergências, 
urgências e pronto atendimento no município de São Paulo, tornando este 
manual um instrumento muito útil para os profissionais de saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo conta com o Centro 
de Controle de Intoxicações, (CCI-SP) que foi criado em 1971 e está 
instalado no Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya (HMARS), no 
bairro do Jabaquara. A equipe multiprofissional do CCI-SP, composta por 
médicos, enfermeiros e psicólogos, oferece orientações e informações, por 
telefone sobre o diagnóstico e tratamento das intoxicações e atendimento 
presencial ao pacientes da área de referencia do HMARS.
Os organizadores deste manual, baseados na experiência do CCI-
SP, não tiveram a pretensão de esgotar os assuntos abordados em seus 
capítulos. Os objetivos principais deste manual são: fornecer informações 
essenciais para construir ou descartar o diagnóstico das intoxicações, 
contribuir para seu tratamento e registrar sua ocorrência no instrumento 
de notificação compulsória FIIE (anexo II).
À medida que o conhecimento dos agentes tóxicos, suas 
características de toxicidade, mecanismos de ação e o quadro clínico que 
produzem passam a ser de domíniodos profissionais de saúde, a hipótese 
diagnóstica da intoxicação pode ser incluída na avaliação dos pacientes. 
Da mesma forma, o reconhecimento do agravo e o desenho de seu 
perfil epidemiológico facilitam o desenvolvimento das políticas de saúde 
necessárias para sua prevenção e controle. No município de São Paulo, 
essas medidas são urgentes, uma vez que a intoxicação, principalmente 
por drogas de abuso, tem sido importante causa de óbito em adolescentes 
e adultos jovens.
Para a escolha dos temas que compõem este manual, nesta 
primeira edição, foi considerada principalmente a epidemiologia do 
agravo, onde os agentes tóxicos mais frequentes foram contemplados. 
Foram incluídos também outros agentes, que embora não representem 
frequência expressiva em nosso meio, podem levar a quadros graves ou 
de difícil diagnóstico como: intoxicações por cianeto, opioides, digoxina, 
metanol, novas drogas de abuso, entre outras.
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7
Referências
WHO. International Programme on Chemical Safety. Disponível em: 
<http://www.who.int/ipcs/poisons/en/>. Acesso em: 23 dez. 2015.
MOWRY, J. B. et al. 2013 Annual Report of the American Association 
of Poison Control Centers’ National Poison Data System (NPDS): 31st 
Annual Report. Clinical Toxicology, New York; v. 52, p. 1032–1283, 
2014. Disponível em: <https://aapcc.s3.amazonaws.com/pdfs/annual_
reports/2014_NPDS_Annual_Report.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2015.
DATASUS. Informações de Saúde (TABNET). Disponível em: <http://
www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203&VObj=http://
tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/fi>. Acessos em: 22 jun. 
2015; e 10 fev. 2015.
Portaria GM/MS nº 104 de 25 de janeiro de 2011. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt0104_25_01_2011.
html. Acesso em: 13 de fev. de 2017.
Portaria GM/MS nº 1271, de 06 de junho de 2014. Disponível em: http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt1271_06_06_2014.
html. Acesso em: 13 de fev. de 2017.
Portaria GM/MS nº 204, de 17 de fevereiro de 2016. Disponível em: 
http://www.saude.rs.gov.br/upload/1470317018_2.%20Portaria%20
204%20-%20LNC.pdf. Acesso em: 13 de fev. de 2017.
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Toda intoxicação suspeita ou confirmada deverá ser 
tratada como uma situação clínica potencialmente grave, 
pois mesmo pacientes que não apresentam sintomas 
inicialmente, podem evoluir mal. Desta forma, a abordagem 
inicial deve ser feita de forma rápida e criteriosa. Este capítulo 
visa estabelecer os princípios e condutas básicas para o 
atendimento de um paciente com suspeita de intoxicação.
