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Marco inicial 13 019 2014 e book Inst filantropia

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O QUE MUDA
COM O NOVO
MARCO REGULATÓRIO
LEI Nº 13.019/2014
INFORMAÇÃO CAPACITAÇÃO DESENVOLVIMENTO
O que muda com o Novo Marco Regulatório – Lei nº13.019/2014
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E-BOOKS 
FILANTROPIA
No dia 23 de janeiro de 2016, a Lei 13.019, que 
estabelece regras entre Governo e entidades sociais, 
entrou em vigor. Confira um resumo do que muda, 
desenvolvido pela advogada Dra. Ana Carolina Carrenho 
em parceira do Instituto Filantropia.
O que muda com o Novo Marco Regulatório – Lei nº13.019/2014
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SUMÁRIO
1) QUAIS AS PESSOAS JURÍDICAS QUE PODERÃO CONTRATUALIZAR COM 
O PODER PÚBLICO A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.019/2014? ......................................................................... 5
2) QUANDO A LEI ENTRARÁ EM VIGOR? ...................................................................................................................... 5
3) SERÁ NECESSÁRIO TÍTULOS, CERTIFICADOS OU QUALIFICAÇÕES? ..................................................................... 6
4) O QUE A LEI MENCIONA SOBRE O TÍTULO DE UTILIDADE PÚBLICA FEDERAL? .................................................. 6
5) O QUE A LEI MENCIONA SOBRE A QUALIFICAÇÃO DE OSCIP 
(ORGANIZAÇÃODA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO)? ............................................................................. 6
6) HOUVE ALGUMA MUDANÇA A RESPEITO DOS INCENTIVOS FISCAIS OFERECIDOS PELA OSC’S AOS SEUS 
DOADORES E INVESTIDORES SOCIAIS? ........................................................................................................................ 7
7) SOBRE A REMUNERAÇÃO DE DIRIGENTES E EQUIPE QUE ATUA NAS ATIVIDADES E PROJETOS, 
HOUVE ALGUMA ALTERAÇÃO? ..................................................................................................................................... 8
8) QUAIS OS PRINCIPAIS CONCEITOS E TERMINOLOGIAS TRAZIDOS NA NOVA LEI? ............................................. 9
9) QUAIS OS INSTRUMENTOS JURÍDICOS TRAZIDOS PELA NOVA LEI? ................................................................... 10
10) QUAIS AS HIPÓTESES DE NÃO APLICAÇÃO DA LEI? ........................................................................................... 11
11) QUAIS AS HIPÓTESES DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DO CHAMAMENTO PÚBLICO? ............................... 12
12) HÁ ALGUMA MENÇÃO SOBRE AS EMENDAS PARLAMENTARES? ...................................................................... 13
13) QUAIS DOCUMENTOS AS ORGANIZAÇÕES DEVERÃO APRESENTAR PARA A CELEBRAÇÃO DE PARCERIAS? ........13
14) AS ORGANIZAÇÃO DEVERÃO SER REGIDAS POR NORMAS INTERNAS QUE PREVEJAM: ............................... 13
15) ALÉM DE DOCUMENTOS MENCIONADOS NO ARTIGO 34, HÁ OUTRAS EXIGÊNCIAS 
PARA A CELEBRAÇÃO DE PARCERIAS COM O PODER PÚBLICO? ............................................................................ 14
O que muda com o Novo Marco Regulatório – Lei nº13.019/2014
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16) REFLEXÃO A SER FEITA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .................................................................................. 15
17) A LEI DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ............................................................................................................ 15
18) A CELEBRAÇÃO E A FORMALIZAÇÃO DOS TERMOS DE COLABORAÇÃO 
OU DE FOMENTO DEPENDEM DA ADOÇÃO DAS SEGUINTES PROVIDÊNCIAS ..................................................... 15
19) QUAIS OS CRITÉRIOS A SEREM CONSIDERADOS PARA A REALIZAÇÃO DO CHAMAMENTO PÚBLICO? ...... 16
20) QUAL A IMPORTÂNCIA DE PARECER JURÍDICO A SER EMITIDO PELO ÓRGÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? ...16
21) QUAIS OS CRITÉRIOS LEGAIS A SEREM ESPECIFICADOS NO EDITAL DE CHAMAMENTO? ............................ 17
22) EM QUAL MOMENTO DEVE SER ESPECIFICADA A ATUAÇÃO EM REDE DAS OSC’S? ..................................... 17
23) QUAL O PAPEL DA COMISSÃO DE SELEÇÃO?...................................................................................................... 18
24) QUAL A ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO? ...................................................... 18
25) O QUE DEVE SER OBSERVADO NA PRESTAÇÃO DE CONTAS TANTO POR PARTE 
DAS OSC’S QUANTO POR PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA? .......................................................................... 18
26) ABRANGÊNCIA DA NORMA: .................................................................................................................................. 21
O que muda com o Novo Marco Regulatório – Lei nº13.019/2014
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1) Quais as pessoas jurídicas que poderão contratualizar com 
o poder público a partir da vigência da Lei nº 13.019/2014?
As Fundações, associações, organizações religiosas e as Cooperativas Sociais
Fundações: Pessoas Jurídicas de direito privado sem 
fins lucrativos e econômicos definidas no Código Civil, 
(vide artigos 62 à 69) são criadas por escritura pública a 
partir de um patrimônio destacado e com prévia autori-
zação do Ministério Público.O seu registro é realizado no 
Cartório de Registro Civil de PessoaJurídica.
