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RESENHA SOBRE LETRA DE CÂMBIO

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1 
RESENHA SOBRE LETRA DE CÂMBIO 
Avaliação 1 – Direito Empresarial II 
Professora: Mônica França 
Aluno: Ramon Ferreira 
Mat. 2017200688 
 
 Uma das mais importantes e antiga espécie dos títulos de 
crédito é a Letra de Câmbio, regida pelos decretos de 2.044/1908 e 
57663/1966, sendo o decreto posterior abarcando lei internacional, 
trazendo a mesma ao nosso ordenamento jurídico vigente, a lei 
Uniforme de Genebra, porém não só por este fato o referente título é 
frequentemente citado e estudado, tal fato se dá pela espécie comportar 
todos os instrumentos por nós até aqui estudados, há como se usar para 
falarmos do aceite, aval, endosso entre outros. 
 
 Como já havíamos visto, o presente título de crédito citado, 
segue modelo livre de criação, o criador do título de crédito não tem por 
determinação uma forma estética, pré-determinada de como se cria o 
mesmo, devendo somente observar requisitos necessários à sua 
validade, senão vejamos; 
 
 O ordenamento jurídico vigente, determina que requisitos a 
letra de câmbio sejam. A – A determinação “letra de câmbio” inscrita 
no próprio texto do título, não bastando constar fora do texto, mesmo 
que tenha grifo, a e mesma deverá ser no idioma a qual ocorrer a devida 
transação. B – O mandato puro e simples, ou seja, não sujeito a 
nenhuma condição, de pagar quantia determinada (LU, art. 1º, n.2). C – 
O nome do sacado (LU, art. 1º, n. 3) e sua identificação pelo número de 
sua cédula de identidade, inscrição no cadastro de pessoa física, do 
título eleitoral ou da carteira profissional. (Lei n. 6.268, de 1975, art. 
3º). D – O lugar do pagamento ou da indicação de um lugar ao lado do 
nome do sacado, o qual será tomado como lugar do pagamento e como 
domicílio do sacado (LU, art. 1º, n. 5, c/c o art. 2º, terceira alínea). E – 
O nome do tomador, o que quer dizer que não se admite letra de câmbio 
sacada ao portador (LU, art. 1º, n.6). F – Local e data do saque, podendo 
ser a indicação deste local substitua por menção de um ligar ao lado do 
nome do sacador (LU, art. 1º, n. 7, c/c art. 2º, última alínea). G – 
Assinatura do sacador (LU, art. 1º, n. 8). 
 
2 
 
 A época do vencimento deve fazer parte do título de crédito, 
entretanto a sua falta não inviabiliza a o instrumento como título de 
crédito, pois é descrito que na sua ausência, a letra de câmbio será à 
vista (LU, art. 2º, segunda alínea) 
 
 Os devedores de títulos de crédito divididos em duas 
categorias: Devedor principal – Que na letra de Câmbio é o aceitante, e 
os coobrigados, que nesta espécie de títulos, são o sacador e os 
endossantes. Os avalistas se enquadram em um outro grupo em função 
do enquadramento respectivo avalizado. 
 
 Para tornar-se exigível o crédito cambiário contra o devedor 
principal, basta o vencimento do título; já em relação aos coobrigados, 
é necessária, ainda, a negativa de pagamento do título vencido por parte 
do título vencido por parte do devedor principal. Em virtude do 
princípio da literalidade, a comprovação deste fato deve ser feita por 
protesto do título, o qual se consubstancia, então, em condições de 
exigibilidade desse crédito, nos mesmos termos, na hipótese de recusa 
do aceite. Para produzir esse efeito, contudo, o protesto deve ser 
providenciado pelo credor de um prazo estabelecido por lei. 
 
 Um coobrigado, portanto, ao contrário do que ocorre em 
relação ao devedor principal, não está vinculado ao pagamento do título 
não protestado ou protestado fora do prazo, mas se a cambial estiver 
regularmente protestada, o coobrigado não poderá quedar-se ao 
pagamento. 
 
 O coobrigado que paga o título de crédito, tem o direito de 
regresso contra o devedor principal e contra os coobrigados 
anteriormente. As obrigações representadas por um título de crédito só 
se extinguem, todas, com o pagamento, pelo aceitante, do valor do 
crédito. Para se localizarem os coobrigados na cadeia de anterioridade 
das obrigações cambiais, adotam-se os seguintes critérios: A – Sacador 
da letra de câmbio é anterior aos endossantes; B – Os endossantes são 
dispostos, na cadeia, segundo o critério cronológico; C – O avalista se 
insere na cadeia em posição imediatamente posterior ao respectivo 
avalizado. Organizando os devedores de um título de crédito, de acordo 
com esses critérios, na cadeia de anterioridade, será possível definir 
quem, dentre eles, é credor, em regresso de quem. 
 
3 
 
 No pagamento, é existo uma, algumas ou todas as 
obrigações representadas por um título de crédito. Se o pagamento é 
realizado por um coobrigado ou pelo avalista do aceitante, são existas 
as obrigações de quem pagou e mais as dos coobrigados posteriores; se 
o pagamento é feito pelo aceitante da letra de câmbio, extinguem-se 
todas as obrigações cambiais. 
 
