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VI - Politicas Economicas (Fiscal, Cambial e Comercial)

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Disciplina: Economia Empresarial Professora: Lucia Fabiano 
 
 
VI – Políticas Econômicas (Fiscal, Cambial e Comercial) 
 
 
A) Política Fiscal 
 
A política fiscal pode ser dividida em duas grandes partes: a política tributária e a política 
de gastos públicos. Como se sabe, o governo (nas esferas federal, estadual e municipal) 
efetua despesas na economia com pagamento de funcionários, construção e manutenção 
de escolas, hospitais, pagamento de juros da dívida interna, etc. Quando o governo 
aumenta esses gastos, diz-se que a política fiscal é expansionista, caso contrário, tem-se 
uma política contracionista. A política fiscal será expansionista ou contracionista 
dependendo do que o governo está pretendendo atingir com a política de gastos. 
 
No outro lado da política fiscal, o governo pode atuar sobre o sistema tributário de forma a 
alterar as despesas do setor privado (entre bens, consumo e investimento etc.), a 
incentivar determinados segmentos produtivos, e assim por diante. A conjugação de 
despesas e receitas conduz ao conceito do déficit público, um dos temas de maior 
polêmica na economia brasileira nos últimos anos. 
 
Em muitas análises econômicas, é comum a utilização do termo “tripé fiscal-monetário-
cambial”, que representa a forma como o governo está conduzindo a política econômica. 
Um dos componentes deste tripé é exatamente a política fiscal, que, como já se viu, 
refere-se às ações do governo tanto do lado dos gastos públicos (quanto e onde o 
governo gasta), como do lado da arrecadação tributária (quanto e como o governo 
arrecada, em todas as suas esferas). 
 
Através da Política Fiscal o governo cumpre, do ponto de vista estritamente econômico, 
três funções básicas: 
 
1. A função alocativa: que se refere ao fornecimento de bens públicos, bens não 
oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado. 
2. A função distributiva: relacionada à distribuição de renda, pois o sistema de preços 
nem sempre leva a uma distribuição de renda desejável pela sociedade como um todo. 
3. A função estabilizadora: que busca alterar o comportamento dos preços e emprego, 
uma vez que nem a estabilidade de preços, nem o pleno emprego ocorrem de modo 
automático. 
 
 
Política de Gastos do Governo 
Mas o que são os gastos públicos? 
 Os gastos públicos constituem-se na principal peça de atuação do governo; 
 Através deles, o governo estabelece uma série de prioridades no que se refere à 
prestação de serviços públicos básicos e aos investimentos a serem realizados. 
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Os gastos do governo podem ser divididos em dois grandes grupos: as despesas 
correntes e as de investimento. 
 
Despesas correntes dizem respeito aos gastos realizados com o objetivo de manter a 
máquina governamental funcionado, bem como as despesas impostas pela legislação. As 
despesas correntes por sua vez, podem ser divididas em quatro outros grupos, a saber: 
 
a) Consumo do governo: corresponde ao pagamento dos funcionários públicos, e 
outras despesas necessárias à manutenção do aparato público (energia elétrica, 
materiais, etc). 
b) Transferências: refere-se às despesas que são efetuadas pelo setor público e 
destinadas ao setor privado, sem a contraprestação de serviços ou fornecimento 
de bens, como é o caso da Assistência e Previdência Social. 
c) Juros: incluem tanto pagamento de juros da dívida interna como externa, vale 
observar, porém, que embora se faça referência à dívida externa brasileira, grande 
parte dessa dívida refere-se ao setor privado, os juros de responsabilidade do 
governo referem-se apenas àqueles devidos pelo endividamento do setor público. 
d) Subsídios: corresponde aos gastos do governo com o objetivo de garantir ao 
consumidor preços inferiores ao custo de produção, na realidade, o produtor 
recebe o valor integral, sendo uma parcela desse valor paga pelo governo e o 
restante, pelo consumidor, um subsídio muito importante no passado foi dirigido ao 
trigo, para que alguns bens essenciais (como pão, macarrão e outros derivados do 
trigo) não pressionassem os orçamentos das classes de menor renda, embora 
todos os consumidores (independentemente da classe de renda) fossem 
beneficiados. 
 