Associações: Pessoas Jurídicas de direito privado 
sem fins lucrativos e econômicos definidas no Código 
Civil,(vide artigos 53 à 61) são criadas pela união de pes-
soas que se organizam para fins não econômicos. O seu registro é realizado no Cartório de Registro 
Civil de Pessoa Jurídica.
Organizações religiosas: Nos termos do artigo 19 I da Constituição Federal e nos termos da 
Resolução 199/2005 do CNAS. Atuação de Projetos, programas e serviços inscritos nos Conselhos 
Municipais de Assistência Social. Sua constituição ocorre através de registro dos atos constitutivos 
no Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica.
Cooperativas sociais: As cooperativas sociais são organizações que nascem como Sociedades e 
não nas três naturezas jurídicas tradicionalmente conhecidas no Terceiro Setor, pois nascem juridicial-
mente como sociedade.
Importante destacar que não se trata de cooperativas regidas pela Lei nº5.764/71 visto que o mote 
da cooperativa social é a inserção de pessoas em vulnerabilidade, atuar na promoção da pessoa hu-
mana e na integração social dos cidadãos nos termos da Lei nº9.867/99. São aquelas que são integra-
das por pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade pessoal ou social, voltadas para fomento, 
educação e capacitação de trabalhadores rurais ou capacitação de agentes de assistência técnica e 
extensão rural e finalmente aquelas capacitadas para execução de atividades ou de projetos de inte-
resse público e cunho social.
2) Quando a Lei entrará em vigor?
Para a União e os Estados a Lei valerá a partir de 23 de janeiro de 2016 e para o Municípios a 
partir de janeiro de 2017. No entanto, se o Executivo Municipal optar por implementar a Lei ante-
cipadamente poderá fazê- lo.
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3) Será necessário Títulos, certificados 
ou qualificações?
Não será mais requisito para contratualizar com o Poder Público 
a apresentação de título, certificado ou qualificação.
 No caso de dispensa do chamamento público as OSC’s deverão 
ser previamente inscritas no órgão gestor da respectiva política. 
Será requerido credenciamento nos órgãos gestores da respectiva 
política, no caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de 
educação, saúde e assistência social (artigo 30VI).
4) O que a Lei menciona sobre o Título de Utilidade Pública Federal?
A lei nº13.204/15 que alterou o Novo MROSC’s em seu artigo 9ª revoga a Lei nº91/1935, ou seja, 
a Lei da Utilidade Pública Federal não estará mais em vigor. Importante destacar que no site do 
Ministério da Justiça já não há possibilidade de solicitar este tipo de reconhecimento.
Na prática o fato da Lei da Utilidade Pública Federal ser revogada acarretará em uma reflexão 
também a respeito dos títulos de Utilidade Pública nos âmbitos Estadual e Municipal.
5) O que a Lei menciona sobre a qualificação de OSCIP 
(Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)?
 • As Associações ou fundações que desejam tera qualificação como OSCIP deverão estar em 
funcionamento há pelo menos três anos; 
 • É permitida a participação de servidor público na composição de conselho ou diretoria de Or-
ganização da Sociedade Civil de Interesse Público;
 • Não se aplicam as exigências desta Lei, ao Termo de Parceria celebrado com as OSCIP’s desde 
que cumpridos os requisitos e as exigências da Lei nº9.790/99;
 • Foi acrescido ao texto da Lei nº9.790/99 das finalidades das organizações, a possibilidade de 
obter esta qualificação às organizações que realizam estudos e pesquisas para o desenvolvi-
mento, a disponibilização e a implementação de tecnologias voltadas à mobilidade de pessoas, 
por qualquer meio detransporte;
 • Alteração da alínea “a” do § 2º do art. 12 da Lei nº9.532/97 que trata sobre as organizações 
consideradas como imunes nos termos do Artigo150 VI “c” da Constituição Federal, mesmo 
àquelas que remuneram seus dirigentes que atuam efetivamente na gestão executiva nos ter-
mo dos artigos 3º e 16 da Lei nº 9.790/99;
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 • Foi acrescido ainda o artigo 15B a Lei nº9.790/99:
“Art. 15B. A prestação de contas relativa à execução do Termo de Parceria perante o órgão da en-
tidade estatal parceira referese à correta aplicação dos recursos públicos recebidos e ao adim-
plemento do objeto do Termo de Parceria, mediante a apresentação dos seguintes documentos:
I relatório anual de execução de atividades, contendo especificamente relatório sobre a execu-
ção do objeto do Termo de Parceria, bem como comparativo entre as metas propostas e os 
resultados alcançados;
II demonstrativo integral da receita e despesa realizadas na execução;
III extrato da execução física e financeira;
IV demonstração de resultados do exercício;
V balanço patrimonial;
VI demonstração das origens e das aplicações de recursos;
VII demonstração das mutações do patrimônio social;
VIII notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário;
IX parecer e relatório de auditoria, se for o caso.”
6) Houve alguma mudança a respeito dos incentivos fiscais 
oferecidos pela OSC’s aos seus doadores e investidores sociais?
Sim. Independentemente de título, certificado ou qualificação as organizações da sociedade 
civil farão jus aos seguintes benefícios:
I receber doações de empresas, até o limite de 2% de sua receita bruta1;
II receber bens móveis considerados irrecuperáveis, apreendidos, abandonados ou disponíveis, 
administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;
III distribuir ou prometer distribuir prêmios, mediante sorteios, vale brindes,concursos ou operações asse-
melhadas, com o intuito de arrecadar recursos adicionais destinados à sua manutenção ou custeio.
