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FASCÍCULO 2-Curso-Formacao-de-mediadores-de-educacao-para-patrim

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Formação de 
Mediadores de Educação 
para Patrimônio
Robledo Duarte
Design, cidades 
e patrimônio
para Patrimônio
SUMÁRIO
1. Apresentação ............................................................................. 19
2. Design como ferramenta de transformação do patrimônio .... 21
3. Cidades, patrimônio e design .................................................... 24
4. Economia criativa e cidades ...................................................... 26
5. As cidades criativas .................................................................... 28
Referências bibliográfi cas ............................................................. 31
1. 
APRESENTAÇÃO
E a luz viu desconfi ada
a noiva do sol com mais
um supermercado.
Era uma vez meu castelo
entre mangueiras
e jasmins fl orados.
(Ednardo em “Longarinas”)
Para começar, reflita sobre o 
que o cantor Ednardo quer nos 
dizer com seus versos acima 
em “Longarinas”, música do ál-
bum Berro (1976)? Pense bem 
antes de começar essa leitura.
Pois bem, a “noiva do sol” 
cantada por Ednardo é a cida-
de de Fortaleza, capital do Ce-
ará, a cidade natal do músico 
e compositor. Mas o castelo não é necessa-
riamente um bem arquitetônico. Pode ser 
um metáfora para tratar dos afetos, aque-
les que todos nós carregamos na memória, 
com a passagem do tempo.
Na realidade, todos nós estabelecemos 
relações com as coisas que nos cercam. Elas 
podem nos trazer boas lembranças, como o 
primeiro brinquedo, a casa dos avós, a cape-
linha com seu belo altar. Memórias de coisas 
intangíveis, como o cheiro do baião de dois 
na panela ou a animação das festas de São 
João. Lembranças que hoje podem soar en-
graçadas, como o medo do teatro de bone-
cos ou de palhaços na mais tenra infância. 
E você? Lembra-se de objetos, sons, gos-
tos e/ou de cheiros que possuem alguma 
importância simbólica/afetiva na sua vida?
Intangível
Aquilo que é 
incorpóreo, que 
não se pode tocar, 
pegar ou que não 
pode ser percebido 
pelo tato.
APRESENTAÇÃO
E a luz viu desconfi ada
a noiva do sol com mais
um supermercado.
Era uma vez meu castelo
entre mangueiras
e jasmins fl orados.
(Ednardo em “Longarinas”)
Para começar, reflita sobre o 
que o cantor Ednardo quer nos 
dizer com seus versos acima 
em “Longarinas”, música do ál-
 (1976)? Pense bem 
antes de começar essa leitura.
Pois bem, a “noiva do sol” 
cantada por Ednardo é a cida-
de de Fortaleza, capital do Ce-
ará, a cidade natal do músico 
e compositor. Mas o castelo não é necessa-
riamente um bem arquitetônico. Pode ser 
um metáfora para tratar dos afetos, aque-
les que todos nós carregamos na memória, 
Na realidade, todos nós estabelecemos 
relações com as coisas que nos cercam. Elas 
podem nos trazer boas lembranças, como o 
primeiro brinquedo, a casa dos avós, a cape-
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 19
Transversalidades
Possibilidades de 
compreensão de 
diferentes áreas do 
conhecimento humano 
ao evidenciarmos as 
relações existentes 
entre elas.
Todas as lembranças, boas ou más, ma-
teriais ou imateriais, nos trazem para a 
discussão iniciada no primeiro módulo de 
nosso curso: afinal, o que é o patrimônio?
O francês Hugues de Varine Bohan fez 
uma análise bem abrangente acerca do pa-
trimônio. Segundo ele, três categorias o de-
finem: os elementos pertencentes ao meio 
ambiente, que tornam o local viável para 
habitar; os saberes e fazeres das comuni-
dades que habitam esse meio ambiente; e os 
objetos construídos pela mão do homem, 
desde uma colher até as edificações mais so-
fisticadas. Esses três fatores dialogam entre 
si e criam toda uma ambiência para a forma-
ção do patrimônio cultural, que vai muito 
além da “pedra e cal” ou de alguns saberes 
isolados, gerando transversalidades.
Vamos saber um pouco mais sobre isso? 
Ótimos estudos.
SE
LIGA!
Hugues de Varine Bohan 
é historiador, arqueólogo e 
museólogo francês, criador do 
conceito de ecomuseus, colocado 
em prática desde a década de 1971 
na França e em outros lugares do 
mundo, como o Brasil. 
Um ecomuseu é formado 
quando membros de uma 
comunidade se reúnem e se tornam 
atores protagonistas do processo 
de preservação do seu patrimônio 
cultural (material, imaterial, natural), 
podendo ser assessorados por 
especialistas como museólogos, 
historiadores etc.
