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07_-_Producao_de_Concreto

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CONCRETO
1
• O concreto de cimento Portland é o mais importante material
estrutural e de construção civil da atualidade.
• Pode ser considerado como uma das descobertas mais
interessantes da história do desenvolvimento da humanidade
e sua qualidade de vida.
• Sua descoberta no fim do século XIX e seu intensivo uso no
século XX, que o transformaram no material mais consumido
pelo homem depois da água, revolucionaram a arte de
projetar e construir estruturas cuja evolução sempre esteve
associada ao desenvolvimento das civilizações ao longo da
história da humanidade.
Introdução
2
• Com o embasamento teórico e experimental sobre a
confiabilidade desse novo material estrutural, assegurado
por esses e outros pesquisadores, e, dispondo de um
produto industrializado, o francês François Hennebique,
construtor, desenvolveu o sistema e obteve uma patente, em
1892, para o completo projeto e construção de edificações
com base num novo processo construtivo por ele
denominado de “béton armé”.
Introdução
3
Introdução
Empire State 
383 m de altura
Torres gêmeas Petronas 
452 m de altura
4
Introdução
Taipei
509 m de altura
Burj Khalifa
830 m de altura
5
É um material composto que consiste essencialmente de um
meio contínuo aglomerante dentro do qual estão inseridos os
agregados.
O aglomerante é constituído de cimento portland e, às vezes,
adições pozolânicas, misturados à água.
Pode conter também aditivos modificadores de várias
propriedades tanto no estado fresco como no estado
endurecido
Introdução
6
Introdução
7
Produção do Concreto
8
PRODUÇÃO DO CONCRETO
9
 MISTURA
 TRANSPORTE 
 LANÇAMENTO
 ADENSAMENTO
 CURA
PRODUÇÃO DO CONCRETO
10
PRODUÇÃO DO CONCRETO
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MISTURA
A mistura deve ser homogênea e uniforme de
modo a manter características iguais no concreto
de uma mesma amassada.
12
Manual
A NBR 6118, estabelece que: “ o amassamento
manual do concreto, a empregar-se
excepcionalmente em pequenos volumes, deverá ser
feito da seguinte forma:
 Sobre um estrado ou superfície 
plana e impermeável e resistente
 Misturar primeiro os materiais secos
 Homogeneização através de tombos
 Mistura de, no máximo 2 sacos
MISTURA
13
ManualMISTURA
14
ManualMISTURA
15
 A resistência do concreto pode variar com o
tempo de mistura e com a velocidade da
betoneira.
 O tempo exato de mistura é o recomendado pelo
fabricante da betoneira, varia com o tipo de
equipamento e depende de seu tamanho.
Betoneiras
Mecânica MISTURA
16
A câmara de mistura,
denominada tambor,
se inclina para
descarga. É o tipo
mais utilizado em
obra, pois todo o
concreto pode ser
descarregado
rapidamente sem
segregação
Betoneira de eixo inclinado
Mecânica MISTURA
17
Mecânica MISTURA
Betoneira de eixo inclinado
18
A descarga se faz invertendo
o sentido da rotação do
tambor, ou, algumas vezes,
por abertura do tambor.
Princípio utilizado nos
caminhões betoneira.
Betoneira de eixo horizontal:
Mecânica MISTURA
19
Semelhantes em princípio a
batedeiras de bolo; denominadas
de betoneiras de ação forçada,
diferentemente das outras duas
que se baseiam na queda livre e
tombamento do concreto.
Betoneira de eixo vertical
Mecânica MISTURA
20
Medidor de Água
Limpeza
Rotações por minuto
Mecânica MISTURA
21
O tempo ótimo de mistura é função do diâmetro e
do tipo de betoneira
A velocidade ótima de mistura é função do diâmetro
- Tempo de mistura insuficiente: os materiais
não se envolvem adequadamente
- Tempo de mistura em excesso:
 segregação agregados/pasta de cimento,
 incorporação excessiva de ar
 perda da ação do aditivo
Mecânica MISTURA
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Tempo de mistura
Eixo horizontal
Eixo vertical
Eixo inclinado
Velocidade ótima 
de mistura
D
rpmN
20
)( 
Betoneira
Dst 120)( 
D
rpmN
18
)( 
D
rpmN
18
)( 
Dst 25)( 
Dst 90)( 
Mecânica MISTURA
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Ordem de colocação na betoneira:
Não há regra geral
Regras 
práticas:
1) Agregado graúdo
2) cimento
3) Agregado miúdo
4) Água em duas etapas (inicio e fim)
Antes de iniciar a mistura, recomenda-se imprimar a
betoneira com uma porção de argamassa para que as
proporções do traço não sejam alteradas.
