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Hidráulica e Hidrologia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Dr.ª Eloa Cristina Figueirinha Pelegrino Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento Hidráulica - Condutos Livres • Introdução; • Parâmetros Geométricos dos Canais; • Classificação dos Escoamentos; • Número de Reynolds e Número de Froude; • Dimensionamento de Canais sob Escoamento Permanente Uniforme; • Seção Hidráulica de Máxima Eficiência; • Velocidade de Escoamento, Declividades, Inclinação e Borda Livre em Canais; • Ressalto Hidráulico; • Remanso; • Determinação da Vazão em Condutos Livres. • Conceituar os princípios do escoamento em condutos livres; • Conhecer os parâmetros geométricos dos canais, classifi cação de seu escoamento, dimensio- namento de canais e suas seções hidráulicas. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Hidráulica - Condutos Livres Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Introdução Nesta unidade serão abordados conceitos de escoamento livre e dos processos de medições de vazões, dando sequência aos estudos feitos nas unidades anteriores sobre condutos forçados. O escoamento de água através dos condutos livres ou canais é caracterizado pela presença da pressão atmosférica atuando sobre a superfície do líquido em uma seção aberta ou fechada. Estes podem ser classificados em naturais, que são os cursos d’água existentes na natureza como rios, riachos, córregos e estuários ou artificiais, construídos pelo homem como canais de irrigação, de navegação, galerias coletoras de esgoto, aquedutos (PORTO, 2006). As figuras 1, 2 e 3 apresentam exemplos de canais e cortes transversais dos mesmos. Figura 1 – Galeria e seção transversal Figura 2 – Rio e seção transversal Figura 3 – Canal e seção transversal Fonte: PORTO, 2006 Fonte: PORTO, 2006 Fonte: PORTO, 2006 A compreensão e o cálculo do escoamento em condutos livres são mais complexos que o cálculo do escoamento em conduto forçado. Apesar da similaridade do tratamento analítico, existe mais dificuldade de tratar os condutos livres do que os condutos forçados. Essa dificuldade decorre de fatores como: variação do nível da água em uma seção transversal, variação da área molhada, variação da aspereza das paredes e a adoção de coeficientes de rugosidade que levam a maiores incertezas (ZANINI, 2016). Para Neto (2016), a compreensão e o cálculo do escoamento nos condutos livres são mais complexos que para os condutos forçados. Na prática para realização dos cálculos, são feitas aproximações ou consideradas situações limites, arbitrando parâmetros de forma a facilitar as soluções dos problemas. Para obtenção de soluções mais detalhadas, destaca-se a criação de modelos matemáticos de simulação do escoamento, utilizando métodos numéricos com aproximações sucessivas. Outra diferença que ocorre entre os condutos livres e forçados diz respeito às variações das seções geométricas. Enquanto que nos condutos forçados há predominância de seções transversais circulares, nos condutos livres há variações de geometrias, sendo necessário o estabelecimento de parâmetros para realização dos cálculos (PORTO, 2006). 8 9 Importante! 1. Os romanos utilizavam condutos livres para abastecimento de água de suas cidades. Os romanos construíram vários aquedutos para abastecimento de suas cidades. Através de sua inclinação e da ação da gravidade, eles realizam a captação de água. Os canais eram enterrados sob a terra e na presença de vales eram feitas estruturas para dar continuidade ao fluxo. 2. Os Arcos da Lapa no Rio de Janeiro também são condutos livres para abaste- cimento de água. Construído no período colonial, o aqueduto é considerado uma das maiores obras arquitetônicas de grande porte empreendida no Brasil. Figura 4 Fonte: Getty Images Você Sabia? Parâmetros Geométricos dos Canais Conforme descrito acima, os canais possuem variações geométricas e necessitam da determinação de parâmetros para resolução de problemas. As figuras 5 e 6 apresentam alguns dos principais parâmetros utilizados nos cálculos. 