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83
UNIVERSIDADE PAULISTA
INGRETHY GOMES DAMASCENO
THAIS ALINE DOS SANTOS ALVES
THAYNARA ELLEM DA SILVA ROCHA
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS:
Noções Básicas de Farmacologia.
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2018.
UNIVERSIDADE PAULISTA
INGRETHY GOMES DAMASCENO
THAIS ALINE DOS SANTOS ALVES
THAYNARA ELLEM DA SILVA ROCHA
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS:
Noções Básicas de Farmacologia.
Trabalho de apresentado para Obtenção de nota referente à
Disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas – APS do
Curso de graduação em Fisioterapia da Universidade Paulista
- UNIP
Orientadora: Prof.ª Viviane Borio.
SÃO JOSE DOS CAMPOS
2018
Sumário
1	INTRODUÇÃO	4
2	Introdução à farmacologia: Histórico, referencias importantes, definições.	5
3	Absorção e Vias de administração de fármacos, conceito; vantagens e desvantagens.	7
3.1	Absorção	7
3.2	Vias de Administração de Fármacos:	9
4	Tipos de Medicamentos .	17
5	Biotransformação de Fármacos: conceito e fatores que modificam.	18
5.1	Metabolismo e excreção de fármacos: conceito e fatores que modificam.	21
5.2	Transportes membranares: conceito e fatores que modificam.	22
5.3	Distribuição de Fármacos: conceito e fatores que modificam.	23
6	Mecanismo de ação dos fármacos (agonismo e antagonismo). Alvos para fármacos (enzimas, canais,receptores e moléculas transportadoras).	24
7	Fármacos que atuam no sistema nervoso autônomo (SNA): Fármacos colinérgicos de ação direta e indireta, fármacos adrenérgicos e anti-andrenergicos, anticolinérgicos, farmacologia da junção neuromuscular.	30
8	Farmacologia das Patologias Cardiovarculares I	51
8.1	Hipertensão e Hipotensão arterial.	51
8.2	Doenças Isquêmicas Cardíacas.	52
8.3	Doença Tromboembólica ( anticoagulantes, trombolíticos e antiplaquetários).	57
8.4	Doença Vascular Periférica.	58
8.5	Doença Cerebrovascular.	59
9	Farmacologia nos Processos Inflamatórios,	59
9.1	Dor, inflamação, experiência sensorial.	59
9.2	Analgésicos, antipiréticos e anti-inflamatórios: indicações e orientações.	62
9.3	Corticoterapia.	67
9.4	Medicamentos utilizados nos tratamentos de dores agudas e crônicas.	72
10	Fármacos Androgênicos esteroides anabólicos.	74
10.1	Farmacologia aplicada aos Suplementos: Vitamícios, Minerais e Terapias ortomolecular.	76
11	Conclusão Geral.	78
11.1	Conclusão: Ingrethy Gomes	78
11.2	Conclusão: Thais Aline	79
11.3	Conclusão: Thaynara Rocha	79
12	Referencias.	80
INTRODUÇÃO
A disciplina Farmacologia envolve os conhecimentos necessários para o profissional de saúde, pois, consiste no estudo do mecanismo pelo qual os agentes químicos afetam as funções dos sistemas biológicos, portanto, de forma ampla, pois, envolve o estudo da interação dos compostos químicos (drogas) com os organismos vivos atuando, em maioria, através da influência das moléculas das drogas em constituintes das células. Em sua fundamentação, a farmacologia compreende o entendimento histórico, propriedades físico-químicas, composição, bioquímica, efeitos fisiológicos, mecanismo de ação, absorção, distribuição, biltra afirmação, excreção e terapêutica, relacionadas a substâncias químicas que conseguem alterar a função normal do organismo humano. Atualmente a farmacologia é subdividida em vários ramos, essa classificação é feita com base na evolução das técnicas e métodos farmacológicos. Dentre as subdivisões, destaque maior pode ser dado para a Farmacologia Básica, Farmacodinâmica, Farmacocinética e Farmacologia Clinica.Na farmacologia básica são estudados os conceitos gerais de ação dos fármacos, com isso, são vistos os aspectos farmacocinéticos e farmacodinâmicos básicos a todos os fármacos, o objetivo é desenvolver os conhecimentos acerca do comportamento geral de ação dos fármacos no organismo, em posse desse conhecimento a interpretação de uma resposta farmacológica fica mais facilitada, como também, o planejamento terapêutico possa ser feito de forma mais racional.
Introdução à farmacologia: Histórico, referências importantes, definições.
Na Antiguidade, as doenças eram usualmente consideradas como possessões demoníacas ou resultantes da raiva dos deuses. Para tratá-las, os povos utilizavam produtos naturais e rituais religiosos. Como ciência, a Farmacologia nasceu em meados do século XIX. O primeiro registro histórico que menciona os fármacos foi o Papiro de Smith, datado de 1600 a.C.
Segundo a OMS, saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças. Quando o indivíduo foge desta definição é caracterizado como um individua não saudável, sendo assim, muitas vezes doentes. O tratamento de uma doença, geralmente, visa à utilização de substancias químicas sintetizadas em laboratórios. Denominando a essas substâncias químicas de fármacos, sendo estes influenciadores nos processos fisiológicos ou mentais do organismo, usados para prevenir, diagnosticar e tratar doenças.
Definição
A farmacologia pode ser definida como o estudo das substâncias que interagem com os sistemas vivos através de processos químicos, especialmente pela ligação a moléculas reguladoras, ativando ou inibindo os processos normais do corpo. São administrados para obter um tipo de efeito terapêutico benéfico em alguns processos no paciente ou seus efeitos tóxicos nos processos reguladores em organismos que infectam o paciente. Estas aplicações podem ser consideradas o principal papel da farmacoterapêutica, normalmente definida como farmacologia médica.
Referenciais Importantes
A farmacologia pode ser subdividida, principalmente, em farmacocinética e farmacodinâmica. 
Farmacodinâmica: A farmacodinâmica descreve os efeitos terapêuticos dos medicamentos (como alívio da dor e diminuição da pressão arterial), bem como seus efeitos colaterais. Entretanto, a farmacodinâmica também descreve onde (o local) e como (o mecanismo) um medicamento age no corpo. Os efeitos de um medicamento no corpo podem ser influenciados por diversos fatores, como a idade ( Medicamentos e envelhecimento), a composição genética e outros problemas de saúde da pessoa, além da doença para a qual ela está sendo tratada ( Considerações gerais sobre resposta medicamentosa).
Farmacocinética: estuda a absorção, distribuição e a eliminação das substâncias no organismo. Podendo ser dividida também em farmacognosia (responsável pela identificação dos princípios ativos vegetais e animais das drogas), toxicologia (estuda os agentes tóxicos de uma determinada substância), posologia (método que estuda as doses das drogas).
Forma De Apresentação Dos Fármacos
Fármaco é definido em farmacologia como uma estrutura química conhecida que tem a propriedade de modificar a função biológica. Já a terminologia droga pode modificar a função biológica, nem sempre com a intenção benéfica.
Medicamento é um fármaco com propriedade benéfica, comprovada cientificamente e remédio é qualquer substância, crença, fé usada com intenção benéfica, não necessariamente uma substância.
A forma mais comum de apresentação dos fármacos encontradas na prática clínica são: cápsulas, comprimidos, pomada, gel, preparação oftálmica, supositórios, adesivos, xarope, líquidos voláteis. Para cada fármaco e tratamento específico, existe uma forma de apresentação farmacológica de melhor aceitação. Esta forma de apresentação dependerá muito da forma farmacêutica adotada pela indústria.
A forma farmacêutica é composta pela substância ativa (base e adjuvante), veículo (excipiente e intermediário) e corretivo (corantes e edulcorantes). A partir deste momento, com a junção destas três composições o fármaco está pronto para ser comercializado.
Interação Medicamentosa
A interação medicamentosa pode ser definida como a influência recíproca de um medicamento sobre o outro, ou seja, quando um medicamento é administrado isoladamente vai produzir determinado efeito, porém quando esta é associado a outro medicamento ou a alimentos ou outra substância ocorre um efeito diferente do esperado, caracterizando uma interação
* Interações físico-químicas: ocorrem fora do paciente, podendo assim causar a inativaçãodos fármacos em questão.
* Interações terapêuticas: ocorre dentro do paciente, após a administração dos fármacos. Esta interação pode ser subdividida em interações terapêuticas farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
É importante conhecer todos os tipos de interações medicamentosas para que possível associação realizada antes ou após a administração do fármaco não interfira na ação medicamentosa ou no tratamento clínico do paciente
Absorção e Vias de administração de fármacos, conceito; vantagens e desvantagens.
Absorção
A absorção do fármaco é determinada pelas propriedades físico-químicas, pela formulação e pela via de administração do fármaco. As formas de dosagem (p. ex., comprimidos, cápsulas ou soluções), constituídas pelo fármaco e por outros ingredientes, são formuladas para serem administradas mediante várias vias (p. ex., oral, bucal, sublingual, retal, parenteral, tópica e por inalação). Independentemente da via de administração, os fármacos devem estar em solução para serem absorvidos. Assim, as formas sólidas (p. ex., comprimidos) devem ser capazes de se desintegrarem e se desagregarem.
A não ser que se administre por via intravenosa, o fármaco deve ultrapassar várias membranas celulares semipermeáveis antes de alcançar a circulação sistêmica. As membranas celulares são barreiras biológicas que inibem, de modo seletivo, a passagem de moléculas de fármacos. As membranas são compostas, principalmente, de uma matriz lipídica bimolecular, que determina as características de permeabilidade da membrana. Os fármacos podem cruzar as membranas celulares por difusão passiva, difusão passiva facilitada, transporte ativo ou pinocitose. Às vezes, várias proteínas globulares embebidas na matriz funcionam como receptores e auxiliam o transporte de moléculas através de membranas.
Absorção E Fatores
Muitos fatores físico-químicos discutidos anteriormente e outras variáveis podem influenciar na absorção dos fármacos.
