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COMPARATIVO ENTRE MENSURAÇÃO DE ALTURA DE ARVORES COM HIPSÔMETRO E APLICATIVOS PARA CELULARES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO VALE DO IGUAÇU - UNIGUAÇU 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA GRAZIELA OSGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVO ENTRE MENSURAÇÃO DE ALTURA DE ARVORES COM HIPSÔMETRO E 
APLICATIVOS PARA CELULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIÃO DA VITÓRIA - PR 
2019
 
ANA GRAZIELA OSGA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARATIVO ENTRE MENSURAÇÃO DE ALTURA DE ARVORES COM HIPSÔMETRO E 
APLICATIVOS PARA CELULARES 
 
Trabalho de Conclusão de Curso realizado na área de 
Agronomia apresentado na disciplina de Estágio 
Supervisionado III (profissionalizante), do Curso de 
Agronomia, do Centro Universitário Vale do Iguaçu de 
União da Vitória, como requisito para obtenção de título 
de Bacharel em Agronomia. 
 
Orientador: Prof. Neumar Irineu Wolff ll 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIAO DA VITÓRIA - PR 
2019 
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TERMO DE APROVAÇÃO 
 
COMPARATIVO ENTRE MENSURAÇÃO DE ALTURA DE ARVORES COM 
HIPSÔMETRO E APLICATIVOS PARA CELULARES. 
 
 
 
 
ANA GRAZIELA OSGA 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro 
Universitário Vale do Iguaçu, como requisito para obtenção do Grau de Bacharel em 
Agronomia, considerado aprovado pela banca examinadora e avaliado como nota: 
___________ em sua defesa pública. 
 
 
_____________________________________ 
Orientador: Prof. Neumar Irineu Wolff ll 
Centro Universitário Vale do Iguaçu 
 
______________________________________ 
Membro da banca: Prof. Anderson Luiz Durante Danelli 
Centro Universitário Vale do Iguaçu 
 
______________________________________ 
Membro da banca: Profa. Julia Caroline Flissak 
 Centro Universitário Vale do Iguaçu 
 
 
União da Vitória, 05 de dezembro de 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais. 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Principalmente a meus pais, que sempre acreditaram em mim, e estiveram comigo 
nos meus fracassos e nas minhas vitórias, nunca deixaram de me incentivar. 
A meus irmão que sempre estiveram ao meu lado. 
A meus tios e avós, pelo carinho e apoio, principalmente a minha avó Luzia Gan, 
que sempre esteve comigo nesse percurso. 
Aos amigos por me ajudarem em momentos difíceis e torceram por mim. 
Aos professores pela dedicação e atenção em especial ao meu professor orientador 
Neumar Irineu Wolff ll. 
Aos colegas pela amizade. 
A Deus por proporcionar as maravilhas da existência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Muitos homens devem a grandeza da 
sua vida aos obstáculos que tiveram que vencer. 
- C. H. Spurgeon 
 
RESUMO 
 
OSGA, Ana Graziela. Comparativo entre mensuração de altura de arvores com hipsômetro 
e aplicativos para celulares. 2019. 39 f. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Agronomia do Centro Universitário Vale do Iguaçu – UNIGUAÇU, União da Vitória, 
Paraná. 
 
Com objetivo de comparar os resultados obtido entre o aparelho hipsômetro e os aplicativos de 
celulares para mensurar a altura de arvores de Pinus, o experimento foi realizado em uma área 
de reflorestamento em Porto União-SC e os tratamentos foram delimitados em alinhamento. 
Foram selecionadas 40 arvores para a realização dos testes. Os aplicativos utilizados para os 
testes de precisão foram: Smart Tools, Distance Meter, Tree-H e Smart Measure, os quais 
apresentaram precisão semelhantes entre si. Todos os dados coletados pelos aplicativos foram 
comparados com os resultados do Hipsômetro através da análise de variância – ANOVA e 
comparativo entre médias. Sendo que na análise de variância os resultados para as médias do 
aplicativo Smart Tools, Distance Meter, Tree-H e Smart Measure são considerados 
insignificantes em relação à média obtiva pelo aparelho Hipsômetro, aceitando, portando, 
aceitando H0 e rejeitando H1. Em relação as médias, o aplicativo Three-H se mostra mais 
eficiente, com sua média mais próxima com a testemunha. Comparando com os demais 
aplicativos, ele é o de fácil uso e observação ao coletar os dados, por outro lado o aplicativo que 
se apresentou menos eficaz e de difícil manuseio foi o Distance Meter, deixando a desejar por 
sua grande necessidade de tempo, seu ajuste pouco preciso e o desfoque da câmera, por conta 
disso sua utilização se tornou a mais lenta e mais trabalhosa. Mesmo não sendo de difícil 
manuseio e observação o aplicativo Smart Measure foi o que teve suas medidas mais distantes 
com a testemunha chegando a 10% de diferença. 
 
