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Padrão 802.11 Victória Tomé Oliveira Universidade Federal do Ceará - UFC Engenharia de Computação Brazil, Ceará Email: victoriat.oliveira@alu.ufc.br I. INTRODUÇÃO Nos últimos anos os avanços tecnológicos estão proporci- onando um rápido crescimento na comunicação e como con- sequência o surgimento de várias tecnologias. Segundo Martin Cooper, inventor do celular, o número de transmissões de dados ou voz que conseguimos enviar pelo ar e pelo vácuo, em todo o mundo, dobra a cada 30 meses [23]. Visto a demanda de informação a necessidade de velocidade nas transmissões vem sendo de extrema importância para a comunicação. Atual- mente, com a constante evolução tecnológica, evidencia-se um momento de adaptação no cenário de redes de computadores. As redes sem fio tornaram-se essenciais e vêm ganhando um espaço considerável nas tecnologias de transmissão de dados. Além disso, a comunicação sem fio está cada vez mais presente nos mais diversos ambientes e como consequência o número de pessoas, equipamentos e organizações que adotam essas redes tem crescido a cada dia. Em 1990, a Institute of Electrical and Eletronics Engineers (IEEE), constituiu um grupo de pesquisa com o objetivo de desenvolver padrões para as comunicações sem fio, sendo este padrão o IEEE 802.11. Atualmente, as redes sem fio são direcionadas para redes WLAN (Wireless Local Area Network). Desenvolvido como uma tecnologia sem fio simples e econômica para os melhores serviços de esforço, o IEEE 802.11 ganhou popularidade a uma taxa sem precedentes [12]. Devido ao crescimento das redes de computadores sem fio, surgiram diversas tecnologias que possibilitam a comunicação entre dispositivos sem fio. Nos últimos anos, houve um cres- cimento no número de dispositivos sem fio utilizados pela população, e a previsão e de que essa quantidade aumente significativamente, entre os anos de 2016 e 2021 ocorrerá um crescimento de 7,3 vezes na quantidade de dispositivos inte- ligentes conectados [4]. De acordo com o relatório divulgado pela Cisco em 2015, 41% de todo o tráfego era feito através de redes WiFi, espera-se que em 2019 o percentual cresça para 53% [4]. As redes sem fio 802.11 possuem uma série de vantagens se comparadas as redes cabeadas convencionais, primeiramente podemos frisar o fato de não estarem restritas fisicamente à uma conexão, sendo assim as redes sem fio concedem mais mobilidade, facilidade de instalação, liberdade de localização e baixo custo. As redes sem fio também tem como vantagens a capacidade de largura de banda e de banda larga, no entanto, as redes cabeadas podem conseguir tavas mais altas de transmissão [3]. II. REDES WLAN (Wireless Local Area Network) Aproximadamente nos anos 80, a Federal Communica- tions Commission (FCC), órgão regulador norte-americano para telecomunicações e radiodifusão, liberou uma parte dos espectros de frequência para desenvolvimento livre, sem a for- malidade de um licenciamento e de pagamento para utilização de determinadas faixas de frequência. As faixas de frequência utilizadas para Industrial Scientific and Medical (ISM) são bandas reservadas internacionalmente para o desenvolvimento Industrial, cientı́fico e médico. Por isso, foram definidas re- gras de limitação de potência de transmissão e técnicas de modulação dentro dessas faixas [7]. Uma rede sem fio é tipicamente uma extensão de uma rede local convencional com fio, porém a rede utiliza o ar e o vácuo para se propagar, ou seja, a rede sem fio converte pacotes de dados em ondas de rádio ou infravermelho e os envia para um ponto de acesso ou para outro dispositivo. Segundo o IEEE, uma rede sem fio é um sistema que inter- liga vários equipamentos fixos ou móveis utilizando o ar como meio de transmissão [13]. Este padrão foi internacionalmente difundido e adotado por vários paı́ses, inclusive o Brasil, mas com algumas condições. No Brasil, a legislação para esse tipo de sistema foi inicialmente estabelecida pela ANATEL, por meio da Norma 02/93, adiante pela Norma 012/96 (resolução 209 criada em janeiro de 2000), e na atualidade, pela resolução 506 criada em julho de 2008 (regulamento sobre Equipamen- tos de Radiocomunicação de Radiação Restrita) [7]. Na Figura 1 podemos observar as faixas destinadas a WLAN no Brasil. Figura 1. Faixas de rádio frequência destinada para WLAN no Brasil [7]. 