Mecânica MISTURA
24
As betoneiras não devem apenas garantir a
uniformidade da mistura, mas devem também
descarregá-la sem alterar essa uniformidade.
Mecânica MISTURA
25
Mistura no caminhão 
betoneira, na usina.
Comandos de
dosagem de concreto
em uma usina.
Concreto usinado
MISTURA
26
Concreto usinado
MISTURA
27
Vantagens do concreto usinado:
 Muito útil em canteiros congestionados ou em
construções rodoviárias que dispõe de pouco
espaço.
 Controle rigoroso de todos as operações
MISTURA
28
TRANSPORTE
29
TRANSPORTE PARA OBRA - concreto produzido 
em usina e transportado para o local da obra 
TRANSPORTE
caminhão betoneira, 
caminhão basculante e
agitadores
30
Transporte do concreto 
para obra
Caminhão basculante
Caminhão betoneira
Caminhão betoneira
TRANSPORTE
31
Às vezes, o transporte e a mistura podem ser
confundidos como uma única etapa, por serem
freqüentemente realizados no caminhão betoneira.
TRANSPORTE NA OBRA – concreto na obra, ali
produzido ou não, transportado para o seu local de
lançamento em forma (ex.girica, carrinho de mão,
dumper, caminhão betoneira).
TRANSPORTE
32
O transporte do concreto deve ser feito o mais 
rápido possível para:
TRANSPORTE
evitar a perda de trabalhabilidade ou perda de 
abatimento;
não dificultar o adensamento e acabamento;
evitar trepidações, resultando em segregação
33
 Carrinho e Girica; 
 Pequenos carros motorizados (Dumper);
 Grua equipada com caçamba;
 Esteira rolante;
 Bomba (Projeção Pneumática);
 Tubos; 
 Calha; 
 Tremonha ou funil 
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
34
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
35
Dumpers
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
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Grua equipada com caçamba
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
37
Caçamba de descarga pelo fundo
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
38
Tubos
Detalhe
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
Calha
39
Esteiras
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
Elevadores
40
Caminhão betoneira com bomba lança
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
41
Transporte na Obra Tremonha
Transporte do concreto na obra
TRANSPORTE
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Em caso de produção em usina, o tempo de
transporte decorrido entre o início da mistura, a partir
do momento da primeira adição de água até a entrega
do concreto deverá ser fixado:
- de maneira que até o fim da descarga seja no 
máximo de 150 minutos, aproximadamente.
- de forma que o acabamento não ocorra após o início
de pega do concreto lançado e das camadas
anteriores (evitando-se a formação de junta fria);
A betoneira deve ser mantida em movimento giratório 
lento da central até a obra
TRANSPORTE
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LANÇAMENTO
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Depois de misturado, o concreto deve ser lançado o
mais próximo possível de sua posição final,
desviando-se de obstáculos, para evitar segregação
dos materiais.
A altura de queda livre não poderá ultrapassar 2 m.
Para peças estreitas e altas, o concreto deverá ser
lançado por janelas abertas na parte lateral ou por
meio de funis ou trombas.
Antes de iniciar a concretagem deve-se conferir a 
armação
LANÇAMENTO
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A velocidade de lançamento deve ser
suficientemente rápida para que a última camada
adensada esteja ainda plástica quando a nova
camada for lançada a fim de prevenir juntas frias,
juntas de concretagem e planos de fratura,
resultantes do lançamento de concreto fresco
sobre concreto já endurecido.
