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Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital Autor: Ricardo Torques Aula 04 13 de Maio de 2020 08983671661 - Gilson da silva soares 1 71 Sumário Programa e Políticas Nacionais de Direitos Humanos: Noções Gerais ............................................................... 2 1 - Objetivos Específicos do PNDHs ................................................................................................................ 6 PNDH 3 ............................................................................................................................................................... 9 1 - Competência Normativa ........................................................................................................................... 9 2 - Estrutura................................................................................................................................................... 10 2.1 - Eixo Orientador ................................................................................................................................ 10 2.2 - Diretrizes .......................................................................................................................................... 12 2.3 - Objetivos Estratégicos ...................................................................................................................... 16 2.4 - Ações Programáticas ........................................................................................................................ 17 3 - Decreto .................................................................................................................................................... 17 Decreto nº 9.759, de 11 de abril de 2019 ...................................................................................................... 22 1 – Disposições iniciais .................................................................................................................................. 22 2 – Objeto, âmbito de aplicação e conceito de colegiado .......................................................................... 23 3 – Norma para criação de colegiados interministeriais e duração das reuniões e das votações .............. 26 4 – Extinção de colegiados, propostas relativas a colegiados e tramitação de propostas para a Casa Civil ...................................................................................................................................................................... 28 5 – Disposições finais .................................................................................................................................... 30 Resumo .............................................................................................................................................................. 31 Lista de Questões com Comentários .................................................................................................................. 37 Lista de Questões sem Comentários .................................................................................................................. 64 Gabarito ........................................................................................................................................................... 71 Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 2 71 PLANO E PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E DECRETO Nº 9.759 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Na aula de hoje vamos tratar dos seguintes assuntos: Dessa forma, abordaremos os seguintes pontos do edital: 4 Decreto nº 7.037/2009 e suas alterações (Programa Nacional de Direitos Humanos). 5 Decreto nº 9.759/2019 (extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal) Boa aula a todos! PROGRAMA E POLÍTICAS NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS: NOÇÕES GERAIS Com a superação dos governos ditatoriais no Brasil, a partir de 1985 e, em especial, com a Constituição da República de 1988, os direitos humanos passaram a ser considerados política oficial do governo, de modo que a implementação de políticas públicas para a promoção e ampliação dos direitos humanos passou a ser um dos eixos centrais do nosso Estado. Nesse contexto, podemos definir a Política Nacional de Direitos Humanos como a adoção de uma política pautada pela concepção de direitos básicos das pessoas, alinhada às organizações internacionais de direitos humanos. Política nacional de direitos humanos. Programas nacionais de direitos humanos. Decreto nº 9.759, de 11 de Abril de 2019 Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 3 71 Em razão disso, compete às três esferas do Poder Executivo (federal, estadual e municipal) proteger os direitos humanos definidos no texto constitucional e nos tratados internacionais do qual o Brasil é parte e também o dever de promover (implementar), por intermédio de políticas públicas, a promoção dos direitos humanos. Duas são as concepções básicas... No que tange à proteção dos Direitos Humanos, o Estado deve atuar positivamente no sentido de conferir especial tratamento às pessoas e grupos de pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade, a exemplo dos pobres, crianças, idosos ou pessoas em situação de risco e, inclusive, às pessoas presas. Assim, por exemplo, podemos exemplificar inúmeras leis infraconstitucionais importantes em nosso ordenamento jurídico que objetivam a proteção dos direitos humanos. Por exemplo, no que atine à proteção das pessoas que se encontram em idade avançada, o Poder Constituinte derivado discorreu, por intermédio da Lei 10.741/2003 – Estatuto do Idoso –, ampla proteção dos direitos humanos das pessoas idosas. Vejamos o que dispõe o art. 2º, do Estatuto do Idoso. Art. 2º O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e • adoção de uma política pautada pela concepção de direitos básicos das pessoas, alinhada às organizações internacionais de direitos humanos POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DEVER DO ESTADO FRENTE ÀS QUESTÕES DE DIREITOS HUMANOS Proteger Implementar Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 4 71 mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Ainda relativamente a esta vulnerabilidade, no âmbito do Poder Executivo foi instituída a política nacional do Idoso, regulamentada pela Lei 8.842/1994 e regulamentada por diversos decretos executivos, que é norteada por princípios, quais sejam: 1. a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida; 2. o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objetivo de conhecimento e informação para todos; 3. o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; 4. o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas através dessa política; 5. as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral na aplicação dessa lei.Percebe-se, portanto que todos os entes federativos nas três esferas de poder devem agir de forma concreta e direcionada para a promoção dos direitos básicos dos idosos, como forma de promover a igualdade material e, em última análise, dos direitos humanos da população com idade avançada. Poderíamos citar outros exemplos. O Estatuto da Criança e do Adolescente, que objetiva a proteção das pessoas de 0 a 18 anos. A Lei Maria da Penha que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Em específico, no que tange à Lei Maria da Penha é interessante observar que a proteção legislativa promovida no âmbito interno decorreu de processo contra o Brasil no âmbito da OEA (Caso nº 12.051), no qual a Sra. Maria da Penha Maia Fernandes foi vítima de duras agressões físicas e psicológicas (arma de fogo, eletrocussão e afogamento). Houve o ingresso da ação penal, com a produção de diversas provas dando conta da autoria dos fatos pelo ex-marido, contudo, mesmo após 15 anos, o agressor ainda permanecia em liberdade, não havendo decisão definitiva. A Sra. Maria da Penha ingressou contra o Brasil na Comissão Interamericana, denunciando o padrão sistemático de omissão e negligência em relação à violência