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Caderno-Guia-Bombeiro Educador

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CADERNO GUIA DO
BOMBEIRO EDUCADOR
CORPO DE BOMBEIROS
PMESP
2013 / 2014
2 CORPO DE BOMBEIROS
Caro Bombeiro Educador,
Este Caderno Guia foi especialmente desenvolvido e dedicado a você. 
O objetivo dessa ferramenta, agora à sua disposição, é proporcionar um 
roteiro padronizado e abrangente sobre o conteúdo de cada tema a ser 
abordado com cada público-alvo específico.
A importância do seu desempenho é importante e a atividade que você 
desempenha é carregada de enorme responsabilidade, pois a educação 
pública é a mais pura atividade de prevenção executada pelo Corpo de 
Bombeiros. É o momento de maior aproximação da corporaçãocom a 
comunidade.
Com o objetivo de ensejar na comunidade uma mudança de atitudes 
e comportamentos, as mensagens que você transmitirá visam a prevenir 
acidentes e salvar muitas vidas, por isso o seu conhecimento e preparo são 
fundamentais.
Dentro de uma avaliação de nossas estatísticas operacionais, os tópicos 
constantes deste Caderno Guia refletem a nossa realidade operacional e 
trazem a preocupação e compromisso de nossa Organização em reduzir 
ao máximo o número de ocorrências e, assim, minimizar principalmente o 
número de mortes e pessoas feridas.
Siga sempre, no campo da Educação Pública, as orientações emanadas 
por este Comando e mantenha o foco nos objetivos específicos de cada 
ação, campanha ou programa educacional.
Você é um BOMBEIRO EDUCADOR do Corpo de Bombeiros de São 
Paulo e dentro do nosso sistema de educação pública você é a parte mais 
importante e representativa dessa nobre atividade. 
O Comandante do Corpo de Bombeiros da PMESP
3CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
SUMÁRIO
PREPARANDO PALESTRAS E
APRESENTAÇÕES
ACIONANDO O CORPO DE
BOMBEIROS - 193
AFOGAMENTOS
Público-alvo: Pais e ou responsáveis 
por bebês e crianças em fase de
engatinhamento
 Público-alvo: Pais e ou respon-
sáveis por crianças pequenas
 Lagos e represas
 Piscinas
 Praias
ACIDENTES E INCÊNDIOS
DOMÉSTICOS
 Acidentes Domésticos
– grupo de risco – Crianças
 Acidentes Domésticos
– grupo de risco – Adultos
 Acidentes Domésticos
– grupo de risco – Idosos
 Incêndios Domésticos
– grupo de risco – Crianças
 Incêndios Domésticos
– grupo de risco – Adultos
 Incêndios Domésticos
– grupo de risco – Fumantes
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9
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22
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16
4 CORPO DE BOMBEIROS
ACIDENTES COM CRIANÇAS
AMBIENTES EXTERNOS
 Ambientes externos e Vias
Públicas
 Balões e fogos de artifício
 Brinquedos
 Parquinhos
 Pipas
 Em transportes públicos
ACIDENTES DE TRÂNSITO
 Pedestre
 Ciclistas
 Motoristas
ACIDENTES DE TRÂNSITO COM
MOTOCICLISTAS
ACIDENTES COM ANIMAIS
PEÇONHENTOS
 Serpentes
 Aranhas e escorpiões
 Primeiros socorros para
acidentes com serpentes
 Primeiros socorros para
acidentes com aranhas e
escorpiões
BALÕES E FOGOS
DE ARTIFÍCIO
 Balões
 Fogos de artifício
ELEVADORES
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32
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38
40
40
41
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5CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
ENCHENTES
 Ações preventivas e
comunitárias
 Durante as inundações
 Cuidados com a água de
consumo e alimentos
 Após a inundação
 Raios
EXTINTORES
GLP – GÁS LIQUEFEITO DE
PETRÓLEO
INCÊNDIOS EM VEGETAÇÃO
NOÇÕES DE PRIMEIROS
SOCORROS
 Queimaduras
 Asfixia e parada cardíaca
 Engasgo
 Reanimação
Cardiopulmonar – RCP
 Hemorragia
 Fraturas
 Desmaios
 Crises convulsivas
PLANO DE ABANDONO DE
EDIFICAÇÕES
 Ocupantes da edificação
 Brigadistas
REGULARIZAÇÃO DAS
EDIFICAÇÕES JUNTO AO
CORPO DE BOMBEIROS
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60
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6 CORPO DE BOMBEIROS
Preparando Palestras e 
Apresentações
Um dos primeiros passos na preparação de alguma palestra ou apresentação está em conhecer o público-alvo, identificando algumas características, como faixa etária, grau de conheci-
mento ou escolaridade, faixa socioeconômica, capacidade de absor-
ção de conhecimentos, entre outras que possibilitem, inclusive, conhe-
cer suas preferências.
 
Procure na sua comunicação com o público estar 
sempre seguro e transmita entusiasmo. Forneça as 
informações com clareza, objetividade e domínio so-
bre o assunto.
Muitas vezes, tais ações de educação pública são 
executadas sem ao menos levar em conta a vonta-
de daquele público ou a sua capacidade de ouvir e 
aprender. Para fazer isso, fale antes com o respon-
sável ou alguns membros do grupo, principalmente 
aqueles que já conhecem ou que já participaram de 
algum trabalho similar anteriormente.
É necessário, muitas vezes, determinar o quan-
to e a que ritmo o público geralmente assimila as 
informações. De que forma a informação deve ser 
apresentada? Escrita, falada, por meio de recursos 
audiovisuais, etc.
O público aprenderá melhor em pequenos ou gran-
des grupos? O nível de maturidade também deve ser 
considerado. Não é sensato, por exemplo, uma lição 
de prevenção sobre a correta utilização dos extintores 
portáteis com uma turma de crianças da escola pri-
mária, que não estão suficientemente maduros para 
decidir quando é seguro utilizá-lo e de que forma.
7CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
É importante revisar o conteúdo que se pretende 
transmitir e a abordagem que se fará diante das ne-
cessidades da platéia, ao mesmo tempo mantendo a 
integridade da mensagem do tema proposto. 
Descubra com antecedência as oportunidades de 
comunicação ou barreiras existentes. Esteja a par 
do nível dos conhecimentos, atitudes e comporta-
mentos daquele público a respeito da matéria abor-
dada. Previsão e preparação são fundamentais.
Tamanho do grupo: Antes de planejar qualquer 
atividade, determine o tamanho do público potencial. 
Quantas pessoas estão envolvidas ou associadas? 
Certifique-se de que os recursos são suficientes e 
que há pessoal disponível para lidar com a demanda 
esperada. Determinar tamanho potencial do grupo 
com antecedência é importante.
Recursos materiais: Tenha em mãos, de acor-
do com o tema proposto, além deste Livro Guia, as 
matrizes disponíveis para cada aula (apresentações 
em PPT, vídeos educativos e outros meios auxiliares 
de ensino), além dos recursos técnicos necessários: 
projetores, extensão de cabos, adaptadores de to-
mada, entre outros.
É necessário saber anteci-
padamente quais recursos es-
tarão disponíveis e a estrutura 
que o local onde será realiza-
da a palestra possui, tal como, 
a voltagem predominante, se 
há computador ou note-book 
disponível, projetores e telas, 
capacidade do auditório ou da 
sala, espaço para demonstra-
ções, aparelhagem de som, mi-
crofone, etc. 
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8 CORPO DE BOMBEIROS
Mesmo não se tratando de um determinado tipo de acidente ou sinistro recorren-te dos atendimentos do Corpo de Bombeiros, antes que se ensine ou oriente a comunidade sobre procedimentos de segurança, é primordial que as pessoas 
conheçam o telefone de emergência dos bombeiros. No Brasil, 193.
Parece simplista demais, mas não é. Em pesquisa recente, observou-se que na prin-
cipal cidade do país, São Paulo, apenas 31,5% dos entrevistados conheciam de fato o 
telefone de emergência do CB. 
Não é apenas o fato de conhecer ou não o telefone “193”. Esta questão envolve um dos 
principais fatores de sucesso no atendimento dos bombeiros, o “tempo resposta”, que se 
dá, desde o momento que o solicitante aciona os serviços dos bombeiros pelo “193”, até 
a chegada das guarnições ao local da ocorrência.
Quando um cidadão não conhece o telefone “193” e tenta acessar os bombeiros por ou-
tros meios, como telefones de prestação de serviço público (Polícia Militar, por exemplo), 
a partir daí, o tão almejado tempo resposta de quem necessita, já está se alongando.
Durante o atendimento nos Centros de Operações de Bombeiros, uma breve triagem é 
realizada para compreender as informações necessárias para o deslocamento dos bom-
beiros, tais como, natureza da ocorrência, presença ou não de vítimas,situação do local, 
presença de outros riscos, endereço correto etc.
Sendo assim, é necessário saber solicitar e, também, quais informações devem ser 
repassadas para o mais breve e adequado atendimento. Cabe ao Corpo de Bombeiros 
ensinar e orientar a população sobre tal procedimento. 
 o telefone de emergência do CB é 193.
 abordar sobre as situações em que o Corpo de Bombeiros deve ser acionado pelo 193.
 abordar sobre quais informações principais e relevantes o solicitante deve trans-
mitir ao atendente do Corpo de Bombeiros.
 abordar sobre a questão do trote e suas implicações para o CB, para quem de 
fato necessita dos serviços e para quem pratica o trote. 
Tópicos a serem abordados:
Acionando o Corpo de
Bombeiros - 193
9CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Afogamentos
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
As ocorrências de afogamento estão sempre presentes nas estatísticas do Corpo de Bombeiros de SP qualquer que seja o ambiente aquático. Além de rios, lagos e represas presentes no Estado de São Paulo, até 
mesmo piscinas, conta ainda, principalmente, com 650 km de costa litorânea, 
com mais de 300 praias frequentáveis, o que faz dessa modalidade de ocorrên-
cia ser uma constante e de caráter extremamente grave.
Quanto ao público infantil, segundo a Organização Criança Segura1, no Bra-
sil, os afogamentos representam a 2ª causa de morte e a 7ª em hospitalização, 
entre os acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saú-
de, em 2010, 1.184 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamentos, 
o que representa uma média diária de quase 3 óbitos. 
Para esse público e importante destacar que para uma criança que está co-
meçando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande 
risco. Assim elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes, 
banheiras e vasos sanitários.
 