 Devendo o pagamento ser realizado no prado da lei, que 
difere segundo o lugar de sua efetivação. Sendo a letra de câmbio 
adimplida no exterior, o credor deve apresentar o título do aceitante no 
dia do vencimento ou num dos dois dias úteis seguintes (LU, art. 38). 
Já se a letra de câmbio é adimplida no Brasil, o credor deverá apresentá-
la ao aceitante para pagamento no dia do vencimento, não sendo dia 
útil, deverá ser adimplida no dia útil seguinte, segundo (art. 5º do Anexo 
II da Convenção de Genebra, c/c art. 20 do Decreto n. 2.044/1908). Se 
não for observado o prazo de apresentação para pagamento, o credor 
não perderá o direito ao crédito cambiário. Mas ocorrendo assim, 
qualquer devedor poderá depositar em juízo por conta do credor, o valor 
da prestação. Responderá, portanto, o credor de letra de câmbio não 
apresentada tempestivamente para o pagamento, pelo ressarcimento das 
despesas de eventual depósito judicial feito pelo devedor principal ou 
por um coobrigado. Somente na hipótese da letra de câmbio com a 
cláusula “sem despesas”, que dispensa o protesto para fins de 
conservação do direito de crédito contra coobrigados, ou parte de deles, 
é que a inobservância do prazo de apresentação para pagamento importa 
consequência distinta, a saber: perda do direito de crédito contra todos 
os coobrigados, nos termos do art. 53 da LU. 
 
 Para fins cambiais, considera-se útil o dia em que há 
expediente bancário, independentemente de ser, ou não, feriado local 
ou nacional (Lei n. 9.492/97, art. 12, § 2º). 
 
 Pode ocorrer o pagamento parcial da letra de cambio, desde 
que seja observado alguns requisitos que a doutrina recomenda, a saber: 
a – Somente o aceitante poderá optar pelo pagamento parcial, que não 
poderá ser recusado pelo credor; b – o título permanece em posse do 
credor, que nele deve lançar quitação parcial; c – os coobrigados e o 
avalista do aceitante podem ser cobrados pelo saldo não pago, sendo 
 
4 
necessário o protesto para a responsabilização do sacador, endossantes 
e avalistas. 
 
 A letra de câmbio é uma obrigação de natureza quesível, 
sendo assim, cabe ao credor a faculdade e iniciativa para obtenção da 
satisfação da referida prestação. Devendo ele procurar o devedor para 
receber o valor do título ou avisá-lo do local onde poderá ser efetuado 
o cumprimento, ao contrário do devedor de obrigação portável, ao 
devedor cambial, não cabe a iniciativa para a solução da pendência. De 
qualquer forma, a inobservância da cláusula quesível ou portável não 
invalida o pagamento. 
 
 Podemos ver a seguir os elementos devidamente expostos, 
da constituição do crédito cambiário. 
 
SAQUE – A letra de Câmbio é uma ordem de pagamento. Isto significa 
que do seu saque, de sua criação, decorre o surgimento de três situações 
jurídicas distintas. A primeira é aquele que dá a ordem jurídica de 
pagamento, que determina que certa quantia será paga por uma pessoa 
a outra (sacador), em segundo lugar é aquele a quem a ordem é 
endereçada, ou seja a quem, dentro das condições estabelecidas, deverá 
realizar o pagamento ordenado (sacado), finalmente vemos o 
beneficiário da determinada ordem de pagamento, sendo assim o credor 
da quantia mencionada no título (tomador).ACEITE – O sacado de uma letra de câmbio, não tem nenhuma 
obrigação cambial pelo só fato de o sacador ter-lhe endereçado a ordem 
de pagamento. Estará vinculado ao pagamento do título apenas se 
concordar em atender à ordem que lhe é dirigida. O sacado, em 
nenhuma hipótese, está obrigado a cumprir o ordenado por esta espécie 
de título de crédito. 
 O ato cambial pelo qual o sacado concorda em acolher a ordem 
incorporada pela letra de câmbio se chama “aceite”, nada o obriga a 
aceitar a letra de câmbio, nem sequer a prévia existência de obrigação 
perante o sacador ou o tomador. O sacado somente assumirá obrigação 
cambial, pelo aceite, se o desejar. 
 
ENDOSSO – A letra de câmbio é título sacado, em regra, com a 
cláusula “à ordem”. Isto significa que o seu credor pode negociar o 
crédito por ela representado mediante um negócio jurídico transladador 
 
5 
da titularidade do crédito, de efeitos cambiais, chamado endosso. 
Conceitua-se, então, endosso como o ato cambiário que opera a 
transferência do crédito representado por título “à ordem”. É claro, a 
alienação do crédito fica, ainda, condicionada à tradição do título, em 
decorrência do princípio da carturalidade. 
 
AVAL – O pagamento de uma letra de câmbio pode ser integral ou 
parcial, garantido por aval. Por este ato cambial de garantia, uma 
pessoa, chamada avalista, garante o pagamento do título em favor do 
devedor principal ou de um coobrigado. O devedor em favor de quem 
foi o garantido o pagamento do título de avalizado. 
 O avalista é o responsável da mesma forma que o seu avalizado, 
diz o art. 32 da LU (CC, art. 899). Isto não significa, contudo, uma 
atenuação do princípio da autonomia. A obrigação do avalista é 
autônoma em relação a do avalizado, como esclarece a própria lei. 
Eventual nulidade da obrigação do avalizado não compromete a do 
avalista. Quando a lei equiparou as responsabilidade de um e de outro 
coobrigado, pretendeu em suma, apenas prescrever que o avalista 
responde pelo pagamento do título perante todos os credores do 
avalizado e uma vez realizando o pagamento, poderá voltar-se contra 
todos os devedores do avalizado, além do próprio evidentemente.

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