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1-Prática clínica e processo de cuidar em saúde do adulto 11

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DISCIPLINA:
Prática clínica e processo de cuidar em saúde do adulto
Prof. Emmanoela Paulino
A enfermagem segundo Wanda Horta é: 
A ciência e a arte de assistir o ser humano em suas necessidades básicas e torná-lo independente destas necessidades quando for possível através do auto cuidado. 
A enfermagem como ciência pode ser exercida em vários locais tais como: Hospitais, Empresas Particulares (Enf. do Trabalho), Escolas, Centros de Saude (Enf. de Saude Publica).
	 
PACIENTE 
Direito dos usuários de saúde
PORTARIA No 1.820, DE 13 DE AGOSTO DE 2009
Dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários da saúde.
O Ministro de Estado da Saúde, no uso das atribuições previstas no inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e considerando os arts. 6º e 196 da Constituição Federal;
Considerando a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes
Considerando a Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, de 2003, do Ministério da Saúde; 
Considerando a Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa no SUS, de 2007, do Ministério da Saúde, resolve:
CARTA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE
Art. 2º
Toda pessoa tem direito ao acesso a bens e serviços ordenados e organizados
	Visa garantir acesso:
	As ações e serviços para:
UNIVERSAL
IGUALITÁRIO
PROMOÇÃO
PROTEÇÃO
RECUPERAÇÃO
DA SAÚDE
	§ 1º O ACESSO será PREFERENCIALMENTE nos serviços de ATENÇÃO BÁSICA integrados por:
➢ Centros de saúde
➢ Postos de saúde,
➢ Unidades de saúde da família e
➢ Unidades básicas de saúde ou similares mais próximos de sua casa.
	§ 2º Nas situações de URGÊNCIA/EMERGÊNCIA,
QUALQUER serviço de saúde deve:
➢ receber e cuidar da pessoa, bem como
➢ encaminhá-la para outro serviço em caso de necessidade.
	§ 3º Em caso de RISCO DE VIDA ou LESÃO GRAVE, deverá ser assegurada a remoção do usuário, em tempo hábil e em condições seguras para um serviço de saúde com capacidade para resolver seu tipo de problema.
Art. 3º
Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu problema de saúde.
	Parágrafo único. 
É direito da pessoa ter ATENDIMENTO:
	E para isso deve ser ASSEGURADO:
I – ATENDIMENTO:
	II – INFORMAÇÕES sobre o seu estado de saúde, de maneira clara, objetiva, respeitosa e compreensível ;
	III – toda pessoa tem o direito de decidir se: Seus familiares e acompanhantes deverão ser informados sobre seu estado de saúde;
	V- O acesso à:
	
IV – Registro atualizado e legível no PRONTUÁRIO das seguintes informações:
motivo do atendimento e/ou internação;
dados de observação e da evolução clínica;
prescrição terapêutica;
avaliações dos profissionais da equipe;
procedimentos e cuidados de enfermagem;
quando for o caso, procedimentos cirúrgicos e anestésicos, odontológicos, resultados de exames complementares laboratoriais e radiológicos;
a quantidade de sangue recebida e dados que garantam a qualidade do sangue, como origem, sorologias efetuadas e prazo de validade;
identificação do responsável pelas anotações;
outras informações que se fizerem necessárias;
VI - o recebimento das receitas e as prescrições terapêuticas devem conter:
o nome genérico das substâncias prescritas;
clara indicação da dose e do modo de usar;
escrita impressa, datilografada ou digitada, ou em caligrafia legível;
textos sem códigos ou abreviaturas;
o nome legível do profissional e seu número de registro no conselho profissional;
a assinatura do profissional e a data.
Art. 4o 
Toda pessoa tem direito ao ATENDIMENTO
Parágrafo único. 
É direito da pessoa, na rede de serviços de saúde, ter atendimento humanizado, acolhedor, livre de qualquer discriminação, restrição ou negação em virtude de de idade, raça, cor, etnia, religião, orientação sexual, identidade de gênero,condições econômicas ou sociais, estado de saúde, de anomalia, patologia ou deficiência,
GARANTINDO-LHE:
I – identificação pelo nome e sobrenome civil, devendo existir, em todo documento do usuário e usuária, um campo para se registrar o nome social, independentemente do registro civil, sendo ASSEGURADO o uso do nome de preferência, NÃO podendo ser identificado por número, nome ou código da doença ou outras formas desrespeitosas ou preconceituosas;
II – a identificação dos profissionais, por crachás visíveis, legíveis e/ou por outras formas de identificação de fácil percepção;
III- nas consultas, nos procedimentos diagnósticos, preventivos, cirúrgicos, terapêuticos e internações, o seguinte:
a) a integridade física;
b) a privacidade e ao conforto;
c) a individualidade;
d) aos seus valores éticos, culturais e religiosos;
e) a confidencialidade de toda e qualquer informação pessoal;
f) a segurança do procedimento;
g) o bem-estar psíquico e emocional;
Art. 
5º Toda pessoa deve ter seus:
II – o sigilo e a confidencialidade de todas as informações pessoais, mesmo após a morte, salvo nos casos de risco à saúde pública
III - o ACESSO da pessoa ao conteúdo do seu prontuário ou de pessoa por ele autorizada
	VII – a indicação, de sua livre escolha, a quem confiará a tomada de decisões para a eventualidade de tornar-se incapaz de exercer sua autonomia;
	VIII – o recebimento ou a recusa à assistência:
 Religiosa Psicológica social
	IX – a LIBERDADE, em qualquer fase do tratamento, de: 
Procurar uma segunda opinião, ou o parecer de outro profissional ou serviço Sobre seu estado de saúde, ou sobre procedimentos recomendados;
Art. 6º
Toda pessoa tem RESPONSABILIDADE para que seu tratamento e recuperação sejam:
 
