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Introdução a Enfermagem (História)

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL CHAPECÓ 
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
DIÁRIO DE CLASSE 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE INTRODUÇÃO A ENFERMAGEM 
 
 
 
 
JAQUELINE ANA FOSCHERA 
 
 
 
Chapecó 
2015 
 
 
Enfermagem é uma ciência cuja essência e especificidade é o cuidado 
ao ser humano individualmente, na família ou em comunidade de modo integral 
e holístico (num todo indivisível), desenvolvendo autonomamente ou em 
equipa, atividades de promoção e proteção da saúde e prevenção e 
recuperação de doenças ou de estados de alteração da saúde. 
O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser 
construído na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão 
existencial do homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como 
responsável pela correção normativa (normas de atuação) e a ética, numa 
abordagem comprometida com a emancipação humana e evolução das 
sociedades. 
A profissão surgiu do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde 
no decorrer dos períodos históricos. As práticas de saúde instintivas (por 
instinto) foram às primeiras formas de prestação de assistência. Numa primeira 
fase da evolução da civilização, estas ações garantiam ao homem a 
manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao 
trabalho feminino, caracterizado pela prática do cuidar nos grupos nomeadas 
primitivos, levando em linha de conta a espiritualidade de cada um relacionada 
com a do grupo em que vivia. Mas, como o domínio dos meios de cura 
passaram a significar poder, o gênero masculino (o homem), aliando este 
conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e se apoderou dele. 
As práticas de saúde mágico-sacerdotais abordavam a relação mística 
entre as práticas religiosas e de saúde primitivas desenvolvidas pelos 
sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo (em 
que as coisas se faziam por tentativa e erro sem nenhum fundamento cientifica, 
mas sim com base na experiência de quem ministrava os cuidados). Essas 
ações permanecem por muitos séculos desenvolvidos nos templos que, a 
princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos 
primitivos de saúde eram ensinados. 
Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da 
arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros 
do comércio, nas ilhas e cidades da costa. 
A prática de saúde, antes mística e sacerdotal (inicia-se no século V 
A.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã), passa agora a ser 
um produto desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no 
conhecimento da natureza, no raciocínio lógico que desencadeia uma relação 
de causa e efeito para as doenças e na especulação filosófica, baseada na 
investigação livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela 
ausência quase total de conhecimentos sobre a anatomia e fisiologia do corpo 
humano. Essa prática individualista volta-se para o homem e suas relações 
com a natureza e suas leis imutáveis. Este período é considerado pela 
medicina grega como período hipocrático, destacando a figura de Hipócrates 
(Hipócrates de Cós - nasceu na Antiga Grécia, considerado por muitos como 
uma das figuras mais importantes da história da saúde – é frequentemente 
considerado o "Pai da Medicina" ou o "Pai das Profissões da Saúde"), que 
propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar dos 
preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, da 
inspeção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de 
Enfermagem nesta época. 
As práticas de saúde medievais focalizavam a influência dos fatores 
socioeconômicos e políticos do medieval e da sociedade feudal nas práticas de 
saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época corresponde ao 
aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida por religiosos e 
abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e XIII. Foi um 
período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar dos 
tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como 
características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a 
obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma conotação de 
prática profissional, mas de sacerdócio. 
As práticas de saúde pós-monásticas evidenciam a evolução das ações 
de saúde e, em especial, do exercício da Enfermagem no contexto dos 
movimentos Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao 
período que vai do final do século XIII ao início do século XVI. A retomada da 
ciência, o progresso social e intelectual da Renascença e a evolução das 
universidades não constituíram fato de crescimento para a Enfermagem. 
Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e 
desarticulada durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir 
dos movimentos de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa 
Inquisição. O hospital, já negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de 
doentes, onde homens, mulheres e crianças utilizam as mesmas 
dependências, amontoados em leitos coletivos. 
Sob exploração deliberada, considerada um serviço doméstico, pela 
queda dos padrões morais que a sustentava, a prática de enfermagem tornou-
se indigna e sem atrativo para as mulheres de casta social elevada. Esta fase, 
que significou uma grave crise para a Enfermagem, permaneceu por muito 
