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Financas das Empresas - Capitulo 7 - Custo Medio Ponderado de Capital (WACC) (1)

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Faculdade de Ciências Administrativas, Econômicas e Contábeis - FAEC 
 
Disciplina: Finanças das Empresas 
Código: 
Professor: Joaquim Cândido de Sousa Filho 
 
 
Capítulo 7 – Custo de Capital 
 
 7.1 – Custo de Fontes específicas de capital 
 7.2 – Custo da dívida de longo prazo 
 7.3 – Custo da ação preferencial 
 7.4 – Custo da ação ordinária 
 7.5 – Custo de lucros retidos 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital 
 7.7 – Custo marginal ponderado de capital 
 
 
1 
2 
 7 – Custo de Capital 
 
 Conceito de Capital: 
 Sá & Sá (1989): O capital é um fundo de valores ou conjunto de 
bens, créditos e débitos colocados à disposição da empresa, com a 
finalidade de gerar resultados econômicos e financeiros. 
 
 Onde está investido o capital de uma empresa? 
 O capital de uma empresa está investido no Ativo, com o objetivo 
de gerar retornos adequados. 
 
 Quem fornece o capital de uma empresa? 
 O capital de uma empresa é fornecido por terceiros e pelos 
acionistas ou sócios. 
3 
 Conceito de Capital: 
 
 No Balanço Patrimonial, onde está representado o Capital? 
 A parte dos acionistas ou sócios é representada pelo capital próprio (Patrimônio 
Líquido). 
 A parte de terceiros (investidores) é representada pelo exigível a longo prazo. 
 
 Para fins de análise e tomada de decisões sobre estrutura de capital, são 
considerados somente os fundos permanentes e de longo prazo, pois as 
estruturas de capital, por serem de natureza estratégica, não são 
freqüentemente alteradas. 
 
 Vale ressaltar, no entanto, que em algumas situações de escassez de capital de 
longo prazo, o capital de curto prazo pode assumir importância significativa 
em algumas empresas. 
4 
 Conceito de Capital: 
 
 
 Capital de Curto Prazo 
 
 
 
 
 
 Capital de Terceiros Capital 
 Permanente 
 de Longo 
 Capital Próprio Prazo 
 
 
 
 
A 
T 
I 
V 
O 
 
Passivo 
Circulante 
 
Exigível a 
Longo 
Prazo 
 
Patrimônio 
Líquido 
5 
 Conceito de Capital: 
 
 As principais diferenças entre capital próprio e capital de terceiros são: 
 
 a) O tempo de permanência dos fundos na empresa, de modo que o capital de 
terceiros tem um prazo determinado que é a data do vencimento da obrigação. 
 
 b) Os credores, fornecedores de capital sob a forma de empréstimos e 
financiamentos, têm contrato com os tomadores de recursos assegurando seus 
rendimentos sob a forma de juros, enquanto os sócios ou os acionistas 
dependem do resultado da empresa para obterem o retorno sobre seus 
investimentos. 
 
 c) Os credores podem exigir garantias reais hipotecárias (normalmente, quando 
se trata de obrigação a longo prazo), enquanto os proprietários de parcelas do 
capital social não têm qualquer garantia sobre os recursos investidos na empresa 
e assumem o risco do empreendimento. 
 
6 
 Conceito de Capital: 
 
 As principais diferenças entre capital próprio e capital de terceiros 
são: 
 
 d) Os acionistas e os quotistas têm interesse e participam na gestão 
da empresa, enquanto os credores têm interesse na sua 
performance para assegurar o recebimento de seus direitos. 
 
 e) Os acionistas ou os quotistas focam seus interesses no retorno 
enquanto os credores focam a capacidade de pagamento. 
 
 f) Os juros pagos aos credores são considerados dedutíveis para 
fins de tributação do lucro, enquanto os dividendos não são 
dedutíveis. No Brasil, temos a figura dos “juros sobre o capital 
próprio”, que também representam uma forma de distribuição de 
resultado e que é objeto do planejamento tributário de várias 
empresas. 
7 
 Conceito de Capital: 
 
 Vamos reforçar alguns pontos já vistos até agora: 
 
 1) Os investidores fornecem os fundos necessários aos 
administradores, ou o capital, para empreender projetos. 
 
 2) Os administradores, se forem bons gestores do dinheiro 
confiado a eles, investem somente em projetos que produzam 
taxas de retorno, no mínimo, tão altas quanto os retornos que os 
investidores poderiam obter em outro lugar. 
 
 3) O retorno que os investidores poderiam obter em outro lugar é 
seu custo de oportunidade de capital, também chamado sua taxa de 
retorno requerida, ou taxa mínima de atratividade (TMA). 
8 
 Conceito de Capital: 
 
 Gitman (2006): “O termo capital denota os fundos de longo prazo de uma 
empresa. Todos os itens que aparecem no lado direito do balanço patrimonial da 
empresa, excluindo os passivos circulantes, são fontes de capital. 
 
 O capital de terceiros inclui todos os empréstimos de longo prazo contraído 
pela empresa, incluindo as obrigações emitidas (debêntures e ações). 
 
 O capital próprio é representado pelos fundos de longo prazo proporcionado 
pelos proprietários da empresa, ou seja, seus acionistas. 
 
 Uma empresa pode obter capital próprio internamente, retendo lucros em lugar 
de distribuí-los, como dividendos a seus acionistas, ou externamente, vendendo 
ações ordinárias ou preferenciais. 
 
9 
 Conceito de Capital: 
 
 Ação Ordinária: têm direito a voto, o que lhes permite escolher a diretoria da 
empresa e votar em assuntos especiais. 
 
 Ação preferencial: têm direito sobre os dividendos. 
 
 Os acionistas preferenciais podem receber o direito de voto somente quando a 
empresa tiver violado suas obrigações contratuais com eles. 
 
 Os acionistas têm direitos sobre resultados e ativos secundários em relação 
aos demais credores. 
 
 O que isto quer dizer? 
 
 Os direitos dos acionistas sobre resultados e ativos não podem ser atendidos até 
que os direitos de todos os credores (incluindo tanto pagamento de juros quanto 
pagamentos programadas de amortização) tenham sido pagos. 
 
10 
 Conceito de Capital: 
 
 Se a empresa quebrar, seus ativos serão vendidos e o produto da 
venda será distribuído na seguinte ordem: funcionários, governo, 
credores, e, finalmente, acionistas. 
 
 Como os proprietários são os últimos a receber qualquer 
distribuição de ativos, eles esperam conseguir retornos mais altos 
por meio de dividendos e/ou aumentos do preço da ação. 
 
11 
 Conceito de Capital: 
 
Diferenças entre Capital de Terceiros e Capital Próprio 
 
 
Características 
Tipo de Capital 
Capital de Terceiros Capital Próprio 
Influências nas decisões 
da administração 
Não Sim 
Direitos sobre resultados 
e ativos 
Preferencial em relação 
ao capital próprio 
Subordinado ao capital 
de terceiros 
 
Prazo de Vencimento 
 
Determinado 
 
Nenhum 
 
Tratamento Fiscal 
 
Dedução de juros 
 
Não há dedução 
12 
 Conceito de Capital: 
 
 
 No caso de violação das obrigações contratuais pelo emitente 
(acionista ordinário), os credores e os acionistas preferenciais 
podem receber o poder de influenciar as decisões da 
administração, caso contrário, somente os acionistas ordinários 
têm direito de voto. 
 
