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ESTRUTURAS DE AÇO Eng.ª Civil ÉRIKA CRISTINA NOGUEIRA MARQUES PINHEIRO Licenciada em Matemática Especialista em Didática do Ensino Superior – Concreto I Especialista em Tutoria e Docência em Educação à Distância – EAD – Materiais de Construção I Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho (Cursando) Mestrado em Engenharia Industrial (Cursando) erikamarquespinheiro@gmail.com Fone: 99204-1100 NILTON LINS GRADUAÇÃO ENGENHARIA CIVIL No Brasil, a partir de 1995, esta tecnologia foi introduzida, tendo boa aceitação pelo mercado. O sistema compreende de um primer, tinta intumescente a tinta de acabamento. É necessário um prévio jateamento abrasivo e posteriormente a aplicação da tinta de fundo epoximastic vermelho óxido na espessura de película seca de 100 micrometros. O ideal para a execução dos serviços com a pintura intumescente, é que as estruturas já estejam montadas, com as eventuais alvenarias, ou lajes prontas, pois nas faces onde existem tais materiais, não será necessária a aplicação do material, porém, locais onde existam forros ou fechamentos em placas, os serviços de pintura deverão ser executados antes dessas colocações. Pintura Intumescente: Proteção passiva em Estruturas Metálicas com tintas intumescentes de acordo com Legislação do Corpo de Bombeiros. A aplicação é feita com pessoal especializado pois é necessário rigoroso controle técnico nas demãos de material que não podem ultrapassar os limites estabelecidos por demão, devendo se observar os corretos espaços de tempo entre essas demãos. O acabamento é através de produto adequado, chamado ‘top seal’, aplicado com método convencional de pintura. A tecnologia utilizada nas tintas intumescentes, agem a partir da temperatura de 200.ºC, iniciando-se um processo de expansão volumétrica onde são liberados gases atóxicos e, formando-se uma camada espessa de espuma semi-rígida na superfície da estrutura metálica, protege a mesma, retardando a ação da temperatura sobre essas. Pintura Intumescente: Proteção passiva em Estruturas Metálicas com tintas intumescentes de acordo com Legislação do Corpo de Bombeiros. Dependendo do tipo da estrutura (leve, média ou pesada) e da utilização (industrial, comercial, institucional) é aplicada uma espessura adequada de material intumescente que irá proteger a estrutura, conforme o caso requerido pela legislação, de 30 a 120 minutos. Pintura Intumescente: Proteção passiva em Estruturas Metálicas com tintas intumescentes de acordo com Legislação do Corpo de Bombeiros. PRINCIPAIS FASES NA CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA As obras de construção, de maneira geral, estabelecem determinadas premissas para sua boa execução e que podem ser definidas assim: a) Projeto Arquitetônico: nessa etapa são delineadas a finalidades da obra, o seu estudo, a sua composição, assim como os materiais que serão utilizados, características de ventilação, iluminação. Bem se vê tratar-se de etapa das mais importantes, em vista de que todos os demais projetos complementares – fundações, estrutura, instalações, etc – serão desenvolvidos a partir das premissas definidas nessa etapa, necessitando, portanto, de tempo adequado para sua boa confecção. PRINCIPAIS FASES NA CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA b) Projeto estrutural: na sequência natural dos projetos, surge a etapa onde se dá vestimenta ao corpo da obra, ou seja, a estrutura, quando todos os componentes desse corpo devem ser devidamente trabalhados, de forma a estabelecer consonância com o projeto arquitetônico. É não menos importante do que o anterior, pois se o primeiro delineia as linhas básicas de uma obra, a estrutura vem dar conformação àquelas linhas. PRINCIPAIS FASES NA CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA Vale aqui a citação do Johnstom/Lim., em seu livro “Basic Steel Design”: “Um bom projetista estrutural pensa de fato em sua estrutura tanto ou mais do que pensa no modelo matemático que usa para verificar os esforços internos, baseado nos quais ele deverá determinar o material necessário, tipo, dimensão e localização dos membros que conduzem