Despesas de investimento, dizem respeito às despesas que o governo efetua para 
aumentar a capacidade de produção de bens e serviços no país (construção de 
hidrelétricas, rodovias, hospitais, escolas, etc.). 
 
 
Congelamento dos Gastos Públicos (Emenda Constitucional 95/16) 
 
A emenda à Constituição de 1988 aprovada no final de 2016 pelo Congresso congela os 
gastos públicos por 20 anos e limita seu crescimento à inflação. Os principais pontos 
afetados por esta decisão será a drástica diminuição dos gastos com saúde, educação e 
ações sociais, impedindo que o Estado possa distribuir melhor a renda entre a população. 
Política Tributária 
Cabe antes de se iniciar uma análise da política tributária no Brasil, discutir divisões 
importantes dos impostos. 
Os Tributos e sua Classificação 
 
Quanto aos impostos, há várias formas de classificação. As principais são as que 
seguem: 
 
Imposto Direto: é que incide sobre a renda e a riqueza (patrimônio). Nesse tipo de 
tributo, a pessoa que recolhe o imposto também arca com seu ônus. 
 
Dentre os impostos diretos, destacam-se: 
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 Impostos sobre a riqueza (patrimônio): nesse tipo de imposto, a base tributária 
constitui o estoque acumulado de riqueza do indivíduo, seu patrimônio. Exs. IPTU e 
IPVA. 
 
 Impostos sobre a renda: nesse tipo de tributo, a incidência se dá sobre os fluxos 
mensais, ocorrendo um ajuste sobre os valores anuais de rendimento. Exs: IRPJ e 
IRPF. 
 
Imposto Indireto: é o que incide sobre transações de mercadorias e serviços. Nesse tipo 
de tributo, a base tributária é o valor da compra e venda de mercadorias e serviços. O que 
é importante nessa categoria é o montante em que o imposto é cobrado (produtor ou 
consumidor) e o método de cálculo (transação total ou valor adicionado). Exs: ICMS, IPI e 
ISS. 
 
Os impostos ainda podem ser classificados em: 
 
Impostos regressivos: é regressivo se a percentagem extraída for cada vez menor á 
medida que a renda aumenta. Os segmentos sociais de menor poder aquisitivo são os 
mais onerados. Exs: ICMS e IPI. 
 
Impostos progressivos: um imposto é progressivo quando seu percentual se eleva à 
medida que aumenta a renda. Ele onera proporcionalmente mais os segmentos sociais de 
maior poder aquisitivo. Ex. IRPF e IRPJ. 
 
Os impostos em “cascata” incidem sobre o faturamento (e não sobre o valor adicionado), 
não existindo, portanto o crédito. É o caso da CPMF (atualmente extinto), Pis, Cofins. Se 
de um lado, os impostos em cascata apresentam facilidade em arrecadação, de outro 
retiram competitividade da produção nacional, que é penalizada em todas as etapas do 
processo produtivo. 
 
 
Déficit do Setor Público 
 
Déficit Público 
 
A diferença entre a arrecadação tributária e o gasto do governo leva a um dos conceitos 
mais discutidos na economia brasileira nos últimos anos, que é o déficit público. Ocorre 
superávit das contas públicas quando a arrecadação supera o total dos gastos; quando os 
gastos superam o montante da arrecadação, têm-se o déficit público. 
 
Existem alguns conceitos de déficit público: 
 
Déficit Primário: receitas menos despesas, desconsiderando os juros de rolagem da 
dívida na tentativa de avaliar o esforço fiscal do governo. 
 
Déficit Operacional: receitas menos despesas, mais as despesas de juros da dívida 
interna e externa do país. 
 
Déficit Total ou Nominal (Necessidades de Financiamento do Setor Público): 
receitas menos despesas, mais as despesas de juros da dívida interna e externa, mais as 
despesas referentes à correção monetária e cambial do estoque da dívida. 
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Financiamento do déficit público – ótica das necessidades de financiamento do 
setor público (NFSP) 
 
O governo através do Banco Central e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), pode 
financiar o déficit pormeio da emissão de moeda ou via colocação de títulos públicos 
junto ao setor privado. Não há uma regra definida para dizer qual é a mais apropriada, 
uma vez que depende das condições em que a economia se encontra. Na realidade, 
ambas apresentam vantagens e desvantagens. 
 
