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PROPOSTA DE REDAÇÃO – 2013 29
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
OSG.: 74039/13
PROPOSTA I (ENEM)
Mais médicos cubanos, por favor
Quem não se impressiona com a história corporativista promovida por entidades médicas, embalada por questões partidárias 
e ideológicas, vai, aos poucos, percebendo o seguinte: todos saem ganhando com a vinda dos médicos cubanos.
Esclareço que não tenho nenhuma simpatia pelo regime cubano – e nem acredito que vamos resolver a questão da saúde 
com a chegada desses profissionais.
Também esclareço que desconfio de um governo que faz apressadamente projetos para atender pressões populares. E de 
um ministro (Padilha), que é candidato a governador.
Não devemos cair nem na histeria da oposição nem no marketing oficial.
Dito isso, como mostrou a Folha, os cubanos vão ganhar aqui cerca de 40 vezes o que ganham lá, melhorando sua 
qualidade de vida.
Poderia ser melhor? Eles podiam ficar com todo o dinheiro? Poderiam. Mas, daí a falar em escravos, como fizeram muitos 
médicos, apenas se explica pela histeria. É uma preocupação próxima de zero a saúde nas comunidades sem médicos.
Note-se que esse acordo foi feito com a Organização Mundial de Saúde (via seu braço para a América Latina), seguindo 
padrões internacionais.
A reportagem do Jornal de O Estado de S. Paulo mostra que, no exame de certificação do diploma (Revalida), os médicos 
formados na Escola Latino-Americana de Cuba (Elam) se destacaram.
Não vi nenhuma informação consistente sobre um suposto despreparo dos médicos que vêm de fora, em particular os 
cubanos. A Folha, em outra reportagem, mostra que a formação deles é particularmente interessante para áreas degradadas, 
com foco em saúde da família.
Portanto, o país sai ganhando com um profissional preparado para ocupar uma vaga recusada pelos brasileiros.
E saem ganhando os médicos estrangeiros que melhoram sua condição de vida.
Saúde é coisa muita séria para ser tratada pelo estetoscópio da ideologia.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/2013/09/1335572-
mais-medicos-cubanos-por-favor-shtml
TEMA: OS MÉDICOS ESTRANGEIROS E A SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA
PROPOSTA II (ENEM)
Pensar em uma sociedade mais igualitária a partir da democratização da leitura. Possibilidade? Mito? Utopia? Sempre que 
me debruço a olhar a estrutura desigual da sociedade brasileira, o que vejo de mais protuberante é a distância abissal entre os 
incluídos e os excluídos dos benefícios que uma educação pode proporcionar ao ser humano – e incluo no escopo da educação 
todos os mínimos anos que uma pessoa deveria passar nos bancos da escola.
Há na nossa sociedade um fosso que é, ao mesmo tempo, social, econômico, cultural e educacional. De um lado, está 
uma massa de alijados do acesso ao emprego e à renda, do contato e da fruição dos bens culturais e da escola, relegados, como 
afirma Marques de Melo, ao rádio e à televisão, únicos benefícios de entretenimento e informação que lhes restam. Do lado 
oposto, uma minoria com acesso, em maior ou menor escala, ao reconhecimento social (ou pelo menos à cidadania), com muito 
ou médio poder de compra e de empregabilidade, com acesso aos bens culturais privados e com maior nível de escolarização, 
conjunto que vai lhe conferir a distinção de classe média ou classe alta.
Como reduzir essa distância, como fazer encolher esse fosso? Este artigo tem a intenção de propor, de forma bastante 
afirmativa, que a leitura seja, justamente, utilizada como armamento nessa empreitada de construção de um igualitarismo social 
a partir da diminuição das desigualdades, pois, se “um país se faz com homens e livros”, como ficou concebido por Monteiro 
Lobato, é de se supor que, quanto maior for o nível de contato (e, por extensão, de prática) do brasileiro com a leitura, maior 
será o seu enriquecimento particular e social, uma vez que, em geral, o conteúdo da leitura é compartilhado.
Numa sociedade competitiva e, por natureza de princípio, excludente como a nossa, uma das únicas formas que ainda 
restaram de ascensão social das camadas menos favorecidas é a busca da possibilidade (mais remota em alguns casos, menos em 
outros) do enriquecimento cultural. E qual melhor forma de enriquecimento cultural (e tomo aqui o termo cultura no sentido mais 
ampliado, de conjunto de elementos humanizadores do homem, da sua herança histórica e produtiva) do que a leitura? Afinal, 
é pela leitura que o homem apreende grande (na verdade, a maior) parte do seu conhecimento, do instrumental educacional, 
dos valores, do “conhecimento útil” para o seu desenvolvimento no mundo do trabalho, da sua forma de se comunicar e 
socializar-se, enfim. É pela leitura que ele adquire o domínio das armas intelectuais para a luta (quase sempre desigual) na selva 
de pedra do mundo (pós) moderno.
Honorina Maria Simões Carneiro - Professora do Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão: CEFET - MA, 
Mestre em Pedagogia Profissional-Leitura Crítica. Disponível em http://www.revistadeletras.ufc.br/rl25Art22.pdf
TEMA: A LEITURA COMO FATOR DE INCLUSÃO SOCIAL
Proposta de Redação – 2013
2 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
OSG.: 74039/13
PROPOSTA III (OUTROS VESTIBULARES)
Carta do leitor
Imagine que você escreverá uma carta ao editor do Jornal O POVO, solicitando publicação de matérias sobre a necessidade 
da divisão de responsabilidades entre o Estado e a sociedade, em relação ao tema da inclusão social. Faça o pedido e diga quais 
os motivos da sua solicitação.
Vinícius – 09/09/13 – REV.: LSS

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