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Aula -ATIVO

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Teoria Geral da Contabilidade I
ATIVO
Prof. Sergio Pontes de Araújo
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CONCEITOS
“É tão importante o estudo do ativo que poderíamos dizer que é o capítulo fundamental da Contabilidade, porque à sua definição e avaliação está ligada a multiplicidade de relacionamentos contábeis que envolvem receitas e despesas”. (Iudícibus, 2010, p.124)
Assim o ativo descrito como benefícios futuros provocados por um agente. Entende-se que um ativo tem que gerar recursos para empresa, ou seja, quando eu faço a compra de um computador o que de fato estou comprando? Na realidade estou comprando os serviços deste computador, que irá gerar benefícios para a entidade por meio do mesmo (agente).
CONCEITOS
“Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que fluam futuros benefícios econômicos para a entidade. Ou seja, esse Benefício econômico futuro incorporado em um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa e equivalentes de caixa ou redução de suas saídas para a entidade”. (CPC 00 - Estrutura Conceitual (R2))
“Ativos representam benefícios esperados, direitos que foram adquiridos pela entidade como resultado de alguma transação corrente passada”. (1962, ARS n. 3, apud IUDÍCIBUS, 2010, p.129)
CONCEITOS
• O Ativo deve ser considerado modernamente, em primeiro lugar, quanto ao seu controle por parte da entidade, subsidiariamente quanto à sua propriedade e posse;
• Precisa estar incluído no ativo, em seu bojo, algum direito específico a benefícios futuros (por exemplo, a proteção à cobertura de sinistro, como direito em contraprestação ao prêmio de seguro pago pela empresa) ou, em sentido mais amplo, o elemento precisa apresentar uma potencialidade de serviços futuros (fluxos de caixa futuros) para a entidade;
• Um recurso econômico, proveniente de um ativo, é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. Para que esse potencial exista, não precisa ser certo, que esse direito produzirá benefícios econômicos.
EXEMPLOS
Exemplo: Se a entidade compra à vista um veículo que será utilizado na entrega de mercadorias, esse veículo é um ativo da entidade, pois é um recurso controlado pela entidade, fruto da compra que a entidade fez (evento passado) e que vai produzir benefícios econômicos futuros, pois a venda e posterior entrega das mercadorias com o veículo gerará receitas para a entidade.
Exemplo: uma máquina (bem de uso da entidade) pode produzir novos itens que serão vendidos pela entidade (aumento dos recebimentos de caixa) ou uma máquina pode ter sido adquirida por ser mais moderna e mais rápida, o que reduz os custos de produção (redução das saídas de caixa).
CONDIÇÕES
Um ativo pode ser utilizado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de bens ou na prestação de serviços a serem vendidos pela entidade;
Exemplo: Um veículo (ativo) pode ser utilizado pela entidade para entrega de suas mercadorias.
Um ativo pode ser trocado por outros ativos;
Exemplo: Uma empresa pode comprar um equipamento (ativo) por meio de pagamento à vista. Nessa situação o ativo “dinheiro” (bem numerário) foi trocado pelo ativo “equipamento” (bem de uso).
CONDIÇÕES
Um ativo pode ser utilizado para liquidar um passivo; ou
Exemplo: Uma empresa paga um empréstimo que foi obtido no passado. Portanto, o ativo “dinheiro” foi utilizado para liquidar um “empréstimo a pagar” (passivo).
Um ativo pode ser distribuído aos proprietários da entidade.
Exemplo: Uma empresa gera um lucro no período e esse lucro vai para o patrimônio na conta “lucros acumulados”. Parte desse lucro pode ser distribuída aos sócios em forma de dividendos. Nessa situação, a empresa paga os sócios com dinheiro do caixa, ou seja, um ativo (dinheiro) foi distribuído aos sócios (dividendos).
PONTOS IMPORTANTES
Um ponto muito importante é que o ativo pode ser tangível (ter forma física) ou intangível (Exemplos: Marcas, Patentes, etc.). Portanto, a forma física não é condição essencial para a existência de um ativo.
Outro ponto importante, já citado anteriormente, é a prevalência da essência sobre a forma. Por exemplo, o direito de propriedade não é essencial para o reconhecimento de um ativo. No arrendamento mercantil financeiro é a entidade arrendatária - e não a arrendadora - que reconhece o bem objeto de arrendamento em seu ativo. A entidade arrendatária não possui o direito de propriedade desse bem, que é da arrendadora.
PONTOS IMPORTANTES
• De acordo com Iudícibus (2010), bens incorporados por doações são ativos, da mesma forma que os adquiridos ou construídos, desde que confiram à entidade expectativas de benefícios futuros. 
• Se as doações forem para entidades não lucrativas que têm como fonte parcial de suas receitas doações, a contrapartida será a crédito de receita.
• Se tratar de doação de ativos permanentes, para servirem a mais de um ciclo operacional, a contrapartida poderá ser a crédito de uma conta de patrimônio líquido.
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
Esta seção discute três aspectos dessas definições:
(a) Direito;
(b) Potencial de produzir benefícios econômicos; e
(c) Controle 
Direito
São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou futuros. Logo os direitos que têm o potencial de produzir benefícios econômicos assumem muitas formas, incluindo: 
direitos que correspondem à obrigação de outra parte; 
(b) direitos que não correspondem à obrigação de outra parte. 
CARACTERÍSTICAS
Potencial de produzir benefícios econômicos
Um recurso econômico é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos. Para que esse potencial exista, não precisa ser certo, que esse direito produzirá benefícios econômicos. É necessário somente que o direito já exista e que, em pelo menos uma circunstância, produzirá para a entidade benefícios econômicos além daqueles disponíveis para todas as outras partes.
Controle 
Controle vincula um recurso econômico à entidade. Avaliar se existe controle ajuda a identificar o recurso econômico que a entidade contabiliza. 
MENSURAÇÃO
Hendriksen e Breda (2010) dizem que mensurar é atribuir valores monetários significativos a objetos ou eventos associados a uma entidade, e obtidos de modo a permitir agregação ou desagregação, quando exigida em situações específicas.
De acordo com Iudicíbus (2010, p.130), “verifica-se que, no âmago de todas as teorias para a mensuração dos ativos, se encontra a vontade de que a avaliação represente a melhor quantificação possível dos potenciais de serviços que o ativo apresenta para a entidade”.
MENSURAÇÃO
As bases de mensuração dos ativos podem ser feito por duas maneiras: a valores de entrada ou a valores de saída
• Os valores de entrada representam os custos de aquisição de ativos em mercados organizados.
Custo Histórico
Custo Corrente
• Os valores de saída são os valores obtidos no mercado quando a empresa oferta um ativo ou seus serviços.
Valor realizável
Valor presente
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período dasdemonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
RECONHECIMENTO
O reconhecimento é o processo que consiste em incorporar alguns itens nas demonstrações contábeis de uma entidade como um ativo, passivo, receita, despesa.

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