Palavras-chave: Comparativos de mensuração. Mensuração florestal. Reflorestamento. 
 
 
ABSTRACT 
 
OSGA, Ana Graziela. Comparison between tree height measurement with 
hypsometer and mobile applications. 2019. 39 f. Conclusion Work Course presented to the 
Agronomy Course of the Centro Universitário Vale do Iguaçu – UNIGUAÇU, União da Vitória, 
Paraná. 
 
In order to compare the results obtained between the hypsometer device and mobile 
phone applications to measure the height of pine trees, the experiment was carried out in a 
reforestation area in Porto União-SC and the treatments were delimited in alignment. Forty trees 
were selected for the tests. The applications used for the precision tests were: Smart Tools, 
Distance Meter, Tree-H and Smart Measure, which showed similar accuracy. All data collected 
by the applications were compared with the results of the hypsometer through analysis of 
variance - ANOVA and comparative between means. In the analysis of variance, the results for 
the Smart Tools, Distance Meter, Tree-H and Smart Measure application averages are 
considered insignificant in relation to the average obtained by the Hypsometer device, accepting, 
carrying, accepting H0 and rejecting H1. Regarding averages, the Three-H app is more efficient, 
with its closest average with the witness. Compared to other applications, it is easy to use and 
observable when collecting data, on the other hand the application that was less effective and 
difficult to handle was Distance Meter, leaving to be desired for its great need of time, its 
adjustment inaccurate and camera blurring, so its use has become the slowest and most 
laborious. Although not difficult to handle and observe the Smart Measure app was the one that 
had its most distant measurements with the witness reaching 10% difference. 
 
Keywords: Measurement comparatives. Forest measurement. Reforestation. 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – área do experimento .................................................................................................. 16 
Figura 2 – aplicativo Smart Measure em funcionamento ............................................................ 17 
Figura 3 – aplicativo Distance Meter em funcionamento ............................................................. 18 
Figura 4 – aplicativo Smart Tools em funcionamento .................................................................. 18 
Figura 5 – aplicativo Tree-H em funcionamento .......................................................................... 19 
Gráfico 1 – médias de todos os tratamentos. .............................................................................. 21 
Anexo 1 – autorização da empresa ............................................................................................. 28 
Quadro 01 - Análise SWOT ......................................................................................................... 30 
Organograma 1 – Estrutura organizacional da Empresa Frutus. ................................................ 31 
Figura 6 – Empresa Frutus. ........................................................................................................ 32 
Figura 7 - teste de dureza e açúcar da pera ...............................................................................
33 
Figura 8 - teste de dureza e açúcar da ameixa ........................................................................... 33 
Figura 9 - teste de dureza e açúcar da maça .............................................................................. 34 
Figura 10 – instalação dos pilares ............................................................................................... 34 
Figura 11 – técnica de amarração de elásticos para condução do pomar ................................... 35 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – médias dos tratamentos por repetição .................................................................... 19 
Tabela 2 - Análise de Variância para o Delineamento Inteiramente Casualizado ..................... 20 
Tabela 3 - Médias dos tratamentos e coeficiente de variação dos resultados .......................... 20 
Tabela 4 – diferença entre médias em metros .......................................................................... 21 
LISTE DE ABREVEATURAS 
 
