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CONTEUDO 5 MODULO 4

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29/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
 
MÓDULO 4. LEITURAS B DO RELEVO:
L4. CARTA DE DECLIVIDADES;
L5. ADEQUAÇÃO DIFERENCIADA DOS COMPARTIMENTOS DO
RELEVO À URBANIZAÇÃO
 
Conceito de declividade
A declividade é a inclinação do relevo. Ela é medida pela razão entre a distância
vertical (V) e a distância horizontal (H) entre dois pontos quaisquer do relevo, e é
representada pela letra δ (delta minúsculo) do alfabeto grego.
A declividade entre dois pontos quaisquer A e B do relevo é medida pela fórmula δ
= V/H , onde V é a medida da distância vertical entre A e B, e H a medida da
distância horizontal entre eles. Ambos os valores devem ser distintos de zero.
 
 
Distância vertical (V) e distância horizontal (H) entre dois pontos do relevo
 
 Assim a declividade não se define em um plano horizontal nem em um plano
vertical, mas sim no limite entre ambos.
A medida da declividade é uma relação entre duas medidas lineares, tornando-se
por isso um número puro, normalmente expresso em percentual.
Não se mede a declividade com ângulo, devido à dificuldade de uso do
transferidor em campo. Em contrapartida é relativamente fácil e muito preciso
efetuar uma medida horizontal (ou plana) e uma medida vertical em obra ou no
campo, com o uso do nível de bolha e com o fio de prumo.
 
LEITURA 4. CARTA DE DECLIVIDADES
É uma carta que apresenta as inclinações máximas de cada região do relevo,
descrevendo as variações das declividades em cada trecho do relevo, por faixas
de valores.
É usual apresentarem-se variação de faixas de valores de 10% em 10%.
Dependendo do nível de precisão necessário, a carta pode ser feita em faixas mais
detalhadas, de 5% em 5%, ou com menor detalhe, em faixas de valores maiores.
Adotaremos a leitura de 10% em 10%.
A elaboração dessa carta é facilitada com a utilização de um ábaco de simples
execução, que associa diretamente o valor da distância horizontal entre duas
curvas de nível e a declividade máxima entre elas, em um determinado trecho do
relevo.
Ocorre que a distância vertical entre duas curvas de nível é sempre constante e
no nosso caso é igual a 1,00 m. Assim a declividade máxima ente duas curvas de
nível será sempre medida pela fórmula δ = V/H, onde V=1,00 m. Portanto a
declividade entre duas curvas de nível será sempre δ = 1,00m/H. Assim é possível
associar a diferentes valores de H uma determinada declividade, pois H=1.00m /
δ.
 
Assim teremos a seguinte tabela:
 
para δ = 10% teremos H = 1,00 m/0,1 = 10,00 m;
para δ = 20% teremos H = 1,00 m/0,2 = 5,00 m;
29/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
para δ = 30% teremos H = 1,00 m/0.3 = 3.33 m;
 
 
δ H
10% 10,00 m
20% 5,00 m
30% 3,33 m
 
 
 
A legenda de cores usual para a elaboração da carta é a seguinte:
 
δ CORES
ATÉ 10% AMARELO
DE 10% A 20% LARANJA
DE 20% A 30% VERMELHO
ACIMA DE 30% MARROM
 
A adoção desses limites justifica-se pelo fato de as declividades inferiores a 10%
apresentarem custos baixos de urbanização e a declividade de 30% ser limite
legal máximo para implantação de áreas urbanas.
É importante lembrar que a carta de declividades sempre apresenta a declividade
máxima entre duas curvas de nível, que é medida portanto pela distância mínima
entre as duas curvas naquele ponto específico. Falando de outra maneira:
escolhido um ponto A de uma determinada curva de nível, a declividade máxima
em direção a curva imediatamente inferior ocorrerá sobre a menor distância
daquele ponto até outro ponto da curva inferior, ou seja do ponto A até o ponto B
da curva inferior, que esteja mais próximo do ponto A. Esse segmento AB é uma
linha de maior declive, conceito estudado e praticado anteriormente.
 