 1 - ONG Criança Segura - Disponível em http://criancasegura.org.br/page/dicas-de-prevencao-afogamento
Público-alvo:
Principais riscos a serem abordados:
 Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banhei-
ras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes po-
dem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas 
a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água.
Pais e ou responsáveis por bebês
e crianças em fase de engatinhamento
10 CORPO DE BOMBEIROS
 Baldes, banheiras e piscinas infantis devem ser esvaziadas 
após o uso e guardados sempre virados para baixo e longe do al-
cance das crianças.
 Os vasos sanitários devem sempre estar fechados com a tampa, 
se possível lacrado com algum dispositivo de segurança “à prova de 
criança” ou a porta do banheiro trancada.
 Uma criança na banheira não deve em hipótese alguma ser aban-
donada nem que seja por segundos. Destacando-se os seguintes 
exemplos:
 Ao sair para pegar uma toalha, apenas 10 segundos são 
suficientes para que a criança dentro da banheira possa ficar 
submersa.
 Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes 
para que a criança submersa na banheira perca a consciência.
 Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa 
na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com 
danos permanentes no cérebro. 
 Deve-se evitar a água parada ou empoçada. Uma criança peque-
na pode se afogar em somente duas polegadas de água.
 Baldes, bacias grandes, latões com água são suficientes para 
causar afogamentos em crianças pequenas.
Público-alvo: Pais e ou responsáveis por crianças pequenas
Público-alvo:
Pais e ou responsáveis por
crianças pequenas
 As crianças devem ser estimuladas a aprender a nadar com instrutores 
qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou res-
ponsáveis não sabem nadar, devem aprender também.
11CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
 Os pais devem conhecer quais amigos ou vizinhos possuem piscina em 
casa e quando levar seu filho para visitá-los, devem certificar-se de que a 
piscina terá a supervisão de um adulto enquanto brinca na água.
 As crianças devem sempre ser orientadas a nadar acompanhado. Nadar 
sozinho é uma prática perigosa.
 As crianças não devem brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água 
ou simular que estão se afogando. 
Lagos e represas
Lagos e represas encontram-se, geralmente, localizados em regi-
ões ermas, pouco habitadas, de vastas dimensões e de difícil con-
trole e vigilância. São locais normalmente frequentados por mora-
dores da própria região, desprovidos de acesso a outros locais de 
lazer mais apropriados.
Tópicos a serem abordados:
 São locais potencialmente perigosos, pois são desprovidos da presença 
de guarda-vidas.
 Apresentam inúmeros riscos, muitas vezes desconhecidos e desper-
cebidos pelos que frequentam esses locais, tais como, pedras, galhos, bu-
racos, lodo, entulho, entre outros. Mergulhar ou saltar em represas podem 
oferecer sérios riscos de lesões, inclusive, permanentes.
 Por não haver, na maioria das vezes, fiscalização ou controle, muitos 
frequentadores abusam do consumo de bebidas alcoólicas. Nadar embria-
gado potencializa o risco de afogamento.
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12 CORPO DE BOMBEIROS
Piscinas:
São aparentemente mais seguras por serem locais com área res-
trita, podendo ser controladas em razão de cercas, profundidade 
limitada e presença de guarda-vidas nos casos de piscinas públicas 
ou clubes privados.
Tais circunstâncias, porém, não evitam os acidentes, basta o des-
cuido e desatenção e o afogamento acontece em um curto espaço 
de tempo, principalmente nas residenciais em que as crianças brin-
cam sem a supervisão de um adulto. É o tipo de afogamento predo-
minante em áreas urbanas. 
Tópicos a serem abordados:
 Pais ou responsáveis não devem deixar uma criança desacompanhada 
na água ou na área de piscina por qualquer razão e não devem se distrair 
por campainhas, telefonemas, tarefas ou conversações. 
 Se tiver que deixar a área de piscina, deve levar a criança consigo e ter 
a certeza de que a área da piscina ficou fechada e trancada.
 Quando não utilizada, os acessos à piscina devem ser mantidos fecha-
dos a toda hora e as chaves fora do alcance das crianças. 
 Piscinas em reforma ou ainda em construção devem ter, assim mesmo, 
seu acesso restrito às crianças.
 Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5m que não 
possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que 
dificultem o acesso dos pequenos.
 Pais e responsáveis devem ter consciência de que crianças de quatro 
e cinco anos podem arrastar uma cadeira facilmente e alcançar a parte de 
cima da porta e abrir as trancas.
13CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
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 Mesas, cadeiras e outros objetos não devem ser colocados perto de cer-
cas de piscina. Crianças podem usar estes objetos para escalar por cima da 
cerca. Sugere-se colocar toda a mobília de piscina dentro da área fechada 
da piscina onde será inacessível às crianças. 
 O portão deve ser checado regularmente para verificar que esteja tran-
cado com firmeza.
 Não se deve permitir que as crianças brinquem próximo à piscina. Re-
mova todos os brinquedos, triciclos, bicicletas ou qualquer coisa que uma 
criança poderia adquirir nas imediações e, acidentalmente, cair nela.
 Saiba quais os amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando seu 
filho for visitá-los, certifique-se de que será supervisionado por um adulto 
enquanto brinca na água.
 Bóias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança. 
Eles podem estourar ou virar a qualquer momento e ser levado pela corren-
teza. O ideal é usar sempre um colete salva-vidas quando próximos a rios, 
mares, lagos e piscinas.
 Instruções básicas de RCP e o número de emergência 193 devem estar 
disponibilizados visualmente na área da piscina.
 Equipamentos de salva-vidas, como bóias e cordas, devem ser manti-
dos em um poste, na área de piscina. Pendurados na cerca, não oferecerão 
risco das pessoas tropeçarem neles.
 Deve-se ter um telefone à mão na área dapiscina. Não se deve atender 
ao telefone enquanto crianças estiverem na piscina. O telefone só deve ser 
usado para chamar o serviço de emergência se um problema acontecer.
14 CORPO DE BOMBEIROS
Praias:
O Estado de São Paulo é detentor de uma costa litorânea de 650 
km, com mais de 300 km de praias frequentáveis, é o local de alta 
incidência de ocorrências e óbitos por afogamentos no Estado.
Esta condição obrigou o Corpo de Bombeiros a dispor de um Grupa-
mento de Bombeiros exclusivamente para o atendimento de ocor-
rências de afogamento e salvamento aquático em todo o litoral – o 
Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar)”.
É no período de dezembro a março (verão e alta temporada) que a 
incidência dos afogamentos aumenta substancialmente. Em razão 
disso o CB realiza anualmente a Operação Praia Segura, desde sua 
implantação em 2000.
Atualmente, na alta temporada, o litoral paulista chega a receber 
uma população flutuante de até 18 milhões de pessoas, impulsiona-
dos pela estabilidade econômica do país e pela ampliação e melho-
ria do sistema das rodovias Anchieta-Imigrantes.
Tópicos a serem abordados:
 Crianças se perdem com facilidade. Os pais ou adultos responsáveis 
devem mantê-las sempre no seu campo visual. Devem ainda providenciar 
e colocar uma pulseira com identificação e telefone de contato. Caso não 
disponha de pulseiras de identificação, elas podem ser fornecidas pelos 
Guarda-Vidas.
 Crianças perdidas devem ser encaminhadas a um posto de atendimento 
dos bombeiros mais próximo.
 Não se deve entrar na água imediatamente após as refeições. É acon-
selhável um período de 2 horas de espera.
15CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
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 Não se deve entrar na água, caso tenha ingerido bebidas alcoólicas.
 As placas de advertência, colocadas nas praias pelos bombeiros devem 
ser obedecidas, pois são indicativas de que aquele local há um perigo e ris-
co de vida, devendo-se ali, evitar o banho de mar.
 Deve-se evitar nadar perto de pedras e costeiras.
 Deve-se orientar para que não se nade nas chamadas áreas de “corren-
te de retorno”, que são locais que parecem um “corredor” onde as ondas não 
quebram e com a superfície d’água bastante turbulenta.
 Não se deve confiar em bóias, “espaguetes” e outros flutuadores, pois 
passam uma falsa sensação de segurança.
 Placas de advertência, orientações e avisos dos Guarda-Vidas devem 
ser obedecidos. 
16 CORPO DE BOMBEIROS
Acidentes e Incêndios
Domésticos 
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
Acidentes e incêndios domésticos são ocorrências frequentes. Nesses ambientes, obviamente, onde residem pessoas, reforça sobremaneira o interesse da Corporação na proteção da vida. As 
residências, no aspecto da proteção contra incêndios, estão desprovidas 
de normas e regulamentações, não havendo medidas profiláticas a serem 
cumpridas por força de legislação específica.
Tais ocorrências residenciais decorrem, quase sempre, por alguma 
conduta inadequada ou pela inobservância de algum simples procedimento 
de segurança. 
A média dos últimos cinco anos registra que os bombeiros atenderam 
aproximadamente 6.600 incêndios residenciais por ano.
Os fatores de risco nos incêndios residenciais são: a cozinha, as crianças, 
o armazenamento de produtos inflamáveis, sobrecarga e instalações elétricas 
inadequadas e os acidentes envolvendo botijão de gás de cozinha (GLP).
Os acidentes domésticos também são frequentes. Neste ambiente 
observam-se dois grupos de alto risco: as crianças e os idosos.
17CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Acidentes Domésticos
Grupo de risco – Crianças
Tópicos a serem abordados:
Berço e cercadinhos (bebês de 1 a 12 meses):
 Os únicos locais seguros para bebês sozinhos são os berços e os 
cercadinhos.
 Recém nascidos passam a maior parte do tempo dormindo, portanto seu 
local de descanso (o berço) deve ser o mais seguro possível:
 para um bebê dormir com segurança ele deve estar: no berço, 
sozinho e de costas.
 o berço deve ser forte e estável. Deve ser colocado longe de 
janelas e de cordas de cortinas ou persianas.
 o lençol do berço e o colchão devem caber de forma justa para 
evitar o aprisionamento ou asfixia do bebê.
 o espaço entre as barras do berço deve ser adequado para que 
não possibilite a criança prender a cabeça entre elas.
 
