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RESUMO DE ECONOMIA EMPRESARIAL AV1 Conceito de economia: Ciência social que estuda como os indivíduos e a sociedade decidem utilizar recursos produtivos, escassos, na produção de bens e serviços de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, com a finalidade de satisfazer as necessidades humanas. Fundamentos: · A economia pode ser definida como a ciência que analisa a maneira como as pessoas físicas e jurídicas (e a sociedade) escolhem o modo mais eficiente de empregar seus recursos produtivos e escassos na produção de bens e serviços, a fim de satisfazer suas necessidades da melhor maneira possível. · Visa o equilíbrio entre os meios de produção e os meios de pagamentos na sociedade. Objeto de estudo: · Escolha · Escassez · Necessidades (ilimitadas) · Recursos · Produção (limitadas) · Distribuição Necessidades econômicas: · Primária (sobrevivência) · Secundária (aquisição de bens) · Coletiva (segurança pública, transporte público, educação pública, saúde pública etc) Pirâmide de Maslow: Fatores de produção: · Terra · Trabalho · Capital · Organizacional · Tecnológicos Perguntas fundamentais da economia: · O que produzir? · Quanto produzir? · Como produzir? · Para quem? Macroeconomia: Analisa o funcionamentos da economia como um todo, a economia de um país; vê o conjunto. Microeconomia: Analisa o comportamento individual das unidades econômicas, como consumidor, empresa, mercado; vê “recortes” tirados do conjunto da economia do país. O problema econômico: Terra, capital, trabalho, fatores tecnológicos e fatores organizacionais Necessidades ilimitadas QUANTIDADE PREÇO Tipos de escassez: APOSTILA PÁGINAS: 10 A 47 · Escassez real: Bens, serviços e fatores de produção. · Escassez monetária: Dinheiro, moeda ou crédito. Percursores da economia: · História e escolas do pensamento econômico: · Escola clássica: Adam Smith- Riqueza das nações (1776); formulação da economia política. Suprir o Estado com uma renda suficiente para os serviços públicos. · Escola Marxiana: descende da economia clássica – obra de Karl Marx (1818-1883) O capital. Teoria do valor - trabalho e exploração do trabalho pelo capital (1867) · Escola Neoclássica: formou-se entre 1870 e 1910 – Sistematizou a demanda e a oferta como determinantes para o conjunto de preços e quantidades transacionadas em um equilíbrio de mercado. Valor da utilidade. Teoria de oferta e demanda, utilidade marginal, custos de produção. Privilegiou a microeconomia/ economia de mercado – Alfred Marshall (1842-1924) · Mão invisível · Flexibilidade de preços (e salários) · Acreditava que a economia estava no pleno emprego · Filosofia do liberalismo econômico: o mercado sozinho, sem (ou com pouca) intervenção do governo (ou Estado), levaria ao pleno emprego da economia. · Oferta cria, gera a sua própria demanda: visão microeconomia. · Economia Keynesiana: Deriva de John Maynard Keynes – (inglês 1883-1946) – livro A teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936) – que deu início a Macroeconomia como um campo de estudo distinto. O livro foca a renda nacional. · Incorpora uma ação mais efetiva do Estado na economia · Nível geral de preços se mantém constante · Salários rígidos · Demanda cria a sua própria oferta · A economia está com desemprego dos fatores de produção · O governo tem de intervir na economia. Ex.: redução do IPI · Geração de políticas para gerar demandas Produção como base do processo econômico: · Bens econômicos: · Ter utilidade · Ser demandado · Ser escasso Sistema econômico: Tipos: · Capitalismo (mercado) · Socialismo (planificado ou centralizado) Volatinidade: volátil, insegurança de mercado Inflação: aumento continuo e dos preços Mercado e Análise do Mercado – Oferta e Demanda: · Definição de mercados: Ele se define em relação a um produto: é o conjunto de compradores e produtores/ vendedores daquele produto. Classificação de mercado: · Concorrência pura ou perfeita: É um mercado em que existe um grande número de empresas oferecendo um mesmo produto, que é igual aos olhos dos consumidores. · Monopólio Puro: É um mercado que existe