Referência: Artigos 84B da Lei 13.019/2014 alterada pela Lei 13.204/2015.
1Art. 3º A alínea c do inciso III do § 2º do art. 13 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995 passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 13. Art. 13. Para efeito de apuração do lucro real e da base de cálculo da contribuição social sobre o lucro líquido, são vedadas as seguintes 
deduções, independentemente do disposto no art. 47 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de1964:
§ § 2º Poderão ser deduzidas as seguintes doações:
III- as doações,até o limite de dois por cento do lucro operacional da pessoa jurídica, antes de computada a sua dedução, efetuadas a entidades 
civis, legalmente constituídas no Brasil, sem fins lucrativos, que prestem serviços gratuitos em benefício de empregados da pessoa jurídica 
doadora, e respectivos dependentes, ou em benefício da comunidade onde atuem, observadas as seguintes regras:
c) a entidade beneficiária deverá ser organização da sociedade civil, conforme a Lei nº 13.019, de 31 de julho de 2014, desde que cumpridos os 
requisitos previstos nos arts. 3º e 16 da Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999, independentemente de certificação.”
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a) Os benefícios previstos serão conferidos às organizações da sociedade civil que 
apresentem entre seus objetivos sociais pelo menos uma das seguintes finalidades:
I promoção da assistência social;
II promoção da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
III promoção da educação:
IV promoção da saúde;
V promoção da segurança alimentar e nutricional;
VI defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promo-
ção do desenvolvimento sustentável;
VII promoção do voluntariado;
VIII promoção do desenvolvimento econômico e social e combate 
à pobreza;
IX experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócioprodutivos e 
de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
X promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita 
de interesse suplementar;
XI promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros 
valores universais;
XII organizações religiosas que se dediquem a atividades de interesse público e cunho social dis-
tintas das destinadas a fins exclusivamente religiosos;
XIII estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de 
informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades mencio-
nadas neste artigo.
Referência: Artigos 84C da Lei 13.019/2014 alterada pela Lei 13.204/2015.
7) Sobre a remuneração de dirigentes e equipe que atua nas 
atividades e projetos, houve alguma alteração?
A Lei ratifica a possibilidade de remuneração dos profissionais envolvidos, deixando claro inclu-
sive que não será exigida contrapartida financeira como requisito.
Artigo 35 VI §1º. Não será exigida contrapartida financeira como requisito para celebração de 
parceria, facultada a exigência de contrapartida em bens e serviços cuja expressão monetária será 
obrigatoriamente identificada no termo de colaboração ou de fomento.
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A possibilidade de remuneração da equipe no Projeto ou Ativida-
de foi mencionada no artigo 46 da Lei. Lembrando que há disposição 
legal sobre a faculdade de remuneração de dirigentes que atuam na 
gestão executiva (Lei nº 13.151/2015).2
Art.46. Poderão ser pagas,entre outras despesas,com recursos 
vinculados à parceria:
I remuneração da equipe encarregada da execução do plano de 
trabalho, inclusive de pessoal próprio da organização da sociedade civil, durante a vigência da 
parceria, compreendendo as despesas com pagamentos de impostos, contribuições sociais, 
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, férias, décimo terceiro salário, salários propor-
cionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais etrabalhistas.
II as diárias referentes a deslocamento, hospedagem e alimentação nos casos em que a execução 
do objeto da parceria assim o exija (inserir no orçamento e Plano de Trabalho); 
III custos indiretos necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor 
total da parceria; 
IV aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais à consecução do objeto e ser-
viços de adequação de espaço físico, desde que necessários à instalação dos referidos equipa-
mentos e materiais.
8) Quais os principais conceitos e terminologias trazidos 
na Nova Lei?
A Partir da nova legislação a forma de contratualização entre o Poder Público e as Organizações 
da Sociedade Civil será chamada de Parceria e não mais convênio. Há algumas exceções aos con-
vênios que destacaremos ao longo dotexto.
As Parcerias serão firmadas para execução de ações de natureza continuada (denominado no 
texto da Lei como Atividades) eações de natureza pontual limitadas no tempo (denominado Pro-
jeto no texto da Lei).
2Art. 12. Para efeito do disposto no art. 150, inciso VI, alínea c, da Constituição, considera-se imune a instituição de educação ou de assistência social 
que preste os serviços para os quais houver sido instituída e os coloque à disposição da população em geral, emcaráter complementar às atividades do 
Estado, sem fins lucrativos.
§ 1º Não estão abrangidos pela imunidade os rendimentos e ganhos de capital auferidos em aplicações financeiras de renda fixa ou de rendavariável.
§ 2º Para o gozo da imunidade, as instituições a que se refere este artigo, estão obrigadas a atender aos seguintes requisitos:
a) não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados, exceto no caso de associações assistenciais ou fundações, sem fins 
lucrativos, cujos dirigentes poderão ser remunerados, desde que atuem efetivamente na gestão executiva, respeitados como limites máximos os valores 
praticados pelo mercado na região correspondente à sua área de atuação, devendo seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação superior da entidade, 
registrado em ata, com comunicação ao Ministério Público, no caso das fundações.
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Parceria: conjunto de direitos, responsabilidades e obriga-
ções decorrentes de relação jurídica estabelecida formalmen-
te entre a administração pública e organizações da sociedade 
civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de 
finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execu-
ção de atividade ou de projeto expressos em termos de colabo-
ração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação.