9 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Figura 5 - Seção transversal Figura 6 - Seção Longitudinal Fonte: PORTO, 2006 Fonte: PORTO, 2006 • Área molhada (A) – área da seção reta do escoamento, normal à direção do fluxo; Importante! Quando se diz normal a direção do fluxo, significa que é perpendicular a direção do fluxo. Um plano que corta o fluxo perpendicularmente. Importante! • Perímetro molhado (P) – comprimento da parte da fronteira sólida da seção do canal (fundos e paredes) em contato com o líquido. A superfície livre, que não possui lâmina d’água, não faz parte do perímetro molhado; • Raio hidráulico (Rh) – relação entre a área molhada e o perímetro molhado. = ARh P • Altura d’água ou tirante d’água (y) – distância vertical do ponto mais baixo da seção do canal até a superfície livre; • Altura de escoamento da seção (h) – altura do escoamento medido perpen- dicularmente ao fundo do canal; • Largura de topo (B) – largura da seção do canal na superfície livre, função da forma geométrica da seção e da altura d’água; • Altura hidráulica ou altura média (Hm) – relação entre a área molhada e a largura da seção na superfície livre. É a altura de retângulo de área equivalente à área molhada; = AHm B • Declividade de fundo (Io) – declividade longitudinal do canal. Em geral, as declividades dos canais são baixas, podendo ser expressas por Io = tgα. Variável importante nos processos de cálculo 10 11 • Declividade piezométrica ou declividade da linha d’água (Ia) • Declividade da linha de energia (If) – variação da energia da corrente no sentido do escoamento. A maioria dos canais artificiais apresentam seções transversais de formato trapezoidal, retangular ou triangular, sendo o trapezoidal o mais utilizado. Na figura 7 será apresentado um canal de seção trapezoidal e suas características. · Área molhada (A) · Perímetro molhado (P) · Raio hidráulico (Rh = A/P) Figura 7 – Canal trapezoidal e suas características Fonte: PORTO, 2006 Para seções retangulares têm-se: 2 2 A yb P b y ybRh b y = = + = + Para seções triangulares têm-se: 2 2 2 2 1 2 1 A my P y mmyRh y m = = + = + Para seção circular (50%) tem-se: 2 8 2 4 DA DP DRh p p × = × = = 11 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Exemplo: Calcular a área molhada (A), o perímetro molhado (P) e o raio hidráulico (Rh) para o canal esquematizado na figura 7: Figura 8 – Esquema de canal trapezoidal Fonte: PORTO, 2006 Antes de proceder com os cálculos, deve-se calcular o valor do parâmetro m, que é obtido através do ângulo α. Sendo m = cotan α, como α = 60°, têm-se m = cotg60° = 0,577. Determinado m, pode-se passar para o primeiro passo: 1° Passo: Cálculo da área molhada (A): A = 2(1+2(0,577)) = 4,31 m² 2° passo: Cálculo do perímetro molhado (P): ( )= + + =21 2 2 1 0,577 5,62P m 3° passo: Cálculo do raio hidráulico (Rh = A/P) 24,31 mRh = = 0,77 m 5,62 m Classificação dos Escoamentos Durante o escoamento nos canais, os parâmetros descritos anteriormente podem sofrer variações ao longo do espaço e do tempo. Tomando o tempo como critério comparativo, os escoamentos podem ser classificados em permanentes ou não permanentes (variáveis). De acordo com Netto (2016), se no decorrer do tempo o vetor velocidade não sofrer variação de intensidade e direção em determinada seção transversal de um líquido em movimento, o escoamento nesse ponto é considerado permanente. Como consequência, os demais parâmetros hidráulicos nessa mesma seção se manterão constantes: profundidade, vazão, área molhada etc., existindo entre as diversas seções do canal a continuidade da vazão. 12 13 Importante! O escoamento não permanente pode ocorrer durante a passagem de uma onda de cheia através do canal. Importante! Importante! O fato de o escoamento ser permanente ou não depende da posição do observador em rela- ção à corrente, por exemplo: Escoamento de um rio em volta do pilar de uma ponte. Observador 1 – homem sobre a ponte – escoamento permanente; Observador 2 – homem sobre um barco impelido pela correte – escoamento não permanente. Conforme descrito por Netto (2016), deve-se verificar se há alteração do vetor velocidade. Você Sabia? Tomando agora o espaço como critério comparativo, os escoamentos podem ser classificados em uniforme e não uniforme (variado). O escoamento uniforme é caracterizado por possuir velocidades locais paralelas entre si e constantes ao longo de uma mesma trajetória. As trajetórias são retilíneas e paralelas, tendo a linha d’água paralela ao fundo, com altura d’água constante (Io = Ia = If). Quando as trajetórias não são paralelas entre si, o escoamento é