Solubilidade.
Os fármacos, para serem bem absorvidos, necessitam ser hidrossolúveis para difundirem-se em líquidos do organismo, como o suco gástrico, p. ex. e também lipossolúveis para atravessarem as membranas biológicas. Os fármacos em solução são mais rapidamente absorvidos oralmente que na forma sólida de comprimidos ou cápsulas; a dissolução dessas formulações torna-se um fator limitante, em sua absorção. Substâncias pouco solúveis, como sulfato de bário, não são absorvidas no trato gastrintestinal. Outro exemplo é o sulfato de magnésio, que é hidrossolúvel, porém apresenta baixa difusibilidade, ficando praticamente retido na luz intestinal onde exerce o efeito laxativo. ( MENDES& NOGUEIRA, 1988 )
Área da superfície de absorção.
É um dos fatores mais importantes na determinação da velocidade de absorção dos fármacos. Evidentemente quanto maior a área da superfície de absorção, mais rapidamente os fármacos são absorvidos. Em grande parte, área de superfície é determinada pela via de administração, sendo o endotélio pulmonar, a mucosa intestinal e a cavidade peritoneal áreas de maior superfície absorvente. .(Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999 )
Circulação local.
A passagem dos fármacos para os líquidos de distribuição do organismo é intensamente afetada pela circulação local. A absorção de fármacos pode ser aumentada por recursos que provocam vasodilatação, como massagens ou aplicações locais quentes, ao passo que a diminuição da circulação local por vasoconstritores retarda a absorção de fármacos, como os anestésicos locais, a fim de prolongar o efeito anestésico e evitar efeitos sistêmicos indesejáveis do fármaco. (GOODMAN & GILMAN 2010)
pH no sítio de absorção.
Trata-se de fator dos mais relevantes quando se consideram fármacos de caráter ácido ou básico, de pequena constante de ionização. Nesses casos, pode-se dizer de maneira ampla que as bases fracas serão mais bem absorvidas em ambiente de pH mais elevado e os ácidos fracos, em ambientes de pH mais baixo. O ácido acetilsalicílico, p. ex., será mais bem absorvido no estômago (pH 1 a 3) do que no duodeno (pH 5 a 7), enquanto com a estricnina (base fraca) sucederá o inverso. Vale lembrar que o estômago não parece ser o maior sítio de absorção para os ácidos fracos. No caso específico do ácido acetilsalicílico, mesmo em pH 3,5, a velocidade da absorção gástrica é menor que a observada na absorção intestinal. (GOODMAN & GILMAN 2010 )
pKa do fármaco.
Visto que o pH do meio (ver acima) influi, através do pKa, nas proporções relativas de formas ionizada e molecular de eletrólitos fracos (ver Capítulo 1), decorre naturalmente que o valor do pKa pode determinar alterações importantes na velocidade de absorção de fármacos, conforme o pH do meio onde forem administrados).
Concentração do fármaco.
O aumento da concentração de um fármaco de um dos lados da membrana (p. ex. do lado externo de um sítio de absorção), o que ocorre é aumento do gradiente respectivo e aumento do trânsito transmembrana do fármaco. Em outras palavras, em termos de administração de fármacos, quanto maior a concentração administrada da substância, correspondentemente maior será a absorção. (GOODMAN & GILMAN 2010)
Interação com alimentos.
A influência de alimentos na absorção oral de fármacos envolve os seguintes mecanismos: hidrossolubilidade e lipossolubilidade do fármaco, natureza e temperatura do alimento, formação de complexo fármaco-alimento precipitável e também o efeito do alimento no pH, motilidade e fluxo sanguíneo gastrintestinal . (GOODMAN & GILMAN 2010 )
Absorção E Dissolução
É condição essencial para um fármaco ser absorvido, ser previamente dissolvido no líquido situado no local de absorção. Por exemplo, um fármaco que é administrado na forma de cápsula ou comprimido não poderá ser absorvido, a menos que suas partículas se solubilizem nos líquidos presentes ao longo do trato gastrintestinal. Dissolução é, portanto, o processo pelo qual uma partícula de fármaco se dissolve. Se o processo de dissolução é rápido, a velocidade de absorção obviamente dependerá apenas da capacidade absortiva no local de administração. Por outro lado, se o processo for lento, outras implicações de ordem farmacocinética e farmacodinâmica passarão a intercorrer.
O estudo da velocidade de dissolução dos fármacos incluídos em formas farmacêuticas tem, portanto, repercussões importantes em terapêutica. A dissolução de um fármaco pode ser intensificada aumentando-se a superfície de contato soluto-solvente (p. ex., diminuindo-se o tamanho das partículas de soluto), ou aumentando-se a solubilidade do fármaco na camada de difusão, ouainda por fatores englobados dentro da constante K (p. ex., aumentando a intensidade de agitação do solvente ou interferindo no coeficiente de difusão do fármaco). Nem sempre, entretanto, é desejável aumentar a velocidade de absorção de determinados fármacos. A manipulação biofarmacêutica dos fatores físicos envolvidos nesse processo é de competência da indústria farmacêutica ou de pesquisadores a ela associados. (GOODMAN & GILMAN 2010 )
Vias de Administração de Fármacos:
Conceito: Denomina-se via de administração o local onde o fármaco entra em contato com o organismo.
Classificação: As vias de administração são classificadas em:
Via Enteral - oral - sublingual - retal
Via Parenteral - intravascular + intravenosa (Direta) + intra-arterial - intramuscular - subcutânea - intradérmica - intracardíaca
Tópica - dérmica (Indireta) - conjuntival
Outras - inalatória - intratecal + peridural + subaracnóidea - intraperitoneal - intra-articular
Administração Enteral:
Via Oral
Como a administração oral de medicamentos é segura, mais conveniente e menos dispendiosa, a maior parte das medicações é normalmente administrada por esta via. As medicações para administração oral são disponíveis em muitas formas: comprimidos, comprimidos de cobertura entérica, cápsulas, xaropes, elixires, óleos, líquidos, suspensões, pós e grânulos. (Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999).
As medicações orais são algumas vezes prescritas em doses maiores que seus equivalentes parenterais, porque apósabsorção através do trato gastrointestinal, elas são imediatamente metabolizadas no fígado antes de atingir a circulação sistêmica, diminuindo assim efeitos adversos ( CASTRO& COSTA, 1999 ).
Métodos de administração Deglutição e sondagem gástrica.
Vantagens:
1. Comodidade de aplicação
2. Menor custo de preparação
3. [ ] plasmáticas atingidas gradualmente, minimizando efeitos adversos
Desvantagens:
1. Fármacos que se absorvem mal pela digestiva:
2. Inativados pelos sucos digestivos
3. Formam complexos insolúveis com alimentos
4. Sofrem metabolismo de primeira passagem
5. São muito irritantes a mucosa digestiva
6. Deve ser evitado quando há vômito ou dificuldade de deglutição
7. Sabor e odor desagradável dificultam a Ingestão
Via Sublingual
Permite a retenção do fármaco por tempo mais prolongado. Propicia absorção rápida de pequenas doses de alguns fármacos, devido ao suprimento sanguíneo e a pouca espessura da mucosa absortiva, permitindo a absorção direta na corrente sanguínea. .( Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999 )
É uma medicação administrada via sublingual em casos de Crise de Angina do Peito, situação de emergência que pode acometer alguns pacientes durante uma intervenção odontológica o dinitrato de Isossorbida (5mg) . As formas farmacêuticas encontradas são geralmente comprimidos que devem ser dissolvidos inteiramente pela saliva, não devendo ser deglutidos.
Vantagens:
1. Retenção do fármaco por tempo maior
2. Absorção rápida de pequenas doses devido a rico suprimento sanguíneo e à pouca espessura da mucosa absortiva
3. O fármaco absorvido passa diretamente à corrente circulatória
Administração Parenteral:
O termo parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros”(tubo digestivo), significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato gastrointestinal ( CASTRO & COSTA, 1999 ).
Esta via é indicada para administração de medicamentos a pacientes inconscientes, com distúrbios gastrointestinais e nos pacientes impossibilitados de engolir. É indicada ainda quando se espera uma ação mais rápida da droga, na administração de medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco digestivo ( HORTA et al, 1973 )
A via parenteral consiste na administração de medicamentos através das seguintes vias: Vias Diretas: Injeção Subcutânea: Uma medicação injetada nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, se move mais rapidamente para a corrente sanguínea do que por via oral. A injeção subcutânea permite uma administração medicamentosa mais lenta e gradual que a injeção intramuscular, ela também provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos. Absorvida principalmente através dos capilares, as medicações recomendadas para injeção subcutânea incluem soluções aquosas e suspensões não irritantes contidas em 0,5 a 2,0 ml de líquido. A heparina e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas via subcutânea. Para os casos emergências de reação anafilática, pode-se administrar adrenalina 1:1000 pm via subcutânea. .( Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999 )
Os locais mais comuns de se fazer uma injeção subcutânea são a face externa da porção superior do braço, face anterior da coxa, tecido frouxo do abdômen inferior, região glútea e dorso superior. A injeção é realizada através de uma agulha relativamente curta.
Ela é contraindicada em locais inflamados, edemaciados, cicatrizados ou cobertos por uma mancha, marca de nascença ou outra lesão. Elas também podem ser contraindicadas em pacientes com alteração nos mecanismos de coagulação ( HORTA et al, 1973 ).
Vantagens sobre a via oral:
Não tem absorção no caso da via IV;a travessia de barreiras celulares é em geral mais rápida e mais completa (excepção, por exemplo, o Diazepam via IM);
Evita-se a destruição possível do fármaco no tubo digestivo e o efeito de primeira passagem;
Pode usar-se quando a via oral é impossível (vómitos, má absorção, inconsciência, falta de cooperação do doente).