5GHz2,4GHz900MHz 90 2M H z 92 8M H z 24 M H z 24 8, 5M H z 100MHz 100MHz 255MHz 125MHz 83,5MHz 26 MHz 51 50 M H z 53 50 M H z 54 70 M H z 57 25 M H z 58 50 M H z III. PADRÃO 802.11 Em 1990, a IEEE fundou um grupo de pesquisa, tendo como objetivo principal o desenvolvimento de uma camada Fı́sica e uma camada de Enlace para as redes sem fio. Em 1997, o IEEE publicou um padrão especı́fico para redes sem fio, denominado 802.11, sendo ele o primeiro padrão construı́do destinado para as redes sem fio. [20]. O padrão IEEE 802.11 tem recebido diferentes designações. O padrão é chamado de Ethernet sem fio em referência ao padrão de redes cabeadas IEEE 802.3. O nome Wi-Fi é definido pela organização Wi-Fi Alliance a partir do programa de certificação de interoperabilidade de produtos que utilizam o padrão IEEE 802.11. As redes sem fio 802.11 também são chamadas de redes locais sem fio ou WLAN, em referência à topologia de redes locais LAN (Local Area Network) [11]. De acordo com um estudo feito por Ziouva e Kim, em uma rede local sem fio (LAN) IEEE 802.11, quando o número de nós aumenta, a correspondência de colisão aumentará, a taxa de transferência total diminuirá, resultando na degradação do desempenho do sistema. De um modo geral, quanto menor for a quantidade de nós de rede de área local sem fio, menor será o intervalo de tempo, o que pode reduzir o canal sem fio de tempo livre, correspondendo ao aumento da taxa de transferência da rede. Entretando, se o número de nós na mesma LAN utilizar um slot maior, a taxa de colisão de rede pode ser reduzida, melhorando a utilização do canal de rádio [21]. Parâmetros da camada MAC IEEE 802.11 tem um impacto importante em seu desempenho. O protocolo de camada MAC IEEE 802.11 ideal, requer mais do que um mecanismo simples e eficiente, ele também precisa levar em conta a carga na rede, como o número de nós para ajustar dinamicamente os parâmetros relevantes da concordância [21]. A. Arquitetura O padrão IEEE 802.11 estabelece uma arquitetura para as redes sem fio, baseada na divisão da área coberta pela rede em células. Estas células são nomeadas de BSA (Basic Service Area). O BSA pode modificar seu tamanho e esse tamanho depende das caracterı́sticas do ambiente e da potência dos transmissores/receptores utilizados nas estações [19]. Na Figura 2, podemos ver a ilustração de uma arquitetura de rede sem fio. Como visto na Figura 2, uma rede sem fio é formada por alguns elementos, esses elementos serão descritos a seguir: 1) Basic Service Set (BSS) - representa um grupo de estações comunicando-se por radiodifusão ou infraverme- lho em uma BSA; 2) Wireless LAN Station (STA) - Estão representando as estações (clientes) da rede; 3) Access Point (AP) – São estações especiais responsáveis pela captura das transmissões realizadas pelas estações (STA) de sua BSA, destinadas a estações localizadas em outras BSAs, retransmitindo-as, usando um sistema de distribuição. 4) Distribution System (DS) - Representa uma infra- estrutura de comunicação (backbone) que interliga múltiplas BSA’s para permitir a construção de redes cobrindo áreas maiores que uma célula; Figura 2. Arquitetura de uma rede sem fio [19]. DS Área de Cobertura BSS BSS STA AP ESS 5) Extend Service Area (ESA) - representa a interligação de vários BSAs pelo sistema de distribuição através dos APs. 6) Extend Service Set (ESS) - Representa um conjunto de estações formado pela união de váriosBSSs cujos APs estão conectados a uma mesma rede convencional por um sistema de distribuição. Nestas condições uma STA pode se movimentar de uma célula BSS para outra permane- cendo conectada à rede. Este processo é denominado de roaming. Nas redes locais sem fio com infraestrutura, existe um elemento fundamental na arquitetura, é o ponto de acesso [19]. O ponto de acesso desempenha as seguintes funções: 1) Autenticação, associação e reassociação - Essa função autoriza que uma estação móvel mesmo saindo de sua célula de origem prossiga conectada à infraestrutura e não perca a comunicação. A função que permite preservar a continuidade da comunicação quando um usuário passa de uma célula para outra, é conhecida como handoff ; 2) Gerenciamento de potência - Essa função permite que as estações utilizem o modo de power save, que permite que as estações operem economizando energia. 