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TRABALHO COMPLETO POSITIVISMO HISTÓRIA

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ANTONIA CRISTINA VIEIRA SILVA BEZERRA
A INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO NA POLÍTICA BRASILEIRA, DURANTE O GOVERNO DO PRESIDENTE MARECHAL DEODORO DA FONSECA
SÃO PAULO 
2020
ANTONIA CRISTINA VIEIRA SILVA BEZERRA
A INFLUÊNCIA DO POSITIVISMO NA POLÍTICA BRASILEIRA, DURANTE O GOVERNO DO PRESIDENTE MARECHAL DEODORO DA FONSECA
Trabalho de Conclusão de curso apresentado para Universidade Paulista – UNIP, como requisito para a obtenção do título de Licenciatura em História.
Orientador: Profº. Alexandre Cremonini Furniel
SÃO PAULO 
2020
AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado saúde força para superar as dificuldades.
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram esta realização.
A minha família, pelo amor incondicional.
E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado.
DEDICATÓRIA
Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas a Deus e a minha família.
RESUMO
O presente trabalho apresenta como tema a influência do positivismo na política brasileira, durante o governo do presidente Marechal Deodoro Da Fonseca. Neste contexto o trabalho tem como objetivo geral, descrever a parte que corresponde ao positivismo como uma das principais correntes que influenciaram a política brasileira no período do governo do presidente Marechal Deodoro da Fonseca, sendo os objetivos específicos, apresentar as características do positivismo; apresentar as influencias ideológicas do positivismo na política brasileira; descrever o governo de Marechal Deodoro da Fonseca diante da ideologia positivista. A pesquisa será realizada por meio de consultas de artigos do período de 2010 a 2019, pelos sites da Scielo, Google acadêmico, será consultado a teoria dos pensadores Auguste Comte e John Stuart, segundo os autores Euclides da Cunha, Ângela Alonso, entre outros.
Palavras-chave: Brasil; Deodoro; Marechal; Positivismo; Presidente, República.
ABSTRACT
The present work presents as a theme the influence of positivism in Brazilian politics, during the government of President Marechal Deodoro Da Fonseca. In this context, the work has as general objective, to describe the part that corresponds to positivism as one of the main currents that influenced Brazilian politics during the period of the government of President Marechal Deodoro da Fonseca, being the specific objectives, to present the characteristics of positivism; to present the ideological influences of positivism in Brazilian politics; describe the government of Marechal Deodoro da Fonseca in face of the positivist ideology. The research will be carried out by consulting articles from the period 2010 to 2019, through the websites of Scielo, Google scholar, the theory of thinkers Auguste Comte and John Stuart will be consulted, according to authors Euclides da Cunha, Ângela Alonso, among others.
Keywords: Brazil; Deodoro; Marshal; Positivism; President, Republic.
SUMÁRIO
7INTRODUÇÃO
9CAPÍTULO 1 - REFERENCIAL TEÓRICO DA PESQUISA
91.1.
Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1836-1891)
101.2.
Raimundo Teixeira Mendes (1855–1927)
111.3.
Euclides da Cunha (1866–1909)
111.4.
Cândido Mariano de Silva Rondon (1865–1958)
13CAPÍTULO 2 - O CONCEITO DE POSITIVISMO
142.1. Positivismo no Brasil
152.1.1 A bandeira do Brasil e a ideologia positivista
162.2. Sobre casamento e divórcio
172.2.1. Sobre a abolição da escravidão e o provo indígena
19CAPÍTULO 3. AS INFLUENCIAS IDEOLÓGICAS DO POSITIVISMO NA POLÍTICA BRASILEIRA.
223.1. O POSITIVISMO NO BRASIL
25CAPÍTULO 4. O GOVERNO DE MARECHAL DEODORO DA FONSECA DIANTE DA IDEOLOGIA POSITIVISTA
274.1. A TRAJETÓRIA DE MARECHAL DEODORO DA FONSECA
284.2. O Poder Militar de Deodoro da Fonseca
31SEQUENCIA DIDÁTICA
32CONSIDERAÇÕES FINAIS
34REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Com o advento da República do Brasil em 15 de novembro de 1899, os militares conspirados contra o imperador Pedro II estabeleceram uma nova bandeira nacional cuja moeda era: "Ordem e progresso". Essas palavras de conceitos incluíam os postulados do positivismo, a ideologia internacional adotada pela elite que tomou o poder, representada na Academia Militar para justificar a derrubada do Império. 
No entanto, os antecedentes a favor da república remontam a 1870, quando a primeira proclamação do movimento republicano apareceu no Rio de Janeiro, na qual declararam: "Somos da América e queremos ser americanos". Para eles, o Brasil era "um país isolado", infelizmente separado das repúblicas hispano-americanas. Essa situação é superada apenas parcialmente após 1889, porque a nova chancelaria republicana escolhe dar continuidade à política imperial de manter o Brasil como uma unidade indivisível. Nesse sentido, a nova elite dominante no Brasil atribui maior importância ao estabelecimento dos limites de separação com repúblicas vizinhas do que à aproximação entre as sociedades luso-brasileiras e hispano-americanas.
Sendo assim, o trabalho tem como pergunta norteadora, qual a influência do positivismo na política brasileira, durante o governo do presidente Marechal Deodoro da Fonseca?
Neste contexto o trabalho tem como objetivo geral, descrever a parte que corresponde ao positivismo como uma das principais correntes que influenciaram a política brasileira no período do governo do presidente Marechal Deodoro da Fonseca, sendo os objetivos específicos, apresentar as características do positivismo; apresentar as influencias ideológicas do positivismo na política brasileira; descrever o governo de Marechal Deodoro da Fonseca diante da ideologia positivista.
A pesquisa será realizada por meio de consultas de artigos do período de 2010 a 2019, pelos sites da Scielo, Google acadêmico, será consultado a teoria dos pensadores Auguste Comte e John Stuart, segundo os autores Euclides da Cunha, Ângela Alonso, entre outros.
CAPÍTULO 1 - REFERENCIAL TEÓRICO DA PESQUISA
A influência do positivismo no Brasil foi de grande importância para o posicionamento da política e economia no país, a escolha da referência teórica foi por meio de consultas aos grandes nomes de figuras positivistas brasileiras, assim como: Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1836-1891), Raimundo Teixeira Mendes (1855–1927), Euclides da Cunha (1866–1909), Cândido Mariano de Silva Rondon (1865–1958), entre outros.
1.1. Benjamin Constant Botelho de Magalhães (1836-1891) 
Benjamin Constant Botelho de Magalhães nasceu em Niterói, Rio de Janeiro, em 18 de outubro de 1836, em uma família republicana educada, Constant entrou na Escola Militar do Rio de Janeiro em 1852, quando o positivismo começou a ganhar importância entre os professores e os alunos (LEMOS,2013). 