classificado como não uniforme, a declividade da linha d’água não é paralela à declividade de fundo e os parâmetros geométricos variam de uma seção para outra (Io ≠ Ia) (PORTO, 2006). A definição matemática para regime uniforme é muito restritiva e, nos casos reais, tal situa- ção não ocorreria, visto que qualquer perturbação seria suficiente para alterar a magnitude e a direção da velocidade. Apesar disso, ele é usualmente considerado para dimensionamento de canais. Ex pl or Número de Reynolds e Número de Froude Qualificados os tipos de escoamentos que ocorrem em canais, torna-se necessário a determinação de dados para enquadramento. Para determinação dos tipos de escoamentos, faz-se uso de dois adimensionais: o número de Reynolds (Rey) e o número de Froude (Fr). O número de Reynolds (Rey) avalia os efeitos das forças viscosas sobre a inércia dos fluidos em escoamentos. Ele é dependente da velocidade média de escoamento e de uma dimensão característica do conduto, bem como da viscosidade do fluido de escoamento (PERES, 2015). 13 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres VL VRhRey r m u = = ; V – velocidade média na seção considerada; Rh – raio hidráulico; Ρ – viscosidade dinâmica; v – viscosidade cinemática. Dados experimentais mostram que em canais abertos, quando Rey ≤ 500, ocorre fluxo laminar; quando 500 < Rey < 2000, ocorre o regime de transição, sendo ora turbulento, ora laminar; quando Rey ≥ 2000, ocorre fluxo turbulento. No segundo adimensional, o número de Froude (Fr) é definido como a razão entre as forças inerciais e as forças gravitacionais que atuam no escoamento, podendo ser obtido a partir da relação: 2 2 3 V L V V L g gJc r r = = =Fr gHm ; V – velocidade média na seção considerada; g – aceleração da gravidade; Lc – dimensão característica do escoamento. Quando Fr = 1, o fluxo é determinado como crítico; quando Fr > 1, o fluxo é determinado como supercrítico; quando Fr < 1, o fluxo é determinado de subcrítico. A importância desse adimensional será destacada no estudo do escoamento permanente não uniforme. Importante! A variação da velocidade, nas seções dos canais, vem sendo investigada há muito tempo. Para o estudo da distribuição das velocidades consideram-se duas seções. Seção transversal A resistência oferecida pelas paredes e pelo fundo reduz a velocidade. Na superfície livre a resistência oferecida pela atmosfera e pelos ventos também influencia a velocidade. A velocidade máxima será encontrada na vertical (1) central em um ponto pouco abaixo da superfície livre. Seção longitudinal Considerando-se a velocidade média em determinada seção como igual a 1 pode-se traçar o diagrama da velocidade com a profundidade. Veja a figura a seguir: Distribuição da velocidade na seção transversal e longitudinal do canal (ZANINI, 2016). Você Sabia? 14 15 Figura 8 - Distribuição da velocidade na seção transversal e longitudinal do canal Fonte: ZANINI, 2016 Dimensionamento de Canais sob Escoamento Permanente Uniforme Analisando longitudinalmente um canal, se a lâmina d’água não variar com o tempo, ou seja, a vazão é constante, o movimento é permanente; e se a lâmina também não varia com o espaço, o movimento é permanente e uniforme (Figura 10). Esta seria a condição ideal, porém na prática isso não ocorre. Figura 9 - Seção longitudinal do escoamento permanente e uniforme Fonte: ZANINI, 2016 A primeira fórmula surgida para o dimensionamento de canais sob o regime permanente e uniforme foi desenvolvida pelo engenheiro francês Antonie Chézy, dada pela equação 1: = oV C RhI (1) V – velocidade média de escoamento do canal; C – coeficiente de Chézy ou fator de resistência ao fluxo; Rh – raio hidráulico; Io – declividade da linha de energia. 