3) Sincronização - Essa função garante que as estações associadas a um ponto de acesso estejam sincronizadas por um relógio comum. B. Modelo OSI Na Figura 3, podemos observar a comparação do modelo OSI com o padrão 802.11. Os padrões das redes sem fio determinam as camadas 1 e 2 do modelo OSI, sendo elas, a camada fı́sica e a camada de enlace de dados, respectivamente. A camada fı́sica tem como utilidade codificar e de- codificar os sinais, a geração e remoção de parâmetros para sincronização, recepção e transmissão de bits e inclui Figura 3. Comparação do padrão 802.11 com o OSI. [10]. Física Enlace Rede Transporte Sessão Apresentação Aplicação Radiofrequência ou Infravermelho CSMA/CA LLC Modelo IEEE 802.11 OSI especificações do meio de transmissão. A camada fı́sica é responsável por definir uma série de padrões de transmissão e codificação, sendo os mais populares: FHSS (Frequency Hopping Spread Spectrun), DSSS (Direct Sequence Spread Spectrum) e OFDM (Orthogonal Frequency Division Multi- plexing) [10]. A camada de enlace de dados é dividida em duas camadas, o LLC (Logical Link Control) e o MAC (Media Access Control). Cada uma delas tem funções diferentes, a camada LLC, tem como função prover interface para camadas superiores e executa controle de fluxo e erro de pacotes. Já a camada MAC, na transmissão reúne os dados dentro de um pacote com endereços e campos, fazendo a detecção de erros; na recepção tem como função abrir os pacotes e detectar erros; e por último, mas não menos importante, ter o controle de acesso ao meio de transmissão [10]. Na Figura 4, podemos observar o quadro MAC de uma rede 802.11, ele é formado por um cabeçalho MAC, um corpo de Frame e um campo de FCS (frame check sequence). Os números acima dos quadros são as representações dos bytes de cada campo. Figura 4. Quadro MAC de uma rede 802.11 [10]. Controle do Frame Duração/ ID Endereço 1 Endereço 2 Endereço 3 Controle de Sequência Endereço 4 Corpo do Frame FCS 2 2 6 6 6 62 40-2312 Cabeçalho MAC 1) Camada Fı́sica: A camada fı́sica do padrão 802.11 es- tabelece duas técnicas de transmissão: o infravermelho e o RF. A transmissão feita por RF aplica técnicas de espalhamento de espectro, sendo elas: o Espalhamento de Espectro por Salto em Frequências (FHSS) ou Espalhamento de Espectro por Sequência Direta (DSSS) ou ainda a Multiplexação por Divisão de Frequência Ortogonal (OFDM). A camada fı́sica do 802.11 compreende a provisão de um sinal de avaliação de canal livre (Clear Channel Assessment signal - CCA) que é empregado pela camada MAC para apontar se o meio está livre. A modulação empregada define a eficiência da potência utilizada, a sensibilidade e as taxas de transmissão que podem ser alcançadas [5]. A taxa básica de l Mbps é gerada através de uma modulação diferencial binária por chaveamento de fase (Difforential Bi- nary Phase Shift Keying - DBPSK) e a taxa de 2 Mbps usa uma modulação diferencial quaternária por chaveamento de fase (Differential Quadrature Phase Shift Keying- DQPSK) [24]. O espalhamento é feito por meio da divisão da banda disponı́vel em 11 sub-canais (cada um com 11 MHz) e do espalhamento de cada sı́mbolo de dados, usando uma sequência de Barker de 11 chips/symbol [5]. Os padrões 802.lla, 802.llb e 802.llg modificam a camada fı́sica do 802.11 para favorecerem taxas de transmissão mais elevadas. O padrão 802.11b especifica taxas de transmissão elevadas na banda de 2,4 GHz, por meio da modificação de alguns pontos da norma básica 802.11 [1]. O padrão 802.lla faz uso da banda de 5 GHz para poder prover taxas de até 54Mbps e o padrão 802.llg consegue prover 54Mbps na banda de 2,4GHz [2]. Ambos complementam a norma básica do 802.11 em alguns pontos e a camada fı́sica utiliza uma