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APOSTILA Tecnologia_Informação_Aplicada_Gestão_EAD

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1 
 
 
 
 
 
 
 
Formação e Gestão em Educação a Distância 
 
 
 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
APLICADA À GESTÃO EM EAD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Antônio Palmeira de Araújo Neto 
Prof. Me. Edna Barberato Genghini 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NETO, Antônio Palmeira de Araújo 
GENGHINI, Edna Barberato 
 
Tecnologia da Informação Aplicada à Gestão em EaD (livro-
texto) / Antônio Palmeira de Araújo Neto; Edna Barberato 
Genghini. – São Paulo: Pós-Graduação Lato Sensu UNIP, 2019. 
 
101 p. il. 
 
 
1. Tecnologias. 2. Gestão. 3. Ensino a Distância. Pós-
Graduação Lato Sensu UNIP. III. Título. 
 
 
3 
Tecnologia da Informação Aplicada à Gestão em EAD 
 
Professor Conteudista: Prof. Antônio Palmeira de Araújo Neto 
 
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista – UNIP (2013). 
Especialista em Gestão da Tecnologia da Informação pelo Centro Universitário 
UNINASSAU em Pernambuco (2010), Engenheiro de Telecomunicações pela 
Universidade de Pernambuco (2008). Profissional certificado em ITIL v3 Foundation e 
COBIT v4.1 Foundation. Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação dos Cursos 
de Graduação (presencial e a distância) em Gestão de TI do Centro Universitário do 
SENAC. Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação e Redes de Computadores 
na Universidade Paulista (UNIP). Professor de disciplinas técnicas de Telecomunicações 
do Instituto Técnico de Barueri. Tem experiência de mais de 10 anos em Gestão e 
Governança de TI e na prestação de serviços de TI a empresas do segmento financeiro e 
concessionárias de serviços de telecomunicações. 
 
Professora colaboradora/coordenadora: 
EDNA BARBERATO GENGHINI, professora universitária desde 2002. 
Atualmente no exercício da função de Coordenadora para todo o Brasil de três cursos 
ao nível de Pós-Graduação Lato Sensu: em PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL, 
DOCÊNCIA PARA O ENSINO SUPERIOR e em FORMAÇÃO EM EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA, pela UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP/EaD, onde também 
atua como Professora Adjunta, nas modalidades SEI e SEPI. É Diretora e 
Psicopedagoga da MENTOR ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA LTDA. ME desde 
1991. Possui graduação em Economia Doméstica – Faculdades Integradas Teresa 
D'Ávila de Santo André (1980), graduação em Pedagogia pela Universidade 
Guarulhos (1985), pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade São Judas 
(1987), Mestrado em Ciências Humanas pela Universidade Guarulhos (2002) e pós-
graduação Lato Sensu em Formação em Educação a Distância pela UNIP – 
Universidade Paulista (2011). É autora e coautora de livros-texto para os cursos de 
Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia Institucional, Docência para o Ensino 
Superior e Formação em Educação a Distância da UNIP – EaD. Áreas de Interesse: 
Neurociências – Educação Inclusiva – Psicopedagogia Clínica e Institucional - 
Formação e Gestão em Educação a Distância - Formação de Docentes para o Ensino 
Superior. 
 
 
 
 
4 
SUMÁRIO 
UNIDADE I - INTRODUÇÃO AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO .. 8 
1.1 EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO ..................................................... 8 
1.2 TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO ......................................................................... 11 
1.3 INFRAESTRUTURA DE TI ................................................................................................................. 14 
1.4 HARDWARE ................................................................................................................................ 15 
1.5 EVOLUÇÃO DOS COMPUTADORES ................................................................................................... 19 
1.6 SOFTWARE ................................................................................................................................. 22 
1.7 BANCO DE DADOS ....................................................................................................................... 26 
1.8 REDES DE COMPUTADORES ............................................................................................................ 29 
1.9 COMPUTADORES ......................................................................................................................... 32 
UNIDADE II – USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DAS ORGANIZAÇÕES
 35 
2.1 AS ORGANIZAÇÕES ...................................................................................................................... 35 
2.1.1 Conceitos e Tipos de Organizações .................................................................................................... 35 
2.1.2 Uma Organização: A Empresa ........................................................................................................... 35 
2.1.3 Modelo relacional de uma Empresa .................................................................................................. 36 
2.1.4 Objetivos de uma Empresa ................................................................................................................ 38 
2.1.5 Empresas Públicas e demais Órgãos do Governo .............................................................................. 39 
2.2 APLICAÇÕES UTILIZADAS NAS ORGANIZAÇÕES .................................................................................... 39 
2.3 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ............................................................................................................... 42 
2.4 TECNOLOGIAS DE REDES E A INTERNET ............................................................................................. 44 
2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO............................................................................................................ 45 
2.6 MICROSOFT EXCEL ....................................................................................................................... 48 
2.6.1 Introdução ......................................................................................................................................... 48 
2.6.2 Iniciando o uso da planilha ................................................................................................................ 51 
2.6.3 Uso básico e intermediário do excel .................................................................................................. 58 
UNIDADE III - AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO E O PROCESSO DE 
ENSINO E APRENDIZAGEM ..................................................................................................... 69 
3.1 HISTÓRICO DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO ...................................................................................... 69 
3.2 AS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS........................................................................................... 72 
3.3 TECNOLOGIAS ASSISTIVAS .............................................................................................................. 74 
3.4 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA ............................................................................................ 75 
3.5 OS PROFESSORES E O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS .......................................................................... 80 
3.6 O COMPUTADOR E A ALFABETIZAÇÃO ............................................................................................... 81 
3.7 PROCESSO DE APRENDIZAGEM UTILIZANDO GAMES ............................................................................ 82 
UNIDADE IV - TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO APLICADAS À EAD84 
4.1 AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA) ............................................................................... 84 
 
5 
4.2 FÓRUM DE DISCUSSÃO ..................................................................................................................87 
4.3 FERRAMENTAS UTILIZADAS NA INTERNET .......................................................................................... 89 
4.3.1 E-mail 89 
4.3.2 Chat 90 
4.3.3 Videoconferências ............................................................................................................................. 90 
4.3.4 Wikis e blogs ...................................................................................................................................... 91 
4.3.5 Poadcasting ....................................................................................................................................... 91 
4.3.7 Webquest........................................................................................................................................... 92 
4.4 VIDEOAULAS E AS VIDEOCONFERÊNCIAS ............................................................................................ 92 
4.5 RELAÇÕES PROFESSOR – ALUNO – SISTEMA NA EAD .......................................................................... 93 
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 97 
 
 
 
6 
 
 APRESENTAÇÃO 
O objetivo deste componente curricular é conhecer o histórico das tecnologias da 
informação e da comunicação, identificando ferramentas de tecnologia da informação que 
podem ser utilizadas na gestão das Organizações. Também busca-se reconhecer a 
importância das tecnologias da informação e da comunicação no processo de ensino e 
aprendizagem, além de compreender o papel das tecnologias da informação aplicada à 
gestão em EAD. 
Este material textual foi dividido em quatro unidades. A unidade I apresenta uma 
abordagem introdutória das tecnologias da informação, buscando-se conhecer a 
infraestrutura de Tecnologia da Informação como um todo e aplicações mais utilizadas nas 
Organizações. 
A unidade II apresenta o uso das tecnologias da informação na gestão das 
Organizações. 
As unidades III e IV são um pouco mais específicas e abordam as Tecnologias da 
Informação e da comunicação e o processo de ensino e aprendizagem, bem como no EAD. 
Espero que você tenha uma boa leitura e se sinta motivado a ler e conhecer mais sobre 
Tecnologia da Informação e como aplica-la em seu dia-a-dia. 
Boa Leitura! 
 
 
 
 
7 
 
 INTRODUÇÃO 
As Tecnologias da Informação e da Comunicação são ferramentas extremamente 
fascinante, principalmente nos dias de hoje. Não há como não a contemplar em todas as 
áreas da vida das pessoas na sociedade. 
Antes privilégio de poucos, estas tecnologias têm sido desmistificadas, apresentando-
se cada vez mais como um ferramental extremamente comum e útil em diversas 
Organizações, negócios e no nosso cotidiano, reinventando processos, contribuindo com 
a disseminação do conhecimento e contribuindo para a interconexão do mundo, em todos 
os sentidos. 
Fomentando a disseminação do conhecimento e universalizando a educação, a TI tem 
apoiado processos de ensino e de aprendizagem, como base para a educação a distância, 
proporcionando grande oportunidade de disseminação de informações que favorecem a 
construção de processos pedagógicos inovadores. 
Mas quando mencionamos tecnologias da informação e da comunicação, o que 
queremos dizer? Quais são estas tecnologias? 
Muitos são os recursos que suportam toda a assim chamada infraestrutura TI, 
composta eminentemente por hardware, software, bancos de dados e redes 
computadores. Uma das grandes chaves do sucesso no uso da TI é descobrir como utilizar 
todas estas “peças” da infraestrutura de modo estratégico, em vista de agregar valor ao 
dia-a-dia das pessoas. 
Conhecer e entender TI não é algo fácil, porque nesta área tudo se atualiza muito 
rápido. Logo as tecnologias ficam obsoletas. Por isso a importância da busca constante do 
conhecimento em TI. 
Quaisquer profissionais nos dias de hoje, principalmente da área de educação, precisam 
estar abertos para dominar estas tecnologias, compreendê-las e assim utiliza-las em vista 
da melhoria dos seus processos diários. 
 
