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RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE LABORATÓRIO FÍSICA EXPERIMENTAL PRÁTICA 9: CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO Nome: Marcelo Douglas Ribeiro de Oliveira Matrícula: 374673 Turma: B Data da prática: 06/10/2015 Russas-CE Outubro/2015 SUMÁRIO 1- OBJETIVOS.........................................................................................................................03 2- MATERIAIS.........................................................................................................................03 3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................04 4- PROCEDIMENTO...............................................................................................................06 5- QUESTIONÁRIO.................................................................................................................09 6- CONCLUSÃO......................................................................................................................11 7- BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................12 1. OBJETIVOS Determinar a capacidade térmica de um calorímetro; Determinar o calor específico de vários sólidos. 2. MATERIAL Calorímetro; Água; Amostras de ferro, alumínio e latão; Balança digital; Termômetros (um analógico e um digital); Béquer de vidro de 250 ml; Proveta graduada de 100 ml; Transformador 220V/110V; Aquecedor elétrico 110V (mergulhão); Fogareiro elétrico. 03 3. FUNDMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1- CALOR: Antes de entender os conceitos de calor específico e capacidade térmica e conhecer o funcionamento de um calorímetro é de fundamental importância que se defina o conceito de calor. O calor é a energia térmica que está sendo transferida de um corpo de maior temperatura para um corpo de menor temperatura, garantindo assim um equilíbrio térmico entre os corpos. Sua unidade no SI é o Joule, embora seja mais empregada a unidade de caloria. O calor é diretamente proporcional a energia interna do sistema. 3.2- CALOR ESPECÍFICO: Em palavras, o calor específico representa a quantidade de energia necessária para elevar 1°C a temperatura de 1 grama da substância em questão. O calor específico caracteriza as substâncias pois ele varia de substância em substância, sua unidade no SI é Cal/Kg°C. Ele pode ser determinado pela razão entre a capacidade térmica e a massa da substância, matematicamente ficando da seguinte maneira: c = C/m Sendo: c: Calor específico; C: Capacidade térmica da substância; m: Massa da substância. 3.3- CAPACIDADE TÉRMICA: A capacidade térmica é definida como a quantidade de calor que um determinado corpo deve ganhar ou ceder para que sua temperatura sofra a variação de 1°C. Em outras palavras a capacidade térmica é a capacidade de absorver ou perder calor que um determinado corpo tem, em razão da variação de temperatura sofrida por ele. Matematicamente essa expressão pode ser 04 expressada da seguinte maneira: C = m*c Onde: C: Capacidade térmica; m: Massa do corpo; c: Calor específico do corpo. Corpos que possuem baixa capacidade térmica são corpos que demoram mais para serem aquecidos e quando estão à alta temperatura demoram resfriar-se. 3.4- CALORÍMETRO: O calorímetro é um aparelho que mede as quantidades de calor absorvidas ou cedidas atravé de trocas físicas ou químicas que uma substância sofre. O calorímetro pode medir, por exemplo, a troca de temperatura de uma substância com capacidade térmica conhecida, assim também como o calor específico de determinada substância. Observe abaixo na figura 1 um calorímetro usual. Figura 1. Calorímetro usual. 