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• • Adriana Fiorotti Campos, em “O II PND e o processo de estatização da dívida externa: a crise das estatais e a sua posterior privatização” (http://www.ufcg.edu.br/~raizes/artigos/Artigo_44.pdf ), afirma que: “Em 1973, os problemas da economia brasileira eram: 1) o atraso nos setores de bens intermediários e de bens de capital; 2) uma forte dependência externa do petróleo; e 3) o elevado desequilíbrio externo. Assim, o II PND identificou o problema da transformação de recursos domésticos em divisas que o Brasil passava a enfrentar a partir de 1974 e [...] elegeu como prioritários os setores de insumos básicos, o setor energético e o de bens de capital. No entanto, esta prioridade não visava apenas corrigir desbalanceamentos, como poder-se-ia supor, mas objetivava, principalmente, aumentar a oferta de bens competitivos, tanto para o atendimento do mercado interno quanto para obter uma elevação do nível das exportações. [...] Como afirma Serra (1982), o II PND foi o mais importante e concentrado esforço do Estado desde o Plano de Metas no sentido de promover modificações estruturais na economia”. Neste contexto, era claro que a economia brasileira necessitava ajustes e dentre as alternativas disponíveis, e que podem ser apreendidas no exame do II PND, escolheu: Resposta Selecionada: d. Dinamizar o crescimento, mesmo que às custas de um maior endividamento. Respostas: a. Realizar um ajustamento macroeconômico recessivo. b. Promover o desaquecimento da demanda interna. c. Crescer de forma autônoma em relação ao financiamento do capital externo. d. Dinamizar o crescimento, mesmo que às custas de um maior endividamento. e. Estabelecer um prioritário e rigoroso programa de controle da inflação, de forma a criar condições para melhores condições de negociação com o FMI e o Banco Mundial, mesmo que às custas do desaquecimento da economia. Feedback da resposta: Resposta: D. Comentário: Havia duas possibilidades a seguir: ajustamento da economia interna como forma de crescimento ou financiamento dele com vias internacionais. A segunda opção venceu. • Pergunta 2 0,5 em 0,5 pontos Bresser Pereira, em “A Folha de São Paulo” de 20 de maio de 1991 (http://www.bresserpereira.org.br/view.asp?cod=1064), a respeito da queda da ministra Zélia Cardoso de Mello, afirmou: “Terminaram os tempos jovens e heroicos de Zélia. Tempos de coragem de enfrentar os interesses, de determinação de cobrar de todos uma parcela de sacrifício, de tenacidade na luta pelos objetivos; mas também tempos de aprendizado, de inabilidade política, de dificuldade de ouvir, de desconhecimento da dinâmica da inflação inercial brasileira. O balanço destes 14 meses foi positivo. Ainda que Zélia Cardoso de Mello e sua equipe tenham sido derrotados pela inflação, que afinal não foi controlada, e pela recessão, que resultou da política ortodoxa, monetarista, inutilmente implantada no Brasil entre maio de dezembro de 1990, o saldo de sua administração é favorável ao país”. Dentre as decisões tomadas logo após a posse do Presidente Collor de Mello, a equipe econômica comandada por Zélia resolveu: I – Realizar uma operação de enxugamento da liquidez da economia, por meio do confisco de ativos. II – Definir a pré-fixação de salários como forma de indexação. III – Instituir e permitir operações com cheques ao portador, com o objetivo de proteger o sigilo bancário e a liberdade de movimentação do capital. Assinale a alternativa correta: Resposta Selecionada: c. Apenas a afirmativa III está incorreta. Respostas: a. Apenas a afirmativa I está incorreta. b. Apenas a afirmativa II está incorreta. c. Apenas a afirmativa III está incorreta. d. Todas as afirmativas estão corretas. e. Todas as afirmativas estão incorretas. Feedback da resposta: Resposta: C. Comentário: Como o overnight foi extinto, a movimentação por cheque também passou a ser nominal. • Pergunta 3 0,5 em 0,5 pontos Em dezembro de 1973, os países