as cargas. A ‘mentalidade da engenharia estrutural’ é aquela capaz de visualizar a estrutura real, as cargas sobre ela, enfim ‘sentir’ como estas cargas são transmitidas através dos vários elementos até as fundações. PRINCIPAIS FASES NA CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA Os grandes projetistas são dotados daquilo que às vezes se tem chamado ‘intuição estrutural’. Para desenvolver a ‘intuição e sentir’, o engenheiro torna-se um observador arguto de outras estruturas. Pode até mesmo deter-se para contemplar o comportamento de uma árvore projetada pela natureza para suportar as tempestades violentas; sua flexibilidade é frágil nas folhas e nos galhos diminuídos, mas crescente em resiet6encia e nunca abandonando a continuidade, na medida em que os galhos se confundem com o tronco, que por sua vez se espalha sob sua base no sistema de raízes, que prevê sua fundação e conexão com o solo”. PRINCIPAIS FASES NA CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA c) Sondagens do Solo: é de fundamental importância para o bom delineamento, em especial, do sistema estrutural a ser adotado que, como já vimos, é um dos fatores preponderantes na análise de custos de uma obra em estrutura metálica. A partir da boa ou má qualidade do solo, o sistema estrutural proposto irá considerar as condições mais propícias para o apoio dessa estrutura sobre os elementos estruturais que compõe as fundações, podendo ou não, por exemplo, serem engastados nesses elementos. PRODUTOS SIDERÚRGICOS E PRODUTOS METALÚRGICOS Os produtos siderúrgicos, via de regra, podem ser classificados de forma geral em perfis; chapas e barras. As indústrias siderúrgicas produzem cantoneiras de abas iguais ou desiguais, perfis H, I ou Tê, perfis tipo U, barras redondas, barras chatas, tubos circulares, quadrados ou retangulares, chapas em bobinas, finas ou grossas; enquanto os produtos metalúrgicos são os compostos por chapas dobradas tais como perfis tipo U enrijecido ou não, cantoneiras em geral de abas iguais, perfil cartola, perfil Z ou trapezoidais, ou ainda, compostos por chapas soldadas para perfis tipo Tê soldado ou I soldado. DESIGNAÇÃO DOS PERFIS a) Perfis laminados ou conformados a quente: A designação de perfis metálicos laminados segue determinada ordem Código, altura (mm.), peso (Kg/m) Como exemplo de códigos teremos: L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais I – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ I ‘ H – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘H’ U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘U’ T – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘Tê’ DESIGNAÇÃO DOS PERFIS Como exemplo de designação de perfis teremos: L 50 x 2,46 – Perfil L de abas iguais de 50mm e peso de 2,46 kg/ml L 100 x 75 x 10,71 – Perfil L de abas desiguais de 100mm de altura por 75mm de largura e peso de 10,71 kg/ml I 200 x 27 – Perfil ‘ I ‘ com altura de 200mm e peso de 27 Kg/ml H 200 x 27 – Perfil ‘ H ‘ com altura de 200mm e peso de 27 Kg/ml U 200 x 27 – Perfil ‘ U ‘ com altura de 200mm com peso de 27 Kg/ml DESIGNAÇÃO DOS PERFIS b) Perfis de chapa dobrada ou perfis formados a frio (PFF): A designação de perfis metálicos de chapa dobrada segue determinada ordem Tipo, Altura, Aba, Dobra, Espessura (todas as medidas em mm) L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ U ‘ enrijecidos ou não Como exemplo de designação de perfis teremos: L 50 x 3 – Perfil L de abas iguais de 50mm e espessura de 3mm L 50 x 30 x 3 – Perfil L de abas desiguais de 50mm por 30mm e espessura de 3mm DESIGNAÇÃO DOS PERFIS U 150 x 60 x 3 – Perfil U não enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm e espessura de 3mm U 150 x 60 x 20 x 3 – Perfil U enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm, dobra de 20mm e espessura de 3mm A designação de perfis soldados seguem especificações dos fabricantes sempre na forma de perfil tipo ‘ I ‘ CS – Perfil colunasoldada (altura e abas com a mesma dimensão) VS – Perfil viga soldada CVS – Perfil coluna-viga soldada Como exemplo de designação de perfis teremos: CS 250 x 52 – Perfil CS com altura de 250mm e peso de 52 Kg/ml VS 600 x 