Avaliação inicial
O primeiro passo no atendimento de um paciente 
intoxicado é a realização de um breve exame físico para 
identificar as medidas imediatas necessárias para estabilizar 
o indivíduo e evitar a piora clínica. Portanto, neste momento, 
é de fundamental importância checar:
•	 Sinais vitais;
•	 Nível e estado de consciência;
•	 Pupilas (diâmetro e reatividade à luz);
•	 Temperatura e umidade da pele;
•	 Oximetria de pulso;
•	 Medida de glicose capilar (dextro);
•	 Obter ECG e realizar monitorização eletrocardiográfica 
se necessário;
•	 Manter vias aéreas abertas e realizar intubação oro-
traqueal (IOT), se necessário;
•	 Obter acesso venoso calibroso (neste momento, podem 
ser coletadas amostras para exames toxicológicos);
Atendimento 
inicial das 
intoxicações 
agudas
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•	 Administrar tiamina e glicose via intravenosa (IV) se o paciente se 
apresentar com alteração do nível de consciência, a menos que os 
diagnósticos de intoxicação alcoólica e hipoglicemia possam ser ra-
pidamente excluídos;
•	 Administrar naloxona em pacientes com hipótese de intoxicação 
por opioide. A hipótese de intoxicação por opioide é feita com base 
na exposição à substância e sinais clínicos como rebaixamento do 
nível de consciência, depressão respiratória e pupilas mióticas pun-
tiformes;
•	 Procurar sinais de trauma, infecção, marcas de agulha ou edema 
de extremidades.
Diagnóstico da intoxicação
A abordagem diagnóstica de uma suspeita de intoxicação envolve a 
história da exposição, o exame físico e exames complementares de rotina 
e toxicológicos.
História da exposição
Utiliza-se a estratégia dos “5 Ws”, isto é, deve-se obter os dados 
relacionados ao paciente (Who? - Quem?), à substância utilizada (What? 
- O quê?), horário da exposição (When? - Quando?), local da ocorrência 
(Where? - Onde?) e motivo da exposição (Why? - Por quê?). 
Atentar para o fato de que muitas informações podem ser 
distorcidas ou omitidas, principalmente quando há tentativas de suicídio 
ou homicídio envolvidas, uso de drogas ilícitas, abortamento ou maus-
tratos.
•	 Paciente: obter o histórico de doenças, medicações em uso, tenta-
tivas de suicídio anteriores, ocupação, acesso a substâncias, uso de 
drogas e gravidez.
•	 Agente tóxico: procurar saber qual foi a substância utilizada e a 
quantidade. Sempre que possível, solicitar para os acompanhantes 
trazerem os frascos ou embalagens e questionar se pode ser um 
produto clandestino.
•	 Tempo: verificar qual foi o horário da exposição e por quanto tempo 
a substância foi utilizada, nos casos de exposições repetidas. Ques-
tionar se houve algum sintoma prévio à exposição.
•	 Local: saber onde ocorreu a exposição e se foram encontrados 
frascos, embalagens, seringas ou cartelas de comprimidos próxi-
mos ao paciente. Verificar quais medicamentos são utilizados pe-
At
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los familiares ou pelas pessoas onde o indivíduo foi encontrado. 
Também é útil saber se foi encontrada alguma carta ou nota de 
despedida em casos de tentativa de suicídio.
•	 Motivo: identificar a circunstância da exposição, já que é de extre-
ma importância saber se foi tentativa de suicídio, homicídio, aci-
dente, abuso de drogas e outras.
Exame físico 
Realizar exame físico do paciente verificando os principais sinais e 
sintomas descritos abaixo:
•	 Odores característicos: ex.: hálito etílico (uso de álcool), odor de 
alho (organofosforados);
•	 Achados cutâneos: sudorese, secura de mucosas, vermelhidão, 
palidez, cianose, desidratação, edema;
•	 Temperatura: hipo ou hipertermia;
•	 Alterações de pupilas: miose, midríase, anisocoria, alterações de 
reflexo pupilar;
•	 Alterações da consciência: agitação, sedação, confusão mental, 
alucinação, delírio, desorientação;
•	 Anormalidades neurológicas: convulsão, síncope, alteração de 
reflexos, alteração de tônus muscular, fasciculações, movimentos 
anormais;
•	 Alterações cardiovasculares: bradicardia, taquicardia, hiperten-
são, hipotensão, arritmias;
•	 Anormalidades respiratórias: bradipneia ou taquipneia, presença 
de ruídos adventícios pulmonares;
•	 Achados do aparelho digestório: sialorreia, vômitos, hematême-
se, diarreia, rigidez abdominal, aumento ou diminuição de ruídos 
hidroaéreos;
Estes sinais e sintomas descritos, quando agrupados, podem 
caracterizar uma determinada síndrome tóxica. As principais síndromes 
tóxicas utilizadas para o diagnóstico da intoxicação aguda são: síndrome 
sedativo-hipnótica, opioide, colinérgica, anticolinérgica, adrenérgica, 
serotoninérgica e extrapiramidal.
