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NOÇÕES DE ELETRICIDADE PARA SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Rafael Alex Vieira do Vale GRANDEZAS ELÉTRICAS Em qualquer sistema elétrico deve-se ter em mente as grandezas que definem as características elétricas de equipamentos e instalações que são: Tensão Elétrica ou Diferença de Potencial; Corrente Elétrica; Resistência Elétrica Potência Elétrica; TENSÃO OU DIFERENÇA DE POTENCIAL (V) A tensão ou diferença de potencial é um desequilíbrio elétrico entre potenciais em um meio; Em sistemas elétricos, a tensão elétrica é a diferença de níveis de energia elétrica em um material condutor e sua unidade é o Volt (V); TENSÃO OU DIFERENÇA DE POTENCIAL (V) A tensão promove a força necessária para o movimento das partículas carregadas, os elétrons; Esta força provoca o trânsito destas partículas dando origem a corrente elétrica; Para a medição da tensão elétrica usamos o Voltímetro; Este aparelho deve ser ligado em paralelo com o componente elétrico a que se quer saber a tensão; TENSÃO OU DIFERENÇA DE POTENCIAL (V) CORRENTE ELÉTRICA (I) A corrente elétrica é o movimento ordenado dos portadores livre de carga elétrica em um material condutor com unidade Ampere (A); No caso, os elétrons livres na camada de valência mais afastada do núcleo quando submetidos a uma tensão ou diferença de potencial entram em movimento; CORRENTE ELÉTRICA (I) Este movimento pode ser contínuo ou oscilante promovendo as classificações da corrente: Corrente Contínua; Corrente Contínua Pulsante; Corrente Alternada; CORRENTE ELÉTRICA (I) A corrente contínua é a corrente que apresenta sempre o mesma intensidade independente do instante de tempo estudada; A corrente permanece constante em todos os instantes de tempo; CORRENTE ELÉTRICA (I) A corrente elétrica contínua pulsante é a corrente que varia de intensidade com o tempo, porém, permanece com polaridade sempre fixa; Este tipo de corrente é resultado de circuitos ou componentes elétricos chamados de retificadores; CORRENTE ELÉTRICA (I) A corrente alternada é a espécie de corrente que oscila com o tempo e muda de polaridade em determinados intervalos de tempo; É o tipo de corrente elétrica encontrada na geração, transmissão e distribuição de energia; CORRENTE ELÉTRICA (I) A forma da corrente depende diretamente da fonte geradora de tensão o de circuitos elétricos associados; Fonte de energia química como pilhas e baterias são responsáveis por promover tensões contínuas; Geradores mecânicos como geradores a diesel, turbinas hidrelétricas ou eólicas são fontes de corrente alternada; Já circuitos retificadores promovem a conversão de corrente alternada para pulsante; CORRENTE ELÉTRICA (I) O aparelho de medição de corrente elétrica é feita pelo Amperímetro; O amperímetro deve ser instalado em série como o componente do circuito que se deseja saber a intensidade da corrente elétrica; CORRENTE ELÉTRICA (I) RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R) A resistência elétrica é a propriedade de todo como ou material de se opor a passagem de corrente elétrica; Sua unidade de medida é o Ohm (Ω); As partículas portadoras de cargas viajam pelo corpo ou material condutor e se chocam com os átomos deste material; Estes choques reduzem a energia dos elétrons reduzindo a intensidade da corrente transformando essa energia em calor; RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R) Em um fio a resistência elétrica depende diretamente do material, da área da seção transversal e do comprimento deste fio; Desta forma pode-se quantificar que a resistência elétrica em um fio pode ser determinado por: 𝑅 = 𝜌 𝑙 𝑆 Onde ρ é a resistividade do material, l o comprimento e S a área da seção transversal do fio; RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R) RESISTÊNCIA ELÉTRICA (R) A resistência é medida pelo Ohmímetro e o mesmo deve ser conectado em paralelo com a resistência sem a presença de tensão ou corrente elétrica; POTÊNCIA ELÉTRICA (P) A potência elétrica é a taxa de energia transferida ou transformada em um determinado intervalo de tempo; Sua unidade de medida é o Watt (W); A energia contida nos elétrons pode ser transformada ou transferida para o funcionamento dos componentes ou equipamentos elétricos envolvidos no circuito; POTÊNCIA ELÉTRICA (P) O instrumento de medição usado para medir a potência elétrica é o Wattímetro; O Wattímetro colhe as informações de tensão e corrente do componente ou equipamento do circuito e apresenta a medida em Watt; LEI DE OHM Em 1827, o físico e matemático, Georg Simon Ohm, publicou os resultados de seus trabalhos com os circuitos elétricos; Ohm descobriu que a corrente que atravessa um fio condutor é proporcional a diferença de potencial aplicada; A proporcionalidade entre a corrente elétrica e a diferença de potencial no fio em alguns tipos de materiais existia e foram chamados de materiais ôhmicos; LEI DE OHM A razão V/I mostra o quanto de tensão deve ser aplicada para um determinado nível de corrente em um dispositivo do circuito; Quanto maior a dificuldade que o dispositivo impõe a passagem de corrente elétrica, maior deve ser aplicada a tensão para atingir um certo nível de corrente elétrica; Logo, essa relação entre tensão e corrente ficou conhecida como Resistência Elétrica; LEI DE OHM Assim a Lei de Ohm é definida como a relação entre tensão, corrente e resistência; A lei é expressa, matematicamente, da seguinte forma: 𝑉 = 𝑅 . 