LANÇAMENTO
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 Bombeamento de concreto para locais de difícil
acesso. Sistemas de bombeamento conjugam duas
etapas da obra: transporte e lançamento.
 O bombeamento é econômico se for feito sem
interrupções, pois no início de cada bombeamento a
tubulação tem que ser lubrificadacom argamassa, e no
fim da operação é necessário a limpeza dos tubos.
Lançamento por bombas
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O concreto para ser bombeável deve atender a alguns 
requisitos:
Deve ser bem misturado antes de introduzido na bomba;
O teor de cimento deve ser ligeiramente maior que dos 
outros concretos;
A pressão na qual ocorre segregação deve ser maior que 
a pressão necessária para bombear o concreto.
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Bomba estacionária  Caminhão Bomba
49
50
51
Bomba
Bomba
Concretagem
52
Bomba
Concretagem
53
Bomba
Concretagem
54
Concretagem
55
Concretagem
56
https://www.youtube.com/watch?v=igXGP5nvSUc
ADENSAMENTO
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É o processo de retirada ou expulsão do ar
aprisionado na mistura, prejudicial à resistência.
Atualmente, o adensamento é feito principalmente por
vibradores.
O adensamento pode ser feito:
Manualmente: por socamento com haste;
Mecanicamente: com aparelhos vibratórios.
Deve-se atentar para que durante o adensamento
sejam preenchidos todos os vazios da forma.
Redução do atrito entre as partículas do agregado
graúdo – melhor acomodação dos materiais.
ADENSAMENTO
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Tipos de vibradores mecânicos:
Vibradores de agulha: usados para
adensar vigas, pilares, paredes e lajes;
Réguas vibratórias: utilizadas
principalmente para o adensamento de
lajes e pisos (superfícies lisas);
Vibradores de forma:
Mesas vibratórias:
ADENSAMENTO
59
Vibradores de agulha
ADENSAMENTO
60
Vibradores de agulha
Motores elétricos
Motor a gasolina
ADENSAMENTO
61
Adensamento com vibrador de agulha 
ADENSAMENTO
62
 A agulha é movimentada facilmente de um ponto a
outro, e é aplicada a distâncias entre 0,5m e 1,0m
durante 5 a 30 segundos, dependendo da
consistência do concreto.
 O fim do adensamento pode ser avaliado pela
aparência da superfície do concreto que não deve
apresentar nem falhas nem excesso de argamassa.
 Recomenda-se que a agulha seja retirada do
concreto lentamente, de modo que a cavidade
deixada se feche completamente sem aprisionamento
de ar.
ADENSAMENTO
63
ADENSAMENTO
64
ADENSAMENTO
65
 Mesa Vibratória: uma massa excêntrica girando
rapidamente faz a mesa vibrar com movimentos
circulares. Muito usadas nas fábricas de pré-
moldados.
ADENSAMENTO
66
 Vibrador de forma: este tipo de vibrador é fixado
firmemente à forma, de modo que são vibrados tanto a
fôrma como o concreto. Empregado para adensar
elementos de seções muito esbeltas ou densamente
armadas.
ADENSAMENTO
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A vibração prolongada pode levar à segregação dos
componentes da mistura.
Misturas muito fluidas devem ser
adensadas com cuidado, pois o
concreto fica propenso à
segregação;
Concretagem em camadas: Por vezes, torna-se
necessária a revibração do concreto, que consiste em
vibrá-lo novamente antes da pega das camadas
anteriores, como forma de evitar as juntas frias ou de
concretagem entre elas.
ADENSAMENTO
68
Em concreto massa o adensamento pode ser feito por
meio de rolo.
Em concreto armado, a vibração não deverá ocorrer
próxima à armadura para evitar a formação de vazios ao
seu redor, prejudicando, assim, a aderência (danos à
resistência).
ADENSAMENTO
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Adensamento de laje com uso de régua vibratória
70
Acabamento de Superfície
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Acabamento de laje em “nível zero”
Acabadora de Superfície
Acabamento de Superfície
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Acabadora de Superfície
Acabamento de Superfície
Vassourado
Camurçado
Polido
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CURA
74
• Cura é a denominação
dada aos procedimentos
a que se recorre para
promover a eficiente
hidratação do cimento e
consiste em controlar a
temperatura e a saída
de umidade para o
concreto.