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Quadro 1 - Principais síndromes tóxicas
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Exames complementares
Gerais
Dependendo do agente envolvido podem ser solicitados exames 
laboratoriais, ECG, exames de imagem (RX, TC) ou endoscopia digestiva 
alta.
Toxicológicos
Ver capítulo 2 – O diagnóstico laboratorial toxicológico na suspeita 
de intoxicação aguda.
Tratamento
 O manejo adequado de um paciente com suspeita de intoxicação 
depende do agente envolvido e da sua toxicidade, assim como do 
tempo decorrido entre a exposição e o atendimento. Além do suporte, 
o tratamento envolve medidas específicas como descontaminação, 
administração de antídotos e técnicas de eliminação, descritas a seguir:
Descontaminação
Visa a remoção do agente tóxico com o intuito de diminuir a sua 
absorção. Durante o procedimento, a equipe de atendimento deverá 
tomar as precauções para se proteger da exposição ao agente tóxico. 
Os seguintes procedimentos estão indicados, de acordo com a via de 
exposição:
•	 Cutânea: retirar roupas impregnadas com o agente tóxico e lavar a 
superfície exposta com água em abundância;
•	 Respiratória: remover a vítima do local da exposição e administrar 
oxigênio umidificado suplementar;
•	 Ocular: instilar uma ou duas gotas de colírio anestésico no olho 
afetado e proceder a lavagem com SF 0,9% ou água filtrada, sem-
pre da região medial do olho para a região externa, com as pálpe-
bras abertas durante pelo menos cinco minutos. Solicitar avaliação 
oftalmológica;
•	 Gastrintestinal (GI): consiste na remoção do agente tóxico do trato 
gastrintestinal no intuito de evitar ou diminuir sua absorção.
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Descontaminação Gastrintestinal
 
A indicação da descontaminação GI depende da substância 
ingerida, do tempo decorrido da ingestão, dos sintomas apresentados e 
do potencial de gravidade do caso. Recomenda-se avaliação criteriosa do 
nível de consciência do paciente, antes de iniciar o procedimento e sempre 
considerar intubação orotraqueal, caso julgar necessário, para proteção 
de vias aéreas. Os benefícios maiores desse procedimento estão nas 
seguintes situações:
•	 Na ausência de fatores de risco para complicações, como torpor e 
sonolência;
•	 Na ingestão de quantidades potencialmente tóxicas da(s) substân-
cia(s);
•	 Nas ingestões recentes, isto é, até 1 a 2 horas da exposição;
•	 Nos casos envolvendo agentes que diminuam o trânsito intestinal 
(anticolinérgicos, fenobarbital, etc.) ou de substâncias de liberação 
prolongada, a indicação da descontaminação pode ser mais tardia.
Habitualmente, o procedimento divide-se em duas etapas: a 
realização da lavagem gástrica seguida da administração do carvão 
ativado:
Lavagem gástrica (LG)
Consiste na infusão e posterior aspiração de soro fisiológico a 0,9% 
(SF 0,9%) através de sonda nasogástrica ou orogástrica, com o objetivo 
de retirar a substância ingerida. Sempre avaliar criteriosamente a relação 
risco x benefício antes de iniciar o procedimento, pois há grande risco de 
aspiração.
•	 É contraindicada na ingestão de cáusticos, solventes e quando há 
risco de perfuração e sangramentos. Evitar a infusão de volumes 
superiores aos indicados, pois pode facilitar a passagem da subs-
tância ingerida pelo piloro e aumentar a absorção do agente tóxico.
•	 Deve-se utilizar sonda de grande calibre, adultos de 18 a 22 e crian-
ças de 10 a 14, mantendo o paciente em decúbito lateral esquerdo 
para facilitar a retirada do agente tóxico, e diminuir a velocidade do 
esvaziamento gástrico para o intestino.