multiplexação por divisão ortogonal em freqüência (OFDM). O OFDM transmite sinais múltiplos simultaneamente em cima de um único caminho de transmissão. Cada sinal é enviado dentro de uma única faixa de frequência (portadora), o qual é modulada pelos dados que nela trafegam. O OFDM utiliza modulação QAM (Quadrature Amplitude Madulation) e um processamento digital, distribuindo os dados em cima de portadoras múltiplas, distanciadas entre frequências pre- cisas. O espalhamento provê a ortogonalidade, que impede demodulação por frequências diferentes, dado que cada por- tadora é identificada exclusivamente. São eliminadas faixas de guarda e aumenta-se a eficiência do uso de espectro de frequência [14]. Um importante aspecto da camada Fı́sica é seu sistema de modulação, pois ele irá determinar a taxa de transmissão. A Tabela I apresenta as modulações utilizadas em cada uma das especificações da famı́lia 802.11 para a camada fı́sica e as taxas de transmissão alcançadas. Tabela I MODULAÇÃO DA CAMADA F ÍSICA [5]. Especificação Modulação Taxa de Transmissão na PHY 802.11/802.11b/802.11g DBPSK 1 Mbps 802.11/802.11b/802.11g DQPSK 2 Mbps 802.11b/802.11g DQPSK 5,5 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 6 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 9 Mbps 802.11b/802.11g DQPSK 11 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 12 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 18 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 24 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 36 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 48 Mbps 802.11a/802.11g OFDM 54 Mbps 2) Protocolo MAC: A interferência nas redes 802.11 pode se manifestar de duas formas distintas - compartilhamento da capacidade do canal e interferência co-canal - dependendo do nı́vel de sinal interferente que atinge o receptor. A explicação para a existência de dois tipos diferentes de interferência reside no método de acesso ao meio empregado nestas redes. As redes 802.11 utilizam o método de acesso ao meio CSMA/CA (Carrier Sense Multiple Access with Colision Avoidance). Na Figura 5, podemos observar o diagrama de temporização do CSMA/CA com acesso de fragmentação. Uma estação, com quadros para transmitir, deve sentir o meio livre por um perı́odo de silêncio mı́nimo, IFS (Inter Frame Space), antes de utilizá-lo. Utilizando valores diferentes para esse perı́odo. Figura 5. Diagrama de temporização do CSMA/CA-RTS/CT [12]. RTS ACK0 ACK1 NAV (RTS) NAV (CTS) NAV (DataFrag0) NAV (ACK0) DataFrag0 DataFrag1 DIFS CTS CW FONTE DESTINO OUTROS DIFS SIFS SIFS SIFS SIFS SIFS INICIARADIAR ACESSO BACKOFF Uma unidade de dados de protocolo MAC (MPDU) contém informações de cabeçalho, carga útil e uma verificação de redundância cı́clica de 32 bits (CRC). O campo de duração indica a quantidade de tempo após o final do quadro atual que o canal será usado para concluir a transmissão bem-sucedida do quadro de dados ou de gerenciamento. As estações usam as informações no campo de duração para ajustar seu vetor de alocação de rede (NAV), que indica a quantidade de tempo que deve decorrer até que a sessão de transmissão atual sejam concluı́da e o canal passa para o status inativo. Antes de uma estação enviar um quadro de dados, ele detecta o canal. Se o canal estiverinativo por pelo menos um espaço entre quadros DCF (DIFS), o quadro será trans- mitido. Caso contrário, um intervalo de tempo de backoff é escolhido aleatoriamente no intervalo [0, CW). A janela de contenção (CW) é incrementada exponencialmente com um número crescente de tentativas de retransmitir o quadro. Após o recebimento de um pacote correto, as estações de recepção aguardam um intervalo de espaço entre quadros curto (SIFS) e transmite um quadro de confirmação positivo (ACK) de volta à estação de origem, indicando o sucesso da transmissão. Durante o perı́odo de recuo, o temporizador de recuo é diminuı́do em termos de tempo de slot, desde que o canal seja determinado como ocioso. Quando o temporizador de backoff chegar a zero, o quadro de dados é enviado. Se ocorrer colisão, um novo intervalo de tempo de recuo é escolhido e o procedimento