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Cartilha pé diabético

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 CUIDADOS COM O PÉ DIABÉTICO 
Esta Cartilha foi produzida pela Liga de Cirurgia Vascular do Cariri (LICIVASC) da 
Universidade Federal do Cariri (UFCA) em Maio de 2020 
Equipe (ordem alfabética): 
 Jorge Lucas de Sousa Moreira (jorgelucas715@gmail.com) 
 Leonardo Mendonça de Araújo (leonardo_menara@hotmail.com) 
 Nalbert Luiz de Araújo Santana (nalbertsantana@gmail.com) 
 Samuel de Sá Barreto Lima (desamuel_01@hotmail.com) 
 Willian de Souza Araújo (araujowillian818@gmail.com) 
Professor Orientador: André de Oliveira Porto 
Autores do Cordel: Fernando Silva e Elaíne Apolinario 
 *** 
Referências utilizadas: 
LUCCHESE, Fernando. Desembarcando o Diabetes: um manual para quem tem e para quem não quer ter 
diabetes. Coleção Sesi: Embarcando para a Vida Saudável, Porto Alegre - RS, v. 504, p. 113-125, ago. 2010. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do Pé Diabético: Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. 
Brasília – DF, 2016. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (Brasil) (org.). Complicações do Diabetes. São Paulo - SP, 2019. Disponível 
em: https://www.diabetes.org.br/publico/complicacoes/complicacoes-do-diabetes. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (Brasil) (org.) Manual de nutrição: Pessoa com diabetes. São Paulo - SP, 
2009. Disponível em: https://www.diabetes.org.br/publico/pdf/manual-nutricao-publico.pdf 
Sociedade Brasileira de Diabetes - SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes: 2014-2015. São Paulo: GEN 
- Grupo Editorial Nacional. AC Farmacêutica, 2015. (org. José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio). Disponível 
em: <http://bibliofarma.com/download/18172/>. 
DUNCAN, Bruce Bartholow et al. Medicina ambulatorial: condutas de atenção primária baseadas em evidências. 
4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. 
BVS APS Atenção Primária à Saúde. Qual a importância do exercício físico para os diabéticos? 2009. Disponível 
em: <http://aps.bvs.br/aps/qual-a-importancia-do-exercicio-fisico-para-os-diabeticos>. 
https://jus.com.br/artigos/78074/diabetes-conheca-seus-direitos 
SETACCI et al. FOCUSING ON DIABETIC ULCERS. Translational Medicine, Salerno, v. 21, n. 3, p. 7-9, 2020. 
SALUTINI, Elisabetta; BROCCO, Enrico; ROS, Roberto da; MONGE, Luca; UCCIOLI, Luigi; ANICHINI, Roberto. The 
Complexity of Diabetic Foot Management: from common care to best practice. the italian expert opinion by 
delphi survey. : From Common Care to Best Practice. The Italian Expert Opinion by Delphi Survey. The 
International Journal Of Lower Extremity Wounds, [s.l.], v. 19, n. 1, p. 34-43, 15 dez. 2019. SAGE Publications. 
http://dx.doi.org/10.1177/1534734619890814. 
PATRO, Byomokesh; SURANA, Pankaj; MAHAPATRA, Kailash Chandra. A study of the efficacy of external fixation 
in healing large, deep and unstable diabetic foot wounds. International Surgery Journal, [s.l.], v. 6, n. 3, p. 669-
674, 25 fev. 2019. Medip Academy. http://dx.doi.org/10.18203/2349-2902.isj20190812. 
TUTTOLOMONDO, Antonino. Diabetic foot syndrome: immune-inflammatory features as possible cardiovascular 
markers in diabetes. : Immune-inflammatory features as possible cardiovascular markers in diabetes. World 
Journal Of Orthopedics, [s.l.], v. 6, n. 1, p. 62-77, 2015. Baishideng Publishing Group Inc.. 
http://dx.doi.org/10.5312/wjo.v6.i1.62. 
mailto:desamuel_01@hotmail.com
https://www.diabetes.org.br/publico/pdf/manual-nutricao-publico.pdf
http://bibliofarma.com/download/18172/
http://aps.bvs.br/aps/qual-a-importancia-do-exercicio-fisico-para-os-diabeticos/
https://jus.com.br/artigos/78074/diabetes-conheca-seus-direitos
http://dx.doi.org/10.1177/1534734619890814
http://dx.doi.org/10.18203/2349-2902.isj20190812
http://dx.doi.org/10.5312/wjo.v6.i1.62
SUMÁRIO: 
 