20 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Transversalidades
Possibilidades de 
compreensão de 
diferentes áreas do 
conhecimento humano 
ao evidenciarmos as 
relações existentes 
entre elas.
Todas as lembranças, boas ou más, ma-
imateriais, nos trazem para a 
discussão iniciada no primeiro módulo de 
afinal, o que é o patrimônio?
O francês Hugues de Varine Bohan fez 
uma análise bem abrangente acerca do pa-
. Segundo ele, três categorias o de-
finem: os elementos pertencentes ao meio 
, que tornam o local viável para 
os saberes e fazeres das comuni-
dades que habitam esse meio ambiente; e os 
 construídos pela mão do homem, 
desde uma colher até as edificações mais so-
fisticadas. Esses três fatores dialogam entre 
si e criam toda uma ambiência para a forma-
patrimônio cultural, que vai muito 
além da “pedra e cal” ou de alguns saberes 
isolados, gerando transversalidades.
Vamos saber um pouco mais sobre isso? 
Ótimos estudos.
SE
LIGA!LIGA!
Hugues de Varine Bohan
é historiador, arqueólogo e 
museólogo francês, criador do 
conceito de ecomuseus, colocado 
em prática desde a década de 1971 
na França e em outros lugares do 
mundo, como o Brasil. 
Um ecomuseu é formado 
quando membros de uma 
comunidade se reúnem e se tornam 
atores protagonistas do processo 
de preservação do seu patrimônio 
cultural (material, imaterial, natural), 
podendo ser assessorados por 
especialistas como museólogos, 
historiadores etc.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTECRITO ROCHA | UNIVERS
2. 
DESIGN COMO 
FERRAMENTA DE
TRANSFORMAÇÃO
DO PATRIMÔNIO
A produção em massa, que hoje
deve ser tida em consideração 
como a base para a arquitetura 
moderna, existe na própria natureza e, 
intuitivamente, no trabalho popular.
(Lina Bo Bardi, arquiteta, 
designer e cenógrafa).
o filme 2001, uma odis-
séia no espaço, do cine-
asta inglês Stanley Ku-
brick, existe uma cena 
antológica. Um grupo 
de homens primitivos 
se degladiam. Um de-
les golpeia um inimigo 
e, para simbolizar a sua 
vitória, joga sua “arma” 
(um osso) no ar. 
No mesmo instante, corta-se a cena e 
surge uma espaçonave. 
Esta cena revela, em poucos minutos, 
a velocidade da transformação dos artefa-
tos, indo de uma forma “primitiva” de arma 
até chegar a uma espaçonave ultratecno-
lógica. Esse é um exemplo de como o de-
sign das coisas surge de uma necessidade 
2. e esta pode se transformar, com o tempo, em algo mais complexo.Mas o que é design? Até hoje não se con-
seguiu uma tradução literal para esta palavra 
inglesa, pois apesar de ser entendida como 
“desenho”, tem muitas facetas, dependendo 
que quem utiliza as suas funções. Nesse sen-
tido, as considerações da dupla de suecos 
Lowgren e Stolterman é bem instigante: 
Em nosso cotidiano, com frequência lida-
mos com diversos artefatos, que são pro-
dutos artificiais, fruto da inteligência e do 
trabalho humano, construídos com deter-
minado propósito em mente. São artefa-
tos, por exemplo, um copo, um pente, uma 
casa, um carro. Um artefato não surge es-
pontaneamente da natureza. Alguém deci-
de sua função, forma, estrutura, qualidade 
e o constrói com seu trabalho (LOWGREN; 
STOLTERMAN apud Barbosa, 2011, p.115)
O design tem vários segmentos. Pode ser 
gráfico, digital, cênico e de interiores. Ainda 
vão ser inventados outros tipos, dependen-
do das nossas necessidades. 
Em nosso dia a dia, compartilhamos vá-
rios tipos de objetos criados a partir de pa-
péis e pranchetas, e parece dependendermos 
bastante deles, como copos, pratos, talheres, 
celulares, automóveis e computadores. Você 
imagina a sua vida sem isso tudo?
No Brasil, temos vários designers famo-
sos. Mas aqui vamos focarem dois profissio-
nais, em virtude da ligação do seu trabalho 
com a construção do chamado patrimônio 
cultural brasileiro. São eles: Lina Bo Bardi, 
arquiteta e designer italiana, radicada no Bra-
sil; e o pernambucano Aloísio Magalhães.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 21
O que os une aqui é a busca de um de-
sign nacional, levando em conta toda a 
história dos objetos populares, produzidos 
a partir dos saberes e fazeres tradicionais de 
várias regiões do Brasil.
