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Aula 6 - RDC 36

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RDC 36: Metas Internacionais de Segurança do Paciente – Discussão e Elaboração de Casos
Portaria GM/MS n° 529/2013 (abril) – institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP)
Essa portaria foi criada
· Considerando a relevância e a magnitude que os Eventos Adversos têm em nosso país;
· Considerando a prioridade dada à segurança do paciente;
· Considerando a gestão de risco voltada para a qualidade e segurança do paciente;
· Considerando a necessidade de se desenvolver estratégias, produtos e ações direcionadas aos gestores, profissionais e usuários da saúde sobre segurança do paciente; 
Resolve: 
· Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP)
O PNSP tem por objetivo geral contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. 
PNSP possui quatro eixos:
1. Estimulo a uma pratica assistencial segura; por meio da implantação da gestão de risco e de Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde. 
2. Envolvimento do cidadão na sua segurança.
3. Inclusão do tema no ensino.
4. Incremento de pesquisa sobre o tema.
O primeiro eixo é abordado por cinco pilares:
1. A implementação de protocolos 
2. Planos locais de segurança do paciente dos estabelecimentos de saúde 
3. Criação dos Núcleos de Segurança do Paciente (RDC 36)
4. Sistema de notificação de incidentes
5. Sistema de notificação de eventos adversos no Brasil 
RDC 36
Portaria N° 529, de 1° de abril de 2013 originou a RESOLUÇÃO/RDC n° 36 de 25 de julho de 2013, sendo que a RDC 36 institui o Núcleo de Segurança do Paciente – NSP. 
Segundo a RDC n° 36/2013, o NSP é “a instância do serviço de saúde criada para promover e apoiar a implementação de ações voltadas à segurança do paciente”, consistindo em um componente extremamente importante na busca pela qualidade das atividades desenvolvids nos serviços de saúde. 
Objetivo: 
· Instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde 
Das ações organizacionais: 
· Da criação do Núcleo de Segurança do Paciente.
NSP: princípios e diretrizes
I. A melhoria contínua dos processos de cuidado e do uso de tecnologias da saúde;
II. A disseminação sistemática da cultura de segurança;
III. A articulação e a integração dos processos de gestão de risco;
IV. A garantia das boas práticas de funcionamento do serviço de saúde.
QUEM DEVE INSTITUIR O NSP?
O NSP deve ser estruturado em: 
· Serviços de saúde públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares;
· Clínicas, serviços especializados de diagnóstico e tratamento;
· Incluindo aqueles que exercem ações de ensino e pesquisa.
Não precisam ter o NSP:
· Consultórios individualizados, laboratórios clínicos, serviços moveis e de atenção familiar. 
A QUEM RESPONDE O NSP?
O NSP deve estar vinculado diretamente à direção e que, tenham uma agenda periódica. 
· Com setores assistenciais
· Direção técnica assistencial, de enfermagem e farmacêutica.
· Setores não assistenciais
· Engenharia hospitalar, compras, serviços de higiene e limpeza, hotelaria.
QUAL A COMPOSIÇÃO DO NSP?
O NSP deve ser constituído por uma equipe multiprofissional, minimamente composta por:
· Médico
· Enfermeiro 
· Farmacêutico 
Devem ser capacitados em:
· Conceitos de melhoria da qualidade,
· Segurança do paciente, e em 
· Ferramentas de gerenciamento de riscos em serviços de saúde 
Preferencialmente, o NSP deve ser composto por membros da organização que conheçam bem os processo de trabalho e que tenham perfil de liderança. 
QUAIS AS PRINCIPAIS ATIVIDADES DO NSP?
1. Implantar os Protocolos de Segurança do Paciente e realizar o monitoramento dos seus indicadores:
· Os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente do MS correspondem às metas internacionais de segurança do paciente. 