13 
 Conceito de Custo de Capital: 
 
 Gitman (2006): “O custo de capital é a taxa de retorno que uma empresa deve 
conseguir nos projetos em que investe para manter o valor de mercado de sua 
ação”. 
 
 O custo de capital também pode ser considerado a taxa de retorno exigida pelos 
fornecedores de capital no mercado para que seus fundos sejam atraídos. Se o 
risco for mantido constante, os projetos coma taxa de retorno superior ao custode capital elevarão o valor da empresa e aqueles com taxas inferiores o 
reduzirão. 
 
 Trocando em miúdos: 
 
 Investimentos que podem aumentar o valor da empresa têm: 
 
 VPL > 0 ou TIR > Custo de Capital. 
 
14 
 Variáveis que podem afetar o custo de capital 
 
 Risco Econômico: supomos que o risco de que a empresa não seja 
capaz de cobrir os custos operacionais não varia. Essa hipótese 
significa que a aceitação de um projeto por uma empresa não afeta 
sua capacidade de cobrir os custos operacionais. 
 
 Risco Financeiro: supomos que o risco de que a empresa seja 
incapaz de saldar os compromissos financeiros (pagamento de 
juros, aluguéis, dividendos de ações preferenciais) não variam. 
Essa hipótese significa que os projetos são financiados de tal 
maneira que a capacidade de cobertura de custos de 
financiamentos pela empresa não se altera. 
 
 Há, ainda, outros riscos: 
 Risco Político, Risco de Crédito, Risco de Obsolescência, Risco 
Ambiental, entre muitos outros. 
 
15 
 Custo de Capital : um conceito básico 
 
 O custo de capital é estimado em um momento específico. Reflete 
o custo futuro médio de fundos no longo prazo. Embora as 
empresas geralmente captem recursos em lotes, o custo de capital 
deve refletir a inter-relação das atividades de financiamento. 
 
 A maioria das empresas procura manter uma combinação ótima 
desejada de capital de terceiros e capital próprio. Essa combinação 
é comumente conhecida pelo nome de estrutura ideal de capital. 
 
 Para captar a idéia de inter-relação de fontes de financiamento, 
supondo a existência de uma estrutura ideal de capital, devemos 
considerar o custo geral de capital, e não o custo da fonte 
específica de fundos usada para financiar um investimento. 
 
16 
 Custo de Capital : um conceito básico 
 
 Uma empresa possui atualmente uma oportunidade de 
investimento. 
 Suponha o seguinte: 
 Melhor projeto disponível hoje: 
 Custo = $ 100.000 
 Duração: 20 anos 
 TIR = 7% 
 
 Custo da fonte mais barata de financiamento disponível 
 Capital de terceiros: 6% 
 
 Como a empresa pode conseguir 7% de retorno no investimento 
de fundos que custam apenas 6%, a empresa resolve aproveitar a 
oportunidade de investimento. 
 
17 
 Custo de Capital : um conceito básico 
 
 Imagine que uma semana mais tarde surja uma nova oportunidade 
de investimento: 
 
 Melhor projeto disponível uma semana mais tarde 
 Custo = $ 100.000 
 Duração: 20 anos 
 TIR = 12% 
 
 Custo da fonte mais barata de financiamento disponível: 
 Capital próprio = 14% 
 
 Neste caso a empresa rejeita a oportunidade de investimento, pois 
o custo de financiamento de 14% é superior ao retorno esperado 
de 12%. 
 
18 
 Custo de Capital : um conceito básico 
 
 As decisões foram as melhores , do ponto de vista dos proprietários? 
 
 Não. 
 
 Foi aceito um projeto que renderá 7% e rejeitado outro que permitiria retorno de 
12%. 
 Sem dúvida deve existir uma maneira melhor de tomar tal decisão, e de fato há: 
a empresa pode usar um custo combinado, o qual no longo prazo levará a 
decisões melhores. 
 Ponderando o custo de cada fonte de financiamento por sua proporção ideal na 
estrutura de capital, ela poderá obter um custo médio ponderado refletindo a 
inter-relação das decisões de financiamento. 
 
19 
 Custo de Capital : um conceito básico 
 
 Suponha que a combinação desejada seja 50% de capital de terceiros e 50% de 
capital próprio. Qual seria o custo médio ponderado de capital? 
 
 Custo capital de terceiro: 0,50 x 6% = 3,00% 
 Custo capital próprio : 0,50 x 14% = 7,00% 
 Custo médio ponderado = 10,00% 
 
 Com esse custo, a primeira oportunidade teria sido rejeitada, pois sua TIR era 
de 7%, a qual é menor do que o custo médio ponderado de 10,00%. 
 A segunda opção teria sido aceita, pois sua TIR era de 12%, a qual é maior do 
que o custo médio ponderado de 10,00%. 
 
 É evidente que a segunda opção de investimento é melhor do que a primeira 
opção. 
 
20 
 7.1 – Custo de fontes específicas de capital 
 
 Neste capítulo vamos concentrar nossa atenção às fontes de 
fundos de longo prazo, pois são estas fontes que proporcionam 
financiamentos permanentes. 
 O financiamento de longo prazo sustenta os investimentos em 
ativos permanentes da empresa. 
 
 Há quatro fontes básicas de fundos de longo prazo para a 
empresa: 
 
 Capital de terceiros 
 Emissão de ações preferenciais 
 Emissão de ações ordinárias 
 Retenção de lucros 
21 
 7.1 – Custo de fontes específicas de capital 
 
 O lado direito de um balanço patrimonial pode ser utilizado para ilustrar tais 
fontes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fontes de recursos 
 de Longo Prazo 
 
 
 
Balanço Patrimonial 
A 
T 
I 
V 
O 
 
Passivo Circulante 
Dívida de Longo Prazo 
Patrimônio Líquido 
Ações Preferenciais 
Capital Social 
Ações Ordinárias 
Lucros retidos 
22 
 7.1 – Custo de fontes específicas de capital 
 
 Embora nem todas as empresas usem todos esses métodos de 
financiamento, espera-se que cada uma tenha fundos de algumas 
dessas fontes em sua estrutura de capital. 
 
 O custo específico de cada fonte de financiamento é o custo de sua 
obtenção agora, após o imposto de renda, e não o custo histórico 
refletido no financiamento existente de acordo com a 
contabilidade da empresa. 
 
 As técnicas de determinação do custo específico de cada fonte de 
fundo de longo prazo será o nosso objeto de estudo a partir de 
agora. 
 
 
23 
 7.2 – Custo da dívida de longo prazo ou o Custo de capital de terceiros de 
longo prazo 
 
 Custo de capital de terceiros de longo prazo = Ki 
 
 Este custo é o custo após o imposto de renda. 
 Vamos supor que os fundos sejam captados por meio de venda de obrigações e 
que os pagamentos de juros das obrigações sejam pagamentos anuais. 
 