Constant serviu como engenheiro civil e militar na Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), mas retornou ao Brasil quando adoeceu com malária. Em 1876, influenciado fortemente por Auguste Comte, Constant fundou a Sociedade Positivista do Brasil e adotou a posição doutrinária de Émile Littré. Mais tarde, ele se desligou da Sociedade por causa de desentendimentos internos, mas permaneceu um aluno ardente de Comte até o fim de sua vida (VENTURA, 2016).
Suas visões republicanas o levaram a fundar com Deodoro da Fonseca, então governador do Rio Grande do Sul, o Clube Militar em 1887, apesar do republicanismo declarado de Constant, a corte imperial não apenas manteve sua posição como preceptor real, mas também lhe ofereceu um título, que ele recusou.
De acordo com Diacon (2004), em 13 de maio de 1888, na ausência de Dom Pedro II, a princesa Isabel assinou um documento abolindo a escravidão, como resultado, o Império perdeu o apoio da aristocracia fundiária e começou a entrar em colapso, finalmente cedendo o poder após a revolta militar de 15 de novembro de 1889. Fonseca se tornou o primeiro presidente de fato do país por ascensão militar, Benjamin Constant, aclamado como pai fundador da República, foi nomeado Ministro da Guerra no governo provisório e mais tarde Ministro da Educação, Serviço Postale Telégrafos, ele morreu em 22 de janeiro de 1891 e foi enterrado no cemitério São João Batista do Rio de Janeiro.
1.2. Raimundo Teixeira Mendes (1855–1927)
O filósofo e matemático brasileiro foi creditado com a criação do lema nacional "Ordem e Progresso", bem como a bandeira nacional em que aparece. Em 1881, Raimundo Teixeira Mendes e seu cunhado Miguel Lemos fundaram o Apostolado Positivista. Ao longo da década de 1880, Teixeira Mendes e Lemos publicaram vários panfletos para promover o positivismo e apoiar questões como a abolição da escravidão, o republicanismo e a separação entre igreja e estado. Segundo Diacon (2004), ao criar a bandeira da República, Teixeira Mendes emprestou elementos da bandeira imperial brasileira, mantendo as cores verde e amarela, substituindo o brasão imperial por uma esfera azul representando o céu no dia da proclamação da independência no Rio de Janeiro e adicionando o ditado positivista Ordem e Progresso.
Nas duas décadas seguintes, Teixeira Mendes tornou-se ativo na política e continuou a publicar na Igreja e Apostolado Positivista do Brasil. Seus escritos focavam a vacinação, a participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial, leis trabalhistas, mulheres, direitos dos animais e a secularização de cemitérios. Em 1905, Teixeira Mendes assumiu a liderança da Igreja e Apostolado Positivista, mas não abandonou o cargo de vice-diretor até a morte de Lemos em 1917. Ele morreu em 1927 e foi enterrado no cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro (VENTURA, 2016).
1.3. Euclides da Cunha (1866–1909)
Originalmente engenheiro militar, Euclides da Cunha deixou o exército para se tornar engenheiro civil e depois jornalista. Como repórter em 1896-1897, acompanhou o exército a Canudos, uma vila no interior da Bahia, onde o messiânico Antônio Conselheiro (“o Conselheiro”) e seus seguidores haviam estabelecido seu próprio “império”. Foram necessárias cinco expedições governamentais sucessivas para subjugar os rebeldes, que resistiram ao último homem. A obra mais notável de Euclides da Cunha, Os Sertões (Rebelião no sertão, 1902), é uma testemunha ocular da Guerra de Canudos e é considerada o primeiro protesto por escrito em favor dos esquecidos habitantes da fronteira brasileira (VENTURA, 2016).
A Filosofia Positiva de Comte teve um impacto no treinamento intelectual e político de Euclides da Cunha quando ele era um jovem cadete militar e durante o início do período pré-republicano do Brasil. No entanto, sua decepção subsequente com o regime republicano e com seu professor, o positivista Benjamin Constant, resultou em uma ruptura final com os membros do movimento (DIACON, 2004). Na década de 1890, numerosos intelectuais brasileiros, líderes políticos e outros membros da elite trocaram seus ideais positivistas pela teoria evolucionista de Darwin.
Em 15 de agosto de 1909, Euclides da Cunha morreu como resultado de um tiroteio em uma briga pessoal no Rio de Janeiro. Todo mês de agosto, os brasileiros observam uma Semana Euclideana ("Semana Euclides") em sua homenagem.
1.4. Cândido Mariano de Silva Rondon (1865–1958)
Cândido Mariano de Silva Rondon nasceu em 1865 em Mimoso, uma pequena vila no Mato Grosso. Em 1890, ele foi contratado como engenheiro do exército na Comissão Telegráfica e ajudou a construir a primeira linha telegráfica em todo o estado de Mato Grosso. De 1900 a 1906, Rondon foi encarregado de colocar a linha de telégrafo do Brasil para a Bolívia e o Peru. Durante esse período, ele abriu um novo território e entrou em contato com a tribo Bororo do oeste do Brasil (VENTURA, 2016).
Para Diacon (2004), como resultado da competência de Rondon na construção da linha de telégrafo, ele foi encarregado de estender a linha de telégrafo de Mato Grosso para a Amazônia. Durante a construção da linha, ele descobriu a tribo Nambikwara e o rio Juruena, um importante afluente do rio Tapajós, no norte do Mato Grosso.
Enquanto trabalhava com a Comissão Telegráfica, Rondon ingressou na Igreja Positivista no Rio de Janeiro e permaneceu ortodoxo em sua abordagem por muito tempo depois que a igreja possuía qualquer influência real no Brasil.
Segundo o estudioso Todd Diacon (2004), o Positivismo forneceu um plano para o desenvolvimento nacional que Rondon seguiu no planejamento e construção da linha telegráfica. Também moldou suas idéias sobre as relações entre índios e brancos no Brasil.
De acordo com Diacon (2004), em maio de 1909, Rondon partiu em sua mais longa expedição a partir do assentamento de Tapirapuã, no norte do Mato Grosso, rumo a noroeste, para encontrar o rio Madeira, um dos principais afluentes do rio Amazonas. Durante a expedição, eles descobriram um grande rio entre os Juruena e o rio Jiparaná, que Rondon chamou de Rio da Dúvida, para chegar à Madeira, eles construíram canoas e chegaram à Madeira no dia de Natal de 1909.
Após a expedição, tornou-se o primeiro diretor do Serviço de Proteção ao Índio (SPI), hoje conhecido como Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Dada a crença de Comte na evolução natural das sociedades, Rondon e os positivistas enfatizaram a necessidade de proteger as terras indígenas para que essa evolução social ocorresse.
