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ANALISE DO FILME(A TESTEMUNHA) - 05 horas

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A TESTEMUNHA
Pensilvânia, 1984. Logo após ficar viúva Rachel Lapp (Kelly McGillis) e seu filho de oito anos Samuel Lapp (Lukas Haas), que pertencem a uma comunidade amish, fazem uma viagem. Eles pretendem ir para Baltimore, pois Rachel quer visitar a irmã, mas em uma estação de trem na Filadélfia Samuel vai ao banheiro e acaba testemunhando um assassinato no qual a vítima foi um policial, que teve a garganta cortada. John Book (Harrison Ford), o detetive da polícia que investiga a morte, só sabe que o assassino é um negro alto e, assim, leva o menino para a delegacia, onde Samuel tenta encontrar entre os "suspeitos usuais" e nas fotografias dos fichados o criminoso. Mas o garoto descobre o assassino ao ver uma notícia de jornal, na qual o detetive McFee (Danny Glover) é enaltecido por seu trabalho na narcotráficos. Sentindo a gravidade da situação, Book leva o fato a Paul Schaeffer (Josef Sommer), seu chefe, que promete investigar o caso. Entretanto, logo McFee tenta matar Book, o que deixa claro que Schaeffer o traiu. 
O crime faz parte de uma conspiração envolvendo alguns detetives do seu departamento e, assim, John foge com Rachel e Samuel para a comunidade amish que eles vivem. Mas a idéia de deixar Rachel e Samuel lá e partir não funciona, pois quando McFee tentou matá-lo o deixou ferido. Deste modo, John tem de ficar para se recuperar e Rachel o alerta que ele não pode ser levado para um hospital, pois assim seria fácil localizar Samuel e quem fez isto com John matará o menino. Enquanto isto os assassinos vão ao encalço deles, pois querem logo eliminá-los
A PROVA TESTEMUNHAL E O ESPÍRITO DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
O Novo Código de Processo Civil (“NCPC”) foi editado com o objetivo de imprimir maior eficiência ao direito processual brasileiro, garantindo a efetiva prestação jurisdicional em prazo razoável, atendendo às diretrizes emanadas pela Carta Magna.
Nesse sentido, buscou-se através do NCPC uma legislação mais prática e eficiente, deixando de lado rigores acadêmicos e teóricos, incorporando sem qualquer constrangimento princípios e dispositivos de diversos sistemas processuais que não apenas o italiano, base do Código de 1973, incorporando inclusive muitos preceitos da chamada common law, comum aos países anglo-saxônicos.
Esse divórcio com a tecnicidade pura é abordado inclusive na exposição de motivos do NCPC, que afirma que “não se deixou de lado, é claro, a necessidade de se construir um Código coerente e harmônico interna corporis, mas não se cultivou a obsessão em elaborar uma obra magistral, estética e tecnicamente perfeita, em detrimento de sua funcionalidade.”.
Talvez seja essa a grande inovação do NCPC. O Código Buzaid foi concebido para ser a mais perfeita das legislações processuais, o que de fato foi por décadas, entretanto, acabou não resistindo à evolução do processo civil e à própria popularização do acesso à justiça, que propiciou um substancial aumento das causas, transformando o procedimento civil em algo pouco prático, impondo-se a realização de inúmeras reformas na legislação então vigente que acabaram por descaracterizar o código revogado, inviabilizando a prestação jurisdicional em prazo razoável, sobretudo diante da falta de estrutura adequada do Poder Judiciário.
O NCPC rompe com essa a sistemática até então vigente, apresentando como maior diretriz a entrega da prestação jurisdicional de modo ágil, certo de que o processo não é um fim em si próprio, mas apenas um meio para se chegar à justiça[2].
Essa mentalidade é imprimida ao longo de todo o NCPC, inclusive no âmbito da prova testemunhal, que acaba por ser revigorada na nova legislação e adequada à nova realidade da sociedade, inclusive aos avanços tecnológicos que hoje permitem, por exemplo, a oitiva de testemunhas através de vídeo conferência.
Além disso, foram incorporadas à prova testemunhal práticas da common law, principalmente do sistema norte americano, tendo sido retirada a exclusividade estatal para intimação das testemunhas, que passa a poder ser feita diretamente pelos advogados, que somente recorrerão ao judiciário em casos extremos.
Ainda nesse contexto, passa a ser possível agora a inquirição direta da testemunha pelo advogado, extinguindo o obsoleto e ineficiente sistema de reperguntas hoje vigente, tudo para que o procedimento seja mais rápido e eficaz.
As alterações ocorridas no âmbito da prova testemunhal, prevista agora nos artigos 442 ao 463 do NCPC, adequaram tal instituto de maneira satisfatória às novas diretrizes do direito processual, conforme será abordado pormenorizadamente nos tópicos seguintes.
PROVA TESTEMUNHAL
A prova testemunhal é certamente um dos mais antigos e controversos meios de prova. Isto porque as relações civis e jurídicas nem sempre são – ou puderam ser – documentadas por meios formais, restando para parte muitas vezes como único meio de provar as suas alegações em juízo o depoimento de pessoas que presenciaram ou tiveram notícia do fato objeto da demanda.
Ocorre que tal modalidade de prova, por exclusivamente depender da percepção humana, é frágil, podendo ser facilmente influenciada por fatores externos. Não é por outro motivo que bem pontua Luiz Rodrigues Wambier ao dizer que a prova testemunhal “já foi chamada de ‘a prostituta das provas’, pois é a mais sujeita a imprecisões, seja pela falibilidade da memória humana, seja porque, talvez até sem malícia, pode a testemunha deturpar os fatos com o fito de favorecer a parte.