Desvantagens:
Ser dolorosa;
Necessitar geralmente de pessoal especializado;
Requerer assepsia rigorosa para evitar a formação de abcessos e a transmissão de doenças infectocontagiosas;
Possuir um risco elevado de sobre dosagem, por ser muito difícil retirar o fármaco administrado.
Injeção Intradérmica
Usada principalmente com fins de diagnóstico como em testes para alergia ou tuberculina, as injeções intradérmicas indicam quantidades pequenas, geralmente 0,5ml ou menos, dentro das camadas mais externas da pele. Por haver baixa absorção sistêmica dos agentes injetada via intradérmica, este tipo de injeção é usado principalmente para produzir um efeito local. A face ventral do antebraço é o local mais comumente utilizado por ser facilmente acessível e ausentes de pelos( CASTRO& COSTA, 1999 )
Vantagens:
Fácil acesso
Efeito local
Desvantagens
Pessoal competente
Equipamentos específicos
Injeção Intramuscular
Injeções Intramusculares depositam a medicação profundamente no tecido muscular, o qual é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente.
Esta via de administração fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses relativamente grandes (até 5ml em locais adequados). Pelo fato de possuir uma ação rápida, esta via é utilizada em quadros de Reação Anafilática, através da administração Intramuscular de Betametazona ou Dexametasona (Disprospan R ou Decadron R ), como conduta emergencial ( MENDES et al, 1988 ).
As injeções intramusculares são recomendadas para os pacientes não cooperativos ou aquele que não podem tomar a medicação via oral e para as medicações que são alteradas pelo suco digestivo. Os tecidos musculares possuem poucos nervos sensoriais, permitindo na injeção uma administração menos dolorosa de medicações irritantes. .(Enfermagem Básica, Ed Reedel, 1999). As injeções intramusculares são contraindicadas em pacientes com mecanismo de coagulação prejudicados, em pacientes com doença vascular periférica oclusiva, edema e choque, porque estas moléstias prejudicam a absorção periférica. Além de não serem administrado em locais inflamado, edemaciado ou irritado ou ainda em locais com manchas de nascença, tecido cicatrizado ou outras lesões.
Vantagens:
1. É mais segura que a intravenosa
2. A absorção depende do fluxo sanguíneo local e o grupo muscular utilizado.
3. Administração de formulações de absorção sustentada (suspensões, compostos tipo ester ou associações com compostos orgânicos viscosos).
4. Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo [ ] plasmáticas terapêuticas prolongadas. ex. Penicilina G benzatina (3 a 4 semanas).
Desvantagens:
1. Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular, hematoma, abscessos estéreis ou sépticos e reações alérgicas.
Injeção Intra-óssea
Quando for difícil ou impossível à infusão venosa rápida, a infusão intraóssea permite a disposição de líquidos, medicações ou sangue total na medula óssea. Executada em neonatos e crianças, esta técnica é Indicada para utilização em emergências como parada cardiopulmonar ou colapso circulatório, hipopotassemia, provocada por lesão traumática ou desidratação, estado epilético, estado asmático, queimaduras, pseudoafogamento e septicemia opressiva.
(KAWAMOTO & FORTES, 1997)
Vantagens:
Obtido em situações de emergência pode ser mantido por até 24 horas do início de sua inserção
Desvantagens:
Progressiva perda de sua eficiência como também por riscos adicionais de osteomielite e embolia gordurosa
Injeção Intravenosa ou Endovenosa
É a administração de uma droga diretamente na veia, a fim de obter uma ação imediata do medicamento. A medicação poderá ser administrada em qualquer veia periférica acessível, mas com preferência para:
Dobra do Cotovelo: Basílica, Mediana e Cefálica;
 Antebraço;
Dorso das mãos.
A medicação poderá ser administrada ainda em veias profundas, por meio de cateteres endovenosos introduzidos por punção ou flebotomia ( HORTA et al, 1973 ).
Esta via é utilizada em casos de emergência na qual o paciente se encontra inconsciente, como por exemplo,nos casos de Crise Hipoglicêmica, onde a conduta seria a administração de Glicose 50% por via intra-venosa ( MENDES et al, 1988 ).
Vantagens:
1. Efeito imediato e níveis plasmáticos previsíveis.
2. 100% de biodisponibilidade vIndicação em emergências médicas e em presença de baixo fluxo sangüíneo periférico (choque)
3. Infusão de substâncias irritantes por outras vias ou de grandes volumes
Desvantagens:
1. Necessidade de assepsia e pessoa treinada
2. Incomodidade para o paciente
3. Menor segurança, efeitos agudos e intensos podem ser adversos
4. Maior custo de preparação
5. Efeitos locais indesejáveis (flebite, infecção, trombose)
Via Intra-arterial
É raramente empregada, por dificuldades técnicas e riscos que oferece. A justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos, antes de ocorrer sua diluição por toda circulação. Uma variante dessa é a via intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi substituída pela punção de grandes vasos venosos para administrar fármacos em reanimação cardio-respiratória ( CASTRO& COSTA 1999).
Vantagens:
Requer procedimento cirúrgico para colocação do cateter
Diminui complicações
Desvantagens
Tem que ter maior cuidado
Pode ocorrer sangramento e embolia
Vias Indiretas
Via Cutânea:
A pele apresenta efetiva barreira à passagem de substâncias. No entanto medicamentos podem ser administrados por via cutânea para obtenção fundamentalmente de efeitos tópicos. Sob certas circunstâncias produzem efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos. A absorção depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta lipossolubilidade), temperatura e estado de hidratação da pele. As formas farmacêuticas comumente empregadas são soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, unguentos, geleias e adesivos sólidos, esses destinados à absorção transcutânea para obtenção de efeitos sistêmicos. As mucosas ricamente vascularizadas permitem fácil absorção de princípios ativos. Fármacos administrados diretamente sobre a mucosa tem ação local ou, se captadas pela circulação sanguínea, sistêmica ( CASTRO& COSTA 1999).
Vantagens:
É uma via prática;
Não é dolorosa;
É a única via que pode garantir o efeito apenas no local da aplicação (evita efeito sistêmico). Ex.: Uso de pomada ou gel.
Desvantagens:
Pode causar irritação na pele ou mucosas;
Estímulo a auto-medicação;
Ocorre perda do medicamento para o meio ambiente.
Via Respiratória ou inalatória
Estendendo-se desde a mucosa nasal até os alvéolos, pode ser usada para obtenção de efeitos locais ou sistêmicos. Os medicamentos são administrados por inalação, estando sob a forma de gás ou contidas em pequenas partículas líquidas ou sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. As maiores vantagens desta via consistem em administração de pequenas doses para rápida ação e minimização de efeitos adversos sistêmicos. A Crise Asmática, quadro que acomete pacientes com Sistema Respiratório comprometido, requer a administração do Bromidrato de Fenoterol, nome comercial Berotec R diluídos em Soro Fisiológico ou água, feitos através de inalação com oxigênio, como conduta emergencial ( MENDES& NOGUEIRA, 1988 )
Vantagens:
Rápida absorção
Não apresenta efeito de primeira passagem;
Pode-se administrar em pacientes inconscientes.
Desvantagens:
Pode causar irritação no trato respiratório;
Ocorre perda de parte do medicamento para o meio;
Impossibilidade de reversão do processo em casos de superdosagem;
Impossibilidade de saber a quantidade da droga que foi administrada, devido à perda para o meio.
Tipos de Medicamentos.
 Medicamentos de Referência é um produto inovador registrado na Avisa, testado cientificamente ,medicamento que estão mais de 40 anos no mercado , mediante prescrição medica, a formula original ,expressão popular usada.
Genéricos
O medicamento genérico é aquele que contém o(s) mesmo(s) princípio(s) ativo(s), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência e podendo, com este, ser intercambiável.
Antes de serem comercializados esses medicamentos passam por uma vigoroso período de teste ,que podem comprovar sua eficácia, por isso se tornam remédios confiáveis, são fácies de serem identificados todos genéricos contem escrito na embalagem uma tarja amarela na qual se lê "Medicamento Genérico" e também pelo princípio ativo ,mais principalmente pelo preço .
Similar
Os remédios similares de mercado possuem o mesmo princípio ativo e a mesma apresentação, que pode ser em xarope, comprimido ou supositório. As principais diferenças entre o Similar e o remédio de marca são o prazo de validade e a embalagem, por exemplo.
È sempre bom lembra que tanto o similar como o Genérico são medicamentos totalmente testado e comprovados a sua eficaz e analisado e a segurado pela Anvisa.
Manipulados (Magistral)
Os medicamentos Manipulados ,normalmente são medicamentos programas para obter o resultado desejado produzidos em farmácias de manipulação ou hospitais com recursos para tal pratica, seguindo prescrição médica de acordo com a necessidade individual de cada paciente.
Fitoterápico
São obtidos exclusivamente de matéria prima -ativas e vegetais (medicamentos Naturais)Ele podem ser simples somente de uma erva ou composto por mais de uma, a diferencia está na quantidade do princípio ativo ,sendo este menor a quantidade, são feitos em laboratório seus efeitos colaterais serão menos, porém podem ser tóxicos devido a maneira a ser utilizados.
Homeopáticos
De acordo com estudos semelhante cura-se semelhante, por exemplo se aplicado em alguém sadio cause os mesmo sintomas que alguém doente, esse tratamento foi reconhecido no Brasil 1980 pela Associação Medica Brasileira (AMB). 
È um método de tratamento que consiste na administração de doses mínimas do medicamento para evitar a intoxicação e estimular reação orgânica, são substâncias extraídas da natureza (minerais, vegetais ou animais), das quais existe um conhecimento prévio da sua potencialidade curativa, mediante a experimentação no homem sadio.
Biotransformação de Fármacos: conceito e fatores que modificam.