No início da chamada arquitetura 
moderna brasileira, capitaneada por Lú-
cio Costa e Oscar Niemeyer, o design bra-
sileiro seguia uma vertente alemã da mais 
famosa Escola de Design já conhecida: a 
Bauhaus. Lina e Aloísio quebraram este 
elo ao unir o tradicional e o moderno em 
um novo desenho para os artefatos que 
viriam a produzir no país. Ela com seu mo-
biliário baseado nas peças de artesanato 
brasileiro e ele como presidente do Iphan 
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artísti-
co Nacional), valorizando a tradição do tra-
balho artesanal como herança importante 
da cultura brasileira. 
Os dois arquitetos valorizavam o trabalho 
popular e vernacular, porém evoluindo para 
as tecnologias que o movimento moderno já 
trazia, principalmente com a tecnologia de 
ponta da produção industrial em série.
Vernacular
O termo deriva do 
latim vernaculus, 
que significa 
doméstico, nativo. 
Arquitetura 
vernacular é aquela 
caracterizada 
pelo uso de materiais 
e conhecimentos 
locais.
SE
LIGA!
A Staatliches Bauhaus é 
considerada a primeira escola 
de design no mundo. Surgiu na 
cidade de Weimar, Alemanha, 
preocupada com as chamadas 
artes aplicadas, sobretudo as artes 
plásticas, a arquitetura e o design. 
Foi fundada em 1919, pelo arquiteto 
alemão Walter Gropius (1883-1969), 
oferecendo também cursos de 
teatro, dança e fotografia. 
O termo Sttatliches Bauhaus, 
cunhado por Gropius, significa
 “casa de construção”.
22 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTEFUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
PARA OS
CURIOSOS
Fernando e Humberto Campana são 
dois irmãos com a mesma profissão: 
designers. Eles conheceram o 
mestre de cultura Espedito Seleiro 
(80 anos), artesão de sandálias 
e bolsas de couro, morador de 
Nova Olinda/CE, cujo trabalho 
é reconhecido oficialmente pela 
Secretaria da Cultura do Ceará como 
Tesouro Vivo e pelo Ministério da 
Cultura, que lhe outorgou a Ordem 
do Mérito Cultural, em 2011. 
Busque “Espedito Seleiro” na 
internet e veja quanta informação 
bacana aparece!
SE
LIGA!
Achillina Bo Bardi nasceu em 
Roma, Itália, em 1914. Casou 
com o crítico e historiador de arte 
Pietro Maria Bardi. Projetou duas 
edificações que se tornaram ícones 
arquitetônicos no Brasil, como o Sesc 
Pompeia (São Paulo) e a sede do 
Masp (Museu de Arte de São Paulo). 
Em 1962, idealizou a Escola de 
Desenho Industrial e Artesanato, que 
infelizmente ficou somente no papel.
Aloísio Magalhães nasceu em 
Recife, Pernambuco, em 1927. No 
ano de 1960, após viagens pela 
Europa, abriu o escritório mais 
importante de design da sua época. 
Entre seus clientes mais importantes 
estavam a Caixa Econômica, o 
Banco Itaú, o Metrô de São Paulo, a 
Petrobras, entre outros. Foi um dos 
fundadores da Escola Superior de 
Desenho Industrial, onde lecionou 
por muito tempo. Em 1979, presidiu 
o Iphan, com uma gestão voltada 
para a valorização da produção 
cultural imaterial brasileira.
Lina Bo Bardi ficou conhecida pelo uso 
de madeiras nacionais e tecidos populares 
como a chita em suas peças de design, des-
coberta em suas viagens pelo Brasil, princi-
palmente em suas andanças por Salvador, 
na Ladeira da Misericórdia e no Solar do 
Unhão. Dois exemplos de móveis projeta-
dos por ela, dentro de sua tese de criar um 
design com feições nacionais, são a “ca-
deira de compensado e chita” e a sua 
“poltrona preguiçosa” com estrutura em 
cedro e encosto de sisal.
O trabalho de Aloísio Magalhães como 
designer gráfico é reconhecido mundial-
mente. Algumas de suas marcas são ines-
quecíveis, como a da Petrobras (1970) e a 
do Correios e Telégrafos (1971). 
No entanto, foi no seu trabalho como 
coordenador do Centro Nacional de Re-
ferência Cultural (1975) e posteriormente 
como presidente do Iphan (1979) que con-
sagrou Magalhães ao consolidar uma polí-
tica de valorização e fomento do Design 
Nacional, baseado em tecnologias patri-
moniais brasileiras, que ele carinhosamen-
te chamava de “prototecnologias”.
