PIAGET APS DP 4º sem

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INDICE
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2.OBJETIVO.................................................................................................................4
3.DESENVOLVIMENTO...............................................................................................5
3.1 A teoria de Piaget...................................................................................................5
3.2 O legado de Piaget no meio acadêmico.................................................................7
4.CONCLUSÃO..........................................................................................................10
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................11
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Introdução
	O presente trabalho proposto para a Atividade Prática Supervisionada- APS do curso de Psicologia foi elaborado com base em informações acerca educação e do desenvolvimento humano. Trata de um estudo sobre as principais ideias da teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget e suas implicações na educação acadêmica.	Com base em leituras de artigos científicos e bibliografias estas ideias foram breve e claramente retratadas.
Objetivo
Objetivando investigar de que forma essa teoria pode contribuir na aprendizagem de conceitos científicos e na formação do sujeito enquanto soberano na produção do seu conhecimento, será retratada de forma simples e esclarecedora os conceitos utilizados pelo autor na produção de conhecimento adquirido pelo sujeito em seu processo de aprendizagem.
DESENVOLVIMENTO
3.1 A teoria de Piaget
 
	Este teórico faz parte da tendência da psicologia cognitivista, por pertencer ao grupo de psicólogos que investigam os processos centrais do indivíduo. Estes consideram o sujeito um ser ativo pelas suas efetivas ações mentais sobre os objetos de conhecimento. Conforme o sujeito vai formando sua inteligência / conhecimentos, na interação com o mundo, tem a possibilidade de conquistar a autonomia. 
 Suíço, Jean Piaget (1896 a 1980) estudou como nasce / forma o conhecimento (a gênese) e a evolução do conhecimento humano até a adolescência, procurando entender o desenvolvimento das estruturas cognitivas do homem e os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo. 
 Biólogo e epistemólogo, investigou o processo de construção de conhecimento e a estrutura lógica que estão na base da aprendizagem, sendo que nos últimos anos de sua vida centrou seus estudos no pensamento lógico matemático. 
 Muitos elementos são importantes neste processo de construção: aspecto cognitivo, moral, social, afetivo, a linguagem até que o indivíduo conquiste a autonomia moral e intelectual. O desenvolvimento das operações mentais no homem é um processo contínuo de trocas entre o sujeito e o meio que amplia simultaneamente seus esquemas mentais de simples para mais complexos. Este desenvolvimento está subordinado a um processo geral de equilíbrio / adaptação (equilibração progressiva), que envolve a assimilação e acomodação que possibilita o sujeito a responder os desafios diários do ambiente.
 O eixo central é a interação entre o organismo e o meio, e essa interação acontece através de dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio. A adaptação que Piaget define é o próprio desenvolvimento da inteligência, e ocorre através da assimilação e acomodação. Os esquemas de assimilação vão se modificando configurando os estágios de desenvolvimento.
 O homem, por ser dotado de estruturas biológicas, herda uma forma de funcionamento intelectual, ou seja, uma maneira de interagir com o ambiente que o leva à construção de um conjunto de significados. A interação do sujeito com o meio permite a organização dos significados, marcando assim, diferentes estágios de desenvolvimento: 
• Sensório motor (de 0 a 2 anos): evoluem de reflexos para ações prazerosas, é o início da linguagem e a criança conquista a percepção de si mesma e do mundo à sua volta; 
• Pré-operatório (dos 2 aos 7 anos): grande conquista da linguagem e a construção da representação do mundo pelos símbolos, é egocêntrica e moralmente não se coloca no lugar do outro; 
• Operatório concreto (dos 7 aos 11-12 anos): presença da reversibilidade das ações mentais, adquire a lógica nos processos mentais e discrimina objetos por diferenças e similaridades, uso de abstração empírica para a construção da abstração reflexiva; 
• Operatório formal (a partir de 12 anos): o cognitivo avança para a vida adulta, pensamento lógico e dedutivo, raciocina sobre hipóteses.
Você, com certeza já ouviu falar nestes diferentes estágios, assim como, também sabe caracterizar cada um deles. Caso você tenha fragilidade neste conhecimento, recomenda-se que dê uma pausa e busque leituras complementares. Para atuar como psicopedagogo precisará ter uma compreensão mais detalhada a este respeito.
 Segundo Goulart (1997), Piaget considera que o processo de desenvolvimento é influenciado por fatores como:
• Maturação: crescimento e desenvolvimento biológico dos órgãos;
• Exercitação: funcionamento dos esquemas e órgãos que implica na formação de hábitos;
• Aprendizagem social: aquisição de valores, linguagem, costumes e padrões culturais e sociais;
• Equilibração: processo de autorregulação interna do organismo, que se constitui na busca sucessiva de reequilíbrio, após cada desequilíbrio sofrido.
 O indivíduo aprende basicamente através de suas próprias ações sobre os objetos do mundo, e constrói suas próprias categorias de pensamento ao mesmo tempo que organiza seu mundo.
 Não é um sujeito que espera que alguém que possui um conhecimento o transmita a ele por um ato de bondade. Embora o foco de Piaget não tenha sido o educacional, suas ideias contribuíram para a compreensão de como a criança constrói o conhecimento. São elas:
• O objetivo de ensino deve se centrar na criança e nas atividades da mesma; 
• A criança não deve aprender por repetição, mas por descobertas;
• A aprendizagem é um processo construído internamente, depende do nível de desenvolvimento do sujeito e é um processo de reorganização cognitiva;
• Os conflitos cognitivos são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem;
• A interação social favorece a aprendizagem;
• As experiências de aprendizagem devem privilegiar a colaboração, a cooperação e intercâmbio de pontos de vistas na busca conjunta do conhecimento e soluções;
• O princípio de autonomia se desenvolve juntamente com o processo de desenvolvimento da autoconsciência.