de recuo inicia novamente até que algum limite de tempo seja excedido. Após a transmissão bem-sucedida, o CW é redefinido para CWmin. Para aumentar ainda mais a utilização do canal sem fio, o comprimento da carga útil é dividido em fragmentos de tamanho menor antes que um pacote seja transmitido dentro de um CW. A vantagem dessa técnica é que, se ocorrer um erro durante a transmissão de um fragmento especı́fico, uma estação não terá que esperar para recuar até que toda as mensagens sejam transmitida. Além disso, não é necessário retransmitir fragmentos anteriores que foram transmitidos com êxito. C. Canal De acordo com o padrão IEEE 802.11, o canal utilizado pelos dispositivos de uma mesma rede é fixo e único. A norma 802.11 possui três extensões que definem que faixas de frequência podem ser utilizadas e que diferentes tipos de esquema de modulação e codificação podem ser empregados [6]. As extensões b e g da norma 802.11 coordenam a operação desses dispositivos na faixa de frequências ISM (Industry, Scientific and Medical Band) de 2,4 GHz, fornecendo taxas de transmissão de até 11 Mbps no caso do 802.11b e 54 Mbps no caso do 802.11g. Esta banda de frequência é conhecida como não licenciada, ou seja, nela não é necessário que os dispositivos possuam uma licença para a operação. Eles devem apenas atender a algumas restrições de largura de banda e potência de transmissão. Além disso, esta faixa de frequências não é exclusiva das redes 802.11, podendo ser compartilhada com vários outros tipos de equipamentos: rádios comunicadores, telefones sem fio, redes Bluetooth, fornos de micro-ondas, etc. Estes outros dispositivos também utilizam a banda ISM para a sua operação e dessa maneira podem causar interferência nas redes 802.11 b e g [6]. Na banda de frequência ISM, as normas 802.11 b e g definem 11 canais de operação com uma largura de banda de 20 MHz e uma separação entre suas frequências centrais de 5 MHz. A Figura 2.3 apresenta um esquema com os 11 canais definidos pelas normas 802.11 b e g na banda ISM. Pode-se perceber mais facilmente pela figura que os canais adjacentes apresentam certo nı́vel de sobreposição espectral. Logo, como os canais não são completamente isolados no espectro de frequência, redes 802.11 que utilizem canais com algum nı́vel de sobreposição podem sofrer problemas de interferência. Apenas três canais, os canais 1, 6 e 11, não apresentam sobreposição e podem ser utilizados ao mesmo tempo por redes distintas de uma determinada região sem que ocorram fenômenos de interferência [6]. Figura 6. Canais 802.11 na banda de frequências ISM. [7]. O problema da sobreposição espectral gera uma grande restrição para as técnicas de alocação de canal nas redes 802.11, uma vez que existe um número muito limitado de canais não interferentes disponı́veis para o uso. Esta escassez de canais disponı́veis limita o número de redes que podem coexistir na mesma região sem a geração de interferência mútua [6]. As redes da outra extensão da norma IEEE 802.11, a ex- tensão 802.11a [22], também utilizam faixas de frequência não licenciadas para a sua operação. Neste caso, é utilizada a faixa de 5 GHz conhecida como banda U-NII (Unlicensed National Information Infrastructure) e esquemas de modulação que permitem taxas de transmissão de até 54 Mbps. O 802.11a disponibiliza nesta banda 12 canais distintos de operação, sendo que os canais não apresentam sobreposição espectral e podem ser utilizados sem a presença de interferência entre canais adjacentes. Estes canais são subdivididos em canais de banda baixa, média e alta. Os canais de banda baixa e média utilizam as frequências mais baixas da banda U-NII e com isso fornecem um maior alcance de transmissão, sendo indicadas para o uso em aplicações internas (indoor). Já os canais de banda alta utilizam as faixas de frequência mais altas da banda U-NII e são mais indicados para o uso em aplicações 802.11 externas (outdoor) [6]. Apesar de oferecer mais canais não sobrepostos para o uso, os dispositivos que seguem a norma 802.11a não conseguiram ganhar muito destaque de mercado. Isto ocorreu pelo fato de não serem compatı́veis