m - metros. 
% - por cento. 
SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats 
Uniguaçu – Faculdades Integradas do Vale do 
Iguaçu H – altura 
mp – megapixel sumário 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
SUMARIO 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 2 
1.1 JUSTIFICATIVA......................................................................................................3 
1.2 OBJETIVOS ........................................................... Erro! Indicador não definido. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 3 
2.1 PREMATURIDADE ............................................................................................... 3 
2.2 VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO INVASIVA (VNI) ................................................ 4 
2.3 POSICIONAMENTO ............................................................................................. 5 
3. MÉTODO ................................................................................................................. 7 
3.1 TIPO DE PESQUISA .............................................. Erro! Indicador não definido. 
3.2 LOCAL DE PESQUISA ......................................................................................... 7 
3.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA .................................................................................. 7 
3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ................................... Erro! Indicador não definido. 
3.5 CRITÉRIOSS DE EXCLUSÃO ............................... Erro! Indicador não definido. 
3.6 PROCEDIMENTOS E AMOSTRA .......................... Erro! Indicador não definido. 
3.7 INSTRUMENTOS ................................................... Erro! Indicador não definido. 
3.8 MATERIAIS ............................................................ Erro! Indicador não definido. 
3.9 LIMITAÇÃO DO ESTUDO ...................................... Erro! Indicador não definido. 
3.10 ORÇAMENTOS .................................................... Erro! Indicador não definido. 
ANEXO ....................................................................................................................... 7 
REFERENCIA ........................................................................................................... 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Existem diferentes métodos para se medir a altura de uma árvore, sendo o 
aparelho hipsômetro uma delas, mas dentre suas limitações pode-se citar uma que 
merece destaque, o seu preço. Dessa forma, os aplicativos de celulares, por serem 
uma opção praticamente sem custo, vem ocupando o lugar deste aparelho, mas seu 
uso ainda é questionável por não obter resultados tão precisos na comparação entre 
ambos (CAMPOS, 2009). 
Os hipsômetros podem ser divididos em duas categorias de acordo com seu 
princípio de construção, existindo os que se baseiam no princípio geométrico 
(relação entre triângulos) e os que se baseiam no princípio trigonométrico (relação 
entre ângulos e distância) (SOARES et al. 1988). 
É recente a utilização do hipsômetro digital, agilizando as leituras e permitindo 
a medição das distancias inclinada e corrigida para a horizontal, entre o observador 
e a arvore, o qual vem dispensando o uso de trena. 
Os aplicativos Smart Tools, Distance Meter, Tree-H e Smart Measure são 
alguns exemplos de ferramentas usadas para a medição, encontrados gratuitamente 
para downloads em celulares, porém possuem uma precisão ainda duvidosa. Com 
isso é ainda o correto e mais recomendado o aparelho de mensuração de altura 
hipsômetro para inventários florestais, já que estes requerem a máxima precisão na 
coleta dos dados, pois pode envolver extensas áreas e alto capital investido 
(COUTO at al. 1989). 
Um exemplo da utilização de inventário florestal é o de reflorestamento de 
pinus, a espécie é a mais plantada atualmente para fins comerciais. Muito 
comercializada no sul do Brasil, por ter um clima ideal pra sua produção, destacando 
esse região, portando, uma forte produtora da espécie. 
Em vista do crescente número de inventário realizados, esse trabalho visa a 
comparação entre o aparelho hipsômetro e os aplicativos para celulares para 
mensuração de altura de arvores de Pinus, avaliando se realmente há diferenças 
significativas no resultado das medições; o quão preciso são; e qual deles seria o 
mais ideal para qualquer situação podendo ser elas declividade ou intemperes da 
área. 
 
 
 
 
3 
 
 
1.1 JUSTIFICATIVA 
Com o intuito de aprimorar o conhecimento referente a real diferença entre as 
mensurações de altura de árvores, realizado entre a comparação do aparelho 
hipsômetro e os aplicativos de mensuração de altura disponíveis para usuários 
gratuitamente, a fim de estudar e obter resultados significativos ao manuseio de 
ambos. 
Além disso acredita-se que o estudo poderá ajudar a identificar qual situação 
poderá ser utilizados as opções citadas e qual delas será viável para seu inventário 
florestal. 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
1.2.1Objetivo geral 
Comparar os valores de medição de arvores de Pinus com diferentes 
aplicativos, com os valores indicados pelo aparelho de medição hipsômetro. 
 
1.2.2 Objetivos específicos 
a) Observar a precisão dos aplicativos de mensuração comparando com os 
valores apresentados pelo aparelho hipsômetro. 
b) Analisar e compara valores frequentes na coleta de dados. 
c) Identificar qual dos aplicativos é o que apresenta os valores mais próximos 
com os do hipsômetro. 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 INVENTÁRIO FLORESTAL 
Um inventário florestal consiste na medição de parte da população da floresta, 
isto é, de unidades amostrais ou parcelas, para depois extrapolar os resultados para 
a área total (LEITE et al., 2002). 
Assim, visando planejar as operações florestais, têm-se estimativas da 
quantidade e da distribuição da madeira disponível. Destacando, portando, o 
 
reflorestamento de Pinus uma produção de alto custo. 
 
 
 
 
4 
 
 
Em reflorestamentos, o conhecimento sobre os recursos existentes se dá 
através da medição ou estimação de atributos das árvores e das florestas, além de 
muitas características das áreas sobre as quais as árvores estão crescendo, por 
meio de instrumentos e métodos apropriados (CAMPOS et al., 1993). 
Os procedimentos para medir a altura de árvores são definidos como: diretos 
através de vara ou trena, ou indiretos a partir de aparelhos chamados de 
hipsômetros, sendo estes fundamentados em métodos geométricos e 
trigonométricos (SANQUETTA et al., 2014). Já a dendrometria, refere-se ao estudo 
das dimensões das árvores e objetiva, basicamente, determinar o volume florestal e, 
portanto, estimar com confiança estoque e o incremento florestal. (CAMPOS at al. 
1993). A incorporação de aplicativos para smartphones é alternativa para uso em 
inventários
florestais para alturas (URBANO et al., 2014) 
De acordo com Urbano et al., 2014: 
Com a presente inovação tecnológica tem sido crescente o uso de 
smartphones acompanhado de uma gama de aplicativos desenvolvidos 
para diversas finalidades, incluindo estimativas de alturas e distâncias, 
tornando-se também uma alternativa que visa à redução de custos em 
inventários florestais, a partir de evidências de sua eficácia. 
A densidade populacional de plantas é um ponto que influencia a relação 
hipsômétrica. Esta influência vai ser maior ou menor dependendo a qual estrato da 
floresta pertence a árvore. Nas árvores dominantes a altura é pouco afetada pelo 
espaçamento, já nas dominadas a influência no desenvolvimento da altura é 
bastante acentuada (ARAÚJO, 2004). Sendo assim, a melhor alternativa para 
estimar a altura total em inventários florestais depende da heterogeneidade do 
povoamento e da intensidade de amostragem (LEITE et al., 2003) 
É muito comum implantar o inventário florestal assim que o povoamento atinja 
uma idade em que se pode projetar com segurança o volume, para idades futuras. 
Essa idade varia de 4 anos para o Pinus. As projeções são feitas com base em 
dados históricos do crescimento da espécie de interesse no local de trabalho 
(COUTO et al., 1989). 
 