 Recebimentos líquidos 
 A maioria das dívidas de longo prazo é assumida por meio de venda de 
obrigações. Os recebimentos líquidos com a venda de uma obrigação ou de 
qualquer título são os fundos efetivamente recebidos com ela. 
 Os custos de lançamentos – os custos totais de emissão e venda de um título – 
reduzem os recebimentos líquidos proporcionados pela venda. 
 
 Estes custos aplicam-se a todos os lançamentos públicos de títulos: obrigações, 
ações preferenciais e ações ordinárias. 
24 
 Recebimentos líquidos 
 
 Estes custos incluem dois componentes: 
 Custos de underwriting: remuneração recebida pelos bancos de 
investimentos para realizar a venda dos títulos. 
 
 Custos administrativos: despesas do emitente, como gastos com 
serviços de assistência jurídica e contábil, impressão e outros. 
 
 
 Vamos a um exemplo prático. 
 
25 
 7.2 – Custo da dívida de longo prazo ou o Custo de capital de 
terceiros de longo prazo 
 
 A Duches Corporation, uma importante fabricante de ferramentas, 
está estudando a possibilidade de vender obrigações com prazo de 
vinte anos e cupom de 9% (cupom é a taxa anual de juros que o 
emitente irá pagar aos investidores que adquirirem as obrigações), 
com valor de face de $ 1.000, no valor total de $ 10 milhões. 
 Como obrigações com risco semelhante rendem mais do que 9%, a 
empresa deve vender as obrigações por $ 980 para compensar o 
cupom mais baixo. 
 Os custos de lançamento correspondem a 2% do valor de face 
(0,02 x $ 1.000), ou $ 20. 
 Os recebimentos líquidos para a Duches Corporation com a venda 
de cada obrigação são, portanto, iguais a $ 980 - $ 20 = $ 960. 
26 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda 
 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Este custo, no caso de uma obrigação,pode ser obtido de três 
maneiras: 
 
 Cotação 
 Cálculo 
 Aproximação 
 
27 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Cotação de Custos 
 
 Quando os recebimentos líquidos com a venda de uma obrigação 
são iguais a seu valor de face, o custo antes do imposto de renda 
iguala-se à taxa de cupom. 
 
 Por exemplo: uma obrigação com cupom igual a 10% e que gera 
recebimentos iguais ao valor de face de $ 1.000 teria um custo 
antes do imposto de renda, Kd, igual a 10%. 
 
 Uma segunda cotação, usada às vezes, é o retorno esperado até o 
vencimento de uma obrigação com risco semelhante. 
 Por exemplo, se uma obrigação com risco semelhante tem um 
retorno esperado até o vencimento de 9,7%, esse valor pode ser 
empregado como custo de capital de terceiros antes do imposto de 
renda, Kd. 
28 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Cálculo do custo 
 Esse enfoque consiste em encontrar o custo de capital de terceiros 
antes do imposto de renda calculando a taxa interna de retorno 
(TIR) dos fluxos de caixa da obrigação. 
 Do ponto de vista do emitente, esse valor é o custo até o 
vencimento dos fluxos de caixa associados à divida. 
 O custo até o vencimento pode ser calculado por uma técnica de 
tentativa e erro ou por uma calculadora financeira. 
 Neste caso, a TIR calculada, representa o custo anual de capital de 
terceiros antes do imposto de renda. 
 
 Vamos retornar ao nosso exemplo: 
 
 
29 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Cálculo do custo 
 
 A Duches Corporation, uma importante fabricante de ferramentas, está 
estudando a possibilidade de vender obrigações com prazo de vinte anos e 
cupom de 9% (cupom é a taxa anual de juros que o emitente irá pagar aos 
investidores que adquirirem as obrigações), com valor de face de $ 1.000, no 
valor total de $ 10 milhões. 
 Como obrigações com risco semelhante rendem mais do que 9%, a empresa 
deve vender as obrigações por $ 980 para compensar o cupom mais baixo. 
 Os custos de lançamento correspondem a 2% do valor de face (0,02 x $ 1.000), 
ou $ 20. 
 Os recebimentos líquidos para a Duches Corporation com a venda de cada 
obrigação são, portanto, iguais a $ 980 - $ 20 = $ 960. 
 
30 
 Neste exemplo, os recebimentos líquidos com a venda de uma 
obrigação com valor de face de $ 1.000, cupom de 9% e prazo de 
20 anos eram iguais a $960. 
 O cálculo do custo anual é bastante simples. 
 A série de fluxos de caixa é exatamente o oposto de uma sério 
convencional, ou seja, começa com uma entrada inicial (os 
recebimentos líquidos), seguindo-se uma série de saídas anuais (os 
pagamentos de juros). 
 No último ano, quando a dívida é liquidada, também há uma saída, 
que representa a devolução do principal. 
 Os fluxos de caixa associados à emissão de obrigações pela 
Duchess Corporation são os seguintes: 
 
 
31 
 
 
 
 
 
 
 A entrada inicial de $ 960 é seguida por saídas anuais de juros de $ 90 (cupom 
de 9% x valor de face de $ 1.000) durante o prazo de vinte anos da obrigação. 
No ano 20, ocorre uma saída de $ 1.000 (a devolução do principal). 
 Podemos determinar o custo desta dívida calculando a TIR, ou seja, a taxa de 
desconto que iguala o valor presente das saídas à entrada inicial. 
 
 TIR = 9,452% 
Final do(s) ano (s) Fluxo de caixa 
0 960 
Primeiro ao vigésimo ano (90) 
Vigésimo ano (1000) 
32 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Aproximação do custo 
 
 O custo de capital de terceiros antes do imposto de renda, Kd, para 
uma obrigação com valor de face de $ 1.000, pode ser 
aproximado com o uso da seguintes equação: 
 
 i + $ 1.000 - Nd 
 n 
 Kd = 
 Nd + $ 1.000 
 2 
 i = juros anuais em dólares 
 Nd = recebimentos líquidos com a venda do título (obrigação) 
 n = número de anos até a data de vencimento da obrigação 
 
33 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Aproximação do custo 
 
 Inserindo os valores apropriados do exemplo da Duchess 
Corporation na fórmula de aproximação: 
 
 i + 1.000 – 960 
 20 
 Kd = = 90 + 2 = 9,4% 
 960 + 1.000 980 
 2 
 
• Este custo aproximado de capital de terceiros antes do imposto de 
renda está próximo do valor de 9,452% calculado com exatidão no 
exemplo anterior (cálculo do custo pela TIR). 
 
34 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 É claro que tudo que vimos até agora abarca apenas a captação de recursos de 
longo prazo pela empresa através da emissão de ações ou debêntures, bem 
como, não levamos ainda em consideração o imposto de renda. 
 
 Vamos falar rapidamente sobre o imposto de renda e seu efeito sobre o custo do 
capital de terceiros de longo prazo. 
 