tempo e apenas no limiar da revolução capitalista é que alguns movimentos 
reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e sociais, 
tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais. 
As práticas de saúde no mundo moderno analisam as ações de saúde e, 
em especial, as de Enfermagem, sob a óptica do sistema político-econômico da 
sociedade capitalista. Ressaltam o surgimento da Enfermagem como atividade 
profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial 
no século XVI que termina com o surgimento da Enfermagem moderna na 
Inglaterra, no século XIX. 
O avanço da Medicina vem favorecer a reorganização dos hospitais. É 
na reorganização da Instituição Hospitalar e no posicionamento do médico 
como principal responsável por esta reordenação, que vamos encontrar as 
raízes do processo de disciplina e seus reflexos na Enfermagem, ao ressurgir 
da fase sombria em que esteve submersa até então. 
Naquela época, estiveram sob piores condições, devido à predominância 
de doenças infectocontagiosas e à falta de pessoas preparadas para cuidar 
dos doentes. Os ricos continuavam a ser tratados em suas próprias casas, 
enquanto os pobres, além de não terem esta alternativa, tornavam-se objeto de 
instrução e de experiências que resultariam num maior conhecimento sobre as 
doenças em benefício da classe abastada. 
É neste cenário que a Enfermagem passa a atual, quando Florence 
Nightingale é convidada pelo Ministro da Guerra de Inglaterra para trabalhar 
junto aos soldados feridos em combate na Guerra da Criméia. 
A enfermagem vê as pessoas como seres totais (holísticos), que 
possuem família, cultura, têm passado e futuro, crenças e valores que 
influenciam nas experiências de saúde e doença. Contudo, a enfermagem é 
uma ciência humana não podendo estar limitada à utilização de conhecimento 
relativo às ciências naturais. A enfermagem lida com seres humanos, que 
apresentam comportamentos peculiares construídos a partir de valores, 
princípios, padrões culturais e experiências que não podem ser questionados e 
tão pouco considerados como elementos separados. 
A enfermagem tem-se desenvolvido num tipo "particular" de 
conhecimento. É frequente, na enfermagem, as enfermeiras depararem-se com 
situações que requerem ações e decisões para as quais não há respostas 
científicas. Em várias situações outras formas de conhecimentoprovêm da sua 
própria experiência como pessoas e compreensão. 
O que caracteriza o exercício de enfermagem é o fato de que ele 
engloba outros padrões de conhecimento, além do empírico, inclui aspectos 
que reflete crenças e valores. A pessoa da enfermeira, as pessoas com quem 
interage, assim como os conhecimentos próprios que resultam da arte de 
enfermagem, são também incluídas. A enfermagem apropria-se de 
conhecimentos de outras áreas. 
A Enfermagem tem atualmente uma linguagem própria, constantemente 
atualizado e editada por um Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), 
designada por Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem 
(CIPE). Esta classificação guia os enfermeiros na formulação de diagnósticos 
de enfermagem, planejamento das intervenções e avaliação dos resultados 
sensíveis aos cuidados de enfermagem. 
Tudo isto tem levado a uma progressão dos conhecimentos e um 
aumento substancial do nível de conhecimentos, com um maior campo de 
atuação, mas sempre virada para aparte humana das pessoas, não que a parte 
mais médica não seja importante, mas por serem os enfermeiros que passam 
às 24h do junto aos doentes, que maior disponibilidade tem e maior 
envolvimento consegue com as famílias. 
Existe um grande desenvolvimento da enfermagem quer em termos 
humanos, quer em termos técnicos, pois durante a sua formação base, a 
enfermeira tem de aprender um elevado número de técnicas, procedimentos, 
ter elevados conhecimentos de farmacologia, pois para além de conhecer os 
fármacos, tem de saber como administra-los, o que nem sempre é fácil, tem 
acima de tudo de saber movimentar-se em vários ramos, ao invés do médico 
que se sobre especializa numa área e daí não passa. 
Resumindo, cada vez mais o peso da responsabilidade na organização 
que são os hospitais, é elevado e demonstra a importância que a enfermagem 
tem na sociedade. Tantas vezes mal tratados, mas sempre as enfermeiras 
quem primeiro socorre que aflito está. 
Chama-se sempre pela mãe quando estamos doentes e em sofrimento, 
a seguir pela enfermeira! 
Muito mais haveria a dizer sobre uma profissão tão ligada ao sofrimento 
humano, que todos os dias têm de gerir os seus próprios sentimentos, colocar 
de parte preconceitos, religião, credos, ideologias, pois também os enfermeiros 
são seres humanos, e cuidar de todos aqueles que apresentam alterações do 
estado de saúde, mesmo quando os próprios não o sabem. 
Pelos relatos e histórias que ouço todos os dias, verifico o quanto é difícil 
o exercício desta profissão, mas também sei o quanto se faz para que aos 
doentes e suas famílias nada falte que possa por em risco o tratamento da 
doença. 
Foi muito gratificante o poder aprender um pouco mais da história desta 
profissão, sei que muito mais ficou por dizer, sei que deixo uma porta aberta 
para um posterior estudo mais profundo e espero que possa contribuir para 
uma melhor compreensão desta, pelo menos junto dos meus colegas.

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