CAPÍTULO 2 - O CONCEITO DE POSITIVISMO
O termo positivismo foi cunhado por Auguste Comte no final do século 19 para designar o conhecimento científico como o culminar do conhecimento humano. A ascensão do positivismo remonta a 1907, quando o Círculo de Viena foi formado, representado principalmente pelo físico Philipp Frank, pelo matemático Hans Hahn e pelo economista Otto Neurath. Suas reuniões tiveram como objetivo discutir tópicos da filosofia da ciência, criando um novo movimento chamado "positivismo lógico". Para Costa (2013), o atributo lógico foi adicionado para indicar suporte para novas formas de explicação científica baseadas na lógica formal. Tradicionalmente, sob essa corrente, o historiador precisa confiar no que pode medir e no que pode contar, no que não pode explicar através da linguagem matemática, não existe para a ciência e, portanto, permanece no campo da metafísica. 
O positivismo lógico construiu sua doutrina nas diretrizes que norteiam o conhecimento científico e distinguiu que tudo o que carece de caráter empírico e que não pode ser submetido ao processo de contraste não é ciência. Seguindo essas premissas, segundo Katouzian, 9Os postulados fundamentais do positivismo são: 
1) A pesquisa científica começa com a observação ou a experiência pessoal. 
2) As observações são formuladas por meio de hipóteses primárias ou enunciados singulares, totalmente livres de preconceitos, descrevendo um determinado evento ou estado de coisas em um local e tempo predeterminados. 
3) As afirmações singulares provêm de afirmações universais (gerais). 
4) Por meio do procedimento de desenvolvimento de conceitos, é possível desenvolver teorias gerais que são testadas por meio de um método adequado de observação que inclui experimentação e verificação de suas implicações. 
Segundo Hilton (2012), se o teste for bem-sucedido, a teoria será aceita, caso contrário, será rejeitada.
A principal característica das ciências do positivismo é a explicação científica em que os resultados da investigação podem ser contrastados por meio do número de eventos favoráveis, ou seja, evidências acumuladas em situações específicas que apoiam a geração de hipóteses, leis e até generalizações universais (HILTON, 2012, p. 425). 
Consequentemente, descreve as relações entre os fenômenos em termos de sucessão, similaridade, coexistência, suas explicações são caracterizadas pelo uso da observação, experiência e controle. Precisamente a explicação científica do positivismo em torno da prática de gestão.
2.1. Positivismo no Brasil
Na segunda metade do século XIX, o positivismo de Comte capturou o interesse de muitos intelectuais latino-americanos que identificaram no positivismo as chaves da reforma social. Na Argentina, Chile e Cuba, o positivismo foi aproveitado como uma força de reforma liberal e modernização que rejeitava a influência da IgrejaCatólica. No México, teve influência direta nas reformas educacionais do presidente Benito Juarez e foi adotada pelo regime de Porfirio Diaz, mantendo influência intelectual até a revolução de 1910 (HEILBRON, 2014).
Segundo Costa (2013), embora o positivismo tenha afetado todos os países da América Latina no século XIX, sua influência não foi tão profunda ou generalizada quanto no Brasil, onde ganhou apoio ao criticar as instituições da escravidão, da monarquia e da Igreja por restringir o progresso natural da nação. Uma das forças singulares por trás da disseminação do positivismo no Brasil foi a Igreja Positivista do Brasil, fundada por Miguel Lemos e seu cunhado Raimundo Teixeira Mendes, que haviam estudado com Comte em Paris. 
A Igreja Positivista tentou controlar e dirigir o movimento positivista, publicando milhares de folhetos e panfletos sobre questões sociais abrangentes, embora na realidade tivesse apenas poucos seguidores e não representasse a visão dos positivistas em todo o Brasil (COSTA, 2013, p. 205). 
No final da década de 1870, o positivismo recebeu uma moeda tão difundida que as propostas concretas de Comte para a reforma social, especificamente seus tratados abolicionistas e republicanos, animaram o zelo público pela modernização, a contribuição positivista para esses debates foi unir ideias de reforma de maneira sistemática.
2.1.1 A bandeira do Brasil e a ideologia positivista
Logo após a instalação da República em 15 de novembro de 1889, uma nova bandeira provisória foi proposta para simbolizar o país, projetada pelo Clube Republicano Lopes Trovão. Essa bandeira foi modelada após a dos Estados Unidos da América, exibindo 13 faixas com cores alternadas de verde e amarelo e um quadrante de estrelas representando cada estado. Miguel Lemos criticou veementemente a bandeira como "uma imitação servil da bandeira norte-americana", preferindo olhar para os modelos franceses.
De acordo com Hilton (2012), uma nova bandeira foi desenhada por Raimundo Teixeira Mendes e elaborada por Décio Vilares. A bandeira adaptou o mantra positivista de August Comte: “L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrés pour but ”[O amor como princípio e a ordem como fundamento; progresso como o fim]. Para atrair apoio para o projeto, Teixeira Mendes e Miguel Lemos promoveram a bandeira como tendo sido criada pelo general Benjamim Constant, que de fato apresentou a bandeira ao governo provisório, mas cuja única outra contribuição parece sugerir que a constelação chamada Southern Cross aparece na bandeira.
O Quarto Decreto de 19 de novembro de 1988, referente à bandeira brasileira, foi elaborado por Rui Barbosa e assinado pelo Marechal Deodoro da Fonseca (Presidente do Governo Provisório), Quintino Bocaiúva, Aristides da Silveira, Rui Barbosa, Campos Sales, Benjamim Constant e Eduardo Wandenkolk.
O Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil:
Considerando que as cores de nossa antiga bandeira lembram as batalhas e vitórias gloriosas do exército e da marinha em defesa do país;
Considerando, portanto, que essas cores, independentemente de sua forma geométrica, simbolizam a perpetuidade e a integridade do país entre outras nações;
Decretos:
Artigo 1º: A bandeira adotada pela República manterá a tradição das antigas cores nacionais - verde e amarelo - da seguinte maneira: um diamante amarelo em um campo verde, tendo no meio uma esfera azul celeste, atravessada por uma faixa branca , descendo da direita para a esquerda [sic], com o lema - Ordem e Progresso - e pontuado por vinte e uma estrelas, que incluirão a constelação de Southern Cross, de acordo com sua localização astronômica em termos de distância e tamanho relativo , representando os vinte Estados da República e o município neutro, todos de acordo com o modelo elaborado no anexo 1.
Artigo 2: As armas nacionais figurarão na impressão do anexo 2.
Artigo 3: Para o selo e o selo da República, servirá a esfera celeste, que será esboçada no centro da bandeira, cercada pelas palavras República dos Estados Unidos do Brasil.
Artigo 4: Todas as disposições em contrário são revogadas (BRASIL, 2015).
O panfleto de que esta imagem é tirada argumenta que a estátua equestre de Dom Pedro I, que ainda fica na Praça de Tiradentes, no Rio de Janeiro, não representa verdade histórica porque exagera o papel de Dom Pedro I na conquista da independência do Brasil de Portugal. A Igreja Positivista argumentou que a estátua de Dom Pedro I deveria ser removida, mas o pedestal deveria permanecer, e outro monumento simbolizando a República Brasileira deveria ser instalado nela. A igreja sugeriu que, no pedestal abaixo do novo monumento, um reconhecimento igual pudesse ser dado a Dom Pedro I e José Bonifácio, uma figura importante no esforço para garantir a independência do Brasil de Portugal (HEILBRON, 2014).
