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Faculdade Estácio de Sá aluno matheus

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Faculdade Estácio de Sá
Aluno: Matheus Ricardo da Silva
Fatores Psicológicos do Basquetebol
(Em principal o stress)
Disciplina: Metodologia do ensino do basquetebol
São José 
2020
Introdução:
O basquete é um esporte complexo de espetáculo que envolve diversos tipos de situação de jogo, e para todas estas situações é preciso estar preparado fisicamente, mas também preparado para os demais aspectos psicológicos relacionados também diretamente com técnica e tática sendo um fator decisivo para as definições finais do jogo.Os fatores básicos para a sua prática: concentração, controle e confiança. O atleta precisa estar focalizado na tarefa confiando na sua capacidade de realizá-la. O atleta tem que ter auto-controle e não deixar que os fatores mostrados abaixo influenciem nas decisões a serem tomadas.
Entre os fatores psicológicos temos a ansiedade, motivação, competitividade, agressividade, apreensividade e os principais o stress e a arbitragem que desenvolvem no atleta interferindo na vida fora de campo, ou seja pessoal, e no resultado do jogo com a manutenção emocional junto da dedicação mas não só individual e sim no coletivo tendo planejamento e organização a curto e longo prazo que nas metodologias apresentadas logo em seguida veremos que tudo possa interferir até mesmo a mídia e economia .
Mostrando num contexto competitivo a pressão de competições pode provocar rupturas nesses fatores citados acima podendo ocorrer conseqüências de fracasso. Os atletas em início de carreira como uma suposição apesar de participarem de eventos menos tensos e com conseqüências não tão importantes, tenham dificuldades em lidar no sentido pela falta de experiência diferentemente de quem já tem um índice de partidas elevadas e competições mais tensas.
E o stress acontece por conta da importância e dificuldade do jogo, competência e dificuldade da tarefa, estado físico, adversários, arbitragem, torcida, companheiros de equipe, técnico, infra-estrutura. Classificadas no competitivo individual e competitivo situacional que, por sua vez, englobam fatores específicos, como estados psicológicos, aspectos físicos, (estes relacionados aos fatores individuais) e situações específicas de jogo, preparação da equipe, pessoas importantes, planejamento/organização e avaliação social (relacionados aos fatores situacionais)
Estudar a influência dessas situações relacionadas a este momento tão importante é fundamental para que se possa melhor entender o comportamento dos atletas e o quanto ele pode ser afetado quando de sua ocorrência e o quanto ele pode melhorar e evoluir.
Sendo assim estes são os artigos citados que prosseguiremos a metodologia:
1-SITUAÇÕES ESPECÍFICAS DE JOGO CAUSADORAS DE “STRESS” EM OFICIAIS DE BASQUETEBOL;
2-Situações causadoras de stress no basquetebol de alto rendimento: fatores extra competitivos;
3-O jogo como fonte de stress no basquetebol infanto-juvenil;
Metodologia artigo 1
Amostra Vinte oficiais de arbitragem da Federação Paulista de Basketball (FPB), sendo 10 oficiais de quadra (árbitros) da categoria internacional 1 (nove masc.; um fem.) e 10 oficiais de mesa (mesários) da categoria especial 1 (três masc.; sete fem.). Os sujeitos foram selecionados a partir de uma lista oficial da FPB, que consta de cerca de 25 oficiais de quadra e 30 oficiais de mesa nas categorias apontadas. Instrumento O instrumento utilizado foi o Formulário para Identificação de Situações “Stress” em Basquetebol (FISSB), desenvolvido por De Rose Junior (1999) para atletas e adaptado para a arbitragem (ANEXO I). O FISS utilizado para o basquetebol foi validado a partir de um processo de análise de conteúdo feito por especialistas da área e também pelo processo de consistência interna de seus itens realizado pelo Instituto de matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (Barroso & Rosa, 2000), utilizando-se o Índice Alpha de Cronbach, cujo resultado apontou um valor de 0,98. Com a adaptação feita para a arbitragem, foi realizado o mesmo procedimento de validação de conteúdo, a partir da análise de três especialistas em basquetebol e utilização do mesmo Índice Alpha de Cronbach, considerando-se os 20 questionários recebidos. O valor encontrado foi de 0,92, considerado bastante aceitável para dados desta natureza.
