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Florence Nightingale -Revisitando a história

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FLORENCE NIGHTINGALE 
Revisitando a história 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A enfermagem foi construída a partir de ideias propostas por Florence 
Nightingale. Florence baseou suas teorias em sua vivência em locais públicos 
onde o cuidado era executado de forma leiga e fundamentado por conceitos 
religiosos, pois, o cuidado de enfermagem foi adotado pela igreja como uma 
forma de caridade e amor ao próximo. Essa devoção ao próximo transformou a 
sociedade e marcou de forma profunda a prática do “cuidar do outro” 
(PADILHA & MANCIA, 2005). 
Foi a partir de Florence que a enfermagem tomou rumo diferente, sendo 
sistematizado um campo de conhecimento, uma nova arte e ciência que 
objetivava a necessidade de uma educação formal, organizada e cientifica. 
Assim, a enfermagem passa a assumir o papel de supervisão e controle, sendo 
não só detentora das técnicas, mas também do saber administrar e ensinar 
(SANTO & PORTO, 2006). 
Em sua teoria ambientalista, Florence propõe a importância para a 
discussão de inúmeros aspectos ligados a nossa responsabilidade 
socioambiental, pois para ela o meio ambiente é central e afeta a vida das 
pessoas, sendo capaz de contribuir para o processo de saúde, de cura ou de 
adoecimento. Essa teoria enfatiza ainda alguns elementos de fundamental 
importância para a manutenção de um ambiente saudável, como por exemplo, 
a ventilação, a iluminação, o calor, a limpeza, os ruídos, os odores e a 
alimentação (CAMPONOGARA, 2012). 
Assim, Florence conceitua o ambiente como um amontoado de diversos 
elementos que contribuem para o processo de recuperação, fazendo referencia 
também ao ambiente psicológico e social, mencionando a importância do 
desenvolvimento de atividades em que a mente permaneça estimulada, 
apontando assim para a necessidade da comunicação ativa com o paciente e a 
coleta de dados na esfera social do mesmo, sendo este objeto de atenção da 
enfermagem (CAMPONOGARA, 2012). 
Neste contexto, Florence apontou que a enfermagem deve atuar tanto 
no nível preventivo como de reabilitação. Destaca-se sua contribuição ao 
colocar o paciente em condições para que a natureza aja positivamente sobre 
o mesmo, sendo o papel da enfermagem intermediar o processo saúde-doença 
utilizando-se do meio ambiente a fim de resistir à doença e recuperar-se dela, 
fazendo com que a saúde seja resultante da interação de fatores ambientais 
(CAMPONOGARA, 2012). 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
No ano de 1820 em uma família da alta sociedade britânica nasce 
Florence Nightingale. Contrariando o destino de uma mulher da elite da época, 
abriu caminho para uma nova representação social e profissionalização da 
enfermagem, aliando seu conhecimento de base, sabedoria, técnica e 
conhecimento geográfico de outras realidades sociais, permitindo uma 
reorganização dos serviços de saúde (LOPES & SANTOS, 2010). 
Florence nasceu em 12 de maio e era a segunda filha de William Edward 
Nightingale e Frances Nightingale, recebeu este nome devido a sua cidade de 
nascimento: Florença, na Itália. Cresceu em uma época de mudanças sociais 
marcada por ideias liberais e reformistas, seu pai era assíduo progressista e 
apoiava a melhoria em relação à educação da mulher, esforçando-se assim na 
educação de suas filhas, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento de 
Florence era vasto e abrangente (LOPES & SANTOS, 2010). 
Aos 17 anos, Florence vivenciou uma experiência mística, o qual 
designou como chamamento divino, afirmando ter recebido uma mensagem 
divina em que em determinado momento deveria agir em nome de Deus não 
devendo levar uma vida comum. Desde então, Florence passou a interessar-se 
por questões sociais, visitando casas de repouso e hospitais, sonhando um dia 
se tornar enfermeira, sonho este que vinha de desencontro com os ideais 
propostos por seus pais que acreditavam que ser enfermeira não seria uma 
profissão respeitável para uma mulher em seu nível social. 
Em 1850 em uma viagem com amigos, Florence visitou o Hospital do 
Pastor Theodor Fliedner em Kaiserswerth, na Alemanha, onde diaconisas 
aprendiam a cuidar de seus entes queridos. No ano seguinte, Florence com a 
permissão de seus pais recebeu treinamento de três meses, publicando 
inclusive uma obra sobre tal experiência, incentivando assim outras mulheres a 
procurarem educação. Entre 1851 e 1854 complementou sua formação 
visitando o Hospital de Dublin, onde adquiriu mais conhecimentos e publicou 
mais artigos sobre as condições dos serviços de saúde, surgindo o sonho de 
criar escolas de enfermagem para jovens educadas e cultas como garantia 
para uma profissão honrosa. Conseguiu assim o cargo de superintendente do 
Establishment for Gentlewomen during Illness, em Londres, onde permaneceu 
até a guerra da Criméia (MICAELO et.al, 2013). 
Durante a guerra da Criméia entre os anos de 1854 e 1856, Florence foi 
nomeada pelo Secretário do Estado, Sidney Herbert, a superintendente de um 
grupo de enfermeiras, sendo a primeira mulher a assumir tal posição. A falta de 
recursos, condições de higiene, hostilidade dos médicos e demais militares, 
preconceitos do sexo masculino, um número cada vez maior de feridos, 
indisciplina e falta de preparação de suas enfermeiras, fez com que Florence 
adota-se uma série de medidas estratégicas como, por exemplo, uma 
lavanderia no hospital (LOPES & SANTOS, 2010). 
No primeiro mês de sua administração, Florence já havia proporcionado 
roupas limpas para todos os soldados, camas, dietas hospitalares, manutenção 
das enfermarias, além de escrever cartas e enviar dinheiro para familiares dos 
soldados, criou quartos de leitura e atividades, diminuindo a mortalidade de 
40% para 2%. Todas as noites, Florence percorria os corredores do hospital 
com uma lamparina, vigiando e cuidando dos soldados, por este fato o símbolo 
da enfermagem é uma lâmpada. A capacidade administrativa de Florence 
impressionou até mesmo a rainha Vitória e muitos outros membros do 
Governo, além do afeto de toda a população britânica, se tornando símbolo de 
esperança, uma heroína aclamada e consagrada como “a dama da lâmpada” 
ou “o anjo da Criméia” (LOPES & SANTOS, 2010). 
Voltando da guerra em agosto de 1856, Florence recebeu uma 
quantidade de libras do governo inglês que sabia do seu sonho de fundar uma 
escola de enfermagem. Assim, em 9 de julho de 1860 nasce a primeira escola 
de enfermagem em Londres, Nightingale escola de treinamento para 
enfermeiras, um marco para a profissionalização da enfermagem. Florence 
ficou conhecida também como a matriarca da enfermagem contemporânea, 
faleceu em 13 de agosto de 1910 em Londres, com noventa anos de idade. 
 