2.2. Sobre casamento e divórcio
A Igreja Positivista do Brasil estava extremamente preocupada com o relacionamento entre a Igreja Católica e o governo, e procurou longamente promover a separação de assuntos civis e religiosos. Um passo importante que os positivistas exigiram foi a criação de um registro civil. No panfleto intitulado O Projeto do Casamento Civil, os positivistas defendem a completa separação do poder temporal da autoridade religiosa, sugerindo que é dever da Igreja Católica remover a confusão entre os poderes temporais e espirituais concedendo um casamento religioso somente após a realização de um casamento civil. Este panfleto argumenta ainda que o casamento não é um contrato, mas uma sanção social (religiosa ou cívica) da união fundamental que institui a família, esta declaração revela a posição interessante adotada pela Igreja Positivista. 
Segundo Nachman (2010), a Igreja Positivista não caracterizou o casamento como um contrato, que poderia ser quebrado ou anulado através do divórcio, mas como uma instituição social crítica. De fato, no panfleto ainda contrário ao protesto retrógrado pelo divórcio, a igreja afirma que o divórcio representa uma "aberração política" e sua legalização significaria "a profundidade da dissolução moral e mental do povo brasileiro". O divórcio demonstraria a masculinidade enfraquecida do homem brasileiro que "perdera a profunda influência da moralidade do prestígio feminino".
2.2.1. Sobre a abolição da escravidão e o provo indígena
No panfleto Positivismo e Escravidão Moderna, Miguel Lemos escreve em memória de Toussaint Louverture (1746-1803), "o ditador do Haiti e mártir pela liberdade de sua raça". O tratado contém "extratos preciosos" de Comte, que condenou universalmente o "crime monstruoso que continua manchando a nação brasileira". Comte criticou severamente o que chamou de "catolicismo decadente" por não apenas sancionar, mas até incentivar a instituição da escravidão. Ele considerava a escravidão uma "aberração social monstruosa", um embaraço para a filosofia e a civilização européias. Este folheto contém um apêndice fascinante, escrito por Lemos, com "notas sobre a solução do problema no Brasil". Depois de considerar as exigências econômicas provocadas pela industrialização.
A Igreja Positivista desenvolveu uma grande preocupação pelo bem-estar dos povos indígenas do Brasil. O panfleto Em defesa dos selvagens brasileiros (1910) defende “a necessidade de substituir, em relação aos selvagens, bem como em relação a todos os povos, a atitude fraterna, inerente a toda a humanidade, pela atitude conquistadora”. Todos esses panfletos exigem ações urgentes por parte do governo para alcançar e proteger os povos indígenas, especificamente reorganizando as terras em locais como o território do Acre e deixando reservas (HEILBRON, 2014).
De acordo com Nachman (2010), os líderes positivistas brasileiros, especialmente Raimundo Teixeira Mendes e Cândido Mariano da Silva Rondon, se voltaram para sua doutrina ao desenvolver um plano para governar as relações com os povos indígenas. Em uma série de cartas aos editores de jornais, que foram reimpressas em uma série de panfletos e relatórios anuais,Teixeira Mendes apresentou uma política indiana baseada em proteção e aculturação. Ele se inspirou nos escritos de Comte sobre a África, nos quais o pensador francês argumentava que os africanos viviam na "era fetichista" do desenvolvimento social, que Comte considerava a condição humana original.
De acordo com Nachman (2010), Teixeira Mendes escreveu: “Nenhum ser humano pode negar que os selvagens são os donos legítimos das terras que ocupam, com títulos tão válidos quanto os que qualquer nação ocidental poderia invocar. ” 
De fato, ele escreveu em outro lugar que os grupos indígenas deveriam ser reconhecidos como nações soberanas, as terras usurpadas devem ser devolvidas ou, quando isso for impossível, novas terras devem ser dadas aos habitantes dessas nações indígenas, ele argumentou ainda que os índios tinham todo o direito de resistir a incursões em suas terras, e observou com ironia que a defesa armada dessas terras dificilmente poderia ser considerada um crime, pois ninguém considera os espanhóis e portugueses como criminosos por terem expulsado os árabes da península ibérica (NACHMAN, 2010, p. 86). 
CAPÍTULO 3. AS INFLUENCIAS IDEOLÓGICAS DO POSITIVISMO NA POLÍTICA BRASILEIRA.
O positivismo domina a geração de conhecimento, em 1968, Dickoff e James descreveram que, na formulação de uma teoria, o empirismo desempenha um papel importante que permite observar fenômenos complexos. Essa perspectiva determinista particular vê o fenômeno isolado, em que suas características podem ser medidas e os cuidados podem ser reduzidos a seus componentes mais simples ou categorizados de modo que dados objetivos possam ser obtidos ou estudados em termos dos resultados obtidos em uma intervenção terapêutica (LINS, 2012).
Na era contemporânea, ou seja, da Revolução Francesa, 1789, até os dias atuais (2020), uma série de mudanças foi gerada, incluindo desenvolvimento econômico e tecnológico, o que transcende as fronteiras geográficas; e na saúde, houve progresso graças às pesquisas científicas apoiadas pelos movimentos quantitativos e positivistas quantitativos predominantes, representados por Augusto Comte e pelo Círculo de Viena (1925), respectivamente.
O reconhecimento desse paradigma como preponderante na construção do conhecimento de gestão motiva a resgatar onde emergem seus postulados. O positivismo é atribuído à tradição científico-humanística do século XVII, à Revolução Francesa e aos problemas que a sociedade deve enfrentar. As mudanças e transformações institucionais, muitas vezes violentas, mantêm o pensamento europeu atento. Seu início no século XIX é reconhecido pelo filósofo francês Augusto Comte, que recebe importantes influências do movimento empirista representado por Bacon (1561-1626) e Hume (1711-1776) na determinação de fatores e sua Locke (1632-1704) e Condillac (1715-1780) em relação ao conhecimento de fatores através da experiência dos sentidos.
Segundo Ventura (2016), essa filosofia se opõe às ideias predominantes, que são bastante especulativas, metafísicas, que se afastam dos fatos que dizem respeito à pessoa ", apenas estas podem explicar como o mundo funciona e onde está a verdade", e não conceitos intangíveis que ninguém você pode ver ou entender como o espírito, por exemplo. São Simão descreve como "um pensamento que teve que enfrentar a crise da revolução francesa".
Segundo Comte (1934), a missão da filosofia é "determinar o desenvolvimento de cada ciência e apreender sua linha diretiva a partir dela", um conceito declarado em sua lei dos três estados. O primeiro estado refere-se ao teológico fictício, tentando explicar o inexplicável ou desconhecido, evitando as causas sobrenaturais ou mágicas prejudiciais ou atribuídas aos fenômenos naturais, incluindo a fé religiosa. No segundo estado, a fantasia é substituída pela razão reflexiva em que o indivíduo, para explicar os fenômenos, usa forças ocultas, como motor, química ou física. 