 no berço não deve ter nada além do bebê: bichos de pelúcia, 
almofadas ou travesseiros macios, brinquedos ou outros objetos 
devem ser retirados.
 deve-se evitar o uso de cobertores soltos, eles podem cobrir o rosto 
do bebê e dificultar sua respiração. Não se deve cobrir a cabeça do 
bebê com um cobertor ou embrulhar seu corpo de forma que limite 
seus movimentos ou que o deixe demasiadamente quente.
 não é recomendável decorar berços com objetos (fotos, colchas, 
decorações) com o uso de cordames ou fitas.
 bebês não devem dormir na cama dos pais, sofás, cadeiras ou 
almofadas.
Público-alvo:
pais, responsáveis ou babás:
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18 CORPO DE BOMBEIROS
 bebês não devem dormir com os pais na cama para que não 
corram o risco de serem asfixiadas pelos próprios pais ao se virarem 
durante o sono.
 caso a chupeta do bebê cair durante o sono, evite recolocá-la 
na boca da criança. Cordões de chupeta não devem ser longos 
suficientes para enroscar no pescoço.
Asfixia / Sufocamento: 
As crianças podem engasgar com pequenos objetos. Se algo 
é suficientemente pequeno para caber em um tubo de papel 
higiênico, não é seguro para crianças pequenas. 
 Todos os cômodos da casa devem ser vasculhados e todos os objetos 
pequenos recolhidos, como botões, moedas, jóias e pequenos brinquedos.
 Sacos plásticos, fios longos de telefone e travesseiros fofos demais 
podem ser, acidentalmente, sufocantes.
 Pequenos imãs soltos são perigosos, pois se mais de um for engolido, 
eles podem atrair-se no corpo e causar lesões graves ou mesmo a morte.
 Os pais devem ler os rótulos de todos os brinquedos antes de deixar 
seus filhos brincarem com eles. Deve ser verificado se a idade é adequada 
para o uso desse brinquedo. A etiqueta costuma indicar a faixa de idade 
apropriada.
 Os alimentos devem sempre serem cortados em pedaços pequenos, 
pois a mordida deles é muito pequena. As crianças devem comer sempre 
sentadas. 
 Cordames de cortina ou persianas não devem formar uma alça para 
serem tracionados. Neste caso devem ser cortados em dois pedaços e 
colocádos no alto, onde as crianças não possam alcançá-los.
19CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Quedas:
 As escadas devem estar providas de portões em suas extremidades.
 Crianças pequenas não devem tomar banho sozinhas, bem como, o box 
do banheiro deve estar provio de tapete antiderrapante.
 Crianças com menos de 6 anos não devem dormir na parte de cima de 
uma cama tipo beliche.
 Móveis não devem ficar próximos às janelas, principalmente no quarto 
de uma criança.
 Crianças pequenas devem ficar longe de janelas abertas.
Queimaduras:
 Orientar sobre os cuidados com banho quente, devendo testar-se 
sempre e, previamente, a temperatura da água com o dorso da mão. Para 
os bebês, o cuidado é redobrado, pois a pele é sensível.
 Pais ou responsáveis devem evitar beber líquido quente com crianças 
pequenas no colo.
 No veículo não devem ser transportadas no colo da mãe, no banco 
dianteiro. O transporte adequado para bebês é a cadeirinha no banco de 
trás, sempre com cinto de segurança.
 Crianças em fase de engatinhamento não devem permanecer na área 
da cozinha, principalmente quando há panelas no fogo.
 Na mesa de refeições, deve-se evitar o uso de toalhas compridas onde 
a criança possa puxar sobre si, arrastando panelas quentes e utensílios.
 Remédios e produtos de limpeza devem ser mantidos fora do alcance 
delas e trancados.
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20 CORPO DE BOMBEIROS
 As tomadas devem estar protegidas.
 Crianças de 1 a 2 anos são muito ativas e têm a necessidade de investigar, 
escalando,abrindo portas e gavetas, retirando coisas de armários e brincando 
com água. São ainda fascinadas pelo fogo e capazes de abrir a maioria dos 
recipientes, além de explorarem armários de louças, medicamentos, mesas de 
cabeceira, interior de guarda roupa, geladeiras, fornos, entre outros locais que 
reservam perigos. Observar de perto as crianças desta idade é essencial para 
evitar acidentes.
 Giletes, navalhas e outros objetos cortantes devem ser mantidos fora do 
alcance de crianças.
 Orientar sobre a necessidade de instalação de redes de proteção em 
janelas de sobrados e apartamentos.
 Crianças não devem brincar perto do fogão enquanto alguém cozinha, 
também não devem cozinhar se ainda não tem maturidade suficiente para isso. 
 Cabos das panelas devem estar virados para dentro do fogão para evitar 
que alguém esbarre neles acidentalmente, entornando líquidos quentes. 
 Crianças são curiosas. No caso de armas de fogo, devem estar 
desmuniciadas, cuidadosamente guardadas e trancadas longe de seu alcance. 
Acidentes Domésticos
Grupo de risco – Adultos
Quedas:
 Orientar para que sinalizem e evitem as áreas da residência que estejam 
sendo lavadas ou enceradas.
 Em pisos molhados, recomendar calçados adequados para evitar 
escorregões.
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Na Cozinha:
 Avental de plástico e roupas de nylon devem ser evitados quando estiver 
cozinhando.
 Panelas no fogo não devem ser abandonadas por tempo demasiado. 
 Panelas de pressão devem sempre passar por limpeza, principalmente 
na sua válvula de alívio. Elas não devem ser abertas até que todo o vapor 
seja antes liberado.
 Panelas com cabo frouxo também são perigosas e devem ser 
descartadas.
 Os cabos da panela, quando utilizados no fogão, devem estar voltados 
para o seu interior.
 Quando utilizar o fogão, dar preferência às bocas de trás.
 Ao utilizar um forno micro-ondas, use o “timer” com o tempo previsto 
para o cozimento ou aquecimento de cada tipo de alimento.
 Certificar-se que o tanque de lavar roupa está bem fixado.
 Evite subir em pias ou louças sanitárias para alcançar algo, utilize escadas 
apropriadas para tal tarefa. Para o uso de escadas móveis recomenda-se a 
participação de pelo menos mais uma pessoa para dar segurança.
 Reparos elétricos no lar somente com a energia desligada.
 Temperatura de chuveiro elétrico não deve ser ajustada com ele ligado 
e o corpo molhado.
 Fios elétricos desencapados devem ser substituídos.
22 CORPO DE BOMBEIROS
Acidentes Domésticos
Grupo de risco – Idosos
 Aconselhar o uso de tapetes antiderrapantes nos pisos molhados dos 
banheiros, bem como, fita antiderrapante na saída do box.
 Aconselhar a instalação de barras fixas no banheiro próximas ao vaso 
sanitário e ao chuveiro.
 Recomendar que o banho sentado previne a incidência de quedas.
 Em escadas, recomendar a instalação e o uso do corrimão e degraus 
com aplicação de piso ou fitas adesivas antiderrapante. Os espelhos dos 
degraus devem ter menos que 18,5 cm.
 Deve-se evitar o uso de “benjamins” para ligar vários aparelhos ao 
mesmo tempo. A preferência é pelo uso de “filtros de linha”.
 Objetos ou hastes metálicas não devem ser manuseadas próximas à 
fiação elétrica de postes.
 Produtos de limpeza e remédios devem estar bem identificados e 
não devem ser acondicionados em outras embalagens que não sejam as 
originais.
 Remédios fora de uso ou vencidos devem ser descartados no vaso 
sanitário.
 Ingestão acidental de qualquer produto ou remédio inadequado, consulte 
um médico o mais rápido possível.
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 Recomendar que não sejam colocados tapetes soltos na casa e, 
principalmente, nas escadas e nem capachos com mais de 3 cm de altura.
 Recomendar que todos os ambientes da casa sejam bem iluminados.
 Interruptores de luz sempre próximos às portas de entrada dos cômodos 
e no caso de escadas, próximos ao primeiro e último degraus.
 Recomendar a instalação de abajures ao lado da cama de fácil 
acionamento.
 Recomendar a instalação de uma extensão do telefone, próximo à cama.
 Evitar, se possível, muitos desníveis (degraus) entre os cômodos da 
casa.
 Evitar produtos de limpeza que deixem o piso escorregadio.
Incêndios Domésticos
Grupo de risco – Crianças
 Orientar as crianças sobre o que é o fogo, a sua aplicação e os riscos 
de incêndio, explosão e queimaduras.
 As crianças são mais vulneráveis à queimadura por ter a pele mais fina 
que adultos e têm habilidade reduzida para escapar do perigo.
 O fogo exerce uma forte atração. A "brincadeira" geralmente começa no 
quarto, quando estão sozinhos com fósforos ou isqueiros, e se transformar 
em um incêndio de grande proporção;
24 CORPO DE BOMBEIROS
 Orientar para que adultos e responsáveis coíbam intensamente a 
brincadeira com fósforos e isqueiros, bem como, produtos inflamáveis. Estes 
materiais devem ficar longe do alcance de crianças.
 As crianças que vivem em áreas rurais também correm riscos de sofrer 
incêndios residenciais devido ao uso de candeeiro e fogão a lenha.
 Orientar os adultos para que nunca acendam churrasqueiras com seus 
filhos próximos e nem tão pouco, permitam que participem dessa experiência.
 A criança deve ser ensinada:
 Que durante um incêndio, arrastar-se ou engatinhar-se abaixo da 
fumaça evitando a inalação e intoxicação.
 Que se deve tocar nas portas antes de abri-las. Se a porta estiver 
quente, utilizar outra saída alternativa.
 Para nunca voltar para um prédio ou casa em chamas por alguma 
razão qualquer, como um brinquedo, um animal ou para ligar para o 
número de emergência. A ligação para a emergência deve ser feita 
depois de deixar o edifício ou a casa.
 Para não se esconder dentro de armários, debaixo de camas, 
atrás de móveis ou em outros lugares em caso de incêndio. Deve-se 
sempre sair o mais rápido possível.
 Se pegar fogo nas roupas: "Pare, deite e role" de um lado para o 
outro rapidamente para extinguir as chamas.
 