CONCLUSÃO 
 
A fundamentação teórica para a pratica da profissão utilizada por 
Florence foi à questão ambiental, criando a teoria ambientalista, sendo este o 
principal motivo do sucesso de seu trabalho e de suas aprendizes, reduzindo 
mortes e promovendo a recuperação dos doentes. Florence introduziu uma 
visão de intervenção que não olhava diretamente ao paciente, mas para as 
funções do meio ambiente neste contexto. 
Nightingale criou e desenvolveu a enfermagem moderna e foi ela quem 
exerceu maior influencia sobre a reforma de enfermagem no mundo, sendo seu 
trabalho reconhecido como o mais completo. Podemos dizer ainda que 
Florence deu voz a enfermagem escrevendo sobre a forma do cuidar do outro, 
que, ate então estes cuidados eram regulamentados e exercidos apenas por 
aqueles que faziam parte das associações, na maioria das vezes religiosa e 
tinham como objetivo ajudar ao outro por amor a Deus e não com desejo de 
construir uma profissão. 
Com base no exposto, deparamo-nos com o importante legado deixado 
por Florence Nightingale tanto na busca e na ampliação do conhecimento, 
responsabilidade e consciência ambiental no contexto profissional de saúde 
como em uma problemática social e complexaque exige esforços individuais e 
coletivos para sua resolubilidade, tendo efeito direto e importante no processo 
de saúde-doença. Cada um de nós, profissionais de enfermagem constrói e 
sedimenta seus conhecimentos, ampliando horizontes, determinando uma 
enfermagem que busca e constrói uma historia própria, de acordo com suas 
capacidades, não desprezando suas origens e bases, podendo ser a 
enfermagem plena de possibilidades e transformações. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
 
 
CAMPOGNARA, Silviamar. Saúde e meio ambiente na contemporaneidade: 
o necessário resgate do legado de Florence Nightingale. Escola Anna Nery, 
Revista Reflexão. 2012 jan-mar; 16 (1): 178-184. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/ean/v16n1/v16n1a24.pdf Acesso em: 26.ago.2015. 
 
LOPES, Lucia Marlene Macário. SANTOS, Sandra Maria Pereira dos. Florence 
Nightingale- apontamentos sobre a fundadora da enfermagem moderna. 
Revista de enfermagem Referência, série 3, nº2-dez. 2010. Disponível em: 
http://www.index-f.com/referencia/2010pdf/32-181.pdf Acesso em: 26.ago. 
2015. 
 
MICAELO, Fernando. COSTA, Isabel Alves. VALENTE, João Pedro Oliveira. 
ANTUNES, Nelson Serrano. Florence Nightingale: vida e obra da fundadora 
da enfermagem moderna. Revista de Saúde Amatolusitano. 2013; 33:10-15. 
Disponível em: http://www.ulscb.min-saude.pt/media/6716/artigo_revisao.pdf 
Acesso em: 26.ago.2015. 
 
PADILHA, Maria Itayra Coelho de Souza. MANCIA, Joel Rolim. Florence 
Nightingale e as irmãs de caridade: revisitando a história. Revista 
Brasileira de Enfermagem –REBEn. 2005 nov-dez; 58(6): 723-6. Disponível 
em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n6/a18v58n6.pdf Acesso em: 
25.ago.2015. 
 
SANTOS, Fátima Helena do Espirito. PORTO, Isaura Setenta. De Florence 
Nightingale ás perspectivas atuais sobre o cuidado de enfermagem: a 
evolução de um saber/fazer. Escola Anna Nery, Revista Reflexão. 2006 dez; 
10 (3): 539-46. Disponivel em: 
http://www.scielo.br/pdf/ean/v10n3/v10n3a25.pdf Acesso em: 25.ago.2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/ean/v16n1/v16n1a24.pdf
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http://www.scielo.br/pdf/reben/v58n6/a18v58n6.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ean/v10n3/v10n3a25.pdf

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