Finalmente, o terceiro estado decisivo nos postulados de Comte, que corresponderia ao estágio mais alto da evolução humana, é demolir mitos teológicos e metafísicos para transformá-los em experiência humana como explicação dos fatos. Toda geração de conhecimento, para ser válida e autêntica, deve basear-se na experiência, e qualquer ciência que se preze deve afastar-se da investigação da essência do fenômeno e visá-lo estritamente como tal (GEYMONAT, 2009).
Nesse postulado, psicologia e outras ciências sociais não têm lugar, pois não é possível ver um fenômeno interno, pois a pessoa não pode ser dividida em duas: observadora e observada. Quanto à sociologia, nomeada em homenagem a esse autor, ele postulou uma ciência que descrevia fenômenos sociais e que poderia generalizar com análises muito semelhantes às usadas na mecânica, chamando isso de "estática social", por outro lado, a dinâmica Social refere-se às condições para alcançar uma sociedade justa (GIANNINI, 2009).
Outro movimento iniciado em 1925 em Viena foi o neopositivismo, do qual surgiu o Círculo de Viena, assimilando duas linhas de pensamento importantes: a tradição empirista e a lógica formal; Essa união questiona e se opõe fortemente à metafísica, que em sua opinião só é capaz de formular discussões estéreis, portanto, para que não haja dúvidas, é necessário enfrentar o problema com o máximo rigor lógico-sintático, e se essa estrutura se manifestar na insolubilidade inerente, é necessário expulsá-lo da ciência e da filosofia como "sem sentido"; consequentemente, é uma perda de tempo ser levado por debates que não chegam a nenhuma solução (COSTA, 2013).
O positivismo, ao longo da história, influenciou as grandes descobertas que permitiram um importante desenvolvimento da tecnologia e da humanidade. No século XX, foram formulados dois grandes princípios: o de Heisember, da incerteza, e o de Einstein, da relatividade, que mudou a maneira de observar a relação sujeito / objeto (10). No entanto, o paradigma da simplicidade que envolve empirismo e idealismo está localizado dentro da racionalidade clássica que defende a idéia de que a natureza tem essências universais e que são uniformes em todos os lugares, e que "a razão do ser humano é capaz de entender completamente a lógica das interações no mundo real "(FLORES, 2010).
Atualmente, o paradigma positivista possui certas características que devem ser especificadas: seu interesse é explicar, controlar e prever; a natureza da realidade a descreve como dada, singular, tangível, fragmentável e convergente; a relação sujeito-objeto a manifesta como independente, neutra e livre de valores; Seu principal objetivo é a generalização por meio de metodologias dedutivas e quantitativas, centradas em semelhanças; a última explicação é orientada à causalidade, causas reais temporariamente precedentes e simultâneas; finalmente, é livre de valores que poderiam contaminar os resultados.
Sobre o modelo paradigmático, Foucault (1980), apresenta a afirmação,
A realidade tem sua própria existência, sua metodologia dedutiva hipotética atinge a objetividade com base na experiência e é válida para todos os tempos e lugares, postula que há uniformidade e ordem na natureza, mas, como esse modelo paradigmático falha em responder à subjetividade dos eventos, o pós-positivismo surge sob a premissa: "a objetividade não é possível e a subjetividade não é suficiente", que se inclina à coexistência entre a tradição positivista e fenomenológico (FOUCAULT, 1980, p. 115). 
Ao manter a tradição positivista, gera postulados mais flexíveis: é possível abordar a realidade - que é apresentada como imperfeita - mas não obtê-la em sua totalidade. Procura elucidar de alguma maneira os significados que os seres humanos atribuem em particular aos fatos investigados, abordando a metodologia qualitativa (SOARES, 1999). O pós-positivismo avalia as causas, as possíveis relações existentes entre elas e sua influência nos resultados.
Segundo Soares (1999), o positivismo contribuiu para a validação de suas atividades, estabelecendo evidências para melhorar a prática e se apossar do mercadode trabalho onde é necessário mostrar dados concretos com base em fenômenos observados objetivamente de acordo com esse paradigma, portanto, é uma maneira de investigar que subsistiu na ciência validando seu corpo de conhecimentos e que não será erradicada ou deixada de lado para produzir pesquisas, mas outras abordagens estão sendo adotadas que permitem a complementaridade do método usando, por exemplo, triangulação com abordagens qualitativas e usando novas estratégias positivistas, baseadas em evidências e a teoria crítica do Instituto de Pesquisa Social (1923) da Universidade de Frankfurt. 
Para Geymonat (2009), essas filosofias resgatam a essência da pessoa como digna de análise e sua visão particular de ver os fenômenos da realidade, impressões, ideias, comportamento reflexivo, existência humana autêntica e não autêntica, a estrutura dos fenômenos da natureza, da linguagem, do mito, da economia, do inconsciente dos indivíduos, da defesa da alma dos povos (tradições antigas, costumes e cultos próprios) e critica a passividade do modelo positivista para alcançar as transformações necessárias para melhorar a sociedade. 
3.1. O POSITIVISMO NO BRASIL
No outono de 2006, a Biblioteca do Rio de Janeiro, adquiriu de Benjamin Moser ('98) uma coleção de cerca de 260 panfletos publicados pela Igreja Positivista do Brasil. Os panfletos datam do final do século XIX a meados do século XX e, com poucas exceções, foram escritos em língua portuguesa por Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, conhecidos como apóstolos positivistas. Como fundadores e líderes do Apostolado e Igreja Positivistas Brasileiros no Rio de Janeiro, Lemos e Teixeira Mendes atuaram, respectivamente, como o primeiro Diretor e Vice-Diretor (LACERDA NETO, 2003).
A coleção serve como testemunho da profunda influência que o positivismo teve no Brasil. De acordo com Bastide (1990), essa coleção revela os múltiplos interesses e atividades dos ramos heterodoxos e ortodoxos do movimento positivista no Brasil, variando não apenas da imigração e dos direitos das mulheres à padronização ortográfica, mas também a abordagem sistemática e a extensão em que a Igreja Positivista no Brasil executou seus planos para reforma social.
Na segunda metade do século XIX, o positivismo francês capturou o interesse de muitos intelectuais latino-americanos que identificaram na filosofia científica de Auguste Comte (1798-1857) as chaves da reforma social no continente. Segundo Bobbio (2001), o positivismo prometeu progresso, disciplina e moralidade, juntamente com a liberdade da suposta tirania da teologia católica, que sempre dominou o discurso religioso na América Latina.
Embora o positivismo tenha afetado todos os países da América Latina no século XIX, sua influência não foi tão profunda ou generalizada quanto no Brasil. Os positivistas ganharam prestígio imediato ao criticar a Igreja Católica Romana, a escravidão e a monarquia como constituindo grandes obstáculos ao progresso nacional (BOBBIO, 2001, p. 25). 