 Caso a casa possua detectores de fumaça, as crianças devem 
conhecer o som do aparelho.
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Incêndios Domésticos
Grupo de risco – Adultos
 Acendedores sólidos são mais seguros do que o álcool líquido para 
acender churrasqueiras.
 Velas acesas em casa devem estar dentro de um recipiente maior que 
o seu comprimento.
 Recomendar a não deixar a casa desabitada com vela acesa.
 Velas não devem ser colocadas próximas à cortinas ou outros materiais 
combustíveis (moveis, toalhas, etc.).
 Em caso de falta de energia recomendar o emprego de lanternas ou 
luz de emergência portátil ao invés do uso de velas. Deve-se também ter 
sempre à disposição pilhas ou baterias de fácil acesso e em condições 
de uso.
 Produtos inflamáveis devem ser limitados ao máximo em uma residência 
e estocados em locais seguros e trancados, longe do alcance de fontes de 
calor e de crianças.
 Não recomendar o estoque de gasolina na residência.
 Acúmulo e estoque de materiais fora de uso na residência podem facilitar 
a propagação em caso de incêndio.
26 CORPO DE BOMBEIROS
Incêndios Domésticos
Grupo de risco – Fumantes
 O ferro de passar roupa deve somente estar ligado durante o seu uso.
 Muitos aparelhos elétricos ligados em uma só tomada oferecem risco de 
sobrecarga e incêndio. Ligações improvisadas devem ser evitadas.
 Promover e incentivar o hábito saudável de não fumar.
 Fumar em ambientes externos é mais seguro.
 Conscientizar a não fumar deitado na cama ou sentado no sofá quando 
estiver com sono.
 Cinzeiros profundos ou com água no fundo são mais seguros.
 Deve-se ter certeza que os cigarros dispensados estejam de fato 
apagados.
 Não se deve fumar enquanto manuseia produtos inflamáveis. 
27CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
 
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
As crianças são sempre uma preocupaçãoa mais na questão segurança, quer seja, dentro ou fora do lar. As crianças envolvidas em acidentes ou incêndios, sendo “causadoras inconscientes” ou não, tornam-se 
especialmente vítimas pela sua condição de indefesa e desconhecimento de 
riscos e suas consequências.
A curiosidade e o desconhecimento sobre o perigo são inerentes ao 
comportamento natural das crianças, sendo mais acentuado na faixa etária até 
10 anos. As crianças têm especial fascínio pelo fogo.
Os acidentes mais comuns envolvendo crianças são as queimaduras, 
quedas acidentais, choques elétricos, ingestão acidental de pequenos objetos, 
engasgamentos, ingestão de produtos de limpeza, de remédios e afogamentos.
Objetos, como caixas de fósforo e isqueiros, chamam à sua atenção como se 
fossem brinquedos.
Acidentes com Crianças -
Ambientes Externos
pais, responsáveis ou babás:
Tópicos a serem abordados:
Ambientes externos e Vias Públicas
 Não é aconselhável crianças com idade inferior a 10 anos estarem nas 
ruas desacompanhadas de um responsável. A supervisão de um adulto é 
vital até que a criança demonstre habilidades e capacidade de transitar em 
segurança nas vias públicas. Os adultos devem sempre segurá-las pela mão 
ou pelo pulso, enquanto estiverem caminhando na rua.
Público-alvo:
28 CORPO DE BOMBEIROS
 Acidentes podem acontecer a qualquer momento durante uma brincadeira 
no quintal ou na rua. A vigilância deve ser constante.
 Alertar para evitar o lazer em ambientes externos em que haja poços 
abertos ou próximos às construções ou obras.
 Pais e responsáveis devem saber sempre onde estão brincando.
 Orientar para jamais nadar em represas ou lagoas. Locais alagados por 
enchentes não são para lazer, a água e lama podem transmitir doenças e 
esconder outros perigos.
 Orientar para jamais escalar muros e grades, principalmente providos 
de lanças e outros obstáculos que possam causar sérias lesões.
 Havendo necessidade de atravessar uma rua deve-se ensinar as 
crianças a olharem para ambos os lados, respeitarem os sinais de trânsito 
e as faixas para pedestres e, antes de atravessar na frente dos veículos, 
manterem um contato visual com os motoristas para ter certeza de que são 
notadas.
 Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar para os lados - seja 
para pegar uma bola ou por qualquer outra razão. Correr precipitadamente 
para a rua é um enorme risco e a causa da maioria dos atropelamentos 
fatais com crianças;
 Entradas de garagens, quintais sem cerca, terrenos baldios, ruas ou 
estacionamentos não são locais seguros para o lazer das crianças.
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Balões e fogos de artifício
 Orientar e incentivar as crianças a não brincarem com fogos de artifício 
ou bombinhas.
 Orientar as crianças que a prática de soltar balões é proibido e que eles 
podem causam incêndios.
Brinquedos
A Organização Criança Segura relata, segundo o Ministério da 
Saúde, que somente em 2010, 99 crianças de até 14 anos morreram 
e 2.625 foram hospitalizadas vítimas de acidentes com bicicletas. 
As principais orientações a serem transmitidas:
 Promover o uso de equipamentos de segurança (capacete, luvas, 
joelheiras, etc.) para brincadeiras com bicicletas, patinetes, skates, etc. 
 O capacete deve ser confortável, nem apertado e nem solto, bem como, 
deve ter o selo do Inmetro como garantia de que passou por testes como 
brinquedo, pois não existem normas brasileiras de certificação de capacetes 
de bicicleta.
 Uma bicicleta apropriada deve permitir que os pés da criança alcancem o 
chão enquanto ela estiver sentada no assento da bicicleta. Sua manutenção 
deve estar em dia: os pneus devem estar firmes e devidamente cheios, 
os refletores devem estar seguros e bem presos, os freios funcionando 
perfeitamente e as marchas movendo-se com facilidade;
 Ruas e avenidas movimentadas não são locais seguros para andar de 
bicicletas, skates ou outros brinquedos sobre rodas.
 As crianças devem brincar em locais seguros, como parques, ciclovias e 
praças, fora do fluxo de carros e longe de piscinas e sacadas;
30 CORPO DE BOMBEIROS
Parquinhos
 Pais e responsáveis devem conhecer bem os parquinhos, onde as 
crianças brincam. Os equipamentos devem ser apropriados para a idade 
das crianças e não devem estar enferrujados, quebrados ou com superfícies 
perigosas. As não conformidades ou riscos devem ser Denunciados ao 
órgão responsável.
 O piso do parquinho, ao redor dos brinquedos, deve absorver o impacto, 
como um gramado, um piso emborrachado ou areia fina. Jamais deve ser 
instalado em piso de concreto ou pedra; 
 Crianças menores que 6 anos não devem brincar em aparelhos que 
exijam subida ou escalada.
 Crianças com cordões na roupa, cachecol, pulseiras, correntes, colares, 
correm perigos de ficarem presas em algo com risco de estrangulamento. 
 Crianças não devem ter um comportamento ou brincar de empurrar, 
dar encontrões e nem se amontoar. Mostre quais são os equipamentos 
apropriados para a faixa etária dela;
 Crianças menores que brincam em equipamentos destinados a crianças 
mais velhas têm mais chances de sofrer algum tipo de acidente. Elas 
devem estar sob constante supervisão de adultos durante a brincadeira no 
parquinho. 
 As quedas, lesões de grande ocorrência nos parquinhos, representam 
a principal causa de hospitalização por acidente de crianças de 1 a 14 anos 
no Brasil.
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Pipas
 A prática de soltar pipas deve ser incentivada desde que em locais 
abertos, longe de fiação elétrica e em dias que não haja risco de relâmpagos 
e chuvas fortes.
 As crianças devem ser orientadas que a prática de usar “cerol” para 
soltar pipas é proibida e perigosa e que seu uso pode causar sérias lesões 
e até a morte em outras pessoas.
 Lajes e telhados não devem ser utilizados como espaço para soltar 
pipas.
Em transportes públicos
 No metrô, ao aguardar o trem, sempre permanecer, com a supervisão 
de um adulto, atrás da linha amarela de segurança. 
32 CORPO DE BOMBEIROS
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
Os acidentes de trânsito são um dos maiores causadores de óbitos por trauma no país e a principal ocorrência atendida pelo serviço de Resgate do CB.
Estudos apontam que os gastos públicos com acidentes, principalmente os de trânsito, 
são severos. Em 2008 divulgou-se os dados dos custos dos acidentes de trânsito no Brasil, 
afirmando que seria maior do que 2007. O custo gerado pelos acidentes de trânsito no 
país, em maio de 2008 era de R$ 22 bilhões.
 