Introdução. ....................................................................................................................... 1 
Definição de Pé diabético. ............................................................................................... 2 
Mecanismo da Fisiopatologia do Pé diabético. ............................................................... 2 
Como se adquire a lesão? ................................................................................................ 3 
Como prevenir? ............................................................................................................... 4 
Como é realizado o diagnóstico? ..................................................................................... 5 
Quanto tempo a lesão pode durar e quais possíveis complicações? ................................ 7 
Recomendações para fazer curativo. ............................................................................... 8 
Nutrição e atividade física. .............................................................................................. 9 
Questão jurídica geral. ..................................................................................................... 9 
Cordel. ........................................................................................................................... 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Segundo dados do Ministério da Saúde (2016), 47% dos pacientes 
com diabéticos que utilizam o Sistema único de Saúde (SUS) relatam ter 
recebido assistência médica no último ano em sua Unidade Básica de 
Saúde local (UBS). E, 29% relataram ter recebido assistência em 
consultórios particulares ou clínicas privadas. Nesta pesquisa, percebeu-se 
que 5% dos usuários com diagnóstico de diabetes com menos de dez anos 
do diagnóstico e 5,8% dos pacientes com mais de dez anos apresentam 
feridas nos pés. Tratando-se de amputações, se verificou que ocorre em 
0,7% e 2,4% desses usuários. 
 Diante desses dados, a Liga de Cirurgia Vascular do Cariri, situando-
se no município de Barbalha, no interior do Estado do Ceará, Brasil. Vem 
por meio desta cartilha trazer informações e orientações a população geral 
de modo a contribuir com redução nos casos de lesões, sobretudo feridas 
nos pés em pacientes com diabetes, tendo em vista, que o retardo no 
diagnóstico e tratamento leva a condições que interferem diretamente no 
bem estar social e limitações na rotina do dia-a-dia daquele paciente. 
 Este material não substitui uma consulta com o médico e tem como 
único objetivo esclarecer algumas dúvidas que podem surgir para paciente 
ou cuidador. 
*** 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Definição para Pé diabético: 
O diabetes é uma doença do metabolismo clinicamente expressa por 
hiperglicemia crônica e distúrbios lipídicos e proteicos do sangue que 
foram amplamente relatados como associados a várias complicações que 
comprometem significativamente a qualidade de vida. Entre as 
complicações vasculares diabéticas, as úlceras nos pés representam a 
primeira causa de hospitalização em diabéticos e uma causa significativa 
dos custos com saúde (mais de 20% a 40% dos recursos de saúde foram 
relatados como relacionados aos cuidados com os pés relacionados ao 
diabetes) (TUTTOLOMONDO, 2015). 
O pé diabético é uma das complicações mais graves do diabetes 
mellitus e representa um grave problema de saúde pública. É definida como 
ulceração e / ou destruição de tecidos profundos associados a 
anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica no 
membro inferior. A prevenção de complicações do diabetes, a detecção 
precoce e o manejo adequado das feridas do pé diabético são os marcos 
para evitar grandes amputações. Nos últimos anos, muitos 
desenvolvimentos no manejo do pé diabético foram observados com 
melhorias nos resultados; no entanto, ainda existem muitas áreas nas quais 
falta consenso (e orientação), levando a abordagens não homogêneas 
(SALUTINI et al., 2019). 
Apesar dos avanços no conhecimento e nos tratamentos, de 12 a 25% 
das pessoas com diabetesdesenvolverão ulceração nos pés em algum 
estágio de sua doença, muitas das quais precisarão de amputação (PATRO; 
SURANA; MAHAPATRA, 2019). 
 *** 
Mecanismo da Fisiopatologia do Pé diabético: 
A fisiopatologia do pé diabético é bastante complexa. Se o diabetes 
não for controlado por vários anos, surgem frequentemente complicações. 
Vasculopatia e neuropatia são as complicações mais importantes que levam 
a problemas nos pés diabéticos. Pequenos traumas podem ter efeitos 
devastadores. Como médicos de cuidados primários que tratam diabetes, 
precisamos considerar três fatores importantes: vasculopatia / neuropatia / 
trauma levará a uma úlcera. A infecção aumenta as chances de amputação, 
principalmente se o paciente tiver má circulação periférica (SETACCI et 
al., 2020). 
 