 
 
 
8 
 
UNIDADE I - INTRODUÇÃO AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA 
COMUNICAÇÃO 
 
1.1 Evolução das Tecnologias da Informação e da Comunicação 
Ao falar sobre informática ou tecnologias da informação, de forma imediata, remete-se 
apenas a o bom e velho computador, nas suas diversas variantes e dispositivos 
relacionados, tais como smartphones, laptops, supercomputadores, impressores, 
scanners, modens, dentre outros. 
Ao olhar para a história destes dispositivos, bem como as suas características 
modernas, verifica-se que o surgimento da informática não se deu de forma imediata a 
partir deles e sim de um primeiro desejo de automatizar rotinas, das mais simples possíveis 
as mais complexas. É por aí que tudo começa. 
O primeiro grande desejo do homem era o de fazer cálculos com rapidez. Por isso, é 
por volta de 2000 a.C. que se encontra o marco inicial dos dispositivos calculadores, com 
o surgimento do ábaco. Este primeiro dispositivo calculador (e porque não falar 
computador) utilizava varetas deslizantes com contas de madeiras para fazer cálculos 
binários. 
 
O significado do nome computador é calculador. Por isso convém referir-se a uma 
calculadora como um computador, compreendendo o significado do seu nome. 
Após o surgimento do ábaco, é possível também considerar outros artefatos com 
praticamente a mesma finalidade de efetuar cálculos, mas sustentado por novas 
tecnologias, tais como: 
 Ossos de Napier – método para efetuar operações fundamentais a partir de cilindros 
rotativos, criado por John Napier em 1614; 
 1ª máquina de calcular mecânica – criada em 1623 por Wilhelm Schickard para 
calcular valores a partir do uso de rodas dentadas; 
 Pascaline – criada por Blaise Pascal em 1642, destinada a cálculos de soma e 
subtração utilizando oito discos dentados de 10 dentes; 
 Stepped reckoner – criada em 1673 por Gottfried Leibnitz a partir das ideias de 
Pascal, destinada a cálculos multiplicação, divisão e de raiz quadrada; 
 
9 
 1ª Máquina programável – criada por Joseph-Marie Jacquard em 1801 como uma 
calculadora programável, utilizando cartões metálicos perfurados para 
armazenamento; 
 Arithometer – criada em 1818 por Charles Xavier Thomas de Colmar, com 
características modernas e comercializada até a década de 1920; 
 Differential engine – criada em 1820 por Charles Babbage, destinava-se a cálculo de 
polinômios; 
 Analytical engine – criada em 1833 por Charles Babbage, destinava-se a operações 
matemáticas sofisticadas por meio de uma calculadora mecânica. 
É importante destacar que a evolução tecnológica vivenciada pela humanidade foi 
muito grande, antes mesmo de existir o primeiro computador com caraterísticas modernas. 
Por exemplo, as tecnologias de navegação e de guerra tão presentes na idade média, bem 
como as técnicas de construção civil e transporte, as evoluções na medicina, na logística 
de forma geral, dentre outros. 
Próximo ao século XIX verifica-se já o surgimento de tecnologias de comunicação, tais 
como o telégrafo e o telefone, além do uso acelerado da energia elétrica e da própria 
lâmpada. Já no século XX, impulsionada pela primeira e segunda grande guerra mundial, 
percebe-se grande evolução das tecnologias, principalmente das tecnologias de 
informação com características ainda rústicas. 
 
É comum conceber a evolução da informática como a evolução do computador, embora 
as tecnologias da informação, sejam mais amplas do que o computador. 
A informática, ou podemos assim dizer a Tecnologia da Informação (TI), começou a ser 
utilizada pelas Organizações começou a ser utilizada por volta de década de 1960, a partir 
dos famosos Mainframes. Estes eram computadores de grande porte com alto poder de 
processamento centralizado e extremamente caros, além de se apresentarem com poucasopções tecnológicas. 
Neste período inicial a área de TI das Organizações objetivava apenas o fornecimento 
de recursos para suportar o controle operacionais de forma centralizado. Era comum 
referir-se a área de TI como área de CPD, que significa Centro de Processamento de 
Dados. O CPD tinha finalidade suportar este processamento centralizado e manter os 
terminais de computadores operando de forma adequada. 
 
10 
É comum observar também neste contexto que o desenvolvimento de aplicativos e de 
soluções tecnológicas, baseada no uso de computadores, ainda era muito incipiente e com 
estruturas tímidas, utilizando rotinas praticamente “artesanais” para a criação de recursos 
tecnológicos e programas capazes de atender as necessidades dos negócios. Vale 
salientar também que neste período, as ferramentas tinham uma valorização superior 
quando comparado com os processos, de forma, que os processos sempre tinham que se 
adaptar as ferramentas. 
É na década de 1970 que se começa a mencionar o uso dos primeiros Sistemas de 
Informação (SI) nos ambientes empresariais, gerando grandes benefícios para os 
negócios das Organizações. A TI recebe grande importância e inicia-se a percepção de 
que ela é um recurso organizacional importante, inclusive para a tomada de decisão. Isto 
eleva, assim a TI, de um simples recurso de operação para uma ferramenta fundamental 
para a tomada de decisão, além de contribuir para as inovações e aprendizagem. 
A década de 1980, caracterizada por grandes mudanças e quebras de paradigmas, 
apresenta muito afetada pela ideia de globalização e internacionalização, favorece uma 
profissionalização da área de TI, trazendo novidades nunca vistas antes, tais como as 
terceirizações, a integração de sistemas, os sistemas interorganizacionais, os sistemas 
distribuídos e o uso acelerado das telecomunicações. Também neste recorte histórico, 
encontra-se uma execução de negócios dependente cada vez mais da aplicação da TI. 
Em 1990, a TI é convocada a estar presenta no centro da discussão estratégica das 
empresas, favorecendo transformações no negócio e agregando cada vez mais valor nas 
iniciativas organizacionais. Assim, estratégia de TI e estratégia de negócios começam a 
se unir mais gerando a ideia de alinhamento estratégico da TI. 
No início deste milênio (ano 2000), contempla-se uma mudança do modelo cliente-
servidor (caracterizado pelo uso de intranets) para os modelos baseados na WEB, em que 
os sistemas são operados por meio da internet. Tudo isto torna-se cada vez mais possível, 
a partir da ubiquidade da internet e pela democratização no uso da banda larga, 
principalmente nos países desenvolvidos. 
Também se verifica que os sistemas de software proprietários vão dando cada vez mais 
espaço para uma proposta de sistemas de software abertos, com o uso do software livre, 
com destaque para o sistema operacional aberto Linux atuando como o sistema dos 
servidores das redes no ambiente WEB. 
Observa-se também uma integração cada vez maior entre as práticas gerenciais e de 
governança corporativas com as práticas da governança da TI. A qualidade sai do mundo 
acadêmico e se transforma numa alternativa quase que obrigatória nos processos e 
produtos da TI. 
Todas estas megamudanças ocorrem revolucionando a forma como a sociedade de 
uma forma geral enxerga o mundo e realiza as suas tarefas. Um bom exemplo são as 
 
11 
novas formas de comércio eletrônico, que possibilitam os usuários adquirirem produtos por 
meio de poucos cliques. 
 
Para conhecer um pouco mais sobre a evolução da informática, consulte o segundo 
capítulo do livro Informática (conceitos e aplicações) dos autores Marcelo Marçula e Pio 
Armando Benini Filho. 
Vivencia-se um período de grandes transformações e quebras de paradigmas, 
compartilhando uma grande vitória da humanidade: a informação “anywhere/anytime” 
(significa em todo lugar e em todo tempo). A partir da informação e das tecnologias que 
com ela trabalham nascem as ideias inovadoras e seu uso inteligente pelas pessoas. 
Assim, as tecnologias da informação têm se tornado cada vez mais uma realidade 
inerente à vida de todos, pessoas e empresas, e também uma ferramenta fundamental 
para as organizações, gerando aumento da produtividade e qualidade dos produtos e 
serviços. 
A tecnologia tem auxiliado na habilidade de manipular um grande volume de transações 
num custo unitário médio decrescente, de apoiar operações geograficamente dispersas 
por intermédio do processamento distribuído e de oferecer novos produtos e canais de 
distribuição. 
Saindo um pouco do contexto organizacional e adentrando a realidade mais concreta 
das pessoas, observa-se TI em tudo que se faz e opera. Por exemplo, deseja-se ir ao 
cinema, então verifica-se a sessão por meio de smartphones, compra-se, inclusive, as 
entradas. Consulta-se a previsão do tempo, as principais notícias, extratos bancários e 
diversas outras informações com poucos clicks ou toques na tela do smartphone. 
1.2 Tecnologias da Informação e da Comunicação 
Mas na verdade o que é Tecnologia? É o mesmo que Tecnologia da Informação? 
Tecnologia da Informação e Tecnologias da Informação é o mesmo? E o que dizer sobre 
Tecnologias da Informação e da Comunicação? 
Em primeiro lugar convém dizer (para surpresa de muitos) que nem toda Tecnologia é 
Tecnologia da Informação. Tecnologia é concebida como um conjunto de procedimentos, 
inovações, processos, métodos, ferramentas e conhecimentos por meio do qual as 
capacidades humanas de uma sociedade podem ser ampliadas. 
 