 Adequados e sem interrupção
	Todo cidadão deve se comprometer a:
Prestar informações apropriadas nos atendimentos, nas consultas e nas internações sobre queixas, enfermidades e hospitalizações anteriores, história de uso de medicamentos e/ou drogas, reações alérgicas e demais indicadores de sua situação de saúde. 
Art. 7º
Toda pessoa tem direito:
	à informação sobre os serviços de saúde
e aos diversos mecanismos de participação.
Modelos Assistenciais do SUS
A Construção dos Modelos Assistenciais do SUS
	Entre estas questões, destacamos a forma de organização e hierarquização das redes assistenciais, em que a ideia predominante envolve uma: imagem em pirâmide. 
	Para a atenção à saúde, bem como a ideia da complexidade crescente: em direção ao topo.
	Hospital no topo e rede básica como porta de entrada do sistema de saúde
	Atencao
A forma piramidal é uma das maneiras mais fáceis de demonstrar a rede hierarquizada, mas o SUS é organizado em forma de rede – regionalizada e hierarquizada. 
E a enfermagem??
OBJETIVO DAS TÉCNICAS DE ENFERMAGEM
MÉTODO DE TRABALHO DA ENFERMAGEM
Para racionalizarmos a prestação do cuidado, temos como exemplo o seguinte método de trabalho:
Conversar com paciente, explicando o que vai ser feito, por mais simples que seja o procedimento.
Preparar o ambiente, providenciando iluminação adequada, ventilação, privacidade (se necessário colocar biombo). Desocupar a mesa de cabeceira.
Lavar as mãos.
Separar e organizar o material, colocando-o na bandeja.
Executar o cuidado: - mantendo postura correta, agindo com rapidez e segurança, observar o paciente e interagir com ele.
Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem.
Providenciar a limpeza e a ordem do material.
Lavar as mãos.
Fazer as anotações de enfermagem referentes aos cuidados prestados e as observações feitas durante o mesmo.
 Anotações de enfermagem??
IMPORTÂNCIA DAS ANOTAÇÕES EM ENFERMAGEM
Registrar é, além de documentar, uma forma de comunicar, estabelecendo por escrito as ocorrências clínicas do paciente, as ações assistenciais executadas, os problemas reais e potenciais identificados, bem como as medidas implementadas. 
PRONTUÁRIO 
	O prontuário é constituído de um conjunto de documentos padronizados, contendo informações geradasa partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência prestada a ele, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.
	Objetivos do prontuário:
Proporcionar uma anotação escrita de todos os dados acerca do paciente;
Auxiliar no diagnóstico e tratamento;
Oferecer dados e informações para a auditoria, pesquisa e estatística;
É um documento para fins legais e serve como evidencia diante do tribunal; 
REGISTRO DE ENFERMAGEM
Devem ser observados princípios gerais de registro como, por exemplo:
Informar de maneira correta, completa e objetiva, utilizando linguagem clara e gramática correta;
Registrar com letra legível, sem rasuras; o uso de corretivos deve ser evitado, devido o caráter legal da documentação do enfermo;
Dispensar os termos “cliente” ou “paciente”, ao iniciar o registro, pois a ficha de anotação é individual;
Usar termos técnicos adequados;
Proceder às anotações após a execução dos cuidados, pois a qualidade é superior daquele registro realizado tardiamente, documentar as ocorrências do enfermo cronologicamente;
	Incluir data e hora, assinar o nome legivelmente ao final de cada registro, cargo e o número do registro de classe (COREN);
	Registrar os procedimentos que foram efetuados por você, evitar anotar cuidados executados por outras pessoas;
	Usar tinta azul ou preta para o turno diurno e vermelha para o noturno, ou seguir a orientação do serviço;
	Evitar espaços em branco, parágrafo no registro, usar linha para direita a fim de preencher espaços vazios;
	Usar abreviaturas reconhecidas ou aprovadas pela instituição (ex.: comp., VO, SC, ID);
	Evitar o uso de termos gerais (ex.: “sem queixas, segue aos cuidados da Enfermagem”; pode ser registrado: não referiu dor no horário ou sem necessidade de medicação para dor);
		
Devemos evitar o registro de relatos de confidências que o enfermo venha a fazer a equipe de Enfermagem; considerar sempre o sigilo profissional;
Anotar precauções de segurança (ex.: medidas para conter o paciente, grades laterais elevadas, dentre outras);
Evitar os erros no registro, porém, se ocorrerem, estes devem ser corrigidos com a utilização dos termos “digo”, “retificando”, “sem efeito”, ou de acordo com a orientação de cada serviço;
Registrar o termo “em tempo” seguido do horário, e escrever o que esqueceu, dando continuidade as anotação;
Observar nos casos de emergência em que é permitida a ordem médica verbal, por exemplo, a administração de medicamentos e realização de procedimentos. Ao término da urgência tudo deve ser registrado pela Enfermagem e prescrito pelo médico;

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