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Conciliação Contábil

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CONCILIAÇÃO CONTÁBIL 
Denomina-se "conciliação contábil" a análise dos sados das contas contábeis, e sua 
respectiva movimentação, visando adequar seu saldo à efetiva realidade, promovendo 
ajustes necessários na escrituração contábil. 
Em outras palavras, a conciliação contábil é a comparação e conferência de valores 
debitados e creditados nas contas de uma empresa. Essa comparação pode ser feita 
manualmente ou com auxílio de um sistema automatizado e de maneira mensal, 
trimestral, semestral ou até mesmo anual. 
Concilia-se as contas contábeis com os documentos e os diversos relatórios dos demais 
setores que dão suporte aos lançamentos contábeis. 
Nesta etapa utilizam-se planilhas de cálculos, relatórios e composição dos saldos das 
contas contábeis (demonstrativos) que comprovem a correção dos saldos existentes na 
contabilidade. 
Exemplo: planilha de empréstimos bancários com os respectivos juros e atualizações, os 
quais estão em conformidade com a contabilidade. 
O objetivo das conciliações é que as Demonstrações Contábeis espelhem a realidade 
da entidade dentro dos Princípios, Convenções e Postulados Contábeis. 
Todos os saldos existentes no Balancete ou no Balanço Patrimonial precisam estar 
ajustados, para que não haja erros na análise da realidade patrimonial no 
fechamento do "balanço". 
Devidamente conciliados e ajustados, os saldos contábeis espelharão a efetiva realidade 
patrimonial, desobrigando os sócios, os administradores e o próprio contador de 
responderem com seus bens pessoais em questionamentos tributários, civis, comerciais, 
penais e criminais, provando que os mesmos não agiram de forma enganosa, lesiva ou 
com abuso de poderes perante terceiros. 
Fonte: http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/conciliacao-contabil.htm 
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A conciliação bancária é a mesma coisa que conciliação contábil? 
Não necessariamente. Com um nome mais restrito, a conciliação bancária é a 
conferência de valores das contas bancárias com as documentações internas. Enquanto a 
conciliação contábil pode ser a comparação de informações referente a contabilidade, 
como folhas de pagamentos e fluxo de caixa. 
No fim, são termos diferentes mas que representam propósitos semelhantes. 
 
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Qual a importância da conciliação contábil? 
Essa comparação de valores é a maneira que foi encontrada de ter certeza dos valores 
importantes para a empresa. Um número errado pode não só prejudicar 
financeiramente, como judicialmente. 
De tempos em tempos uma auditoria pode ser feita nas empresas, certo? A conciliação 
ajuda em provar os valores, datas, juros e empréstimos. Esse é um dos motivos de 
realizar esta prática. 
Esse processo garante a veracidade das informações e que nenhum erro passará 
despercebido. A partir dele você evita erros que, ao fim, pode prejudicar as finanças. 
No geral a conciliação é importante para: 
• Validar informações; 
• Comparar números; 
• Evitar que erros passem despercebidos; 
• Ajudar no levantamento do balanço patrimonial. 
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Um passo a passo sobre como fazer a conciliação 
contábil 
Conciliação contábil é um processo que exige atenção aos detalhes. E, por mais que não 
pareça, é um processo simples. 
1. A conciliação começa no controle financeiro 
Antes de partir para a conciliação em si, você precisa garantir que seu controle 
financeiro está rodando e funcionando perfeitamente. Portanto, tenha certeza que o 
Fluxo de Caixa, a planilha de acompanhamento de juros e outros relatórios estejam 
atualizados e sem informações faltantes. 
No mais, toda planilha que tenha relação com empréstimos ou pagamentos bancários é 
bem-vinda. 
2. Elenque todas as suas contas bancárias 
Parece básico, mas um simples esquecimento pode comprometer toda uma análise. 