Situações específicas de jogo causadoras de “stress” Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 16(2): 160-73, jul./dez. 2002 165 Procedimentos Os oficiais de arbitragem, previamente selecionados em função de suas categorias e disponibilidade para participar da pesquisa, responderam ao FISSB que foi enviado com envelope extra, selado e endereçado para facilitar a devolução, com pedido para que fosse reenviado num prazo máximo de 15 dias. O prazo estipulado para recebimento das respostas foi prorrogado para 30 dias até que se completassem 10 questionários de cada categoria. Análise dos dados Foi feita a análise descritiva dos dados informando-se a freqüência relativa da somatória das respostas classificadas nos níveis 4 e 5 do instrumento, para o grupo todo e as sub categorias: sexo, oficiais de quadra (árbitros) e oficiais de mesa (mesários). Devido ao pequeno número de oficiais consultados não foi possível realizar nenhuma análise inferencial.
Resltado;
Análise e discussão A partir da análise dos questionários foi possível identificar as situações que são consideradas como causadoras de “stress” na opinião dos oficiais de arbitragem. Foram consideradas para o estudo somente as situações assinaladas pelos oficiais com os níveis 4 (provoca muito “stress”) ou 5 (provoca “stress” muito elevado).
50% dos indivíduos de cada subgrupo) continuaram relacionadas ao desempenho em quadra, exceto a situação em que o técnico estimula a violência em quadra, citada pelos árbitros.
Metodologia e resultado Artigo 2
 Este estudo faz parte de um amplo projeto financiado pela FAPESP, com objetivo de identificar situações causadoras de stress no basquetebol, categorizando-as em fontes específicas, fatores específicos e fatores gerais de stress no basquetebol. A pesquisa realizada teve caráter eminentemente qualitativo, utilizando-se técnicas descritivas para demonstração dos resultados. 
Amostra: 
O estudo foi realizado com 10 jogadores e 9 jogadoras de basquetebol, na faixa etária de 23 a 38 anos, com participação em Jogos Olímpicos e/ou Campeonatos Mundiais (Seleções ou Interclubes), representando a Seleção Brasileira ou clubes do Brasil. Desses atletas, ainda estavam em atividade, à época do estudo, 9 rapazes e 8 moças.
 Instrumento e procedimentos: 
Os dados foram obtidos através de uma entrevista semi-estruturada, após terem sido informados, por escrito, dos objetivos do estudo e do teor da entrevista, que continha basicamente as seguintes questões: 
1. Identificação: idade, tempo de prática, competições internacionais, nível de escolaridade e posição específica.
2. Quais as situações diretamente relacionadas à competição que causam stress em você, durante a competição? 
3. Quais as situações indiretamente relacionadas à competição que causam stress em você, durante a competição? 
4. Especificamente, em relação ao jogo de basquetebol, quais situações causam stress em você? 
5. Qual a situação mais crítica de stress em sua carreira? Todas as entrevistas foram gravadas em vídeo, para tornar mais fiel a análise e tiveram tempo médio de duração em torno de 45 minutos. 
As entrevistas foram analisadas separadamente por dois dos autores e todas as situações, identificadas como causadoras de stress, foram registradas, independentemente da sua intensidade e do número de vezes que eram citadas pelos atletas, já que um dos objetivos do estudo era somente identificar situações e não estabelecer os níveis de stress ou quantificá-las Essa análise foi baseada nos procedimentos indicados para pesquisas qualitativas interpretativas (1, 3, 16). 
Esse tipo de procedimento não permite qualquer modificação das opiniões ou fatos relatados pelo entrevistado. Após assistirem a cada uma das entrevistas, os entrevistadores anotaramtodas as situações consideradas pelos atletas como causadoras de stress. Posteriormente, houve a comparação das duas análises, e as situações comuns foram registradas em um único documento para cada um dos entrevistados. As situações duvidosas entre os entrevistadores eram discutidas e, se necessário, a entrevista era revista em conjunto. 