apenas uma empresa oferecendo um bem, para o qual não existem substitutos satisfatórios. · Oligopólio: É um mercado em que existe um número de empresas pequeno o suficiente para que as ações de uma afetem as outras. Essas empresa produzem bens diferenciados, mas substituíveis entre si. · Concorrência Monopolística: É um mercado em que há um número razoável de empresas produzindo um mesmo bem, que aos olhos do consumidor são diferenciados. Entretanto com substitutos próximos passíveis de concorrência. · Cartel: Representa um acordo entre as empresas que atuam em um setor com o objetivo de controlar um mercado e estabelecer preço. · Truste: É o resultado típico do capitalismo que forma um oligopólio na qual leva a fusão e incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor de atividades a abrirem mão de sua independência legal para constituir uma única organização, com intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços. Entendendo o mercado: · Se tipos diversos de produtos têm alguma similaridade, podemos agrupá-los em um só mercado. · Um país tem seu mercado interno, e o mercado externo (transações com o resto do mundo). · Como os bens, serviços e fatores de produção não existem em quantidade ilimitada, compradores e vendedores precisam entrar em acordo sobre os preços dos produtos. O preço é a quantidade de reais (R$) necessária para obter em troca certa quantidade de mercadorias. O “jogo de mercado”: É a interação, a negociação entre compradores e vendedores e resulta na definição dos preços de cada produto. Assim, podemos dizer que “o mercado define os preços”. Isso é fundamental em uma economia capitalista, que se baseia nas trocas com lucro; o funcionamento do capitalismo depende em boa parte do livre jogo da oferta e demanda. Esse jogo também pode resultar no “equilíbrio do mercado”. A demanda de mercado: É a QUANTIDADE TOTAL deste produto que as pessoas desejam consumir, a um determinado preço, em um determinado período de tempo. Fatores que afetam a demanda de mercado: · Preço do produto X (Px) · Preço de outros produtos · Renda dos consumidores · Preferências Base da teoria do consumidor e teoria do empresário: · Utilidade: É a capacidade que um bem ou serviço tem de satisfazer necessidades. · Orçamento: É a renda monetária do consumidor, que será gasta na aquisição de bens e serviços. · Cesta de mercadorias: É o conjunto dos diversos bens e serviços que o consumidor adquire com seu orçamento. Curva de Demanda: É a representação gráfica das diferentes quantidades de um bem que os consumidores estão dispostos a comprar aos diferentes preços por unidade de tempo. Lei da demanda: Indica que quanto maior o preço de um bem, menor será a quantidade demandada desse bem. (também conhecida como Lei da procura). Curva de Oferta: É a relação entre as quantidades de um bem ou de um serviço que os empresários estão dispostos a ofertar e seus diversos preços. Lei de oferta: Estabelece uma relação direta entre os preços do bem e a quantidade ofertada. Assim, quanto maior o preço de um bem, maior é quantidade ofertada. Tipos de bens: · Bens-complementares: São aqueles que precisam ser consumidos juntos para gerar a satisfação máxima para as pessoas. Ex.: CD e CD Players / Computador e Impressora. · Bens-substitutos: São aqueles que podem ser substitutos no consumo, gerando satisfação igual ou semelhante para o consumo. Ex.: Manteiga e Margarina. Preço de outros produtos e a demanda de x: O PRODUTO “X” pode ter 2 TIPOS DE RELAÇÃO com outros produtos. 