12 
Para sustentar a ideia de que uma Tecnologia por não ser TI, é possível citar por 
exemplo uma simples caneta esferográfica. Esta nada tem de TI e mesma assim é uma 
tecnologia. 
Mas o que é mesmo TI? 
A Tecnologia da Informação (TI) é o conjunto formado por hardware, softwares, bancos 
de dados, redes de computadores que associados a procedimentos, inovações e métodos, 
auxiliam no processo de transformação de dados em informação e de informação em 
conhecimento de modo a gerar valor para as pessoas e organizações que dela se utilizam. 
A TI contribui para a tomada de decisão, gerando uma maior rapidez e flexibilidade nos 
processos de negócios, reinventando o fluxo de informação e o modo como ambiente 
organizacional se desenvolve. 
Alguns autores, sobretudo aqueles dedicados a área de educação no Brasil, 
mencionam a Tecnologia da Informação (TI) como Tecnologia da Informação e da 
Comunicação (TIC). Convém dizer que os dois termos representam a mesma coisa, 
podendo dispensar o termo comunicação, devido o mesmo ser um dos recursos de TI. 
Outros autores mencionam muito o termo Tecnologias da Informação, que na verdade 
representa o conjunto de ferramentas ou ferramental. Ou seja, também retornam o mesmo 
conceito. 
Para bem entender as tecnologias da informação e da comunicação é necessário 
conhecer os conceitos de dado, informação e conhecimento. 
Laudon & Laudon (2011) defendem que os dados se apresentam como correntes de 
fatos brutos que representam eventos existentes nas organizações ou nos ambientes 
físicos antes de terem sido organizados ou arranjados para poderem ser usados. 
Entre exemplos de dados, é possível citar uma sequência de letras (a, b, c, d, e, f, g, h, 
i, j) ou uma sequência de números (1, 2, 3, 4, 5, 6). Tanto a sequência de números, quanto 
a sequência de letras por si só nada representam e nada revelam, ou seja, não agrega um 
valor, é algo bruto e não-estruturado, não conduzindo a compreensão de algo. 
O quadro a seguir apresenta tipos de dados encontrados. 
 
13 
 
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.5). 
Informação é um conjunto de dados organizados com valor adicional, que podem 
representar algo estruturado. 
Para melhor exemplificar, considerando-se que os números 1,0; 2,0; 3,0; 5,0 foram 
colhidos de um diário de classe de um professor sobre um determinado aluno, tem-se a 
informaçãodas notas de suas provas. 
A figura a seguir esboça o processo de transformação dos dados em informação. 
 
Fonte: Adaptado de Stair & Reynolds (2011, p.6) 
A informação pode exercer três papeis fundamentais nas organizações: 
 Recurso – quando servir como um insumo, ou um recurso a ser utilizado no processo 
produtivo de bens ou serviços. 
 Ativo – quando ela se torna uma propriedade de uma pessoa ou organização que 
agrega valor ao resultado das corporações. 
 
14 
 Produto – quando ela é o resultado do processo produtivo. 
Conhecimento é a compreensão sobre o valor das informações e a consciência sobre 
a maneira de utilizá-las no apoio a tarefas específicas ou para chegar a decisão. 
Como são sabidos, os dados são fatos brutos que podem ser processados, 
organizados em conjunto com valor a fim de se obter a informação. Por meio das 
informações alcança-se o conhecimento. A figura a seguir ilustra o conceito hierárquico de 
dados, informação e conhecimento. 
 
Fonte: Adaptado de Costa et al. (2012, p.2). 
Recorrendo aos exemplos anteriores (as que mencionam o conceito de dado e de 
informação), pode-se afirmar que se o aluno tem as informações de notas iguais a 1,0; 2,0; 
3,0; 5,0, o conhecimento impulsiona a estudar mais, porque as notas estão muito baixas. 
1.3 Infraestrutura de TI 
A infraestrutura de TI é uma composição de itens compartilhados (hardware, software, 
bancos de dados e redes/telecomunicações) de sistemas de informação que forma a base 
dos sistemas computadorizados. 
O hardware consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as atividades 
de entrada, saída e processamento de dados. Neste item estão inclusos os computadores 
pessoais, notebooks, mainframes, dispositivos móveis e suas constituições. 
Os softwares abrangem os programas de computador que gerenciam as atividades 
computacionais (software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades 
básicas nos processos de negócios (software aplicativo). 
 
15 
Os bancos de dados são uma coleção de dados organizacionais, contendo informações 
dos negócios, na forma de arquivos relacionados. Eles são um componente fundamental 
e valioso para o funcionamento dos sistemas computadorizados. 
As redes computadores e as telecomunicações consistem no componente que 
proporciona a comunicação de dados, voz e imagem dentro do negócio, por meio de uma 
transmissão eletrônica de sinais. 
1.4 Hardware 
Stair & Reynolds (2011) afirmam que o hardware é qualquer maquinário (utilizando 
circuitos digitais) que contribui com a execução de atividades de entrada, saída, 
processamento e armazenamento de um sistema de informação. 
O hardware é um dos componentes mais importantes da infraestrutura de TI e é por 
meio dele que o usuário entra em contato com o mundo da TI e o melhor exemplo é o 
próprio computador que antes estava nas mesas e agora está nas mãos dos usuários. 
Desde o lançamento do 1º computador, o hardware só se aprimorou. Impulsionado pela 
engenharia eletrônica e pelas tecnologias de construção de circuitos integrados, é 
considerado um grande criador de vantagem competitiva, fazendo com as empresas 
queiram cada vez mais investir, tais como: 
Conforme já mencionado anteriormente, o termo computador remete a um dispositivo 
com a capacidade de executar cálculos, ou seja, um calculador. É justamente isto que um 
computador, apenas cálculos utilizando operações lógicas e matemáticas. 
Alguns autores se referem a um computador como um sistema computacional, devido 
ao mesmo ser formado por partes com um objetivo definido, que é efetuar o máximo de 
tarefas em substituição à pessoa humana, por isso que são sempre feitas analogias entre 
os computadores e as pessoas. 
Claro que há uma série de diferenças entre as pessoas e os computadores no executar 
de tarefas, mas a principal é a forma como tarefas e operações são executadas e 
“enxergadas”. Em primeiro lugar um computador executa todas as suas atividades a partir 
de informações que foram anteriormente prestadas. Em segundo lugar o computador só 
entende bits e bytes. 
Um bit é a representação de um dígito numérico no sistema de numeração binário. Um 
byte é um conjunto de oito bits. A partir destes bits e bytes são formadas as instruções 
primitivas e os códigos que fazem o computador funcionar. 
As instruções primitivas são também chamadas de linguagem de máquina, remete ao 
nível mais baixo e concreto de uma estrutura de computador, que não é “compreensível” 
pelo usuário. O usuário “enxerga” a linguagem de alto nível do computador, que está 
separada e distante da linguagem de baixo nível ou linguagem de máquina. 
 
16 
A ideia mais atual de estrutura básica de um sistema computacional está apresentada 
na figura a seguir. 
 
Fonte: Adaptado de Stallings (2010, p.51). 
O sistema computacional básico é formado por: unidade central de processamentos; 
memórias; dispositivos de entrada e sápida e barramento. Grande parte destes 
componentes estão instaladas na placa mãe em um computador comum. 
O primeiro item do sistema computacional a ser mencionado é o Processador ou 
Unidade Central de Processamento (UCP), conhecida também como CPU, que é o seu 
acrônimo em inglês. É o processador, o coração de todo o sistema, responsabilizando-se 
pela execução das instruções dos programas de computador. 
A função básica da CPU é executar programas por meio da busca de uma instrução na 
memória; interpretação da instrução; busca de dados; processamento de dados e escrita 
de dados. 
De forma geral, a CPU é composta de três componentes: Unidade Lógica e Aritmética 
(ULA); Unidade de Controle; Registradores. A Unidade de Controle é responsável por 
buscar informações na memória principal. A Unidade Lógica e Aritmética é responsável 
por realizar os cálculos e comparação entre os valores. Os registradores compõem uma 
memória de alta velocidade (interna a CPU) utilizada para armazenar resultados 
temporários e para o controle do fluxo de informações. 
 
17 
 
De forma errada, algumas pessoas se referem ao gabinete do computador (artefato 
metálico onde si situam todas as placas e componentes de hardware) como CPU. CPU é 
um circuito integrado (chip). 
O segundo componente do sistema computacional é a memória. Considerado como 
um item da estrutura interna do computador, ela armazena programas e dados, 
apresentando-se sob diversos tipos, quanto a hierarquia, proximidade do CPU e 
características próprias. 
Dentre todas as características das memórias, duas são fundamentais para o bom 
funcionamento do computador, no que tange a sua dependência das memórias: tempo de 
acesso e capacidade armazenamento. 
O tempo de acesso, também conhecido como latência, é tempo gasto para realizar uma 
operação de leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais que copiar algo da 
memória e a operação de escrita é copiar algo na memória. A outra característica 
importante é a capacidade, que expressa à quantidade bytes que podem ser armazenados 
na memória. 
Os principais tipos de memórias são: 
 Armazenamento temporário, conhecidas como memórias RAM (Random Access 
Memory), que significa memória de acesso aleatório. Quando o computador é 
desligado tudo que estava na memória é apagado. 
 Apenas de leitura, conhecidas como memórias ROM (Read Only Memory), que 
significa memória apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada do 
que estava na memória é perdido. 
 O terceiro elemento do sistema computacional é o barramento. Eles representam os 
caminhos elétricos que provem a ligação de dois ou mais dispositivos. Na história da 
computação existiram diversos tipos de barramentos; alguns já estão em desuso enquanto 
outros continuam sendo utilizados por diversas placas. 
Os barramentos são compostos por três partes distintas: barramento de dados; 
barramento de endereços; barramento de controle. No barramento de dados trafegam os 
dados do sistemacomputacional. No barramento de endereço trafegam as informações 
das posições de memória em que estão situados os dados. Pelo barramento de controle 
trafegam informações de controle do sistema. 
 