2 
Mais especificamente, a fisiopatologia da ulceração do pé diabético é 
multifatorial, mas acredita-se que a neuropatia periférica seja responsável 
pela maioria dos casos. As úlceras nos pés são uma complicação comum, 
séria e onerosa do diabetes, precedendo 84% das amputações dos membros 
inferiores em pacientes diabéticos e aumentando o risco de morte em 2,4 
vezes em relação aos diabéticos sem úlceras (PATRO; SURANA; 
MAHAPATRA, 2019). 
*** 
 
Como se adquire a lesão? 
As lesões nos pés dos diabéticos estão muito relacionadas a lesões nos 
nervos e má circulação do sangue na região. 
 
Os principais fatores para apresentação de lesões são: 
• Ausência de controle do diabetes, resultando em alta glicemia (glicose no 
sangue), sendo o principal fator; 
• Hipertensão; 
• Colesterol alto; 
• Estresse; 
• Sedentarismo; 
• Tabagismo (fumo); 
• Ausência de cuidados e higiene com os pés; 
• Genética (casos anteriores na família). 
 
Esses fatores, principalmente associados, podem favorecer que apareçam 
problemas como: 
 Nos casos mais simples e de menor complicação: 
 Ressecamento dos pés; 
 Rachaduras; 
 Pequenas feridas; 
 Calos; 
 
3 
 Formigamentos. 
 
 Nos casos de maior complicação: 
 Dores (similares a queimações ou picadas); 
 Úlceras (feridas abertas); 
 Necrose 
 Perca dos sentidos nos pés – fazendo com que o paciente não sinta ao pisar em 
um espinho, não sinta um corte, não sinta que está no chão quente o que causará 
complicações ainda mais graves. 
*** 
Como prevenir? 
 A prevenção inicial de qualquer complicação é prevenir a doença que 
a causa, para isso, é essencial ter o controle do diabetes. Pacientes que 
controlam a doença e seguem o tratamento corretamente possuem uma vida 
normal como qualquer outra pessoa que não tem diabetes. O tratamento é 
realizado na atenção primária à saúde (postos de saúde) e, normalmente, 
apresentam os resultados esperados. Os tratamentos vão desde mudanças 
de atitudes do paciente, até tratamentos farmacológicos, sempre com 
acompanhamento médico. 
 
 *** 
Os tratamentos do diabetes vão incluir: 
 Monitoramento da glicemia, para saber se está nos níveis adequados; 
 Controle de outras doenças associadas como hipertensão e colesterol alto; 
 Remédios e/ou insulina receitados pelo médico; 
 Diminuição da gordura corporal, especialmente em pacientes com sobrepeso; 
 Mudanças de comportamento como redução do estresse, atividades físicas e 
melhoria da alimentação. 
 
Em casos que sintomas de complicações nos pés começam a aparecer as 
medidas vão incluir: 
 Limpeza adequada dos pés; 
 