A partir da identificação das situações de stress, partiu-se da premissa de que havia dois fatores gerais de stress: o competitivo e o extracompetitivo , de acordo com a definição de Jones e Hardy (14). Para este estudo, os fatores gerais extracompetitivos foram definidos como “todas as situações ou fontes de stress que emergem da vida pessoal dos atletas, ou seja, fatos da vida cotidiana de qualquer cidadão comum e que, no caso dos atletas, podem interferir no seu desempenho esportivo” (5, p.35). A partir desses fatores gerais, foram definidos fatores específicos, entendidos como a representação de um contexto composto por fontes específicas de stress, que era a reunião de situações em torno de características similares. Essa similaridade foi definida com base em critérios de outros estudos similares, já citados neste artigo e pela própria experiência de um dos autores nas duas áreas de interesse deste estudo, ou seja, basquetebol e psicologia do esporte. Para o objetivo deste artigo, especificamente, foi considerada a questão 3, além dos dados de identificação dos atletas.
Resultados:
 apresentação e discussão A partir da análise dos dados de identificação, o grupo estudado apresentou média de idade igual a 32 anos, para os homens e 29 anos, para as mulheres. O tempo médio de prática foi ligeiramente maior para as mulheres (13 anos contra 11 anos dos rapazes). Este dado demonstra que o grupo era muito experiente. Em relação à participação em Jogos Olímpicos o maior número de participações foi a de um atleta (4 vezes), enquanto que, em Campeonatos Mundiais, uma das jogadoras teve 4 participações. Deve-se ressaltar que, no caso dos Jogos Olímpicos, o Brasil teve somente 2 participações (1992 e 1996), explicando, desta forma, o número reduzido de participações individuais. Atendendo ao objetivo deste artigo, foram identificadas as situações causadoras de stress indiretamente relacionadas (ou adjacentes) à competição, que são aquelas que fazem parte da vida de todo cidadão e que, no caso dos atletas, pode interferir em seu desempenho esportivo (4). Neste estudo, esses fatores foram denominados Fatores Gerais Extracompetitivos Pessoais e Sociais.
Os Fatores Gerais Pessoais referem-se a ocorrências cotidianas que estão presentes na vida de qualquer cidadão comum e que não seriam diferentes para os atletas. Esses fatores pessoais foram divididos em Fatores Específicos (Relacionamentos e Gerais) que, por sua vez, geraram 4 Fontes Específicas, reunindo um total de 9 Situações Específicas de Stress. As situações, fontes e fatores específicos e gerais podem ser identificadas no Quadro 1. Quadro II: Situações, Fontes e Fatores Específicos Relacionados aos Fatores Extracompetitivos Sociais Situações Específicas Fontes Específicas Fatores Específicos Amizade Vida Social Amizade Vida Social 
• Perda de vínculos de amizade 
• Não ter vida social 
• Ter vontade de sair, ir a festas e não poder Situações Específicas Fontes Específicas Fatores Específicos
 • Brigas e discussão com familiares 
• Doença em família 
• Morte em família
 • Ficar muito tempo longe de casa • Discussão com amigos
 • Discussão com namorado (a) 
• Relacionamento Amoroso 
• Problemas com escola • Problemas Financeiros Família Amigos Amorosos Escola Dinheiro Relacionamentos Gerais em dois quadros
Metodologia e resultado artigo 3 
MÉTODOS
 Antes de se abordar especificamente a metodologia deste estudo é importante que se frise que o fator específico “jogo” e suas fontes e situações de stress fazem parte de um contexto analisado com atletas de nível internacional e que teve prosseguimento com a criação de um Formulário para Identificação de Situações de Stress no Basquetebol (FISSB) para atletas de categorias de base, que será especificado no item “instrumento”.
