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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ PEDAGOGIA Trabalho da disciplina de Filosofia da Educação - CEL0468 PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR Grazielle Pereira da Silva Lins 201908124504 BELO HORIZONTE 2019 1. OBJETIVOS Este presente trabalho buscou elaborar um relatório a respeito da relação da Filosofia da Educação e sua aplicação nas práticas curriculares. Visando estabelecer uma reflexão sobre os mecanismos apontados pela Filosofia da Educação e a realidade e os desafios vividos na sala de aula. 2. INTRODUÇÃO Como afirma Mazzoti a Filosofia da Educação pode ser entendida como uma disciplina que tem por objetivo a elucidação dos conhecimentos educacionais e das teorias pedagógicas. (MAZZOTI,1999). Ao longo da história diversos pensadores propuseram suas concepções a respeito do assunto. A filosofia da educação surge na Grécia juntamente com os primeiros grandes filósofos. Acredita-se que por consequência do tempo livre estes pensadores usaram a ociosidade para pensar e questionar as causas de tudo que enxergavam como elementos do mundo. Estes filósofos pré-socráticos tinha como visão o questionamento dos mitos, buscando a passagem da consciência mítica a consciência filosófica. Neste período podemos destacar a visão de Sócrates, acredita-se que o filósofo foi um divisor de águas. Com a ideia da Maiêutica (parto, ou surgir), que consiste em fazer surgir ideias verdadeiras. O método socrático fazia com que as pessoas respondessem perguntas que o levassem a entender por conta própria que as suas respostas entrariam em contradição com suas crenças. E fazer com que a respostas se tornassem mudanças e busca por novas respostas. Aqui surge a ideia da pedagogia do diálogo racional. Posteriormente Platão defende com o Mito da Caverna a chamada Teoria das ideias, afirmando que o conhecimento do mundo sensível não pode se dizer ser verdadeiro, mas sim um mundo pleno de ideias. Aristóteles faz a defesa de que a verdade deveria procurada no próprio mundo sensível. E a educação defendida pelo filósofo visava gerar um bem supremo entre todos os membros da sociedade. Ele via o homem como um animal político, que só pode viver no meio social, e precisava ser domesticado através da educação. Durante idade média podemos destacar o papel fundamental da igreja na educação e na organização social. Este período é conhecido como a Escolástica. Pois a partir do século V foi necessário aprofundar a estrutura e sistematizar a fé. Podemos destacar neste período a contribuição de Agostinho de Hipona e Tomás de Aquino. 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Esta pesquisa foi feita através de uma entrevista à uma professora da 3° série do ensino fundamental. Que respondeu o questionário, explicando como ela relaciona os ensinamentos da Filosofia da Educação com a realidade cotidiana da sala da aula. 3.1 O QUE É ENSINAR ? Para a professora entrevistada: Bom ensinar para mim é a transmissão de conhecimentos, na verdade é uma troca, eu não acredito no processo de ensinar como uma relação de mão única. Eu acredito no processo de ensinar como uma via de mão dupla, onde nós trocamos os nossos conhecimentos com o aluno e o aluno nos passa aquilo que ele tem de conhecimento, seja acerca do pedagógico seja acerca da vivência seja acerca da realidade que ele tem em torno dele. Para mim ensinar se baseia nisso. RENATA.2019 3.2 COMO VOCÊ ESCOLHE SEUS PROCEDIMENTOS DE ENSINO ? Ela afirma o seguinte: Os procedimentos de ensino na verdade eu deixo para escolher de acordo com a turma, isso é muito subjetivo vai de acordo com cada aluno. Por exemplo esse ano eu tenho uma turma que existem algumas crianças com necessidades especiais, com crianças de inclusão. Então eu tenho feito das minhas aulas dentro da realidade possível para esses alunos. Então eu vou desde aulas expositivas e aulas mais concretas né aonde eu levo o material para explanação para exploração. E eu vou muito da demanda da criança não e de acordo com que ela é capaz de absorver. Então é partir daí eu escolho, geralmente eu uso a tecnologia quando é possível, pois a escola onde eu trabalho não disponibiliza esse tipo de ferramenta. Então eu uso do meu próprio celular para fazer pesquisas, mostrar vídeos, fazer consultas com os alunos. Então a ferramenta de trabalho vai de acordo com a minha a realidade da sala de aula, a partir dela escolho como trabalhar com os alunos. 