2. Desenvolver ações para a integração e a articulação multiprofissional no serviço de saúde;
3. Elaborar, implantar, divulgar e manter atualizado o PSP;
4. Promover ações para gestão de risco no serviço de saúde;
5. Promover mecanismos para identificar e avaliar a existência de não conformidades nos processos e procedimentos realizados, incluindo aqueles envolvidos na utilização de equipamentos, medicamentos e insumos e propor ações preventivas e corretivas;
6. Acompanhar as ações vinculadas ao PSP, bem como dos indicadores sugeridos nos protocolos (indicadores de processo e de resultado);
7. Estabelecer barreiras para a prevenção de incidentes nos serviços de saúde: MODELO QUEIJO SUÍÇO;
8. Desenvolver, implantar e acompanhar programas de capacitação em segurança do paciente e qualidade em serviços de saúde;
9. Compartilhar e divulgar à direção e aos profissionais do serviço de saúde os resultados da analise e avaliação dos dados sobre incidentes relacionados à assistência à saúde decorrentes da prestação do serviço de saúde:
· O NSP deve promover o retorno de informações à direção e aos profissionais de saúde, estimulando a continuidade da notificação.
10. Notificar ao SNVS os EA decorrentes da prestação do serviço de saúde:
· Em um local de aprendizado coletivo, os profissionais são estimulados a notificar os incidentes relacionados à assistência à saúde sem ameaça e punição, criando um ambiente onde riscos, falhas e danos podem ser facilmente reportados.
· O registro das notificações deve ser feito por meio do Sistema Nacional de Notificações para a Vigilância Sanitária (Notivisa).
NSP: VIGILÂNCIA, MONITORAMENTO E NOTIFICAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS
Deve ser realizada mensalmente pelo NSP, até o 15° (décimo quinto) dia útil do mês subsequente ao mês de vigilância, por meio das ferramentas eletrônicas disponibilizadas pela ANVISA. 
Paragrafo único – os eventos adversos que evoluírem para óbito devem ser notificados em até 72 horas a partir do ocorrido. 
Art. 11 – compete à ANVISA, em articulação com o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária:
I. Monitorar os dados sobre eventos adversos notificados pelos serviços de saúde;
II. Divulgar relatório anual sobre eventos adversos com análise das notificações realizadas pelos serviços de saúde;
III. Acompanhar, junto às vigilâncias sanitárias distrital, estadual e municipal as investigações sobre os eventos adversos que evoluíram para óbito. 
NSP: ESTRATÉGIAS E AÇÕES
I. Identificação, análise, avaliação, monitoramento e comunicação dos riscos no serviço de saúde, de forma sistemática;
II. Integrar os diferentes processos de gestão de risco desenvolvidos nos serviços de saúde;
III. Implementação de protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde;
IV. Identificação do paciente;
V. Higiene das mãos;
VI. Segurança cirúrgica;
VII. Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos;
VIII. Segurança na prescrição, uso e administração de sangue e hemocomponentes;
IX. Segurança no uso de equipamentos e materiais;
X. Manter registro adequado do uso de órteses e próteses quando este procedimento for realizado;
XI. Prevenção de quedas dos pacientes;
XII. Prevenção de ulceras por pressão;
XIII. Prevenção e controle de eventos adversos em serviços de saúde, incluindo as infecções relacionadas à assistência à saúde;
XIV. Segurança nas terapias nutricionais enteral e parenteral;
XV. Comunicação efetiva entre profissionais do serviço de saúde e entre serviços de saúde;
XVI. Estimular a participação do paciente e dos familiares na assistência prestada;
XVII. Promoção do ambiente seguro. 
Metas Internacionais de Segurança do Paciente 
6 METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
Foram estabelecidas pela Joint Commission Internacional (JCI), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). São elas:
META 1 – IDENTIFICAR CORRETAMENTE OS PACIENTES
Identificar corretamente cada paciente atendido no hospital é o primeiro passo para uma assistência segura. Utilizamos no mínimo, dois identificadores:
· Nome completo
· Data de nascimento
Muitas pessoas têm nomes iguais ou muito parecidos. Por isso, todos os pacientes devem receber pulseiras ou crachás de identificação com seu nome completo ou mais alguma informação pessoal. 
Quando for receberuma medicação, um soro, sangue ou realizar um procedimento, verifique se os profissionais conferiram sua identificação antes de medicá-lo ou iniciar a cirurgia. 
META 2 – MELHORAR A COMUNICAÇÃO EFETIVA
Uma assistência segura depende de uma comunicação eficaz entre os profissionais de saúde e entre os setores, garantindo de forma oportuna, completa e clara, a transmissão de informações que irão favorecer a continuidade do cuidado. 