O ábaco de declividades tem a seguinte configuração:
 
Ábaco para elaborar a carta de declividades.
 
 Ele é utilizado da seguinte forma: coloca-se o zero do ábaco em uma curva de
nível e busca-se o ponto mais próximo da curva imediatamente abaixo. Desliza-se
o ábaco ao longo das duas curvas, sempre medindo a menor distância entre as
duas curvas de nível, e vai-se anotando na carta cada ponto em que ocorre
mudança da faixa de declividade. Isso acontece quando muda a cor do ábaco que
mede a distância entre as duas curvas. Anotam-se então os pontos de mudança
com as cores respectivas, da faixa anterior e da faixa posterior e após isso
preenchem-se os vários espaços entre as duas curvas de nível com as cores
correspondentes às anotações efetuadas. Preenchidas todos os espaços obtém-se
a carta de declividades. É importante manter a linha do ábaco sempre na menor
distância entre as duas linhas que estão sendo analisadas.
Ele mede portanto a distância horizontal entre duas curvas de nível e associa essa
distância a uma declividade, identificada a uma cor, segundo a tabela da legenda.
Assim ele é usado para medir as distancias horizontais entre duas curvas e
identificar os pontos de variação das declividades, entre duas curvas de nível,
conforme varia a distância horizontal entre elas. Quanto maior a distância
horizontal entre duas curvas, menor será a declividade, e vice-versa.
 
 
 
29/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5
Carta de declividades 
 Folha de rosto da prancha
 