Espécies de Parcerias: Há menção de três instrumentos ju-
rídicos trazidos pela Lei: Termo de Colaboração, Termo de Fo-
mento e Acordo de Cooperação. Os termos somente produzirão efeitos jurídicos após a publica-
ção dos respectivos extratos no meio oficial de publicidade da administração pública.
Importante: Constará como anexo do termo de colaboração, do termo de fomento ou do acor-
do de cooperação o plano de trabalho, que deles será parte integrante eindissociável.
As Parcerias poderão ser estabelecidas para a execução de Atividades ou Projetos:
Atividades: conjunto de operações que se realizam de modo contínuo ou permanente, das 
quais resulta um produto ou serviço necessário à satisfação de interesses compartilhados pela 
administração pública e pela organização da sociedade civil.
Podemos entender os projetos, programas e serviços de natureza continuada,tais como servi-
ços de natureza continuada nos termos da Política Nacional de assistência social, de assistência 
social no entanto, deve ser frisado que adiante são dadas possibilidades de dispensa de chama-
mento justamente para serviços como educação e assistência social.
Projetos: conjunto de operações, limitadas no tempo,das quais resultaum produto destinado à sa-
tisfação de interesses compartilhados pela administração pública e pela organização da sociedade civil.
9) Quais os Instrumentos Jurídicos trazidos pela nova Lei?
A Parceria entre o Poder Público e as OSC’s será firmada através de três instrumentos jurídicos: 
termo de colaboração, termo de fomento e acordo de cooperação.
I Para as organizações que visem utilizar recursos públicos em atividades, projetos, pro-
gramas ou serviços:
a) Termo de colaboração: instrumento por meio do qual são formalizadas asparcerias estabeleci-
das pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de fina-
lidades de interesse público e recíproco propostas pela administração pública, que envolvam a 
transferência de recursos financeirose;
b) Termo de fomento: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias estabelecidas 
pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de finali-
dades de interesse público e recíproco propostas pelas organizações da sociedade civil, que 
envolvam a transferência de recursos financeiros.
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II Para as organizações que NÃO visem utilizar recursos públicos em atividades, projetos, 
programas ou serviços, havendo o compartilhamento de conhecimento, metodologias etc:
a) Acordo de cooperação: instrumento por meio do qual são formalizadas as parcerias esta-
belecidas pela administração pública com organizações da sociedade civil para a consecução de 
finalidades de interesse público e recíproco que não envolvam a transferência de recursos finan-
ceiros. Importante:deverá ser realizado o chamamento quando o objeto envolver a celebração de 
comodato, doação de bens ou outra forma de compartilhamento de recurso patrimonial, hipótese 
em que o respectivo chamamento público observará o disposto nesta Lei.
Assim, o instrumento que conhecemos atualmente como Convênio deverá ser firmado daqui 
para frente somente entre os entes federados e também com as organizações classificadas nos 
termos do § 1º do art. 199 da Constituição, ou seja, que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).
10) Quais as hipóteses de não aplicação da Lei?
a) Esta Lei não se aplica:
I às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacional 
ou autorizadas pelo Senado Federal naquilo em que asdisposições es-
pecíficas dos tratados, acordos e convenções internacionais conflita-
rem com esta Lei;
II aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais,des-
de que cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 9.637, de 15 de 
maio de 1998; Organizações qualificadas como OS.
III aos convênios e contratos celebrados com entidades filantrópicas e sem fins lucrativos nos 
termos do § 1º do art. 199 da Constituição (SUS);
IV aos Termos de Compromisso Cultural referidos no §1º do art. 9º da Lei nº 13.018, de 22 de julho 
de 2014 (Pontos de Cultura tratados na Política Nacional de Cultura Viva);
V aosTermos de Parceria celebrados com organizações da sociedade civil de interesse público,-
desde que cumpridos os requisitos previstos na Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999;
VI às transferências referidas no art.2ºda Lei nº10.845, de 5 de marçode 2004 (recursos para educa-
ção especial) no art. 8º da Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007 (FUNDEB), e nos arts. 5º e 22 
da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009 (FNDE e PDDE);
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VIII aos pagamentos realizados a título de anuidades, contribuições ou taxas associativas em favor de 
organismos internacionais ou entidades que sejam obrigatoriamente constituídas por: a) membros 
de Poder ou do Ministério Público; b) dirigentes de órgão ou de entidade da administração pública; 
c) pessoas jurídicas de direito público interno;
IX às parcerias entre a administração pública e os serviços sociais autônomos (Sistema“S”)
11) Quais as hipóteses de dispensa e inexigibilidade do 
chamamento público?
a) Poderá ser dispensado o chamamento público:
I No caso de urgência decorrente de paralisação ou iminência de paralisação de atividades de 
relevante interesse público, pelo prazo de até 180 dias;
II Nos casos de guerra, calamidade pública, grave perturbação daordem pública ou ameaça à paz social;
III Quando se tratar da realização de programa de proteção a pessoas ameaçadas ou em situação 
que possa comprometer a suasegurança;
IV no caso de atividades voltadas ou vinculadas a serviços de educação, saúde e assistência 
social, desde que executadas por organizações da sociedade civil previamente credencia-
das pelo órgão gestor da respectiva política.
b) Será inexigível o chamamento público:
I Na hipótese de inviabilidade de competição entre as organizações da sociedade civil, em razão 
da natureza singular do objeto da parceria ou se as metas somente puderem ser atingidas por 
uma entidade específica, especialmentequando:
a) o objeto da parceria constituir incumbência prevista em acordo,ato ou compromisso internacio-
nal, no qual sejam indicadas as instituições que utilizarão os recursose;
b) a parceria decorrer de transferência para organização da sociedade civil que esteja autorizada 
em lei na qual seja identificada expressamente a entidad ebeneficiária,inclusive quando setratar 
da subvenção prevista no inciso I do § 3o do art. 12 da Lei no 4.320,de 17 de março de 1964 
(subvenções sociais para instituiçõesde caráter assistencial ou cultural) , observado o disposto 
no art. 26 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 20003.