•	 Infundir e retirar sucessivamente o volume de SF 0,9% recomen-
dado de acordo com a faixa etária, até completar o volume total 
recomendado ou até que se obtenha retorno límpido, da seguinte 
forma:
 º Crianças: 10 mL/Kg por infusão até volume total de:
 □ Escolares: 4 a 5 L.
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 □ Lactentes: 2 a 3 L.
 □ RN: 0,5 L.
 º Adultos: 250 mL por vez até um volume total de 6 a 8 L ou até 
que retorne límpido.
Carvão ativado (CA) 
 É um pó obtido da pirólise de material orgânico, com partículas 
porosas com alto poder adsorvente do agente tóxico, que previne a sua 
absorção pelo organismo. Geralmente é utilizado após a LG, mas pode 
ser utilizado como medida única de descontaminação GI. Nestes casos, 
a administração pode ser por via oral sem necessidade da passagem de 
sonda nasogástrica.
 Na maioria das vezes deverá ser utilizado em dose única, porém 
pode ser administrado em doses múltiplas como medida de eliminação, 
em exposições a agentes de ação prolongada ou com circulação êntero-
hepática, como o fenobarbital, carbamazepina, dapsona, clorpropramida, 
dentre outros. As formas de administração estão descritas a seguir:
•	 Dose Única:
 º Crianças: 1 g/kg, em uma suspensão com água ou SF 0,9% na 
proporção de 4-8 mL/g.
 º Adultos: 50 g em 250 mL de água ou SF 0,9%.
•	 Múltiplas doses:
 º Intervalos de 4/4 horas; associar catártico, preferencialmente 
salino, junto à 3ª dose, e repetir quando necessário. Utilizar 
o catártico como parte da suspensão do CA. Exemplo: utilizar 
100 mL Sulfato de Magnésio 10% (10 g), acrescentar 150 mL 
de SF 0,9% (total 250 mL) e acrescentar 50 g de Carvão Ativa-
do (suspensão 1:5) (Ver capítulo 3).
 
Contraindicações ao uso do carvão ativado:
•	 RN, gestantes ou pacientes muito debilitados, cirurgia abdominal 
recente, administração de antídotos por VO.
•	 Pacientes que ingeriram cáusticos ou solventes ou que estão com 
obstrução intestinal.
•	 Pacientes intoxicados com substâncias que não são efetivamente 
adsorvidas pelo carvão, como os ácidos, álcalis, álcoois, cianeto e 
metais como lítio, ferro, entre outros.
Complicações que podem ocorrer com o uso do CA:
•	 Constipação e impactação intestinal, principalmente quando utili-
zado em doses múltiplas.
•	 Broncoaspiração, especialmente quando realizado em pacientes 
torporosos, sem a proteção da via aérea.
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Lavagem intestinal
Consiste na administração de solução de polietilenoglicol (PEG) 
via sonda naso-enteral para induzir a eliminação do agente através do 
trato gastrintestinal pelas fezes. É raramente utilizada, salvo nos casos 
de ingestão de pacotes contendo drogas (body-packing) ou de quantidades 
potencialmente tóxicas de substâncias não adsorvidas pelo carvão ativado 
(ex.; ferro, lítio, etc). Está contraindicada na presença de íleo paralítico, 
perfuração gastrintestinal, hemorragia gastrintestinal e instabilidade 
hemodinâmica. A dose recomendada é: 
•	 Crianças de 9 meses a 6 anos: 500 mL/h.
•	 Crianças de 6 a 12 anos: 1000 mL/h.
•	 Adolescentes e adultos: 1500 a 2000 mL/h.Antídotos
São substâncias que agem no organismo, atenuando ou 
neutralizando ações ou efeitos de outras substâncias químicas. A 
administração desses medicamentos não é a primeira conduta a ser 
tomada na maioria das situações. A maior parte das intoxicações pode 
ser tratada apenas com medidas de suporte e sintomáticos. Entretanto, 
algumas situações exigem a administração de antídotos e, às vezes, 
de medicamentos específicos. A disponibilidade destas substâncias é 
estratégica do ponto de vista de saúde pública. Devem estar disponíveis 
seja para uso imediato, no primeiro atendimento, em ambulâncias ou 
nas unidades de emergência, seja em poucas horas para uso hospitalar 
ou em serviços de referência. Ver em detalhes o capítulo 3 - Antídotos e 
substâncias auxiliares no tratamento das intoxicações, para conhecer as 
indicações, mecanismos de ação, posologias e outros.