doméstica e familiar contra as mulheres brasileiras. Após a condenação do Brasil no âmbito da OEA, foi editada a Lei nº 11340/2006, que ficou denominada de Lei Maria da Penha. Enfim, para a nossa prova devemos ter em mente que o Governo, no exercício da função administrativa, deve empreender diversas políticas, no sentido de cumprir a Constituição Federal e a legislação Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 5 71 infraconstitucional e, portanto, deve implementar políticas públicas voltadas para os direitos humanos previstos em tais diplomas normativos. Em razão dessa postura do Estado brasileiro, frente à temática de Direitos Humanos, foram editados três planos nacionais de Direitos Humanos: Dessa forma, podemos diferenciar a política de direitos humanos dos programas de direitos humanos, muito facilmente... Os Programas de Direitos Humanos constituem uma espécie de Política de Direito Humanos implementadas pelo Poder Executivo Federal. Esses Programas Nacionais de Direitos Humanos decorreram da reunião e assunção pelo Brasil da Declaração de Viena e Programa de Ação, editado na II Conferência Mundial sobre os Direitos do Homem, em 1993, em Viena. Nessa conferência ficou estabelecido que os Estados devem agir no sentido de criar programas de implementação dos direitos humanos no âmbito interno de seus respectivos países. Em razão disso o Brasil editou três Programas Nacionais (denominados PNDHs), que, segundo Rafael Barreto1 são definidos como: Programas do Governo Federal, criados a partir de um Decreto do Presidente da República, que estabelecem uma série de diretrizes e medidas a serem adotadas pelos órgãos governamentais de direitos humanos. 1 BARRETO. Rafael. Direitos Humanos, p. 242. PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 1 1996 primeiro governo FHC PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 2 2002 primeiro governo de Lula PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3 2010 segundo governo Lula Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 6 71 Cada um desses Programas de Direitos Humanos tem um foco específico. 1 - Objetivos Específicos do PNDHs Vejamos de forma sistematizada os principais aspectos de cada um dos Programas. PNDH I Conferiu ênfase aos direitos civis e foi estruturado em propostas a serem implementadas pelos órgãos governamentais definindo metas de curto, médio e longo prazos. Publicado pelo Decreto Executivo nº 1.904/1996, foi o objeto de debate da 1ª Conferência Nacional de Direitos Humanos, três anos após a Conferência de Viena de 1993 recomendar aos Estados-parte elaborar Programas Nacionais de Direitos Humanos. Explicitamente, o PNDH I conferiu maior ênfase na promoção e defesa dos direitos civis, prevendo centenas de propostas de ações governamentais prioritariamente voltadas para: integridade física liberdade garantia dos direitos das pessoas submetidas a vulnerabilidade e/ou discriminação. Não há no PNDH 1 mecanismos de incorporação das propostas de ação previstas e de instrumentos de planejamento e orçamento do Estado brasileiro. Ou seja, são previstas regras protetivas de caráter programático, contudo, o Estado não diz como ou o que executará para a defesa dos direitos acima mencionados. Além disso, esse programa continha uma série de regras e propostas genéricas, no sentido de apoiar, estimular, incentivar, dotadas de pouca efetividade. PNDH 2 Incluiu os direitos sociais, econômicos e culturais, ao prever ações específicas para a área do direito à educação, previdência e assistência social, trabalho, moradia, meio ambiente, alimentação, cultura e lazer. Além disso, conforme leciona a doutrina o referido plano teve por objetivo a “construção e consolidação de uma cultura de respeito aos direitos humanos”2. O PNDH 2 foi concluído com a publicação do Decreto Executivo nº 4.229/2002, que incluiu os direitos humanos de segunda dimensão, consentâneo com a noção de indivisibildiade e interdependência entre os Direitos Humanos. Significa dizer que o Estado Brasileiro não se preocupou apenas com os direitos civis e políticos, mas também com os direitos sociais, econômicos e culturais. Nesse contexto, destacam-se os seguintes direitos protegidos pelo PNDH 2: educação previdência e assistência social trabalho moradia meio ambiente alimentação cultura 2 BARRETO. Rafael. Direitos Humanos, p. 242. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 7 71 lazer Foram implementadas novas formas de acompanhamento e monitoramento das ações contempladas no Plano Nacional de Direitos Humanos (integrando o 1 e o 2), prevendo a disposição de políticas e programas dentro dos orçamentos nos níveis federal, estadual e municipal. A finalidade do PNDH 2 foi influenciar a discussão em torno da elaboração do Plano Plurianual 2004-2007, servindo de parâmetro e orientação para a definição dos programas sociais a serem desenvolvidos no país até 2007. Segundo a doutrina essa finalidade constitui avanço relativamente ao plano anterior, na medida em que se procurou dar consistência e concretude à proteção dos direitos básico do cidadão, com a formulação de políticas públicas e destinação de recursos para sua execução. Entretanto, o PNDH 2 foi publicado apenas no último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, o que dificultou a consecução das políticas. PNDH 3 Objetiva a construção de espaço para a participação democrática para a revisão do PNDH II, com o desafio de integrar as diferentes dimensões dos Direitos Humanos. O PNDH 3, instituído pelo Decreto Executivo nº 7.037/2009, é o mais amplo dos programas nacionais, abrangendo extenso rol de direito e de medidas para serem implementadas a partir de uma visão de transversalidade. E o que significa “visão de transversalidade”? Pessoal, é “só um nome bonito”, nada mais indica do que a consideração, para a adoção de políticas públicas, passando por (atravessando) diversos órgãos e poderes estatais, com o objetivo de conjuntamente elaborar e monitorar políticas e ações voltadas para a realização dos propósitos do PNDH 3. O principal desafio político do PNDH 3 foi o de construir um programa que considerasse a indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos em todas as suas dimensões: direitos civis, políticos, sociais,econômicos e culturais. Em razão disso, foram estabelecidos eixos temáticos estruturantes, que dispõe sobre os principais desafios para a efetivação dos direitos em nosso país, destacando as dimensões da desigualdade, violência, modelo de desenvolvimento, cultura e educação em direitos humanos, democracia, monitoramento e direito à memória e justiça. Na construção do PNDH III, duas dimensões foram consideradas estruturantes: universalização dos direitos em um contexto de desigualdades; e impacto de um modelo de desenvolvimento insustentável e concentrador de renda na promoção dos direitos humanos. O que se pretende afirmar é que a declaração formal dos direitos é importante para o progresso da humanidade, conduto, a mera previsão formal não garante a implementação material dos direitos previstos. Em razão disso, é necessária intensa autuação dos Poderes Públicos, em especial do Poder Executivo, por intermédio de políticas públicas, para assegurar materialmente os direitos civis, políticos, sociais, culturais e econômicos de forma integrada e harmônica. Por analogia, devemos lembrar do princípio da igualdade, que possui seu aspecto formal e material. O primeiro refere-se à igualdade perante a lei e o seguindo à isonomia (ou igualdade material), que se relaciona com a igualização de direitos daqueles que se encontram em situação desfavorável. Essa compreensão justifica – sem adentrar no mérito político de tais práticas – a implementação de ações afirmativas como o sistema de cotas em universidades públicas e concursos públicos, bem como, a implementação de programas sociais assistenciais. Infelizmente, pouco se avançou na efetivação de direitos previstos no PNDH III, muito em razão do contexto de grandes desigualdades. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 8 71 Segundo leciona a doutrina, não há como se falar em direitos sem considerar a desigualdades estruturais, que colocam os sujeitos em condições de vulnerabilidade (em razão de fatores como cor, sexo, situação econômica, faixa etária, etnia, classe social etc.), dificultando o acesso aos direitos. Além disso, objetiva o PNDH combater a pobreza no Brasil e as desigualdades de renda sob a constatação de que tal realidade passa necessariamente por questões discriminatórias, em especial, em razão da cor e do sexo. Os negros são, em linhas gerais, mais pobres que brancos. As mulheres, por sua vez, possuem seus direitos trabalhistas precarizados se compararmos com as relações de trabalho masculino. Outra questão importante, dentro do PNDH III, refere-se ao desenvolvimento de políticas voltadas aos direitos de terceira dimensão, com destaca ao direito ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. Esses direitos difusos e coletivos foram incorporados para prevendo mecanismos e instrumentos para efetivar o controle social, a reparação e a violação desses direitos transindividuais. Vimos, assim, as principais informações relativas ao três Programas Nacionais de Direitos Humanos. Em resumo... PNDH 1: PNDH 2: PNDH 1 Direitos Civis e Políticos integridade física liberdade cidadania OBSERVAÇÕES - inexistência de mecanismos efetivos de implementação das propostas - regras e propostas genéricas PNDH 2 Direitos Sociais, Econômicos e Culturais educação, previdência e assistência social, trabalho, moradia, meio ambiente, alimentação, cultura e lazer OBSERVAÇÕES - adoção de novas formas de acompanhamento e monitoramento das propostas - destinação de recursos no PPA 2004-2007 com vistas implementação de políticas públicas protetivas dos direitos humanos Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 9 71 Ä PNDH 3: Perfeito, vimos as principais informações relativas ao Programas, que podem ser objetivo de prova. Na sequência, dada a previsão em edital, vamos adentrar especificamente no estudo do Programa Nacional de Direito Humanos 3, instituído pelo Decreto Executivo nº 7.037/2009. PNDH 3 1 - Competência Normativa Inicialmente devemos saber que o Presidente da República, desde o advento da Emenda Constitucional nº 32/2001, detém a prerrogativa de editar decretos autônomos. Esses decretos constituem uma espécie normativa primária na ordem jurídica brasileira, uma vez que não são destinados à regulamentação da lei. Vejamos o art. 84, VI, a, da CF, fundamento do PNDH 3: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) (...). Portanto, lembre-se... PNDH 3 Envolve Diferentes Dimensões de Direitos direitos humanos de 1ª dimensão direitos humanos de 2ª dimensão direitos humanos de 3ª dimensão OBSERVAÇÕES: - implementação dos direitos por intermédio de uma visão de transversalidade - leva em consideração a indivisibilidade e a interdependência dos Direitos Humanos Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 10 71 2 - Estrutura No PNDH 3 são dispostos “eixos orientadores”, os quais são divididos em: diretrizes, objetivos estratégicos e ações programáticas. Para a nossa prova... Vejamos: 2.1 - Eixo Orientador Dentro da seara dos Direitos Humanos no Brasil, o Governo Federal fixou alguns pontos principais, os quais serão considerados como prioritários na implementação de ações e políticas voltadas para os Direitos Humanos. Assim, por eixo orientador devemos entender um conjunto de assuntos de direitos humanos considerado fundamental para a adoção das políticas de Governo em matéria humanística. O PNDH 3 é formado por seis eixos orientadores. O PNDH 3 foi instituído por intermédio de um decreto autônomo. Eixo Orientador Diretrizes Objetivos Estratégicos Ações Programáticas Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 11 71 Vejamos uma questão sobre o tema. (FCC - 2015) O Programa Nacional de Direitos Humanos − PNDH − foi elaborado pela primeira vez em 1996 e enfatizava os direitos civis e políticos. Em 2002 foi reformulado e incorporou os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais. Está em vigor o programa lançado em 2010 que incorpora o debate sobre a necessidade de ampliação dos mecanismos de participação e a criação e construção de monitoramento das políticas públicas de Direitos Humanos no Brasil. O programa está estruturado em a) seis eixos orientadores. b) nove diretrizes sociais. c) quatro ordenamentos jurídicos. d) dois pilares estruturantes. e) sete ações principais. Comentários A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), cuja terceira versão foi lançada em 2010, apresenta a Política Nacional de Direitos Humanos e estabelece diretrizes, objetivos e ações a serem implementadas. O programa é estruturado, de acordo com o Decreto nº 7.037/2009, nos seguintes eixos orientadores: • Interação democrática entre Estado e sociedade civilEixo Orientador I: • Desenvolvimento e Direitos HumanosEixo Orientador II • Universalizar direitos em um contexto de desigualdadesEixo Orientador III: • Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à ViolênciaEixo Orientador IV: • Educação e Culturaem Direitos HumanosEixo Orientador V: • Direito à Memória e à VerdadeEixo Orientador VI: Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 12 71 Portanto... 2.2 - Diretrizes Dentro de determinado eixo são fixadas diretrizes, ou seja, são delimitadas linhas de atuação que devem ser observadas. Se observarmos o Decreto nº 7.037/2009, para cada Eixo Orientador são delimitadas várias linhas de atuação. Assim... Interação Democrática entre Estado e Sociedade Civil; Desenvolvimento e Direitos Humanos; Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades; Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência; Educação e Cultura em Direitos Humanos; e Direito à Memória e à Verdade. EIXO ORIENTADOR conjunto de assuntos de direitos humanos considerado fundamental para a adoção das políticas de Governo em matéria humanística Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 13 71 Vejamos cada uma das 25 diretrizes distribuídas ao longo dos seis eixos orientadores: Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil: Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento da democracia participativa; Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática; e Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informações em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação; Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório; Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento; e Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos; Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades: Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena; Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação; Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade; Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública; DIRETRIZ Linhas delimitadas de atuação que devem ser observadas Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 14 71 Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos; Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária; Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas; Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos; Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos: Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos; Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras; Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos; Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade: Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito Humano da cidadania e dever do Estado; Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade; e Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com a promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia. Portanto: Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 15 71 Vejamos algumas questões sobre o assunto. (CESPE - 2015) De acordo com o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3/2009) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item subsequente. Entre as principais diretrizes do PNDH-3/2009, no eixo de segurança pública, acesso à justiça e combate à violência, incluem-se a democratização e modernização