membros da OPEP produziram um aumento brusco e significativo do preço do petróleo que ficou conhecido como o 1º Choque do Petróleo. Como o governo brasileiro, em termos de política econômica, reagiu a este choque? Resposta Selecionada: a. Propôs um ajuste estrutural que visava diminuir a dependência de bens de capital e insumos importados. Respostas: a. Propôs um ajuste estrutural que visava diminuir a dependência de bens de capital e insumos importados. b. Propôs um ajuste convencional, com política fiscal e monetária restritivas. c. Propôs uma estratégia de controle da inflação. d. Propôs uma estratégia de ajuste severo das contas públicas. e. Propôs um ajuste restritivo, com o aval do FMI. Feedback da resposta: Resposta: A. Comentário: diante a crise internacional provocada pelo aumento dos preços do petróleo, a economia brasileira empreende um ajuste estrutural de forma a procurar produzir internamente o que antes deveria ser importado de forma a diminuir as tensões provocadas pelo mercado internacional. • Pergunta 4 0,5 em 0,5 pontos No Dicionário Histórico-biográfico Brasileiro, do CPDOC da FGV (http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/3388_6.asp), podemos ler no verbete a respeito do “milagre econômico” que esse foi um “período, que ficou conhecido como do ‘milagre brasileiro’, em alusão aos ‘milagres’, alemão e japonês, das décadas de 1950 e 1960”. O período acima citado seria marcado: I – Por taxas de crescimento excepcionalmente elevadas. II – Por uma inflação “controlada e institucionalizada”, que declinou e se estabilizou em torno de 20 a 25% ao ano. III – Pelo superávit na balança de pagamentos. IV – Pela diminuição da desigualdade social em função da opção pelo ""crescimento do bolo"", e caracterizada pelo aumento da renda média da população brasileira. Considerando as afirmativas acima, pode-se afirmar que:" Resposta Selecionada: d. Apenas a IV está incorreta. Respostas: a. Apenas a I está incorreta. b. Apenas a II está incorreta. c. Apenas a III está incorreta. d. Apenas a IV está incorreta. e. Todas estão corretas. Feedback da resposta: Resposta: D. Comentário: apesar de se pensar na teoria do bolo, em que primeiro se cresce para depois distribuir, não se verificou na prática nem a diminuição de desigualdade nem o aumento da renda média da população brasileira. • Pergunta 5 0,5 em 0,5 pontos No seu discurso de posse como Presidente da República, dirigindo-se ao Congresso Nacional, Collor de Mello afirmou: “Conhecem Vossas Excelências a agenda de medidas básicas com que encetarei nossa estratégia de extermínio da praga inflacionária. Não poderemos edificar a estabilização financeira sem sanear, antes de tudo, as finanças do Estado. É imperativo equilibrar o orçamento federal, o que supõe reduzir drasticamente os gastos públicos. Para atingir o equilíbrio orçamentário, é preciso adequar o tamanho da máquina estatal à verdade da receita. Mas isso não basta. É preciso, sobretudo, acabar com a concessão de benefícios, com a definição de privilégios que, independentemente de seu mérito, são incompatíveis com a receita do Estado. No momento em que lograrmos esse equilíbrio – o que ocorrerá com certeza – teremos dado um passo gigantesco na luta contra a inflação, dispensando o frenesi das emissões e controlando o lançamento de títulos da dívida pública.Tudo isso, Senhores Congressistas, possui como premissa maior uma estratégia global de reforma do Estado. Para obter seu saneamento financeiro, empreenderei sua tríplice reforma: fiscal, patrimonial e administrativa. A dura verdade é que, no Brasil dos anos oitenta, o Estado não só comprometeu suas atribuições, mas perdeu também sua utilidade histórica como investidor complementar. O Estado não apenasperdeu sua capacidade de investir como, o que é ainda mais grave, por seu comportamento errático e perverso, passou a inibir o investimento nacional e estrangeiro”. Neste discurso, e em relação à reforma pretendida do