15 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Utilizando a equação da continuidade (Q = VA), a fórmula de Chézy torna-se: =Q CA Rhi (2) Sendo essa a equação fundamental do escoamento permanente e uniforme em canais (PORTO, 2006). Exemplo: Desenvolver a fórmula de Chézy, considerando as forças conforme a figura 11. Figura 11 – Forças que atuam sobre a massa fluida Fonte: Adaptado de PORTO, 2006 Resolução Para um trecho de canal com declividade de fundo Io, tal que possa tomar a altura d’água na vertical, as forças que atuam sobre o volume de controle ABCD (figura 10). São componentes da força de gravidade de direção do escoamento, W.senα, as forças de pressão hidrostática e a força de cisalhamento nas paredes de fundo. Aplicando a 2° Lei de Newton ao volume de controle, tem-se: α τ= + − − =∑ 1 2 0oFx F Wsen F PL Como o escoamento é uniforme y1 = y2 = yo, F1=F2 e W = γAL, tem-se: γALsenα = τo PL Isolando τo: τ γ α=o A sen P Para ângulos pequenos (α < 6°), pode-se fazer a seguinte aproximação: α α τ γ = = ∆ = = / o o h o sen tg z L I R I 16 17 Sendo τo a tensão média cisalhante sobre o perímetro molhado. Como a tensão de cisalhamento pode ser expressa por τo = ρfV²/8, tem-se: ρτ γ= = 2 8o h o fVR I Que após desenvolvida, isolando-se a velocidade: = 8gV RhIo f Fazendo = 8gC f tem-se finalmente: Outra formulação para o cálculo é a fórmula de Manning (Equação 3), muito utilizada pela sua simplicidade de aplicação e com excelentes resultados práticos. Devido a sua intensa utilização, estão amplamente disponíveis nas literaturas valores para o seu coeficiente de rugosidade, cobrindo a maioria das situações encontradas na prática. = 2/3 1/2 1 oV Rh In (3)V – velocidade média de escoamento da água (m/s); n – coeficiente de rugosidade de Manning; Rh – Raio hidráulico (m); Io – declividade da linha de energia da água (mca/m). A escolha do coeficiente de rugosidade Manning é uma tarefa difícil que está sujeita à interpretação pessoal, não havendo, portanto, substitutos para a experiência e habilidade técnica do profissional. Utilizando a equação da continuidade (Q = VA), a fórmula Manning, a vazão de um canal, pode ser determinada pela Equação 4. 2/3 1/21= oQ Rh In (4) Q – vazão m³/s; Na tabela 01 são apresentados valores para o coeficiente de rugosidade de Manning (n). 17 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Tabela 1 - Valores para o coeficiente de rugosidade de Manning (n) Tipo de Canal Valores n Mínimo Normal Máximo A – Tubo parcialmente cheio Aço soldado 0,010 0,012 0,014 Ferro fundido revestido 0,010 0,013 0,014 Metal corrugado 0,021 0,024 0,030 Bueiro de concreto bem acabado 0,011 0,012 0,014 Tubo de concreto liso 0,012 0,013 0,014 Manilha vitrificada 0,011 0,014 0,017 Manilha de drenagem 0,011 0,013 0,017 B – Canal aberto revestido Aço plano e liso 0,011 0,012 0,014 Madeira aplainada 0,010 0,012 0,014 Madeira não aplainada 0,011 0,013 0,015 Cimento liso 0,010 0,011 0,013 Concreto bem-acabado 0,011 0,013 0,015 Concreto não acabado 0,014 0,017 0,020 Alvenaria de tijolo 0,012 0,015 0,018 Alvenaria de cacos cerâmicos 0,017 0,025 0,030 Asfalto liso 0,013 Asfalto rugoso 0,016 Grama 0,20 C – Canal aberto não revestido C1 – canal escavado em terra Reto e uniforme, limpo 0,016 0,018 0,020 Reto e uniforme, com vegetação baixa 0,022 0,022 0,033 Sinuoso vagaroso, limpo 0,023 0,025 0,030 Sinuoso vagaroso, com vegetação baixa 0,025 0,030 0,033 Cascalhado, reto e uniforme, limpo 0,022 0,025 0,030 Dragado, limpo 0,025 0,028 0,033 C2 – Canal escavado em rocha Liso e uniforme 0,025 0,035 0,040 Recortado e com saliências, irregular 0,035 0,040 0,050 D – Canais naturais Reto, limpo, sem represamento 0,025 0,030 0,033 Sinuoso, limpo, com pouco represamento 0,033 0,040 0,045 Vagaroso, com vegetação rasteira 0,050 0,070 0,080 Planície de inundação, pastagem 0,025 0,030 0,035 Idem, com poucos arbustos e árvores 0,035 0,050 0,060 Fonte: PERES, 2015 18 19 A equação de Manning é válida somente para condições de fluxo turbulento completo, ou seja, quando o fator de atrito f é independente do número de Reynolds. Para verificação dessa situação, utiliza-se a Equação 5: 6 131,1 10-³ ×on RhI (5) Caso a restrição imposta pela Equação 5 não se verifique, a velocidade média de escoamento da água no canal deverá ser determinada pela fórmula de Darcy-Weisbach. Nessa situação, o coeficiente de atrito f pode ser obtido em função do número de Reynolds e do coeficiente de rugosidade relativa do canal. Exemplo: Determinar a velocidade média de escoamento e a vazão de um canal trapezoidal com as seguintes características: inclinação dos taludes 1: 1,5m (vertical: horizontal); declividade do canal: 1 m em 1500 m; largura de fundo: 3,5 m; profundidade de escoamento (yo) – 1,2m; considerando duas situações: a) canal de paredes de terra, reto e uniforme e limpo; b) canal com paredes revestidas de concreto bem acabado. Solução No enunciado do exercício, foi fornecida a declividade total do canal (1 m