2.2 PINUS 
Freitas (2013) fala que a espécie de Pinus mais plantada atualmente para fins 
comerciais é Pinus taeda L., conhecida popularmente como Pinus, Pinheiro- 
 
 
 
 
5 
 
 
Americano, Pinheiro-Amarelo ou Loblolly Pine, essa espécie é muito comercializada 
no sul do Brasil, por ter um clima ideal pra sua produção, destacando essa região 
como uma forte produtora da espécie. 
De acordo com Schreuder et al. (1993), a unidade de amostra deve ter um 
tamanho o qual seja suficiente para incluir um número representativo de árvores, 
porém, pequena o suficiente para que a relação entre o tempo de estabelecimento e 
o tempo de trabalho não seja muito longo o que pode acabar sendo inviável. 
Segundo Lamprecht (1990), o Pinus elliottii como espécie heliófila de 
crescimento rápido, goza de alta competitividade em relação as gramíneas e 
arbustos lenhosos quando ainda em fase inicial de crescimento, podendo ele atingir 
alturas de 20 a 30 metros. O sistema radicular pode penetrar no solo até uma 
profundidade maior que 5 metros. 
O Instituto de Pesquisas Florestais (IPEF, 2005), refere que o pinus 
representa o gênero florestal mais plantado no Brasil depois do Eucalyptus. O pinus 
não é uma espécie de madeira nativa, por isso pode ser comercializado segundo a 
legislação vigente. Atualmente, com a introdução de diversas espécies, 
principalmente das regiões tropicais, a produção de madeira de pinus tornou-se 
viável em todo o Brasil (IPEF, 2005). 
Diversos são os produtos oriundos da madeira de pinus, a partir da qual as 
empresas transformam a matéria-prima em produtos serrados, esquadrias e 
produtos de maior valor agregado, lâminas, compensados, painéis de madeira 
aglomerada, molduras, pisos, portas, móveis e outros (BLEIL et al., 2007). 
2.3 hipsometro 
Segundo Couto (1989), o hipsômetro denominado Haglof é um dos 
instrumentos importados que surgiu no mercado e possui diversas características, 
sendo as principais a facilidade de uso; baixo custo em relação aos outros 
instrumentos importados; e a correção de declividade do terreno no próprio 
aparelho. A utilização de hipsômetros digitais é recente, o qual agilizam as leituras e 
permitem a medição das distancias inclinada e corrigida para a horizontal, entre o 
observador e a arvore, dispensando o uso de trena (CAMPOS, 2009). 
Os hipsômetros podem ser divididos em duas categorias de acordo com seu 
princípio de construção, existindo os que se baseiam no princípio geométrico 
 
 
 