Essa condição, com o passar do tempo, fez com que surgisse certa reserva dos juízes a esse tipo de prova, que acabou sendo refletida na legislação, que muitas vezes relega a prova testemunhal para um segundo plano[6], hierarquicamente inferior, imperfeição que busca ser corrigida com o NCPC, que conforme será tratado adiante, retira algumas das restrições à tal modalidade de prova, o que parece bastante acertado, vez que não cabe à lei valorar as provas, mas sim ao julgador.
O valor probante da prova testemunhal, inclusive, é questão bastante discutida na doutrina, estando ainda longe de estar pacificada, entretanto, o que não se pode perder de vista é que a tal modalidade de prova, assim como qualquer outra, tem como objetivo maior auxiliar o juízo a chegar o mais próximo possível da verdade real, sendo obrigação de todos os envolvidos no processo auxiliar nesse mister.
Nesse sentido, a testemunha tem o dever de, uma vez intimada, ir a juízo e expor oralmente tudo o que é de seu conhecimento sobre a questão posta em litígio, exercendo função de verdadeira auxiliar da justiça, sendo sua obrigação dizer a verdade sob pena de sanção penal.
Para tanto, é preciso que a testemunha tenha consciência de tal condição e de suas implicações, razão pela qual deve ser pessoa civilmente capaz e isenta, não podendo ter, em regra, relação com nenhuma das partes ou interesse no litígio, uma vez que, como já posto, sua função não é auxiliar um dos integrantes da relação processual a obter uma decisão favorável, mas sim cooperar com o judiciário para esclarecer as questões controvertidas e conhecer a verdade, com a consequente distribuição de justiça.
À luz do princípio do livre convencimento motivado, é facultado ao juiz a oitiva de incapazes, ou de indivíduos que por algum motivo não sejam isentos quanto à lide, na qualidade de informantes, sob os quais não incidem os mesmos ônus impostos às testemunhas, cabendo ao juiz valorar tais declarações.
Feito esse breve sobrevoo sobre os aspetos gerais da prova testemunhal, passemos à análise objetiva das principais alterações introduzidas pelo NCPC.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que em Alguns anos após a Segunda Guerra II Guerra, em Londres, Leonard Vole, é acusado de assassinar uma viúva rica, Emily French, que deixou-lhe uma soma substancial de dinheiro como parte de seu testamento.
Sir Wilfred Robarts, um advogado habilidoso, que esteve recentemente doente, é convidado a defender Vole. O médico de Sir Wilfred o instruiu a evitar emoções, visando uma possível perturbação no desenrolardo caso nada comum. Apesar de seu advogado de confiança expressa dúvidas sobre a inocência de Vole, Sir Wilfred decide lidar com o caso, apesar dos protestos de sua enfermeira e de seu médico.
Testemunharam contra Vole o inspetor que chegou à cena do crime primeiro e a então empregada da Srta. French. O inspetor deu apenas seu depoimento sem que nenhuma conclusão clara fosse tirada, fosse ela em defesa ou acusação do réu. Os advogados de defesa fizeram inúmeras perguntas, de modo a obter o máximo de informações que viessem a reforçar suas teses. Já a doméstica foi colocada contra a parede após fornecer informações que aumentavam as suspeitas sobre Vole. O fato dela ter problemas de audição e almejar parte da herança da falecida desqualificaram seu testemunho.
Depois de uma conversa com a Sra. Christine Vole (Marlene Dietrich), Sir Wilfred decide não convidá-la para testemunhar em defesa de seu marido. No tribunal, Christine Vole surpreendentemente surge como uma Testemunha de Acusação com um desfile de pontos de provas circunstanciais ao assassinato. O testemunho de Christine não forneceu um álibi para o marido.
Tudo parece perdido, a defesa conclui seu caso. Mas um telefonema tarde da noite revela novas evidências de que Christine escreveu cartas para seu amante cerca de negar a seu marido um álibi. Esta evidência muda a opinião do júri e Leonard é absolvido. No entanto, Sir Wilfred suspeita de que algo está errado com essa inversão repentina e dramática evidência.
Tudo é revelado na última cena de corte dramático, como Christine admite deliberadamente sabotando seu próprio testemunho com as letras, para obter o marido culpado liberto Mas na penúltima volta, Leonard mostra suas verdadeiras listras e revela sua intenção de deixar sua "esposa" por uma mulher mais jovem. Christine aproveita um abridor de cartas e, à vista de Sir Wilfred, sua enfermeira (Miss Plimsoll), e a outra mulher, esfaqueia Leonard, matando-o. A senhorita Plimsoll cancela a viagem de Sir Wilfred para Bermudas e Sir Wilfred anuncia que irá defender Christine Vole em seu julgamento por assassinato.
Em suma, vê-se claramente a fragilidade da justiça perante testemunhos planejados e falsos, por mais que jurados como verídicos. Além da possibilidade da testemunha modificar os fatos que realmente aconteceram, há também casos em que o juiz interpreta de determinada maneira (julgada por ele plausível e por outros inexplicável) que muda por completo o andamento do caso, podendo inferir uma pena injusta, condenar um inocente ou livrar um culpado. Resta a justiça, abusar das leis escritas propriamente ditas e, encontrar uma interpretação mais comum possível, sem levar em conta o lado pessoal e emocional, visto que estes podem interferir drasticamente em qualquer ocasião.
REFERÊNCIAS
Howard, Franklin. A testemunha ocular (The Puclic eye, 1992, EUA). Ed Sue Baden-Powell;
http://www.checkout.com/movies;
http://www.uol.com.br/cinemaonline.

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