do sistema de segurança pública; a transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; e o combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária. Comentários A assertiva está correta. A questão cobra um dos eixos orientadores do PNDH – 3/2009, aquele que se refere à Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à violência. Vejamos todas as diretrizes desse eixo orientador. “IV - Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública; b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos; d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária; e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas; f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos”; Vejamos mais uma questão: EIXOS ORIENTADORES 6 DIRETRIZES 25 Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 16 71 (CESPE - 2015) Aprovado em 2009, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) assenta- se nos seguintes eixos orientadores: interação democrática entre Estado e sociedade civil; desenvolvimento e direitos humanos; universalização dos direitos em um contexto de desigualdades; segurança pública, acesso à justiça e combate à violência; educação e cultura em direitos humanos; direito à memória e à verdade. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue. Ao propor um eixo orientador centrado na relação entre desenvolvimento e direitos humanos, o PNDH-3 defende, entre outros objetivos,um modelo de desenvolvimento sustentável, assinalado pela inclusão social e econômica, tecnologicamente responsável e ambientalmente equilibrado. Comentários A assertiva está correta e se refere ao Eixo Orientador II, Diretriz 4. “II - Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório”; Os Direitos Humanos devem ser desenvolvidos com base em um modelo sustentável de inclusão social e econômica. Isso deve ser feito em um ambiente equilibrado e tecnologicamente não discriminatório. Por fim, mais uma questãozinha para fixar o conteúdo: (FUNIVERSA - 2015) Com relação aos direitos humanos, julgue o item. Entre as diretrizes do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), não estão inseridas, entre os direitos humanos, a promoção e a proteção dos direitos ambientais. Comentários A assertiva está incorreta. A promoção e proteção ambiental está inclusa no Eixo Orientador II. Vejamos: “Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos”; 2.3 - Objetivos Estratégicos Os objetivos estratégicos, por sua vez, são pretensões específicas dentro de cada diretriz. Em relação à determinada diretriz dentro de um dos eixos orientadores, a Administração Pública Federal deverá procurar executar os objetivos definido no PNDH 3: Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 17 71 2.4 - Ações Programáticas Por fim, o Decreto nº 7.037/2009 ainda estabelece ações específicas a serem adotadas para que sejam atingidos os objetivos estratégicos definidos no âmbito de cada diretriz. Notem que a estruturação do PNDH 3 é imbricada e complicada. Para fins do concurso é importante ter uma noção geral de cada desses conceitos, sabendo identificá-los em prova. Não se preocupem, quando chegarmos na leitura do Programa, tudo ficará mais claro. 3 - Decreto Vejamos os primeiros dispositivos do PNDH 3, que já foram abordados acima: Art. 1o Fica aprovado o Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3, em consonância com as diretrizes, objetivos estratégicos e ações programáticas estabelecidos, na forma do Anexo deste Decreto. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Pretensões específicas dentro de cada diretriz AÇÕES PROGRAMÁTICAS Ações específicas a serem adotadas Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 18 71 Art. 2o O PNDH-3 será implementado de acordo com os seguintes eixos orientadores e suas respectivas diretrizes: I - Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil: a) Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento da democracia participativa; b) Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática; e c) Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informações em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação; II - Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: a) Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório; b) Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento; e c) Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos; III - Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades: a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena; b) Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação; c) Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e d) Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade; IV - Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública; b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos; Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 19 71 d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária; e) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas; f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos; V - Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos: a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos; b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras; c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos; d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e VI - Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade: a) Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito Humano da cidadania e dever do Estado; b) Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade; e c) Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia. Parágrafo único. A implementação do PNDH-3, além dos responsáveis nele indicados, envolve parcerias com outros órgãos federais relacionados com os temas tratados nos eixos orientadores e suas diretrizes. Art. 3o As metas, prazos e recursos necessários para a implementação do PNDH-3 serão definidos e aprovados em Planos de Ação de Direitos Humanos bianuais. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 20 71 De acordo com o art. 3º, do PNDH 3, a cada dois anos serão fixados e aprovados Planos de Ação de Direitos Humanos. Vejamos uma questão sobre um dos artigos acima. (CESPE - 2015) De acordo com o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3/2009) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), julgue o item subsequente. O PNDH-3/2009 tem como primeiro eixo orientador, em seu artigo 2.º, a interação democrática entre Estado e sociedade civil. As diretrizes desse eixo incluem o fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversaldas políticas públicas e de interação democrática; a valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento; e a garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e interdependente, de modo que seja assegurada a cidadania plena. Comentários A assertiva está incorreta, pois nem todas as diretrizes pertencem ao primeiro eixo orientador. A primeira parte da questão está correta, pois refere-se ao eixo I. Contudo, a segunda parte refere-se ao eixo II, que trata do desenvolvimento e dos Direitos Humanos. Já a parte final da questão menciona o eixo orientador III, que trata da Universalização dos Direitos Humanos em um contexto de desigualdade. Notem que é essencial conhecer os eixos orientadores. Dentro de cada eixo há várias diretrizes, porém, essas são intuitivas, uma vez que você conhece quais são os eixos orientadores. O art. 4º que disciplinava a criação de um Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH foi revogado pelo Decreto 10.087/2019. Embora o Programa seja instituído no âmbito federal e voltado para a implementação de políticas públicas pelo Governo Federal, o art. 5º prevê a possibilidade de adesão ao PNDH 3 pelos Estados-membros, municípios e órgãos dos demais poderes (Legislativo e Judiciário), bem como do Ministério Público: Art. 5o Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os órgãos do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Ministério Público, serão convidados a aderir ao PNDH-3. Para a sua prova... Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 21 71 Por fim, vejamos os arts. 6º e 7º: Art. 6o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7o Fica revogado o Decreto no 4.229, de 13 de maio de 2002. Brasília, 21 de dezembro de 2009; 188o da Independência e 121o da República. Pessoal, junto com o arquivo desta aula trazemos o anexo ao Decreto nº 7.037/2009. Como vocês verão, são textos corridos e informativos, para tanto, vamos disponibilizar esse material em forma de aula extra. Destaco a necessidade de ler o Eixo Orientador IV, Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência e, dada a correlação com a natureza do cargo, vamos destacar as principais informações em tópico em separado. Por fim, vejamos uma questão bastante complexa cobrada em concurso para Defensoria Pública. (FCC - 2014) Sobre os Programas Nacionais de Direitos Humanos, é correto afirmar: a) Os Programas Nacionais de Direitos Humanos possuem força vinculante para as ações dos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público, bem como às ações estratégicas da Defensoria Pública de concretização das políticas públicas de promoção dos direitos humanos. PODERÃO ADERIR AO PNDH 3 Estados-membros Municípios Poderes Legislativo e Judiciário Ministério Público Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 22 71 b) O II Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-2) lançou ações específicas referentes ao combate à impunidade e à violência policial, tendo obtido avanços, como a adoção de leis sobre o reconhecimento do próprio Estado da responsabilidade das mortes de pessoas desaparecidas em razão de participação política, transferência da justiça militar para a justiça comum dos crimes dolosos contra a vida praticados por policiais militares e a tipificação do crime de tortura. c) Os Programas Nacionais de Direitos Humanos contam com a articulação do governo federal com a sociedade civil para a elaboração da redação comum, reconhecendo-se, porém, o caráter governamental desses Programas, já que a sociedade civil colabora, mas não decide. d) O III Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) causou ampla repercussão na mídia e em grupos de interesses contrários a determinadas ideias defendidas, gerando alterações no texto original, como, por exemplo, a posterior inclusão da mediação nos conflitos agrários como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares. e) No Brasil, a competência administrativa de realizar políticas públicas de implementação de direitos humanos é exclusiva da União, já que as obrigações de reparar os danos e prevenir condenações internacionais confirmam o interesse deste ente federativo para agir e estabelecer as ações estratégicas no plano interno. Comentários Vamos analisar cada uma das alternativas. A alternativa A está incorreta, já que os Programas Nacionais de Direitos Humanos não possuem força vinculante, pois tem origem por meio de um decreto presidencial. Não obstante, esses programas representam uma orientação para as ações governamentais. A alternativa B está incorreta, uma vez que os avanços mencionados foram obtidos pelo I Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-1). A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A elaboração do Programa Nacional de Direitos Humanos representa uma articulação do governo e da sociedade para a sua redação. Em seu texto devem ser explicitados os objetivos e os mecanismos de monitoramento de sua implementação. A edição do programa se dá por meio de um Decreto Presidencial, razão pela qual representa um ato governamental. A alternativa D está incorreta. De fato, o PNDH-3 gerou repercussão na mídia por algumas ideias defendidas. Assim, houve a edição de outro Decreto, que promoveu diversas alterações no PNDH-3, contudo, foi retirada a possibilidade de mediação nos conflitos agrários como medida preliminar à avaliação da concessão de medidas liminares. A alternativa E está incorreta, pois a competência para efetivação das políticas públicas de implementação de direitos humanos é comum para todos os entes federados. DECRETO Nº 9.759, DE 11 DE ABRIL DE 2019 1 – Disposições iniciais No dia 11 de abril de 2019 foi publicado o Decreto n. 9.759, que revogou integralmente o Decreto n. 8.243, de 23 de maio de 2014. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 23 71 O Decreto n. 9.759/19 trata sobre as diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal. Ele estabelece a quem os seus comandos são aplicados, traz conceitos e disciplina normas de criação e de extinção dos colegiados, além de abordar outras disposições. Mas, em primeiro lugar, o que são “colegiados”? Em Direito Administrativo, vocês devem ter visto que os órgãos públicos podem receber diversas classificações. Uma delas se refere à forma como esses órgãos tomam as suas decisões. Se as decisões do órgão são tomadas por um único sujeito (ex.: o Presidente do órgão), dizemos que esse órgão é um órgão singular. Por outro lado, se as decisões são tomadas por uma coletividade de sujeitos (ex.: um conselho, um comitê, uma comissão, um grupo), dizemos que esse órgão é um órgão colegiado. O objetivo do Decreto n. 9.759/19 é disciplinar com vão funcionar esses órgãos colegiados (sua criação, extinção, etc.) no âmbito da administração pública federal. 2 – Objeto, âmbito de aplicação e conceito de colegiado 1) Objeto e âmbito de aplicação Como dito, o Decreto n. 9.759/19 estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal. É o que se depreende do seu art. 1º, caput. Confiram: Art. 1º Este Decreto extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. O dispositivo ainda fala em “extingue”, o que faz referência ao fato de o Decreto revogar por completo o Decreto n. 8.243, de 23 de maio de 2014. E ele ainda complementa o termo “administração pública federal”com os adjetivos “direta, autárquica e fundacional” (quer dizer, o Decreto só se aplica a pessoas jurídicas de direito público). Ainda no art. 1º, o Decreto já sofreu a sua primeira alteração, em 30 de maio de 2019 (Decreto n. 9.812/19). Segundo a nova disposição (art. 1º, § 1º), a aplicação do Decreto abrange os colegiados instituídos por: (i) decreto; (ii) ato normativo inferior a decreto; e (iii) ato de outro colegiado. Essa disposição, contudo, não é absoluta. No art. 1º, § 2º, o Decreto limita a disposição do § 1º dizendo que ele só se aplica aos colegiados instituídos por ato infralegal, cuja lei em que são mencionados nada conste sobre a competência ou a composição. Veja: Art. 1º (...) § 1º A aplicação deste Decreto abrange os colegiados instituídos por: Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 24 71 I - decreto; II - ato normativo inferior a decreto; e III - ato de outro colegiado. § 2º Aplica-se o disposto no § 1º aos colegiados instituídos por ato infralegal, cuja lei em que são mencionados nada conste sobre a competência ou a composição. Em uma frase, de acordo com o Decreto n. 9.812/19, o Decreto n. 9.759/19 se aplica aos colegiados instituídos por decreto, ato normativo inferior a decreto ou ato de outro colegiado, salvo nos casos em que os órgãos colegiados instituídos por ato infralegal tenham competência e composição próprias, definidas em lei. 2) Conceito de colegiado Quanto ao conceito de colegiado, o Decreto disciplina o seguinte (art. 2º): Art. 2º Para os fins do disposto neste Decreto, inclui-se no conceito de colegiado: I - conselhos; II - comitês; III - comissões; IV - grupos; V - juntas; VI - equipes; VII - mesas; VIII - fóruns; IX - salas; e X - qualquer outra denominação dada ao colegiado. Ou seja, para o Decreto n. 9.759/19, são considerados órgãos colegiados: Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 25 71 Mas ele ainda vai além. No art. 2º, parágrafo único, o Decreto n. 9.759/19 disciplina o que NÃO se inclui no conceito de colegiado. Veja: Art. 2º (...) Parágrafo único. Não se incluem no conceito de colegiado de que trata o caput : I - as diretorias colegiadas de autarquias e fundações; II - as comissões de sindicância e de processo disciplinar; III - as comissões de licitação; IV - as comissões de que trata o art. 10 da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013; V - a Comissão de Ética Pública vinculada ao Presidente da República e às comissões de ética de que trata o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994; e VI - as comissões de avaliação ou de acompanhamento criadas para analisar contratos de gestão com: a) organizações sociais ou agências executivas qualificadas pelo Poder Executivo federal; b) serviços sociais autônomos; e c) comissões de que trata o art. 3º da Lei nº 10.881, de 9 de junho de 2004. Ou seja, são órgãos colegiados os conselhos, os comitês, as comissões, os grupos, as juntas, as equipes, as mesas, os fóruns, as salas, ou quaisquer outros órgãos que tomem decisões de forma coletiva, independentemente da denominação. Mas não são órgãos colegiados as diretorias colegiadas e autarquias e fundações, as comissões de sindicância e de processo disciplinar, as comissões de licitação, as comissões de processo administrativo para apuração de responsabilidade de pessoa jurídica (art. 10, Lei n. 12.846/13), a Comissão de Ética Pública vinculada ao presidente da República e às comissões de ética de que trata o Conselhos Comitês Comissões Grupos Juntas Equipes Mesas Fóruns Salas Qualquer outra denominação Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 26 71 Decreto n. 1.171/94, e as comissões de avaliação ou de acompanhamento criadas para analisar contratos de gestão (com OS’s, agências executivas, serviços sociais autônomos e etc.). Destaque deve ser dado para o art. 2º, parágrafo único, I. Lembre-se: as diretorias colegiadas de autarquias e fundações não se incluem no conceito de colegiado dado pelo art. 2º, caput, do Decreto 9.759/19. Ok? Vamos em frente! 3 – Norma para criação de colegiados interministeriais e duração das reuniões e das votações 1) Norma para a criação de colegiados interministeriais Segundo o art. 3º do Decreto, os colegiados que abranjam mais de um órgão, entidades vinculadas a órgãos distintos ou entidade e órgão ao qual a entidade não se vincula serão criados por decreto. Quer dizer, se o colegiado abranger mais de um Ministério, por exemplo, ou, mais de um órgão sendo que esses órgãos pertencem a Ministérios diferentes, esse colegiado deverá ser criado por decreto. Essa disposição é muito importante, porque normalmente, esses grupos são criados por portarias (que são uma espécie normativa de hierarquia inferior a do Decreto). Mas, vejam bem, não é que esses grupos não possam ser criados por portarias (essa, na verdade, continua sendo a regra). O que o art. 3º determina é que alguns grupos específicos (aqueles que (i) abranjam mais de um órgão; (ii) entidades vinculadas a órgãos distintos; ou (iii) entidade e órgão ao qual a entidade não se vincula) devem ser criados por decreto. Há, contudo, algumas exceções para a exceção. Se a regra é a criação de colegiados por meio de portaria e exceção é a criação de colegiados por meio de decreto, nos casos (i), (ii) e (iii), é possível que se criem colegiados por meio de portaria, mesmo nos casos (i), (ii) e (iii), nas hipóteses descritas no art. 3º, parágrafo único. Muito confuso? Vamos dar uma olhada no art. 3º na íntegra, e depois vamos esquematizar: Art. 3º Os colegiados que abranjam mais de um órgão, entidades vinculadas a órgãos distintos ou entidade e órgão ao qual a entidade não se vincula serão criados por decreto. Parágrafo único. Nas hipóteses do caput, é permitida a criação de colegiados por meio de portaria: I - quando a participação de outro órgão ou entidade ocorrer na condição de convidado para reunião específica, sem direito a voto; ou II - quando o colegiado: a) for temporário e tiver duração de até um ano; b) tiver até cinco membros; Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 27 71 c) tiver apenas agentes públicos da administração pública federal entre seus membros; d) não tiver poder decisório e destinar-se a questões do âmbito interno da administração pública federal; e e) as reuniões não implicarem deslocamento de agentes públicos para outro ente federativo. REGRA EXCEÇÃO EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO Portaria Decreto Portaria A criação de colegiados deve se dar por meio de portaria A criação de colegiados deve se dar por meio de decreto quando esses colegiados abrangerem: (i) mais de um órgão; (ii) entidades vinculadas a órgãos distintos; ou (iii) entidade e órgão ao qual a entidade não se vincula Mesmo nos casos (i), (ii) ou (iii), a criação dos colegiados poderá se dar por meio de portaria, quando: (a) a participação de outro órgão ou entidade ocorrer na condição de convidado para reunião específica, sem direito a voto; ou (b) quando o colegiado: b.1) for temporário e tiver duração de até um ano; b.2) tiver até cinco membros; b.3) tiver apenas agentes públicos da administração pública federal entre seus membros; b.4) não tiver poder decisórioe destinar-se a questões do âmbito interno da administração pública federal; e b.5) as reuniões não implicarem deslocamento de agentes públicos para outro ente federativo. Ex.: Ministro da Educação edita uma portaria criando um órgão colegiado dentro da estrutura do Ministério da Educação Ex.: O Ministro da Educação e o Ministro de Minas e Energia decidem, juntos, criar um colegiado que envolva a estrutura dos dois Ministérios respectivos Ex.: O Ministro da Educação e o Ministro de Minas e Energia decidem, juntos, criar um colegiado temporário, com duração de seis meses, que envolva a estrutura dos dois Ministérios respectivos 2) Duração das reuniões e das votações Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares ==15810f== 28 71 A disposição do art. 4º é bem mais simples. As convocações para reuniões de colegiados especificarão o horário de início e o horário de término da reunião. Caso essa duração seja superior a duas horas, será especificado um período máximo de duas horas no qual poderão ocorrer as votações. Exemplo: o colegiado X convocou uma reunião. Nessa convocação ele estabeleceu que o horário de início da reunião seria às 14:00 e o horário de término da reunião seria às 17:00 (portanto, três horas de reunião). Como assim foi, deve ser especificado, também, que, após a reunião, o período máximo que as partes integrantes do colegiado terão para votar será de duas horas (ou seja, das 17:00 às 19:00). Vejamos o art. 4º na íntegra: Art. 4º As convocações para reuniões de colegiados especificarão o horário de início e o horário limite de término da reunião. Parágrafo único. Na hipótese de a duração máxima da reunião ser superior a duas horas, será especificado um período máximo de duas horas no qual poderão ocorrer as votações. 4 – Extinção de colegiados, propostas relativas a colegiados e tramitação de propostas para a Casa Civil 1) Extinção de colegiados O art. 5º do Decreto traz uma disposição bem específica e de pouca relevância para a sua prova. Sobre ela vale apenas uma lida: Art. 5º A partir de 28 de junho de 2019, ficam extintos os colegiados de que trata este Decreto. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos colegiados: I - previstos no regimento interno ou no estatuto de instituição federal de ensino; e II - criados ou alterados por ato publicado a partir de 1º de janeiro de 2019. 