18 
Os principais barramentos são: ISA (Industry Standard Architecture); PCI (Peripheral 
Component Interconnect); AGP (Accelerated Graphics Port); AMR (Audio Modem Riser); 
CNR (Communications and Network Riser; ACR (Advanced Communications Riser); SATA 
(Serial Advanced Technology Attachment); SCSI (Small Computer System Interface); USB 
(Universal Serial Bus). 
A USB é a tecnologia que permitiu o avanço da comunicação do computador com 
memórias secundárias. Permitiu a comunicação mais rápida, simples que permitia a 
qualquer usuário colocar dispositivos no computador e utilizá-lo. 
O quarto componente do sistema computacional é o conjunto de dispositivos de entrada 
e saída, que responsáveis por fazer a interface do mesmo com o mundo exterior, ou seja, 
com o usuário. 
Os dispositivos de entrada e saída são conhecidos como periféricos e são conectados 
ao restante do sistema computacional por meio de barramentos e portas de comunicação. 
Dentre os principais dispositivos de entrada e saída, é possível citar: 
 Teclado – considerado um dos mais antigos, é composto por teclas que representam 
um sinal único quando pressionados; 
 Mouse – permite realizar atividades não relacionadas a digitação, funcionando como 
um apontador para selecionar opções, efetuar desenhos etc.; 
 Scanner – permite realizar a digitalização de documentos, hoje muito integrado a 
impressoras, que recebem o nome de multifuncional; 
 Leitor de código de barras – dispositivo que efetua leitura de código de barras a partir 
da utilização de feixes de laser; 
 Câmera – utilizado para capturar imagens estáticas ou em movimento; 
 Microfone – utilizado para captação de ondas sonoras; 
 Monitores de vídeo – utilizados para apresentar o resultado de um processamento 
por meio de uma imagem e em suas versões touch screen servem como dispositivo 
de entrada; 
 Impressora – dispositivo que apresenta resultado de processamento em documentos 
impressos; 
 Dispositivos de armazenamento externo – responsável por armazenar dados 
externamente a memórias principais e secundárias do computador. Um bom 
exemplo são os gravadores de fita magnética, de DVD/CD e os dispositivos de 
memória USB. 
 
19 
Cada dispositivo de E/S consiste de duas partes: o dispositivo em si e o seu controlador. 
A função principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada e saída, garantindo 
o acesso ao barramento. 
 
1.5 Evolução dos Computadores 
Os computadores e todo o hardware utilizado nos dias de hoje não chegam, nem de 
longe, a se assemelhar aos primeiros computadores. Sem considerar os primeiros 
dispositivos de cálculo já mencionados no capítulo anterior, foi por volta de 1944 que 
Howard Aiken nos Estados Unidos criou o primeiro computador digital criado a partir de 
relés eletromecânicos, chamado de Mark I, sendo o principal marco da Geração Zero dos 
Computadores. 
 
Existiram diversos dispositivos de cálculos inventados antes do surgimento do primeiro 
comprador. 
Com a evolução da engenharia eletrônica, que inventou um dispositivo semicondutor 
denominado válvula, deu-se início a primeira geração dos computadores. O primeiro 
computador desta geração foi desenvolvido em 1946 nos Estados Unidos foi o ENIAC 
(Eletronic Numerical Integrator and Computer) destinado ao uso geral. Este dispositivo 
tinha aproximadamente 93 metros quadrados, pesava em torno de 30 toneladas, utilizava 
cerca de 18 mil válvulas e consumia cerca de 140 KW de energia. Este dispositivo efetuava 
uma multiplicação envolvendo 10 dígitos em apenas 3 ms, além de efetuar 500 somas ou 
357 multiplicações por segundo, o que era um grande avanço para aquela época. 
O ENIAC era utilizado era destinado ao uso geral, embora o seu principal objetivo fosse 
dar uma resposta as necessidades americanas dentro contexto da segunda guerra 
mundial, por meio de cálculos balísticos de precisão. Toda a programação do ENIAC era 
feita a partir do uso de cartões perfurados e configurações por meio de chaves e soquetes. 
Estima-se que o custo envolvido na sua construção foi em torno de meio milhão de dólares, 
além de ter um grande número de técnicos para operá-lo e constantemente trocar válvulas 
queimadas. 
Dentre as curiosidades interessantes envolvendo o ENIAC está o fato do mesmo 
consumir uma quantidade enorme de energia elétrica e operar com uma temperatura 
interna da ordem 50° C, necessitando assim de uma intensa refrigeração. 
A figura a seguir apresenta a estrutura básica do ENIAC. 
 
20 
 
Fonte: Weber (2012, pg. 35) 
 
O ENIAC foi desmontado em 1955 e infelizmente não cumpriu de forma eficaz os seus 
propósitos, no entanto foi ainda utilizado nas pesquisas de bombas de hidrogênio. 
É nesta geração primeira geração, também, que a empresa International Business 
Machines (IBM) começa a se firmar no mercado de computadores comerciais, voltados 
para aplicações científicas. Ela criou um computador chamado IBM 701 em 1953 voltado 
para aplicações científicas e comerciais. A IBM conseguiu comercializar aproximadamente 
19 computadores IBM 701. 
Com o intuito de substituir as válvulas, os transistores inauguram uma nova geração, 
que é a segunda geração dos computadores que vai de 1955 até 1965. Devido as 
dimensões dos transistores serem bem menores que as válvulas e com uma vida útil bem 
maior, os computadores desta época diminuíram drasticamente de tamanho e houve um 
aumento nas capacidades computacionais. 
É nesta época ainda que o Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveu o 
primeiro computador desta época que recebeu o nome de TX0. No entanto foi a IBM e a 
empresa Digital Equipment Corporation (DEC) com as suas disputas por “fatias do 
mercado” uma série de computadores que marcaram esta geração, para aplicações 
científicas e comerciais. 
Uma das invenções da DEC foi o PDP-1, um computador com metade da capacidade 
de processamento do famoso IBM 7090. Enquanto os computadores da IBM eram muito 
 
21 
caros, os da DEC eram mais acessíveis sob o aspecto financeiro, favorecendo ainda mais 
a luta entre as duas empresas. 
A terceira geração dos computadores vai de 1965 até 1980 e é conhecida como 
geração dos circuitos integrados (chip que substituía muitos transistores num circuito 
eletrônico). Estes chips permitiram a miniaturização dos sistemas computacionais. 
Nesta época a IBM liderava o mercado de computadores com os modelos IBM7094 e 
o IBM1401. Eram duas máquinas diferentes e incompatíveis, que forçou a IBM a substitui-
las único produto já com circuito integrado, a família System/360. 
As tecnologias com computadores de grande porte também conhecidos por 
mainframes surgiram neste tempo por meio da família System/360 da IBM. A empresa, 
que já tinha uma base de clientes, entrou no mercado com um conceito de família e 
modelos distintos, mas compatíveis. Nesse cenário, empresas com necessidades mais 
modestas tinham acesso à mesma tecnologia que as grandes corporações, o que mudava 
era o tempo de resposta dos equipamentos. Esse modelo foi de tal sucesso que a empresa 
chegou a deter 70% do mercado da época. Com algumas atualizações, essa arquitetura 
permanece nos dias atuais. 
A DEC ainda lutava para permanecer no mercado e desenvolveu o modelo PDP-11, 
que teve grande penetração no meio universitário, apresentando melhorias em relação a 
outros modelos outrora comercializados pela DEC. 
Outras empresas como a UNISYS durante um bom tempo disputaram mercado de 
mainframe com a IBM, mas sendo rapidamente superada por ela. 
A quarta geração dos computadores vai de 1980 até os dias de hoje. É conhecida pela 
integração em larga escala, ou seja, a inclusão de milhares de transistores num chip de 
circuito integrado. Esta integraçãopromoveu o surgimento do computador pessoal e o 
surgimento de grandes empresas de Tecnologia da Informação, como por exemplo, a 
Microsoft e a Apple (fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak). 
Nesta época percebe-se o favorecimento de grandes inovações em software, que 
foram habilitadas pelo desenvolvimento de hardware. Um bom exemplo foi o 
desenvolvimento de softwares editores de texto que substituíram as máquinas de escrever. 
A miniaturização favoreceu também a fabricação e comercialização de computadores 
portáteis, laptops, Smartphones, causando uma verdadeira revolução nos sistemas 
computacionais. 
Com o surgimento dos servidores nesta época e sua popularização nos dias de hoje, é 
que se permitiu a tecnologia de computação das nuvens, que dispensa o uso de 
computadores de alta capacidade de armazenamento por parte do usuário, de modo que 
os mesmos deixem tudo armazenado em poderosos centros de dados. 
 
22 
Os principais computadores criados no início desta época foram: 
 Altair 8800 – utilizado para processar textos e planilhas; 
 Apple I – popular entre os usuários domésticos e escolas, fazendo da Apple 
Computadores um participante sério no mercado da noite para o dia; 
 IBM PC – funcionando com o sistema operacional MS-DOS da Microsoft; 
 Macintosh – primeiro computador com interface gráfica para o usuário, permitindo 
maior interação; 
O quadro a seguir mostra uma relação entre as gerações de computadores e suas 
respectivas velocidades de operação. 
 