Estado, pode-se apreender que a equipe econômica de Collor de Mello: I – Diagnosticou que a crise brasileira tinha origem na crise fiscal do Estado. II – Diagnosticou que o Estado só conseguia se financiar por meio do processo inflacionário ou por meio da emissão de títulos de dívida pública. III – Diagnosticou que o Estado crescera demais, inclusive do ponto de vista patrimonial, o que justificaria a necessidade de privatizar empresas estatais, deixando ao Estado apenas a responsabilidade de investir complementarmente à iniciativa privada. É correto afirmar que) Resposta Selecionada: d. Todas as afirmativas estão corretas. Respostas: a. Apenas a afirmativa I está incorreta. b. Apenas a afirmativa II está incorreta. c. Apenas a afirmativa III está incorreta. d. Todas as afirmativas estão corretas. e. Todas as afirmativas estão incorretas. Feedback da resposta: Resposta: D Comentário: o principal diagnóstico da inflação do governo Collor estava na participação do Estado na economia, notadamente, a questão fiscal descontrolada. • Pergunta 6 0,5 em 0,5 pontos No seu discurso de posse como Presidente da República, e dirigindo-se ao Congresso Nacional, Collor de Mello afirmou: “[A] perversão das funções estatais – agravada por singular recuo na capacidade extrativa do Estado – exige que se redefina, com toda a urgência, o papel do aparelho estatal entre nós. Meu pensamento, neste ponto, é muito simples. Creio que compete primordialmente à livre iniciativa – não ao Estado – criar riqueza e dinamizar a economia. Ao Estado corresponde planejar sem dirigismo o desenvolvimento e assegurar a justiça, no sentido amplo e substantivo do termo. O Estado deve ser apto, permanentemente apto a garantir o acesso das pessoas de baixa renda a determinados bens vitais. Deve prover o acesso à moradia, à alimentação, à saúde, à educação e ao transporte coletivo a quantos deles dependam para alcançar ou manter uma existência digna, num contexto de iguais oportunidades – pois outra coisa não é a justiça, entendida como dinâmica social da liberdade de todos e para todos. Entendo assim o Estado não como produtor, mas como promotor do bem-estar coletivo. Daí a convicção de que a economia de mercado é forma comprovadamente superior de geração de riqueza, de desenvolvimento intensivo e sustentado. Daí a certeza de que, no plano internacional, são as economias abertas as mais eficientes e competitivas, além de oferecerem bom nível de vida aos seus cidadãos, com melhor distribuição de renda. Não abrigamos, a propósito, nenhum preconceito colonial ante o capital estrangeiro. Ao contrário: tornaremos o Brasil, uma vez mais, hospitaleiro em relação a ele, embora, é claro, sem privilegiá-lo. Não nos anima a ideia de discriminar nem contra nem a favor dos capitais externos, mas esperamos que não falte seu concurso para a diversificação da indústria, a ampliação do emprego e a transferência de tecnologia em proveito do Brasil”. Neste discurso, e em relação ao papel do Estado na economia, pode-se apreender que: I – Era seu objetivo a redução do Estado, dentro da perspectiva de Estado mínimo. II – Era seu objetivo promover o bem-estar social por meio da adoção de mecanismos de controle da livre iniciativa, inclusive para cumprir o papel de gerador de renda e riqueza. III – Era objetivo eliminar grande parte das barreiras ao livre comércio. Assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: b. Apenas a afirmativa II está incorreta. Respostas: a. Apenas a afirmativa I está incorreta. b. Apenas a afirmativa II está incorreta. c. Apenas a afirmativa III está incorreta. d. Todas as alternativas estão corretas. e. Todas as alternativas estão incorretas. Feedback da resposta: Resposta: B. Comentário: Não havia, no plano desse governo, tentativas de barrar a livre concorrência: muito pelo contrário, o livre mercado foi favorecido e o governo não adotou medidas de melhoria do bem-estar que seria atendido pelo bom desenvolvimento da economia