com os dispositivos 802.11b que já eram numerosos no mercado e também com o surgimento do padrão 802.11g que fornecia as mesmas taxas de transmissão e era compatı́vel com o padrão 802.11b. Além disso, as redes do padrão 802.11a utilizam frequências de operação elevadas, o que torna os dispositivos mais custosos e os alcances de transmissão dos rádios menores [6]. As Tabelas II e Tabelas III apresenta os diversos canais utilizados pelas diferentes normas 802.11 com os valores das suas frequências centrais de operação. Vale lembrar que estes valores seguem as normas da FCC definidas para a operação nos Estados Unidos, que acabam sendo seguidas na maior parte do mundo, apenas com algumas diferenças no número de canais disponı́veis. No Japão, por exemplo, são disponibilizados 14 canais na banda ISM, três canais a mais dos que são permitidos nos Estados Unidos. Tabela II CANAIS DISPONIBILIZADOS PELO PADRÃO IEEE 802.11A. 802.11a Banda Canal Frequência (GHz) Baixa 36 5180 40 5200 44 5220 48 5240 Média 52 5260 56 5280 60 5300 64 5320 Alta 149 5745 153 5765 157 5785 161 5805 Tabela III CANAIS DISPONIBILIZADOS PELO PADRÃO IEEE 802.11B E 802.11G. 802.11b e 802.11g Canal Freqüência (GHz) 1 2412 2 2417 3 2422 4 2427 5 2432 6 2437 7 2442 8 2447 9 2452 10 2457 11 2562 1) Interferência: O método de acesso ao meio CSMA/CA permite que as estações 802.11 próximas compartilhem o acesso ao meio evitando transmissões simultâneas. Entretanto, este método também faz com que as estações de redes distintas que estão suficientemente próximas compartilhem a capaci- dade do meio de comunicação ao utilizar o mesmo canal ou canais sobrepostos. Os rádios 802.11 detectam as transmissões de outras estações 802.11 ou de outros dispositivos interferen- tes através do nı́vel de energia presente no canal de operação. Quando o nı́vel de energia ultrapassa um determinado limiar, conhecido como limiar de detecção de portadora (Carrier Sense Threshold), o meio é considerado ocupado. Desta forma, estações posicionadas próximas o suficiente para que o nı́vel de sinal ultrapasse o limiar de detecção de portadora, irão compartilhar o acesso ao meio e dividir a capacidade do canal por elas utilizado [22]. O compartilhamento da capacidade do canal é uma das formas de interferência nas redes 802.11. Esta é a forma de interferência mais prejudicial, pois reduz drasticamente a capacidade das estações. Considerando duas estações em plena carga como, por exemplo, durante uma transferência de longa duração de uma arquivo grande, pode-se dizer que a capacidade individual de cada uma das duas estações é reduzida à metade se elas compartilham o acesso [22]. A Figura 7 mostra um exemplo onde os alcances de detecção de portadora e o alcance de recepção da estação A estão em destaque. O alcancede recepção é uma caracterı́stica que depende do nı́vel de energia do sinal recebido e da sua relação sinal/ruı́do (Signal to Interference plus Noise Ratio) - SINR). De acordo com o método de acesso CSMA/CA, as estações B e C irão compartilhar o acesso ao meio com a estação A. Além disso, também podemos dizer que as transmissões da estação B serão recebidas corretamente pela estação A, pois a estação B se encontra dentro do seu alcance de recepção [22]. Outa forma de interferência nas redes 802.11, é a inter- ferência co-canal, que funciona da seguinte forma, tendo uma estação D fora do alcance de detecção da portadora da estação A, sendo assim, D não é capaz de detectar as transmissões da estação A. Neste caso, apesar de não detectado, o sinal gerado pelas transmissões da estação A será recebido como Figura 7. Funcionamento do CSMA/CA. [7]. Estação A Estação B Estação C Estação D Alcance de Detecção de Portadora Alcance de Recepção interferência na estação D. A interferência co-canal tem como efeito prejudicial o aumento do nı́vel de interferência, que somada ao ruı́do de fundo, causa a diminuição da SINR, piorando a qualidade dos sinais recebidos e dificultando a decodificação dos mesmos. Estes dois fenômenos de inter- ferência apresentados diminuem a capacidade máxima das redes 802.11 [22]. D. Categorias O IEEE tem estabelecido vários comitês para a criação de padrões de apoio para o desenvolvimento da tecnologia 802.11. Estão sendo desenvolvidos novos padrões com carac- terı́sticas variadas com a finalidade de abranger uma gama infinita de serviços. Com base nas tecnologias de transmissão e no espectro operacional, as revisões posteriores do 802.11 po- dem ser classificadas em quatro categorias principais: 802.11a (multiplexação ortogonal por divisão de frequência, OFDM, 5 GHz), 802.11b (DSSS de alta taxa, HR / DSSS, 2,4 GHz), 802.11g (OFDM, 2,4 GHz) e o 802.11n (MIMO-OFDM em 2,4GHz e/ou 5,8GHz). 