Fonte: Adaptado de Stalling (2010, p.27). 
1.6 Software 
O software é o componente da infraestrutura de TI que de fato faz o hardware funcionar. 
Eles são programas que comandam a operação do computador e disponibilizam para o 
usuário aplicações para serem utilizadas em suas tarefas diárias. Estes programas são um 
conjunto de instruções que dizem o quê, quando e como devem ser realizadas as 
operações pelo sistema computacional. 
O software praticamente surgiu junto com o hardware, quando o mesmo foi entendido 
não apenas como um instrumento para fazer cálculos. O primeiro programa surgiu no 
instrumento computacional criado por Charles Babbage, por volta de 1800. Este programa 
foi criado por uma jovem de nome Ada Augusta Lovelace, considerada a primeira 
programadora do mundo. No entanto, é importante ressaltar que este programa tem pouca 
relação com o que se conhece de moderno nos dias de hoje. 
 
23 
Por volta de 1950, o que se compreendia sobre software eram os poucos programas 
disponíveis no mercado feitos especificamente para cada sistema computacional. Tratava-
se de um conjunto de instruções agrupadas em lotes para processamento. 
Só em 1960 que os softwares, com as características conhecidas nos dias de hoje, 
foram desenvolvidos. Claro que com o desenvolvimento de forma artesanal, com 
linguagens muito próximas das linguagens de máquina, os softwares eram praticamente 
voltados para automação de tarefas manuais, principalmente administrativas e financeiras. 
Nesta época a ideia de processamento em tempo real (ao contrário do processamento 
batch, por lote) começa a ser percebida como importante. 
Na década de 1970 os sistemas de informação (primeiras aplicações estruturadas) 
surgem de forma marcante nas empresas, fomentando o aumento no volume de 
desenvolvimento de software, bem como, as exigências em relação aos produtos 
construídos. Os desenvolvedores passam a considerar os conceitos de desenvolvimento 
organizacional e seus papéis como estratégico para a organização e melhor 
desenvolvimento de software. É bem verdade também que a redução de custos com a 
aquisição de computadores nesta época favoreceu o aumento do uso de softwares. 
Desta era artesanal, passou-se ainda pelo uso dos sistemas ERP (Planejamento de 
Recursos Empresariais), sistemas CRM (Gerenciamento do Relacionamento com o 
Cliente) até chegar ao momento vivido nos dias de hoje: a era da qualidade do software. 
Por volta da década de 1980, com o aumento da capacidade processamento dos 
computadores, surgem diversas tecnologias para desenvolvimento de software 
favorecendo a grande disseminação de seu uso na operação, na tomada de decisão, nas 
estratégias e etc. 
De forma geral, os softwares são classificados em software de sistemas e software de 
aplicação. O Quadro a seguir mostra uma relação entre o software de aplicação e o 
software de sistemas. 
 
24 
 
Fonte: Adaptado de Stair & Reynolds (2011, p.123). 
Os softwares de sistemas comandam o hardware, gerenciando e coordenando as suas 
funcionalidades, fazendo a interface entre as aplicações (software de aplicação) e todo o 
aparato de hardware. O melhor exemplo de software de sistemas são os sistemas 
operacionais. 
O sistema operacional é um conjunto de programas que controla o hardware do 
computador, dos recursos de entrada e saída, de armazenagem dos programas e de 
dados, agindo como interface com os softwares aplicativos, conforme ilustrado na figura a 
seguir. 
 
Fonte: Adaptado de Laudon & Laudon (2011, p.117). 
 
25 
Normalmente o sistema operacional está armazenado em um disco, onde logo após a 
inicialização do sistema computacional, partes do sistema operacional são carregadas na 
memória do computador. 
A efetividade computador está diretamente ligada à atuação do sistema operacional, 
devido a isso é de suma importância à escolha do sistema operacional alinhado ao sistema 
computacional para que as necessidades tanto de hardware quanto de software estejam 
aderentes. 
Os sistemas operacionais mais conhecidos e mais utilizados de mercado são os da 
Microsoft (Windows) para desktop e notebooks. Para smartphones e tablets os mais 
utilizados são os da Apple (IOS) e da Google (Android). 
Os softwares também podem ser considerados como Softwares de aplicação. Eles 
auxiliam na execução das tarefas de negócios, ou seja, são voltados para expectativas 
específicas dos usuários atendendo finalidades gerais e específicas. Entre os exemplos 
de software de aplicação estão Processadores de texto, planilhas eletrônicas, softwares 
de e-mail, geradores de apresentação etc. 
Segundo Stair & Reynolds (2011), os softwares de aplicação interagem com os 
softwares de sistemas para utilizar os recursos de hardware necessários a sua operação 
e assim exercer as suas funcionalidades. 
Os softwares de aplicação podem ser divididos em: software vertical e software 
horizontal. Os softwares verticais executam tarefas comuns a um determinado ramo de 
negócio. Os softwares horizontais são dedicados a todos os ramos de negócio, por 
automatizam processos comuns a todas as indústrias. 
Os softwares de aplicação também podem se dividir em softwares proprietários e 
softwares de prateleira. 
O software proprietário é desenvolvido para atender a uma necessidade específica da 
organização. Pode ser desenvolvido internamente (pelos profissionais de TI) ou por 
empresas terceirizadas com expertise suficiente. Quando este desenvolvimento ocorre 
internamente na organização, permite maior controle sobre os processos de 
desenvolvimento e, consequentemente, sobre os resultados. 
As principais vantagens do software proprietário são conseguir exatamente o que se 
quer e a facilidade na modificação de características que assim necessitem. As principais 
desvantagens do software proprietário são consumo de tempo (que é alto) e um risco 
potencial de desempenho limitado. 
Os softwares de prateleira são adquiridos diretamente da prateleira da loja, por meio 
de empresas especializadas que desenvolvem soluções-padrão e pré-formatadas com as 
melhores práticas e costumes das organizações para apoio aos processos de negócios. 
 
26 
As principais vantagens do software de prateleira são o custo inicial de 
desenvolvimento é mais baixo e a alta qualidade. As principais desvantagens do software 
de prateleira são pagamento por características não requisitadas e não ter características 
importantes,exigindo futuras modificações ou personalizações. 
Os softwares também podem ser classificados em: 
 Freeware – distribuído gratuitamente, mas sem revelar o código fonte; 
 Free software – pode ser ou não distribuído gratuitamente e é permitido modificação 
e redistribuição; 
 Open source – distribuído sob licença, com código fonte de domínio público ou com 
copyright. Neste o código fonte pode ser modificado; 
 Shareware – distribuído gratuitamente, com uso gratuito limitado e logo após período 
de teste exigindo pagamento pela utilização; 
 Adware – distribuído gratuitamente sob concordância do usuário de visualizar 
propagandas; 
 Domínio público – distribuído sem copyright e gratuitamente. 
1.7 Banco de Dados 
Muitas Organizações e as pessoas de uma forma geral já começam a perceber nos 
dias de hoje que um de seus grandes tesouros são os seus dados. Eles representam a 
matéria-prima para a geração da informação completa e precisa para tudo que envolve os 
nossos processos diários, apresentando-se de diversas formas obedecendo a uma 
hierarquia que se inicia na menor porção de dados manipulável por um sistema 
computacional: bit. 
 
O bit é um sinal digital 0 ou 1 que representa a ausência ou a presença de um sinal elétrico. 
Um conjunto de 8 bits formam um byte. 
Um byte pode representar um caractere, que pode ser uma letra minúsculas, 
maiúsculas, número ou caractere especial. Vários caracteres organizados formam o 
campo. Um conjunto de campos agrupados forma um registro. Registros inter-relacionados 
formam arquivos que se relacionados entre si formam uma base de dados. Esta é a 
hierarquia dos dados. 
 
27 
Um banco de dados, também conhecido por base de dados, é uma coleção organizada 
de fatos e informações, consistindo em dois ou mais arquivos de dados relacionados. 
Auxiliam as empresas a gerir informações para reduzir custos, aumentar lucros, 
acompanhar atividades anteriores do negócio e criar novas oportunidades de negócios. 
As principais vantagens dos bancos de dados são: 
 Utilização estratégica aperfeiçoada dos dados corporativos; 
 Redução na redundância de dados; 
 Melhoria na integridade dos dados; 
 Modificação e atualização mais fáceis; 
 Independência dos programas; 
 Melhor acesso nos dados e informações; 
 Padronização no acesso de dados; 
 Estrutura para desenvolvimento de programas; 
 Melhor proteção dos dados; 
 Compartilhamento do recurso de dados. 
Desenvolvido com o objetivo de simplificar os sistemas de gerenciamento de bancos 
de dados, o modelo relacional de banco de dados é aquele que organiza os dados em 
tabelas bidimensionais (denominadas relações) com colunas e linhas. Toda informação 
neste banco de dados é representada por valores em relações ou tabelas. Assim, as 
relações não são relacionadas umas às outras no momento do projeto. Entretanto, os 
projetistas utilizam o mesmo domínio em várias relações, e se um atributo é dependente 
de outro, essa dependência é garantida através da integridade referencial. 
Neste tipo de campo trabalha-se com o conceito de campo e registro. O campo (coluna) 
é o atributo específico das entidades de um banco de dados relacional. O registro (linha) 
é a informação específica sobre uma entidade. A figura a seguir mostra uma tabela de um 
banco de dados relacional contendo quatro registros e cinco campos. 
 