05 4. PROCEDIMENTO PROCEDIMENTO 1: Determinação do equivalente em água do Calorímetro. 1.1 - Colocou-se uma massa m’ = 80 gramas de água no calorímetro à temperatura ambiente. Para isso, foi medido numa proveta de 80 ml de água e colocado no calorímetro. Anotou-se na tabela 9.1 a temperatura da água fria, neste caso a temperatura ambiente, t0. 1.2 - Colocou-se um pouco mais de 200 ml de água no béquer de vidro. Foi colocado o aquecedor no béquer antes de ligar para aquecer até aproximadamente 60 °C. Desligou-se o aquecedor elétrico e em seguida foi retirado do béquer. 1.3 - Mediu-se 100 ml da água aquecida num béquer de plástico. Anotou-se a temperatura da água aquecida, T, depois de ter sido colocada no béquer de plástico. Foi anotado também as massas de água quente e de água fria na Tabela 9.1. 1.4 - Colocou-se os 100 ml de água aquecida no calorímetro contendo 80 g de água à temperatura ambiente. 1.5 - Agitou-se a água do calorímetro utilizando o termômetro digital. 1.6 - Depois do equilíbrio térmico (cerca de dois minutos) anotou-se na Tabela 9.1 a temperatura do equilíbrio, te. Tabela 9.1. Resultados experimentais para a determinação do equivalente em água do calorímetro. m = massa de água quente 100,0 g m’= massa de água fria 80,0 g c0= calor específico da água 1cal/g °C T = temperatura da água quente 56,2 °C t0 = temperatura da água fria 28 ° C te = temperatura de equilíbrio 41,2 ° C C = capacidade calorífica do calorímetro 33,6 cal/°C 06 1.7 - Calculamos a capacidade calorífica (equivalente em água) do calorímetro através da fórmula abaixo e consultamos nosso professor para saber se obtivemos um valor aceitável. 𝐶 = 𝑚. 𝑐0. (𝑇 − 𝑡𝑒) − 𝑚’. 𝑐0. (𝑡𝑒 − 𝑡0) 𝑡𝑒 − 𝑡0 Daí temos, 𝐶 = 100.1. (56,2 − 41,2) − 80.1. (41,2 − 28) 41,2 − 28 𝐶 = 444 13,2 Q 𝐶 = 33,6 cal/°C PROCEDIMENTO 2: Determinação do calor específico de várias substâncias. 2.1 - Colocou-se no calorímetro uma massa m’ = 200 g de água, à temperatura ambiente t0. Anotou-se na tabela 9.2. 2.2 – O professor aqueceu a uma temperatura T (temperatura de ebulição da água) a substância cujo calor específico e se queira determinar. Para isso, deixou a amostra imersa em água fervente por alguns minutos a fim de que entre em equilíbrio térmico. Foi anotada a temperatura T na Tabela 9.2. 2.3 - Colocou-se no calorímetro, com rapidez, a substância em teste, para não haver perda de calor. 2.4 - Agitou-se sempre, esperando uniformizar a temperatura da “mistura” (de três a quatro minutos) e anotou-se na tabela 9.2 a temperatura de equilíbrio, te. 2.5 - Levou-se a amostra a uma balança digital e foi determinado sua massa M, anotou-se na tabela 9.2. 2.6 – Repetiu-se o procedimento para as outras amostras. Tabela 2: Resultados experimentais para a determinação do calor específico. Material M (g) m’ (g) m0 (g) T (°C) t0 (°C) te (°C) c (cal/g°C) Ferro 115,45 200,0 33,6 98,4 28,5 32,7 0,1293 Alumínio 53 200,0 33,6 98,4 28,9 32,2 0,2197 Latão 106,25 200,0 33,6 98,4 28,8 31,7 0,0975 07 Da fórmula: 𝑐 = ((𝑚’ + 𝑚0). 𝑐𝑜. (𝑡𝑒 − 𝑡𝑜)) 𝑀⁄ (𝑡𝑒 − 𝑡𝑜)temos: 𝑐𝑓 = ((200 + 33,6). (32,7 − 28,5)) 115,45.⁄ (98,4 − 32,7). 𝑐𝑓 = (233,6 ∗ 4,2) 7585,065⁄ = 0,1293 𝑐𝑎𝑙 𝑔⁄ °𝐶 𝑐𝑎𝑙 = ((200 + 33,6). (32,2 − 28,9)) 53.⁄ (98,4 − 32.2) 𝑐𝑎𝑙 = (233,6 ∗ 3,3) 3508,600⁄ = 0,2197 𝑐𝑎𝑙 𝑔⁄ °𝐶 𝑐𝑙 = ((200 + 33,6). (31,7 − 28,8)) 106,25.