1. Se X e Y são substitutos ou concorrentes (X =gasolina e Y= etanol): Preço de Y sobe >> Demanda por X SOBE. Preço de Y cai >> Demanda por X CAI. 1. Se X e Z são complementares (X=impressora e Z= tinta): Preço de Z sobe >> Demanda por X CAI. Preço de Z cai >> Demanda por X SOBE. Mudanças na renda afetam a demanda de x: A reação da demanda de X a alteraçõesna renda dos consumidores depende se X é um produto do tipo: 1. Normal ou superior: A renda sobe e a demanda por X sobe A renda cai e a demanda por X cai 2. Inferior: A renda sobe e a demanda por X cai A renda cai e a demanda por X sobe Mudanças na preferência e a demanda de X: Se a preferência pelo produto sobe, sua Demanda também CRESCE. Isso pode ocorrer, por exemplo, devido a uma campanha publicitária bem sucedida. Se a preferência pelo produto cai, sua Demanda também CAI. Isso pode ocorrer, por exemplo, devido a uma campanha publicitária mal sucedida, ou reportagem negativa. A oferta de mercado: É a QUANTIDADE TOTAL deste produto que os produtores/ vendedores colocam à venda, a dado preço, em um determinado período de tempo. Fatores que afetam a oferta de mercado: · Preço do produto X (Px) · Mudanças na tecnologia · Custos para produzir e vender · Número de empresas no mercado Custos de oferecer X, e a oferta de X: Se os custos de produzir, armazenar, transportar, divulgar o produto X aumentam, tudo o mais constante, a oferta de X cai. Isso porque a alta de custos não será repassada ao consumidor, e o produtor terá sua margem de lucro reduzida. Custos sobem, a Oferta CAI. Mas se qualquer dos custos mencionados acima cai, tudo o mais constante, a oferta de X sobe. Isso porque a queda de custos não será repassada ao consumidor, e o produtor terá sua margem de lucro aumentada. Custos caem, a Oferta SOBE Outros fatores que mudam a oferta de X: · A tecnologia: · Com o avanço da tecnologia para produzir X, a oferta de X aumenta. · O número de empresas atuando: · Se entram mais empresas no mercado, a Oferta de mercado de X aumenta (mais quantidade oferecida). · Caso saiam empresas do mercado, a Oferta de mercado de X cai (menor quantidade oferecida). · LEMBRAR sempre: em Economia, oferta é quantidade da mercadoria, não é preço baixo! O equilíbrio de mercado: Se, a um certo nível de preço, a quantidade que os consumidores querem adquirir coincide exatamente com a quantidade que os produtores desejam oferecer, ocorre o equilíbrio do mercado. A formação de preço no mercado: É a negociação entre compradores e vendedores que resulta na definição dos preços de cada produto. Essa negociação quase nunca é direta, ela é feita pelos sinais de mercado: se os produtores notam sobras nas prateleiras, podem vir a reduzir o preço para venderem mais. Por outro lado, se observarem que o produto exposto acaba e ainda há compradores, podem vir a aumentar o preço quando reabastecerem. Conclusão: o preço de mercado de um produto depende da proporção, do balanceamento entre sua oferta e sua demanda. Fundamentos da teoria da demanda: · Valor Utilidade e Valor Trabalho: Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer às necessidades humanas. · Teoria do Valor Utilidade: pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. · Teoria do Valor Trabalho: considera que o valor de um bem se forma do lado da oferta, mediante os custos do trabalho incorporado ao bem. Teoria da demanda: Baseia-se na Teoria do Valor Utilidade. Supõe-se que, dada a renda e dados os preços de mercado, o consumidor, ao demandar um bem ou serviço, está maximizando a utilidade ou satisfação que ele atribui ao bem ou serviço. É também chamada de Teoria do Consumidor. Conceitos de utilidade total e utilidade marginal: · No final do século passado, alguns economistas elaboraram o conceito de utilidade marginal, e dele derivaram a curva da demanda e suas propriedades. · Tem-se que a UTILIDADE TOTAL tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do bem ou serviço. Entretanto, a UTILIDADE MARGINAL, que é a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente, porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome Curva de indiferença: · É um instrumento gráfico que serve para ilustrar as preferências do consumidor. É o lugar geométrico de pontos que representam diferentes combinações de bens que dão ao consumidor o mesmo nível de utilidade. · Todos os pontos na curva representam situações que proporcionam idêntica satisfação. · Cada curva representa determinado nível de utilidade. Quanto mais alta a CI, maior a satisfação que o consumidor pode obter no consumo dos dois bens. Conceito de elasticidade: · As curvas da procura do mercado variam em relação à sensibilidade da quantidade procurada em relação ao preço. · Para alguns