28 
 
Fonte: Elaboração do autor. 
Outro conceito importante neste tipo de banco de dados é o de chave primária, também 
conhecida como campo-chave, que na verdade é um campo que identifica exclusivamente 
um registro. Na figura anterior afirma-se que a chave primária é o campo 
Número_Fornecedor. 
A lógica de trabalho do banco de dados relacional é o uso do relacionamento, pelo fato 
de determinar o modo como cada registro de cada tabela se associa a registros de outras 
tabelas. 
O relacionamento indica a ligação entre os participantes das entidades de dados em 
um determinado banco de dados e permite ao projetista de BD criar um modelo lógico 
consistente da informação a ser armazenada. No entanto, só existirá um relacionamento 
se houver um campo de pesquisa específico de uma tabela chamado de chave estrangeira. 
A figura a seguir mostra um relacionamento entre duas tabelas de um banco de dados 
relacional. A primeira é tabela de fornecedores com a chave primaria igual ao campo 
Número_Fornecedor. A segunda é a tabela de produtos com a chave primária igual ao 
campo Número_Produto. A chave estrangeira encontra-se na tabela de produtos é o 
campo Número_Fornecedor. 
 
29 
 
Fonte: Elaboração do autor. 
Os relacionamentos podem ser de três tipos: 
 Relacionamento um para um – quando um registro de uma tabela se relaciona 
apenas com um registro de outra tabela. 
 Relacionamento um para muitos – quando um registro de uma tabela se relaciona 
com muitos registros de outra tabela. 
 Relacionamento muitos para muitos – quando muitos registros de uma tabela se 
relacionam com muitos registros de outra tabela. 
Na figura anterior encontra-se um relacionamento um para muitos, porque temos um 
registro de fornecedor que aparece muitas vezes na tabela de produtos. Nada mais normal, 
pois um fornecedor pode comercializar muitos produtos. 
1.8 Redes de Computadores 
 
30 
Uma rede de computadores é um conjunto de componentes capazes de favorecer a 
troca informações e o compartilhamento de recursos, interligados por um sistema de 
comunicação. As redes de computadores baseiam-se nos princípios de uma rede de 
informações que, por meio de hardware e software, torna-a mais dinâmica para atender as 
suas necessidades de comunicação. 
Os componentes de uma rede de computadores são: protocolos, meios de 
comunicação, mensagens e dispositivos. 
Os protocolos representam as regras que regem o processo de comunicações entre os 
dispositivos. Eles normalmente são criados em um contexto descrito por um modelo ou 
padrão, não operando de forma isolada, mas totalmente interligados entre si, formando 
uma pilha de protocolos. Isto porque os computadores não somente utilizam um protocolo 
para se comunicarem, mas vários. 
Os meios físicos têm um papel fundamental nas redes de computadores. Eles 
interligam origem ao destino. A utilização de um determinado meio vai depender da 
velocidade desejada, do custo que se deseja ter e da capacidade e desempenho que se 
espera do mesmo. 
Os meios de transmissão confinados também são chamados de meios guiados e são 
caracterizados pelo uso de algo “palpável” normalmente um cabo. Os meios físicos 
guiados são: cabo de pares metálicos, cabo de fibra óptica e o cabo coaxial. 
O cabo de pares trançados consiste num conjunto fios agrupados em pares metálicos 
com uma capa plástica e com um trancamento entre eles a fim de evitar a interferência 
eletromagnética de um par no outro. É o meio físico mais utilizado nas redes de 
computadores e em telecomunicações, tendo aplicações na telefonia, nas redes locais e 
nas redes de longa distância também. 
O cabo de fibra óptica consiste num cabo contendo uma fibra de vidro transparente e 
bem fina que transporta a informação por meio de um sinal de luz na fibra. 
O cabo coaxial é meio composto com um condutor interno com blindagem metálica 
empregado em transmissão digitais e sinais de televisão. 
O quadro a seguir mostra as diferenças entre os três cabos que são considerados 
meios guiados. 
 
31 
 
Fonte: Adaptado de Stair & Reynolds (2011, p.211). 
Os meios físicos não confinados são também conhecidos como não guiados. São todos 
aqueles que operam por meio de um sinal de rádio enviado pelo ar. Dentre os sistemas de 
transmissão que operam em longa distância através do ar elencam-se os sistemas de 
comunicação via satélite, a telefonia móvel celular, os sistemas de radiovisibilidade e 
radiodifusão de broadcast. 
A mensagem é aquilo que se deseja transmitir entra a origem e o destino. A formação, 
codificaçãoe formatação da mensagem obedece a regras, conhecidas como protocolos. 
Os dispositivos são os elementos responsáveis pela transmissão, recepção e 
encaminhamento de dados. Eles estão divididos em: 
 Dispositivos Finais – formam a interface entre os usuários e a rede de comunicação 
subjacente. 
 Dispositivos Intermediários – conectam os hosts individuais à rede e podem conectar 
várias redes individuais para formar uma rede interconectada. 
Existem várias classificações para as redes de computadores. Não obstante, de forma 
geral, é possível classifica-la a partir do seu alcance e abrangência em: LAN (Local Area 
Network); MAN (Metropolitan Area Network); WAN (Wide Area Network). 
Uma LAN é uma rede pequena abrangência, normalmente situada dentro uma empresa 
ou residência. Este tipo de rede é normalmente administrado por uma única organização 
 
32 
ou uma única pessoa, com um tipo de controle composto por políticas de segurança e de 
acesso. A velocidade encontrada nas LANs é geralmente bem alta. 
Uma MAN é utilizada para interligar LANs dentro de uma região metropolitana, 
alcançando extensões inferiores à encontrada nas WANs. Dentre suas principais 
características é possível citar a interconexão de locais espalhados em uma cidade e as 
conexões dotadas de velocidades intermediárias entre LAN e WAN, bem como a 
conectividade de outros serviços, como o de TV, por exemplo. 
Embora um pouco parecida com uma MAN, as WANS interconectam as LANs em 
grandes áreas geográficas, como entre cidades, estados, províncias, países ou 
continentes. As WANs são geralmente administradas por vários provedores de serviço e 
concessionárias de telecomunicações, que ofertam velocidades não tão altas como as 
LANs. 
1.9 Computadores 
Existe hoje no mercado diversos tipos de computadores. Os autores atribuem diversas 
classificações, mas de forma geral os classificam como: computadores pessoais; 
computadores portáteis; supercomputadores; mainframes; supercomputadores; 
servidores; smartphones. 
Os computadores pessoais, também conhecidos como desktops, são os famosos 
computadores de mesa ou PCs. O primeiro deles foi projetado por John Blankenbaker em 
1971 e o seu nome era Kenbak-1. Ele não possuía processador, sendo formado por chips 
numa placa de circuito e forma comercializados apenas 40 equipamentos. 
O Micral 1973 foi o primeiro computador pessoal com um processador (utilizou o 
processador Intel 8080). Desenvolvido por Thi Truong foi comercializado por U$ 1.750,00, 
nunca penetrou no mercado americano. 
O Altair 8800 foi lançado em 1975 com uma capacidade bem superior que o anterior, 
projetado por Ed Roberts, que cunhou pela primeira vez o termo computador pessoal. Ele 
custava U$ 297,00 e teve alta penetração no mercado americano. 
Por volta de 1976 Steve Jobs e Steve Wozniak fundaram a Apple e projetaram o Apple 
I e logo após em 1977 o Apple II, computador pessoal um pouco mais parecido com a ideia 
de desktop que se tem hoje. O Apple III foi o PC projetado para concorrer com a IBM em 
1981, que já comercializava os seus PCs. Em 1984 a Apple lança o Macintosh, o primeiro 
computador com interface gráfica. 
É bem verdade que atualmente o usuário de desktops tem diminuído cedendo espaço 
para os notebooks e smartphone, mas ainda existe uma parcela considerável de mercado 
que enxerga a relação custo/benefício favorável. Um bom exemplo seria os usuários de 
jogos digitais. 
 
33 
Um outro tipo de computador é o computador portátil, assim chamado por satisfazer os 
interesses de mobilidade dos usuários. Os notebooks, netbooks, tablets figuram entre 
estes. Eles surgiram pela primeira vez em 1981 pelas mãos de Adam Osborne, recebeu o 
nome de Osborne 1, não se parece muito com os modelos mais modernos e parrudos mais 
hodiernos. 
Os supercomputadores são também potentes, com altíssimo desempenho, mas 
diferentemente dos mainframes são utilizados em aplicações específicas que exigem 
capacidades computacionais extensas e rápidas. Entre as aplicações do mainframe, 
encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres naturais, pesquisas nas áreas de 
saúde, dentre outros. 
Seymour Cray (co-fundador da Empresa Control Data) projetou em 1960 o primeiro 
supercomputador e foi projetado em 1960 e logo depois em 1972, ele fundou a empresa 
Cray Research Inc., responsável pela fabricação de diversos supercomputadores até os 
dias de hoje. 
 