em 1500 m), havendo a necessidade de se calcular a declividade unitária, ou seja, a cada metro: Io = 1/1500 = 0,00067 m/m O cálculo de m, A, P e Rh pode ser feito como no exercício 1: ( )( ) ( ) 2 m = cotan = 1,5 / 1 = 1,5 A = 1,2 3,5+ 1,2 = 6,36 m P = 3,5+2 1,2 1+1,5 = 7,83 m Rh = 6,36/7,83 = 0,81 m a Definido os parâmetros geométricos do canal, passa-se para o cálculo das vazões nas diferentes situações (a e b): 19 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres a. Canal de Paredes de Terra, Reto e Uniforme e Limpo Através da tabela 1, é possível encontrar o valor n, utilizando a descrição do enunciado. Nos cálculos, será utilizado n=0,018 (canal aberto não revestido, escavado em terra, reto e uniforme e limpo). Definido o valor de n, é necessário verificar se ocorre a situação de fluxo turbulento, ou seja, verificar se f é independente do número de Reynolds através da equação 5: 6 13 6 13 13 13 n 1,1 10 0,018 0,81 0,00067 1,1 10 7,9 10 1,1 10 - situação ok - - - - ³ × × ³ × × ³ × oRhI A fórmula de Manning pode ser utilizada para resolução do exercício. ( ) ( )2/3 1/2 3 1 0,81 0,00067 1,25 / 0,018 6,36 1,25 7,95 / V m s Q m s = = = × = b. Canal de Paredes Revestidas de Concreto bem acabado Através do quadro 1, é possível encontrar o valor n, utilizando a descrição do enunciado. Nos cálculos, será utilizado n = 0,013 (canal de paredes revestidas de concreto bem acabado). A restrição imposta pela Equação 5 novamente será verificada: 6 13 6 13 13 13 n 1,1 10 0,018 0,81 0,00067 1,1 10 1,12 10 1,1 10 - situação ok - - - - ³ × × ³ × × ³ × oRhI A fórmula de Manning pode ser utilizada para resolução do exercício. ( ) ( )2/3 1/2 3 1 0,81 0,00067 1,73 / 0,018 6,36 1,73 11 / V m s Q m s = = = × = Seção Hidráulica de Máxima Eficiência De acordo com Zanini (2016), canais de máxima eficiência são aqueles que apresentam menor perímetro molhado em relação à área. Esses canais apresentam mínima resistência e máxima vazão. 20 21 Sua utilização implica em menores custos construtivos, porém nem sempre são viáveis de se construir devido às condições locais e topográficas. Muitas vezes, a velocidade de escoamento para seções de máxima eficiência não é compatível com a natureza das paredes e do fundo do canal e a utilização desse processo de dimensionamento leva a canais de grande profundidade, dificultando o acesso e a manutenção. (PERES, 2015) Ainda de acordo com o autor, as seções transversais semicirculares são as seções de custo mínimo, devido ao menor perímetro do círculo para uma mesma área. No entanto, a seção semicircular somente se aplica a canais revestidos, uma vez que canais de terra não apresentam estabilidade. A seção trapezoidal é a mais utilizada, devido a sua facilidade de construção. Na tabela 2 são apresentados parâmetros para obtenção da seção de máxima eficiência de canais trapezoidais, retangulares e semicirculares. Tabela 2 – Parâmetros hidráulicos para seções de máxima efi ciência Seção do canal Largura do fundo (b) Área molhada (A) Perímetro molhado (P) Raio hidráulica Trapezoidal 1,15 y 1,73 y² 3,46 y 0,50 y Retangular 2y 2 y² 4y 0,50 y Semicircular - 1,57 y² 3,14 y 0,50 y Fonte: ZANINI, 2016 Exemplo: Projeta-se construir um canal trapezoidal, não revestido, em solo de textura argilosa bastante compacta. A vazão e a declividade prevista para o canal são, respectivamente, 5 m³/s e 1 m/km. Dimensionar o canal com base no critério de seção hidráulica de máxima eficiência e discutir os resultados obtidos. Solução Dados obtidos do enunciado: Q = 5 m³/s; Io = 1m/1000m = 0,001 m/m; n = 0,020 (valor obtido no quadro 1). Utilizando a tabela 2, pode-se iniciar a determinação dos parâmetros para um canal trapezoidal de seção de máxima eficiência (α = 60°; m = 0,577): b = 1,15y; A = 1,73y²; Rh = 0,50y. A velocidade média de escoamento no canal pode ser obtida aplicando-se a equação de manning: 21 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres ( ) ( )2/3 1/2 2/31 0,5 0,001 0,02 V y y= × × = A vazão no canal pode ser determinada por meio da equação da continuidade, substituído os valores de V e A obtidos acima: 2/3 31,73 ² 1,73Q V A y y y= × = × = Sabendo que a Q é 5 m³/s, temos que: 1,73 ³ 5 1, 49 y y m= ® = Assim, podemos obter a velocidade e a largura do canal: 2/3 2/31, 49 1,30 / 1,15. 