 
6 
 
 
(relação entre triângulos) e os que se baseiam no princípio trigonométrico (relação 
entre ângulos e distância) (SOARES et al., 1988). 
Soares (2011), relata também que entre os hipsômetros baseados no 
princípio geométrico existe o hipsômetro Christen, o qual a principal característica é 
que, para sua utilização, não é necessário o conhecimento da distância até a arvore, 
sendo que para mensurar a altura de uma planta é necessário o conhecimento da 
distância entre a pessoa e a arvore. 
Contudo, dentre os equipamentos que utilizam o princípio trigonométrico, 
pode-se citar o Nível de Abney, o Blume-Leiss, o Haga e o Suunto Clinômetro, e 
para utilização dos mesmos é necessário conhecer a distância entre observador e a 
árvore (SOARES, 2011). 
No entanto Silva (2012) expõe que os hipsômetros baseados em distâncias 
fixas, como é o caso dos hipsômetros de Haga e Blume-Leiss, não funcionam bem 
na estimação da altura em povoamentos nativos, isso ocorre devido a necessidade 
do mensurador (operador do aparelho) de se afastar a uma distância fixa (em média 
20m) da árvore muitas vezes faz que ele perca a visão dessa distância. 
2.4 APLICATIVOS DE MENSURAÇÃO 
Os aplicativos Smart Tools, Distance Meter, Tree-H e Smart Measure são 
alguns exemplos de ferramentas usadas para a medição, encontrados gratuitamente 
para downloads em celulares, porém possuem uma precisão ainda duvidosa. Em 
virtude disso, Silva (2017) expõe que o uso do hipsômetro é ainda o equipamento 
mais recomendado para inventários florestais, já que estes requerem a máxima 
precisão na coleta dos dados, pois pode envolver extensas áreas e alto capital 
investido. 
Harfouche (2018) diz que apesar da existência de aplicativos para 
smartphones, os quais são alternativas para levantamentos dendrométricos em 
inventários florestais, são poucos os estudos que os analisam, em diferentes 
condições, as mensuração de altura de arvores, sendo o reflorestamento de Pinus 
um desses casos. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
3.1 LOCAL DE PESQUISA 
Esse experimento foi realizado no interior do município de Porto União – SC, 
na localidade de Nova Galícia. 
3.2 MATERIAIS UTILIZADOS 
Nesse experimento foram utilizados 4 aplicativos para aparelhos celulares 
com sistema operacional Android e 1 aparelho hipsômetro da marca Haglof para 
mensuração das altura e uma prancheta para anotação. 
3.3 COLETA DE DADOS 
No transcorrer do experimento foram obtidos os dados da altura (em metros) 
de 40 árvores, sendo 10 árvores por repetição. Em cada árvore foram coletados as 
alturas com a utilização do aparelho hipsômetro (T1, testemunha) e dos aplicativos 
Smart Tools (T2), Distance Meter (T3), Tree-H (T4), Smart Measure (T5) totalizando 
200 medições. 
Adotando uma distância de 15m entre a árvore e o operador e 1,6m de altura 
do chão. Partindo do pressuposto que as medidas do hipsômetro as mais próximas 
da medida real, as médias obtidas nos aplicativos foram comparadas com a do 
hipsômetro. 
3.4 RELATORIO DE ESTAGIO 
 As atividades desenvolvidas no Estágio Supervisionado lll estão dispon´veis 
em apêndice. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
A área do terreno do experimento era de declividade baixa e por isso os 
resultados se mostram com pouca influência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
Figura 1 – Área do experimento. 
 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Os resultados obtidos mostraram que estatisticamente as medições com os 
aplicativos Smart Measure (T2), Distance Meter (T3), Smart Tools (T4) e Tree-H 
(T5), não possuem diferenças significativas com as medições do aparelho 
hipsômetro (T1, testemunha), aceitando a hipótese de nulidade, aceitando H0 e 
rejeitando H1, já que as média se apresentam muito próximas umas as outras. 
O hipsômetro utilizado no experimento é o da marca Haglõf®, ele é um 
instrumento eletrônico de medição de inclinações e alturas. A partir de uma distância 
préviamente medida manualmente, ele calcula e apresenta a altura do objeto 
diretamente no visor. Todos os dados são processados pelo instrumento e todas as 
funções do aparelho operam com um único botão. 
Aplicatico Smart Measure: com a ajuda
do aplicativo, pode-se medir a 
distância e a altura de qualquer objeto. É preciso apenas apontar a câmera para um 
objeto e pressionar o botão de captura, como mostra a Figura 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
Figura 2 – Aplicativo Smart Measure em funcionamento. 
 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Aplicativo Distance Meter: Com esse aplicativo pode se medir a distância 
entre qualquer objeto apontando a câmera para o chão próximo a ela. A altura da 
arvore pode ser medida apontando a câmera na parte superior do objeto e 
capturando a imagem como na Figura 3. 
 
Figura 3 – aplicativo Distance Meter em funcionamento. 
 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Aplicativo Smart Tools: é um aplicativo para Android, que engloba diversas 
utilidades para medir distância, área, ângulo, altura e até decibéis. Para a 
mensuração da altura basta mirar a câmera e acionar a captura de imagem como na 
Figura 4. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
Figura 4 – aplicativo Smart Tools em funcionamento. 
 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Aplicativo Tree-H: é uma ferramenta clássica de alta medição para árvores, 
usando o método geométrico. Sua utilização ao medir altura é muito fácil e pratica. 
Figura 5. 
Figura 5 – aplicativo Tree-H em funcionamento. 
 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Na Tabela 1 são apresentados os valores das médias entre os tratamentos, 
podendo observar a proximidade dos resultados entre os tratamentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Tabela 1 – Médias dos tratamentos por repetição. 
 
R1 R2 R3 34 
T1 17,63 19,69 19,72 19,73 
T2 19,64 21,3 19,71 20,69 
T3 19,24 21,63 18,5 20,93 
T4 17,95 19,29 18,6 20,12 
T5 19,27 21,21 20,98 22,44 
Fonte: O autor, 2019. 
 