 O custo específico de financiamento deve ser medido depois do imposto de 
renda. Como os juros de capital de terceiros são dedutíveis para efeito de 
apuração de imposto de renda devido, reduzem o lucro tributável da empresa. O 
custo de capital de terceiros depois do imposto de renda, Ki, pode ser 
encontrado multiplicando-se o custo antes do imposto de renda, Kd, por 1 
menos a alíquota do imposto de renda, T, como indicado na equação a seguir: 
 Ki = Kd x (1 - T) 
 
35 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 No nosso exemplo, a alíquota de imposto de renda para a Duchess 
Corporation é de 40%. Usando o custo de capital de terceiros de 
9,4% antes do imposto de renda, determinado anteriormente, e 
aplicando a Equação que acabamos de ver ( Ki = Kd x ( 1 – T), 
descobrimos que seu custo de capital de terceiros, depois do 
imposto de renda, é 5,6%, ou seja, 9,4% x (1-0,40). 
 Normalmente o custo explícito de capital de terceiros de longo 
prazo é mais baixo que o de qualquer uma das formas alternativas 
de financiamento de longo prazo, sobretudo por causa da 
possibilidade de dedução dos juros para fins fiscais. 
 
36 
 7.3 – Custo da ação preferencial 
 
 A atribuição de dividendos fixos ou mínimos para ações preferenciais é 
relativamente comum em outros países, embora não o seja no Brasil. 
 No caso da ação preferencial, o acionista não tem direito algum sobre o lucro 
integral e por este motivo, as ações preferenciais são equivalentes a 
empréstimos, porém, sem prazo determinado de vencimento. 
 
 O custo das ações preferenciais com dividendos fixos anuais (sem direito a 
lucro remanescente) é calculado com a seguinte equação: 
 
 Dp 
 Kp = 
 Po ( 1 – f – d ) 
Onde: 
Kp = custo das ações preferenciais, Dp = dividendo fixo por ação 
Po = preço corrente da ação, d = despesas de underwriting, em percentual 
 f = taxa de deságio sobre o preço de lançamento das ações, em percentual 
 
37 
 7.3 – Custo da ação preferencial 
 
 Uma companhia planeja emitir ações preferenciais com dividendo 
anual prefixado de $ 15. O preço unitário corrente da ação 
preferencial no mercado é de $ 95, mas os investidores exigem 
10% de deságio para subscrevê-las. As despesas com underwriting 
são de 4%. O custo das ações preferenciais é calculado como 
segue: 
 
 15 
 Kp = 
 95 ( 1 – 0,10 - 0,04) 
 
• Kp = 0,1836 ou 18,36% a.a. 
 
38 
 7.3 – Custo da ação preferencial 
 
 Gitman dá um outro enfoque que julgo importante passar paravocês, pois ele 
trata da ação preferencial que especifica o pagamento de x $ por ação. 
 
 Vejamos o que diz o autor. A maioria dos dividendos de ações preferenciais é 
especificada em dólares (EUA): X dólares por ano. Quando os dividendos são 
estipulados dessa maneira, costuma-se dizer que a ação é uma “ação 
preferencial com dividendo de x dólares”. Portanto, uma ação preferencial 
com dividendos de $ 4, deve pagar dividendos de $ 4 por ano por ação 
preferencial. 
 
 As vezes os dividendos preferenciais são especificados sob a forma de uma taxa 
anual. Essa taxa representa a porcentagem do valor de face da ação que 
corresponde ao dividendo anual. 
 Por exemplo, uma ação preferencial com dividendo de 8%, com valor de face 
de $ 50, deverá pagar um dividendo anual de $ 4 por ação, ou seja, 0,08 x $ 50. 
Antes de ser calculado o custo da ação preferencial, quaisquer dividendos 
expressos em porcentagens devem ser convertidos em dividendos anuais em 
dólares. 
39 
 7.3 – Custo da ação preferencial 
 
 O custo de ações preferenciais, Kp, é o quociente entre o dividendo da ação e o 
recebimento líquido com a venda dela pela empresa. 
 O recebimento líquido corresponde ao montante a ser recebido menos quaisquer 
custos de lançamento. 
 Deve-se ressaltar que os dividendos de ações preferenciais são pagos com os 
fluxos de caixa após o imposto de renda. 
 
 Este detalhe faz com que este custo seja bem superior ao seu custo de 
capital de terceiros de longo prazo. 
 
 Este sobre-custo deve-se principalmente porque o custo do capital de 
terceiros de longo prazo (os juros) é dedutível para fins de imposto de 
renda. 
 
 Vamos a um exemplo. 
 
40 
 7.3 – Custo da ação preferencial 
 A Duchess Corporation está examinando a possibilidade de emitir uma ação 
preferencial a 10%, que espera vender pelo valor de face de $ 87. O custo de 
emissão e venda (underwriting) está previsto em $ 5 por ação. 
 O primeiro passo, no cálculo do custo da ação, é determinar o valor em dólares 
do dividendo anual, nesse caso igual a $ 8,70 ( 0,10 x $87). 
 Os recebimentos líquidos por ação com a venda proposta são iguais ao preço de 
venda menos os custos de lançamento ( $ 87 - $ 5 = $ 82). 
 
 
 Aplicando a fórmula dada anteriormente: 
 8,70 
 Kp = 
 87 - ( 1 – 0,10 – 0,057471) 
 
• Kp = 11,87% a.a. 
 
41 
 7.3 – Custo da ação preferencial 
 
 Gitam utiliza uma outra fórmula, mais resumida para calcular este custo, da 
qual eu discordo, mas vamos a ela: 
 Dp 
 Kp = 
 Np 
 
• Onde Kp = custo da ação preferencial 
 Dp = dividendos anuais em dólares 
 Np = recebimentos líquidos com a venda das ações 
 
 8,70 
• Kp = = 10,6% 
 82 
• O custo de ações preferenciais pra a Duchess (10,6%) é bem superior ao seu 
custo de capital de terceiros de longo prazo (5,6%). Essa diferença existe 
principalmente porque o custo do capital de terceiros de longo prazo (os juros) é 
dedutível para fins de imposto de renda. 
 
42 
 7.4 – Custo da ação ordinária ou o Custo de Capital próprio 
 
 Gitman (2006): “O custo de capital próprio é o retorno exigido 
pelos investidores nas ações ordinárias”. 
 
 Existem duas formas de financiamento com ações ordinárias: 
 Retenção de lucros 
 Emissão de novas ações ordinárias 
 
 Como primeira etapa do cálculo dos custos de cada uma 
dessas modalidades, vamos estimar o custo de capital próprio. 
 
 
43 
 Determinação do custo do capital próprio 
 
 O custo do capital próprio, Ks, é a taxa à qual os investidores 
descontam os dividendos esperados da empresa para avaliar suas 
ações. 
 
 Duas técnicas são usadas para medir o custo de capital 
próprio. 
 
 Modelo de precificação com crescimento constante (modelo de 
Gordon) 
 
 Modelo de precificação de ativos de capital (CAPM – Capital 
Asset Pricing Model) 
 
44 
 Modelo de precificação com crescimento constante (modelo de 
Gordon) 
 
 Por esse modelo supõe-se que os dividendos crescem a uma taxa 
anual constante por um período infinitamente longo. 
 Supõe-se, também, que o valor de uma ação é igual ao valor 
presente de todos os dividendos futuros que se espera receber 
desta ação. 
 