4 
 Manter as unhas curtas; 
 Avaliação constante dos pés (olhar se apareceram feridas, se ele está ressecado, 
se possui calos...); 
 Pedra-pomes e lixa para pés para tratar calos, sempre observando a qualidade do 
produto, e utilizando-o com o pé úmido e hidrata-lo após o uso. 
 Hidratação e massagem nos pés após o banho e quando os sentir desidratados; 
 Uso constante de calçados e em casos mais sérios sapatos específicos para 
diabéticos. 
*** 
Como é realizado o diagnóstico? 
O diagnóstico é dividido em duas etapas: 
1. A coleta da história do paciente tendo enfoque nas principais alterações 
na última semana, mês ou ano. 
2. Exame físico do paciente que podemos dividi-lo em: 
 Aspectos gerais, em que vai avaliar estado de consciência, sinais vitais, dados 
antropométricos, dentre outros. 
 E, exame específico, onde o paciente é convidado a se deitar na maca para 
avaliação detalhada dos pés. 
 *** 
 Para avaliar o paciente, o médico solicitará algumas informações da 
história de vida do paciente, por exemplo, a quanto tempo tem diabetes 
mellitus e desde quando está descontrolado, se houver, perguntará se houve 
complicações, como, infarto cardíaco, acidente vascular encefálico (AVE), 
antigamente chamado de AVC (acidente vascular cerebral), se já foi 
diagnosticado com doença arterial periférica, ou seja, algum nível de 
obstrução das artérias, normalmente, paciente costuma se queixar de 
câimbras. 
 Além do já mencionado, o médico vai perguntar se já teve úlceras antes, 
ou ferimentos que não cicatrizavam, perguntará se precisou amputar o dedo, ou 
passar pelo procedimento cirúrgico chamado de by-pass de membros, essa 
cirurgia consiste de criação de um novo caminho para o sangue passa porque o 
antigo estava comprometido. 
 Outra questão a ser abordada é a presença de dor. Alguns pacientes 
costumam dizer que sentem desconforto, na consulta será avaliado qual tipo 
 
5 
desconforto tem. Seja dor ou desconforto, o mais importante é caracterizar o tipo 
se a sensação no local é uma queimação, se sente formigamento ou algo que faz 
lembrar “picada”, tem alguns pacientes que simplesmente não sentem nada, 
pode bate na quina de mesa e não dói. 
 Todos esses achados são importantes e se tiver algum deles, não se 
esqueça de falar, desde quando começou, onde inicia e termina; se piora pelo dia 
ou noite; se quando faz movimento piora ou melhora. Quanto mais detalhado 
for, melhor será para médico que poderá prescrever um tratamento mais 
adequado. 
 
 Além das perguntas já mencionadas, os hábitos de vida serão indagados, como, 
se fuma ou já fumou, de qual forma é feita higiene dos pés, se todos os dias o 
próprio paciente ou cuidador tirar uns minutinhos para ver como está o pé e, 
também, como está à visão, se continua normal ou se tem alguma perda. 
 Além da coleta da história é realizado também o exame físico neste momento o 
enfoque será nos membros inferiores, ou seja, perna e pé. No começo desta 
apresentação foi citado o exame físico geral, contudo, não abordaremos nesse 
momento para não ficar algo grande e cansativo, até porque, o objeto de estudo 
são as complicações do Pé diabético. 
 O exame dos pés se inicia pela inspeção, ou seja, olhar a procura de 
algum tipo de alteração visível. Pode ser aumento das proeminências dos 
metatarsos, dedos em garra, dedos em martelo, joanetes e perda do arco plantar, 
conhecido, também, pelo nome de Artropatia de Charcot. 
 Além disso, o médico vai observar se há região com coloração diferente, 
presença de pelos, o estado de conservação das unhas e, a forma como são 
cortadas, observar se a pele está esfoliada, presença de calos, dentre outros 
fatores que possam chamar atenção. 
 Após a inspeção, será realizada a palpação, ou seja, o ato de pegar com as 
mãos. Nessa etapa será avaliada, temperatura, hidratação da pele e, realização de 
testes para medir sensibilidade, para saber se quando a mão do médico toca no 
pé do paciente ele consegue sentir, ou então com auxílio do diapasão que é um 
instrumento metálico em forma de “Y” que ao bater na palma da mão do médico 
fica vibrando, avaliar se paciente consegue sentir as vibrações. 
 Além disso, o médico vai observar se há região com coloração diferente, 
presença de pelos, o estado de conservação das unhas e, a forma como são 
cortadas, observar se a pele está esfoliada, presença de calos, dentre outros 
fatores quepossam chamar atenção. 
 Após a inspeção, ocorre a palpação, ou seja, o ato de pegar com as mãos. 
Nessa etapa será avaliada, temperatura, hidratação da pele e, realização de testes 
para medir sensibilidade, para saber se quando a mão do médico toca no pé do 
paciente ele consegue sentir, ou então com auxílio do diapasão que é um 
 