Então, dedique alguns minutos para elencar todas as contas bancárias que a sua empresa 
possui, separando por agência e número da conta, pois fará diferença na hora do 
controle. 
 
 
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3. Determine o período para a conciliação 
Agora com a parte de organização finalizada, determine qual período que a conciliação 
contábil será feita. A conciliação pode ser feita no fim do mês utilizando os últimos 
trinta dias como base. Ou pode, também, ser feita no período do ano passado ou meses 
anteriores, para ter certeza das compensações e débitos passados. 
4. Comece a comparar os valores 
Agora a parte divertida. Com os relatórios organizados, as contas bancárias separadas e 
sabendo o período para conciliação, comece a comparar os números. Funciona assim: se 
um valor de R$ 1.000 foi debitado da sua conta bancária no dia 25 de março, em seu 
fluxo de caixa, esse valor deve constar lá com as especificações necessárias. 
Assim como os valores, as datas também precisam “bater”. Pois, por mais que o valor 
não debite no dia do pagamento, o fluxo de caixa deve contabilizar os valores no dia 
que entraram, de fato, no caixa. Esse é outro motivo que gera problemas no fluxo de 
caixa. 
5. Corrija os erros encontrados 
Não basta encontrá-los, é preciso corrigi-los. Ao identificar qualquer divergência 
entre contas e seus controles internos, busque entender a raiz do problema e por 
que o erro aconteceu. 
Se foi uma data documentada errada, onde está o erro: no demonstrativo de fluxo caixa 
ou na conta bancária? E o que podemos fazer para não repeti-lo? Desconto indevido 
feito pelo banco? Entre em contato e busque solucionar o problema com o seu gerente e 
saber o que aconteceu. 
6. Documente todos os aprendizados 
Depois que os erros são encontrados e solucionados, você aprendeu o porquê desse 
acontecimento e como evitá-lo da próxima vez. Ótimo. Documente todo tipo de 
aprendizado e deixe público para os outros membros do time e da empresa. Você 
pode, também, apresentar esses aprendizados para educar toda sua equipe. 
7. Envie a conciliação para a contabilidade 
A conciliação contábil é valiosa demais para manter-se na gaveta. Ao finalizar, envie 
para a área de contabilidade (ou empresa, caso seja terceirizada) para utilizarem a 
conciliação sempre que necessário. É uma ótima ferramenta para provar valores e taxas, 
principalmente para evitar situações judiciais. 
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Principais erros na conciliação contábil e como corrigi-
los 
Esse é um tópico importante e merece destaque. Separamos, portanto, os principais 
erros que costumam acontecer em uma conferência contábil e como resolvê-los. 
• Erros em lançamentos de valores 
Erros nos lançamentos podem acontecer tanto por parte da instituição financeira, 
quanto por parte do controle interno. A divergência de valores, no entanto, pode 
dar-se por alguns motivos, como: erros de digitação, valor pago errado ou 
desconto imprevisto. Para ter certeza de onde surgiu o erro, busque o documento 
original e confira o valor. 
• Juros maiores do que o acordado 
Pode acontecer em situações de investimentos ou empréstimos bancários. Muitas 
vezes os juros, por conta de mortificações, são diminuídos com o tempo. Tudo 
isso foi acordado e deve seguir um padrão. Caso o valor dos juros esteja errado, 
busque com o seu banco entender o que ocasionou essa diferença. 
• Pagamentos duplicados 
A duplicação de valores pode ocorrer caso um boleto ou depósito tenha sido 
feito mais de uma vez. Para garantir, confira no controle de lançamentos os 
valores. 
• Datas não convergem 
Esse erro é comum por conta do registro equivocado no fluxo de caixa. Muitas 
empresas documentam os valores antes que entrem no caixa, isso faz com que os 
valores, na conciliação, não batam. Nessa situação, verifique como o controle de 
caixa está sendo feito. Oriente sua equipe a só documentar os valores quando, de 
fato, entrarem no caixa. 