Os estudos e ensinamentos desses dois 
grandes designers criaram vertentes para 
outros profissionais buscarem ideias, tendo 
como referência o nosso rico patrimônio 
cultural, como os irmãos Campana, que 
absorvendo os artefatos feitos pelo mestre 
Espedito Seleiro criaram a série “Cangaço” 
de poltronas e cadeiras.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 23
3. 
CIDADES, 
PATRIMÔNIO 
E DESIGN
A felicidade corre sem parar.
Bela é uma cidade velha.
(Petrúcio Maia, Fausto Nilo 
e Ferreirinha, em “Frenesi”)
a Itália, em meados dos 
anos 1960, o arquiteto 
italiano Aldo Rossi escre-
veu um livro que mudou 
o pensamento sobre o 
que é uma cidade no 
sentido simbólico e dos 
afetos coletivos. 
A cidade moderna 
começou a ser criticada, 
principalmente por adotar 
um “estilo internacional”, que produzia e re-
petia prédios anódinos em todas as cidades 
pelo mundo, sem referências vernaculares 
com as localidades onde eram implantados.
Com Arquitetura da Cidade, Rossi afir-
mava categoricamente que os espaços ur-
banos não podem ficar destituídos de sua 
história e de seus símbolos principais, que 
ele chama de monumentos. Ele traça tam-
bém as relações sociais entre as pessoas, a 
geometria das edificações e outros elemen-
tos: “A cidade é a memória coletiva dos po-
vos; e como a memória está ligada a fatos e 
a lugares. A cidade é o ‘locus’ da memória 
coletiva.” (ROSSI, 1995, p. 198) 
Desta forma, a cidade moderna come-
çava a ser criticada pela falta de elemen-
tos simbólicos, principalmente ligados aos 
bens materiais preservados, que não sus-
tentavam simplesmente a cultura de “pedra 
e cal”, mas também afetos e memórias. 
Ainda na década de 1960, foi elaborada 
uma carta patrimonial muito importante: a 
“Carta de Veneza”. Seu conteúdo é inovador 
pela forma como os bens tombados são tra-
tados. Eles não eram mais vistos de for-
ma isolada, mas dentro de seu contexto, 
considerando o seu entorno. 
A proposta era a de que as intervenções 
com técnicas modernas deveriam preservar 
a história da edificação, mesmo que seus 
seus usos não fossem os mesmos da época 
de sua origem, modificando-se com o pas-
sar o tempo. O importante seria requalifi-
car o bem para a fruição coletiva.
Anódino
Sem importância 
ou interesse; banal, 
insignificante, 
pouco eficaz.
PARA OS
CURIOSOS
As Cartas Patrimoniais 
são documentos com diretrizes 
para o desenvolvimento de ações 
de documentação, promoção e 
preservação de bens patrimoniais (de 
caráter material, imaterial, natural). 
Consulte algumas no endereço: 
portal.iphan.gov.br/pagina/
detalhes/226
24 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
SE 
LIGA
O verso “Bela é uma cidade velha”, que 
inicia esse tópico, retrata bem esse senti-
mento nutrido pelo patrimônio, no qual as 
pessoas se identificam com os bens tangí-
veis e os intangíveis de forma a perpetuar 
a história das cidades. 
Esse é o segredo: criar uma relação sus-
tentável entre as cidades e seu patrimô-
nio, seja ele material ou imaterial. 
E como o design entra nessa relação? 
Nos artefatos que dão vida aos novos ob-
jetos e na manutenção dos usos pioneiros 
dos bens preservados. 
Sempre é bem-vinda a relação do imate-
rial sendo abrigado pelo material. O design 
trazendo a contemporaneidade aos objetos 
que podemos ver no mobiliário urbano da 
cidade, como abrigos de ônibus, bancos, 
lixeiras, placas de sinalização, lanchonetes 
ou mesmo ateliês de tatuagem. 
Imagine você saindo de casa para visitar 
um museu incorporadoa uma edificação 
tombada. Imagine a quantidade de objetos 
que conduzem as pessoas a este destino, do 
Você já visitou museus, memoriais 
ou exposições? Como são os objetos 
contemporâneos que se encontram 
no interior destas edificações? Como 
é a acessibilidade? É importante 
perceber que técnicas modernas 
precisam entrar em equilibrio com 
edificações tombadas para que não 
fiquem descaracterizadas. 
Daí a expertise de arquitetos 
para projetar situações nas quais os 
objetos agreguem valor ao contexto 
histórico do bem tombado.
ônibus aos seus assentos, até uma platafor-
ma elevatória que faz com que pessoas com 
mobilidade reduzida acessem exposições, 
palestras ou conferências em prédios que não 
foram projetados com este olhar acessível.