 Em outras palavras: através deste modelo, para se calcular o 
valor da ação, desconta-se o fluxo de dividendos que se espera 
receber desta ação, com uma taxa de crescimento constante anual, 
durante um horizonte infinito de tempo. 
 
 
 
45 
 Modelo de precificação com crescimento constante (modelo de 
Gordon) 
 
 Expressão básica deste modelo: 
 
 D1 D1 
 Po = Ks = + g 
 Ks - g Po 
 
• Onde: 
 
• Po = valor corrente da ação ordinária 
• D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1 
• Ks = taxa de retorno exigida da ação ordinária 
• g = taxa anual de crescimento constante dos lucros e 
dividendos. 
 
46 
• Modelo de precificação com crescimento constante (modelo de 
Gordon) 
 
 D1 
• Ks = + g 
 Po 
 
 
 Esta equação indica que o custo de capital próprio (Ks) pode ser 
obtido dividindo-se o dividendo esperado ao final do ano 1 (D1) 
pelo preço corrente da ação (Po) e somando a taxa esperada de 
crescimento (g). 
 
 
 Vamos a um exemplo prático deste modelo. 
 
47 
 Modelo de precificação com crescimento constante (modelo de Gordon) 
 
 A Duches Corporation deseja determinar seus custo de capital próprio (Ks). O 
preço de mercado de sua ação ordinária (Po), é igual a $ 50. A empresa espera 
pagar um dividendo (D1), de $ 4 no final do próximo ano, 2004. Os dividendos 
pagos aos acionistas nos últimos seis anos (1998 – 2003) foram os seguintes: 
 
Ano Dividendo 
1.998 2,97 
1.999 3,12 
2.000 3,33 
2.001 3,47 
2.002 3,62 
2.003 3,80 
48 
 Modelo de precificação com crescimento constante (modelo de Gordon) 
 
 Determinando g = taxa anual de crescimento dos dividendos 
 Pv = 2,97 
 n = 5 anos 
 FV = 3,80 
 i = ? 
 
 Com a utilização de uma calculadora financeira ou através da fórmula FV = PV 
( 1 + i ) ^n, chegamos à conclusão de que i = 5,05% a.a. = g 
 
 4 
 Ks = + 0,0505 = 13,0 % 
 50 
 
 O custo de capital próprio de 13% representa o retorno exigido em sua 
aplicação pelos acionistas. Se o retorno efetivo for inferior a esse, os acionistas 
tenderão a vender suas ações. 
49 
 Modelo de formação de preços de ativos ou Modelo de 
Precificação de Ativos (CAPM = Capital Asset Pricing Model) 
 
 Os conceitos básicos do CAPM foram desenvolvidos 
especificamente para ações ordinárias, e, portanto, a teoria é 
examinada primeiramente nesse contexto. Entretanto, tem-se 
tornado prática comum estender os conceitos de CAPM à análise 
de investimentos e para se falar de empresas como tendo “carteiras 
de ativos tangíveis e projetos”. 
 
 A principal conclusão do CAPM é: o risco relevante de uma 
ação individual é sua contribuição para o risco de uma 
carteira bem diversificada. 
 
 Em 1990, foi concedido o prêmio Nobel às pessoas que 
desenvolveram o CAPM, os professores Harry Markowitz e 
William F. Sharpe. 
 
50 
 Modelo de formação de preços de ativos ou Modelo de 
Precificação de Ativos (CAPM = Capital Asset Pricing Model) 
 
 A principal conclusão do CAPM é: o risco relevante de 
uma ação individual é sua contribuição para o risco 
de uma carteira bem diversificada. Vamos entender um pouco melhor o que esta expressão quer 
dizer, para que possamos entender a essência do CAPM. 
 
 Vamos a um exemplo prático. 
 
51 
 CAPM 
 
 O risco da ação, por exemplo, da General Eletric (GE) para um 
médico que tenha uma carteira de 40 ações ou para o gestor de um 
fundo que administra uma carteira de 150 ações é a contribuição 
que a ação da GE traz ao risco da carteira. A ação pode ser 
bastante arriscada se mantida individualmente, mas caso metade 
de seu risco possa ser eliminada pela diversificação, então seu 
risco relevante, que é sua contribuição ao risco da carteira, é 
muito menor do que seu risco isolado. 
 
 
 Vamos a um outro exemplo bem mais prático e auto explicativo. 
 
 
52 
 CAPM 
 
 Suponha que lhe seja oferecida a chance de lançar uma moeda uma vez; se der 
cara, você ganha $ 20.000, mas se der coroa, você perde $ 16.000. 
 Essa é uma boa aposta: o retorno esperado é de 0,5 (20.000) + 0,5 (-16.000) = 
2.000. 
 Entretanto, é uma proposta altamente arriscada, pois você tem 50% de chance 
de perder $ 16.000. Assim você deve, simplesmente, recusar-se a fazer a aposta. 
 De forma alternativa, suponha que você recebesse a oferta de lançar uma moeda 
100 vezes, e que você pudesse ganhar $ 200 por cara, mas perder $ 160 por 
coroa. 
 É possível que você obtivesse todas as caras e ganhasse $ 20.000; também é 
possível que todas as rodadas dessem coroa e você perderia $ 16.000, mas as 
chances são muito altas de que você efetivamente obtivesse 50 caras e 50 
coroas, ganhando um líquido de $ 2.000 
 
53 
 CAPM 
 
 Embora cada lançamento individual seja uma aposta arriscada, 
coletivamente você teria uma proposta de baixo risco, pois a maior 
parte do risco teria sido diversificada. 
 
 Essa é a idéia implícita do CAPM: manter carteiras de ações, 
em vez de somente uma ação, exceto que com ações todo o 
risco não pode ser eliminado pela diversificação – aqueles 
riscos relacionados a mudanças sistemáticas amplas no 
mercado de capitais permanecerão. 
 
54 
 CAPM 
 
 O modelo de formação de preços de ativos descreve a relação 
entre o retorno exigido, Ks e o risco não diversificável da 
empresa, medido pelo coeficiente beta, b. 
 
 A fórmula básica para se calcular o CAPM é: 
 
 Ks = Rf + [ b (Km - Rf)] 
 
 Ks = retorno exigido; custo de capital 
 Rf = taxa de retorno livre de risco, tais como os títulos públicos 
 Km = retorno do mercado; retorno da carteira de mercado de 
ativos. 
 b = beta, é o coeficiente do risco não diversificável da empresa 
 
55 
 CAPM 
 Ks = Rf + [ b (Km - Rf)] 
 
 Ks = retorno exigido; custo do capital 
 Rf = taxa de retorno livre de risco, tais como os títulos públicos 
 Km = retorno do mercado; retorno da carteira de mercado de ativos. 
 b = beta, é o coeficiente do risco não diversificável da empresa 
 
 Se o título público reflete o Rf de 12% 
 Os investidores esperam o retorno sobre a carteira de ativos do mercado (Km) 
de 15%. 
 O custo do capital próprio (Ks) é de 17%. 
 Pode-se determinar o risco não diversificável da empresa, representado pelo 
beta (b). 
 