Amostra Participaram do estudo 136 jogadores de basquetebol (75 rapazes e 61 moças) com idade variando entre 15 e 19 anos, todos atletas de clubes filiados à Federação Paulista de Basketball, disputando regularmente campeonatos organizados pela entidade. A média de idade do grupo foi igual a 17 anos e 6 meses. De acordo com a posição específica, participaram: 35 armadores (bases), 45 pivôs (postes) e 56 alas (extremos). A grande maioria dos atletas tinha experiência de, pelo menos, 4 anos de prática do basquetebol (97 – 71%) e somente 1 atleta praticava há menos de um ano. Desta forma pode-se considerar o grupo bastante experiente. Outro dado importante da amostra é o nível de competição frequentada pelos atletas. Todos, sem exceção, participaram de campeonatos estaduais promovidos pela Federação Paulista de Basketball. Vinte, participaram de torneios nacionais representando a Seleção do Estado de São Paulo; 10 participaram de torneios Sul Americanos representando o país e 11 estiveram em campeonatos mundiais da categoria juvenil. Instrumento Como já foi citado anteriormente, para este estudo foi criado um formulário para identificação de situações causadoras de stress no basquetebol de categorias menores, que teve como base o estudo desenvolvido por De Rose Jr. (6) com atletas adultos de nível internacional, participantes de Campeonatos Mundiais de Basquetebol e Jogos Olímpicos, com a inclusão e adaptação de novas situações em função da faixa etária dos atletas que seriam submetidos às futuras análises (no caso atletas de 15 a 19 anos) e de uma nova fonte de stress, que não foi citada pelos atletas de alto rendimento, mas que por se tratar de jovens poderia causar algum tipo de stress, ou seja, os pais. O Formulário para Identificação de Situações de Stress no Basquetebol (FISSB), como foi denominado, passou por um processo de validação de conteúdo feito por especialistas da área e, posteriormente, pelo processo de análise da consistência interna de seus itens realizado pelo Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo que utilizando o índice Alpha de Cronbach, encontrou um valor de 0,98, considerado muito alto para instrumentos dessa natureza (3). O FISSB foi dividido em 4 partes: 1- ficha de identificação do atleta (anexo 1); 2- questões sobre fatores extra competitivos ; 3- questões sobre fatores competitivos (anexo 2) e 4- questões abertas sobre níveis de expectativa, objetivos e motivos que levaram os atletas à prática do basquetebol. As situações apresentadas nas partes 2 e 3 foram associadas a uma escala de intensidade de stress, com valores variando de 0 = não provoca nenhum stress a 5 = provoca stress muito elevado. Para este artigo foram valorizados somente as questões diretamente relacionadas ao fator “jogo”, conforme classificação apresentada por De Rose Jr. (6). Procedimentos O FISSB foi administrado aos atletas após contato com os técnicos responsáveis e sua autorização para a realização do estudo. Os atletas foram instruídos a respeito do preenchimento do formulário e lhes foi dada a opção de participar ou não do estudo. Aos atletas que concordaram com a participação foi entregue um formulário em envelope fechado, com a recomendação de que tinham que respondê-lo e devolvê-lo no prazo de 15 dias, também em envelope fechado, ao próprio autor. Ao receberem as orientações sobre o preenchimento do formulário, os atletas tomaram conhecimento do projeto e a garantia da manutenção do sigilo dos dados. Análise dos dados Para atender os objetivos deste estudo, foram consideradas as situações associadas ao fator específico denominado “jogo”, de acordo com a categorização pré determinada (6). Este fator, após a modificação e adequação dos itens, é composto por 63 situações (anexo 2). As situações foram classificadas considerando-se os valores percentuais da somatória das respostas dos níveis 4 (provoca muito stress) e 5(provoca stress muito elevado). Foi também estabelecida a correlação entre as classificações em função do
sexo, através do Coeficiente de Correlação de Postos de Spearman. Realizou-se ainda a comparação dos níveis de stress de cada um dos grupos em função do sexo com a utilização da Análise de Variância (ANOVA).