Em 11 de maio de 1881, Miguel Lemos (1854-1917) e seu cunhado Raimundo Teixeira Mendes (1855-1927) fundaram a Igreja Positivista do Brasil no Rio de Janeiro. Os Apóstolos da Humanidade, como se tornaram conhecidos, haviam estudado com Comte em Paris e encaravam o Apostolado Positivista como um esforço evangelizador, alinhado ao Positivismo Europeu.
Segundo relatos de Lacerda Neto (2003), desde a sua criação, a Igreja Positivista do Brasil pregou a Religião da Humanidade de Comte, cuja missão principal era concluir o pacto entre classes sociais que traria uma humanidade unificada, da elite instruída ao proletariado, a sede da Igreja construída no Rio de Janeiro, também conhecida como Templo da Humanidade, foi o primeiro edifício construído para difundir a religião positivista no mundo. 
A Religião da Humanidade reconheceu como santos aquelas figuras históricas que representavam fases fundamentais na evolução social dos homens, incluindo Moisés, Júlio César, Shakespeare e Dante. As mulheres eram centrais na doutrina, pois Comte acreditava que possuíam certas qualidades inatas - como afeto e bondade - que ajudariam a humanidade a alcançar o estágio positivista.
A Igreja Positivista tentou controlar o movimento Positivista no Brasil publicando milhares de folhetos e panfletos sobre questões sociais abrangentes, no entanto, apesar de sua inegável contribuição, a Igreja atraiu apenas um pequeno número de seguidores, e sua absorção na teologia ortodoxa alienou muitos membros não afiliados, como Benjamin Constant (REIS, 2004, p. 89).
O positivismo influenciou o pensamento e as ações dos fundadores da república brasileira. Vários membros das forças armadas envolvidas no golpe de estado que depôs a monarquia e proclamou o Brasil uma república em 1889 eram seguidores do movimento. Sob a influência de Miguel Lemos e Teixeira Mendes, o lema de Comte “L'amour pour princípio et l'ordre pour base; le progress pour pour but ”O amor como princípio e a ordem como base; O progresso como objetivo ” acabou inscrito na nova bandeira brasileira. O amor do positivismo pela ciência e o desejo de reforma também afetaram o desenvolvimento intelectual de alguns dos maiores escritores do Brasil, incluindo Euclides da Cunha e Lima Barreto.
O positivismo começou a enfraquecer após a virada do século XX. Os fundadores do Apostolado Positivista no Brasil tornaram-se cada vez mais isolados em seu fervor espiritual que não era mais compartilhado por intelectuais cujos interesses se voltaram mais para o evolucionismo e a educação darwinistas. No entanto, a ênfase de Comte em uma base quantitativa e matemática para a tomada de decisões permanece conosco hoje. É uma base da noção moderna de positivismo, da análise estatística quantitativa moderna e da tomada de decisões de negócios.
CAPÍTULO 4. O GOVERNO DE MARECHAL DEODORO DA FONSECA DIANTE DA IDEOLOGIA POSITIVISTA
Apesar da mais ampla liberdade de opinião vigente no Segundo Reinado, nunca se havia pensado, antes de 1870, da criação de um Partido Republicano. Somente no ano do término da Guerra do Paraguai, alguns liberais aliados a alguns jovens que ainda não haviam participado de atividades políticas assinaram, em 3 de dezembro de 1870, um manifesto republicano, fundando um clube e um jornal com essa tendência política (BASBAUM, 2016). Elites civis e militares brasileiros endossaram as ideias políticas de Auguste Comte (1798-1857) que preconizava, entre outros pontos, a separação da igreja e do estado, a educação universal e o fim do poder monárquico hereditário; e proclamaram a república em 15 de novembro de 1889.
Ao ser deposto pelo movimento republicano, em 15 de novembro de 1889, D. Pedro II deixou o país expressando seu "ardente desejo de grandeza e prosperidade para o Brasil". Embora Dom Pedro II tivesse conhecimento da movimentação em prol da república, o mesmo não tentou impedi-la. O Imperador demostrou mais uma vez ser um governante magnânimo e profundo admirador do presidente Abrahan Lincoln (1809-1865) e suas ideias de liberdade.
Nas principais províncias crescia o número de adeptos da República: em São Paulo, Francisco Glicério (1846-1916), Américo Brasiliense e dois futuros presidentes, Prudente José de Morais (1841-1902) e Manuel Ferraz de Campos Sales (1841-1913); em Minas Gerais, Antônio Olinto dos Santos Pires e João Pinheiro; no Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos e Assis Brasil; em Pernambuco, Martins Junior. No Rio de Janeiro, dentre os republicanos, salientam-se Quintino Bocaiúva, Silva Jardim e Lopes Trovão, e na Escola Militar tinha adeptos entre seus discípulos o professor positivista Benjamin Constant Botelho de Magalhães.
Em novembro de 1889 articulou-se uma conspiração entre os republicanos do Rio de Janeiro e de São Paulo, que resolveram que se proclamaria a república no dia 20, quando se reunisse a Assembleia Geral. No dia 11 reuniram-se em casa do Marechal Deodoro da Fonseca para discutir a proclamação. No dia 14, porém, espalharam-se boatos de uma prisão iminente de Deodoro e de Benjamin Constant.Essa notícia, apesar de não ter fundamentos precipitou os acontecimentos, pondo-se em prontidão alguns corpos da guarnição do Rio de Janeiro. Assumindo o comando desses corpos, na manhã de 15 de novembro o Marechal Deodoro dirigiu-se ao Campo da Aclamação (hoje Praça da República), onde mandou prender o Ministro da Marinha, Chefe da Esquadra, o Barão de Ladário, que, resistindo à ordem de prisão dada por um tenente, foi por este baleado. Deodoro penetrou no edifício do Quartel General do Exército e aí depôs o ministério. D. Pedro II tendo descido de Petrópolis reuniu o Conselho de Estado no Paço e aceitou o pedido de exoneração do ministério do Visconde de Ouro Preto, encarregando de substituí-lo na chefia do governo o Conselheiro José Antônio Saraiva (NEVES, 2018).
Quando este, à noite, dirigiu-se por escrito a Deodoro, comunicando o ocorrido, já o chefe da revolta havia concordado em assinar os primeiros atos que declaravam instaurado o novo regime, sob a forma republicana e federativa. Proclamada a República, estabeleceu-se o Governo Provisório chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca e constituído pelos ministros: Aristides Lobo, do Interior; Campos Sales, da Justiça; Rui Barbosa, da Fazenda; Quintino Bocaiúva, das Relações Exteriores; Benjamim Constant, da Guerra; Eduardo Wanderkolk, da Marinha, e Demétrio Ribeiro, da Agricultura.
O novo governo dirigiu uma proclamação ao país, anunciando a instauração do novo regime. Pelo 1° decreto era adotado o sistema republicano federativo, até que o Congresso Constituinte resolvesse a respeito. O governo provisório preocupou-se com a situação da família imperial. Foi solicitada sua retirada do país a que aquiesceu o ex-imperador. Não aceitou, porém, que lhe pagassem 5.000 contos de réis para suas despesas no exílio. Na madrugada de 17 de novembro, a família imperial embarcou para a Europa (BASBAUM, 2016).