CURA
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Externos:
• Umidade relativa
• Velocidade do vento
• Temperatura ambiente, etc.
Internos (concreto):
• Quantidade de cimento
• Relação água/cimento
• Tipo de cimento
• Ar incorporado, etc.
Fatores que afetam a cura
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 A cura deve ser iniciada logo após o endurecimento
inicial do concreto.
 A cura deve ser iniciada logo após o endurecimento
inicial do concreto.
 Esta espessura equivale ao cobrimento sendo menos
relevante à função estrutural, mas tem grande
influência na durabilidade tanto do concreto com das
armaduras.
 As partes mais internas do concreto, geralmente, não
são atingidas pelo deslocamento de umidade. A ação
deste deslocamento se mostra mais presente de 30
mm até 50 mm da superfície.
CURA
77
CURA
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Duração da Cura
O período de cura necessário na prática não pode ser
prescrito de um modo simples: os fatores relevantes
compreendem a severidade das condições de
secagem e os requisitos esperados de durabilidade.
Concretos com relação água/cimento baixa, é
essencial a cura contínua nas primeiras idades para
garantir a hidratação homogênea.
79
Duração da Cura
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• Cura úmida: Consiste em embeber o concreto em
água.
• Cura por Membrana: aplicação de produto químico
que impede a perda de água pela superfície do
concreto, sem a possibilidade de ingresso de água
do exterior para o concreto
• Cura térmica: busca otimizar os processos
construtivos
Existem duas grandes categorias de métodos de cura:
Métodos de Cura
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• Submersão – O concreto deve estar submerso em
água. (pavimentos - estradas, lajes, etc.)
• Recobrimento – O concreto deve ser coberto por areia,
terra, serragem, ou palha molhada, saco de aniagem,
etc. Esta cobertura deve ser molhada periodicamente.
Deve-se tomar cuidado com a possibilidade de
formação de manchas na superfície do concreto.
• Molhagem ou aspersão de água – o concreto deve ser
molhado com o uso de mangueiras. Este tipo de cura
é utilizado com mais freqüência em superfícies
inclinadas.
Tipos de Cura Úmida:
82
Tipos de Cura Úmida:
Molhagem
Aspersão
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Cobrimento - Sacos de aniagem
Cobrimento - Serragem
Tipos de Cura Úmida:
Cobrimento - Geotêxtil
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• Cobrimento por Mantas: a superfície do concreto é coberta
com mantas de polietileno ou papel reforçado. Esta técnica
pode causar manchas ou descoloração devido à
condensação não uniforme da água sob as mantas.
• Pulverização: compostos para cura são pulverizados sobre a
superfície do concreto formando uma membrana. Os mais
comuns são as resinas de hidrocarbonetos sintéticas em
solventes muito voláteis. Este tipo de cura é muito utilizada
em pátio de aeroporto.
• Ceras: são aplicadas emulsões de cera que formam uma
membrana sobre a superfície do concreto. São pouco
utilizadas pois resultam em superfícies muito escorregadias
e difíceis de serem removidas.
Tipos de Cura por Membrana
85
Cura por Pulverização
Tipos de Cura por Membrana
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• Vapor à pressão atmosférica
• Vapor e alta pressão
• Tratamento à quente
• Eletricidade
Tipos de Cura Térmica
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Cura com Vapor à Pressão Atmosférica (>100ºC)
A elevação da temperatura aumenta a velocidade das 
reações de hidratação.
– Aumenta a velocidade da evolução da resistência
como elevação da temperatura do concreto.
– O objetivo da cura com vapor é a obtenção de
uma alta resistência inicial (manuseio e retirada
de formas e de dispositivos de protensão)
Tipos de Cura Térmica
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Cura com Vapor a Alta Pressão (Autoclave)
O concreto é submetido a temperaturas elevadas e 
pressão de vapor maior que a pressão atmosférica
Grande resistência inicial (24 horas)
Redução da retração hidraúlica
Tipos de Cura Térmica
89

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