Medidas de eliminação
São utilizadas para potencializar a eliminação do agente tóxico. As 
principais medidas utilizadas são:
•	 Carvão ativado em dose-múltipla: indicado em casos de intoxica-
ção por medicamentos como fenobarbital, dapsona e carbamazepi-
na. A forma de utilização está descrita no item Descontaminação.
•	 Alcalinização urinária: pode potencializar a excreção urinária de 
alguns agentes. Alcalinizar a urina favorece a conversão de ácidos 
fracos lipossolúveis (como fenobarbital e salicilatos) para a forma 
de sal, impedindo a sua reabsorção pelo túbulo renal. As contrain-
dicações são insuficiência renal, edema pulmonar ou cerebral e 
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doenças cardíacas. Técnica: o objetivo é atingir pH urinário > 7,5 
enquanto o pH sérico deve se manter em torno de 7,55 a 7,6. Por-
tanto, é recomendada a administração em bolus de 1-2 mEq/Kg de 
bicarbonato de sódio (NaHCO3) a 8,4%, seguida por infusão contí-
nua de 150 mEq de NaHCO3 em 1 litro de soro glicosado a 5% (SG 
5%) (manter infusão entre 200-250 mL/h). 
•	 Hemodiálise ou hemoperfusão: são técnicas raramente utilizadas. 
São geralmente indicadas quando a velocidade de depuração da 
substância pode ser maior pela remoção extracorpórea do que pelo 
próprio clearance endógeno, que ocorre nos casos de nítida dete-
rioração do quadro clínico do paciente ou quando os níveis séricos 
da substância determinam mau prognóstico. A hemodiálise pode 
ser útil em intoxicações por fenobarbital, teofilina, lítio, salicilatos 
e álcoois tóxicos.
 º Hemodiálise: é realizada em 90% dos casos que requerem um 
método de remoção extracorpórea. Durante a hemodiálise, 
até 400 mL de sangue por minuto atravessam um circuito ex-
tracorpóreo em que compostos tóxicos difundem-se em uma 
membrana semipermeável e são retirados do organismo. 
É mais efetiva na remoção de compostos com as seguintes 
características:
 □ Baixo peso molecular (< 500 daltons);
 □ Pequeno volume de distribuição (< 1 L/Kg);
 □ Baixa ligação a proteínas plasmáticas.
 º Hemoperfusão: consiste na depuração do agente tóxico fa-
zendo o sangue passar através de uma coluna de resinas não 
iônicas ou de microcápsulas de carvão ativado. Tem a capa-
cidade de remover mais efetivamente as toxinas adsorvidas 
pelo carvão ativado quando comparada à hemodiálise, porém 
a disponibilidade desta técnica nos centros de emergência é 
limitada.
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AVALIAÇÃO INICIAL
VIA DE EXPOSIÇÃO
SIM NÃO
SIM NÃO
Agente cáustico
ou irritante?
Não realizar 
LG*
*EDA precoce
Lavagem 
gástrica
+ carvão ativado
Ingestão até
1h?
Descontaminação
cutânea
Descontaminação
gástrica
Descontaminação
ocular
Cutânea Oral Ocular
*CABD:
Guideline*AHA
Agente:
Dose x Toxicidade
História da
exposição
Exame físico:
Pupilas, Sinais Vitais,
Nível de
consciência
Oberservação clínica
Tratamento Sintomático + Suporte
Avaliação especialista S/N (cirurgia geral - oftalmologia)
Em caso de dúvida quanto ao agento tóxico/tratamento entrar em contato com o CCI-SP:
5012-5311 ou 0800-771-3733
*CABD - Circulation Airways Breathing Desfibrilation *AHA - American Heart Association
*LG - Lavagem Gástrica *EDA - Endoscopia Digestiva Alta 
Figura 1 - Fluxograma do atendimento inicial
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Referências
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New York, v. 43, n. 1, p. 59-60, 2005.