Daí surge o termo design universal, 
ou seja, sem restrições, que todos possam 
utilizar: as crianças, adolescentes, jovens, 
adultos, idosos, pessoas com pouca mobi-
lidade, baixa visão e com necessidades es-
peciais. É a democratização dos acessos 
às edificações e também ao simples cami-
nhar pelas cidades, permitindo o ir e vir sem 
maiores problemas.
Não podemos imaginar a utilização e 
fruição de nossos prédios tombados nas 
cidades, sem pensar nos objetos produzi-
dos por inúmeros segmentos do design, tra-
zendo conforto e segurança para quem os 
visita, desde as luzes da rua ou da ilumina-
ção cênica dos objetos expostos, dos copos 
com logotipos de museus, elevadores, pai-
néis computadorizados contando a história 
dos bairros, das pessoas, das nossas urbes.
um museu incorporado a uma edificação 
tombada. Imagine a quantidade de objetos 
que conduzem as pessoas a este destino, do dos bairros, das pessoas, das nossas urbes.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 25
4. 
ECONOMIA 
CRIATIVA 
E AS CIDADES
Para se entender o que 
são cidades criativas é 
preciso saber o que é eco-
nomia criativa.Você já 
deve ter ouvido falar que 
a economia convencional 
trabalha com vários tipos 
de recursos. No caso da 
economia criativa, os re-
cursos utilizados são o 
capital intelectual e os 
recursos culturais. O pioneiro neste setor 
é o inglês John Howkins, formado em pla-
nejamento urbano e relações internacio-
nais, autor e precursor do conceito de eco-
nomia criativa, que assim a definiu: 
PARA 
CURIOSOS
Você conhece algum 
empreendimento criativo no seu 
bairro ou cidade? 
De que modo você poderia se 
inserir nesse empreendimento?
E por que não criar o seu 
próprio empreendimento?
São atividades as quais resultam em 
indivíduos exercitando a sua imaginação 
e explorando seu valor econômico. 
Pode ser definida como processos que 
envolvam criação, produção e distribuição 
de produtos e serviços, usando o 
conhecimento, a criatividade e o capital 
intelectual como principais recursos 
produtivos (HOWKINS, 2012, p. 106).
Para termos uma ideia, segundo levanta-
mentos da Federação das Indústrias do Rio 
de Janeiro (Firjan), em pesquisa de 2017, a 
economia criativa gerou no país 171,5 bi-
lhões de reais e no mesmo período contou 
com 837 mil empregos formais. 
Um dos pontos mais significativos deste 
segmento é que ele caminha passo a passo 
com a sustentabilidade ambiental, pois a 
indústria cultural, utilizando o capital intelec-
tual e os recursos culturais, não é geradora 
de resíduos. Ela caminha também junto 
com o patrimônio cultural, principalmente 
na requalificação e recuperação dos patri-
mônio edificados, abrigando a produção de 
vários segmentos ligados ao setor.
Estes são os segmentos ligados à eco-
nomia criativa, chamadas também de in-
dústrias criativas:
• Patrimônio: com suas expressões 
culturais tradicionais, como os sabe-
res e fazeres, os sítios históricos, ar-
queológicos, museus, bibliotecas etc.
• Artes: divididas em visuais (pintura, 
escultura e fotografia) e dramáticas 
(música, teatro, dança).
26 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
 e os 
. O pioneiro neste setor 
é o inglês John Howkins, formado em pla-
nejamento urbano e relações internacio-
eco-
tual e os recursos culturais, não é geradora 
de resíduos. Ela caminha também junto 
com o patrimônio cultural, principalmente 
na requalificação e recuperação dos patri-
mônio edificados, abrigando a produção de 
vários segmentos ligados ao setor.
Estes são os segmentos ligados à eco-
nomia criativa, chamadas também de in-
dústrias criativas:
• Patrimônio: com suas expressões 
culturais tradicionais, como os sabe-
res e fazeres, os sítios históricos, ar-
queológicos, museus, bibliotecas etc.
• Artes: divididas em visuais (pintura, 
escultura e fotografia) e dramáticas 
(música, teatro, dança).
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTERTA DO NORDESTE
Cosewing
O mesmo conceito 
para coworking 
(que veremos 
adiante), somado 
ao segmento 
da moda.
• Mídia: audiovisual (cinema, TV, rádio 
etc), publicidade e mídia impressa.
• Criações funcionais: Design de inte-
riores, moda, novas mídias (soft ware, 
jogos, conteúdo digital) e serviços 
criativos (arquitetura, propaganda, 
cultura e recreação).
A economia criativa é a base para o surgi-
mento de cidades criativas. Utilizando cria-
tividade, imaginação e curiosidade, cidades 
podem vencer suas crises, estimulando várias 
soluções, entre elas a geração de trabalho e 
renda, como também sua sustentabilidade 
sem desperdício de recursos naturais.