1) Protocolo 802.11a: O 802.11a é baseado em OFDM e usa uma banda de infra-estrutura nacional de informações não licenciada de 5 GHz (U-NII) nos Estados Unidos, com uma taxa de transmissão de 6 a 54 Mb/s [16]. 2) Protocolo 802.11b: O 802.11b é baseado em HR/DSSS e opera na faixa de 2,4 GHz industrial, cientı́fica e médica (ISM) com taxa de transmissão de 1 a 11 Mb/s. Esta norma especifica uma taxa de transmissão máxima de 54 Mb/s, a mesma do 802.11a [15]. 3) Protocolo 802.11d: Habilita o hardware de 802.11 a operar em vários paı́ses onde ele não pode operar hoje por problemas de compatibilidade, por exemplo, o IEEE 802.11a não opera na Europa. 4) Protocolo 802.11e: O 802.11e agrega qualidade de serviço (QoS) às redes IEEE 802.11. Em suma, 802.11e permite a transmissão de diferentes classes de tráfego, além de trazer o recurso de Transmission Oportunity (TXOP), que permite a transmissão em rajadas, otimizando a utilização da rede. 5) Protocolo 802.11f: Recomenda prática de equipamentos de WLAN para os fabricantes de tal forma que o Access Points (APs) possa interoperar. Define o protocolo IAPP (Inter- Access-Point Protocole). 6) Protocolo 802.11g: O 802.11g também é baseado em OFDM, mas usa a banda ISM de 2.4 GHz e foi formalmente ratificado pela Junta Padrão da IEEE Standards Association em junho de 2003 [17]. No entanto, como o 802.11g usa o mesmo espectro entre 2,4 e 2,4835 GHz e é inerentemente compatı́vel com o 802.11b, ele pode atrair mais atenção da indústria do que o 802.11a padronizado anteriormente. 7) Protocolo 802.11h: O padrão 11h conta com dois me- canismos que otimizam a transmissão via rádio: a tecnologia TPC permite que o rádio ajuste a potência do sinal de acordo com a distância do receptor; e a tecnologia DFS, que permite a escolha automática de canal, minimizando a interferência em outros sistemas operando na mesma banda. 8) Protocolo 802.11n: O 802.11n pode utilizar 2,4GHz e/ou 5,8GHz de espectro e é baseado em MIMO-OFDM [18]. 9) Protocolo 802.11ac: Iniciado em 1998, o padrão opera em faixa de 5GHz (menos interferência). IEEE 802.11ac opera com taxas nominais maiores que utilizam velocidade de até 1 Gbps, padronizando em 1300Mbps trabalhando na faixa de 5GHz, como ocorreu com o padrão 802.11n. de propagar as ondas de modo uniforme para todas as direções; os roteadores Wi-Fi reforçam o sinal para os locais onde há computadores conectados. Outra vantagem que padrão ”AC”traz é a possibi- lidade de conversar simultaneamente com diversos aparelhos conectados ao roteador sem qualquer interrupção. 10) Protocolo 802.11ax: Esta nova alteração desenvolverá novos aprimoramentos da camada fı́sica (PHY) e controle de acesso médio (MAC) para melhorar ainda mais o desempenho da WLAN, com foco no rendimento e na bateria duração. Na Tabela IV, podemos observar um resumo sobre as classificações do 802.11. Tabela IV PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS PADRÕES 802.11 [9]. Categoria Banda 802.11a OFDM em 5GHz 802.11b HR/DSSS em 2,4GHz 802.11c Procedimento de operação de ponte 802.11d Harmonização Global 802.11e Melhorias MAC para QoS 802.11f Protocolo de ponto de acesso Interativo (IAPP) 802.11g OFDM em 2.4 GHz 802.11h Seleção dinâmica de frequência (DFS) 802.11i Segurança 802.11n MIMO-OFDM em 2,5GHz e/ou 5,8GHz 802.11ac MIMO (MU-MIMO) em 5GHz 802.11ax MIMO-OFDM em 2,4GHz e 5GHz E. Topologia As redes do padrão IEEE 802.11 possuem basicamente dois modos de operação: ad hoc e infra-estruturado. Nas redes 802.11 operando no modo ad hoc, toda a comunicação dentro da rede é realizada de maneira