3.2 O legado de Piaget no meio acadêmico
 Um dos grandes desafios atualmente, tendo em vista os resultados do último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), é o repensar da preparação para a docência a fim de assegurar a qualidade do ensino e, ao mesmo tempo, despertar nos estudantes o gosto para estudos, acompanhando, na medida do possível a evolução cognitiva e emocional individual ao longo do semestre. 
 Seguindo o modelo de Piaget, para promover a atratividade tanto do (a) professor (a) como do (a) estudante no processo ensino-aprendizagem, deve-se pensar em estabelecer relações de trabalho sem medo e de incentivo para que cada um possa se expressar livremente, interagindo e enriquecendo, por exemplo, o trabalho em grupo. 
 Este tipo de incentivo do professor nos lembra a experiência da patologia mental feita por Piaget no que concerne a arte de clínico, a qual consiste em “não fazer responder, mas em fazer falar livremente e em descobrir as tendências espontâneas em vez de canalizá-las e represá-las” (DOLLE, p.25).
 É óbvio que numa sala de aula há vários alunos de várias opiniões. Cabe ao professor criar e favorecer o clima de participação. Com referência ao método clínico de Piaget,observa-se cristalinamente que, na aula dada, a maneira de agir do professor precisa se adequar à idéia de uma gênese das formas lógicas do pensamento através do método dos testes. A aula revisional dada é um teste para medir a capacidade dos alunos. 
 Na época de Piaget, o método dos testes (a primeira) consistia em submeter as crianças a provas organizadas de maneira a satisfazer duas condições: na primeira, a questão permanece idêntica para todos os sujeitos e é colocada sempre nas mesmas condições, e na segunda, as respostas dadas pelos indivíduos, são referidas a uma tabela ou uma escala que permite compará-las qualitativa ou quantitativamente. (DOLLE, p. 23).
 É praticamente o procedimento seguido pelo professor na aula revisional durante a qual os alunos respondem a iguais perguntas elaboradas e no final conferem o gabarito (tabela ou escala de verificação segundo Piaget). Vale reconhecer que esse tipo de diagnóstico individual oferece vantagens e desvantagens. Piaget via na aplicação dos testes o risco de falsear a orientação de espírito da criança. 
 A Pedagogia Inaciana se encaixa bem com o método clínico preconizado por Piaget porque se pretende também, no início com a recapitulação, esclarecer as dúvidas dos alunos e, sobretudo, separar o “joio do trigo”, isto é, conferir as respostas certas e erradas em tempo de correções de avaliações. 
 Quanto aos esquemas piagetianos, importante consignar nas aulas dadas os processos evolutivos dos esquemas levantados por Piaget, a saber: a assimilação e a acomodação. No tocante à assimilação, o professor, partindo dos conhecimentos já existentes nos alunos desenvolve técnicas para que eles possam ver coisas velhas, já conhecidas, de outra maneira, à luz dos tempos atuais ou da época vigente. Trata-se de uma maneira de incorporar elementos novos aos conhecimentos de alunos com ênfase nos elementos oriundos do meio social. 
 Oportuno destacar a própria experiência independentemente do tom de brincadeira, mas de trazer a lume a incorporação da realidade exterior a formas devidas às atividades dos alunos. Tal ação fixa e consolida o conhecimento. 
 Trata-se, por certo, de assimilação reprodutora. É uma maneira de construir mentalmente a realidade. Quanto à acomodação, ela está presente nas ações do professor que visa a corrigir os erros. 
 Outro desafio para o professor é o desenvolvimento do “Ser social” no aluno e do aluno que, em alguns momentos, recusa de fazer o trabalho em dupla, fazendo prevalecer o “Eu com eu, eu sozinho”. Nesse caso, o professor deve manifestar a importância do trabalho em grupo e de ajuda recíproca. É uma maneira de repelir o que Piaget chama de “pensamento egocêntrico”. Tal pensamento está centrado no “eu”. Para Piaget o adulto é um ser social e tem um grau ótimo de socialização que ele consegue alcançar no momento que atinge o equilíbrio. 
 Assim, para Piaget, o “ser social” de mais alto nível é justamente aquele que consegue relacionar-se com seus semelhantes de uma forma equilibrada. (cf. DE LA TAILLE, Y.) 
4. Conclusão
	Jean Piaget apresenta uma proposta construtivista, que busca compreender o desenvolvimento do indivíduo. Seus estudos tiveram grandes reflexos para o campo da educação. Piaget formulou uma teoria sobre a inteligência humana, sendo que a partir disto surgiram propostas pedagógicas para formular as metodologias de ensino, desta forma, não existe um modelo pedagógico piagetiano, mas se tem uma teoria do desenvolvimento humano que oferece contribuições para o ensino. A preocupação central de Piaget era a construção de uma teoria que pudesse explicar com o organismo conhece o mundo.
	Sendo assim para Piaget a socialização ocorre com relações de cooperação, esta é o tipo de relação interindividual que representa além do mais alto nível de socialização, mas também promove o desenvolvimento. Que nesse processo de ensino-aprendizagem, o outro seja também uma outra escola de conhecimento e de sabedoria, pois, a educação é uma caminhada que fazemos juntos. 
5. Referências Bibliográficas
DOLLE, Jean Marie. Princípios para uma pedagogia científica. Porto Alegre: Ed. Penso. 2011.
GOULART, Iris Barbosa. Piaget experiências básicas para a utilização pelo professor. Edição 24. Editora Vozes. Petrópolis. 2008.
KIWONGHI, Sebastien. O legado do Piaget no meio acadêmico. Disponível em: <http://domtotal.com/artigo/1631/22/10/o-legado-do-piaget-no-meio-academico/>. Acesso em: Set. 2019.