As biotransformações exige um processo complexo de interação entre a droga e o organismo. A droga modifica a função orgânica que chamamos de efeito e o organismo transforma a droga que chamamos de metabolismo. No início pensava-se que o organismo se defendia das substâncias estranhas inativando-as. Com isso criou-se a designação genética de mecanismo de desintoxicação. Posteriormente verificou-se que esta expressão era inadequada, porque: a) os metabólicos, produtos de transformação das drogas, algumas vezes são ativos quanto a própria droga, como o acetoaminofeno, metabólito de fenacetina; b) certas substâncias só se tornam ativas após sua introdução no organismo, como prontosil, que se transforma em sulfanilamida, seu metabólito ativo.
Segundo Brodie, estas modificações que se processam nas substancias têm a finalidade de torná-las mais polares, mais solúveis na água, para ser facilmente eliminada pelo rim, a mais importante via de eliminação. Se não houvesse este mecanismo de polarização, que constitui um processo geral de eliminação das substâncias do organismo, as substâncias ficariam retidas indefinidamente no organismo.
As transformações que se processam nas drogas governadas enzimas ou sistemas enzimáticos existentes em vários órgão e tecidos.
O fígado é o órgão central do metabolismo das drogas. Outros órgão e tecidos também participam do metabolismo, como os rins, pulmões,pele, mucosa intestinal e plasma sanguíneo.
Os fatores que modificadores do metabolismo das drogas, os mais importantes são: genéticos, fisiológicos e farmacológicos.
Nos fatores genéticos temos: espécies diferentes e mesma espécie.
Espécies diferentes.
Os mamíferos com suas diferenças de espécie faz com que exista não somente diferenças quantitativas, mas também qualitativas no metabolismo das drogas. Um exemplo dessa diferençaquantitativa, temos:
a) Fenibutazona rapidamente metabolizada nos animais e lentamente metabolizado no homem;
b)A procaína, lentamente hidrolisada no cavalo, é rapidamente metabolizada no homem;
Entre as diferenças qualitativas, ressaltamos as seguintes: o gato não forma glicuronídio no metabolismo das drogas, como ocorre com a maioria dos animais, embora seja capaz de sintetizar glicuronídio de bilirrubina ( pigmento da bile); no rato, a principal via de metabolização da anfetamina é a hidroxilação do anel aromático, enquanto no cão e no homem a metabolização da anfetamina ocorre por desaminação oxidativa.
Mesma espécie.
Na mesma espécie a ionizada é inativa no organismo principalmente por uma acetilação. Onde tem sido demonstrado que numa população existem dois tipos de indivíduos que possuem:
a)Atividade enzimática rápida (metabolizadores rápido);
b)Atividade enzimática lenta (inativadores lentos).
Os inativadores lentos apresentam efeitos colaterais (neuropatias periféricas) oito vezes mais frequentes do que os metabolizadores rápidos.
A hidrolase pseudocolisterase, existente normalmente no plasma humano, hidrolosa a succinilcolina (miorrelaxante) dentro de 20 minutos, embora exista cerca de 0,2% dos indivíduos uma variante genética da enzima que não hidrolisa a succinilcolina. Neste caso a succinilcolina produz apneia muito prolongada, podendo acarretar a morte do paciente.
Fatores fisiológicos: idade, sexo, e nutrição.
Idade.
O sistema enzimático metabolizado das drogas está ausente no feto; já no prematuro e no recém-nascido, esta diminuída, só atingindo os níveis do adulto após seis semanas. A existência de deficiência da glicuroniltransferase(enzima de conjugação) é contra-indicado a administração do cloranfenicol no prematuro, pois a conjugação não se processa com o ácido glicurônico, produzindo um conjunto de sintomas tóxicos, conhecido como síndrome cinzenta do recém-nascido. Os velhos são mais hipersensíveis ás drogas. Não sendo ainda bem esclarecida a causa dessa hipersensibilidade, embora tenha sido atribuída a uma deficiência na elaboração de enzimas.
Sexo.
Foram realizadas inúmeras series de experiências em animais principalmente em ratos, onde foram demonstrados que as fêmeas são mais sensíveis ás drogas do que os machos. O sistema enzimático microssomal inibe os hormônios femininos, aumentando a sensibilidade das fêmeas às drogas, enquanto os hormônios masculinos, produzindo estimulação do referido sistema, diminuem a sensibilidade nos machos, contudo no homem, ainda não permite tirar conclusões definitivas sobre os resultados.
Nutrição.
A dieta carente, o jejum e a subnutrição produz a diminuição da chegada ao organismo de proteínas e outros elementos nutricionais necessários à síntese das enzimas orgânicas, especialmente do sistema microssomal, que irão produzir diminuição do metabolismo das drogas.
Fatores farmacológicos.
pH urinário
Na excreção das drogas acidas e básicas o pH urinário tem grande importância. No meio acida as substâncias se eliminam mais facilmente, já no meio alcalino os ácidos se excretam melhor. Estas modificações do pH podem dificultar ou facilitar o metabolismo das drogas no meio urinário.
Ativação enzimática (indução)
O sistema microssomal oxidativo pode ser ativado por várias drogas, tais como: fenobarbital, fenilbutazonial, toubutamida e uretana. A toxidade das drogas pode provocar uma diminuição quantitativa da ação das enzimas microssomais, essa ativação ocorre nas enzimas oxidativas podendo também processar-se em outras enzimas hepáticas. Os hidrocarbonetos carcinogênios benzopireno e 3- metilcolanteneo, estes, aumentam a formação de glicuronídios.
Inibição enzimática.
As drogas éster dietilaminoetanol do ácido difenilpropilacético (SKF 585ª) e N-metil-3-piperidil-difenilcarbonato (MPDC) podem inibir as enzimas oxidativas microssomais.
A inibição enzimática se processa também em enzimas extra-microssomais, como no caso da prestigiam, que bloqueia a atividade acetilcolinesterase, causando um aumento da ação da acetilcolina.
Metabolismo e excreção de fármacos: conceito e fatores que modificam.
O processo responsável pela eliminação das drogas se dá tanto pelo metabolismo quanto pela excreção (incluindo a forma original e metabolitos) do organismo. O metabolismo das drogas modifica a estrutura química de uma droga produzindo um metabolito, mas nem sempre apresenta menor atividade farmacológica. O metabolismo torna a droga mais hidrossolúvel e, com a excreção mais fácil. Com o transcorrer do tempo às reações envolvidas no metabolismo das drogas são efetuadas por sistemas enzimáticos que evoluíram para proteger o organismo de substâncias químicas exógenas. Os sistemas enzimáticos desenvolvidos com esse propósito podem ser divididos, em sua maior parte, em duas categorias: as enzimas de oxidação ou redução da fase I e as enzimas de conjugação na fase II. Nessas duas categorias apresentam algumas expressividades limitadas quanto aos substratos sobre os quais atuam. Determinada assim a enzima só pode agir com um número limitado de drogas.
Qualquer modificação no metabolismo desses dois fármacos, seja um aumento ou redução, pode ter profundos efeitos adversos.
Excreção dos fármacos.
A droga pode permanecer no corpo por um considerável período de tempo, sendo observada uma redução da atividade quando a mesma abandona o seu local de ação, sobretudo se estiver ligada a componentes teciduais. A eliminação das drogas e a redução da atividade farmacológica devem ser consideradas fenômenos relacionados porem separados.
É importante na determinação da duração de ação de uma droga e na velocidade de sua eliminação a excreção, juntamente com o metabolismo e a redistribuição tecidual. Os principais órgãos envolvidos na excreção são os rins, os pulmões, o sistema biliar e o intestino, processo pelo qual as drogas são transferidas do ambiente interno para o externo.
Excreção renal.
O rim constitui o principal órgão de remoção da maioria das drogas particularmente as hidrossolúveis e não voláteis, embora algumas sejam excretadas através de vias extrarrenais.
Tendo em vista três principais processos de excreção urinaria de uma droga, sendo estes a filtração glomerular, a secreção tubular e a reabsorção tubular, que em sua maior parte atua de forma retro difusão passiva. A reabsorção tubular ativa também pode exercer alguma influência sobre a taxa de excreção de um número limitado de compostos.
Transportes membranares: conceito e fatores que modificam.
A não ser que a droga atue no seu local de aplicação, ela deve penetrar primeiro na corrente sanguínea e em seguida são distribuídos até o local de ação. Entretanto a presença de uma droga no sangue não leva a uma resposta farmacológica. Para que haja eficaz a droga precisa abandonar o espaço vascular e penetrar nos espaços intercelular ou intracelular ou em ambos.
Algumas substâncias são translocadas por mecanismos de transportes especializados e os pequenos compostos polares sofrem filtração através dos poros da membrana, a maioria dos compostos estranhos penetra nas células por difusão pelas membranas lipídicas.
Todas as vias de administração de fármacos exigem que a droga seja transportada do local de administração para a circulação sistêmica exceto a administração intravenosa. Para que seja considerada que a droga foi absorvida a mesma precisa ter penetrado no sangue ou nos capilares linfáticos. O transporte das drogas através das membranas envolve um ou mais dos seguintes processos:
1. Difusão passiva;
2. Filtração;
3. Fluxo de massa;
4. Transporte ativo;
5. Transporte facilitado;
6. Transporte de pares de íons;
7. Endocitose;
8. Exocitose.
Esses processos também participam no transporte das substancias necessárias para manutenção e o crescimento das células.
Difusão passiva.
As drogas em sua maioria atravessam as membranas por difusão passiva em sua gradiente de concentração da forma não ionizada. A velocidade de difusão depende em especial do coeficiente de participação lipídio-água, mais do que da lipossolubilidadeem si.
Filtração.
A taxa de filtração depende tanto da existência de uma gradiente de pressão como força propulsora quanto ao tamanho do composto em relação ao tamanho do poro através do qual deve ser filtrado. Nos sistemas biológicos, a passagem de solutos hidrossolúveis muito pequenos através dos canais aquosos existentes na membrana é efetuada por filtração.
Fluxo de massa.