Manuel Deodoro da Fonseca, que liderou o golpe, tornou-se presidente provisório do governo liderado por militares com o apoio da classe média nascente e dos prósperos plantadores de café. Ele estabeleceu uma república, separou os poderes da igreja e do estado e, em 24 de fevereiro de 1891, promulgou uma nova constituição que combinava elementos das formas de governo presidencial, federal, democrático e republicano. Os novos estados da república exerceram mais poder do que as províncias do império.
O Congresso elegeu o presidente da Fonseca ainda naquele ano, mas ele se mostrou incapaz de governar sob a nova constituição. Quando ele tentou dissolver o congresso dissidente e governar por decreto, o público levantou um protesto que ele foi forçado a renunciar. Floriano Peixoto, o vice-presidente igualmente militarista, assumiu o cargo em 23 de novembro, derrotou várias revoltas monarquistas e militares e restaurou uma certa tranquilidade e ordem à nação.
Manoel Deodoro da Fonseca, o Marechal, ganhou uma enorme notoriedade durante a Guerra da Tríplice Aliança (a guerra na qual Brasil, Argentina e Uruguai uniram forças) entre os anos de 1964 e 1870 e depois foi promovido ao posto de general.
Segundo Neves (2018), mesmo sendo um político conservador e pessoalmente leal ao imperador, Marechal Deodoro da Fonseca sentiu que tinha o dever de oficial de protestar contra os atos do governo e também a tarefa de insistir que seus colegas oficiais tivessem o mesmo direito de expressar suas visões políticas. Declarada não subordinada por Pedro II, Fonseca liderou a revolta militar em 15 de novembro de 1889, que pôs fim à Monarquia e o Brasil foi declarado república.
Como primeiro presidente do Brasil, Marechal Deodoro da Fonseca foi considerado arbitrário e ineficaz. Ao tentar governar por decreto, Fonseca foi forçado a renunciar em novembro de 1891, permanecendo por 10 meses apenas na presidência. Durante o governo de Afonso Pena, o 6º presidente do Brasil, Marechal Deodoro foi Ministro da Guerra e tornou obrigatório o alistamento militar. No entanto, o alistamento só foi efetivado quando o Brasil entrou na Primeira Guerra Mundial.
4.1. A TRAJETÓRIA DE MARECHAL DEODORO DA FONSECA
Manuel Deodoro da Fonseca (nascido em 5 de agosto de 1827, Alagoas, Brasil, falecido em 23 de agosto de 1892, Rio de Janeiro), líder nominal do golpe que derrubou o imperador Pedro II. Ele se tornou o primeiro presidente da república brasileira. Filho de um oficial do exército, Fonseca foi treinado para uma carreira militar, se destacou na Guerra do Paraguai (1864-1870) e subsequentemente subiu para o posto de general. Nomeado marechal de campo em 1884 e ambos comandante militar e chefe administrativo do Rio Grande do Sul estado (estado) depois de 1886, ele próprio visto como o herdeiro do Duque de Caxias como figura militar de liderança do Brasil (RESENDE, 2018). 
Seu irmão mais velho, Hermes Ernesto da Fonseca, pai de Hermes da Fonseca, foi marechal do Exército Brasileiro, presidente da província de Mato Grosso, governador da província da Bahia e comandante em chefe nas províncias da Bahia e do Pará. Dois outros irmãos também tiveram brilhantes carreiras militares e políticas: Severiano Martins da Fonseca, que alcançou o posto de marechal de campo, recebeu o nobre título de Barão de Alagoas (Barão de Alagoas) e foi o diretor da Escola Militar de Porto Alegre; e Pedro Paulino da Fonseca, coronel honorário do Exército Brasileiro, chefe de governo de Alagoas e senador da República pelo mesmo estado brasileiro.
Segundo Resende (2018), em 1843, com a idade de dezesseis anos, Deodoro matriculou-se no Rio de Janeiro Academia Militar e terminou o curso de artilharia em 1847. Em 1845, ele já era um cadete Classe. Em 1848, participou de sua primeira ação militar, ajudando a reprimir a Revolta da Praieira, uma insurreição promovida pelo Partido Liberal de Pernambuco.
Casou-se aos 33 anos, em 6 de abril de 1860, com Mariana Cecília de Sousa Meireles, considerada pelos biógrafos uma mulher muito instruída, religiosa, modesta e cheia de atributos domésticos. Eles não tinham filhos. Seu sobrinho Hermes da Fonseca, que também chegou à presidência brasileira, foi tratado como filho por Deodoro.
4.2. O Poder Militar de Deodoro da Fonseca
Nas eleições que se seguiram à adoção da nova constituição em 1891, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto foram eleitos presidente e vice-presidente, respectivamente, mas com o primeiro ganhando apenas 129 votos e o segundo 153. 
O primeiro presidente, Deodoro da Fonseca, teve dificuldade em se ajustar ao compartilhamento do poder com o Congresso e, de maneira imperial, o dissolveu em novembro de 1891, provocando rebeliões na marinha e no Rio Grande do Sul. Para aplacar a oposição, ele renunciou a favor do vice-presidente Peixoto (presidente em exercício, 1891-94). 
De acordo com Resende (2018), Peixoto, conhecido como " marechal de ferro ", expulsou todos os governadores estaduais que apoiaram Deodoro, provocando violência em muitas partes do país. Uma das mais sangrentas dessas lutas foi a guerra civil que explodiu no Rio Grande do Sul em 1893 e logo se espalhou por Santa Catarina e Paraná, colocando ex-liberais monarquistas contra republicanos. Simultaneamente, a frota da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro desafiou Peixoto, e a revolta naval rapidamente se vinculou à luta no sul. 
O diplomata de Peixoto em Washington, Salvador de Mendonça, com a ajuda do empresário de Nova York Charles Flint, conseguiu montar um esquadrão de navios com tripulações americanas, o que foi decisivo para acabar com o impasse na Baía de Guanabara (BASBAUM, 2016). O governo dos Estados Unidos, interessado no comércio brasileiro e na sobrevivência da república, permitiu que esse esforço mercenário ocorresse e enviou vários cruzadores para fornecer uma escolta mal escondida. Essa foi a primeira intervenção americana documentada nos assuntos internos do Brasil e, significativamente, foi organizada em particular.
A dissolução do Congresso de Deodoro da Fonseca, sua renúncia, a assunção de poder de Peixoto e a eclosão da guerra civil dividiram o corpo de oficiais e levaram à prisão e expulsãode vários oficiais seniores. Embora as lutas pelo poder que produziram os combates no Rio Grande do Sul durante 1893-95 tenham origem local, Peixoto os nacionalizou ao lado do governador republicano Júlio de Castilhos. 