Acidentes de Trânsito
Tópicos a serem abordados:
Pedestre
 Tal como o motorista, o pedestre como cidadão, deve respeitar também as 
regras de trânsito, principalmente no tocante às sinalizações.
 Orientações sobre Travessia de ruas e avenidas.
 Uso de passarelas.
 Desembarque de ônibus e de veículos.
 Uso de calçadas.
 Uso de roupas claras (principalmente para aqueles que praticam corrida 
em vias públicas)
 Ao caminhar no acostamento de vias de grande fluxo de veículos, utilizar 
o sentido contrário da pista, para ser melhor visualizado.
33CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Ciclistas
 Orientações sobre uso de faixas de rolamento e a preferência do uso 
de ciclovias.
 Evitar o uso de calçadas.
 Uso de roupas claras, sinais refletivos e luminosos na bicicleta.
 Uso de EPI (capacete, luvas, etc)
Motoristas
 Sobre o respeito ao pedestre.
 Sobre o respeito ao motociclista e ciclista.
 Sobre o respeito às leis de trânsito.
 Uso do cinto de segurança (também no banco traseiro).
 Acomodação de crianças no banco traseiro.
 Acomodação de crianças pequenas em cadeiras especiais apropriadas.
 O risco de se utilizar o celular quando estiver dirigindo.
 O uso de DVD preferencialmente para os passageiros do banco de trás.
 Risco de ingestão de bebidas alcoólicas.
 Sobre a importância da manutençãopreventiva no veículo.
 Sobre a atenção redobrada em vias onde há crianças brincando.
 Sobre a importância de se verificar periodicamente os itens de segurança 
do veículo. 
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34 CORPO DE BOMBEIROS
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência de ascensão destacada
Esse é um caso típico de ocorrência que vem em uma crescente nos últimos anos, em especial na cidade de São Paulo, e que requer uma atenção especial para a realização de campanhas prevencionistas.
 
A cidade de São Paulo tem hoje um dos piores problemas urbanos existentes nas gran-
des cidades e metrópoles, o trânsito intenso de veículos.
 
Em 2008, a frota de veículos da cidade de São Paulo atingia a expressiva marca de 
6 milhões de veículos. A frota cresce em ritmo impressionante. De março de 2007 a 
março de 2008, o número de veículos em São Paulo subiu 6,7%, o que significou uma 
proporção quase 16 vezes maior que o ritmo de crescimento da população de São Paulo 
(0,41% ao ano em 2006 e 2007, segundo a Fundação SEADE).
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) por sua vez, considerou que a infra-
-estrutura urbana, com a quantidade de ruas e avenidas, aumentou apenas 6%, enquan-
to nos últimos dez anos, o total de veículos aumentou 25%, o que torna cada vez pior o 
trânsito de São Paulo.
A vida comercial da cidade e a relação de tempo e dinheiro, fez cada vez mais, o 
número de prestadores de serviço empregarem motociclistas para agilização de suas 
demandas profissionais. O número de motos na cidade de São Paulo triplicou em dez 
anos, passando de 2,9% da frota em 1993 para 10,5% em 2003. Somente em 2006, o 
Detran-SP, registrou 550 mil motocicletas.
 
No Brasil, são cerca de 10 milhões de motocicletas, sendo 2,5 milhões de moto 
fretes. Somente entre janeiro e julho de 2008, foram colocadas 800 mil novas moto-
cicletas nas ruas. 
Diz ainda o artigo, que cerca de 1500 motos circulam por hora entre os carros da capital 
paulista e mais grave ainda, muitos dos condutores estão no mercado informal, sem CLT, 
assistência médica ou seguro de vida, representando, assim, um enorme gasto público 
em razão dos acidentes.
Em novembro de 2008, dados apontam que o número de motociclistas mortos no trân-
sito aumentou 20% desde 1990. O estudo inédito é do Ministério da Saúde. 
Acidentes de Trânsito
com Motociclistas
35CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Tópicos a serem abordados:
 Orientações sobre o uso do capacete, com proteção integral de face e 
queixo, com viseira ou óculos de proteção.
 Sobre os riscos de se fumar dirigindo e com capacete.
 Sobre o uso de calçados apropriados.
 Sobre o respeito com os pedestres e com os motoristas.
 Sobre o respeito aos semáforos e leis de trânsito
 Sobre os riscos de ultrapassagens pela direita e mudanças bruscas de 
faixa de rolamento.
 Sobre os riscos de seguir carros de emergência e transitar em faixas de 
ônibus.
 Sobre nunca conduzir uma moto com mais de duas pessoas, principal-
mente crianças.
 Sobre os cuidados e dispositivo de segurança contra “cerol”.
 Abordagem sobre o número elevado de ocorrências e óbitos de motoci-
clistas.
 Abordagem sobre a vulnerabilidade do motociclista em um acidente. 
 
Em 1990, os números giravam em torno de 300 óbitos, em 2006 saltaram 
para pouco menos de 7 mil. Os perfis das vítimas, segundo os dados do estudo 
Saúde Brasil 2007, são jovens, entre a faixa etária de 15 a 39 anos, principal-
mente, entre 20 e 29 anos e moradores de municípios com menos de 100 mil 
habitantes nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste.
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36 CORPO DE BOMBEIROS
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
Ocorrências com animais peçonhentos ocorrem todo o ano e recentemente dei-xou de ser uma ocorrência predominantemente em ambiente rural, sendo co-mum em áreas de urbanas de média e grande concentração populacional, face 
à ocupação humana desordenada e degradação do ambiente nativo de espécies varia-
das de animais e insetos, inclusive os peçonhentos.
Dependendo da espécie, uma picada pode tornar-se extremamente grave, com risco 
de morte, caso o socorro seja inadequado e demorado. No Brasil, há uma diversidade 
enorme de animais e insetos peçonhentos e cada vez mais, há uma mescla do ambiente 
deles com o nosso.
Acidentes com
Animais Peçonhentos
 Abordar sobre a variedade de animais e insetos peçonhentos predomi-
nantes no Estado de São Paulo: serpentes, aranhas, escorpiões e outros in-
setos, através de fotos detalhadas e em vários ângulos, além de ilustrações.
 Caracterização e diferenciação de animais peçonhentos e não-peço-
nhentos.
 Abordar sobre comportamento de cada um deles: ambientes preferidos, 
períodos de atividade e alimentação.
 Importância da limpeza de ambientes como quintais, jardins, risco do 
acúmulo de entulho e lixo na residência.
 Vedar possíveis acessos de aranhas e escorpiões para o interior da resi-
dência (soleiras, telas, ralos, etc.).
 Vedar sacos de lixo e evitar o seu acúmulo, pois reúnem insetos que são 
alimentos para aranhas e escorpiões.
Tópicos a serem abordados:
37CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
 Em ambientes propícios a aranhas e escorpiões, cuidado com roupas de 
cama, toalhas, veste e calçados.
 O uso de calçados de cano longo e luvas ao manusear jardins, lenha e 
materiais de construção.
 Acidentes - caracterização dos sintomas (fotos das lesões).
 Difundir formas de contato com Instituto Butantã e o seu Hospital Vital 
Brasil (Fone: 0xx11-
 Abordar sobre o papel ecológico das espécies.
Serpentes
 Abordar sobre as principais espécies encontradas no Estado de São 
Paulo – características físicas e hábitos.
 Diferenças entre cobras peçonhentas e não peçonhentas.
 Ao se deparar com uma cobra, tratá-la sempre como se fosse peçonhen-
ta e não manuseá-la se não tiver confiança para isso.
 Prefira sempre a captura (com segurança) ao invés de matá-la. 
 Abordar sobre o condicionamento seguro de cobras capturadas e o envio 
ao Instituto Butantã.
 Primeiros socorros.
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38 CORPO DE BOMBEIROS
São três os gêneros de
aranhas de importância
médica no Brasil:
ARANHA MARROM (Loxosceles): é 
importante causa de acidentes na região 
Sul. A aranha provoca acidentes quando 
comprimida; deste modo, é comum o aci-
dente ocorrer enquanto o individuo está 
dormindo ou se vestindo, sendo o tronco, 
abdome, coxa e braço os locais de pica-
da mais comuns.
ARMADEIRA (Phoneutria) – também 
conhecida como "aranha-da-banana", 
"aranha-macaca"): a maioria dos aciden-
tes é registrada na região Sudeste, prin-
cipalmente nos meses de abril e maio. É 
bastante comum o acidente ocorrer no 
momento em que o indivíduo vai calçar o 
sapato ou a bota.
VIÚVA NEGRA (Latrodectus): en-
contradas predominantemente no litoral 
nordestino, causam acidentes leves e 
moderados com dor local acompanhada 
de contrações musculares, agitação e 
sudorese.
As aranhas caranguejeiras e as tarân-
tulas, apesar de muito comuns, não cau-
sam envenenamento. As que fazem teia 
áreas geométricas, muitas encontradas 
dentro das casas, também não oferecem 
perigo.
Os escorpiões de importância médica 
estão distribuídos em todo o país, cau-
sam dor no local da picada, com boa evo-
lução na maioria dos casos, porém crian-
ças podem apresentar manifestações 
graves decorrentes do envenenamento.
 Ao se deparar com aranhas e es-
corpiões, não manuseá-los se não tiver 
confiança para isso.
 Prefira sempre a captura (com 
segurança) ao invés de matá-los, em 
caso de acidentes com eles, para en-
caminhamento ao Instituto Butantã ou 
hospital para auxiliar na identificação 
da espécie. 
 Abordar sobre o condicionamento 
seguro de aranhas e escorpiões.
Primeiros socorros para
acidentes com serpentes
 Hidratar a vítima com pequenos 
goles de água;
 Elevar o local afetado;
 Levar a vítima imediatamente ao 
serviço de saúde mais próximo;
 Não cortar ou furar o local da 
picada;
 Nãofazer torniquete;
Primeiros socorros para
acidentes com aranhas e
escorpiões
 recomenda-se fazer compressas 
mornas e analgésicos para alívio da 
dor até chegar a um serviço de saúde 
para as medidas necessárias e avaliar 
a necessidade ou não de soro. 
Aranhas e escorpiões
 As principais espécies encontradas no Estado de São Paulo – carac-
terísticas físicas e hábitos:
39CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência sazonal
São ocorrências tipicamente brasileiras, impulsionadas por força cultu-ral e folclórica. O balão de festa junina se faz presente no contexto cultural e das artes populares do Brasil. Segundo consta, sua origem 
é portuguesa, com raízes religiosas no cristianismo. Embora a descoberta do 
balão impulsionado por ar quente seja proveniente das terras chinesas, chegou 
à Europa pela Itália, nas mãos do famoso navegador Marco Polo. No Brasil, a 
prática do balão, foi trazida pelos portugueses, por volta de 1583, sendo mais 
praticados entre os meses de maio a agosto.
 