O financiamento do déficit por meio da emissão de moeda traz a vantagem de não gerar 
déficits futuros e não ter que elevar as taxas de juros, mas tem a desvantagem de gerar 
pressões inflacionárias, se o governo emitir mais moeda que a sociedade está desejando, 
a um determinado nível de preços. 
O financiamento do déficit com colocação de títulos junto ao setor privado, o governo evita 
pressões inflacionárias do excesso de moeda, mas aumenta a dívida interna (o que 
pressionará o próprio déficit no futuro) e também as taxas de juros (para viabilizar a 
colocação de seus papéis). 
Para se apurar o déficit ou superávit orçamentário, basta somar todas as receitas 
correntes do governo (tributárias e outras), subtraindo dessas o total das despesas, isto é, 
a soma das despesas correntes com as despesas de capital. Caso o resultado seja 
negativo, o financiamento deste déficit se traduzirá, necessariamente, em maior 
endividamento do governo junto ao setor privado, ou através de empréstimos bancários, 
ou - o que é mais comum - através da venda de títulos públicos junto aos bancos e ao 
público em geral. 
 
 
B) Política Cambial 
 
Antes de se entrar propriamente na discussão sobre política cambial, é interessante 
definir alguns conceitos como: taxa de câmbio e regimes cambiais. 
 
Taxas de câmbio 
 
O termo taxa de câmbio é a medida de conversão de uma moeda em outra moeda. No 
caso brasileiro, a taxa de câmbio tem como referência o valor do dólar norte-americano. 
 
A taxa de câmbio é um preço fundamental da economia, porque afeta a situação do setor 
externo, a inflação, o crescimento da produção e assim por diante. 
 
Para que as transações internacionais sejam viáveis, os preços nos diferentes países 
devem poder ser comparados, e deve haver alguma forma de converter a moeda de um 
país na moeda do outro. 
 
A taxa de câmbio nos mostra qual é a relação de troca entre duas unidades monetárias 
diferentes, ou seja, o preço relativo entre diferentes moedas. 
 
Existem duas modalidades de taxa de câmbio: nominal e real. 
 
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Taxa de câmbio nominal – é o preço de uma moeda em relação à outra. 
Taxa de câmbio real – corresponde ao preço relativo entre o produto nacional e o 
produto estrangeiro e vice-versa. 
 
Regimes ou Sistemas Cambiais 
 
Definidos os principais conceitos de taxa de câmbio, a segunda questão importante é 
como se determina o valor da taxa nominal de câmbio. 
 
Temos três sistemas cambiais existentes que são: câmbio livre ou flutuante, câmbio fixo e 
“minibandas”. 
 
Câmbio livre ou flutuante – é um mercado de divisas do tipo concorrência perfeita, sem 
intervenções do Banco Central, de modo que qualquer desequilíbrio seja prontamente 
eliminado pelo mecanismo de preço (alteração da taxa de câmbio), isto é, o valor da 
moeda é determinado pelas forças livres de mercado de acordo com a oferta e demanda 
de moeda estrangeira, principalmente dólares. O mercado determinando a taxa de 
câmbio, tornando-a menos sujeita as intervenções das autoridades governamentais. 
 
A forma pura de câmbio flutuante raramente é encontrada nos dias de hoje, a versão mais 
comum é a de taxas de câmbio administradas. 
 
Embora as forças de mercado sejam o principal determinante do regime flutuante, na 
prática há ocasiões em que os bancos centrais tentam influenciar as taxas de mercado, 
podem fazer isso ajustando as taxas de juros (Para influenciar os fluxos de capital para 
dentro ou para fora do país) ou por meio da intervenção direta no mercado de moeda 
estrangeira, neste último caso, estarão reduzindo ou aumentando as reservas 
estrangeiras do país. 
 
Se o Banco Central não intervém no mercado, a expressão utilizada é “flutuação limpa”, 
se intervém, trata-se de “flutuação suja” ou “dirty floating”. 
 