As substancias em maiores partes lipossolúveis ou não, atravessam a parede dos capilares em velocidade extremamente rápida comparada com a velocidade de sua passagem através de outras membranas corporais. Com o efeito, o suprimento da maioria das drogas nos tecidos é limitado pelo fluxo sanguíneo, mais do que pela restrição imposta pela parede capilar. Com isso se tem esse fluxo de massa de liquido que ocorre através dos poros intercelulares e constitui o principal mecanismo de passagem de drogas através da maioria das membranas endoteliais dos capilares, com exceção do SNC.
Transporte ativo.
O transporte ativo depende de energia para que haja movimento de compostos através da membrana e na sua maioria contra a gradiente de concentração. Na maioria o transporte ocorre de forma ativa a não ser que se assemelhem as substancias endógena suficientemente como açucares aminoácidos, precursor dos ácidos nucleicos, que constituem os substratos normais do sistema transportador especifica.
Difusão facilitada.
Apresenta muitas das características associadas ao transporte ativo, incluindo um sistema de transporte mediado por uma proteína transportadora, que apresenta saturabilidade e seletividade. Sua diferença entre o transporte ativo e pelo fato de não haver necessidade de energia somente aquela exigida para manter a função celular normal. No transporte facilitado, o movimente da molécula transportada ocorrem em regiões de maiores concentrações para regiões de menores concentrações, embora a velocidade inicial de transferência de droga seja proporcional à magnitude do gradiente de concentração.
Distribuição de Fármacos: conceito e fatores que modificam.
A droga é distribuída a todos os tecidos do corpo depois de ser administrada e absorvida pelo sangue e outros fluidos. O organismo se divide em diferentes compartimentos apesar de ser um todo funcional, bem delimitados pelas membranas biológicas.
 A distribuição de fármacos é o processo pelo qual um fármaco reversivelmente abandona o leito vascular e entra no interstício e nas células dos tecidos.
A velocidade do fluxo sanguíneo nos tecidos capilares varia bastante pelo fato de má distribuição do debito cardíaco aos vários órgãos. Sendo maior para o cérebro, fígado e os rins do que para os músculos esqueléticos. O tecido adiposo, a pele, e as vísceras tem fluxo sanguíneo ainda menor.
A permeabilidade capilar é determinada pela estrutura capilar e pela natureza química do fármaco. Sua estrutura varia em termos de fração da membrana basal, sendo exposta pelas junções com frestas entre as células endoteliais. No fígado e no baço, grandes parte da membrana basal é exposta a capilares descontínuos e grandes, pelos quais podem passar grandes proteínas plasmáticas.
O volume de distribuição é o volume de liquido necessário para conter todo o fármaco do organismo na mesma concentração mensurada no plasma. É calculada e dividindo a dose que alcança a circulação sistêmica pela concentração do plasma no tempo zero.
Mecanismo de ação dos fármacos (agonismo e antagonismo). Alvos para fármacos (enzimas, canais, receptores e moléculas transportadoras).
Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos fármacos precisam interagir com os alvos proteicos sobre as moléculas do paciente. Os fármacos agem sobre proteínas-alvos e são elas:
-Receptores
-Canais iônicos
-Enzimas
-Moléculas carregadoras (transportadoras)
A farmacodinâmica tem sido foco central de investigação de efeitos dos fármacos e de seus mecanismos de ação. O conceito de receptor estende-se por endocrinologia, imunologia e biologia molecular, tem se provado essencial para explicar muitos aspectos de regulação biológica. Vários receptores de fármacos têm se isolado e caracterizados em detalhe, abrindo assim o caminho para o entendimento preciso da base molecular da ação dos fármacos. (Zastrow, Mark Von)
Os Receptores.
Em farmacologia, descreve-se como receptor as moléculas proteicas cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles.
Os receptores coordenam a função de todas as diferentes células do organismo, são os elementos sensores no sistema de comunicações químicas, ou seja, mensageiros químicos de vários hormônios e seus transmissores. Muitos fármacos agem ou como agonistas ou como antagonistas, terapeuticamente são úteis nos receptores de mediadores endógenos conhecidos (Rang e Dale).
Existem três métodos para a compreensão das ações dos fármacos e seus usos clínicos:
1-As Relações Quantitativas Entre Dose Ou Concentração De Fármacos E Efeitos Farmacológicos
Para formar um número significativo de complexo fármaco-receptor, precisa ocorrer afinidade do receptor para se ligar a um fármaco, determina a concentração necessária e o número total de receptores para limitar o efeito máximo que um fármaco produz.
2-São Responsáveis Pela Seletividade Da Ação Do Fármaco
O tamanho, o formato e a carga elétrica molecular de um fármaco determinam se, e com que afinidade, ele se prenderá a um receptor particular dentro da vasta coleção de sítios de ligação quimicamente diferentes disponíveis em uma célula, tecido ou paciente. As mudanças nas estruturas químicas de um fármaco podem aumentar ou diminuir as afinidades de um novo fármaco por classes diferentes de receptores, com alterações resultantes em efeitos terapêuticos e tóxicos.
3-Medeiam As Ações De Agonista E Antagonistas Farmacológicos.
Agonistas- Ativam o receptor para sinalizar como um resultado direto de sua ligação, alguns fármacos e muitos ligantes naturais, como hormônios e neurotransmissores, regula a função das macromoléculas. Alguns agonistas podem ativar um só tipo de receptor para produzir todas as suas funções biológicas, ou ativar seletivamente, uma função de receptor mais que outra.
Antagonistas ligam a receptores, mas não ativam a geração de um sinal., mas consequentemente interferem na capacidade de um agonista ativar o receptor, assim chamado antagonista “puro” sobre uma célula ou paciente, depende inteiramente de que ele impeça a ligação de moléculas agonistas e bloquei suas ações biológicas. Outros antagonistas, além de impedirem a ligação de agonista, suprimem a atividade de sinalização basal de receptores. Alguns dos medicamentos mais úteis na medicina clínica são antagonistas farmacológicos. (Zastrow, Mark Von)
Canais Iônicos.
Conhecidos também como canais iônicos controlados por ligantes ou receptores inotrópicos. Quando um receptor é ocupado por um agonista, só esse receptor abre. Os fármacos podem afetar a função do canal iônico pela interação ou com o sítio receptor dos canais controlados por ligantes, ou com outras partes da molécula do canal. A interação pode ser indireta, envolve outros intermediários e uma proteína G, ou direta, onde o fármaco liga-se a proteína do canal e altera a sua função. Fármacos que afetam seu mecanismo de comporta, ao se ligar a sítios acessórios na proteína do canal, incluem:
Fármacos vasodilatadores do tipo diidropiridina, inibem a abertura dos canais de cálcio tipo L.
Tranquilizantes benzodiazepínicos- Liga-se a uma região do complexo receptor GABA, canal de cloreto (canal controlado por ligantes), diferente do sítio de ligação do GABA. A maioria dos benzodiazepínicos facilita a abertura do canal efetuada pelo neurotransmissor inibitório GABA. Alguns agonistas inversos têm efeito oposto, causando ansiedade em vez de tranquilidade.
As sulfoniluréias- Usada no tratamento do diabetes, que agem nos canais de potássio sensíveis ao ATP das células β, pancreáticas aumentando, assim, a secreção da insulina. (Rang e Dale).
Enzimas.
Os fármacos que atuam sobre as enzimas podem ativar, inibir ou reativa-las.
Ativação das enzimas.Esses fármacos podem fornecer íons inorgânicos que atuam por mecanismo de ativação dos sistemas enzimáticos e pode ocorrer de duas maneiras:
A) O íon pode interagir com um inibidor da enzima e assim impedir que este a inative.
B) O íon pode interagir diretamente com a enzima e alterar-lhe a conformação e a carga no sentido de ativa-la.
Existe o mecanismo de adaptação que aumenta a atividade enzimática que ocorre através de outros tipos de fármacos e este fenômeno adquire importância especial em determinados sistemas microbianos. Um exemplo é a ativação beta-lactamase e induzida pelas próprias penicilinas. Outro exemplo é o barbitúrico: eles estimulam a sua própria oxidação, ativando determinadas enzimas.
Inibição das enzimas.
São causados por agentes que atuam diretamente sobre o sistema metabólico.
Através dos fármacos a inibição pode ser reversível ou irreversível. É reversível quando ocorre o equilíbrio entre a enzima e o fármaco inibidor. É irreversível quando aumenta com a passagem do tempo, contanto que o fármaco inibidor esteja presente em excesso.
Existe A Inibição Competitiva E Não-Competitiva.
Na inibição competitiva o fármaco compete com o substrato pelo mesmo local da enzima e combina-se com ele de maneira reversível. Na presença de excesso de substrato, o fármaco é deslocado do receptor, que passa a ser ocupado pelo substrato.
Na inibição não-competitiva o fármaco combina-se com a enzima ou com o complexo enzima-substrato com igual facilidade, mas em local diferente daquele ao qual o substrato é atraído, isto é o inibidor se liga a sítios diferentes da enzima e não ao centro catalítico do substrato, que é o seu centro ativo.
Reativação de enzimas.
São enzimas inibidas por fármacos específicos que podem ser reativadas por substancias que desloquem os inibidores de seus centros ativos. (Korolkovas, Andrejus e Ferreira,E.I.).
A molécula do fármaco é um substrato análogo que age como inibidor competitivo da enzima. EX- captopril, age sobre enzima conversora de angiotensina, ou em outras situações, a ligação é irreversível e não-competitiva. Ex- Aspirina, age na ciclooxigenase. Os fármacos podem também agir como falsos substratos, onde a molécula do fármaco sofre transformações químicas, dando origem a um produto anômalo que perturba a via metabólica normal. Um exemplo é o fármaco antineoplásico fluoruracila, que substitui a uracila como intermediário na biossíntese das purinas, mas não pode ser convertido em timidilato, bloqueando, assim, a síntese de DNA e impedindo a divisão celular. Os fármacos podem também exigir degradação enzimática para convertê-los, de uma forma inativa, para a forma ativa. A toxidade dos fármacos frequentemente é o resultado da conversão enzimática da molécula do fármaco para um metabólico reativo. A ação primária do fármaco causa um efeito colateral indesejável, mas de enorme importância prática.(Rang e Dale).