O urbanista inglês Charles Landry, pri-
meiro teórico e precursor do termo cidade 
criativa, resume o conceito de forma sim-
ples: “o lugar de inspiração”. 
A seguir o conceito de forma mais am-
pla, pelo próprio Landry: “Cidades criativas 
são aquelas onde há senso de conforto e 
familiaridade, uma boa mistura do velho 
com o novo, variedade e escolha e um 
equilíbrio entre o calmo e o vivificante ou 
entre o risco e a cautela”. 
Imagine todos os segmentos que des-
tacamos acima produzindo e utilizando o 
inesgotável capital criativo de forma 
sustentável, gerando emprego, trabalho e 
renda, requalificando espaços e revitalizan-
do setores “esquecidos” nas cidades, princi-
palmente os centros históricos, onde sabe-
mos que existe uma grande infraestrutura de 
mobilidade e serviços diversos.
No Brasil, não é raro assistirmoa a algumas 
iniciativas ligadas ao conceito de economia 
criativa gerando cidades criativas. Bom 
lembrar que uma grande ferramenta para ala-
vancar o segmento é a internet, conectando 
o “local” com o “global”, aumentando ainda 
a forma de gerar negócios com mais rapidez. 
Em nosso país podemos citar algumas 
iniciativas geradoras de cidades criati-
vas, como: (1) o complexo de confecções 
(cosewing) Malha no Rio de Janeiro; (2) o 
Mercado Iaô em Salvador; (3) a Travessa da 
Imagem, em Fortaleza. Tem algo bem inte-
ressante que une tudo isso, sabia? O design 
sendo abrigado por edificações que esta-
vam arruinadas e que conseguiram uma 
sobrevida. Lembram quando falamos do 
material abrigando o imaterial?
Cidades criativas sendo estimuladas 
pela economia criativa são uma boa saída 
para redução das desigualdades formadas 
no tecido urbano, como também para a in-
clusão social, capacitando e treinando to-
dos os atores envolvidos usando criativida-
de e imaginação. Nesses casos, vale a pena 
sonhar, pois a partir dos sonhos começam 
grandes responsabilidades.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 27
mento de 
tividade, imaginação e curiosidade, cidades 
podem vencer suas crises, estimulando várias 
soluções, entre elas a 
renda
sem desperdício de recursos naturais
meiro teórico e precursor do termo 
criativa,
ples: “o lugar de inspiração”. 
pla, pelo próprio Landry: “Cidades criativas 
são aquelas onde há senso de conforto e 
familiaridade, uma boa mistura do velho 
com o novo, variedade e escolha e um 
equilíbrio entre o calmo e o vivificante ou 
entre o risco e a cautela”
tacamos acima produzindo e utilizando o
5. 
AS CIDADE 
CRIATIVAS
Tudo o que é bom dura o tempo necessário 
para ser inesquecível (Fernando Pessoa)
o dia 30 de outubro de 
2019, a cidade deFor-
taleza, no Ceará, ama-
nheceu com um título 
inédito. Recebeu da Or-
ganização das Nações 
Unidas para a Educa-
ção, a Ciência e a Cultu-
ra (Unesco) o prêmio de 
Cidade Criativa, na ca-
tegoria “Design”, ao lado de Belo Horizon-
te/MG, na categoria “Gastronomia”, dois 
segmentos da economia criativa.
Hoje, no Brasil, além de Fortaleza e Belo 
Horizonte, temos também as seguintes ci-
dades e suas respectivas categorias pre-
miadas: Belém, Florianopólis e Paraty (Gas-
tronomia); Brasília e Curitiba (Design); João 
Pessoa (Artesanato e Artes Folclóricas); Sal-
vador (Música); e Santos (Cinema).
A rede formada pela Unesco, com essas 
e outras cidades criativas pelo mundo, tem 
como objetivo “promover a cooperação in-
ternacional entre localidades com potencial 
de usar a criatividade como vetor estratégico 
para impulsionar o desenvolvimento urba-
no sustentável” (Unesco-UCCN, 2004, p.5). 
Compartilhar ideias, projetos, promover in-
tercâmbio profissional e artístico, elaborar 
propostas e estudos para o desenvolvimen-
to urbano e sustentável são objetivos pro-
postos para a Rede de Cidades Criativas 
Unesco. Durante 4 em 4 anos, todas elas te-
rão que elaborar relatórios de monitoramen-
to para que os compromissos assumidos se-
jam executados de forma local e global.
PARA OS
CURIOSOS
O Plano Fortaleza 2040 é um 
planejamento para a cidade de 
Fortaleza, com estratégias a serem 
implementadas em curto, médio e 
longo prazo (tendo como horizonte 
o ano 2040), contemplando os 
planos urbanístico, de mobilidade; 
de desenvolvimento econômico e 
social, entre outros. Curioso? Acesse: 
fortaleza2040.fortaleza.ce.gov.
br/site/assets/files/publications/
fortaleza2040_planejamento_
participativo_17-08-2015.pdf.