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CARAVATI, E. M.; MÉGARBANE, B. Update of position papers on 
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OLSON, K. R. Emergency evaluation and treatment. In: OLSON, K. R. 
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THANACOODY, R.; et al. Position paper update: whole bowel irrigation 
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Toxicology, Philadelfia, v. 53, n.1, p.5-12, 2015.
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2O diagnóstico laboratorial toxicológico na suspeita 
de intoxicação 
aguda
A análise toxicológica é um componente essencial 
de um programa de controle de intoxicações. O Laboratório 
de Análises Toxicológicas da Prefeitura do Município de São 
Paulo (LAT-PMSP) tem como principais atribuições: contribuir 
para o diagnóstico das exposições agudas na emergência 
clínica, o monitoramento de drogas de abuso e drogas 
terapêuticas e o monitoramento biológico de exposição 
química ocupacional. O LAT-PMSP atende todos os serviços 
de saúde da atenção básica, média a alta complexidade da 
rede pública e privada, 24 horas por dia, ininterruptamente, 
todos os dias. Como serviço tradicional e de referência recebe 
amostras principalmente de unidades de saúde do MSP, mas 
também de outros municípios da região metropolitana de 
São Paulo, do estado de SP ou mesmo de outros estados da 
federação.
A Toxicologia analítica, aplicada à área da 
toxicologia clínica, compreende a detecção, identificação e 
frequentemente a quantificação de fármacos, xenobióticos e 
seus produtos de biotransformação em matrizes biológicas 
para auxiliar no diagnóstico, tratamento, prognóstico e 
prevenção de intoxicações: 
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•	 No diagnóstico, poderá confirmar ou excluir substâncias suspeitas, 
baseada nas síndromes tóxicas sugeridas a partir da história e exa-
me físico. No caso de intoxicação por múltiplas substâncias, onde 
os sinais e sintomas são mistos, ou na detecção da presença de 
substâncias com início de ação mais demorado e ainda para distin-
guir psicoses orgânicas de tóxicasa toxicologia analítica também 
pode contribuir;
•	 No tratamento, guiar o manejo das intoxicações apoiando nas de-
cisões médicas (hospitalização, observação, UTI, monitorização, 
intervenções, eliminação forçada ou uso de antídotos);
•	 No prognóstico, avaliar a gravidade da intoxicação, obter resposta 
sobre a precisão clínica, confirmar diagnóstico, apoiar os estudos 
de casos e auxiliar na determinação de padrões de exposição.
As solicitações pela equipe clínica de um screening toxicológico 
(diagnóstico diferencial) surgem, na maioria das vezes, da falsa ideia da 
existência de uma única e rápida análise capaz de confirmar a presença 
de qualquer agente tóxico determinante da intoxicação. Um laboratório de 
análises toxicológicas, de fato, dispõe de diferentes métodos orientados 
através de um planejamento toxicológico. Dos milhares de agentes 
capazes de provocar intoxicação, um laboratório tem habilidade para 
detectar somente cerca de um décimo desse total e de quantificar dezenas 
deles nas diversas matrizes biológicas disponíveis.
O método analítico inclui o conjunto de procedimentos ou técnicas 
desde o pré-tratamento da amostra até seu resultado final. Pode ter 
finalidade qualitativa, onde se verifica a presença ou ausência do agente 
tóxico na matriz biológica; ou quantitativa, onde se realiza a determinação 
dos analitos nas mesmas; podendo ser útil para evidenciar a natureza e 
a magnitude da exposição a um composto em particular ou a um grupo 
de compostos. Além disso, as técnicas analíticas podem ser divididas em:
•	 Testes de triagem: são rápidos e fornecem informações qualitati-
vas ou semi-quantitativas para uma classe de agentes tóxicos (por 
exemplo, teste positivo para benzodiazepínicos, mas não neces-
sariamente o diazepam), e algumas vezes podem gerar resultados 
falso-positivos. Assim, o resultado de uma técnica de triagem pode 
ser confirmado por técnicas analíticas mais definitivas. 