Acesso o site www.top500.org e conheça a lista dos mais potentes supercomputadores do 
mundo. O maior supercomputador do Brasil está em Salvador e ocupa a posição 95 do 
ranking. 
Os mainframes, ainda não completamente obsoletos, são computadores potentes de 
alto desempenho e capacidade, desenvolvidos nos anos 1960 pela IBM para muitas 
corporações, mas hoje restrito a um número menor de modelos de negócios, tais como: 
bancos, varejistas, seguradoras, companhias aéreas, empresas de cartões de crédito, 
governos, entre outros. Normalmente são mantidos em centros de dados com acesso 
restrito e processam grandes quantidades de transações. 
É comum uma certa confusão entre os conceitos e aplicabilidades dos 
supercomputadores e os mainframes. A chave para o entendimento das diferenças entre 
um e outro reside em primeiro lugar compreender que os mainframes processam dados 
de várias aplicações de usuários ao mesmo tempo. 
Aos poucos os mainframes têm perdido espaço para os servidores, que cumprem um 
papel relativamente parecido, mas em um contexto diferente. Os Servidores são 
computadores responsáveis pelo gerenciamento de uma rede de computadores e o 
fornecimento de serviços. 
Outro tipo de computador extremamente utilizado nos dias de hoje são os smartphones, 
que tem alcançado grande popularidade, principalmente a partir da universalização do 
http://www.top500.org/
 
34 
acesso à internet e quantidade de aplicações disponíveis nas mais diversas plataformas 
que podem ser acessados pelos smartphones. 
 
 
O ponto central desta unidade foi apresentar um histórico e introdução as tecnologias 
da informação e da comunicação. Já na primeira secção mencionou-se a evolução destas 
tecnologias em seus mais variados componentes (hardware, software, bancos de dados e 
redes de computadores). Na secção seguinte conceituou-se tecnologias da informação e 
da comunicação, além de abordar termos chaves utilizados na informática. 
Na terceira seção desta unidade o cerne residiu numa introdução da infraestrutura de 
TI, onde nas seções seguintes efetuou-se um aprofundamento dos seus componentes, 
apresentando aspectos voltados para a aplicabilidade no dia-a-dia das pessoas. 
 
 
35 
 
UNIDADE II – USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
2.1 As Organizações 
2.1.1 Conceitos e Tipos de Organizações 
Devido à impossibilidade das pessoas atingirem sozinhas os seus objetivos, elas se 
associam com metas comuns e fazem surgir uma organização, denominada de pessoa 
jurídica. 
Quanto a sua estrutura as pessoas jurídicas podem ser classificadas como: 
 Corporações: formada pela reunião de pessoas, podem ter fim não-econômico e 
econômico; 
 Fundações: constituídas em torno de um patrimônio com determinado fim. 
Quanto a sua função as pessoas jurídicas podem ser: 
 De Direito Público: União, Estados, Munícipios, Autarquias, Empresas Públicas, 
Sociedades de Economia Mista, Fundações Públicas; 
 De Direito Privado: Empresas com fins lucrativos, associações, fundações, partidos 
políticos e organizações religiosas. 
Outra classificação é encontrada em Costa Neto & Canuto (2010) é: 
 Primeiro Setor: Setor Estatal; 
 Segundo Setor: Setor Privado; 
 Terceiro Setor: Organizações não-públicas e não-lucrativas. 
2.1.2 Uma Organização: A Empresa 
Uma Empresa, que é uma organização, pode ser concebida com um sistema 
apresentando entradas e saídas, conforme a Figura a seguir. 
 
 
36 
 
Fonte: Adaptado de Costa Neto & Canuto (2010).Conforme observado, é possível entender a integração da Empresa como um sistema 
com os seguintes elementos: 
 Capital é a provisão dos investimentos necessários, na expectativa que os custos e 
despesas sejam garantidos pelas receitas da empresa; 
 Insumos são os elementos necessários ao processo produtivo da empresa, tais 
como: matéria-prima, peças, serviços de apoio, tecnologias, dentre outros; 
 Produtos ou serviços (eventualmente subprodutos) são os elementos de valor que o 
negócio entrega ao cliente, que remunera a empresa mediante a aquisição de seus 
produtos e serviços; 
 Efeitos sobre o meio ambiente são as influências que a empresa pode exercer no 
contexto em que ela opera. 
A partir destas relações sistêmicas já é possível verificar a interação da empresa com 
duas entidades importantíssimas para a perenidade dos negócios: Cliente e Fornecedor. 
2.1.3 Modelo relacional de uma Empresa 
 
 
37 
O entendimento de uma empresa também pode ser estabelecido através das relações 
estabelecidas na Figura a seguir. 
 
 
 
Fonte: Adaptado de Foina (2009). 
 
Os relacionamentos descritos não figura anterior são: 
 Empresa – Mercado Consumidor: é a relação entre a empresa e o seu potencial 
mercado; 
 Empresa – Fornecedores: é a relação onde à empresa remunera o fornecedor para 
fazer a aquisição de seus produtos; 
 Empresa – Mercado de Mão-de-obra: é relação onde os trabalhadores são 
remunerados pela empresa, devido os seus serviços prestados; 
 Empresa – Mercado Financeiro: é a relação de troca entre ativos financeiros entre a 
empresa e o mercado financeiro (bancos, agentes financeiros, dentre outros); 
 Empresa – Governo: é a relação em que o Governo provê serviços públicos de 
qualidade e a empresa cumpre suas obrigações, como pagamento de impostos, por 
exemplo; 
 
38 
 Empresa – Acionistas: é a relação em que a o acionista investe na empresa e recebe 
da mesma o retorno sob o seu investimento; 
 Empresa – Cliente: é a relação onde à empresa entregue seus produtos e é 
remunerada por eles; 
2.1.4 Objetivos de uma Empresa 
Segundo Costa Neto & Canuto (2010) existe uma grande divisão entre os especialistas 
sobre qual é o objetivo primordial de uma empresa. Uns consideram o lucro, outros 
consideram que é o papel social: 
Os que dizem que o principal objetivo das empresas privadas é o 
lucro. O argumento adotado é o de que os empresários ou 
acionistas que decidem os destinos da empresa, se aceitam realizar 
os investimentos e correr os riscos que a atividade empresarial 
requer, o fazem na expectativa de auferirem lucro, que deve ser em 
parte distribuído aos donos do negócio e em parte reinvestido para 
a geração de mais lucros por meio do crescimento da empresa, da 
conquista de novos mercados, do estabelecimento de vantagens 
sobre os concorrentes e assim por diante. Esses pensadores podem 
até admitir que, temporariamente, a empresa persiga outros 
objetivos, como, por exemplo, obter solidez e/ou liquidez, atingir 
metas de crescimento, ultrapassar incólume épocas de crise, etc., 
mas sempre com o pensamento em, no médio ou longo prazo, 
garantir condições para maximizar seu lucro. 
Os que não pensam somente assim, De fato, há uma corrente 
moderna de pensadores que não aceitam a teoria do lucro como 
objetivo, mas invocam também o papel social da empresa, 
propondo que ela se paute por um conjunto de objetivos como, por 
exemplo: obter um lucro razoável; cumprir o seu papel social de 
produzir bens ou serviços necessários à sociedade; gerar 
empregos, fornecendo boas condições do trabalho aos seus 
colaboradores; angariar boa reputação de empresa socialmente 
responsável e fiel cumpridora da legislação; contribuir para o 
progresso da nação (COSTA NETO & CANUTO, 2010, p.31). 
 
Para que as empresas atinjam os seus objetivos, sejam eles quais forem, é necessário 
sempre ter em mente pontos vitais das operações de uma empresa: 
 O cliente e as suas expectativas; 
 Forças, que denotam as capacidades e habilidades da corporação; 
 Fraquezas que denotam as suas fragilidades internas; 
 
39 
 As oportunidades de negócios e todas as suas variáveis; 
 As ameaças que podem influenciar nos fracassos corporativos. 
2.1.5 Empresas Públicas e demais Órgãos do Governo 
Segundo Costa Neto & Canuto (2010), de modo geral as empresas públicas e órgãos 
públicos, com pequenas adaptações e modificações, deveriam seguir as mesmas práticas 
e orientações das empresas privados. No entanto, o que se observa é algo diferente: 
 Gestores têm seus mandatos atrelados a questões políticas; 
 Objetivos das instituições tem uma aderência muito grande aos interesses políticos; 
 O “dono” do negócio, que é o próprio Estado, parece sempre ser um pouco ausente; 
 A impossibilidade desligamento de funcionários desnecessários, devido regras de 
estabilidade causa inchamento da força de trabalho; 
 Facilidade de confusão entre o interesse público e o interesse privado nas relações 
de poder, causando corrupção e outros crimes. 
Ainda segundo Costa Neto & Canuto (2010) é evidente que o número de ocorrência 
destas situações é inversamente proporcional ao desenvolvimento alcançado pela 
sociedade em que o sistema público se insere. 
2.2 Aplicações utilizadas nas Organizações 
Uma das decisões mais importantes nas Organizações reside na escolha dos melhores 
e mais adequados softwares, sejam eles de sistemas e de aplicações para quaisquer tipos 
de computadores e infraestrutura de TI. 
Sobre as aplicações, deve-se pensar nas vantagens que se encontram em comprar o 
software ou desenvolver internamente o próprio software. É o tipo de decisão conhecida 
como make or buy. 
Um dos softwares mais utilizados em uma Organização e pelas pessoas de forma geral 
é o processador de texto. Trata-se do aplicativo mais popular, porque permitem aos 
usuários criarem, editarem, revisarem e imprimirem textos com aparência profissional por 
meio da disponibilização de diversas ferramentas de criação e formatação de frases, 
expressões e parágrafos. 
Os processadores de textos mais populares atualmente são o Microsoft Word, da 
Microsoft e o BrOffice. No entanto, já existem soluções de processadores de texto na 
própria nuvem da internet, como por exemplo o do Google Docs. 
A figura a seguir apresenta a janela principal do Microsoft Word. 
 