A análise de variância é uma medida de dispersão que mostra quão distantes 
os valores estão da média. Na tabela 2 mostra o resultados entre as médias total 
representando o F 2,08 não significativo comprando com o F tabelados a 5 e 1%. 
Como F calculado é menor que F tabelado, a hipótese da nulidade H0 é 
aceita, concluindo que não existem diferenças reais entre os aplicativos testados 
com o hipsômetro. 
O aplicativo Distance Meter deixou a desejar em seu manuseio, de difícil 
ajuste e foco da câmera, sua utilização em relação aos outros é a mais lenta. Em 
contra partida o Aplicativo Tree-H teve seu desempenho excelente, se mostrou 
rápido e requereu menos tempo, já que em um inventário florestal muitas vezes o 
tempo é muito valioso, sendo que, muitas vezes, em áreas muito grande leva-se 
dias para finalizar as medições. 
 
Tabela 2 - Análise de Variância para o Delineamento Inteiramente Casualizado. 
FV GL SQ QM F 5% 1% 
TRATAMENTOS 4 11,62 2,9 2,08 ns 3,06 4,89 
ERRO 15 20,94 1,4 
TOTAL 19 32,56 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Apesar de todos os valores serem estatisticamente iguais, existem diferenças 
numéricas que podem ser consideradas. Na tabela 3 estão os valores das médias 
de cada tratamento incluindo a testemunha e o coeficiente de variação dos 
tratamentos. 
 
 
 
 
 
12 
 
 
 
Tabela 3 - Médias dos tratamentos e coeficiente de variação dos resultados. 
T1(H) T2(H) T3(H) T4(H) T5(H) Coe. de Var. (%) 
18,94 20,09 20,08 18,99 20,97 73 
Fonte: O autor, 2019. 
 
O coeficiente de variação é uma medida relativa de variabilidade. É 
independente da unidade de medida utilizada, sendo que a unidade dos dados 
observados pode ser diferente que seu valor não será alterado (DUARTE 2006). 
Duarte (2006), também diz que coeficiente de variação tem, portanto, 
aplicações na pesquisa para comparar a precisão dos tratamentos. Entretanto, a 
qualificação de um coeficiente como alto ou baixo requer familiaridade com o 
material que é objeto de pesquisa. 
Em relação as médias comparadas entre os aplicativos, o Three-H, mostrou-
se mais eficiente entre todos os testados por obter a menor diferença das médias 
entre as repetições comparando com o aparelho hipsômetro, uma porcentagem de 
diferença de 0,26 em relação a média mensurada pelo aparelho hipsômetro. Além 
de ser de fácil uso e observação ao coletar os dados, o aplicativo Tree-H 
Dentre todos os aplicativos, o Smart Measure obteve a maior diferença entre 
as médias comparado com a testemunha 10,72%. 
No gráfico a seguir (Gráfico 1), está representada a relação entre as médias 
dos tratamentos, no caso a diferença entre elas, mostradas no eixo y. 
Gráfico 1 – médias de todos os tratamentos. 
Fonte: O autor, 2019. 
 
 
 
 
13 
 
 
Os valores comparados podem ser também colocados como mais próximos a 
testemunha, julgando o mais parecido com o real. Na tabela 4 mostra em metros e 
em porcentagem os valores da diferença das médias, e qual tratamento é o mais 
próximo do T1. 
Tabela 4 – diferença entre médias em metros. 
 T1 DIFERENÇA (m) DIFERENÇA (%) 
T2 18,94 20,09 1,15 m 6,07% 
T3 18,94 20,08 1,14 m 6,02% 
T4 18,94 18,99 0,05 m 0,26% 
T5 18,94 20,97 2,03 m 10,72% 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Podemos observar que os valores do tratamento T4 (em cinza) se aproxima 
com o os valores da testemunha T1, a porcentagem dada é julgando os valores da 
testemunha como o valor de 100% e a diferença em metros a porcentagem dada. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O teste aplicado proporcionou concluir que os aplicativos Smart Measure, 
Distance Meter, Smart Tools e Tree-H podem ser utilizados para medir alturas em 
arvores em um reflorestamento de Pinus. 
O Aplicativo Tree-H foi satisfatório pois sua média aproximou-se muito a 
testemunha usada. Já o aplicativo Distance Meter mostra-se inviável pela precisão 
de tempo demasiado. 
Em aparelhos celulares smartphones com câmeras de 13mp (como a usada 
no experimento) influenciam na medição, pois em dias muito claros, com alta 
luminosidade solar, a copa das arvores são desfocadas, impossibilitando a visão. 
 