28 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Mas o que levou Fortaleza, por exemplo, 
a ser escolhida como uma cidade criativa? E 
porque na categoria Design? 
Segundo Cláudia Leitão, diretora do Ob-
servatório de Governança Municipal do Ins-
tituto de Planejamento de Fortaleza (Iplan-
for), foram as diretrizes do Plano Fortaleza 
2040, especialmente o eixo “Cultura e Patri-
mônio”, que sensibilizaram os consultores 
da Unesco para a premiação. 
Em entrevista ao O POVO (26 de feve-
reiro de 2018), ela afirma que o Plano For-
taleza 2040 “propõe a transformação da 
capital em uma Cidade Criativa, inovadora, 
inteligente e empreendedora, conectada 
com as demais cidades criativas do mundo, 
reconhecida pela sustentabilidade, inova-
ção e diversidade cultural dos seus bens e 
serviços e pela inclusão social/produtiva
da sua população.”
No Plano estão contidas várias ações 
para implementar segmentos ligados ao 
Design, como também a preservação das 
edificações em toda a cidade. Esse foi um 
planejamento amplo, construído com parti-
cipação popular e construído nos conceitos 
da economia criativa e do desenvolvi-
mento sustentável.
Em Fortaleza, a ideia é promover vários 
coletivos de artes, em todos os 120 bairros 
de Fortaleza, “com” e “para” sua população. 
No entanto, o centro da cidade foi idealizado 
como o vetor para onde serão direcionado 
todas as manifestações culturais, com um 
grande fórum de apresentações, gerando 
emprego e renda, principalmente pela cons-
trução do Distrito Criativo de Iracema, 
requalificando e restaurando uma série de 
edificações históricas que servirão de abrigo 
para as mais variadas manifestações ligadas 
às artes aplicadas e à economia criativa. 
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 29
Desse modo, não haverá apenas uma gera-
ção de empregos convencionais. O capital 
intelectual e criativo deverá gerar postos e 
locais de trabalho ligados aos empreendi-
mentos modernos como coworkings, hubs 
e startups, todos ligados formando clusters 
em vários pontos, revitalizando e requalifi-
cando espaços urbanos degragadados.
As Aceleradoras são empresas cujo ob-
jetivo principal é investir financeiramente no 
desenvolvimento de startups, ajudando-as a 
obter investimentos ou a atingir seu ponto 
de equilíbrio, quando conseguem pagar suas 
próprias contas com as receitas que geram. E 
as Incubadoras oferecem apoio gerencial e 
técnico, como serviços de recepção, internet, 
telefone, secretaria, salas de reunião, ou seja, 
a estrutura física necessária para que se pos-
sa desenvolver um negócio, além de asses-
soria em questões jurídicas e financeiras.
O trio tão comentado neste fascículo, de-
sign, cidades e patrimônio, contribui de for-
ma substantiva para a sustentabilidade dos 
espaços urbanos. Aliás, o uso misto de vários 
centros urbanos é uma tendência mundial, 
para dar sobrevida não apenas ao comércio, 
mas aos clusters residenciais e outros.
A ideia dos Distritos Culturais é exata-
mente esta: uma grande rede de clusters in-
teligados uns aos outros, gerando vida, con-
solidando novamente os centros urbanos 
diuturnamente. Imagina você indo trabalhar 
no Centro e na hora do almoço caminhar e 
encontrar várias opções gastronômicas e 
de lojas onde você pode encontrar aquela 
camisa pintada por um amigo seu, ou uma 
tela, uma escultura... Voltar a trabalhar e, 
depois, fazer um happy hour nas proximi-
dades, ir dançar com sua(seu) namorada(o) 
e amigos(as), para depois voltar para casa. 
Tudo próximo de seu trabalho ou então to-
mando um transporte com facilidade. 
Após a leitura deste fascículo, você con-
seguiu perceber que criar, imaginar e so-
nhar são recursos inesgotáveis que podem 
gerar patrimônio e design, de objetos sim-
ples aos complexos, como um clip para pa-
pel ou uma cidade? 
SAIBA 
MAIS
“O Distrito Criativo Iracema, o 
primeiro de Fortaleza, compreende 
2,9 quilômetros quadrados de 
área (Centro e Praia de Iracema), 
com uma população de 15.286 
habitantes. Ele é composto de: 
7% de sua área em Zona Especial 
de Interesse Social (ZEIS), que 
inclui as comunidades do Poço da 
Draga, Morro do Ouro e Graviola; 
17% da Área de Zona Especial de 
Preservação do Patrimônio Histórico-
Cultural (ZEPH); e 55% de Zona 
Especial de Dinamização Urbanística 
e Socioeconômica (ZEDUS).