Desde então, é presença marcante em festas religiosas dedicadas a São Pe-
dro e São João. Há muito tempo, os inofensivos e pequenos balões de seda, 
presentes exclusivamente nas festas juninas, dão hoje lugar, a balões de di-
mensões grandiosas, verdadeiras obras de engenharia e de forma mais perigo-
sa ainda, carregados com quantidade considerável de fogos.
 
As festas juninas já não são o motivo exclusivo para a sua prática. Campeo-
natos de futebol e Copas do Mundo são razões mais do que suficientes, para 
que se façam presentes e ameaçadores no céu, colocando em risco aeronaves, 
casas, indústrias, florestas, etc. A gravidade desta prática mereceu dos legisla-
dores, em 1998, uma lei ambiental nacional, tornando-a criminosa:
Balões e Fogos de
Artifício
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40 CORPO DE BOMBEIROS
Tópicos a serem abordados: 
 
Balões
 Abordar sobre Lei Ambiental que tipifica os atos de fabricar, vender, 
transportar e soltar balões como crime:
Legislação de Direito Ambiental - Lei nº 9.605 de 12 de Fevereiro de 1998.
[...] Art.42 – Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que pos-
sam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegeta-
ção, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento huma-
no. Pena detenção de um a três anos ou multa ou ambas as penas 
cumulativamente.
 Balões causam incêndios e mortes.
 Balões ameaçam o tráfego aéreo, colocando em risco aeronaves.
 Balões ameaçam o meio ambiente.
 Fabricação, comércio, transporte e soltura de balões devem ser denunciados 
pela sociedade. Abordar que atualmente é possível realizar denúncias anônimas.
Fogos de artifício:
 Crianças não devem ser incentivadas a brincar com fogos. Caso contrá-
rio, apenas com supervisão dos pais e responsáveis e com fogos de baixís-
simo poder ofensivo, adequados à idade da criança.
 Não se devem transportar fogos junto ao corpo ou em bolsos das vestes.
 Fogos só devem ser adquiridos em casas comerciais credenciadas, que 
vendam produtos em conformidade com a lei e em embalagens originais de 
fábrica, certificados e com rótulos de orientação de manuseio.
 Fogos que indiquem que sua fabricação é de origem artesanal ou ama-
dora não devem ser adquiridos.
 Casas comerciais que comercializam fogos de forma suspeita e que indi-
cam fabricar fogos artesanalmente devem ser denunciadas a órgãos policiais 
e à Prefeitura local. 
41CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente
Elevadores
Tópicos a serem abordados:
O que NÃO se deve fazer
 Puxar a porta do pavimento sem a presença da cabine no andar.
 Apressar o fechamento das portas.
 Apertar várias vezes o botão de chamada ou chamar vários elevadores 
ao mesmo tempo.
 Fumar dentro do elevador.
 Fazer movimentos bruscos dentro do elevador.
 Lotar o elevador com peso acima do permitido. Os elevadores possuem 
um limite de capacidade de carga e passageiros. Respeite os limites previs-
tos no interior da cabine. Excessos são perigosos.
 Bloquear o fechamento das portas com objetos.
 Crianças devem usar o elevador com segurança e sempre acompanha-
das. O elevador não é lugar de brincadeira, portanto não se deve:
 apertar os botões desnecessariamente.
 pular ou fazer movimentos bruscos dentro da cabine.
 colocar as mãos na porta.
 Sempre que o elevador estiver fora de operação por qualquer motivo, 
o responsável pela edificação deverá providenciar o bloqueio do acesso ao 
elevador e um aviso a respeito.
 Nunca é demais lembrar que, em caso de incêndio, não utilize os eleva-
dores. O abandono do edifício deve ser feito sempre pelas escadas.
42 CORPO DE BOMBEIROS
 Em situações de emergência é importante manter a calma e não entrar 
em “PÂNICO”
 Os elevadores podem parar entre os andares, devido a problemas de 
ordem técnica ou por falta de energia elétrica, nessa situação é importante 
que os ocupantes:
 Mantenham a calma, pois apesar da situação, os ocupantes esta-
rão seguros na cabine e a situação será momentânea.
 Acionar o botão de alarme e/ou utilizar o interfone para pedir ajuda.
 Solicitar que chamem o zelador e, se necessário, a empresa con-
servadora ou o Corpo de Bombeiros (Tel. 193).
 Aguardar com calma o socorro e não tentem em hipótese alguma 
tentar sair da cabine por conta própria, tentando a abertura forçadas 
das portas. Jamais tente sair por qualquer abertura entre pisos. O 
elevador pode voltar a funcionar no momento em que você estiver 
saindo.
Orientações Básicas:
 Antes de entrar, verificar se a cabine do elevador está no andar. Falhas 
mecânicas permitem, às vezes, que a porta abra sem a presença do eleva-
dor, o que já provocou muitos acidentes fatais.
 Aguardar a vez para entrar no elevador e sair dele devagar. Aguardar os 
ocupantes que estejam saindo.
 Observar se não há degraus, ao entrar no elevador e ao sair dele, pois 
eles podem se formar quando ele não para no mesmo nível do pavimento por 
algum desajuste técnico. 
43CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência sazonal
Enchentes
Tópicos a serem abordados:
Antes das chuvas em sua residência:
 Não deixe crianças trancadas em casa desacompanhadas;
 Ao receber informações de que ocorrerá chuvas na sua região, tome as 
providências para se manter seguro.
 Mantenha sempre à disposição água potável, roupas e medicamentos 
caso tenha que abandonar imediatamente sua residência;
 Caso sua residência esteja localizada sabidamente em área de risco de 
inundação, previna-se guardando documentos e valores em um saco plásti-
co bem fechado e em local protegido;
 Tenha sempre em mente uma rota de fuga e um local previsto para você 
e sua família abrigarem-se com segurança durante a inundação. Ao menor 
sinal de inundação, procurar sair imediatamente para ruas ou andares mais 
altos. Não espere por instruções específicas para se mover, pois o tempo 
correrá contra;
44 CORPO DE BOMBEIROS
 Desconecte aparelhos elétricos das tomadas para evitar curto-circuítos, 
bem como, não os utilize após terem sido molhados;
 Feche o registro de entrada de água para preservar a tubulação do con-
tato com água contaminada ou imprópria;
 Retire, se possível, todo o lixo e coloque-o em áreas livres de inundação;
Ações preventivas e comunitárias:
 Jogue o lixo no lixo. Não dispense em ruas, córregos, terrenos baldios 
e, principalmente, bueiros, para não obstruir a água;
 Entulhos, troncos, resto de móveis não devem ser dispensados em rios, 
córregos ou canalizações;
 Limpe frequentemente o telhado e canaletas de água para evitar entu-
pimentos;
Durante as inundações:
 Não permita que seus filhos brinquem nas enxurradas ou nas águas dos 
córregos, pois elas podem facilmente serem carregadas pela correnteza ou 
ainda, contrair graves doenças como hepatite e leptospirose;
45CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
 Quando bombeiros, policiais ou agentes de defesa civil alertarem para 
sair de sua residência não hesite em obedecer de imediato;
 Na situação de emergência,nunca retorne à sua casa para retirar algum 
material ou documento. Salve e proteja sua vida e de seus familiares. Aguar-
de o final da inundação e peça ajuda à Defesa Civil ou Corpo de Bombeiros;
 Caso resida ou trafegue em áreas passíveis de inundação, esteja aten-
to às notícias de rádio, TV ou internet para obter informações antecipadas 
sobre o problema;
 Desligue a energia elétrica na caixa de força de sua casa: a água pode 
conduzir eletricidade e provocar choques elétricos em pessoas e animais. 
Não toque em equipamentos elétricos se tiver descalço ou com os pés mo-
lhados;
 Evite caminhar pela água: com apenas dez centímetros de profundida-
de, uma enxurrada pode fazer uma pessoa cair e ser carregada;
 Caso seja inevitável andar na água, caminhe por onde haja menos cor-
renteza e use uma vara, um cabo de vassoura, um rodo invertido ou qual-
quer outra haste rígida para verificar se o solo a sua frente é firme e raso;
 Não ande descalço, a água pode esconder objetos que podem causar 
lesões ou ferimentos graves;
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46 CORPO DE BOMBEIROS
Cuidados com a água de consumo e alimentos
 Evite o contato e a ingestão, mesmo que involuntário de água de en-
chente ou de inundação;
 Não beba água ou consuma alimentos que estiveram em contato com as 
águas da inundação. Lave os alimentos com água limpa e hipoclorito.
 Dirigindo durante as inundações. 
 Não dirija em áreas inundadas: procure sempre uma alternativa de ca-
minho mais seguro. Caso a água comece a tomar a rua e for possível aban-
donar o carro com segurança, abandone-o e abrigue-se em lugares altos e 
secos. Permanecer no veículo é um risco grave e desnecessário.
 Esteja atento às emissoras de rádio com as informações importantes 
sobre o trânsito, pontos alagados e locais a serem evitados;
 Vinte centímetros de profundidade são suficientes para a água chegar 
ao assoalho do seu carro, podendo causar perda de controle, se o carro 
estiver em movimento, ou ainda, podendo danificar seu veículo, fazendo-o 
parar. Na dúvida, não arrisque.
 Apenas meio metro de profundidade de água são suficientes para fazer 
um carro flutuar.
 Um metro de profundidade de água é o suficiente para carregar a maio-