 
 
 
14 
 
 
 
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16 
 
 
 
ANEXOS 
 
Anexo 1 – Autorização da empresa 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
APÊNDICES 
 
A Frutus foi criada em 1992 e está localizada no centro da região produtora 
de Pera Rocha (concelho de Cadaval - Portugal). Com 38 produtores e uma 
produção na ordem de 18 mil toneladas, a empresa possui uma enorme estrutura, 
onde a exemplo, seu armazenamento da produção é direcionado para câmaras de 
atmosfera controlada. Além das peras, a Frutus trabalha também com a produção de 
ameixas, nectarinas e maçãs (Gala, Fuji, Reineta, Golden, Starking e Granny Smith). 
A empresa é associada com a TriPortugal que produz em média 18.000 mil 
toneladas/ano de frutas incluindo pera, maçã e ameixa. Possui câmaras de 
atmosfera controlada e atmosfera dinâmica para melhor atender a produção futura e 
atender melhor às exigências dos clientes. Para atender essas exigências a Frutus 
investe em sustentabilidade de produção, usando com cautela os recursos água, 
solo e energia, sempre focando na preservação do ecossistema. 
 
Quadro 01 - Análise SWOT 
Fonte: Autora, 2019. 
 
 
A análise SWOT ou análise FOFA busca identificar Forças (Strenghts), 
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). 
Consiste na verificação de equilíbrio entre os fatores internos, forças e fraquezas da 
empresa, e os externos, oportunidades e ameaças do mercado. 
FORÇAS FRAQUEZAS 
Maquinário próprio 
Armazém próprio 
Exportação 
Controle sanitário do pomar 
Quantidade não suficiente de 
deposito para matéria prima. 
Irrigação dos pomares 
OPORTUNIDADES AMEAÇAS 
Expansão do mercado; 
Vendas diretas; 
Manter clientes com maior potencial; 
Cenário econômico 
Alto rigor na área de sanidade 
Clima 
 
 
 
 
19 
 
 
Já o organograma retrata a estrutura organizacional das empresas, onde são 
destacadas a autoridade e hierarquia, a comunicação e a divisão de trabalho e 
responsabilidades. 
 
 
Organograma 1 – Estrutura organizacional da Empresa Frutus. 
 
Fonte: Frutus, 2019. 
 
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO 
 
Na primeira semana, de estagio foi feita a apresentação dos setores da 
empresa nominada de Frutus (Figura 6), junto com a Nutricionista da empresa, em 
seguida foi designada a tarefa de seleção de peras da variedade Rocha por calibre, 
as quais seriam exportadas ao Brasil e por esse motivo a importância de selecionar 
as peras mais sadias e saudáveis possível, onde levariam mais de 20 dias até 
chegarem ao destino. No mesmo período foram realizadas seleções também em 
ameixas as quais teriam destino distintos. 
Na semana seguinte, correspondente aos dias 29 ao 03 de agosto as 
seleções continuaram, e foi realizado o teste de dureza e açúcar das peras da 
variedade Rocha (Figura 7), os quais eram realizados após uma coleta de uma 
 
 
 
 
20 
 
 
pequena amostra de duas frutas por lote, em seguida era utilizado o paquímetro 
para medir o calibre após o corte e a retirada do suco para medir o teor de açúcar e 
outro corte para medir a dureza. 
Figura 6 – Empresa Frutus. 
 
Fonte: Fladzinski, 2019. 
 
Figura 7 - teste de dureza e açúcar da pera. 
 
 
 
 
21 
 
 
 
Fonte: O autor, 2019. 
 
 
Foram realizados também os testes na Ameixa (Figura 8) e na Maça (Figura 
9), sendo o mesmo procedimento. Após todos os procedimentos as anotações eram 
avaliadas. 
 
Figura 8 - teste de dureza e açúcar da ameixa. 
Fonte: O autor, 2019. 
Figura 9 - teste de dureza e açúcar da maça. 
 
 
 
 
22 
 
 
Fonte: O autor, 2019. 
 
 Condução de pomares jovens 
Após serem preparados os pilares para o estiramento dos arrames (Figura 10) é 
realizado a condução de plantas de macieira da cultivar Gala pela amarração dos 
pomares jovens com elásticos, com idade aproximada de um mês de transplante, 
com aproximadamente 120cm. 
Figura 10 – instalação dos pilares. 
Fonte: O autor, 2019. 
 
Com o elástico faz-se uma amarração na parte inferior do primeiro arame e a 
segunda parte acima no segundo arame (Figura 11), está técnica serve para sua 
condução e formação da planta, a qual estando sempre ereta propicia a todas as 
plantas um padrão de crescimento e uniformidade. 
 
 
 
 
 
23 
 
 
Figura 11 – Técnica de amarração de elásticos para condução do pomar. 
 
Fonte: O autor, 2019 
 Instalação de sistema de irrigação 
A irrigação é importante, pois facilita a absorção de nutrientes pelas plantas, 
promove o crescimento, diminui a suscetibilidade a pragas e doenças. Aumenta a 
produção, melhora a qualidade dos frutos e possibilita a colheita em períodos de 
entressafra. 
Depois de feita a condução dos pomares jovens foi realizado a instalação do 
sistema de irrigação, o sistema utilizado é o de gotejamento. Juntos aos arames são 
amarrados dois canos pretos em toda a linha do pomar, e ligado a um sistema de 
tubos conectados ao poço de coleta de água. Em seguida são colocados os 
gotejadores ao longo dos canos. 
 
