Buscar

Gêneros Literários

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Perguntas para vocês:
O que é literatura?
Quando é literatura?
Quais as características da linguagem literária?
Quais as funções da literatura?
Quais são os conceitos dos formalistas russos?
O que é o cânone?
O que acham dos Estudos Culturais?
Qual o papel do professor no ensino da literatura?
Gêneros LiteráRios
Profa. Conceição Flores
Objetivos:
Reconhecer os gêneros literários.
Identificar as características de cada gênero. 
Aristóteles (384 - 322 a.C.) 
Os Lusíadas
As armas e os Barões assinalados 
Que da Ocidental praia Lusitana 
Por mares nunca de antes navegados
 Passaram ainda além da Taprobana, 
Em perigos e guerras esforçados 
Mais do que prometia a força humana, 
E entre gente remota edificaram
 Novo Reino, que tanto sublimaram; 
E também as memórias gloriosas
 Daqueles Reis que foram dilatando 
A Fé, o Império, e as terras viciosas
 De África e de Ásia andaram devastando, 
E aqueles que por obras valerosas
 Se vão da lei da Morte libertando, 
Cantando espalharei por toda parte,
 Se a tanto me ajudar o engenho e arte. 
Cessem do sábio Grego e do Troiano
 As navegações grandes que fizeram; 
Cale-se de Alexandro e de Trajano 
A fama das vitórias que tiveram; 
Que eu canto o peito ilustre Lusitano, 
A quem Neptuno e Marte obedeceram. 
Cesse tudo o que a Musa antiga canta, 
Que outro valor mais alto se alevanta.
(Canto I, estrofes 1-3) 
E vós, Tágides minhas, pois criado
 Tendes em mi um novo engenho ardente,
 Se sempre em verso humilde celebrado 
Foi de mi vosso rio alegremente, 
Dai-me agora um som alto e sublimado, 
Um estilo grandíloco e corrente, 
Por que de vossas águas Febo ordene 
Que não tenham enveja às de Hipocrene. 
Dai-me üa fúria grande e sonorosa, 
E não de agreste avena ou frauta ruda, 
Mas de tuba canora e belicosa, 
Que o peito acende e a cor ao gesto muda; 
Dai-me igual canto aos feitos da famosa 
Gente vossa, que a Marte tanto ajuda; 
Que se espalhe e se cante no universo,
 Se tão sublime preço cabe em verso.
(Canto I, estrofes 4, 5) 
Já no largo Oceano navegavam,
 As inquietas ondas apartando;
 Os ventos brandamente respiravam, 
Das naus as velas côncavas inchando;
 Da branca escuma os mares se mostravam 
Cobertos, onde as proas vão cortando 
As marítimas águas consagradas,
 Que do gado de Próteu são cortadas, 
Quando os Deuses no Olimpo luminoso, 
Onde o governo está da humana gente,
 Se ajuntam em consílio glorioso, 
Sobre as cousas futuras do Oriente. 
Pisando o cristalino Céu fermoso, 
Vêm pela Via Láctea juntamente,
 Convocados, da parte de Tonante, 
Pelo neto gentil do velho Atlante. 
(Canto I, estrofes 19, 20) 
Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho
 Destemperada e a voz enrouquecida, 
E não do canto, mas de ver que venho
 Cantar a gente surda e endurecida. 
O favor com que mais se acende o engenho 
Não no dá a pátria, não, que está metida 
No gosto da cobiça e na rudeza 
Düa austera, apagada e vil tristeza
(Canto X, estrofe 145) 
Édipo Rei
Cenário: praça frontal ao palácio real de Tebas. Há altares em frente a cada porta do palácio, onde se veem ramos de loureiro e de oliveira trazidos pelos numerosos suplicantes, que estão ajoelhados. Queima-se incenso. O sacerdote de Zeus também está presente. Pela porta principal do palácio, surge Édipo, acompanhado pelo seu séquito e dirige-se aos suplicantes.
https://www.youtube.com/watch?v=h92C4YF3CDs
Poética
Aristóteles trata da epopeia e da tragédia.
A tragédia e a epopeia representam os homens melhores do que eles são (cap. II, dos objetos imitados). 
Na tragédia, a imitação das ações é apresentada por personagens em ação diante de nós. 
Na epopeia, pela introdução de um narrador e com a ajuda de personagens (cap. III, foco narrativo).
Na tragédia, as ações não devem exceder uma revolução solar, ou pouco mais. Na epopeia, não há limitação do tempo (cap. V).
Ao poeta não compete “narrar exatamente o que aconteceu; mas sim o que poderia ter acontecido, o possível, segundo a verossimilhança ou a necessidade “(cap. IX).
Na tragédia, não se trata só de imitar uma ação em seu conjunto, mas também “fatos capazes de excitarem o terror e a compaixão, e estas emoções nascem principalmente ... ( e mais ainda) quando os fatos se encadeiam contra nossa expectativa” (cap. IX).
As melhores tragédias são aquelas em que o personagem “não é mau nem perverso, mas cai no infortúnio em consequência de qualquer falta” (cap. XIII).
A epopeia difere da tragédia em sua constituição:
[...] pelas dimensões. A epopeia goza de uma vantagem peculiar no concernente a sua extensão: enquanto na tragédia não é possível imitar, no mesmo momento, as diversas partes simultâneas de uma ação, exceto a que está sendo representada em cena pelos atores; na epopeia, que se apresenta em forma de narrativa, é possível mostrar conjuntamente vários acontecimentos simultâneos. (cap. XXIV).
Na epopeia, o poeta deve:
[...] falar o menos possível por conta própria. Na tragédia, é necessário que o maravilhoso tenha lugar, mas na epopeia deve-se ir mais além e avançar até o irracional, mercê do qual se obtém no grau mais elevado esse maravilhoso, porque nela nossos olhos não contemplam. [...] O maravilhoso agrada, e aprova está em que todos quantos narram alguma coisa acrescentam pormenores com o intuito de agradar. [...] É preferível escolher o impossível verossímil do que o possível incrível (cap. XXV).
Gênero Épico
A palavra épico vem do Latim epicus que se origina,
por sua vez, do grego epikos, cuja raiz é epos, esta significava, a princípio, palavra, depois passa a significar verso, recitação.
 