Essa carta é um importante indicador de áreas adequadas ou inadequadas à
urbanização. Quanto mais alta a declividade maiores os custos de urbanização.
Entretanto esse raciocínio tem limites: nem sempre as áreas de mais baixa
declividade são as mais adequadas à urbanização, como veremos a seguir.
Cuidados
Lembrar ao aluno que rio e córrego não são curvas de nível e portanto não se
mede a declividade de uma curva para o rio, apenas de curva para curva de
valores diferentes. Cuidar para que o aluno não meça declividade de uma curva
para ela mesma, por exemplo, nos topos de morro.
É comum o aluno confundir a carta de declividades com a carta de hipsometria e
também confundir os conceitos de altitude com declividade, especialmente quando
se fala em elevadas altitudes e altas declividades, que evidentemente são
conceitos totalmente distintos.
LEITURA 5. ADEQUAÇÃO DIFERENCIADA DOS
COMPARTIMENTOS DO RELEVO À URBANIZAÇÃO
Cada região geográfica apresenta suas características próprias e em cada uma
delas podem ser identificados diferentes compartimentos do relevo. Cada
compartimento apresenta diferentes níveis de adequação à urbanização, segundo
vários critérios.
A região do Planalto Paulista, especificamente a Bacia do Alto Tietê, onde se
localiza a Região Metropolitana de São Paulo, tem três tipos característicos de
compartimentos: as várzeas, as encostas de morros e os topos de morro.
As várzeas são compartimentos contíguos aos cursos d’água e constituem áreas
de extravasamento das águas, nos períodos de alta pluviosidade. Apesar de serem
áreas de baixas declividades não são adequadas à urbanização, por estarem
sujeitas às enchentes periódicas; além disso, seu solo é aluvional, muito úmido e
pouco resistente, inadequado portanto para receber as fundações de edifícios de
grande porte. Além disso, as várzeas e os fundos de vale em geral são áreas
importantes de reprodução da fauna e da flora e zonas de preservação das águas
fluviais, devendo por isso ser preservados da urbanização. Podem, entretanto,
quando estiverem imersos na área urbana, ser destinados a parques naturais,
comportando mesmo algum uso de atividades de lazer, desde que os
equipamentos necessários a essa atividade não agridam o ambiente natural a ser
preservado e que não se deteriorem facilmente com a invasão periódica das
águas.
As encostas são naturalmente os compartimentos maisadequados à urbanização,
pois além de estarem livres das inundações, apresentam boa drenagem natural
para as águas pluviais e em geral oferecem terrenos geologicamente mais
adequados. Evidentemente devem ser evitadas as encostas de altas declividades,
especialmente se associadas a terrenos geologicamente instáveis; deve-se evitar
também a interrupção de linhas de talvegues na encostas, pois isso poria em risco
o edifício ou outro elemento da infra-estrutura urbana que barrasse o escoamento
das águas pluviais, pela superfície do relevo. Deve-se lembrar que é possível
resolver esse impedimento, em pontos discretos, mediante a implantação de
galeria de água pluviais, que garanta a drenagem adequada das águas
superficiais. Entretanto isso implica sempre o aumento dos custos de urbanização.
Cabe lembrar que encostas de declividades médias e altas podem apresentar
distintas condições de insolação e ventilação, dependendo da direção para a qual
vertem suas águas. Por exemplo, a encosta norte do Espigão da Paulista é mais
saudável do que a encosta sul, em que pese a diferenciada aura de nobreza
conferida pela sociedade aos bairros em um e outro lado do espigão. A encosta
29/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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norte é mais bem insolada e mais protegida dos ventos dominantes de sudeste,
frios e úmidos. A condição ambiental urbana na encosta sul é tanto mais grave,
quanto mais altos os edifícios que nela se implantam, pois lançam imensas
sombras sobre seus vizinhos abaixo, o que não ocorre de maneira tão grave na
encosta norte. Essa condição pode se agravar ainda mais em regiões geográficas
de elevadas altitudes, onde o frio é mais intenso, como em regiões serranas,
como na Serra da Mantiqueira e Serra do Mar e mesmo na Região Metropolitana
de São Paulo.
Os topos de morro dessa região geográfica mostram-se em geral adequados à
urbanização, por apresentarem declividades suaves, boa ventilação e insolação, e
estarem naturalmente livres de inundações; apresentam em geral boa condição
geológica, a ser confirmada por sondagem. Entretanto deve-se estar atento à
legislação de proteção de topo de morros, especialmente em áreas de preservação
ambiental, notadamente nas áreas de preservação da cobertura vegetal natural.
Com esses critérios é possível elaborar uma carta que apresente os diferentes
níveis de adequação dos compartimentos do relevo à urbanização. Será
importante que os professores de campi situados em distintas regiões geográficas,
identifiquem as características particulares de seus respectivos ambiente naturais.
Exercício 1:
O “divisor das águas”, em uma carta de drenagem, é definido pelo termo:
A)
Vertente.
B)
Talvergue.
C)
Culmeada.
D)
Cumeada.
E)
Talvegue.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)
Comentários:
D) 
Exercício 2:
É correto dizer que são elementos da drenagem natural de um relevo:
A)
Vertentes, cumeeiras e talvergues.
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B)
Vertentes, talvegues e calhas.
C)
Talvegues e cumeadas.
D)
Culmeadas, calhas e talvegues.
E)
Cumeeiras e culmeadas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C) 
Exercício 3:
Os topos de morros são caracterizados pelas cotas mais altas do relevo, pela
presença das cumeadas e por apresentar, geralmente, um solo cristalino-rochoso.
Assim, pode-se dizer da sua ocupação:
A)
A ocupação será restrita, uma vez que os acessos serão dificultados pelas cotas
altas do relevo.
B)
A ocupação será sempre permitida, pois que se tem alta insolação e ventilação
nas cotas mais altas do relevo.
C)
A ocupação dependerá de outros fatores como: declividades, nascentes, 
talvegues e APAs.
D)
 A ocupação será permitida, mas dependerá somente do fator declividade,
visando avaliar o custo da implantação.
E)
A ocupação será restrita, considerando o fator APAs.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Comentários:
C)

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