bens, uma pequena variação na quantidade procurada; para outros bens, uma grande variação no preço, resulta numa pequena variação na quantidade procurada. Elasticidade preço da demanda: É o conceito que mede a reação dos consumidores às variações de preço. Formalmente, a elasticidade é o quociente da variação percentual da quantidade demandada de um bem pela variação percentual no preço do mesmo bem. · Fatores que afetam: · Disponibilidade de bens substitutos · Essencialidade do bem · Importância relativa do bem no orçamento do consumidor · Horizonte do tempo · Fórmula: OBS.: O Numerador da fração, Variação da Quantidade – é obtido partindo-se da quantidade final para a quantidade inicial. O Denominador – Q = Quantidade inicial. Idem para o preço. · Determina o grau de essencialidade dos bens: · Demanda com elasticidade unitária: É a demanda dos bens cuja elasticidade preço da demanda é igual a 1. Ou a variação percentual na quantidade demandada é igual à variação percentual nos preços. · Demanda inelástica: Bens cuja elasticidade – preço da demanda é menor do que 1. Ou seja bem de consumo essencial – significa que as pessoas não reduzem consideravelmente o consumo desse bem mesmo com aumento de preço. · Demanda elástica: Bens cuja elasticidade – preço da demanda é maior que 1. Ou seja – significa que as pessoas estão reduzindo seu consumo numa proporção maior do que o aumento de preços, podendo-se considerar que esse bem seja supérfluo, ou, então, que haja substitutos próximos no mercado. Conclusão: · "Em sentido genérico, é a alteração percentual de uma variável, dada a alteração percentual em outra, coeteris paribus. Assim, elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis". · Uma variável "elástica" responde bastante a pequenas mudanças de outras variáveis. Do mesmo modo, uma variável "inelástica" não responde a mudanças em outras variáveis. Demanda totalmente inelástica: Epp = 0 Dada a variação do preço, a quantidade demanda permanece constante. Os bens essenciais aproximam-se bastante desse caso, já que, mesmo com aumento do preço, o consumidor continuará consumindo praticamente a mesma quantidade do produto, já que não encontra um produto substituto. Demanda infinitamente elástica: Epp = infinito Dada uma variação de preços, a quantidade demandada é indeterminada, podendo variar até o infinito. Isso ocorre em mercados perfeitamente competitivos ou concorrências, nos quais as empresas se defrontam com uma demanda infinitamente elástica, com preços fixados pela oferta e demanda do mercado, sobre os quais ela não tem nenhuma influência. Bens de Giffen: · Em economia, um Bem de Giffen é um produto para o qual um aumento do preço faz aumentar a sua demanda. Este comportamento é diferente dos da maioria dos produtos, que são mais procurados à medida que seu preço cai. Em termos microeconômicos, a elasticidade-preço da demanda por Bens de Giffen é positiva e, por consequência, sua curva de demanda é crescente. Outra repercussão microeconômica é que seu efeito renda é maior que o efeito substituição. · Um exemplo de Bem de Giffen é o pão, assim como outros produtos básicos. Uma elevação moderada dos preços de pão pode levar a um maior consumo de pão, principalmenteem famílias pobres, pois não há outro bem barato e acessível capaz de substituir o pão em sua dieta. Dessa forma, maiores gastos com pão levariam a uma redução do consumo de outros produtos alimentícios, o que obrigaria os mais pobres a consumir mais pão para sobreviver. Descoberta: · Essa classe de bens recebe esse nome em homenagem a Sir Robert Giffen, que foi citado no século XIX por Alfred Marshall como o criador da ideia. · Giffen imaginou uma família muito pobre, que sua renda fosse de 100 unidades monetárias e era suficiente apenas para consumir arroz durante o mês. Uma queda no preço do arroz faz com que esta família não consuma mais arroz, pois eles já estavam saturados deste produto e darão preferência a outro produto. Sendo assim, a demanda é diretamente proporcional ao preço, e não inversamente, como na maioria dos casos.
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