40 
 
Fonte: Elaboração a partir do Microsoft Word. 
Por meio de recursos avançados como corretores ortográficos, os processadores de 
textos identificam e corrigem erros de grafia, sugerem formação de frases e melhorias no 
texto redigido, além de implementarem correções gramaticais e de pontuação. 
A maioria dos processadores de textos permite que o usuário crie documentos com 
gráficos, formas, imagens e figuras criadas e diagramadas a partir dos recursos de 
ilustração próprio processador de texto ou importadas de outros processadores. 
Outro software aplicativo extremamente popular é a planilha eletrônica, que se revela 
como uma grande aliada na montagem de modelagem, no planejamento e na análise de 
negócios que requerem cálculos diretos e interdependentes, com apresentação de 
resultados gráficos, tendências, objetivos etc. 
Uma das funcionalidades mais importantes de uma planilha eletrônica é a capacidade 
de formatação gráfica dos dados em análise. A grande maioria das planilhas de mercado 
é apresentada por meio de gráficos do tipo colunas, linhas, pizza, barras, área, dispersão 
e outros mais variados tipos, os quais permitem que o usuário faça uma análise visual das 
informações ali contidas de forma a rapidamente identificá-las e, assim, partir para uma 
tomada de decisão imediata. 
A planilha eletrônica mais conhecido é o Microsoft Excel que integra o pacote office. A 
figura a seguir apresenta a janela principal do Excel. 
 
41 
 
Fonte: Elaboração própria. 
Os softwares aplicativos geradores de apresentação também grande importânciapor 
serem uma auxilio na montagem de apresentações, as quais exigem recursos multimídia 
como gráficos, fotos, animações, imagens e videoclipes. 
Normalmente os softwares aplicativos geradores de apresentação se apresentam em 
formatos de “slides”, os quais são a área de trabalho do usuário. Assim com em uma 
prancheta de desenho, o usuário poderá montar sua apresentação utilizando todos os 
recursos gráficos e de multimídia disponibilizados pela ferramenta. Por meio dessas 
funções, o usuário pode criar novas apresentações ou lançar mão de apresentações pré-
definidas (sugeridas) para modelar seus dados. 
Os recursos de apresentação têm como finalidade chamar a atenção da plateia ou 
público para informações importantes constantes nos slides e proporcionar certa 
dinamização da apresentação. Os geradores de apresentação normalmente disponibilizam 
animações de slides do tipo desvanecimento, entrada de texto pela direita, entrada de texto 
pela esquerda, de cima para baixo, de baixo para cima, granularização, efeito persiana 
vertical e horizontal, entre outros. 
O principal e mais conhecido gerador de apresentação é o Microsoft Power Point que 
integra o pacote office. A figura a seguir apresenta a janela principal do Power Point. 
 
42 
 
Fonte: Elaboração própria. 
2.3 Inteligência Artificial 
Desde que o termo inteligência artificial foi definido nos anos de 
1950, especialistas discordam sobre a diferença entre a inteligência 
natural e a artificial. Os computadores podem ser programados para 
ter bom senso? Diferenças profundas separam a inteligência natural 
da artificial, mas elas declinam em número. Uma das forças motoras 
da pesquisa em inteligência artificial é a tentativa de entender como 
as pessoas realmente raciocinam e pensam. Criar máquinas que 
possam raciocinar é possível somente quando entendermos 
realmente nossos processos de raciocínio (STAIR & REYNOLDS, 
2011, p. 419). 
Todos os sistemas e soluções em tecnologias de informação capazes de simular ou 
duplicar as funções do cérebro humano, além de comportamentos e padrões humanos é 
conhecido como Sistemas de Inteligência Artificial. A ideia destas soluções é apresentar 
plataformas tecnológicas que demonstrem características inteligentes. 
As principais características do comportamento inteligente que os sistemas de 
inteligência artificial tentam reproduzir com muitas dificuldades são: 
 Aprendizado com a experiência e aplicação de conhecimentos adquirido da 
experiência; 
 Lidar e resolver situações complexas; 
 Resolver problemas, mesmo que faltem informações; 
 
43 
 Determinação do que é importante; 
 Reação rápida e correta diante de novas situações; 
 Entendimento de imagens; 
 Interpretação e manipulação de símbolos; 
 Ser criativo e imaginativo 
O quadro a seguir apresenta uma comparação entre a inteligência natural (humana) e 
a inteligência artificial (sistemas computacionais). 
 
Fonte: Stair & Reynolds (2011, p.420). 
A inteligência artificial envolve diversas especialidades, sendo por isso bem 
multidisciplinar. Os principais ramos da inteligência artificial são: robótica, sistemas de 
visão, processamento da linguagem natural, reconhecimento de voz, sistemas de 
aprendizagem, sistemas de lógica difusa, algoritmo genéticos e as redes neurais. 
A robótica é o ramo que trata do desenvolvimento de dispositivos mecânicos ou 
computacionais que desempenha tarefas humanas, onde é exigido alto grau de precisão, 
com atividades rotineiras e “perigosas” para as pessoas que a desempenham. 
Os sistemas de visão são compostos por hardware e software que permitem a captura, 
armazenamento e manipulação de imagens por parte de um sistema computacional. 
 
44 
Os sistemas de Processamento de Linguagem Natural e Reconhecimento de Voz são 
aqueles que permitem que um computador compreenda e reaja a declarações e comandos 
feitos em uma linguagem “natural” das pessoas humanas. Normalmente o processamento 
de linguagem natural corrigem erros de soletração, converte abreviações e comandos. 
Os sistemas de aprendizagem são aqueles que combinam hardware e software que 
permite ao computador mudar seu modo de funcionamento ou reagir a situações com base 
na realimentação que recebe. 
Os sistemas de lógica difusa são tecnologias baseadas em regras próprias para 
trabalho com imprecisões, descrendo um processo de modo linguístico e depois 
representando por meio de regras. 
Os algoritmos genéticos são sistemas que encontram soluções ideais de um problema 
específico baseando-se em métodos inspirados na biologia evolucionária, mutações e 
cruzamentos. 
As redes neurais são sistemas computacionais que simulam o funcionamento de um 
cérebro humano. Estes tipos de sistemas utilizam um alto poder processamento paralelo 
numa arquitetura própria parecida com a estrutura cerebral das pessoas. As redes neurais 
são utilizadas para resolver problemas complexos, com o uso de grande quantidade de 
dados, por meio do aprendizado de padrões e modelos. 
2.4 Tecnologias de Redes e a Internet 
Com o crescimento exponencial do uso da internet pela sociedade, percebem-se 
diversas tecnologias e ferramentas que tem modificado a forma como se dão as atividades 
e rotinas das pessoas. 
Claro que tudo começou a partir da primeira necessidade que os computadores tinham 
de se interligar e compartilhar recursos. Hoje, o mundo está praticamente todo interligado 
e as ferramentas de redes são cada vez mais utilizadas e diversos aplicativos em 
plataforma mobile tem feito toda diferença. 
Fazendo grande sucesso, é possível citar primeiro as redes sociais. Elas fornecem toda 
estrutura de comunicação entre grupos de pessoas possibilitando a troca interesses e 
informações. Surgiram por volta da década de 1990 com grande sucesso e destaque para 
as redes classmates e ICQ e hoje alcançam praticamente todos os usuários da internet 
através de conhecidas plataformas como Facebook, LinkedIn, Twitter, Google+, Instagram. 
Com grande penetração em praticamente todos os tipos de públicos, as redes sociais 
se apresentam como verdadeiras oportunidades para alavancar negócios, agregar valor a 
produtos por meio de propagandas e até mesmo fornecer informações para as empresas 
conhecerem melhor o perfil dos consumidores. 
 
45 
Além das redes sociais, outra grande tecnologia é a de computação nas nuvens que 
permitiu o compartilhamento de muitos recursos antes utilizados em computadores 
isolados. As tecnologias de computação em nuvem permitem o compartilhamento de 
capacidades de armazenamento, cálculos e aplicativos centralizados que podem ser 
acessados por qualquer computador com acesso a Internet. Um bom exemplo é uso de 
recursos como onde drive da Microsoft e do drive do Google Docs utilizado por tantas 
pessoas no mundo inteiro. 
É possível citar também a videoconferência como importante ferramenta de 
comunicação contribuiu muito para agilidade dos processos de negócios, porque permite 
que pessoas realizem uma conferência combinando ao mesmo tempo voz e imagem. Os 
executivos, que antes gastavam horas se deslocando por meio de viagens aéreas e/ou 
terrestres, podem alcançar muito mais eficiência por meio da videoconferência para se 
reunir com clientes, funcionários e fornecedores. 
Até a justiça brasileira aderiu a uso desta ferramenta. A lei 11.900 de 08 de janeiro de 
2009 permitiu o uso videoconferência para o interrogatório e oitiva de testemunhas. Dentre 
as vantagens no uso da videoconferência estão: economia de tempo; economia de 
recursos financeiros investidos em viagens; agilidade no processo de tomada de decisão. 
O trafego de voz sobre o protocolo IP foi também uma das inovações em 
telecomunicações que mais agregaram valor aos negócios. Esta tecnologia permite a 
transmissão da voz através de pacotes de dados do Protocolo de Internet (IP) ao invés do 
uso do sistema comutado de telefonia. 
O objetivo da tecnologia

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