 Substituindo os dados na equação acima tem-se: 
 0,12 + [ b ( 0,15 – 0,12) = 0,17 
 b= 1,67 
56 
 CAPM 
 
 O beta de 1,67 significa que se o retorno da carteira de ativos do 
mercado sofrer um incremento de 10% ( de 15% para 16,5%), o 
retorno da ação da empresa (Ks) sofrerá um incremento de 16,7% 
(10% x 1,67). 
 
 Se o beta for zero, o retorno da ação da empresa não sofrerá 
qualquer impacto pela variação do retorno da carteira de ativos do 
mercado. 
 
 
57 
 CAPM 
 
 A empresa deseja calcular seu custo de capital próprio, Ks, usando 
o modelo de formação de preços de ativos. Os assessores de 
investimento da empresa e as análises realizadas indicam que a 
taxa livre de risco, Rf, é igual a 7%; que o beta da empresa, b, é 
igual a 1,5; e que o retorno do mercado, Km, é igual a 11%. 
 
 Ks = Rf + [ b (Km - Rf)] 
 
 Ks = 0,07 + [ 1,5 x ( 0,11 – 0,07 )] 
 Ks = 13% 
 
 O custo de capital próprio representa o retorno exigido pelos 
investidores em ações da empresa. 
 
58 
 7.5 – Custo de Lucros Retidos 
 
 Os dividendos são pagos com lucros da empresa e o pagamento 
destes dividendos, feito em dinheiro aos titulares de ações 
ordinárias, reduz esses lucros. 
 
 Vamos supor que uma empresa necessite de financiamento com 
certo montante de capital próprio. Esta empresa tem duas 
alternativas em relação aos lucros retidos: 
 pode emitir ações ordinárias adicionais nesse montante e ainda 
pagar dividendos aos acionistas com os lucros retidos ou, 
 aumentar seu capital próprio retendo estes lucros, deixando de 
pagar os dividendos em dinheiro aos acionistas ordinários, no 
montante necessário à realização do investimento. 
 
 
59 
 7.5 – Custo de Lucros Retidos 
 
 Em um sentido contábil estrito, a retenção de lucros aumenta o capital próprio 
exatamente da mesma maneira que a venda de ações ordinárias adicionais. 
 
 Portanto, o custo de lucros retidos, Kr, para a empresa, é igual ao custo de uma 
emissão equivalente e integralmente subscrita de ações ordinárias adicionais. 
 
 Os acionistas só consideram aceitável a retenção de lucros pela empresa se 
esperam obter pelo menos o retorno exigido nos fundos reinvestidos. 
 
 Portanto, Ks (custo de capital próprio) = Kr (custo de lucros retidos). 
60 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Antes de entrarmos no capítulo 7.6, Custo médio ponderado de capital, vamos 
tratar um pouco da nossa realidade, a nível Brasil e vamos falar de uma forma 
mais simples sobre o custo de capital de terceiros e suas respectivas fontes. 
 
 Conforme nós já abordamos em capítulos anteriores, a taxa bruta de juros é 
formada pela: 
 Taxa de inflação 
 Taxa de juro real, que por sua vez é composta de taxa livre de risco e taxa de 
risco). 
 
 O custo do capital de terceiros é a taxa de retorno pela qual o investidor 
deseja ser remunerado pelo risco que estará correndo temporariamente, ao 
ceder seu capital ao tomador. 
 
 
61 
 Custo de capital de terceiros antes do imposto de renda = Kd 
 
 Basicamente, o capital de terceiros pode ser obtido de três 
maneiras: 
 
 Empréstimos e financiamentos em moeda nacional 
 Financiamentos e financiamentos em moeda estrangeira 
 Emissão de títulos de dívida 
 
62 
 Empréstimos e Financiamentos em moeda nacional 
 
 Os tipos de empréstimos e financiamentos mais comuns em moeda 
nacional são: 
 
 Empréstimos para Capital de Giro 
 Desconto de títulos ou Desconto de duplicatas 
 Hot Money 
 Conta Garantida 
 Factoring 
 Recursos do BNDES 
 Leasing 
 
 
63 
 Empréstimos e Financiamentos em moeda estrangeira 
 
 Os empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira mais 
comuns são: 
 
 Adiantamento sobre contratos de câmbio. Antes do embarque da 
mercadoria, a operação recebe o nome de Adiantamento sobre 
Contrato de Câmbio (ACC). Após o embarque da mercadoria, essa 
operação passa a chamar-se Adiantamento sobre Contrato de 
Exportação (ACE). 
 Resolução 2770 (Antiga resolução 63) 
 Financiamento de Importação 
 Export Note 
 Eurobônus 
 
64 
 Empréstimos e Financiamentos em moeda estrangeira 
 
 Eurobônus 
 Euronotes e Eurobonds são títulos emitidos por empresas em dólar, fora dos 
Estados Unidos. 
 Notes são títulos emitidos com prazos de vencimento inferiores a dez anos. 
 Bônus são títulos emitidos com prazos de vencimento superiores a dez anos. 
 
 Existem dois tipos de títulos, quanto às taxas de juros. 
 Fixed Rate Notes são títulos lançados com taxas de juros fixas. 
 Floating Rate Notes são títulos lançados com taxas de juros flutuantes. 
 
 Por gerarem despesas fixas relativamente altas (serviços jurídicosespecializados, confecção de prospectos de lançamento e oferta, registro da 
emissão em uma bolsa internacional, remuneração dos agentes financeiros, etc), 
além da comissão de administração e venda dos títulos (proporcional ao valor 
da emissão), os Eurobônus são lançados com valores, geralmente, acima de 
US$ 50 milhões. 
 
65 
 Emissão de títulos de dívida 
 
 Debêntures 
 São títulos emitidos por sociedades anônimas de capital aberto, com a 
aprovação da emissão por Assembléia Geral Extraordinária, para captar 
recursos de médio e longo prazos no mercado financeiro. 
 As condições gerais e específicas sob as quais foi emitida as debêntures 
constam de um documento chamado Escritura de emissão, com registro em 
cartório de títulos e documentos. 
 As debêntures podem ser remuneradas com juros e prêmios sobre valores 
atualizados monetariamente, ou com taxas de juros prefixados. 
 As taxas de remuneração são repactuadas periodicamente. Caso não se chegue a 
um acordo quanto à taxa de remuneração do novo período, a empresa deve 
resgatar os títulos. O prazo de resgate não deve ser inferior a um ano. 
 O Agente Fiduciário (Instituição Financeira responsável pelo lançamento) da 
operação zela pelos direitos dos debenturistas (investidores que adquiriram as 
debêntures). 
 
66 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 Fontes de financiamento do capital de uma empresa: 
 Recursos próprios 
 Recursos de terceiros 
 
 De acordo com os custos de cada fonte de financiamento dos 
recursos da empresa, é importante que se determine seu custo total 
de capital, principalmente para orientar suas decisões financeiras. 
 
 O custo total de capital, representa a taxa de atratividade (TMA) 
da empresa, que indica a remuneração mínima que deve ser 
exigida na alocação de capital, de forma a maximizar seu valor de 
mercado. 
 