Moléculas Transportadoras.
Para que ocorra o transporte de íons e pequenas moléculas orgânicas através das membranas celulares geralmente requer uma proteína carregadora, as espécies permanentes são muito polares (insuficientemente lipossolúveis), para penetrar nas membranas lipídicas por si mesmas. Existem muitos exemplos desses carregadores, aqueles responsáveis pelo transporte de glicose e aminoácidos para dentro das células, pelo transporte de íons e muitas moléculas orgânicas pelo túbulo renal, pelo transporte de Na+ e Ca2+ para fora das células e pela captação dos precursores de neurotransmissores ( como a colina) ou dos próprios neurotransmissores(como a noradrenalina, 5-hidroxitriptamina, glutamato e peptídeos), pelos terminais nervosos. Os transportes de aminas pertencem a uma família bem definida estruturalmente, distinta dos receptores correspondentes. Os transportes de moléculas orgânicas estão associado ao transporte de íons (geralmente os Na+), Sem portes se ambos na mesma direção e Antepor-te em direção oposta. As proteínas, transportadoras incorporam um sítio de reconhecimento que as tornam especificas para uma espécie particular a ser transportada, e estes sítios de reconhecimento podem também ser alvos para fármacos cujo efeito é bloquear o sistema de transporte. (Rang e Dale).
Receptores No Sistema Fisiológico.
Os sistemas de comunicação química de todos os organismos multicelulares utilizam para coordenar as atividades de suas células e órgãos receptores que constituem um componente-chave e existe uma diferença importante do seu funcionamento, entre agonista que “ativam” os receptores e antagonistas, que podem se combinar com o mesmo sítio sem causar ativação e bloquear o efeito dos agonistas sobre aquele receptor. Esse tipo de papel fisiológico regulador só existe para a distinção dos receptores agonistas e antagonistas. (Rang e Dale)
Consideramos os fármacos ou agonistas, que, ocuparem um receptor, ativam-no de algum modo, ou antagonistas, que não produzem ativação. A capacidade da molécula de um fármaco de ativar um receptor é, na verdade uma característica que se manifesta de modo gradual, e não como um processo tudo ou nada. Quando um grupo de fármacos agonistas quimicamente atua sobre os mesmos receptores é testado por um determinado sistema biológico, consta-se com frequência que a resposta máxima que um fármaco pode produzir em alta concentração, difere de um fármaco para outro.
Agonistas plenos são alguns compostos capazes de produzir uma resposta máxima, que é a maior resposta que o tecido pode dar. Possuem alta eficácia Agonistas parcial produzem apenas uma resposta submáxima. Possuem eficácia intermediaria. A diferença entre eles reside na relação existente entre a ocupação dos receptores e a resposta. (Rang e Dale)
Antagonismo Farmacológico.
O antagonismo é mecanismo muito comum de ação do fármaco.
Existem cinco tipos de antagonismo: O químico, funcional fisiológico, farmacológico e metabólico.
O antagonismo químico ocorre em uma situação pouco comum, na qual duas substancias se combinam em solução; em consequência o efeito do fármaco ativo é perdido. Ex- Dimercaprol, se ligam ao metais pesados e, dessa forma, reduzem suas toxicidade, e o uso de anticorpos neutralizantes contra mediadores proteicos, como as citosinas e os fatores de crescimento, uma estratégia aplicada recentemente em terapêutica.(Rang e Dale)
Antagonismo funcional é aquele entre dois agonistas que atuam sobre o mesmo sistema enzimático, mas em sentido opostos no desencadeamento de determinada resposta celular. Esse tipo de antagonismo que ocorre entre a histamina e a isoprenalina quando atuam sobre o tecido muscular liso da arvore brônquica (Korolkovas, Andrejus e Ferreira,E.I.).
Antagonismo fisiológico é também um antagonismo entre dois agonistas, mas estes manifestam efeitos opostos mediante ação seletiva sobre sistemas celulares diferentes. Estes agonistas não são antagonistas verdadeiros; eles não se antagonizam reciprocamente, mas produzem efeitos opostos e que se equilibram. EX- São os pares epinefrina X acetilcolina, insulina X glucagon. (Korolkovas, Andrejus e Ferreira,E.I.).
O antagonismo farmacológico ocorre entre o agonista e seu antagonista, o último reduzindo ou impedindo o efeito causado pelo primeiro. Pode ser competitivo ou não competitivo. Antagonista competitivo presume-se que os agonistas e seus respectivos antagonistas atuam sobre receptores comuns. Espera-se que a sua estrutura química seja complementar à de seus receptores, apresentem parentesco químico. Ex- Morfina e seus antagonistas. Entretanto, antagonistas competitivos de algumas substâncias bioativas endógenas, tais como acetilcolina, dopamina, histamina e serotonina, geralmente apresentam grupamentos apolares volumosos ligados ao grupo farmacológico agonista, dificultando dessa maneira,em certos casos discernir semelhança química nítida com seus agonistas.
Antagonista não-competitivo, os agonistas e antagonistas atuam sobre locais diferentes e não apresentam parentesco químico Enquanto o agonista se liga ao receptor, o antagonista combina-se com outro local, mas estreitamenterelacionado com o receptor, impedindo dessa maneira a produção do efeito causado pelo agonista , quando este ocupa o receptor. EX- É aquele entre epinefrina, agente adrenomimético, e dibenamina, agente adrenolítico. (Korolkovas, Andrejus e Ferreira,E.I.).
Antagonista metabólico não ocorre reação química direta entre metabólito e seu antagonismo Na verdade este antagonista é parecido estruturalmente do metabólito e inibe sua ação, competindo com o mesmo receptor celular. Existem fármacos, tanto entre os agentes farmacodinâmicos quanto entre os agentes quimioterápicos, que devem a sua ação farmacológica ao fato de serem estruturalmente semelhantes a metabolitos celulares normais. Por isso são capazes de tomar o lugar dos últimos nos sistemas biológicos, embora não possam executar suas funções normais. O resultado é deficiência “condicionada” do metabolito essencial da célula. Conceitua-se metabolito essencial como sendo qualquer substancia compreendida nos processos bioquímicos que produzem à formação e manutenção das células vivas; é a substancia que desempenha função vital no metabolismo. Ex- aminoácidos, coenzimas, hormônios, minerais, pirimidinas, purinas, substratos, vitaminas e outras moléculas pequenas. (Korolkovas, Andrejus e Ferreira,E.I.).
Fármacos que atuam no sistema nervoso autônomo (SNA): Fármacos colinérgicos de ação direta e indireta, fármacos adrenérgicos e anti-andrenergicos, anticolinérgicos, farmacologia da junção neuromuscular.
A função do sistema nervoso autônomo constitui a porção neural do sistema responsável pela homeostase, associado com o sistema endócrino que é controlar muitas funções do corpo. Os ajustes da química sanguínea, da respiração da circulação, da digestão e das respostas do sistema imune que protegem a integridade do meio interno e promovem a coordenação dos músculos esqueléticos e manifestações do comportamento e das emoções.
O sistema nervoso autônomo é dividido em partes centrais e periféricas. As centrais localizam-se no cérebro cerebelo, bulbo e medula, tendo interconexões desses centros. As periféricas são formadas de duas cadeias ganglionares paravertebrais, plexos e seus ramos, plexos pré-vertebrais plexos viscerais, plexos vasculares e fibras autônomas eferentes. São distinguíveis anatomicamente e fisiologicamente que são as divisões: simpática ou toracolombar e parassimpática ou craniossacral e ainda existem os seguintes sinônimos: Sistema adrenérgico ou catabólico (divisão simpática) e Sistema colinérgico ou anabólico (divisão parassimpática) para alguns autores existe uma terceira divisão, o sistema nervoso entérico. São neurônios localizados nas paredes do sistema gastrointestinal, também considerado uma terceira divisão do SNA.
A atividade do sistema nervoso autônomo também está ligada e coordenada com a atividade do sistema nervoso somático que está ligada as funções conscientemente controladas, como movimentos, respiração e postura. Ambos os sistemas têm influxos aferentes (sensoriais) importantes que fornecem informações relativas aos ambientes interno e externo e modificam o fluxo motor por meio de arcos reflexos de tamanhos e complexidade variáveis.
Ambos os sistemas, SNA e endócrino usam substâncias químicas para a transmissão de informações. No sistema nervoso a transmissão química ocorre entre células nervosas, e entre elas e suas células efetoras. A transmissão química tem lugar por meio de liberação de pequena quantidade de substâncias transmissoras, das terminações nervosas para dentro da fenda sináptica. O transmissor atravessa a fenda por difusão, e ativa ou inibe a célula pós- sináptica por ligação a uma molécula receptora especializada. Pelo uso de fármacos que mimetizam ou bloqueiam as ações dos transmissores químicos, podemos seletivamente muitas funções autônomefeas. Essas funções envolvem uma variedade de tecidos efetores, inclusive músculos cardíacos, músculos lisos, endotélio vascular, glândulas exócrinas e terminações nervosas pré-sinápticas. Um grande número de fármacos usados para outros propósitos pode causar efeitos indesejáveis sobre a função autônoma. (Katzung,B.G.)
Fármacos Colinérgicos De Ação Direta E Indireta.
Os colinérgicos, também chamados colinomiméticos, parassimpatomiméticos ou estimulantes dos receptores colinérgicos do SNA, sua caracterização ocorre através dos efeitos que produzem, que é bem semelhantes aos da acetilcolina. Sua classificação (a) Tipo de receptor, se mascarínico ou nicotínico, (b) de acordo com seu mecanismo de ação, se direto (ao nível do receptor) ou indireto (inibição de acetilcolinesterase).(Silva, Penildon).
Diretos
- Colinérgicos agonistas (estimulantes)dos receptores colinérgicos
Colinérgicos diretos muscarínicos
-Ésteres da colina
- acetilcolina
- betanecol etc...