• Não identificação de depósitos 
O depósito foi feito mas o bancoainda não compensou. Nesse caso, confira as 
datas e se ainda não está dentro do prazo de dias úteis para compensação. Caso 
não, primeiro identifique os dados de depósito se estão corretos. Se sim, entre 
em contato com seu banco; essa é a única maneira de resolver. 
Muitos dos problemas, por ter relação direta com instituições financeiras, só são 
resolvidas ao entrar em contato com o responsável pela outra ponta. 
Exemplo de um erro na conciliação contábil 
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No fim do mês, como de costume, a empresa TransAmérica começou a fazer sua 
conciliação contábil. Primeiro, pela bancária. A empresa então constatou que seu saldo 
inicial estava em R$ 20 mil. Ao fazer pagamentos e quitar seus compromissos, o saldo 
mínimo em caixa ficou em R$ 5 mil. 
O problema é que, pela sua projeção de caixa, o valor mínimo deveria ser de R$ 10 mil. 
O que aconteceu, então, com os R$ 5 mil restantes? 
Ao consultar as documentações internas de fluxo de caixa e contas receber, foi 
percebido que faltava um depósito da mesma quantia vindo de um cliente X. No 
entanto, o cliente afirma ter feito o pagamento e o mesmo enviou a nota para a sua 
contabilidade. 
O valor não está registrado no fluxo de caixa, pois não chegou nem a entrar. Também 
não está na conta onde o depósito foi feito. Portanto, restou apenas entrar em contato 
com seu gerente na instituição financeira. 
O mesmo, por já estar ciente do problema, explicou que o sistema do banco estava 
passando por instabilidades. O depósito iria demorar mais alguns dias uteis para ser 
compensado. 
Nesse exemplo o problema estava com o banco e foi simples de resolver. Por outro 
lado, os erros também podem surgir por parte externa, como falta de pagamento de 
clientes. Ou interna, por falta de controle e erros na documentação. 
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Dicas para uma conciliação contábil de excelência 
Você já sabe o que é, sua importância e como fazer de uma maneira bem detalhada. 
Agora, conheça boas práticas no mercado. 
• Periodicidade 
Seja anual ou mensal, periodicidade é importante. Mantenha uma rotina de 
verificação e análise, assim fica mais fácil controlar e identificar os possíveis 
erros. Existem, no entanto, conciliações que o ideal é serem feitas mensalmente, 
como a comparação na folha de pagamento. 
• Atenção aos detalhes 
Essa é uma ótima característica para funcionários de um departamento 
financeiro, na verdade. Mas, falando em comparação de dados, atenção 
redobrada é fundamental, ou o mesmo erro pode passar batido mais de uma vez. 
Por envolverem, muitas vezes, taxas e juros, é preciso estar atento e perceber 
qualquer alteração suspeita. 
 
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• Cuidado com as informações de ambas as partes 
Estamos lidando com valores monetários, afinal. Investimentos, juros, 
pagamentos, débitos… Precisamos tomar cuidado e ter certeza das colocações 
postas na mesa. Há a possibilidade, por exemplo, de algum erro parecer que 
surgiu da conta bancária. E, ao olhar mais a fundo, o erro estava mesmo no 
demonstrativo de fluxo de caixa. 
Portanto, tome cuidado com as informações e com as decisões tomadas. Garanta 
que estejam corretas e que as pessoas certas devem ser cobradas por melhorias. 
A evolução da conciliação bancária 
Se planilhas são o suficiente para sua conciliação, ótimo. Mas caso sua estrutura 
empresarial exija mais, talvez seja o momento de investir em um sistema que 
automatize e agilize essa tarefa. 
Existem alguns softwares e ERPs que automatizam essa conciliação. 
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CRÔNICA CONTÁBIL – Conciliação “batida” 
Princípio da Prudência (custo x benefício) – aviso de 
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