6
5 
instrumento metálico em forma de “Y” que ao bater na palma da mão do médico 
fica vibrando, avaliar se paciente consegue sentir as vibrações. 
 Existe ainda um instrumento chamado de monofilamento de Semmes-Weinstem, 
que são varetas metálicas finas, no qual será utilizada para encostar no pé e, o 
paciente vai responder se sente ou não sente quando encostado. 
 Realizado esses testes, se houver feridas, será avaliado presença de pus, 
tamanho, se é uma ou várias, dependendo da avaliação, alguns exames poderão 
ser solicitados ou apenas orientações de como proceder com curativo e qual 
melhor opção. 
*** 
Quanto tempo a lesão pode durar e quais possíveis 
complicações? 
A úlcera por si é uma complicação em pacientes com diabetes de 
longa data, mas ela pode ser agravada por associação de uma infecção por 
bactéria ou fungo que vão atrasar o processo de cicatrização. 
Se tratando de fungo, o agente mais comum a causar infecção é 
Tinea pedis, conhecido popularmente como “pé de atleta” que tem 
preferência pelos espaços entre os dedos dos pés, mas podem ocorrer em 
outros lugares, normalmente, são portas de entrada para que bactérias 
causem infecção no local. 
Outra infecção comum de acontecer são as onicomicose, ou seja, 
presença de fungo nas unhas. Caracterizam-se por causa mudança na 
estrutura da unha tornando-as irregular, pode apresentar algum tipo de 
coloração, por exemplo, amarelada, o tratamento é demorado, em torno de 
seis meses a um ano. Logo, nos primeiros sinais, ajuda médica deve ser 
procurada, pois, quando mais cedo se inicia o tratamento mais rápido se 
obterá cura. 
Se tratando de bactérias, não há agente específico que possa afirmar 
de certeza só com observação, tendo em vista a variedade da flora da pele, 
a conduta consiste em administrar um antibiótico para combater as 
bactérias mais comuns. 
Assim como no fungo, quanto mais rápido for procurado auxílio 
médico melhores serão os resultados. 
Em relação ao tempo de cura é muito relativo, vai depender se 
diabetes está controlada, idade do paciente, se há presença de infecção, o 
 
7 
tamanho da úlcera que, por sua vez, é um dos principais fatores, pois 
quanto maior mais tempo será necessário, por fim, a se o material para 
fazer curativo está disponível, ou seja, se há na farmácia do posto de saúde 
local para fornecê-lo ou se paciente pode comprar. 
Vale destacar, uma diabetes descompensada, pode levar a amputação 
do membro quando este se encontra muito comprometido. 
*** 
 
Recomendações para fazer curativo: 
As infecções são complicações que podem aumentar o tempo de 
cicatrização de feridas e, em casos mais graves, ameaçar a vida dos 
pacientes. O curativo é uma conduta terapêutica que visa amenizar o risco 
de infecções, por meio da limpeza e da manutenção de uma cobertura 
estéril nas feridas, realizada por profissionais da saúde. Para que esse 
tratamento seja eficaz é necessário seguir algumas recomendações: 
• Trocar o curativo secundário todos os dias; 
• Lavar sempre as mãos; 
• Utilizar sempre de técnicas estéreis adequadas, evitando qualquer tipo de 
contaminação dos materiais envolvidos nesse procedimento; 
• Remover o curativo anterior utilizando soro fisiológico, se houver aderência; 
• Observar bem se as feridas não apresentam odor, secreção purulenta e alterações 
de cor e/ou de volume, caso haja é necessário avaliação médica; 
• Lavar as feridas com um jato de soro fisiológico (SF) a 20 cm de distância e, as 
proximidades com gaze umedecida com SF, caso a pele esteja suja ao redor 
dessa ferida pode ser utilizado sabonete, desde que a pele esteja íntegra e não 
ocorra o contato com a lesão; 
• Aplicação de uma cobertura apropriada para o tipo de lesão, determinada pelo 
profissional de saúde; 
• Proteger a ferida com gaze estéril e fixar com esparadrapo; 
• Buscar atendimento médico caso ocorra alguma intercorrência, como 
sangramento e dor; 
*** 
 
 8 
Nutrição e atividade física: 
 
O controle diário da glicemia é fundamental para prevenir úlceras no pé 
diabético, sendo necessário a prática de exercícios e de hábitos alimentares corretos. No 
aspecto da nutrição não existe um plano alimentar universal para diabéticos, pois os 
indivíduos possuem diferentes necessidades de nutrientes, exigindo umas consultas 
específicas com nutricionista para cada indivíduo. O controle da dieta, juntamente com 
o tratamento medicamentoso e a prática de atividades físicas, permite que o nível de 
açúcares no sangue(glicemia) seja retomado a um nível aceitável e diminuindo os danos 
que a diabetes causa ao sistema circulatório. 
 