ria dos veículos, inclusive caminhonetes e utilitários esportivos.
47CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Após a inundação.
 Retire animais mortos e limpe os escombros e lama deixados pela 
inundação;
 Lave e desinfete os objetos que tiveram contato com as águas da 
enchente;
 Retire todo o lixo da casa e do quintal e o coloque para a limpeza 
pública;
 Verifique se sua casa não corre o risco de desabar, em caso de dúvida, 
solicite uma vistoria da Prefeitura ou da Defesa Civil;
 Raspe toda a lama e o lixo do chão, das paredes, dos móveis e 
utensílios;
 Cuidado com animais que costumam aparecer em razão das enchentes: 
aranhas, cobras e ratos, principalmente ao movimentar objetos, móveis e 
utensílios.
 Cobras e outros animais venenosos costumam procuram refúgio em 
lugares secos. Tome cuidado.
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48 CORPO DE BOMBEIROS
Raios
 Embora as chances sejam pequenas, os relâmpagos podem atingir pes-
soas. No Brasil, a média de pessoas mortas, direta ou indiretamente por 
raios é de 100 pessoas.
 Durante uma tempestade deve-se evitar sair de casa e não permanecer 
nas ruas ou em áreas abertas.
 Deve-se evitar abrigos isolados como árvores, quiosques, tendas,etc.
 Deve-se evitar utilizar telefones com fio.
 Para evitar a queima de aparelhos elétricos ou eletrônicos, os mesmos 
devem estar desconectados da tomada ou se preferir, utilizar filtros de linha.
 Deve-se evitar ficar próximo a objetos metálicos, como torneiras, esqua-
drias, grades, etc.
49CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
 Na rua deve-se evitar:
 utilizar celular ou outros aparelhos de comunicação.
 segurar objetos metálicos longos, como tripés, varas de pesca, 
guarda-chuvas, etc.
 ficar próximo à estruturas altas como árvores, postes, antenas,etc.
 ficar próximo a cercados de arame, varais de metal, trilhos, linhas 
telefônicas e de energia elétrica.
 permanecer em locais altos e isolados, bem como, descampados.
 ficar mais alto do que o que está a sua volta. Raios procuram os 
pontos mais altos.
 Na praia ou na piscina não se deve permanecer na água, na areia ou 
em barcos, botes ou jangadas.
 Ficar em carros ou ônibus é seguro, pois a carcaça metálica distribui a 
carga, que centelha para o solo e se dissipa. Não se deve, porém, tocar em 
nenhuma parte metálica, ligar ou rádio ou descer logo em seguida.
 Deve-se evitar andar de trator, moto, bicicleta ou a cavalo.
 Permanecendo em local de risco, a melhor posição é agachado, com as 
mãos nos joelhos e a cabeça entre eles. Desse modo, reduz-se as pontas e 
as chances de atrair o raio. 
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50 CORPO DE BOMBEIROS
Extintores
Tópicos a serem abordados: 
 Abordar sobre as classes de incêndio: A, B, C e D.
 Abordar sobre os métodos de extinção de incêndio: retirada de material, 
abafamento e resfriamento.
 Abordar sobre a identificação dos vários tipos de extintores e suas apli-
cações: Pó Químico Seco para classes ABC, água pressurizada, CO2 e Pó 
Químico Seco (PQS) e Pó Químico Especial.
 (recomenda-se a exposição de cada um deles, destacando as suas di-
ferenças básicas e formas de identificação)
 Abordar de forma prática a utilização do extintor, empunhadura, aproxi-
mação, retirada de lacre e acionamento. 
 Abordar sobre a distribuição e disposição dos extintores em uma edifi-
cação (visibilidade), sinalização e manutenção (recarga).
 Destacar sobre a eficácia dos mesmo, abordando sobre o emprego e 
funcionalidade dos extintores somente em princípios de incêndio. 
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: modelos de extintores.
51CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente 
O uso do GLP, por meio dos botijões de 13 kg, é cor-rente nas residências unifamiliares e comunidades carentes. O seu manuseio de forma inadequada, má 
instalação, mau estado de conservação do botijão e acessórios 
de má qualidade, favorecem a incidência de acidentes, muitas 
vezes de proporções graves, decorrendo deles explosões e in-
cêndios, com vítimas graves e fatais.
Uma das principais causas dos acidentes com o GLP é o mau 
estado de conservação dos botijões, muitos deles já fatigados.
GLP – Gás Liquefeito
de Petróleo
Tópicos a serem abordados:
 Esclarecer que o GLP é um produto altamente inflamável, 
por isso incendeia-se com extrema facilidade ao ficar próximo 
de chamas, brasas ou faíscas.
 Quando estiver vazando em um ambiente fechado e por 
ser mais pesado que o ar, irá acomodar-se próximo ao chão.
52 CORPO DE BOMBEIROS
 O simples ato de acionar um interruptor de luz é suficiente para provocar 
uma explosão ambiental, em virtude da faísca interna produzida pelo seu 
acionamento.
 Os vazamentos mais comuns são na mangueira, no regulador de pres-
são ou devido ao apagamento involuntário das chamas no fogão.
 Orientar para a necessidade de uma inspeção prévia das condições do 
botijão quando adquiri-lo Recomendar que se compre apenas de fornecedo-
res credenciados, evitando assim a aquisição de fornecedores e produtos 
clandestinos.
 Ao adquirir o botijão não deve estar amassado, enferrujado e o seu lacre 
não deve estar rompido.
 Mangueira e regulador de pressão devem possuir a identificação do 
INMETRO (NBR) gravados. Não se deve adquirir produtos similares sem 
certificação.
 A mangueira deve possuir no máximo 1,25 m de comprimento, ser trans-
parente com uma tarja amarela e gravação da certificação “NBR 8613”.
 O regulador de pressão deve constar a gravação da certificação 
“NBR 8473”.
 A conexão da mangueira com o fogão e com o botijão deve ser feito por 
meio de abraçadeiras e jamais improvisar com arames, fitas, etc.
 O botijão deve sempre ser instalado de pé e em local permanentemente 
53CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
ventilado, de preferência do lado de fora da residência, bem 
como, longe de ralos e grelhasde escoamento de água.
 Vazamentos de GLP não devem ser testados com fósforos. 
Abordar sobre a importância da substância que dá o odor ca-
racterístico do GLP.
 Abordar sobre a forma correta de acender um fogão.
 Abordar sobre a forma correta de proceder a troca de um 
botijão.
 Abordar sobre os procedimentos em caso de vazamento de 
GLP sem fogo e com fogo.
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: modelo de bo-
tijão de 13Kg e 2 Kg (em corte ou não), exemplares de 
mangueiras corretas e não corretas, regulador de pressão 
e abraçadeiras. 
Obs. Demonstrações com GLP somente em áreas livre e dis-
tância segura da platéia. Não é recomendada a participação de 
crianças em práticas de manuseio com GLP.
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54 CORPO DE BOMBEIROS
TIPIFICAÇÃO – Ocorrência recorrente 
Tópicos a serem abordados: 
Incêndios em
Vegetação
Fumantes
 Risco de dispensar bitucas de cigarro acesas pela janela do veículo em 
rodovias.
Agricultores e comunidade rural
 Orientar sobre o que é um aceiro, como se faz e sua manutenção.
 Incentivar a formação de planos de prevenção e combate a incêndio na 
comunidade local.
 Incentivar a manutenção de pequenos cursos d’água e formação de pe-
quenos açudes, como fonte de recurso de água para combate a incêndios.
 Orientar sobre os riscos de práticas religiosas nas matas (uso de velas).
 Orientar sobre a prática de fogueiras sem supervisão integral.
 Orientar sobre a prática de queima de área de plantação para preparo 
do solo sem controle e supervisão integral.
Concessionários de rodovias e ferrovias
 Redução de material combustível (vegetação seca) das margens de 
rodovias e ferrovias.
 Promover sinalização sobre risco de incêndio florestal às margens da 
rodovia e difusão de um telefone para contato de emergência. 
55CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Ensinar noções de primeiros socorros a leigos, não deve ter o propósito de formar ou capacitar socorristas pro-fissionais. O seu foco, como bombeiro educador, é con-
duzir as mensagens que tenham por finalidade única auxiliar 
uma pessoa quando que se depara com uma emergência e, 
assim que acione o serviço de socorro de ambulância ou de 
bombeiros, possa adotar um procedimento correto e rápido, a 
fim de minimizar as lesões ou estabilizar uma vítima até a che-
gada do socorro adequado.
Noções de Primeiros
Socorros
Tópicos a serem abordados:
 Orientar que independente do trauma ou lesão que se de-
pare, deve-se acionar o serviço de emergência adequado, an-
tes de iniciar qualquer procedimento – (SAMU -192 / BOMBEI-
ROS 193).
 Em qualquer situação, a calma é fundamental.
56 CORPO DE BOMBEIROS
Queimaduras
 Abordar sobre os casos mais frequentes de queimaduras em acidentes 
domésticos ou no trabalho.
 Abordar sobre os tipos de queimaduras e sintomas.
 Abordar sobre os principais procedimentos a serem aplicados:
 Isolar áreas queimadas de estímulos exteriores, combatem a dor 
e evita infecção. Recomenda-se compressa de gazes umedecidas.
 Bolhas não devem ser furadas e nem roupas aderidas devem ser 
arrancadas.
 Pomadas anti-sépticas ou anestésicas devem ser evitadas, assim 
como, supostas medicações caseiras, tais como: folhas de bana-
neira, pó de café, pasta de dente, fuligem, etc. Soluções caseiras 
aumentam a possibilidade de contaminação das lesões.
 