2) Propostas relativas a colegiados Já o art. 6º traz disposições importantes sobre a criação, recriação, extinção ou modificação de colegiados. Veja: Art. 6º As propostas de criação, de recriação, de extinção ou de modificação de colegiados deverão: I - observar o disposto nos art. 36 a art. 38 do Decreto nº 9.191, de 1º de novembro de 2017 , ainda que o ato não seja de competência do Presidente da República; Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 29 71 II - estabelecer que as reuniões cujos membros estejam em entes federativos diversos serão realizadas por videoconferência; III - estimar os gastos com diárias e passagens dos membros do colegiado e comprovar a disponibilidade orçamentária e financeira para o exercício em curso, na hipótese de ser demonstrada, de modo fundamentado, a inviabilidade ou a inconveniência de se realizar a reunião por videoconferência; IV - incluir breve resumo das reuniões de eventual colegiado antecessor ocorridas nos anos de 2018 e 2019, com as medidas decorrentes das reuniões; V - justificar a necessidade, a conveniência, a oportunidade e a racionalidade de o colegiado possuir número superior a SETE membros; e VI - não prever a criação de subcolegiados por ato do colegiado princial, EXCETO se: a) limitado o número máximo de seus membros; b) estabelecido caráter temporário e duração não superior a um ano; e c) fixado o número máximo de subcolegiados que poderão operar simultaneamente. § 1º A mera necessidade de reuniões eventuais para debate, articulação ou trabalho que envolva agentes públicos da administração pública federal não será admitida como fundamento para as propostas de que trata o caput. § 2º Aplica-se aos subcolegiados o disposto neste artigo e nos art. 36 a art. 38 do Decreto nº 9.191, de 1º de novembro de 2017. É aqui que o Decreto mostra a sua real preocupação: despesas públicas. Constantemente, os colegiados precisam se reunir para deliberar. Essas reuniões, tradicionalmente, são muito custosas, porque envolvem o deslocamento dos membros do colegiado, suas diárias, estadias, etc. O Decreto n. 9.759 procura por fim a isso. Ele estabelece que as reuniões devem ser feitas, prioritariamente, por videoconferência. Os deslocamentos devem ser excepcionais (justificada a inviabilidade ou a inconveniência da videoconferência), bem como lastreados em comprovada disponibilidade orçamentária e financeira. E os colegiados devem contar com um número máximo de sete membros (caso haja necessidade de mais membros, ela precisa ser justificada). Além disso, fica proibida, como regra, a criação de subcolegiados por ato colegiado. Exceção se faz aos casos em que (i) o número máximo de membros for limitado; (ii) for estabelecido caráter temporário e duração não superior a um ano para esse colegiado; ou (iii) seja fixado o número máximo de subcolegiados que poderão operar simultaneamente. Nos §§ do art. 6º ainda vem disposto que a mera necessidade de reuniões eventuais para debate, articulação ou trabalho não será admitida como a justificativa demanda pelo caput. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 30 71 Portanto, lembre: 1) A prioridade será sempre a videoconferência; 2) Caso ela não seja possível, as reuniões podem ser feitas presencialmente, mas mediante justificativa e comprovação de viabilidade orçamentária; 3) O colegiado deve possuir no máximo 07 (sete) membros; 4) Caso haja necessidade de mais membros, ele deve ser justificada; 5) A criação de subcolegiados, em regra, é proibida; 6) Caso haja a necessidade de sua criação, ela só poderá ser feita em hipóteses restritas 3) Tramitação de propostas para a Casa Civil O art. 7º do Decreto traz mais uma daquelas disposições sobre as quais vale apenas uma leitura. Confiram: Art. 7º Na hipótese de o ato ser de competência do Presidente da República, as propostas de recriação de colegiados, sem quebra de continuidade dos seus trabalhos, serão encaminhados à Casa Civil da Presidência da República até 28 de maio de 2019, observado o disposto neste Decreto e no Decreto nº 9.191, de 2017. 5 – Disposições finais Nos artigos 8º a 11, o Decreto traz algumas disposições finais. Aqui, também, vale apenas a leitura: Art. 8º Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional encaminharão a relação dos colegiados que presidam, coordenem ou de que participem à Casa Civil da Presidência da República até 28 de maio de 2019. § 1º A relação referente às entidades vinculadas serão encaminhadas por meio do órgão ao qual se vinculam. § 2º A relação conterá o nome dos colegiados e os atos normativos que os regem. § 3º A relação de colegiados que o órgão ou a entidade da administração pública federal presida, coordene ou participe será divulgada no sítio eletrônico do órgão ou da entidade até 30 de agosto de 2019. § 4º A relação de que trata o § 3º será atualizada mensalmente. § 5º O disposto neste artigo não se aplica a colegiados cujos membros sejam agentes públicos do mesmo órgão ou entidade. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN(Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 31 71 Art. 9º Até 1º de agosto de 2019, serão publicados os atos, ou, conforme o caso, encaminhadas à Casa Civil da Presidência da República as propostas de revogação expressa das normas referentes aos colegiados extintos em decorrência do disposto neste Decreto. Art. 10. Fica revogado o Decreto nº 8.243, de 23 de maio de 2014 . Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. RESUMO Programa e Políticas Nacionais de Direitos Humanos: Noções Gerais CONCEITO CONCEPÇÕES O Governo, no exercício da função administrativa, deve empreender diversas políticas, no sentido de cumprir a Constituição Federal e a legislação infraconstitucional e, portanto, deve implementar políticas públicas voltadas para os direitos humanos previstos em tais diplomas normativos. PLANOS NACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS • adoção de uma política pautada pela concepção de direitos básicos das pessoas, alinhada às organizações internacionais de direitos humanos POLÍTICA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS DEVER DO ESTADO FRENTE ÀS QUESTÕES DE DIREITOS HUMANOS Proteger Implementar Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 32 71 PROGRAMAS versus POLÍTICAS Os Programas de Direitos Humanos constituem uma espécie de Política de Direito Humanos implementadas pelo Poder Executivo Federal. Objetivos Específicos do PNDHs PNDH I Conferiu ênfase aos direitos civis e foi estruturado em propostas a serem implementadas pelos órgãos governamentais definindo metas de curto, médio e longo prazos. PNDH 2 Incluiu os direitos sociais, econômicos e culturais, ao prever ações específicas para a área do direito à educação, previdência e assistência social, trabalho, moradia, meio ambiente, alimentação, cultura e lazer. Além disso, conforme leciona a doutrina o referido plano teve por objetivo a “construção e consolidação de uma cultura de respeito aos direitos humanos”3. PNDH 3 Objetiva a construção de espaço para a participação democrática para a revisão do PNDH II, com o desafio de integrar as diferentes dimensões dos Direitos Humanos. SÍNTESE DOS PNDHs PNDH 1: 3 BARRETO. Rafael. Direitos Humanos, p. 242. PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 1 1996 primeiro governo FHC PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 2 2002 segundo governo FHC PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3 2010 segundo governo Lula Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 33 71 PNDH 2: PNDH 3: PNDH 1 Direitos Civis e Políticos integridade física liberdade cidadania OBSERVAÇÕES - inexistência de mecanismos efetivos de implementação das propostas - regras e propostas genéricas PNDH 2 Direitos Sociais, Econômicos e Culturais educação, previdência e assistência social, trabalho, moradia, meio ambiente, alimentação, cultura e lazer OBSERVAÇÕES - adoção de novas formas de acompanhamento e monitoramento das propostas - destinação de recursos no PPA 2004-2007 com vistas implementação de políticas públicas protetivas dos direitos humanos PNDH 3 Envolve Diferentes Dimensões de Direitos direitos humanos de 1ª dimensão direitos humanos de 2ª dimensão direitos humanos de 3ª dimensão OBSERVAÇÕES: - implementação dos direitos por intermédio de uma visão de transversalidade - leva em consideração a indivisibilidade e a interdependência dos Direitos Humanos Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 34 71 PNDH 3 COMPETÊNCIA NORMATIVA Estrutura Eixo Orientador → conjunto de assuntos de direitos humanos considerado fundamental para a adoção das políticas de Governo em matéria humanística. Diretrizes Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil: O PNDH 3 foi instituído por intermédio de um decreto autônomo. Eixo Orientador Diretrizes Objetivos Estratégicos Ações Programáticas • Interação democrática entre Estado e sociedade civilEixo Orientador I: • Desenvolvimento e Direitos HumanosEixo Orientador II • Universalizar direitos em um contexto de desigualdadesEixo Orientador III: • Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à