Taxas de câmbio completamente livres não atingem rápida e facilmente os níveis 
necessários para corrigir desequilíbrios do balanço de pagamentos. 
 
Uma das características do câmbio flutuante é sua alta volatilidade, como ocorreu no 
Brasil em 1999. Essa volatilidade é explicada pelos movimentos bruscos de entrada 
(dólares da privatização, novos empréstimos externos, etc.) ou saída de dólares 
(vencimentos de empréstimos no exterior, remessa de lucros etc.). 
 
Essa volatilidade traz uma série de inconvenientes para o bom funcionamento da 
economia: em primeiro lugar, torna-se um campo fértil para a especulação com moeda 
estrangeira, trazendo incerteza aos agentes econômicos, em segundo, gera dificuldades 
para os importadores determinarem o preço (em reais) das mercadorias importadas, 
sejam eles bens intermediários ou bens finais, e, em terceiro, acaba por desestimular as 
exportações pela incerteza quanto ao valor a ser recebido pelo exportador (em reais). 
 
Essa volatilidade faz com que a maior parte dos países do mundo adote o sistema 
chamado de “flutuação suja”, nesse sistema se a cotação supera o limite máximo 
estabelecido, o Banco Central vende moeda estrangeira, fazendo o contrário (comprando) 
quando a cotação cai abaixo do limite inferior. 
 
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Câmbio Fixo – quem determina o valor da moeda estrangeira é o governo e não se 
altera, onde ele se compromete a comprar e vender divisas a uma taxa estipulada. Note 
que, para esse regime poder funcionar, o Banco Central deve possuir moeda estrangeira 
em quantidade suficiente para atender a uma situação de excesso de demanda (uma 
situação de déficit no balanço de pagamentos) a uma taxa estabelecida, bem como deve 
adquirir qualquer excesso de oferta de moeda estrangeira. 
 
A experiência mais forte nesse sentido foi a da Argentina, que de 1991 a 2001 manteve a 
paridade 1 dólar = 1 peso. O Banco Central da Argentina, de acordo com a lei, 
comprometia-se a vender e a comprar qualquer montante de divisas a uma taxa 
estipulada. 
 
Cabe ressaltar que o sistema de câmbio fixo, normalmente é adotado por países que tem 
problemas inflacionários, e identificam no câmbio fixo uma forma de eliminar a inflação, 
uma vez que os produtos importados param de subir (a chamada “âncora cambial”). Para 
que esse programa tenha sucesso como elemento de combate à inflação, é necessário 
uma adequada condução das políticas fiscal e monetária. 
 
No Brasil assistiu-se a vários congelamentos de taxas de câmbio, como no Plano Cruzado 
e Verão, mas os resultados em termos de inflação foram um fracasso. Além disso, para a 
implantação de um sistema de câmbio fixo, o país precisa contar com um bom nível de 
reservas, para que o Banco Central possa fazer frente a eventuais ataques especulativos 
(agentes querendo trocar moeda local por moeda estrangeira, acreditando que a paridade 
não irá perdurar por muito tempo). 
 
Por outro lado, um sistema de câmbio fixo, pode comprometer as contas externas do país, 
tirando competitividade das exportações e incentivando as importações, principalmente se 
mantido por um período muito longo de tempo, como ocorreu na Argentina. Essa 
experiência no Plano Cruzado levou nosso país à moratória em 1987. 
 
Banda Cambial ou Minibandas: é uma forma mais flexível é o chamado regime de 
câmbio fixo ajustável ou de banda cambial ajustável neste caso, o Banco Central 
determina a taxa de câmbio dentro de uma banda de flutuação publicamente anunciada e 
intervém no mercado toda vez que a taxa ameaçar sair dessa banda. (O Banco Central 
atua no mercado comprando a moeda quando os preços caem e vendendo quando estão 
em ascensão) mas na ocorrência de um desequilíbrio persistente, a taxa poderá ser 
alterada. 
 