IMPORTANTE: As hipóteses de dispensa e inexigibilidade não afastam a aplicação dos 
demais dispositivos desta Lei, desta forma, as vedações, despesas,liberação de recursos,mo-
nitoramento, avaliação, prestação de contas entre outras disposições devem ser observadas.
3Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas 
físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias 
e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais. §1o O disposto no caput aplica- se a toda a administração indireta, inclusive fundações 
públicas e empresas estatais, exceto, no exercício de suas atribuições precípuas, as instituições financeiras e o Banco Central do Brasil. § 2o 
Compreende- se incluída a concessão de empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, inclusive as respectivas prorrogações e a composição de 
dívidas, a concessão de subvenções e a participaçãoe m constituição ou aumento de capital.
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12) Há alguma menção sobre as emendas parlamentares?
Sobre as emendas parlamentares há menção expressa de não realização de chamamento pú-
blico no artigo 29 da Lei:
Os termos de colaboração ou de fomento que envolvam recursos decorrentes de emendas 
parlamentares às leis orçamentárias anuais e os acordos de cooperação serão celebrados sem 
chamamento público, exceto, em relação aos acordos de cooperação, quando o objeto envolver 
a celebração de comodato, doação de bens ou outra forma de compartilhamento de recurso pa-
trimonial, hipótese em que o respectivo chamamento público observará o disposto nesta Lei.
13) Quais documentos as organizações 
deverão apresentar para a celebração 
de Parcerias?
I certidões de regularidade fiscal, previdenciária, tributária, de con-
tribuições e de dívida ativa,de acordo com a legislação aplicável 
de cada ente federado;
II certidão de existência jurídica expedida pelo cartório deregistro 
civil ou cópia do estatuto registrado e de eventuais alterações, 
ou, tratandosede sociedade cooperativa, certidão simplificada 
emitida por junta comercial;
III cópia da ata de eleição do quadro dirigente atual;
IV relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade, com endereço, número e órgão expe-
didor da carteira de identidade e número de registro no Cadastro de Pessoas Físicas CPF da 
Secretaria da Receita Federal do Brasil RFBdecadaumdeles;
VII comprovação de que a organização da sociedade civil funciona no endereço por eladeclarado.
Importante: Foi revogada a exigência de Regulamento de Compras.
14) As organização deverão ser regidas por normas internas 
que prevejam:
I objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e social;
II que, em caso haja a dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido seja transferido a 
outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e cujo objeto social 
seja, preferencialmente, o mesmo da entidade extinta;
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III seja realizada a escrituração de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e com 
as Normas Brasileiras de Contabilidade.
Importante: Foi revogada a obrigatoriedade de Conselho Fiscal na governança das OSC’s.
15) Além de documentos mencionados no artigo 34, há outras 
exigências para a celebração de Parcerias com o Poder Público?
Sim. As organizações deverão ter:
a) no mínimo 1 (um) ano de existência, com cadastro ativo, comprova-
do por meio de documentação emitida pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídi-
ca - CNPJ, para a Parceria ser celebrada no âmbito dos Municípios;
b) no mínimo 2 (dois) anos de existência, com cadastro ativo, compro-
vados por meio de documentação emitida pela Secretariada Recei-
ta Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da Pessoa Ju-
rídica - CNPJ,para a Parceria serc elebrada no âmbito dosEstados;
c) no mínimo 3 (três) anos de existência, com cadastro ativo, comprovados por meio de documen-
tação emitida pela Secretariada Receita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da 
Pessoa Jurídica - CNPJ, para a Parceria ser celebrada no âmbito da União;
d) experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto da parceria ou de natureza semelhante;
e) instalações, condições materiais e capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento 
das atividades ou projetos previstos na parceria e o cumprimento das metas estabelecidas. 
(não será necessária a demonstração de capacidade instalada prévia artigo 33 V,§5º)
Exceções:
a) Para os acordos de cooperação será exigido somente que os objetivos das OSC’s sejam vol-
tados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública esocial.
b) As organizações religiosas serão dispensadas dos requisitos I e III exigidos no artigo 33, quais 
sejam: ter objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância pública e 
social e previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio líquido 
seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza que preencha os requisitos desta Lei e 
cujo objeto social seja, preferencialmente, o mesmo da entidadeextinta.
c) As cooperativas deverão observar a sua legislação especial e a escrituração contábil de acordo 
com os princípios fundamentais de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade.
O que muda com o Novo Marco Regulatório – Lei nº13.019/2014
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16) Reflexão a ser feita pela Administração Pública:
Para administração pública há muitas adaptações a serem feitas internamente, a União e os Es-
tados deverão estar preparados para operarem novo regime de contratualização e os Municípios 
obrigatoriamente a partir de 2017.
Assim,os Municípios terão a oportunidade de refletir sobre como a lei está sendo aplicada e execu-
tada nas outras esferas para implementar de forma eficaz e operacionalmente viável no seu território.