 *** 
Questão jurídica geral: 
A Lei 11.347/06 determina que os portadores de diabetes recebam, 
gratuitamente, do SUS, os medicamentos necessários para o tratamento de sua condição 
e os materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar. 
Os insumos (seringas com agulha acoplada para aplicação de insulina; tiras 
reagentes de medida de glicemia capilar; e lancetas para punção digital) devem ser 
disponibilizados aos portadores de diabetes mellitus insulino-dependentes e que estejam 
cadastrados no cartão SUS e/ou no Programa de Hipertensão e Diabetes – Hiperdia. 
Posso receber benefícios previdenciários como o auxílio-doença e aposentadoria 
por invalidez? 
O benefício de auxílio-doença funda-se no art. 59 da Lei 8.213/91, que garante 
sua concessão ao segurado que esteja incapacitado para o trabalho ou para a sua 
atividade habitual, por mais de 15 (quinze) dias consecutivos. 
Já a aposentadoria por invalidez, na forma do art. 42 da mesma lei, é devida ao 
segurado total e permanentemente incapacitado para o exercício de atividade que lhe 
assegure a subsistência. Deve ser pedida após o auxílio-doença. 
Em ambos os casos é necessário cumprir um período de carência, ou seja, um 
número mínimo de contribuições mensais ao INSS. Essa carência poderá ser dispensada 
em alguns casos específicos, como quando a diabetes leva a cegueira, por exemplo. 
Para receber qualquer dos benefícios, o segurado deve passar por uma perícia do 
INSS, pra comprovar que está realmente incapacitado para o trabalho. Ou seja, não 
basta o diagnóstico da doença, é preciso que seja comprovada a incapacidade. 
*** 
 9 
CORDEL: 
*Pé Diabético* 
 
Atenção meus amiguinhos 
Escutem o meu recado 
Vou falar de uma doença 
E é para todos terem cuidado 
Adquirir conhecimento 
É um ótimo movimento 
Para se manter informado. 
 
Essa Doença Medonha 
É chamada Pé diabético 
O diabo já está no nome 
Com o sufixo de ético 
Mas de ético não tem nada 
É uma doença malvada 
Como é dito pelos médicos. 
 
Pelo nome já se percebe 
O que está relacionado 
É uma "rama" do Diabetes 
Que já faz um mal danado 
Se a gente não se cuidar 
E deixar ele piorar 
Ficando descontrolado. 
 
 
O pé diabético provoca 
Uma Série de alterações 
Principalmentes nos pés 
Pode causar complicações 
Nos membros inferiores 
Dentre os piores fatores 
O risco de amputações. 
 
 
 
 
 
Falo um pouco dos sintomas 
Que já são um sofrimento 
Feridas que não cicatrizam, 
Dores e formigamento 
Uma dormência agoniada 
Sensação de agulhada 
 Num verdadeiro tormento. 
 
E não para por ai 
O que não é bom sinal 
Queimação nos pés e pernas 
Perda de sensibilidade local 
O jeito é se prevenir 
Se cuidando, para fugir 
De passar por esse mal. 
 
Proteção total dos pés 
Por diversas maneiras 
Verificando se tem calos, 
Cortes, Feridas ou Frieiras 
Usar meias sem costurasPrevenir as rachaduras 
E evitar as coceiras. 
 
Examinar os pés diariamente 
Em um local iluminado 
Quando for cortar as unhas 
Usar um alicate adequado 
Como hábito infindável 
Usar um calçado confortável 
Jamais sapatos apertados. 
 
Manter sempre os pés limpos 
É uma boa prevenção 
É um ótimo conselho 
Em qualquer ocasião 
Sendo ou não diabético 
Melhor é visitar o médico 
Para obter informação. 
 
 
 
 
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