Tragédia
Do grego, tragoidia, canto de bode.
Parece que a tragédia seria, primitivamente, na Grécia um “coro de bodes” em honra a Baco, isto é, um grupo de cantores vestidos de bodes, sátiros.
Estaria ligada às festividades dionisíacas. 
Característica: apoiar-se na identificação que se estabelecia entre o público espectador e o problema apresentado na ação encenada.
No teatro grego, o espectador, por empatia sofre a tensão até chegar o desfecho.
Quando a tensão se desfaz, o púbilico alcança a catarse que libera as emoções.
Teatro de Dionísio
 
Situado abaixo do Partenon, é um dos mais importantes teatros da Grécia antiga, podia receber até 17 mil expectadores. Foi construído em 340 a.C.
Elementos da tragédia grega
Tragédia é o resultado de um mundo em que se chocam forças opostas: o mítico e o racional. 
É da religião que vai surgir a mitologia a que os escritores gregos recorrem.
A religião oficial dos gregos era organizada como uma grande família, que espelhava a organização social aristocrata. 
A religião grega 
Politeísta, constituída por deuses, semideuses e heróis, submetidos à moira (destino) e à ananké (necessidade).
Essas noções (moira e ananké ) apresentam o destino humano como imutável e mostram o cosmos como algo organizado onde não se pode interferir sob pena da instalação do caos. 
A religião oficial não impedia que houvesse outros cultos mais populares, ligados às forças da natureza, entre eles citamos os Mistérios de Elêusis, os cultos a Dionísio e o Orfismo.
Características do trágico
O uso da máscara, que é a essência da representação dramática.
O coro, representando a coletividade.
O herói trágico reduplica os valores religiosos, políticos e aristocráticos da época.
Poética de Aristóteles:
A poesia (como chamavam os gregos), ou seja, a literatura (como nós chamamos) tem como base de sua organização a imitação, a mimese
A tragédia e a epopeia representam os homens melhores do que eles são. A comédia representa-os piores do que eles são. (cap. II, dos objetos imitados). 
Na tragédia, a imitação das ações é apresentada por personagens em ação diante de nós. Na epopeia, pela introdução de um narrador e com a ajuda de personagens (cap. III, foco narrativo).
Na tragédia, as ações não devem exceder uma revolução solar, ou pouco mais. Na epopeia, não há limitação do tempo (cap. V).
Ao poeta não compete narrar exatamenteo que aconteceu; mas sim o que poderia ter acontecido, o possível, segundo a verossimilhança ou a necessidade (cap. IX).
A literatura é imitação (mimesis) e existe concretizada em três gêneros principais: a poesia épica, a tragédia e a comédia.
Características do Épico:
O assunto deve ser ilustre, sublime, solene, especialmente vinculada ao assuntos bélicos.
O assunto deve prender-se a acontecimentos históricos, ocorridos há muito tempo.
O protagonista da ação deve ser um herói. 
O poema épico apresenta três partes: Proposição – o enunciado do tema da obra; Invocação – o apelo aos deuses para que auxiliem o poeta na sua empreitada poética; Narração – a parte central, mais extensa, contém o relato das ações do herói; começa in media res, no meio; Epílogo - fecho da ação.
Horácio – Epístola aos Pisões:
Concebe os gêneros mediante uma tradição formal e um determinado tom.
Isto é, os gêneros são definidos a partir do conteúdo e de uma determinado metro.
Horácio (65 a.C.-8 a.C.)
O Renascimento e a tripartição dos gêneros
A bipartição clássica ( épica e dramática)não permitia a inclusão de obras como as Odes de Horácio ou o Cancioneiro de Petrarca, que não se ajustavam naquilo que se conhecia como poesia épica e/ou poesia dramática. 
Passaram, então, a incluir a poesia lírica, chegando-se à tripartição clássica dos gêneros:
Épico;
Dramático;
Lírico.
ARISTÓTELES. Arte Poética. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000005.pdf. Acesso: 03 de mai. 2017. 
CAVALCANTE, Ilane Ferreira; SOUZA, Ana Santana. Teoria da Literatura I. Natal: IFRN, 2012.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000162.pdf. Acesso em 03 mai. 2017. 
MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1999. 
SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Almedina, 1979.
TAVARES, Hênio. Teoria literária. Belo Horizonte: Itatiaia, 1974. 
Referências:
Perguntas para vocês:
Segundo Aristóteles, quais são os gêneros literários?
Quais as características desses gêneros?
Por que Aristóteles não trata da comédia?
Qual a mudanças ocorrida com o Renascimento?
Qual a origem dessa mudança?

Continue navegando