RESULTADOS 
De acordo com a opinião dos atletas, as situações de jogo que mais causam stress estão relacionadas a fontes como: arbitragem, técnico, competência, dificuldade do jogo e companheiros de equipe. Em ambos os sexos as situações relacionadas a essas fontes específicas se sobressaíram sobre as demais situações, como mostra a tabela 1. Tabela 1 – Médias dos níveis de stress de cada fonte específica em função do sexo. Fonte Específicas de Stress Masc Fem Competência e Dificuldade do Jogo 2.93 3.26 Estado físico 2.51 2.66 Adversários 2.19 3.09 Arbitragem 3.31 3.45 Torcida 1.83 2.04 Companheiros de Equipe 2.83 3.40 Técnico 3.10 3.60 Pais 1.25 1.22 Estrutura e Local de jogo 2.34 1.97 Média Geral 2.61 2.68 O nível de stress atribuído às situações apresentadas no FISSB foi significativamente maior para as jogadoras (p < 0.01). Inicialmente pensou-se que esta diferença estivesse relacionada com a situação 43 que se refere especificamente a menstruação. Desta forma, ela foi excluída do indicador de stress e ainda assim a média de stress das mulheres foi maior que a dos rapazes. Através do teste t para comparação de médias, observou-se que a diferença era estatisticamente significante (t = 2,82; p < 0.01). As tabelas 2 e 3 mostram as 10 situações que causaram mais stress nos meninos e nas meninas, respectivamente. Para este cálculo foram considerados os valores de frequência relativa (%) da somatória das respostas dos níveis 4 e 5 do FISSB. Tabela 2 – 10 situações que mais provocam stress em jogo, de acordo com a opinião dos jogadores (valores percentuais) Cl. Situação Valor % 1 34-Cometer erros que provocam a derrota da equipe 77.3 2 25-Perder jogo praticamente ganho 68.9 3 31-Repetir os mesmos erros 68.0 4 50-Arbitragem que te prejudica 64.0 5 24-Perder para equipe tecnicamente inferior 62.7 6 33-Cometer erros em momentos decisivos 61.3 7 68-Técnico que privilegia determinado jogador 60.0 8 60-Companheiro egoísta 58.7 9 30-Jogar abaixo de seu padrão normal 56.0 10 69-Técnico que só critica 54.7 10 70-Técnico que não reconhece o esforço do jogador 54.7 Tabela 3 – 10 situações que mais provocam stress em jogo, de acordo com a opinião das jogadoras (valores percentuais) Cl. Situação Valor % 1 31-Repetir os mesmos erros 88.1 2 60-Companheiro egoísta 80.3 3 25-Perder jogo praticamente ganho 77.1 4 34-Cometer erros que provocam a derrota da uipe 77.0 5 63-Companheira que cobr ou reclama muito 73.8 6 30-Jogar abaixo de seu padrão normal 77.1 7 37-Ser excluída do jogo 70.5 8 24-Perder para equipe tecnicamente inferior 70.1 9 68-Técnico que privilegia determinado jogador 65.6 10 70-Técnico que não reconhece o esforço do jogador 64.0 Apesar da diferença do nível de stress para cada situação e de ser esta diferença estatisticamente significante, notou-se que havia forte concordância quanto à ordem dessas situações entre rapazes e moças. Este fato pode ser observado através do valor do Coeficiente de Correlação de Postos de Spearman (rs = 0.90; p< 0.01). Isto também se confirma quando comparada a ordem de classificação das fontes (apontadas na tabela 1), onde rs = 0.88 (p < 0.01). Algumas situações que a princípio imaginava-se que tivessem uma grande importância e que poderiam ser interpretadas como causadoras de stress não foram citadas com grande frequência e nem com a intensidade esperada. Referem-se especificamente à presença dos pais na competição e à sua participação na vida esportiva dos filhos e à influência da torcida no desempenho desses atletas.
Conclusão 
A partir destas dos métodos e seus resultado, pode-se constatar que, apesar de serem citadas em menor número do que as situações competitivas na metodologia do artigo 2 as situações extracompetitivas devem ser analisadas de forma muito especial, pois representam fontes e fatores de stress importantes no contexto esportivo, fazem parte do cotidiano dos atletas (como cidadãos comuns) e podem influenciar no desempenho esportivo dos mesmos.
Já no artigo 1 a influencia do arbitro provoca mais stres sem ser tanto no cotidiano e sim no jogo na maioria dos casos jogos federados pois acontecem casos de a equipe de arbitragem e no artigo 3 as ocorrências de jogo são muito marcantes pois têm uma influência direta no resultado e na avaliação a qual os atletas são submetidos. Ou seja, o que acontece em jogo é muito mais evidente do que aquilo que acontece em treinamento ou em qualquer outra situação na qual o atleta não esteja exposto diretamente. Além disto, verificou-se que a incidência das respostas nos níveis mais elevados de stress foi significativamente maior nas meninas mas mesmo assim no jogo nós profissionais da educação física temos a obrigação de trabalhar o nível psicológico do atleta para focar quando esta treinando e jogando faznedo esquecer tudo lá fora e buscando o principal onde foi citado em todo este trabalho ou seja o resultado final e que todos nós gostamos que seja a vitoria!
Bibliografia
Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v. 9 n. 1 p. janeiro 2001
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