Alcalóides
- muscarina
- pilocarpina
Colinérgicos diretos nicotínicos
- gangliomiméticos (na sinapse ganglionar)
-.neuromusculares (na placa mioneural, no músculo estriado)
Indiretos
-.Colinérgicos que atuam como inibidores da colinesterase, também chamados de anticolinesterásicos
Reversíveis
-.Edrofônio, carbamato
Irreversíveis-.inseticidas organofosforados
Os neurônios que têm como neurotransmissor a acetilcolina ou acetilcolina com outros co-transmissores são chamados de colinérgicos, são numerosos e se encontram nos seguintes locais:
Cérebro, medula, todos os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso autônomo, todos os neurônios pós-ganglionares parassimpáticos, neurônios pós-ganglionares simpáticos que inervam glândulas sudoríparas, numerosos neurônios do sistema nervoso intestinal e neurônios motores da placa mioneural dos músculos estriados.
Os locais das sinapses colinérgicas nos quais as drogas atuam:
Atuação sobre transportador de colina na membrana plasmática do axônio-
-bloqueio pelo hemicolínio provoca redução de acetilcolina
Liberação de acetilcolina
- bloqueio por falta de Mg2+,Ca2+, excesso de Mg2+, anestésicos locais, neurotoxina botulínica
Receptores muscarínicos
- ativação através de acetilcolina,muscarina
-. Bloqueio com o uso de atropina
Receptores nicitínicos
- ativação pela acetilcolina nicotina suxametônio
- bloqueio com tubocurarina e hexametônio
Acetilcolinesterase
-. Bloqueio com fisostigmina e alquilfosfatos
Parassimpaticocomiméticos De Ação Direta.
A metacolina, o betacenol e a pilocarpina são agonistas seletivos dos receptores muscarínicos, enquanto o carbacol e a ACh podem ativar os receptores tanto muscarínicos quanto nicitínicos em doses terapêuticas usuais , os efeitos do carbanol e ACh devem-se, em totalidade, à ativação dos receptores muscarínicos isso é atribuído à maior acessibilidade e a abundância desses receptores colinérgicos em comparação com os receptores nicotínicos.
Efeitos cardiovasculares
A ativação desses receptores por agentes colinomiméticos de ação direta possui implicação farmacológica significativa, administrados por via intravenosa, em baixas doses, relaxam o músculo liso arterial e provocam queda da pressão arterial. Essas respostas resultam da estimulação dos receptores muscarínicos existentes nas células endoteliais vasculares. As células endoteliais ativas os receptores e induz à síntese de óxido nítrico e a sua liberação, pode difundir-se para as células musculares lisas vasculares adjacentes, ativa-se a guanilil ciclase solúvel, causando o aumento na síntese de guanosina monofosfato cíclico (cGMP) e relaxamento das fibras musculares. A hipotensão produzida pela sua ativação é potencialmente perigosa, representa uma importante limitação par a administração sistêmica de agonistas muscarínicos.
ACh é liberada no coração pelo nervo vago, que reduz a frequência cardíaca , a administração de uma dose baixa de agonista muscarínico pode, algumas vezes, aumentar a frequência cardíaca Pode causar um efeito paradoxal, a estimulação simpática aumenta a frequência cardíaca e o tônus vasomotor, anulando, em parte, a resposta vasodilatadora direta, produzida pela estimulação dos receptores muscarínicos endoteliais,por consequência ,a taquicardia provocada por agonistasmuscarínicos é indireta.
Os efeitos diretos sobre os receptores muscarínicos cardíacos com altas concentrações de agonistas muscarínicos no nodo AS e nas fibras AV passam a predominar. Pois aumentam a permeabilidade ao potássio e diminui os níveis de cAMP,onde a velocidade de despolarização é reduzida e a excitabilidade do nodo SA e das fibras AV são diminuídas.Isso resulta em acentuada bradicardia e redução da velocidade de condução AV, que podem sobrepujar a estimulação cardíaca pelas catecolaminas liberadas durante a estimulação simpática. Doses muito altas de agonistas muscarínicos podem produzir bradicardia letal e bloqueio de AV. Os ésteres de colina exercem efeitos diretos relativamente menores sobre a função ventricular, porém podem produzir efeitos inotrópicos negativos sobre os átrios. (Wonderlin,W.F)
Colinérgicos Diretos Ou Agonistas Muscarínicos
Acetilcolina.
Os efeitos da acetilcolina são rapidamente inativados pela acetilcolinesterase.
No sistema cardiovascular, pequenas doses de acetilcolina provocam:
-Vasodilatação nas redes vasculares mais importantes do corpo; essa vasodilatação depende de um intermediário, derivado do endotélio vascular, chamado EDRF (do inglês endothelium derived relaxing fator), quimicamente caracterizado como sendo o oxido nítrico(NO);
-Queda da resistência periférica;
-Queda das pressões sistólica e diastólica;
-Ativação reflexa da atividade simpática através dos arcos reflexos baropressores, com produção de taquicardia.
Em doses mais elevadas, observam-se as seguintes respostas:
-Efeito depressor sobre o coração capaz de mascarar a taquicardia reflexa;
-Redução da frequência cardíaca, resultante da redução da taxa de despolarização diastólica no nódulo sinoatrial (AS) e diminuição da velocidade de condução de potenciais de ação através das fibras atriais que se dirigem ao nó A-V;
-Redução da condutividade A-V;
-Redução da força de contração atrial e ventricular; a acetilcolina endógena não exerce ação sobre os ventrículos porque eles praticamente não possuem inervação colinérgica.
No sistema respiratório, a acetilcolina, em doses pequenas, produz broncoconstrição e aumento da secreção, podendo desencadear crises asmáticas.
As glândulas lacrimais, salivares e sudoríparas são também estimuladas pela acetilcolina O efeito vasodilatador cutâneo da acetilcolina associada a diaforese é intenso.
No sistema urinário a acetilcolina provoca redução da capacidade da bexiga e contração.
No trato gastrointestinal, a acetilcolina em doses elevadas aumenta a força de contração e o tônus da musculatura lisa. Esses efeitos podem acompanhar com os sintomas de náuseas e vômitos.
Sobre a íris, por via intravenosa, por possuir um amônio quaternário, carregado eletricamente, não exerce ação porque não atravessa a barreira sangue-humor aquoso, o que dificulta a distribuição. Se aplicada localmente, através da ativação dos receptores muscarínicos no esfíncter da íris, produz miose.
Os efeitos nicotínicos da acetilcolina, injetada por via intravenosa, utilizando-se doses elevadas de acetilcolina, conseguem observar quando se usam doses tóxicas ou quando se bloqueiam os efeitos muscarínicos com atropina.
As ações da acetilcolina nos receptores nicotínicos da medula da supra-renal, provocam liberação de catecolaminas(adrenalina e noradrenalina) que desencadeiam os seguintes efeitos: Vasoconstrição, elevação rápida da pressão sanguínea, aumento da frequência da cardíaca e da força de contração do miocárdio, redução da motilidade gastrointestinal, broncodilatação, midríase. Com doses elevadas de acetilcolina, pode haver também estimulação do músculo esquelético, que irão agir sobre os receptores nicotínicos da placa mioneural.
Devido a sua curta duração de ação e de efeitos potencialmente tóxicos, os usos clinicos de acetilcolina são muito limitados. Pode ser usada em oftalmologia, na cirurgia de catarata, a fim de obter-se miose rápida e completa. Nessa aplicação é usada sob a forma de cloreto, apresentado, em outros países, em frasco que encerra dois compartimentos: no inferior, estão 20mg de acetilcolina e 100mg de manitol; no superior,2ml de agua destilada. Faz-se a solução no momento de aplicação e utilização a dose 0,5 a 2ml para se obter miose adequada.(Silva, Penildon)
Metacolina.
Na área dos receptores muscarínicos, os efeitos da metacolina são idênticos aos da acetilcolina. Porem a metacolina é muito resistente à ação da acetilcolinesterase, a parada cardíaca causada pela metacolina dura por mais tempo e pode ser fatal. A metacolina não exerce efeitos nicotínicos.
Devido a sua constituição química a absorção da metacolina pelo trato intestinal é muito irregular e fraca. Utiliza-se a via subcutânea que permite a absorção prolongada e lenta. Se surgir intoxicação, essa via também permite aplicação de torniquete .Devido a sua toxidade e a descoberta de novos fármacos para essas afecções como: doenças vasculares, como a doença de Raynaud, e na taquicardia atrial, não se usa mais a metacolina.
A metacolina pode ser usada como diagnóstico em duas indicações: no diagnóstico da disautonomia familiar e por intoxicação pelos alcaloides da beladona, se for por intoxicação a aplicação de 10 a 30mg de metacolina, por via cutânea , confirma a suspeita se surgirem os sinais característicos , lacrimejamento salivação ruborização e aumento do peristaltismo intestinal.. A ausência indica bloqueio muscarínico realizado pelos alcaloides da beladona(atropina e hiosciamina).A disautonomia familiar caracteriza-se pela degeneração dos nervos autônomos. Uma dose de metacolina local (uma gota de solução a 2,5%), que não produza alteração no tamanho pupilar de pessoas normais, provocará intensa miose em pacientes com disautonomia. A metacolina é usada sob a forma de cloreto.
Os efeitos tóxicos da metacolina são extensões das suas ações farmacológicas: estimulação da bexiga,com incontinência urinaria; excessiva estimulação gastrointestinal, com defecção involuntária; broncoconstrição pronunciada, com crises asmáticas.(Silva, penildon)
Carbacol.
Éster da colina apresenta propriedades farmacológicas diferentes daquelas da acetilcolina e da metacolina, devido a sua peculiar estrutura química.
Observados os efeitos da acetilcolina e os nicotínicos, nos nicotínicos os efeitos são mais pronunciados, ocorrendo estímulos nas doses terapêuticas, as sinapses ganglionares simpáticas e parassimpáticas, a medula da supra-renal e os músculos esqueléticos.