Importante lembrar que as regras em relação as emendas parlamentares, subvenções sociais e 
para as atividades de assistência social, educação e saúde possuem regras diferenciadas nesta Lei, 
uma vez que poderá o chamamento ser inexigível ou dispensado conforme o caso, por esta razão é 
muito importante não haver prejuízo nas atividades continuadas por exemplo de assistência social 
(exemplo: ILPI’s instituição de longa permanência para idosos, organizações que trabalham com 
pessoas com deficiência, organizações de acolhimento institucional) pois são de suma importância 
para a população que depende destas atividades para manutenção de cuidados e assistência.
17) A Lei de Improbidade Administrativa:
A Nova Lei traz significantes alterações na Lei da Improbidade Administrativa (8.429/92) que terá de-
mandará maior cuidado na operacionalização das Parcerias, transparência e efetividade da Administração.
A Responsabilidade em relação aos atos de omissão e não somente de atos praticados pelo 
Administrador e pelo Gestor Público devem ser disseminadas para evitar prejuízos inclusive pessoais.
Referência: Artigos Artigo 77, 78 e 78 A da Lei nº13.019/2014.
18) A celebração e a formalização dos termos de 
colaboração ou de fomento dependem da adoção das 
seguintes providências:
 A realização de chamamento público, ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei;
 A indicação expressa da existência de prévia dotação orçamentária para execução daparceria;
 A demonstração de que os objetivos e finalidades institucionais e a capacidade técnica e ope-
racional da organização da sociedade civil foram avaliados e são compatíveis com oobjeto;
A aprovação do plano de trabalho, a ser apresentado nos termos destaLei;
A emissão deparecer de órgão técnico da administração pública, que deverá pronunciar-se, de 
forma expressa, a respeito:
a) do mérito da proposta, em conformidade com a modalidade de parceriaa dotada;
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b) da identidade e da reciprocidade de interesse das partes na realização, em mútua cooperação, 
da parceria prevista nesta Lei;
c) da viabilidade de sua execução;
d) da verificação do cronograma de desembolso;
e) da descrição de quais serão os meios disponíveis a serem utilizados para a fiscalização da exe-
cução da parceria, assim como dos procedimentos que deverão ser adotados para avaliação da 
execução física e financeira, no cumprimento das metas eobjetivos;
f) da designação do gestor daparceria;
g) da designação da comissão de monitoramento e avaliação da parceria;
19) Quais os critérios a serem considerados para a realização do 
chamamento público?
Sempre que possível, a administração pública estabelecerá critérios a serem seguidos, espe-
cialmente quanto às seguintes características: objetos; metas; custos; indicadores, quantitativos 
ou qualitativos, de avaliação de resultados com o fim de selecionar organizações da sociedade 
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto.
Atentar-se a metodologia de pontuação e ao peso atribuído a cada um dos critérios estabelecidos. 
Como não há exigência de título, certificado ou qualificação para contratualizar, estes não devem ser 
utilizados como critério de pontuação.
20) Qual a importância de parecer jurídico a 
ser emitido pelo órgão da administração 
pública?
A emissão de parecer jurídico do órgão de assessoria ou consulto-
ria jurídica da administração pública trará os subsídios técnicos acer-
ca da possibilidade de celebração da parceria.
Caso o parecer defina pela possibilidade de celebração da parce-
ria COM RESSALVAS, deverá o administrador público sanar os aspectos ressalvados ou, mediante 
ato formal, justificar a preservação desses aspectos ou sua exclusão.
Ea inda, na hipótese de o gestor da parceria deixar de ser agente público ou ser lotado em 
outro órgão ou entidade, o administrador público deverá designar novo gestor, assumindo, en-
quanto isso não ocorrer, todas as obrigações do gestor, com as respectivas responsabilidades.
Além do parecer técnico jurídico há ainda menção de parecer técnico elaborado pelo Gestor 
da Parceria e parecer financeiro que são de responsabilidade da Administração Pública.
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21) Quais os critérios legais a serem especificados no Edital 
de Chamamento?
O Edital deverá especificar minimamente: a programação orçamentária que autoriza e viabiliza 
a celebração da parceria, o tipo de parceria a ser celebrada, o objeto da parceria, as datas, os 
prazos, as condições, o local e a forma de apresentação das propostas, as datas e os critérios de 
seleçãoe julgamento das propostas, inclusive no que se refere à metodologia de pontuaçãoeao 
peso atribuído a cada um dos critérios estabelecidos,sefor o caso, o valor previsto para a realiza-
ção do objeto, a minuta do instrumento por meio do qual será celebrada a parceria e finalmente, 
conforme as características do objeto da parceria, medidas de acessibilidade para pessoas com 
deficiência ou mobilidade reduzida e idosos.
O edital deverá ser amplamente divulgado no website oficial da administração pública com no 
mínimo trinta dias de antecedência.
Exceção: É vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convocação, cláusulas ou con-
dições que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo em decorrência de 
qualquer circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto da parceria, admitidos:
I a seleção de propostas apresentadas exclusivamente por concorrentes sediados ou com re-
presentação atuante e reconhecida na unidade da Federação onde será executado o objeto 
da parceria;
II o estabelecimento de cláusula que delimite o território ou a abrangência da prestação de ati-
vidades ou da execução de projetos, conforme estabelecido nas políticas setoriais. (Exemplo: 
Politica Nacional de Assistência Social e o critério importante da territorialidade)
22) Em qual momento deve ser especificada a atuação em rede 
das OSC’s?