1,15.1,49 1,71 V y m s b y m = = = = = = A velocidade máxima de escoamento admissível para um canal não revestido, construído em textura argilosa compacta, situa-se entre 0,8 e 1,2 m/s. O valor de vazão calculado é maior que o indicado para essa situação, sendo necessária cautela no uso do critério da seção hidráulica de máximaeficiência, podendo ocorrer erosão nas paredes e no fundo do canal. Velocidade de Escoamento, Declividades, Inclinação e Borda Livre em Canais O custo de um canal é diretamente proporcional as suas dimensões e será tanto menor quanto maior for a velocidade de escoamento. A utilização de velocidades altas está limitada pela capacidade das paredes do canal resistirem a erosão. Por outro lado, velocidades baixas implicam em canais de grandes dimensões e assoreamento pela deposição do material suspenso na água. As velocidades limites estão indicadas na tabela 3. Tabela 3 - Velocidade limites Tipo de canal Velocidade mínima (m/s) Areia muito fina 0,20 - 0,30 Terreno arenoso comum 0,60 – 0,80 Terreno argiloso 0,80 – 1,20 Concreto 4,00 – 10,0 Fonte: PERES, 2015 22 23 Em relação a declividade, quanto maior a declividade do canal, maior será a velocidade de escoamento, o que pode provocar erosão dos canais. As declividades recomendadas para cada tipo de canal seguem na tabela 4. Tabela 4- Declividades para canais Tipo de canal Declividade (m/m) Canal de irrigação pequeno 0,0006 – 0,0008 Canal de irrigação grande 0,0002 – 0,0005 Fonte: PERES, 2015 Já a inclinação dos taludes depende principalmente da natureza das paredes como pode ser observado na Tabela 5. Tabela 5- Inclinação para canais Natureza das paredes m Canais em terra sem revestimento 2,5 – 5 Terra compacta sem revestimento 1,5 Concreto 0 Fonte: PERES, 2015 A borda de um canal corresponde à distância vertical entre o nível máximo de água no canal e o seu topo. Esta distância deve ser suficiente para atender as ondas e as oscilações verificadas na superfície da água, evitando o seu transbordamento. Por medida de segurança, recomenda-se uma folga de 20 – 30% ou 30 cm para pequenos canais e 60 a 120 cm para grandes canais. Ressalto Hidráulico O ressalto hidráulico é um fenômeno local, que consiste na mudança brusca e turbulenta do regime rápido para o regime lento, através da profundidade crítica, passando a profundidade de menor para maior (H1 < H2), e a velocidade de maior a menor que a crítica (V1 > V2). O ressalto ocorre quando um canal de forte declividade passa para uma declividade reduzida, de modo que o movimento não pode mais continuar na configuração anterior (Figura 14). Se não houvesse perda de energia no ressalto, as profundidades da água antes e depois dele seriam as correspondentes profundidades recíprocas, mas na realidade a profundidade depois do ressalto é maior que a profundidade recíproca do estágio anterior. 23 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Movimento uniforme Movimento gradualmente variado (acelerado) Movimento bruscamente variado Movimento gradualmente variado (retardado) Escoamento crítico Ressalto hidráulico Remanso H1 H2 Figura 14 – Representação do Ressalto Hidráulico e do Remanso Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 Em outras palavras, caracteriza-se por uma elevação abrupta do nível d’água do escoamento, em virtude do aumento do nível d’água passar pelo nível crítico, sendo formada uma onda estacionária. Esta onda, por sua vez, é instável, devido à grande turbulência formada pelo fenômeno. Tal turbulência provoca uma grande perda de carga no escoamento, sendo esta uma alternativa muito utilizada em estruturas dissipadoras de energia de escoamento, como, por exemplo, dissipador de energia cinética da água ao pé das quedas dos vertedores de barragens. Remanso Remanso é a curva que ocorre em um canal de fraca declividade quando existe a construção de uma barragem, como, por exemplo, a água deve elevar-se acima da profundidade normal do escoamento para vencer obstáculos encontrados, ficando acima dessa profundidade, até certa distância a montante da barragem. F F F L T G B N E Figura 15 – Representação do Remanso em um canal Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 24 25 Determinação da Vazão em Condutos Livres Orifícios Classificação dos Orifícios Os orifícios são perfurações, geralmente de forma geométrica definida, feitas abaixo da superfície livre do líquido em paredes de