67 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 O cálculo desse custo é processado pelo critério da média ponderada pela 
seguinte expressão de cálculo: 
 
 
 WACC = Wj x Kj 
 
 WACC = custo médio ponderado de capital; também identificado na literatura 
financeira por Weighted Average Cost of Capital. 
 
 Kj = custo específico de cada fonte de financiamento (própria e de terceiros) 
 
 Wj = participação relativa de cada fonte de capital no financiamento total. 
 
 
68 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 Vamos a um exemplo prático para entendermos melhor o conceito de WACC. 
 
 Suponha que uma empresa tenha apresentado a seguinte estrutura de capital e 
seus custos respectivos, conforme levantado de seus relatórios contábeis: 
 
Tipo de Capital Montante ($) de recursos de cada fonte Proporção de 
cada fonte 
Custo de 
cada fonte 
Capital Ordinário 800.000 ações x 1,00 = 800.000,00 40% 25% a.a. 
Capital Preferencial 500.000 ações x 1,00 = 500.000,00 25% 22% a.a. 
Financiamento 700.000,00 35% 18% a.a. 
Total 2.000.000,00 100% 
69 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 De acordo com os valores e dados da tabela, pode-se mensurar o 
custo total das fontes de capital da empresa da seguinte forma: 
 
 WACC = Wj x Kj 
 
 WACC = ( 25% x 0,40) + (22% x 0,25) + (18% x 0,35) 
 WACC = 10% + 5,5% + 6,3% 
 WACC = 21,8% 
 
 Vamos calcular o WACC de outra forma. 
 
 
70 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A remuneração exigida representa 21,8 do volume total de 
recursos colocados à disposição da empresa, ou seja: 
 
 WACC = 436.000,00 / 2.000.000,00 = 21,8% 
Fonte de Capital Remuneração Exigida da empresa 
Capital ordinário 800.000,00 x 25% = 200.000,00 
Capital preferencial 500.000,00 x 22% = 110.000,00 
Financiamento 700.000,00 x 18% = 126.000,00 
Total 436.000,00 
71 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 WACC = 21,8% 
 
 Este custo médio ponderado de capital representa, efetivamente, a 
taxa mínima de retorno (atratividade econômica) desejada pela 
empresa em suas decisões de investimento. 
 Ao não promover um retorno operacional pelo menos igual a seu 
custo total de capital, a empresa deixará de remunerar de forma 
adequada suas fontes de financiamento, prejudicando seu valor de 
mercado. 
 
 Em outras palavras, um retorno de investimento, ainda que 
positivo, menor que o WACC leva a uma destruição de seu valor 
de mercado, reduzindo a riqueza de seus acionistas. 
 
72 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 Vale ressaltar que tudo que vimos até agora, sobre o WACC foi baseado sobre 
dados contábeis, e como já vimos anteriormente, os dados contábeis são 
estáticos, representando a situação da empresa em um momento específico de 
tempo. 
 
 Mas o mercado é muito mais dinâmico e os custos das fontes de financiamentos 
da empresa podem estar atrelados a taxas pós-fixadas, vinculadas aos mais 
diferentes índices; libor, variação cambial, IGP-M, IGP, INPC, TJLP, valor da 
ação no mercado, dentre muitos outros. 
 
 O uso de valores de mercado para se apurar a ponderação de cada fonte de 
financiamento é mais recomendado para as decisões financeiras, principalmente 
por refletirem melhor seu efetivo montante de realização. 
 
73 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 Normalmente, os pesos definidos com base em valores de 
mercado costumam promover, ainda, um WACC maior que o 
obtido pelo esquema contábil, pois as cotações de mercado das 
ações costumam ser superiores aos preços registrados 
convencionalmente pela Contabilidade, e os passivos podem se 
encontrar atrelados às taxas vigentes (ou futuras) de mercado. 
 
 Por exemplo, as ações de uma empresa são muitas vezes 
negociadas no mercado por valores que pouca relação apresentam 
com seus valores nominais. 
 O mesmo pode ocorrer também com o exigível da empresa, 
principalmente com os itens passivos que embutem alguma forma 
de pós-fixação dos juros, como cláusulas de repactuação de 
debêntures, validade temporária da Libor para determinadas 
operações de repasses de recursos externos, etc. 
 
74 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 Vamos voltar ao nosso exemplo anterior, admitindo-se que as 
ações ordinárias da empresa estejam valendo $ 1,50 por unidade 
no mercado, e as preferenciais estejam valendo $ 1,20 cada 
unidade. 
 Desta forma, vamos ver o que acontece com o WACC e com a 
estrutura de capital da empresa. 
 
 
Tipo de Capital Montante ($) Proporção de 
cada fonte 
Capital Ordinário 800.000 ações x 1,50 = 1.200.000,00 48% 
Capital 
Preferencial 
500.000 ações x 1,20 = 600.000,00 24% 
Financiamento 700.000,00 28% 
Total 2.500.000,00 100% 
75 
 7.6 – Custo médio ponderado de capital (WACC) ou CMPC 
 
 O novo custo médio ponderado de capital, definido pelos pesos 
baseados nos valores de mercado, eleva-se para: 
 
 WACC = (25% X 0,48) + (22% X 0,24) + (18% X 0,28) 
 WACC = 12,0% + 5,28% + 5,04% 
 WACC = 22,32% 
 
 Pode-se afirmar que o custo médio ponderado de capital baseado 
em valores de mercado proporciona uma interpretação mais segura 
de seus resultados, pois o mercado reflete, de mais mais rigorosa, 
o valor dos capitais da empresa. 
 
76 
 7.7 – Custo marginal ponderado de capital (CMgPC) 
 
 O custo médio ponderado de capital da empresa é um dado fundamental para o 
processo de tomada de decisões de investimento. Como já vimos, a empresa 
deve fazer somente aqueles investimentos nos quais o retorno esperado é 
superior ao custo ao custo médio ponderado de capital. 
 
 Evidentemente, em qualquer momento considerado, os custos de 
financiamento e os retornos dos investimentos da empresa serão afetados 
pelo volume de financiamento e investimento realizado. O custo médio ponderado de capital pode variar com o tempo, dependendo do 
volume de financiamento que a empresa espera obter. 
 
 À medida que o volume de financiamento cresce, os custos dos vários tipos 
de financiamento elevam-se, aumentando o custo médio ponderado de 
capital. 
 
77 
 7.7 – Custo marginal ponderado de capital (CMgPC) 
 
 Por esta razão, é útil calcular o custo marginal ponderado de 
capital (CMgPC). 
 Os custos dos componentes de financiamento (capital de terceiros, 
ações preferenciais e capital próprio) elevam-se à medida que 
montantes maiores são captados. 
 Os fornecedores de fundos exigem retorno maiores sob a forma de 
juros ou dividendos, como remuneração pelo risco adicional 
introduzido por volumes maiores de financiamento novo. 
 O CMgPC, portanto, é uma função crescente do nível de 
financiamento novo total. 
 
78 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 
 1) Conceitue Capital de uma empresa 
 
 2) Quem fornece o capital de uma empresa? 
 