⁄ (98,4 − 31,7) 𝑐𝑙 = (233,6 ∗ 2,9) 7086,875⁄ = 0,0975 𝑐𝑎𝑙 𝑔⁄ °𝐶 08 5. QUESTIONÁRIO 1 - Lembrando que o calor específico da água é maior que o da areia, explique por que as brisas marítimas sopram, durante o dia, do mar para a terra, e, à noite, em sentido contrário. Discuta a influência destes fatos sobre o clima das regiões beira-mar. R- Durante o dia, a areia esquenta mais rápidoque a água, pois o maior calor específico da água determina uma menor velocidade na variação de temperatura, então o ar quente da areia sobe por ser mais leve e o ar mais frio do mar “é soprado” para a praia, dando origem a brisa marítima. À noite ocorre o inverso a brisa corre em direção ao mar, pois a areia que esfria mais rapidamente e, portanto detém o ar mais frio e denso é empurrado para o mar onde a água ainda está resfriando. 2 - O calor pode ser absorvido por uma substância sem que esta mude sua temperatura? R- Sim, o calor recebido em que o corpo muda de estado físico sem mudança de temperatura é denominado calor latente. Já a situação inversa é chamada de calor sensível. 3 - Quando um objeto quente esquenta um frio, suas mudanças de temperatura são iguais em magnitude? Dê exemplo extraído desta prática. R- Não, o ferro, por exemplo, estava a 98,5 °C e a água estava a 27,6 °C e a temperatura final foi de 31,7° C, o que dá uma diferença de temperatura para o ferro muito maior que a água. 4 - Dois sólidos de massas diferentes, a uma mesma temperatura, recebem iguais quantidades de calor e sofrem a mesma variação de temperatura. Que relação há entre seus calores específicos? R- Dada a fórmula do calor específico c=Q⁄m.ΔT, temos: Como as quantidades de calor, e a variação de temperatura são iguais, escrevemos: c=Q⁄m.ΔTe c’=Q⁄m’.ΔT, dividindo as equações teremos: 09 c⁄c’=((Q⁄m.ΔT))⁄((Q⁄m’.ΔT)), eliminando Q e ΔT: c⁄c’=m ’⁄m. 5 - Um calorímetro contém 30 mL de água a temperatura ambiente, 25 ºC. Adiciona-se 50 mL de água a 35 ºC ao calorímetro. Após alguns minutos a temperatura estabiliza-se em 29 ºC. Determine: a) A capacidade térmica do calorímetro. R- Temos que o calor específico da água é de 1 cal/g ºC, assim: 30 mL * 1cal/g ºC * (29ºC – 25ºC) + 50mL * 1cal/g ºC * (29ºC - 35ºC) + CT * (29ºC – 25ºC) = 0 120 – 300 + CT * 4 = 0 CT = 45 cal/ºC b) A quantidade de calor absorvida pelo calorímetro. R- 30 mL * (29ºC – 25ºC) + 50mL * (29ºC – 35ºC) = 120 – 300 = -180 cal. 180 calorias foram cedidas. c) A quantidade de calor absorvida pela água existente previamente no calorímetro. R- 30 mL * (29ºC – 25ºC) = 120 cal. 120 calorias foram absorvidas. d) A quantidade de calor cedida pela água quente (35ºC) adicionada ao calorímetro. R- 50mL * (29ºC – 35ºC) = -300 cal. 300 calorias foram cedidas. 10 6. CONCLUSÃO Através dos experimentos realizados na aula prática foi possível verificar o funcionamento do calorímetro determinando se maneira bem simples sua cápacidade térmica com auxilio também de termômetros, foi posssível também determinar o calor específico de três materias diferentes, sendo eles o ferro, o alumínio e o latão. Através da aula prática foi possível verificar que cada material apresenta um calor específico diferente. Foi possivel entender também a relação entre o equilíbrio térmico e a capacidade térmica de cada material analisado no experimento. Os experimentos foram realizados de maneira simples sem muitas dificuldades de execução mostrando assim resultados satisfatórios. 11 7. BIBLIOGRAFIA http://papofisico.tumblr.com/post/21350651918/o-que-%C3%A9-calor (Acesso em: 09/10/2015). http://coral.ufsm.br/gef/Calor/calor14.pdf (Acesso em: 09/10/2015). http://www.mundoeducacao.com/fisica/capacidade-termica.htm (Acesso em: 09/10/2015). https://www.infopedia.pt/login?ru=apoio/artigos/$calorimetro (Acesso em: 10/10/2015). 12 http://papofisico.tumblr.com/post/21350651918/o-que-%C3%A9-calor
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