O combate selvagem e a execução de prisioneiros e supostos simpatizantes, no que o historiador José Maria Bello chamou de "a mais cruel das guerras civis do Brasil", foi vergonhoso dos dois lados. A feroz defesa de Peixoto da república fez dele o queridinho dos jacobinos e, a partir de então, um símbolo do nacionalismo brasileiro. Em novembro de 1894, por causa de sua saúde (ele morreu em 1895) e da desunião dos militares, Peixoto entregou o governo a um porta-voz da elite cafeeira agrária, paulista Prudente José de Morais Barros, também conhecido como Prudente de Morais, o primeiro presidente civil (1894-98). 
Prudente de Morais negociou o fim da guerra no Sul e concedeu anistia aos rebeldes e aos oficiais expulsos. Ele enfraqueceu os republicanos mais leais do exército e procurou diminuir o peso político dos militares. Ele promoveu oficiais comprometidos com a criação de uma força profissional que estaria à disposição das autoridades nacionais, que determinariam como ela seria empregada. Um Estado Geral, estabelecido em 1896 no modelo alemão (RESENDE, 2018).
Porém, antes que o novo exército pudesse tomar forma, ele foi usado em 1897 para destruir a comunidade religiosa de Canudos no sertão da Bahia, que os jacobinos pensavam erroneamente como um leito quente de sedição monarquista. 
O governo do Rio de Janeiro, que viu monarquistas por toda parte, lançou uma força de 9.500 contra uma população de talvez 30.000. Cerca de 4.193 soldados foram feridos entre julho e outubro de 1897, e as pessoas da cidade foram mortas, feitas prisioneiras ou fugiram. Canudos foi apagado da mesma maneira que as aldeias indígenas foram e continuaram sendo apagadas. Segundo Basbaum (2016), embora o valor simbólico da campanha como defesa da república tenha desaparecido à medida que a realidade se tornou conhecida, ele continuou sendo um poderoso aviso para o povo marginal (marginalidade - ver glossário) em todo o Brasil de que não seria permitido contestar a ordem hierárquica da sociedade. 
Neste sentido, Canudos afetou a cena política imediatamente quando um soldado que retornava, o papel de uma conspiração jacobina de alto nível, tentou assassinar o presidente Prudente de Morais, mas matou o ministro da Guerra, atuando como um catalisador para reunir apoio ao governo. O assassinato abortivo possibilitou a eleição de Manuel Ferraz de Campos Sales (presidente, 1898-1902). No exército, a tentativa consolidou o domínio de generais que se opunham a Floriano Peixoto e estavam interessados ​​em profissionalizar a instituição.
SEQUENCIA DIDÁTICA
Primeira Aula
· Conteúdo: apresentação do tempo histórico como um conceito muito complexo e só é entendido a partir de uma análise ampla e transdisciplinar. No ensino de história, essa complexidade deve ser considerada, referindo-se, portanto, a novas representações do tempo histórico. – 
· Objetivos: destaca o papel da didática da história em propor um modelo conceitual de tempo por meio da síntese de várias investigações sobre o assunto. 
· Recursos: Livros de história brasileira, imagens ou desenhos
· Etapas da aula: Aula com leitura sobre a república, elaboração de redação.
· Atividades para os estudantes: Trabalho em grupo, com turmas do 8 ano do Ensino Fundamental II.
· Tempo da aula: 50 minutos
· Avaliação: Leitura e escrita da Redação.
Aula 2
· Conteúdo: Apresentação das imagens ou desenhos, com cronograma do tempo histórico
· Objetivos: Exposição das imagens ou desenhos, apresentando as etapas da história.
· Recursos: alunos e professor. 
· Etapas da aula: Explicação das imagens em grupo
- Tempo da Aula: 50 minutos
- Avaliação: Participativa, valendo pontuação na média.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a elaboração deste trabalho foi possível compreender as influências do positivismo no Brasil, o positivismo é mostrado claramente como uma ferramenta que permite contrastar fenômenos sob condições específicas de ocorrência, o que possibilita basear a prática em evidências verificáveis ​​e extensíveis a outras situações com fatores intervenientes semelhantes, que valorizam o poder de governar. 
Por outro lado, embora em menor grau, existem exemplos de estudos pós-positivistas que foram desenvolvidos hoje em que a metodologia qualitativa-quantitativa mista fornece evidências científicas para melhorar o atendimento ao paciente. As metodologias do modelo positivista e pós-positivista são as mais utilizadas pelos governantes, de acordo com o paradigma existente, que permite avaliar a gestão para otimizar recursos e melhorar a prática baseada em evidências científicas, sob esse ponto de vista, e na opinião dos autores deste trabalho, seu desenvolvimento tem sido e é necessário para a subsistência da gestão e ciência, uma vez que os dados e evidências gerados e a possibilidade de generalização das conclusões permitem tomar decisões acertadas e, assim, melhorar a qualidade da assistência prestada a sociedade, uma ferramenta importante para a autogestão dos estabelecimentos.
No entanto, os paradigmas de tomada de decisão são preferencialmente orientados para a integração e transformação, segundo a qual grande parte de seus modelos e teorias foi formulada. Esse dilema cria uma margem de reflexão: por um lado, o modelo econômico, político e social exige dados concretos e objetivos para identificar a realidade, otimizar recursos e propor soluções que abranjam a maior população ao menor custo possível e, por outro, o a verdade subjetiva da percepção de cada indivíduo sobre os benefícios que afeta muito o comportamento deles em relação ao sistema.
Esses são dois pontos de vista que podem se complementar, portanto, a tomada de decisão em um governo, tem a grande responsabilidade de alcançar o equilíbrio das metodologias de gestão para satisfazer a necessidade do mercado e a relação com a nação brasileira. Os paradigmas empíricos positivistas e pós-positivistas atualmente não são vistos como metodologias em declínio ou em perigo de extinção no mundo científico, mas existem outras metodologias que nos permitem medir aspectos da realidade de acordo com a experiência dos sujeitos, portanto, eles são complementares.
Consequentemente, governantes devem ser treinados nas duas formas de enfrentar o problema e desenvolver ações que lhes permitam continuar validando seu campo de conhecimentos e inovar na prática para melhorar a qualidade de gestão.
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GEYMONAT, L. História da filosofia e da ciência. 2 ed. Barcelona; 2009.
GIANNINI, H. Breve história da filosofia. 12 ed. Santiago do Chile; 2009.
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REIS, J. C. A História entre a Filosofia e a Ciência. 3ª ed. São Paulo : Autêntica. 2004.
RESENDE, Maria Efigênia Lage de. O processo político na Primeira República e o liberalismo oligárquico. In.: FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucilia de Almeida Neves. Brasil republicano: o tempo do liberalismo oligárquico: da Proclamação da República à Revolução de 1930. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.
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VENTURA Roberto, Euclides da Cunha e a República, Estud. av. vol.10 nº. 26 São Paulo Jan./Apr. 2016. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010340141996000100024 acesso em 23 mar. 2020.
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