Tanto os profissionais quanto os pacientes precisar entender o que está sendo comunicado, desde a informação sobre um exame até o tratamento realizado. 
META 3 - MELHORAR A SEGURANÇA DA PRESCRIÇÃO, USO E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS. 
O modelo do queijo suíço mostra a abordagem sistêmica da ocorrência de eventos adversos. 
· Quando não há camadas (barreiras), os buracos do queijo se comunicam. 
· O vetor representa que o perigo não encontrou a barreira e chegou ao paciente.
· As barreiras que impedem que o perigo se torne EA podem ser: profissionais capacitados, uso de protocolos de segurança do paciente, dose unitária de medicamentos e entre outros. 
Prescrição segura:
· Identificação correta do paciente;
· Identificação do prescritor;
· Identificação da instituição;
· Identificação da data;
· Legibilidade;
· Abolir o uso de abreviaturas;
· Denominação dos medicamentos (denominação comum brasileira – DCB);
· Atenção na prescrição de medicamentos com nomes semelhantes e via de administração. 
Dispensação segura:
· Controle do fluxo de pessoas (restrição de acesso ao ambiente);
· Ambiente adequado para armazenamento (luminosidade, controle de temperatura e umidade);
· Separação e identificação diferenciada (etiquetas específicas);
· Análise farmacêutica da prescrição;
· Notificação de falhas relacionadas à prescrição (dosagem e vias de administração de medicamento);
· Realizar dupla checagem no momento da dispensação.
Administração segura de medicamentos/ “9 certos”:
1. Paciente certo
2. Medicamento certo
3. Via certa
4. Hora certa
5. Dose certa
6. Registro certo da administração
7. Orientação certa ao paciente
8. Forma certa: checar se a forma farmacêutica e a via de administração prescrita estão apropriadas à condição clínica do paciente – por exemplo, se o nível de consciência permite a administração por via oral
9. Resposta certa: nessa ultima etapa devemos observar cuidadosamente o paciente, para identificar se o medicamento teve o efeito desejado. 
META 4 – CIRURGIA SEGURA
A OMS estabeleceu diretrizes para promover a segurança durante procedimentos cirúrgicos, definindo etapas e responsabilidades para toda equipe multiprofissional. 
O objetivo é garantir que o procedimento correto, seja feito no paciente correto, no local correto, com todos os recursos necessários disponíveis. 
Para tanto, há um conjunto de ações realizadas, desde o agendamento cirúrgico até o período pós-operatório. 
META 5 – REDUÇÃO DO RISCO DE INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS EM SAÚDE 
A principal atividade para a prevenção e eliminação de infecções é a higiene adequada das mãos. As bactérias transmitidas pelas mãos são uma das principais causas de complicações e infecções hospitalares. 
5 momentos para higiene das mãos:
1. Antes de tocar no paciente;
2. Antes de realizar procedimentos;
3. Após o risco de exposição a fluídos corporais;
4. Após o contato com o paciente;
5. Após o contato com áreas próximas a ele.
META 6 – REDUÇÃO DO RISCO DE QUEDAS E LESÕES POR PRESSÃO
Redução do risco de quedas:
1. Avaliação do risco de queda;
2. Identificação do paciente com risco de queda mediando uso de pulseira de cor azul e colocação de placas de risco de queda acima do leito;
3. Agendamento dos cuidados de higiene pessoal;
4. Revisão periódica da medicação;
5. Atenção aos calçados utilizados pelos pacientes;
6. Educação dos pacientes e dos profissionais;
7. Revisão da ocorrência de queda para a identificação de suas possíveis causas;
8. Transporte seguro intrahospitalar (mãe e RN)
Redução do risco de lesões por pressão:
1. Avaliar a presença de LPP as quais incidem, geralmente, sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento (atrito) causado pela fricção;
2. Reavaliação diária do risco de desenvolvimento de LPP de todos os pacientes internados, o que possibilita aos profissionais de saúde adequar sua estratégia de ação preventiva;
3. Atividades de mobilização ou mobilidade dos pacientes;
4. Planejamento de outras ações de natureza geral ou especifica, inclusive ajustes nutricionais.

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