Esse misto de zonas de interesse 
contribui para os objetivos centrais 
do Distrito, que busca aliar o 
empreendedorismo criativo, 
com inclusão social, inovação e 
sustentabilidade” (Cláudia Leitão, em 
artigo para O POVO: opovo.com.br/
jornal/opiniao/2018/02/fortaleza-e-o-
seu-primeiro-distrito-criativo.html)
Cluster
É uma concentração 
geográfica de 
empresas e 
instituições 
interconectadas 
em torno de um 
determinado setor.
Hubs (de 
startups)
Também conhecidos 
como hubs de 
conectividade, são 
ambientes propícios 
a dar acesso e 
oportunidades 
de conexão, um 
dos fatores mais 
importantes para os 
empreendedores. 
Esses ambientes 
são compostos por 
diversas startups, 
envolvendo grandes 
empresas, novos 
empreendimentos, 
investidores de 
aceleradoras e 
incubadoras, 
gerando valor e 
oportunidade em 
ambientes que 
vão além de locais 
compartilhados 
de trabalho.
Coworking
Um novo modelo de 
trabalho, que tem o 
objetivo de incentivar 
a troca de ideias, 
compartilhamento 
e colaboração entre 
diferentes profissionais 
que podem ser de 
diferentes áreas. 
Tudo isso não apenas 
virtualmente, 
mas em um
escritório físico.
Startup
Companhias e 
empresas que estão 
no início de suas 
atividades e que 
buscam explorar 
atividades inovadoras 
no mercado.
30 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
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BIBLIOGRÁFICAS 
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Disponível em: http://www.unesco.
org/new/pt/brasilia/about-this-o� ice/
networks/specialized-communities/
specilized-communities-clt/uccn/
VARINE-BOHAN, Hugues. Patrimônio 
cultural. A experiencia internacional. 
Notas de aula, de 12/08/1974. São 
Paulo: Universidade de São Paulo; 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo; 
Instituto do Patrimonio Histórico e 
Artístico Nacional, 1975.
AUTOR
Robledo Duarte é graduado 
em Arquitetura e Urbanismo 
pela Universidade Federal do 
Ceará (UFC), com especialização 
em Gestão Ambiental. Atuou no 
Programa Monumenta em Icó, como 
coordenador de patrimônio material 
da Secretaria da Cultura do Estado 
do Ceará (Secult-CE). É arquiteto 
do Departamento de Arquitetura e 
Engenharia do Ceará, tend o como 
p rojetos e obras principais, os 
restauros do Cine-Theatro São Luiz 
e o Palácio da Abolição. É professor 
de Arquitetura da Faculdade Estácio 
de Sá, arquiteto do Iphan-CE e, 
atualmente, trabalha na Secretaria 
Municipal de Urbanismo e Meio 
Ambiente (Seuma).
ILUSTRADOR
Daniel Dias é ilustrador e artista 
gráfico, com extensa produção em 
projetos editoriais, sendo a maior 
parte destinada ao público infantil 
e infantojuvenil. Seu trabalho tem 
como base a pesquisa de materiais e 
estilos, envolvendo estudo de técnicas 
tradicionais de pintura, desenho, 
fotografia e colorização digital.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 31
Este fascículo é parte integrante do projeto 
Formação de Mediadores de Educação 
Patrimonial, em decorrência do Termo de 
Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito 
Rocha e a Secretaria Municipal de Cultura de 
Fortaleza, sob o nº 02/2019.
Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
Cep 60.055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 - Fax (85) 3255.6271
fdr.org.br 
fundacao@fdr.org.br
EXPEDIENTE: 
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR)
João Dummar Neto 
Presidente 
André Avelino de Azevedo 
Diretor Administrativo-Financeiro 
Marcos Tardin 
Gerente Geral 
Raymundo Netto 
Gerente Editorial e de Projetos 
Emanuela Fernandes 
Analista de Projetos
UNIVERSIDADE ABERTA 
DO NORDESTE (UANE)
Viviane Pereira
Gerente Pedagógica 
Marisa Ferreira
Coordenadora de Cursos
Joel Bruno 
Designer Educacional 
Thifane Braga 
Secretária Escolar
CURSO FORMAÇÃO DE MEDIADORES
DE EDUCAÇÃO PARA PATRIMÔNIO
Raymundo Netto 
Coordenador Geral, Editorial e Revisor
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Coordenadora de Conteúdo 
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ISBN: 978-85-7529-951-7 (Coleção) 
ISBN: 978-85-7529-953-1 (Fascículo 2)
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