Esse sistema ganhou muito impulso na América Latina, principalmente a partir da 
experiência do México, que havia sido bem sucedida até o final de 1994. O Brasil a partir 
de 1995 passou a utilizar o sistema de minibandas, mas da mesma formaque o México, 
também teve seu sistema fracassado em janeiro de 1999. Na realidade, esse sistema, a 
exemplo do câmbio fixo, também foi adotado com objetivos anti-inflacionários, mas tem 
uma pequena flexibilidade, dada pela banda, que vai gradualmente sendo alterada ao 
longo do tempo. 
 
Prevalecem três taxas de câmbio no Brasil: 
 
 Câmbio flutuante: taxa de câmbio oficial (para as contas de comércio e capital). 
 Câmbio turismo: (válido para compra e venda de moedas estrangeiras relacionadas a 
viagens internacionais) – Resolução 1557/1988. 
 Câmbio paralelo: (para transações não autorizadas nos dois mercados oficiais). 
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Quadro: Sistemas ou regimes cambiais 
 
 Câmbio Fixo Câmbio Flutuante 
Características  Banco Central fixa a taxa 
de câmbio. 
 Banco Central é obrigado 
a disponibilizar as 
reservas cambiais. 
 O mercado (oferta e 
demanda de divisas) 
determina a taxa de câmbio. 
 Banco Central não é 
obrigado a disponibilizar as 
reservas cambiais. 
Vantagens  Maior controle da 
inflação (custos das 
importações estáveis). 
 Política monetária mais 
independente do câmbio. 
 Reservas cambiais mais 
protegidas de ataques 
especulativos. 
Desvantagens  Reservas cambiais 
vulneráveis a ataques 
especulativos. 
 A política monetária (taxa 
de juros) fica dependente 
do volume de reservas 
cambiais. 
 A taxa de câmbio fica muito 
dependente da volatilidade 
do mercado financeiro 
nacional e internacional. 
 Maior dificuldade de 
controle das pressões 
inflacionárias, devido às 
desvalorizações cambiais. 
 
 
 
 
C) Política de Comércio Exterior 
 
A política de comércio exterior se refere aos instrumentos de incentivo as exportações 
e/ou ao estímulo e desestímulo as importações, ou seja, refere-se a estímulos fiscais 
(crédito-prêmio do ICMS, IPI etc.) e creditícios (taxas de juros subsidiadas) as 
exportações e ao controle das importações (via tarifas e barreiras quantitativas sobre 
importações). 
 
Uma análise retrospectiva das políticas de comércio exterior adotadas no mundo mostra 
que, em determinados períodos de tempo, o comércio internacional foi visto como um 
importante fator de desenvolvimento econômico, enquanto em outros esse mesmo 
comércio representou uma ameaça às economias domésticas. Além disso, para vários 
países, principalmente na América Latina, a política de comércio exterior passou a ser 
vista como elemento estratégico nos programas de estabilização, ao tornar a concorrência 
mais acirrada no mercado interno (como ocorreu com o Brasil por ocasião da implantação 
do Real). 
 
 
 
 
 
 
Texto extraído dos livros: Economia Brasileira – Fundamentos e Atualidades de Antonio Evaristo T. Lanzana e Panorama 
Econômico de Valente, Carregosa e Paschoal. 
 
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Questionário 
 
1) Quais são as três funções básicas da Política Fiscal do ponto de vista econômico? 
2) A que se refere à política fiscal e como ela é dividida? 
3) Os gastos do governo podem ser divididos em dois grandes grupos quais são eles? 
4) As despesas correntes são divididas em quais despesas? Cite-as. 
5) As despesas com investimentos do governo se referem a quais tipos de despesas? 
6) O que são impostos indiretos e impostos diretos? Cite exemplos. 
7) Explique o que são impostos regressivos e progressivos? 
8) O que é déficit público? 
9) Existem 3 tipos de déficit, explique cada um deles. 
10) De quais maneiras o governo pode financiar o déficit público? 
11) O que é taxa de câmbio? 
12) Diferencie taxa de câmbio real de nominal. 
13) Resuma como funciona cada um dos sistemas cambiais existentes com suas 
vantagens e desvantagens. 
14) O que é flutuação suja? 
15) A que se refere à política de comércio exterior?

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