A Atuação em rede ocorre quando duas ou mais organizações para a 
participação de um mesmo edital de chamamento. Aliás será na publi-
cação do edital de chamamento que deverá ser definida se poderá ou 
não haver a atuação em rede das organizações.
A organização integralmente responsável será aquela definida como 
celebrante ou seja,aquela que assinará o instrumento de parceria. Assim 
a organização celebrante deverá ter pelo menos cinco anos de inscrição 
ativa no CNPJ, capacidade técnica e operacional para supervisionar e 
orientar diretamente a atuação da organização que com ela estiver atu-
ando em rede.
A organização celebrante deverá ainda comprovar a celebração de termo de atuação em rede 
com as demais OSC participantes da rede, verificando a regularidade jurídica e fiscal comprovan-
do na prestação de contas e comunicar a administração publica a assinatura do respectivotermo.
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23) Qual o papel da Comissão de Seleção?
 A Comissão de Seleção é um órgão colegiado destinado a pro-
cessar e julgar chamamentos públicos, constituído por ato oficial, 
assegurada a participação de pelo menos um servidor ocupante de 
cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da ad-
ministração pública;
 Analisará as datas, critérios de seleção e julgamento das propos-
tas, conforme metodologia de pontuação e o peso de cada um dos 
critérios estabelecidos no edital de chamamento;
 Avaliar o grau de adequação da proposta apresentada pela OSC aos objetivos específicos do 
programa ou da ação em que se insere o objetoda parceria e, quando for o caso, ao valor de refe-
rência constante do chamamento constitui critério obrigatório de julgamento;
 Justificar, na hipótese de realizar seleção de proposta apresentada que não for a mais adequa-
da ao valor de referência constante no edital.
24) Qual a atuação da Comissão de Monitoramento e Avaliação?
A Comissãod e Monitoramento e avaliação é órgão colegiado destinado a monitorar e avaliar 
as parcerias celebradas, constituído através de publicação oficial, devendo haver pelo menos um 
servidor ocupante de cargo efetivo ou emprego permanente do quadro de pessoal da adminis-
tração pública;
Homologação: A administração pública emitirá relatório técnico de monitoramento e ava-
liação de parceria celebrada e o submeterá à comissão de monitoramento e avaliação designada, 
que o homologará, independentemente da obrigatoriedade de apresentação da prestação de 
contas devida pela organização da sociedade civil. Atenção: artigo 66 parágrafo único trata a ho-
mologação como possibilidade e não obrigatoriedade.
Será impedida de participar a pessoa que, nos últimos 5 (cinco) anos, tenha mantido relação 
jurídica com, ao menos, 1 (uma) das organizações da sociedade civil partícipes.
25) O que deve ser observado na Prestação de Contas tanto por 
parte das OSC’s quanto por parte da Administração Pública?
a) Muita atenção em relação as despesas permitidas:
Remuneração da equipe encarregada da execução do plano de trabalho, inclusive de pessoal 
próprio da organização da sociedade civil, durante a vigência da parceria, compreendendo as 
despesas com pagamentos de impostos, contribuições sociais,Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço - FGTS, férias, décimo terceiro salário, salários proporcionais, verbas rescisórias 
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e demais encargos sociais e trabalhistas, diárias referentes a deslocamento, hospedagem e 
alimentação nos casos em que a execução do objeto da parceria assim o exija, custos indiretos 
necessários à execução do objeto, seja qual for a proporção em relação ao valor total da par-
ceria,aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais à consecução do objeto 
e serviços de adequação de espaço físico, desde que necessários à instalação dos referidos 
equipamentos e materiais.
Caso a OSC adquira equipamentos e materiais permanentes com recursos provenientes da ce-
lebração da parceria, o bem será gravado com cláusula de inalienabilidade, e ela deverá formalizar 
promessa de transferência da propriedade à administração pública, na hipótese de sua extinção.
b) Muita atenção em relação as despesas vedadas:
Usar os recursos para finalidade alheia ao objeto da parceria (transferir recursos entre con-
tas bancáriasdeprojetosdiferentes),pagar,a qualquert ítulo, servidor ou empregado público-
com recursos vinculados à parceria, salvo nas hipóteses previstas em lei específica e na lei de 
diretrizes orçamentárias.
c) Inadimplências:
A inadimplência da ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA não transfere à organização da sociedade civil 
a responsabilidade pelo pagamento de obrigações vinculadas à parceria com recursos próprios.
A inadimplência da ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL em decorrência de atrasos na 
liberação de repasses relacionados à parceria não poderá acarretar restrições à liberação de 
parcelas subsequentes.
d) Prestação de Contas:
Procedimento para analisar e avaliar a execução da parceria em es-
pecial o cumprimento do objeto, metas e resultados previstos.
Este procedimento terá duas fases: a primeira se dá através da apre-
sentação das contas pela OSC e a segunda etapa se dará através da 
análise e manifestação conclusiva das contas pela administração públi-
ca (órgão concedente do recurso), sem prejuízo dos demais órgãos de 
controle, tais como o Tribunal de Contas.
A administração pública fornecerá manuais específicos às organizações da sociedade civil por 
ocasião da celebração das parcerias, tendo como premissas a simplificação e a racionalização 
dos procedimentos.
As parcerias que tiverem vigência mais de uma no, será obrigatória a prestação e contas ao final 
de cada exercício.
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A apreciação da prestação e contas também está vinculada ao relatório técnico de monito-
ramento e avaliação que deverá conter análise dos documentos comprobatórios das despesas 
apresentados pela organização da sociedade civil na prestação de contas, quando não for com-
provado o alcance das metas e resultados estabelecidos no respectivo termo de colaboração ou 
de fomento.