reservatórios, tanques, canais ou canalizações. h A1 v1 ρa A2 v1 ρ2 Figura 16 – Classifi cação dos orifícios Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 Os orifícios podem ser classificados quanto à forma (circulares, retangulares, e outros) e quanto ao tamanho (pequenos ou grandes). Estes são considerados pequenos orifícios quando as suas dimensões são muito menores que a profundidade em que se encontram: Dimensão vertical 1/3 da profundidade≤ Os orifícios ainda podem ser classificados quanto à natureza das paredes em orifícios de paredes delgadas ou de paredes espessas. A parede é considerada delgada quando o jato líquido apenas toca a perfuração em uma linha que constitui o perímetro do orifício (Figuras 17-a e b). Numa parede espessa, verifica-se a aderência do jato (Figura 17-c). o o o d (a) (b) (c) Figura 17 – Orifícios classifi cados quanto a natureza da parede Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 25 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Os orifícios delgados são obtidos em chapas finas ou pelo corte em bisel. O acabamento em bisel não é necessário se a espessura da chapa é inferior a 1,5 vezes o diâmetro d do orifício suposto circular ou a menor dimensão, se o orifício tiver outra forma. Cálculo da Vazão em Orifícios • Orifícios de pequenas dimensões: Para orifícios pequenos, pode-se admitir que todas as partículas atravessam o orifício com a mesma velocidade, sob a mesma carga h. A equação utilizada para o cálculo da vazão em pequenos orifícios é: 2Q Cd A g h= × × × × Onde: Cd – coeficiente de descarga do orifício (tabelado), um valor médio do Cd para orifícios em geral de 0,61; A – área do orifício (m²); h – carga sobre o centro do orifício (m). • Orifícios de grandes dimensões: Para orifícios grandes, já não se pode admitir que todas as partículas que os atravessam estejam com a mesma velocidade, porquanto não se pode considerar uma carga única (h). h2 h h1 L dh Figura 18 – Comportamento da carga h em grandes orifícios Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 A equação que trata do cálculo de vazão para grandes orifícios é a seguinte: 3/2 3/22 2 12 3 2 1 h hQ Cd A g h h æ ö- ÷ç ÷= × × × × ç ÷ç ÷ç -è ø 26 27 Ainda existem equações específicas para orifícios afogados em paredes delgadas, bocais, tubos curtos, entre outras, que não serão contempladas neste material. Para determinação das vazões nas situações citadas, consultar (PORTO, 2004). Ex pl or Vertedores Os vertedores podem ser definidos como simples paredes, diques ou aberturas sobre os quais um líquido escoa. O termo aplica-se, também, a obstáculos na passagem da corrente e aos extravasores. Os vertedores são, por assim dizer, orifícios sem a borda superior. Face Crista ou soleira L Face H p’ h Veia ou lâmina vertente d ≥ 5H p H = Carga do vertedor L = Largura do vertedor Figura 19 – Terminologia de um vertedor Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 Classificação dos vertedores: Forma Altura relativa da soleira Natureza da parede Largura relativa · simples (retangular, trapezoidal, triangular, etc...) · compostos (seções combinadas) · Vertedores completos ou livres (p > p’) · Vertedores incompletos ou afogados (p < p’) · Vertedores em parede delgada (chapas ou madeira chanfrada) · Vertedores em parede espessa (e > 0,66H) (Figura 21) · Vertedores sem contrações laterais (L = B) (Figura 22) · Vertedores contraídos (L < B) (com uma contração ou com duas contrações) (Figura 22) Figura 20 e H v h Figura 21 – Vertedor de parede espessa Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 27 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Vertedor L’ B Figura 22 – Contração nas paredes dos vertedores Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 Embora seja de fácil construção, instalação e uso, os vertedores não são recomendados para qualquer situação, como o caso de canais transportando materiais com elevado sólidos em suspensão, pois, nesse caso, como ocorre deposição do material no fundo docanal de acesso ao vertedor, a precisão de suas medidas fica prejudicada (Peres, 2). Para a instalação e operação de um vertedor, devem ser observadas as seguintes recomendações: • a carga hidráulica (H) no vertedor não deve ser inferior a 6 cm e nem superior a 60 cm. • a carga hidráulica (H) sempre deve ser medida a uma distância do