𝐼 Onde V é a tensão aplicada, R é a resistência do componente e I a corrente que passa por este componente; LEIS DE KIRCHOFF O físico alemão Gustav Robert Kirchoff, formulou suas conhecidas leis da ainda quando estudante em 1845 na Universidade de Königberg intituladas hoje como: Lei de Kirchoff das Tensões (LKT) Lei de Kirchoff das Correntes (LKC) Amplamente usadas em resoluções de circuitos elétricos; LEI DE KIRCHOFF DAS TENSÕES (LKT) Baseado na Lei da Conservação da Energia; A soma algébrica das elevações e quedas de potencial em torno de um caminho fechado (ou malha fechada) é igual a zero; LEI DE KIRCHOFF DAS TENSÕES (LKT) Considerando o circuito: Logo, a soma das elevações de tensão em torno de uma malha fechada é igual a soma das quedas de tensão; LEI DE KIRCHOFF DAS CORRENTES (LKC) Baseada na Lei da Conservação das Cargas; A soma algébrica das correntes que entram e saem de uma região sistema ou nó é igual a zero; LEI DE KIRCHOFF DAS CORRENTES (LKC) Considerando o circuito: Então, a soma das correntes que entram em uma região, sistema ou nó é igual a soma das correntes que saem dessa mesma região, sistema ou nó. CIRCUITOS SÉRIE Um circuito série é caracterizados por componentes ligados em sequencia de tal forma que a corrente elétrica por eles tem o mesmo valor; CIRCUITOS SÉRIE Para que isto ocorra é necessário que se forme somente um caminho para a passagem da corrente elétrica; A ligação deve ser feita com um terminal do componente ao terminal do componente seguinte; Uma outra característica é que a tensão em cada componente elétrico é dividida proporcionalmente; RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO SÉRIE Se tratando da tensão total do circuito e a corrente elétrica também total diz-se que esta relação é chama de resistência equivalente; 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 A ideia pode ser estendida para qualquer quantidade de resistores em série: 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 +⋯+ 𝑅𝑛 CIRCUITO PARALELO Um circuito paralelo é um associação que os componentes elétricos encontrados no circuito compartilham da mesma tensão; Para que isto ocorra os terminais devem ser conectados sobre a mesma diferença de potencial; CIRCUITO PARALELO A corrente elétrica é dividida, proporcionalmente, para cada elemento do circuito; Este tipo de associação segue as diretrizes da Lei de Kirchoff das Correntes (LKC); Esta associação é caracterizado também pela presença de Nós Elétricos ondeas correntes elétricas se dividem para outros ramos do circuito; RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO PARALELO Pode-se chamar o fator 1/Req de condutância propriedade inversa da resistência; E a equação pode ser expressa para outros números de resistores obtendo: 1 𝑅𝑒𝑞 = 1 𝑅1 + 1 𝑅2 +⋯+ 1 𝑅𝑛 RESISTÊNCIA EQUIVALENTE DO CIRCUITO PARALELO Quando tem-se n resistores ligados em paralelo com o mesmo valor de resistência podemos calcular a resistência equivalente de acordo com: 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅 𝑛 Um caso particular para 2 resistores quaisquer em paralelo pode-se calcular a resistência equivalente da seguinte forma: 𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1. 𝑅2 𝑅1 + 𝑅2 MATERIAIS SEMICONDUTORES Os semicondutores são materiais que apresentam condutividade (resistividade) transitória entre o material condutor e dielétrico (isolante); Os semicondutores são muitas vezes metais que apresentam estrutura química estável; Os principais exemplares encontrados na eletrônica, no que diz respeito a semicondutores, são o Silício (Si) e Germânio (Ge); MATERIAIS SEMICONDUTORES A estrutura molecular do Silício, por exemplo, é uma estrutura com ligações Covalentes em uma formação Tetravalente; Quando a estrutura apresenta somente átomos do material semicondutor original designa-se que este material é praticamente Puro ou Intrínseco; MATERIAIS SEMICONDUTORES Porém, muitas vezes para provocar uma melhor condução dos componentes elétricos semicondutores utiliza-se a técnica de Dopagem; A dopagem é a implantação de impurezas na estrutura do material semicondutor; Esta dopagem eleva o grau de condução dos semicondutores bem como reduz o gap de energia necessário para a movimentação de um elétron na estrutura molecular; MATERIAIS SEMICONDUTORES No caso da dopagem o material deixa de ser puro ou intrínseco e passa a ser classificado como Extrínseco; MATERIAIS SEMICONDUTORES Geralmente, para que ocorra condução de elétrons os matérias Extrínsecos são dopados por materiais com excesso e deficiência de elétrons com relação ao átomo original; São usados materiais considerados pentavalentes (1 elétron a mais) e trivalente (1 elétron) a menos; Essa divisão define os extrínsecos em matérias tipo N e P; MATERIAIS SEMICONDUTORES O material tipo N é uma estrutura de um semicondutor dopado com átomos pentavalentes; Os átomos pentavalentes apresentam cada um elétron desemparelhado deixado a estrutura com característica negativa; MATERIAIS SEMICONDUTORES O material tipo P é uma estrutura de um semicondutor dopado com átomos trivalentes; Os átomos trivalentes apresentam cada um elétron a menos que o átomo do semicondutor puro deixado a estrutura com característica positiva; MATERIAIS SEMICONDUTORES Os matérias tipo N e P são postos em contato e na presença de uma tensão os elétrons da camada N são transportados a camada P; Esse transporte reduz o gap ou barreira de energia necessária para o fluxo dos elétrons entre as camadas; MATERIAIS SEMICONDUTORES Com a redução do gap e a continuidade da tensão aplicada nas camadas o fluxo de elétrons aumenta, exponencialmente; Este procedimento da origem a diversos componentes semicondutores como diodos, transistores, chips ou CI’s entre outros componentes; Esse raciocínio será válido para o entendimento do funcionamento de painéis fotovoltaicos;
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