No setor muscarínicos , seus efeitos também diferem dos da acetilcolina. Observando-se ações mais intensas, na bexiga urinaria, no trato gastrointestinal e na íris. No sistema cardiovascular, suas ações são menos pronunciadas que as da acetilcolina e da metacolina. Doses excessivas de carbacol podem levar à parada cardíaca.
Os efeitos muscarínicos do carbacol com relação ao bloqueio atropínico, são mais resistentes que os da acetilcolina. Para antagonizar os efeitos muscarínicos do carbocol, são necessárias doses mais elevadas de atropina.
A estrutura química dos ésteres da colina é diferente, os diversos subtipos de receptores muscarínicos e nicotínicos também contribuem para a diversidade quantitativa observada nos efeitos desse colinérgico direto.
Atualmente o carbacol só é usado em oftalmologia, para diminuir a pressão intraocular do glaucoma, em soluções de concentração que variam de 0,75 até 3%, com aplicação ocular local. A solução a 0,01% também é utilizada para produzir miose durante a cirurgia ocular. Não se usa mais carbacol no tratamento da retenção urinaria. (Silva, Penildon)
Betanecol.
As ações farmacológicas deste éster da colina, assemelham-se aquelas da acetilcolina e do carbacol. Os efeitos muscarínicos do betanecol e do carbacol se parecem, atuando especificamente sobre o trato gastrointestinal e bexiga do que a acetilcolina. O betanecol exerce pouca ação, em doses habituais, sobre o sistema cardiovascular. O betanecol, assim como a metacolina praticamente não exerce efeitos nicotínicos.
O betanecol não deve ser aplicado por via intravenosa, poisresiste a ação da acetilcolinesterase, mas é bem absorvido pelo trato gastrointestinal e pela via subcutânea, é usado principalmente, no tratamento de retenção urinária pós-operatória ou de origem neurogênica. As suas reações adversas são: sudorese, mal-estar epigástrico ruborização, câimbras abdominais e salivação. Na superdosagem pode ocorrer parada cardíaca. É contra indicado em úlcera péptica, asma, insuficiência coronária e hipertireoidismo.
O betanecol aplicadas juntas com a quinidina e a procainamida, podem antagonizar os efeitos destecolinergico. Pacientes em tratamento com ganglioplégicos, o betanecol pode provocar sintomas abdominais graves e queda pronunciada da pressão sanguínea. Provoca hipotermia administrado junto com outras drogas que depletam a serotonina; A posologia deve ser ajustada individualmente, o betanecol é usado sob a forma de cloreto, em comprimidos com 5, 10 ou 20mg da droga, e sob a forma de solução a 2mg/ml A dose habitual é de 10 a 30mg, de 3 em 3 ou de 4 em 4 horas ao dia. A dose subcutânea habitual é de 2,5 a 5mg, dada de 3 a 4 vezes ao dia.(Silva, Penildon)
Muscarina.
É o alcaloide de ocorrência natural do cogumelo Amanita muscaria,que caracterizou os receptores e efeitos muscarínicos. A muscarina é responsável pela intoxicação por vários tipos de cogumelos que a encerram, principalmente as espécies do gênero inocybe. A muscarina não exerce efeitos nicotínicos.
A muscarina tem a estrutura química é diferente da acetilcolina e como não é éster da colina , não sofre a ação da acetilcolinesterase, tendo, por isso, ação prolongada. È bem absorvida pelo trato gastrointestinal e tem potência de cerca de 100 vezes maior do que a acetilcolina. A intoxicação pela muscarina é eficientemente tratada com atropina.
A muscarina atravessa a barreira hematoencefálica e provoca excitação cortical cerebral, reação essa também condicionada por receptores muscarínicos centrais e, portanto, antagonizável pela atropina.(Silva, Penildon)
Pilocarpina.
A pilocarpina é um alcaloide existente nas folhas do pilocarpus jaborandi. Predominantemente muscarínico é um colinérgico direto, os efeitos são qualitativamente similares aos da acetilcolina. Os efeitos sobressaem-se nas glândulas sudoríparas salivares e gástricas; estas últimas contém elevado teor de pepsina. A pilocarpina atravessa a barreira hematoencefálica e ativa a córtex cerebral.
No tratamento do glaucoma, reduz a pressão intraocular sob a forma de cloridrato, em solução de 0,25 a 10% para a aplicação local no olho. É também apresentada na forma de Ocusert, um involucro membranoso que se coloca no saco conjuntival e que libera a pilocarpina no ritmo de 20 a 40 microgramas por hora, no período de sete dias.(Silva, Penildon)
Oxitremorina.
Usado na pesquisa farmacológica trata-se de um alcaloide sintético, principalmente por causa de suas ações sobre o sistema nervoso central, e também ações muscarínicas periféricas potentes. Como os colinérgicos que atravessam a barreira hematoencefálica a oxitremorina produz também ativação do córtex cerebral, causando tremores, ataxia, espasticidade, similares ao que se observam na doença de Parkinson. Esses efeitos centrais são bloqueados pela atropina, esses receptores centrais ativados são muscarínicos , situados nos gânglios basais. Por causar essa ação a oxitremorina serve como meio de investigação de novas drogas anticonvulsivantes e antiparkisonianas.
Exemplos de especialidades farmacêuticas de colinérgicos diretos muscarínicos: pilocarpina (cloridrato); colírio de pilocarpina a 2%(allergan-lok); Isopto Carpine a 1%, 2%, 3%, 4% (alcon); pomada oftálmica de pilorcapina a 4%,”Kerato”(allergan-lok); pilorcapina a 2%, e 4% Colirion (Frumtost); Metacolina (cloridrato); Artisal (zulzke); Pomalgex (Div. Prata); Carbacol:Isopto de Carbachol a 3%(Alcon).(Silva, Penildon)
Colinérgicos Indiretos Ou Anticolinesterásicos.
Os colinérgicos indiretos ou anticolinesterásicos bloqueiam a ação da acetilcolinesterase sobre a acetilcolina, evitando a hidrólise desse neurotransmissor. Junto aos seus receptores muscarínicos e nicotínicos, essas drogas facilitam e prologam a atividade da acetilcolina.
As colinesterases são enzimas que hidrolisam os ésteres de colina, em graus variáveis, de acordo com as estruturas dos ésteres. E a de maior importância é a acetilcolinesterase, chamada também de colinesterase verdadeira ou especifica ou eritrocítica, se tornando responsável pela inativação da acetilcolina. As outras colinesterases são inespecíficas, que são chamada também de pseudocolinesterases, das quais se conhecem a butirilcolinestesase e a propilcolinesterase.
A principal função da acetilcolinesterase é exercida na neurotransmissão sináptica. A enzima se localiza nas membranas pré e pós sinápticas da sinapse colinérgica, nas cisternas do retículo endosplasmático.e nas membranas plasmáticas dos neurônios colinérgicos, é também encontrada nos eritrócitos e placenta. As pseudocolonesterase são encontradas no fígado, soro sanguíneo cérebro, associadas a células gliais, capilares e alguns neurônios. As funções das pseudocolinesterase, ainda não são bem conhecidas, mas participam do metabolismo de certos fármacos, como succinilcolina, procainamida e outros. A acetilcolinesterase é uma macromolécula proteica que possui diversas subunidades. Existem nas enzimas vários locais ativos onde podem ocorrer à hidrólise da acetilcolina e congêneres. Com relação á acetilcolina, há dois lugares que interagem com seu principal substrato: o aniônico e o esterásico. O local aniônico possui um aminoácido carregado negativamente que se liga ao amônio carregado positivamente da acetilcolina, através de força colombianas. Por causa dessa atração leva o agrupamento éster da acetilcolina para o local esterásico da acetilcolinesterase. Na área esteárica da enzima, existe uma molécula de serina que se torna mais reativa pela ligação hidrogenia com uma molécula vizinha da histidina. O oxigênio nucleofílico da serena se combina com o carbono da carbonila da acetilcolina, desfazendo a ligação estética, assim libera-se a colina e se forma uma acetilcolinesterase acetilada, que é logo hidrolisada, liberando a enzima e formando ácido acético O processo hidrolítico é muito rápido, cerca de 100 microssegundos. Seus derivados dividem-se em três:
As aminas mono- e bisquaternárias, e as carbamatos por possuírem cargas elétricas são muito hidrossolúveis. E a organofosforados, são muito lipossolúveis.
Os anticolinesterásicos, inibindo a acetilcolinesterásie, os efeitos da acetilcolina são potencializados na placa mioneural, na medula da supra-renal, nas sinapses ganglionares, nassinapses neuroefetoras parassimpáticas e também nas sinapses colinérgicas do sistema nervoso central. As extensões das ações e efeitos fisiológicos da estimulação colinérgicas, constituem esses os efeitos observados: Visão turva, sudorese,aumento do tônus muscular e da atividade secretória do trato gastrointestinal, câimbras abdominais, vômitos diarreias, fraqueza ou paralisia dos músculos respiratórios, brsdicardia, efeitos cardiovasculares decorrentes da estimulação da sinapse ganglionar e da medula supra-renal, pertubaçao da concentração e da memória, depressão circulatória e respiratória e coma.
Os anticolinesterásicos são usados em anestesiologia para reverter o bloqueio neuromuscular por meio relaxantes adespolarizantes, do tipo curare. Através dos receptores colinérgicos, o bloqueio pode ser desfeito pelo aumento da acetilcolina, o que se consegue com os inibidores da acetilcolinesterase. (Silva, Penildon)
Gangliomiméticos E Ganglioplégicos
Gangliomiméticos são colinérgicos nicotínicos com ação predominantemente ao nível das sinapses ganglionares simpáticas e parassimpáticas
Ganglioplégicos são anticolinérgicos antinicotínicos com ação predominante ao nível das sinapses ganglionares simpáticas e parassimpáticas .
A transmissão através dos gânglios autônomos é mais complexa do que a neurotransmissão nas junções neuromusculares e neuro-efetoras pós-ganglionares e está

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