 
 
 Colheita da Ameixa 
No dia 08 de agosto iniciou-se a colheita da ameixa, a qual apresentava-se 
com muita produção mas com uma baixa qualidade, a qual tinha pouco calibre. A 
colheita foi toda manual, onde em um grupo de até 10 pessoas estas foram divididas 
em duplas para seguir cada qual um lado das linhas dos pomares, e dois apenas 
 
 
 
 
24 
 
 
ficaram pegando os baldes cheio e despejando com cuidado nos palotes (caixas de 
plásticos adaptadas para a coleta de frutas) que já estavam distribuídos em toda a 
linha do pomar, os palotes espalhados nas linhas podiam ser de capacidade de até 
260kg ou de 500kg de frutas. Após cheios eram recolhidos com o trator com a 
empilhadeira e levados para o local de armazenamento. 
 
 Colheita da Maça Gala
A colheita da Mala da variedade Gala foi feita selecionando os frutos mais 
avermelhados e sem defeitos, pois os frutos que vão com defeito são direcionado a 
indústria de derivados, e o valor pago por esse produto é muito baixo. Após colhidas 
era feito o mesmo processo de recolhimento de palotes 
 
 Acompanhamento ao campo 
No dia 25 de outubro foi acompanhado junto a engenheira agrônoma da 
empresa, a qualidade das maças nos pomares de maçãs da variedade Fuji, sendo o 
objetivo era fazer a coleta de 5 frutos de cada pomar e fazer a avaliação do grau de 
Brix, dureza e amido, identificando a época certa para a colheita. Foram seis 
pomares visitados ao todo. 
 
 Manejo de plantas daninhas 
O controle de plantas daninhas tem por objetivo diminuir e ou eliminar as 
competição por agua, luz e nutrientes entre as aras daninhas e as espécies 
frutíferas, bem como favorecer a população de inimigos naturais de pragas e 
doenças em todas as etapas do desenvolvimento do pomar. 
Foi realizado o controle manual o qual é realizado com o auxílio de 
ferramentas e, ou com as mãos. Com a enxada (ferramenta utilizada) faz o 
coroamento ao redor das frutíferas, eliminando as plantas daninhas num raios de 1 
metro de distância ao redor das plantas jovens e na região em torno da proteção da 
copa em plantas adultas, onde sera realizado a adubação, as plantas daninhas ao 
redor ao tronco das frutíferas deve ser arrancado preferencialmente com as mãos 
para não danificar caule e raízes. 
 
 Outras atividades não desenvolvidas no ano de 2019 
 
 
 
 
25 
 
 
Fazem 6 anos que a empresa vem oferecendo estagio para os acadêmicos 
do curso de agronomia do Centro Universitário do Vale do Iguaçu – UNIGUAÇU, e 
são diversas as atividades acompanhadas durante o estágio, que infelizmente, por 
questão de falta de tempo, foi mostrada na pratica mas explicadas como eram 
realizadas, entre elas estão: 
 
Retirada de Bravos 
A retirada de bravos é a remoção de ramos que tem seu crescimento por si 
involuntário ou indesejado para a planta, pois o mesmo vem a concorrer por espaço, 
luz, nutrição entre outros, retirando-se os bravos terá um melhor desempenho da 
planta e a energia que iria para os bravos darem crescimento para si iram para a 
planta para seu real interesse que é os ramos produtivos. 
 
Poda 
Podas de condução em pomares de maçãs com diversas idades, onde o 
objetivo é a retirada de galhos ladrões, galhos em posição vertical, condução da 
copa com apenas a do eixo principal e galhos mais grossos de o eixo principal. Tem 
por objetivo regularizar a produção e melhorar a qualidade dos frutos. 
É o conjunto de cortes executados numa árvore, com o objetivo de regularizar 
a produção, aumentar e melhorar os frutos, mantendo o completo equilíbrio entre a 
frutificação e a vegetação normal. 
 
Arqueamento de ramos 
Com um rolo de fitas plásticas amarra-se os ramos arqueando os mesmos em 
uma posição para dar continuidade no seu crescimento padrão (mais ou menos 
40/45º graus) e atando próximo ao arame principal inferior, no arame ou a até 
mesmo no enxerto próximo ao solo (pera). 
 
Retirada de brotos novos 
Retirada de brotos novos e principalmente de brotos envolvidos ao redor da 
enxertia, já os brotos novos foram retirados até 50 cm do chão. 
Materiais: tesoura de poda. 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Adubação do pomar 
Tem a finalidade de promover o crescimento e o aumento da resistência da 
planta a pragas e doenças, assim como a maior produção e melhor qualidade dos 
frutos. Os nutrientes e as quantidades a serem utilizadas são determinados em 
função da análise de solo, da analise foliar e da produção esperada.

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