 Para compensar a perda de água, recomenda-se à vítima grande 
quantidade de líquidos (sucos em geral) açucarados e temperados 
com um pouco de sal.
 
 Para queimaduras nos olhos, gaze embebida em água ou soro 
fisiológico.
 Queimaduras não dispensam os cuidados e supervisão de médi-
cos. Ao contrário, quanto mais cedo se buscar socorro especializa-
do, mais chances o acidentado terá de se recuperar.
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: gazes, faixas,
ilustrações didáticas dos tipos de queimaduras e procedimentos
57CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Asfixia e parada cardíaca
 Abordar sobre os casos mais comuns de asfixia.
 Abordar sobre as principais causas e sintomas da asfixia. 
 Abordar sobre a necessidade primeira de acionamento de socorro es-
pecializado.
 Abordar sobre as situações de emprego de RCP e suas técnicas de 
aplicação.
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: bonecos para treinamen-
to de RCP.
Engasgo
 Abordar sobre as causas mais comuns em adultos e crianças.
 Abordar sobre a necessidade primeira de acionamento de socorro es-
pecializado.
 Abordar sobre as técnicas de desengasgo em adultos, crianças e bebês.
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58 CORPO DE BOMBEIROS
 Abordar sobre as técnicas de desobstrução de corpos estranhos em 
nariz de crianças.
 Abordar sobre as técnicas de desobstrução de líquidos, substâncias 
pastosas ou vômitos em crianças.
Reanimação Cardiopulmonar – RCP
 Abordar sobre as principais causas do infarto.
 Ensinar os procedimentos de análise primária.
 Explicar o protocolo de RCP, para 1 e 2 socorristas (nº de compressões 
x nº de ventilações).
 Abordar de forma prática o posicionamento, manobra e execução corre-
ta de massagem cardíaca.
 Abordar de forma prática o posicionamento, manobra e execução cor-
reta da ventilação.
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: bonecos para
treinamento de RCP.
59CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Hemorragia
 Abordar sobre o uso de EPIs e prevenção de contágio em mucosas, 
pele e olhos.
 Abordar sobre as técnicas e recursos para tamponamento em hemorra-
gias externas.
 Abordar sobre a limpeza e desinfecção de escoriações.
 Detecção, sintomas e tratamento de hemorragias internas.
Fraturas
 Definição de fraturas e abordagem sobre o sistema esquelético humano 
e seus principais ossos.
 O reconhecimento e sinais de uma fratura.
 Tipos de fratura: fechada, exposta, alinhada e desalinhada.
 Formas de contenção de hemorragia em fraturas.
 Abordagem prática sobre formas de imobilização em membros inferio-
res e superiores.
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60 CORPO DE BOMBEIROS
 Explicação e demonstração de recursos materiais para imobilização 
(materiais improvisados e específicos).
RECURSOS AUXILIARES INDICADOS: talas fixas, flexíveis, ban-
dagens, panos triangulares e outros materiais utilizados para imo-
bilização. Display ou painel com ilustrações sobre imobilizações.
Desmaios
 Definição e causas prováveis.
 Sinais e sintomas.
 Protocolo de atendimento (o que se deve fazer e o que não se deve fazer)
Crises convulsivas
 Definição e causas prováveis.
 Sinais e sintomas.
 Protocolo de atendimento (o que se deve fazer e o que não se deve 
fazer) 
61CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Incêndios em edificações elevadas promovem pânico e desespero em seus ocupantes. O fator primordial para redução de vítimas nesses casos é pro-mover a saída segura da edificação. Isto se faz com planejamento e trei-
namento.
O papel desempenhado pelas brigadas de incêndio é fundamental, pois cabe-
rá aos seus integrantes orientar a saída ordenada e calma de todas as pessoas. 
Rapidez na informação sobre a emergência também é determinante para a 
eficácia do plano.
Plano de Abandono de
Edificações
Tópicos a serem abordados:
 
Ocupantes da edificação
 O abandono de um edifício em chamas deve ser feito pelas escadas e 
com calma.
 Devem conhecer as saídas de emergência e sua sinalização.
 Abordar sobre os riscos ao utilizar o elevador durante o incêndio.
 As pessoas devem acreditar no alarme ou informação de incêndio e não 
ter dúvidas quanto a sair o mais rápido possível.
 Abordar sobre técnicas de se locomover em local impregnado de fumaça.
 Abordar sobre abertura de portas durante o incêndio.
 Abordar sobre os equipamentos de combate a incêndios disponíveis na 
edificação e sua utilização (extintores e hidrantes).
62 CORPO DE BOMBEIROS
 Jamais retornar à edificação enquanto houver a situação de sinistro.
 Sobre nunca subir e sim descer, quando em fuga, bem como, o uso con-
tínuo do corrimão nas escadas.
 Pessoas com necessidades especiais devem terpreferência quando da 
evacuação e atenção constante.
 Crianças devem ser sempre conduzidas por adultos até o ponto de 
encontro.
Brigadistas
 Planejar, treinar constantemente e revisar periodicamente, se necessá-
rio, o plano de abandono.
 Difundir o plano a todos os ocupantes.
 Capacitar e treinar líderes ou monitores de cada andar da edificação para 
auxiliar em caso de necessidade.
 Mesmo em princípios de incêndio, acionar sempre e prioritariamente o 
Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
 Abordar sobre marcações nas portas corta-fogo sobre o controle de sa-
ída das pessoas.
 Sobre o estabelecimento de um ponto de reunião fora da edificação e seu 
controle e, principalmente, sua divulgação aos ocupantes.
 Abordar sobre a utilização de EPIs.
 Abordar sobre a necessidade de manutenção dos sistemas de detecção, 
alarme e de combate a incêndios. 
63CADERNO GUIA DO BOMBEIRO EDUCADOR
Todas as edificações e áreas de risco por ocasião da construção, da reforma ou ampliação, regularização e mudança de ocupação, necessi-tam de aprovação no Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado 
de São Paulo (CBPMESP), com exceção das "residências unifamiliares".
Promover e incentivar a regularização de tais edificações proporcionará um 
número cada vez maior de edificações protegidas.
Regularização das Edificações 
Junto ao Corpo de Bombeiros
Tópicos a serem abordados: 
 Difundir e abordar sobre legislação do Corpo de Bombeiros (Dec. Esta-
dual 56.819 / 2011 - Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edifi-
cações e Áreas de Risco).
 Abordar sobre a classificação das edificações e as exigências mínimas 
de cada uma para obtenção do AVCB.
 Abordar sobre as Instruções Técnicas e qual sua finalidade.
 Abordar sobre responsabilidade e competência para regularização de 
uma edificação junto ao Corpo de Bombeiros.
 Abordar sobre a sequência de procedimentos para consecução do Ates-
tado de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).
 Abordar sobre a validade do AVCB.
 Abordar sobre as medidas de segurança contra incêndios mais usuais 
nas edificações. 
64 CORPO DE BOMBEIROS
Ficha técnica
Diagramação:
Alexandre Fernandes de Oliveira
Impressão e Acabamento:
Art Printer Gráficos Ltda.
"Este Caderno Guia é de uso exclusivo dos Bombeiros Educadores do Corpo de Bombeiros da PMESP para execução de 
suas atividades educacionais, devendo sua publicação ser renovada a cada 2 anos pelo órgão coordenador das atividades 
de educação pública do CB. É proibida sua reprodução, cessão, cópia, empréstimo para terceiros ou qualquer alteração sem 
autorização expressa do órgão coordenador."
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