ViolênciaEixo Orientador IV: • Educação e Cultura em Direitos HumanosEixo Orientador V: • Direito à Memória e à VerdadeEixo Orientador VI: DIRETRIZ Linhas delimitadas de atuação que devem ser observadas Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 35 71 Diretriz 1: Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento da democracia participativa; Diretriz 2: Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática; e Diretriz 3: Integração e ampliação dos sistemas de informações em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação; Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos: Diretriz 4: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório; Diretriz 5: Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento; e Diretriz 6: Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos; Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades: Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena; Diretriz 8: Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação; Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais; e Diretriz 10: Garantia da igualdade na diversidade; Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência: Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública; Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos; Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária; Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas; Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 36 71 Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos; Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos: Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos; Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituiçõesde ensino superior e nas instituições formadoras; Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos Humanos; Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade: Diretriz 23: Reconhecimento da memória e da verdade como Direito Humano da cidadania e dever do Estado; Diretriz 24: Preservação da memória histórica e construção pública da verdade; e Diretriz 25: Modernização da legislação relacionada com promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia. EIXO ORIENTADOR versus DIRETRIZ Objetivos Estratégicos Ações Programáticas EIXOS ORIENTADORES 6 DIRETRIZES 25 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS Pretensões específicas dentro de cada diretriz Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 37 71 CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegamos ao final da nossa aula. Foi uma aula mais tranquila, contudo, relevante para encerramos a análise dos assuntos relativos aos Direitos Humanos no Brasil. Até a próxima aula. Um forte abraço e bons estudos a todos! Ricardo Torques rst.estrategia@gmail.com https://www.facebook.com/direitoshumanosparaconcursos LISTA DE QUESTÕES COM COMENTÁRIOS CESPE 1. (CESPE/TCE-PA - 2016) A Declaração Universal dos Direitos Humanos reconhece a liberdade, a justiça e a paz no mundo como os fundamentos para que os direitos sejam iguais. A esse respeito, julgue o item que se segue. De acordo com o PNDH, toda pessoa tem direito a instrução, que deverá ser gratuita em todos os níveis de escolaridade. Comentários A assertiva está incorreta. De acordo com o art. 26, 1, da DUDH, toda pessoa tem direito a instrução, que deverá ser gratuita pelo menos nos graus elementares e fundamentais. Artigo 26 AÇÕES PROGRAMÁTICAS Ações específicas a serem adotadas Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 38 71 1. Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico- profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. (CESPE/DPU - 2016) O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) estabeleceu, em 2010, diretrizes, objetivos estratégicos e ações programáticas a serem trilhados nos próximos anos. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue. Com base na desconstrução da heteronormatividade, o PNDH-3 recomenda que as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) sejam reconhecidas e incluídas nos sistemas de informação do serviço público. Comentários A assertiva está correta. Vejamos o que dispõe o Decreto nº 7.037/09, no eixo orientador III: Objetivo estratégico V: Garantia do respeito à livre orientação sexual e identidade de gênero. d) Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, com base na desconstrução da heteronormatividade. 3. (CESPE/DPU - 2016) O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) estabeleceu, em 2010, diretrizes, objetivos estratégicos e ações programáticas a serem trilhados nos próximos anos. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue. O PNDH-3 recomenda adequar os serviços de acolhimento aos parâmetros aprovados pelo CONANDA e pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), de modo a eliminar a longa permanência de crianças e adolescentes em situações de abrigamento. Comentários É o que dispõe o eixo orientador III, Objetivo estratégico III, “f”, do PNDH-3: Ações programáticas: f) Extinguir os grandes abrigos e eliminar a longa permanência de crianças e adolescentes em abrigamento, adequando os serviços de acolhimento aos parâmetros aprovados pelo CONANDA e CNAS. Assim, a assertiva está correta. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 39 71 4. (CESPE/DEPEN - 2015) Aprovado em 2009, o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) assenta-se nos seguintes eixos orientadores: interação democrática entre Estado e sociedade civil; desenvolvimento e direitos humanos; universalização dos direitos em um contexto de desigualdades; segurança pública, acesso à justiça e combate à violência; educação e cultura em direitos humanos; direito à memória e à verdade. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue. Entre as diretrizes contidas no PNDH-3, estão a democratização e a modernização do sistema de segurança pública, o que requer transparência e efetiva participação da sociedade na abordagem do tema. Comentários A assertiva está correta, conforme prevê o Decreto nº 7.037/09: Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal. 5. (CESPE/MTE - 2013) Acerca do Programa Nacional de Direitos Humanos III (PNDH-3), julgue os itens que se seguem. É prevista como objetivo estratégico do PNDH-3 a garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado, exercido em condições de equidade e segurança. Comentários Dentro do eixo orientador III, encontra-se a Diretriz 7 que orienta pela garantia de Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena. a) Diretriz 7: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena; Inserido nessa diretriz, está o objetivo estratégico VI, que buscará a garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado exercido em condições de equidade e segurança. Objetivo estratégico VI: Garantia do trabalho decente, adequadamente remunerado, exercido em condições de equidade e segurança. Portanto, a assertiva está correta. 6. (CESPE/MTE - 2013) Acerca do Programa Nacional de Direitos Humanos III (PNDH-3), julgue os itens que se seguem. Ricardo Torques Aula 04 Direitos Humanos e Participação Social p/ DEPEN (Com Videoaulas) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1409295 08983671661 - Gilson da silva soares 40 71 A diretriz referente à garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e interdependente, de modo a assegurar a cidadania plena, consta no eixo orientador denominado Desenvolvimento e Direitos Humanos do PNDH-3. Comentários A assertiva está incorreta. A questão diz respeito ao eixo orientador II, que tem como diretrizes: Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento Promover e proteger os direitos ambientais como Direitos Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos. A diretriz referente à garantia dos direitos humanos de forma universal, indivisível e interdependente consta no eixo orientador III que trata sobre universalizar direitos em um contexto de desigualdades. O eixo orientador III tem como diretrizes: Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena Promoção dos direitos de crianças
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