95 – Perfil VS com altura de 600mm e peso de 95 kg/ml CVS 450 x 116 – Perfil CVS com altura de 450mm e peso de 116 Kg/ml DESIGNAÇÃO DOS PERFIS c) Outros produtos: Chapas finas a frio – possuem espessuras padrão de 0,30mm a 2,65mm e fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.200mm e 1.500mm e nos comprimentos de 2.000mm e 3.000mm, e também sob a forma de bobinas fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.100mmn, 1.200mm, 1.500mm e 1.800mm e nos comprimentos de 2.000mm, 3.000mm e 6.000mm, e também sob a forma de bobinas Chapas grossas – possuem espessuras padrão de 6,3mm a 102mm e fornecidas em diversas larguras padronizadas de 1.000mm a 3.800mm e em comprimentos de 6.000mm e 12.000mm DESIGNAÇÃO DOS PERFIS Barras redondas – apresentadas em amplo numero de bitolas que são utilizadas em chumbadores, parafusos e tirantes Barras chatas – apresentadas nas dimensões de 38 x 4,8 a 304 x 50 (mm) Barras quadradas – apresentadas nas dimensões de 50mm a 152mm Tubos estruturais – apresentados em amplo numero de dimensões e fornecidos em comprimento padrão de 6.000mm d) Nomenclatura S.A.E. Para os aços utilizados na indústria mecânica e por vezes também em construções civis, emprega-se com frequência a nomenclatura S.A.E. SAE 1020 – aço-carbono com 0,20% de carbono PADRÃO COMERCIAL DE PERFIS METÁLICOS PADRÃO COMERCIAL DE PERFIS METÁLICOS PADRÃO COMERCIAL DE PERFIS METÁLICOS NB 862 (NBR 8681) – Ações e Segurança nas estruturas NB 5 (NBR 6120) – Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações NB 599 (NBR 6123) – Forças Devido ao Ventos em Edificações NBR 14323 – Dimensionamento para Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio NBR 14432 – Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações PRINCIPAIS NORMAS PARA PROJETO E OBRAS EM ESTRUTURAS METÁLICAS TABELAS AÇOS ESTRUTURAIS PROCESSO DE FABRICAÇÃO Vimos anteriormente que os processos de obtenção do aço passaram ao longo dos tempos por algumas diversificações, desde os primeiros fornos “cavados” nas encostas, pelos primeiros fornos de alvenaria até alcançarem mediante profundas conquistas tecnológicas os denominados altos- fornos. Na atualidade, os metais ferrosos são obtidos por redução dos minérios de ferro nos altosfornos. AÇOS ESTRUTURAIS PROCESSO DE FABRICAÇÃO O método de fabricação consiste em se carregar, pela parte superior dos altos-fornos, o minério, o calcário e o carvão coque, materiais necessários no processo de fabricação. Pela parte inferior desses mesmos altos-fornos, insufla-se ar quente; o carvão coque queima produzindo calor e monóxido de carbono, que reduzem o óxido de ferro a ferro liquefeito, com excesso de carbono. O calcário converte o pó de coque e a ganga – minerais ferrosos do minério – em escória fundida. Na seqüência, pela parte inferior do forno, são drenados periodicamente a liga ferro-carbono e a escória. O forno funciona continuamente e o produto do alto-forno chama-se ferro gusa, uma liga de ferro ainda com alto teor de carbono e com diversas impurezas, cuja maior parte é transformada em aço. O refinamento do ferro fundido em aço consiste em reduzir-se a quantidade de impurezas a limites prefixados, quando, por exemplo, o excesso de carbono é eliminado com a aplicação de gás carbônico; os óxidos e outras impurezas se transformam em gases ou em escória que sobrenada o aço liquefeito. AÇOS ESTRUTURAIS PROCESSO DE FABRICAÇÃO Até há alguns anos atrás, basicamente existiam três processos de fabricação do aço: Conversor Besemer, Forno Siemens-Martin e Forno Elétrico. No primeiro caso, o processo era mais rápido, quando se coloca no Conversor – um recipiente forrado com tijolos com perfurações no fundo – o gusa derretido e injeta-se ar pelas perfurações ao fundo; o ar injetado queima o carbono e algumas impurezas, produzindo calor necessário para a operação que dura de dez a quinze minutos. O metal assim purificado pela injeção de ar é lançado em uma panela e em seguida transferido para os moldes de lingotes, as denominadas lingoteiras e, em seguida, enviado para a laminação. PROCESSO DE FABRICAÇÃO ESQUEMÁTICO DOS ALTOS-FORNOS
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