livre. • Pergunta 7 0,5 em 0,5 pontos Qual era, respectivamente, o diagnóstico da causa da inflação nos Planos Cruzado, Bresser e Verão? Resposta Selecionada: d. Inercial; inercial e de demanda; inercial e de demanda. Respostas: a. Inercial; inercial e inercial. b. Inercial; de demanda; inercial e de demanda. c. Inercial; inercial e de demanda; de demanda. d. Inercial; inercial e de demanda; inercial e de demanda. e. Conflito distributivo; inercial; causada pelo déficit público. Feedback da resposta: Resposta: D. Comentário: as principais causas da inflação identificadas pelos planos de estabilização da época estão na inércia e demanda. • Pergunta 8 0,5 em 0,5 pontos Segundo Guilherme Barros, colunista da Folha de São Paulo (http://iepecdg.com/DISK%201/Arquivos/ArtigosBacha/cruzado20anos26022006- 09032006.pdf), “na época (do Plano Cruzado), o presidente era José Sarney, o primeiro civil depois de 21 anos de ditadura militar. [...] Engendrado por um grupo de economistas oriundos da PUC do Rio, o plano serviu para legitimar Sarney na chefia do governo, já que ele tinha herdado o poder em março de 1985 depois da tragédia ocorrida com Tancredo Neves. No início, o plano foi um sucesso [...]. O presidente Sarney e o então ministro da Fazenda, Dílson Funaro, se tornaram heróis da Nova República. O plano resistiu nove meses. Em novembro, seis dias depois de o governo ter alcançado uma esmagadora vitória nas urnas, o plano foi substituído pelo Cruzado 2, que decretou o fim do congelamento de preços. [...] De milagroso, o Cruzado se torna o maior plano de estelionato eleitoral da história do país”. Dentre as medidas adotadas pelo Plano Cruzado, não se inclui: Resposta Selecionada: e. A adoção do dólar como padrão para reajustes de contratos de financiamento a longo prazo, e apenas a longo prazo. Respostas: a. A adoção das tablitas de conversão dos contratos de financiamento. b. O congelamento de preços. c. O congelamento de salários. d. A adoção de um abono salarial de 8% e um aumento de 16% no salário mínimo. e. A adoção do dólar como padrão para reajustes de contratos de financiamento a longo prazo, e apenas a longo prazo. Feedback da resposta: Resposta: E. Comentário: a moeda americana não foi utilizada como forma de indexação de contratos; muito pelo contrário; indexadores foram eliminados. • Pergunta 9 0,5 em 0,5 pontos Sobre o Plano Cruzado, analise as afirmações a seguir: I. Introduziu uma nova moeda, o cruzado, na paridade de Cr$ 1,00 igual a Cz$ 1,00. II. Todos os preços da economia foram congelados, inclusive a taxa de câmbio na paridade vigente no dia anterior ao anúncio do Plano. III. Concomitantemente às medidas de congelamento e desindexação da economia, o governo adotou medidas restritivas tanto do lado fiscal quanto da política monetária para conter a demanda agregada. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: b. II, apenas. Respostas: a. I, apenas. b. II, apenas. c. III, apenas. d. I e II. e. I e III. Feedback da resposta: Resposta: B Comentário: na adoção do Plano, não houve paridade e sim desindexação e não foi acompanhada de medidas totalmente restritivas. • Pergunta 10 0,5 em 0,5 pontos Sobre o Plano Verão, analise as afirmações a seguir: I. O Plano Verão foi anunciado em 14/01/89 e promoveu mais uma reforma monetária, desta vez com a criação do cruzado novo que valia Cz$1.000,00. II. Assim como oPlano Bresser, o Plano Verão também era um plano híbrido, pois continha elementos ortodoxos e heterodoxos. III. Do lado heterodoxo, procurou-se conter a demanda agregada com a prática de taxas de juros reais elevadas e corte nas despesas públicas. É correto o que se afirma em:" Resposta Selecionada: d. I e II. Respostas: a. I, apenas. b. II, apenas. c. III, apenas. d. I e II. e. I, II e III. Feedback da resposta: Resposta: D. Comentário: do lado heterodoxo, prevaleceu o congelamento. Quinta-feira, 28 de Maio de 2020 20h09min02s BRT
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