•	 Testes de confirmação: identificam o composto específico em vez 
de simplesmente sua classe. Estes ensaios carecem de mais tem-
po (horas/dias) e intensivo trabalho, são de limitada disponibilida-
de, além de serem caros de se realizar. A técnica confirmatória de 
escolha para a grande maioria dos compostos é a cromatografia 
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gasosa acoplada à espectrometria de massas; e essa análise pode 
ser qualitativa ou quantitativa. Se disponíveis, análises confirmató-
rias serão necessárias quando houver possível envolvimento mé-
dico-legal ou do serviço social.
Devido à complexidade do diagnóstico e tratamento das 
intoxicações agudas, os resultados toxicológicos, quando disponíveis 
no tempo apropriado, podem influenciar no diagnóstico e tratamento 
subsequente do paciente intoxicado. Assim, avaliando a abordagem 
emergencial da intoxicação aguda, os resultados analíticos devem ser 
fornecidos rapidamente, usualmente dentro de 1 a 2 horas da chegada do 
paciente ao hospital, priorizando os casos onde o resultado terá influência 
na conduta a ser tomada.
A integração entre o clínico e o analista é indispensável para a 
obtenção de resultados apropriados, permitindo direcionar a análise 
e despender o menor tempo possível para o desfecho da contribuição 
laboratorial: indicando, confirmando, estabelecendo ou excluindo a 
suspeita de intoxicação. Para que o diagnóstico laboratorial seja efetivo e 
colabore para a condução do caso, algumas informações são importantes 
para a definição do tipo de análise a ser realizada e interpretação dos 
resultados obtidos.
Abaixo, seguem algumas informações que devem ser investigadas 
pelo profissional ao solicitar a análise toxicológica:
•	 Possíveis toxicantes,
•	 Data e hora da exposição,
•	 Data e hora da coleta da amostra,
•	 Qual a quantidade estimada do(s) agente(s) tóxico(s) ao qual o pa-
ciente foi exposto,
•	 Produtos/medicamentos encontrados próximos ao paciente,
•	 Vias de exposição,
•	 Medicamentos utilizados pelo paciente (uso crônico),
•	 Medicamentos administrados ao paciente durante o atendimento 
de emergência,
•	 Ocupação do paciente,
•	 Presença de outras patologias (p. ex. alteração de função hepática, 
função renal) e
•	 Informações complementares.
No LAT-PMSP são realizadas análises qualitativas (identificação) e 
quantitativas (dosagem) do agente tóxico pesquisado, conforme quadro 
a seguir.
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Quadro 2 - Análises qualitativas
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Referências
AZEVEDO, J.L.S. A Importância dos Centros de Informação e Assistência 
Toxicológica e sua Contribuição na Minimização dos Agravos à Saúde e 
ao Meio Ambiente no Brasil. Dissertação de mestrado - Universidade de 
Brasília, 2006. 247 p.
CAZENAVE, S. O. S., CHASIN, A. A. M. Análises toxicológicas e a questão 
ética. RevInter, São Paulo, v.2, n.2, p. 5-17, 2009.
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Gestão da qualidade laboratorial: 
é preciso entender as variáveis para controlar o processo e garantir a 
segurança do paciente. Encarte de Análises Clínicas. n. 1, p. 1-12, 2009. 
Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/132/
encarte_analises_clinicas.pdf . Acesso em: 07 ago. 2015.
FLANAGAN, R.J. Role of the Toxicology Laboratory in the Treatment of 
Acute Poisoning. In: DART, R.C. Medical Toxicology, Londres: Wiley; 3ed, 
p. 337-358, 2004.
WHO. International Programme on Chemical Safety, II. Technical guidance 
- 4. Analytical toxicology and other laboratory services. Disponível em: 
http://www.who.int/ipcs/publications/training_poisons/guidelines_
poison_control/en/index4.html. Acesso em: 11 ago. 2015.
27
3Antídotos e medicamentos auxiliares no tratamento das 
intoxicações
Os quadros a seguir apresentam os principais 
antídotos e medicamentos auxiliares no tratamento das 
intoxicações, distribuídos em ordem alfabética, com suas 
respectivas dosagens, indicações, posologias e mais 
algumas informações pertinentes. Alguns são encontrados 
comercialmente no Brasil, outros manipulados e alguns 
necessitam serem importados.
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Quadro 4 - Principais antídotos e medicamentos auxiliares no tratamento 
das intoxicações
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