direta. Portanto, se a estação A deseja se comunicar com a estação B, ela envia os seus quadros diretamente ao destino B [8]. Figura 8. Comunicação ad hoc direta. [8]. Estação A Estação B Se a estação B estiver dentro do alcance de transmissão da estação A, ela receberá diretamente os quadros a ela enviados. Caso contrário, os quadros destinados à estação B precisarão ser encaminhados por estações intermediárias. Este tipo de comunicação também é denominado comunicação de múltiplos saltos (multi-hop communication) [8]. Figura 9. Comunicação ad hoc múltiplos saltos. [8]. Estação A Estação C Estação DEstação B Já no caso das redes 802.11 infra-estruturadas, toda a comunicação entre estações móveis, ou entre estações móveis e estações na rede cabeada, é coordenada por um nó central denominado ponto de acesso (Access Point - AP). O AP é responsável por encaminhar os quadros de suas estações clientes para os destinos internos e externos à rede 802.11. Na Figura 10 apresenta um exemplo de rede sem fio 802.11 operando no modo infra-estruturado. Neste exemplo, se a estação A deseja se comunicar com a estação B, primeiro ela envia os quadros para o AP, que encaminha os mesmos para a estação B. Neste modo de operação, as redes 802.11 formam células, que também são denominadas BSSs, e cada uma delas opera de maneira independente em um canal fixo e único. Além disso, não existe comunicação de múltiplos saltos como no modo ad hoc, dentro de um BSS toda a comunicação é realizada de/para o AP [8]. O modo de operação infra-estruturado é o mais difundido e utilizado em aplicações de redes 802.11 por requerer menor esforço e conhecimento técnico por parte dos usuários para a sua utilização. Figura 10. Exemplo de rede IEEE 802.11 infra-estruturada. [8]. Estação A Estação B Estação C Ponto de Acesso F. Roaming O roaming é uma importante caracterı́stica de comunicação sem fio. Permite que estações mudem de célula e conti- nuem enviando e recebendo informações. Sistemas de roaming empregam arquiteturas de microcélulas que usam pontos de acesso estrategicamente localizados. O handoff entre pontos de acesso é totalmente transparente para o usuário. Redes sem fio tı́picas dentro de prédios requerem mais que apenas um AP para cobrir todos os ambientes. Dependendo do materialde que é feito as paredes dos prédios, um AP tem um raio transmissão que varia de 10 a 20 metros, se a transmissão for de boa qualidade. Se um usuário passeia com uma estação (aparelho sem fio), a estação tem que se mover de um célula para outra. A função do roaming funciona da seguinte forma: 1) A estação, ao perceber que a qualidade da conexão atual ao seu ponto de acesso está muito pobre, começa a buscar por um outro ponto de acesso; 2) A estação escolhe então um novo ponto de acesso baseada por exemplo, na potência do sinal, e envia um pedido de adesão à célula deste novo ponto de acesso; 3) Na célula visitada, o AP desta, irá verificar se a estação móvel visitante não havia se registrado anteriormente. Caso esse procedimento não tenha sido efetuado, o re- ferido AP irá informar ao AP da célula origem sobre a nova posição. O novo AP envia uma resposta de adesão, e a estação passa a pertencer a essa nova BSS; 4) Com isso, o AP da célula origem fica sabendo da nova posição da estação móvel, e envia a informação a ela destinada, como se a referida estação estivesse em sua própria célula. G. Conclusão O crescimento das redes de computadores tem sido uma realidade e vem acontecendo de forma muito rápida. As formas de acesso a dados também têm mudado radicalmente, em que transações que antes eram feitas de formas fixas e centralizadas, hoje podem ser feitas de formas móveis e distribuı́das. A cultura de utilização da informação também vem recebendo novas filosofias da era digital. A propensão é que no futuro próximo, as redes de longa distância que são usadas para transporte de grande quantidade de dados. REFERÊNCIAS [1] 3COM. Ieee802.1lb wireless lans”. h!tp://www.3com.com/other/pdfs/ infra/corpinfo/en US/5030720l.pdf, 2000. [Online; acesso em 25- Outubro-2018]. [2] I. S. . a. 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