3.3 VOCÊ SE BASEIA EM ALGUNS TEÓRICO? QUAL? COMO? Obtive a seguinte resposta: Eu me baseio em um teórico talvez pela minha formação, eu me baseio em Freud, eu me baseei muito em Freud, e em Vygotsky. Então eu uso muito a partir dessas duas teorias em que o saber é uma troca né. E que a criança ela já traz consigo um saber próprio e individual, e a partir desse saber eu vou desenvolver nela, vou desenvolver com ela as potencialidades que ela tem. Então eu me baseio a partir da escuta, primeiro eu faço uma análise, eu faço uma observação da sala de aula e a partir do que ela me traz eu começo a trabalhar em cima disso. Claro que eu sigo né o programa curricular da escola, eu sigo todo material didático mas sempre me pautando no que os dois teóricos trabalham. Então eu trabalho a partir disso, e através da escuta do aluno né, o que o aluno tem a dizer me diz muito do meu trabalho, me diz muito da capacidade que ele tem de absorção. 3.4 COMO ACONTECE AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM SALA DE AULA? COMO VOCÊ TRABALHA CONFLITOS? A professora respondeu o seguinte: Bom na minha sala de aula esse ano eu tenho uma turma de 10 crianças, então a interação social entre eles é relativamente boa. É uma turma de 10 crianças, 3 novatos, então no início do ano eu fiz uma intermediação, e esses alunos tiveram uma boa relaç ao ao longo desse ano. Os conflitos são resolvidos de maneira muito pontual, como são alunos desses 10 alunos, 4 são inclusões, já com laudos cada um com uma particularidade, eu trabalho de maneira individual novamente né, porque cada um deles tem um tipo de demanda. Mas geralmente os conflitos são resolvidos em grupo eu converso com eles abertamente, nós temos alguns combinados que foram estabelecidos para o início do ano, e sempre que necessário a gente volta a esses combinados. Dessa maneira eu trabalho a relação interpessoal e o ponto dos conflitos. Quando há necessidade de uma intervenção mais pontual eu faço e não resolvendo em sala de aula e só levar para direção, mas geralmente isso é resolvido em sala de aula. 4. CONCLUSÃO Podemos afirmar que diante da experiência relatada pela professora Renata Eustáquio em sala da aula e com o conteúdo aprendido na Filosofia da Educação, podemos perceber que o estudo da vida, ainda tem muitos desafios e precisa ser trabalhado. Mas podemos afirmar que os filósofos antigos como Aristóteles, Platão e Sócrates, e também os pensadores modernos citados pela professora, servem como orientação para o desenvolvimento de uma educação que comunique a realidade social e a experiência da sala de aula. BIBLIOGRAFIA SANTOS, SILVA E CARVALHO, Tecnologia, mídias e educação, Setembro de 2012. Disponivel em : <http://educonse.com.br/2012/eixo_08/PDF/35.pdf> Acesso em 17 de Novembro de 2019. BALEIRO, Fernando de Figueiredo. ASPECTOS ANTROPOLOGICOS E SOCIOLOGICOS DA EDUCAÇÃO. Janeiro de 2014. Disponivel em: <http://www.giseldacosta.com/wordpress/wp-content/uploads/2016/08/antropologia.p df> Acesso em 15 de Novembro de 2019. FOUCAULT, Michel. Entrevista Foucault e a educação. Disponivel em: <https://youtu.be/xgOd_4uNUT0> Acesso em 10 de Novembro de 2019. http://educonse.com.br/2012/eixo_08/PDF/35.pdf http://www.giseldacosta.com/wordpress/wp-content/uploads/2016/08/antropologia.pdf http://www.giseldacosta.com/wordpress/wp-content/uploads/2016/08/antropologia.pdfhttps://youtu.be/xgOd_4uNUT0
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