 3) Onde está investido o capital de uma empresa? 
 
 4) No Balanço Patrimonial onde está representado o Capital da 
empresa? 
 
 5) Cite três diferenças entre Capital próprio e Capital de terceiros. 
 
79 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 6) Faça a correlação entre os dados desta questão, de 1 a 10 e os dados das 
alternativas dadas. 
 
 (1) Os acionistas e os quotistas tem interesse em participar na 
 (2) O retorno dos investimentos realizados pelos sócios ou acionistas da 
empresa dependem exclusivamente do 
 (3) O capital de terceiros tem um prazo 
 (4) O tempo de permanência do capital próprio na empresa é 
 (5) Os acionistas e os quotistas focam os interesses mp 
 (6) Os credores foram 
 (7) Credores 
 (8) O retorno dos credores, fornecedores de capital sob a forma de empréstimos 
e financiamentos, é assegurado com o pagamento de 
 (9) Os credores têm interesse na 
 (10)Proprietários 
 
80 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 6) Alternativas dadas 
 ( ) Gestão da empresa 
 ( ) Performance da empresa para assegurar o recebimento de seus direitos. 
 ( ) Retorno dos investimentos realizados pela empresa 
 ( ) A capacidade que a empresa tem de pagar o que deve. 
 ( ) Indeterminado 
 ( ) Determinado 
 ( ) Retorno propiciado pelo resultado da empresa 
 ( ) Juros, determinado, normalmente, em contrato firmado com a empresa. 
 ( ) Exigência de garantias 
 ( ) Risco do empreendimento, sem garantias. 
 
81 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 7) Conceitue Custo de Oportunidade. 
 
 8) O que a expressão abaixo quer dizer? 
 Os acionistas têm direitos sobre resultados e ativos secundários em relação 
aos demais credores. 
 
 9) Conceitue ação ordinária e ação preferencial. 
 
 10) Conceitue Custo de Capital. 
 
 11) Quais são as quatro fontes básicas de fundos de longo prazo para a 
empresa? 
 
 12) Qual a finalidade dos recursos de longo prazo em uma empresa 
82 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 13) Conceitue custos de underwriting. 
 
 14) Calcule o custo anual para a Empresa X, baseando-se nos dados abaixo, 
pois a empresa deseja realizar a captação de recursos para efetuar um ambicioso 
plano de investimentos. 
 
 A Empresa X planeja emitir ações preferenciais com dividendo anual (cupom) 
pré-fixado de $ 15. O preço unitário corrente da ação preferencial no mercado é 
de $ 95, mas os investidores exigem, em função do alto risco que estarão 
correndo ao investir na Empresa X, um deságio de 10% para subscrever as 
ações. 
 As despesas com underwriting são de 4% sobre o valor de mercado de cada 
ação. 
 Dados: 
 Kp = custo anual das ações preferenciais 
 Dp = dividendos fixos por ação 
 Po = preço corrente da ação no mercado 
 f = taxa de deságio sobre o preço de lançamento das ações 
 d = despesas de underwriting 
 
83 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 Fórmula para cálculo do custo de capital 
 
 Dp 
 Kp = 
 Po ( 1 – f – d ) 
 
84 
 15) Utilizando a TIR, determinar o custo do capital de terceiros, 
para a empresa abaixo. 
 
 A Empresa X, face ao plano de expansão de suas atividades, está 
estudando a possibilidade de vender obrigações com prazo de 15 
anos com cupom de 10%, com valor de face de $ 2.000, no valor 
total de $ 10.000.000. 
 Os investidores exigem um deságio de 8%. 
 Os custos de underwriting são de 2% do valor de face. 
 
85 
 16) Supondo que o imposto de renda é de 22,5%, calcule o custo 
de capital de terceiros, utilizando os dados do exercício 14. 
 
 Vale ressaltar que este é o verdadeiro custo de capital para a 
Empresa Y, desde que, é claro, a Empresa apresente resultados 
operacionais positivos. 
 
 
 17) Conceitue o Modelo de precificação com crescimento 
(Modelo de Gordon), mencionando suas principais características 
e pressupostos. 
 
 
 
86 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 
 18) Modelo de Gordon. 
 D1 
 Ks = + g 
 Po 
 
 Onde: 
 
 Po = valor corrente da ação ordinária 
 D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1 
 Ks = taxa de retorno exigida da ação ordinária (custo de capital) 
 g = taxa anual de crescimento constante dos lucros e dividendos. 
 
 Baseando-se nos pressupostos acima, determinar o custo de capital próprio (Ks) 
da Empresa X, sabendo-se que: 
 
87 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 
 A Empresa X espera pagar um dividendo (D1) de $ 6 no final do 
próximo ano (2.008). 
 Os dividendos pagos aos acionistas nos últimos seis anos (2001 a 
2006) foram os seguintes: 
 
Ano Dividendo 
2.001 3,75 
2.002 3,96 
2.003 4,16 
2.004 4,32 
2.005 4,60 
2.006 4,97 
88 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 
 19) Modelo de formação de preço de ativos (CAPM). 
 “O risco relevante de uma ação individual é sua contribuição para o risco 
de uma carteira bem diversificada”. 
 
 O pressuposto acima é a essência do CAPM. 
 Através de um exemplo, explique o que o autor, Harry Markowitz quis dizer. 
 
 
 20) Como é formada a taxa bruta de juros? 
 
 21) Quais são as três formas básicas de obtenção de capital de terceiros no 
Brasil? 
 
89 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 
 22) Conceitue Custo Total de Capital. 
 
 23) Baseando-0se nos dados abaixo, calcule o Custo Médio Ponderado de 
Capital (WACC). 
 
 
 Tipo de Capital Montante de recursos de cada fonte Participação 
de cada fonte 
Custo de 
cada fonte 
Capital Ordinário 500.000 ações x 1,50 = 750.000,00 39% 20% a.a. 
Capital Preferencial 400.000 ações x 1,30 = 620.000,00 31% 18% a.a. 
Financiamentos 600.000.00 30% 16% a.a. 
Total 1.970.000,00 100% 
90 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 
 24) O que representa o Custo Médio Ponderado de Capital 
(WACC)? 
 
 25) Utilizando os dados do exercício 22, mas levando-se em 
consideração os valores de mercado para a apuração da 
ponderação de cada fonte de financiamento, calcule o WACC e 
compare com o WACC do exercício 22. 
 
 Sabe-se que o valor de mercado da ação ordinária é de $ 1,80 e o 
valor da ação preferencial é de $ 1,50. 
 
 Qual a sua conclusão? 
 Em sua opinião porque isto acontece? 
 
91 
 Questões para fixar os conceitos discutidos neste capítulo 
 
 26) Á medida que o valor de financiamento cresce, os custos dos 
vários tipos de financiamento elevam-se, aumentando o custo 
médio ponderando de capital. 
 
 ( ) V( ) F 
 
 Se você acha que a sentença acima é verdadeira, explique o 
porque. 
 
 Se você acha que a sentença acima é falsa, reescreva-a de tal 
forma que a mesma se torne verdadeira. 
 
92 
93

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