Os Municípios de até cem mil habitantes serão autorizados a efetivar a prestação de contas e 
os atos dela decorrentes sem utilização da plataforma eletrônica.
e) Resumo dos aspectos operacionais da prestação de contas:
Os dados financeiros serão analisados com o intuito de estabelecer o nexo de causalidade en-
tre a receita e a despesa realizada, a sua conformidade e o cumprimento das normas pertinentes.
 A análise da prestação de contas deverá considerar a verdade real e os resultadosalcançados.
A prestação de contas da parceria observará regras específicas de acordo com o montante de 
recursos públicos envolvidos, nos termos das disposições e procedimentos estabelecidos confor-
me previsto no plano de trabalho e no termo de colaboração ou defomento.
 A prestação de contas e todos os atos que dela decorram darseão em plataforma eletrônica, 
permitindo a visualização por qualquerinteressado.
A prestação de contas relativa à execução do termo de colaboração ou de fomento dar-se-á 
mediante a análise dos documentos previstos no planode trabalho, nos termos do inciso IX do 
art. 22, além dos seguintes relatórios:
a) relatório de execução do objeto, elaborado pela organização da sociedade civil, contendo as 
atividades ou projetos desenvolvidos para o cumprimento do objeto e o comparativo de metas 
propostas com os resultadosalcançados;
b) relatório de execução financeira do termo de colaboração ou do termo de fomento, com a 
descrição das despesas e receitas efetivamente realizadas e sua vinculação com a execução 
do objeto, na hipótese de descumprimento de metas e resultados estabelecidos no plano 
de trabalho.
 A administração pública deverá considerar ainda em sua análise os seguintes relatórios elabo-
rados internamente, quando houver:
a) relatório de visita técnica in loco eventualmente realizada durante a execução daparceria;
b) relatório técnico de monitoramento e avaliação, homologado pela comissão de monitora-
mento e avaliação designada, sobre a conformidade do cumprimento do objeto e os resultados 
alcançados durante a execução do termo de colaboração ou de fomento.
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26) Abrangência da Norma:
Finalmente é necessário ressaltar que o Novo Marco Regulatório entrou em vigor em 23 de 
janeiro de 2016 para a União e os Estados sendo que a obrigatoriedade aos Municípios ficou pror-
rogada para janeiro de 2017.
No entanto, deverá ainda ser emitida norma regulamentadora da Lei, um Decreto para regula-
mentar a Lei no âmbito nacional e os Estados deverão estabelecer seus decretos Estaduais.
Assim também os Municípios deverão posteriormente definir Decretos Municipais para regula-
mentar no seu âmbito.
PRESIDENTE Marcio Zeppelini
DIRETORA EXECUTIVA Thaís Iannarelli
ATENDIMENTO Amanda Manarim | Cinthia Mello | Leila Souza
DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Fernanda Tudela | Tamara Zeppelini
EVENTOS Rogério Costa 
PROJETOS Mauricio Dias Lopes
INFORMAÇÃO CAPACITAÇÃO DESENVOLVIMENTO
Rua Bela Cintra, 178 – São Paulo – SP – CEP: 01415-000 
(11) 2626-4019
www.institutofilantropia.org.br
contato@institutofilantropia.org.br
	1)	Quais as pessoas jurídicas que poderão contratualizar com
o poder público a partir da vigência da Lei nº 13.019/2014?
	2)	Quando a Lei entrará em vigor?
	3)	Será necessário Títulos, certificados
ou qualificações?
	4)	O que a Lei menciona sobre o Título de Utilidade Pública Federal?
	5)	O que a Lei menciona sobre a qualificação de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)?
	6)	Houve alguma mudança a respeito dos incentivos fiscais oferecidos pela OSC’s aos seus doadores e investidores sociais?
	7)	Sobre a remuneração de dirigentes e equipe que atua nas atividades e projetos, houve alguma alteração?
	8)	Quais os principais conceitos e terminologias trazidos
na Nova Lei?
	9)	Quais os Instrumentos Jurídicos trazidos pela nova Lei?
	10)	Quais as hipóteses de não aplicação da Lei?
	11)	Quais as hipóteses de dispensa e inexigibilidade do chamamento público?
	12)	Há alguma menção sobre as emendas parlamentares?
	13)	Quais documentos as organizações deverão apresentar para a celebração de Parcerias?
	14)	As organização deverão ser regidas por normas internas
que prevejam:
	15)	Além de documentos mencionados no artigo 34, há outras exigências para a celebração de Parcerias com o Poder Público?
	16)	Reflexão a ser feita pela Administração Pública:
	17)	A Lei de Improbidade Administrativa:
	18)	A celebração e a formalização dos termos de
colaboração ou de fomento dependem da adoção das seguintes providências:
	19)	Quais os critérios a serem considerados para a realização do chamamento público?
	20)	Qual a importância de parecer jurídico a ser emitido pelo órgão da administração pública?
	21)	Quais os critérios legais a serem especificados no Edital
de Chamamento?
	22)	Em qual momento deve ser especificada a atuação em rede das OSC’s?
	23)	Qual o papel da Comissão de Seleção?
	24)	Qual a atuação da Comissão de Monitoramento e Avaliação?
	25)	O que deve ser observado na Prestação de Contas tanto por parte das OSC’s quanto por parte da Administração Pública?
	26)	Abrangência da Norma:

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