vertedor equivalente a 5H, sendo adotado de forma geral a distância de 1,5 m (Figura 19). • A distância desde o fundo do canal até a soleira do vertedor dever ser, no mínimo, igual a 2H. • O nível da água a jusante do vertedor deve ficar, no mínimo, 10 cm abaixo da sua soleira. Vertedores Retangulares Os vertedores retangulares são muito utilizados para medir e controlar vazão em canais de irrigação, em estações de tratamento de água (ETA) e outros. Os vertedores retangulares sem contrações laterais apresentam seus lados coincidentes com os lados do canal, não sofrendo alteração no seu caminhamento. Para o cálculo da vazão de um vertedor retangular, temos a fórmula de Francis: 3/2Q 1,838.L.H= Onde: Q – vazão (m³/s); L – comprimento de crista (m) H – carga sobre o vertedor (m). 28 29 Exemplo: Para medir a vazão de um canal de irrigação foi instalado um vertedor retangular de parede delgada sem contrações laterais, cuja soleira mede 2m de largura e se localiza a 1m acima do fundo do canal. Qual vazão de água neste canal se a carga hidráulica medida no vertedor foi de 35 cm? Resolução ( ) ( )3/21,838. 2 . 0,35 0,761 ³ /= =Q m m m s Os vertedores retangulares com contrações laterais não ocupam toda a seção transversal do canal, o que gera certos represamentos da água a montante do vertedor. Como vimos, eles podem apresentar uma ou duas contrações, sendo que o valor de L da fórmula de Francis deve ser corrigido por: • para uma contração: L’ = L -0,1.H; • para duas contrações: L’ = L -0,2.H. Vertedores Trapezoidais Esse tipo de vertedor é o mais usado no campo da medição de vazão em canais de irrigação. Um tipo bem comum é o vertedor Cipolletti, cuja característica principal é apresentar as faces da sua abertura inclinadas (1 horizontal : 4 vertical), o que pode compensar ou anular os efeitos negativos da presença de contrações laterais no vertedor. Q2Q1 Q1 Figura 23 – Vertedor trapezoidal Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 Para o cálculo da vazão é utilizado a mesma equação de Francis, com a vantagem de não ser necessário a correção das contrações: 3/21,86. .=Q L H Vertedores Triangulares Os vertedores triangulares possibilitam maior precisão na medida de cargas correspondentes a vazões reduzidas (até 30 L/s) e ,geralmente, são trabalhados em chapas metálicas. Na prática, somente são empregados os que possuem forma isósceles, ou seja, quando o ângulo do vértice do vertedor for 90°. 29 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres H Figura 24 – Vertedor triangular Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 Para estes vertedores, adota-se a fórmula de Thompson: 5/21,368.=Q H Onde: Q – vazão (m³/s); H – carga sobre o vertedor (m). Exemplo: Qual a vazão medida por um vertedor triangular, com abertura de 90°, sob uma carga hidráulica constante de 20 cm? Resolução: 3 5/2 5/2 0,9241,368. 1,368.0,2 24 /= = = =mQ H L s s Vertedor Circular O vertedor de seção circular, embora raramente empregado, oferece como van- tagem a facilidade de execução e não requer nivelamento da soleira. A equação da vazão para um vertedor circular é a seguinte: 0,693 1,8071,518. .=Q D H Onde: Q – vazão (m³/s); D – diâmetro do orifício (m); H – carga sobre o vertedor (m). 30 31 H Vertedor circular H D e Vertedor tubular Figura 25 – Vertedores circular e tubular Fonte: Adaptado de NETTO, 2003 31 UNIDADE Hidráulica - Condutos Livres Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Exercício de Hidráulica Básica PORTO, R. M. Exercício de Hidráulica Básica. São Carlos - EESC-USP, 2007. Leitura Hidraúlica – Teoria e Exercícios Está disponível para download a apostila do Prof. José Renato Zanini no site da UNESP – Jaboticabal. Ela aborda os principais assuntos de hidráulica estudados até aqui. http://bit.ly/2PUVz9s Lista de Exercícios – Dimensionamento de Canais http://bit.ly/2PUWkzk Dimensionamento de Canais Livres http://bit.ly/2POtgt0 Hidrometria (Medição de Vazão) http://bit.ly/2PT5Se2 32 33 Referências NETTO, J. M. A; FERNÁNDEZ, M. F. Manual de Hidráulica. 9. ed. São Paulo: Blucher, 2016. PERES, J. G. Hidráulica Agrícola. 1. ed, São Carlos: UFSCar, 2015. PORTO, R. M. Hidráulica Básica. 4. ed. São Carlos: EESC-USP, 2006. ZANINI. J.R. Hidráulica – Teoria e Exercícios. UNESP – notas de aula. Jaboticabal, 2016. 33
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